Linha do Tempo, Sinop 50 anos
USE AS SETAS PARA
NAVEGAR ENTRE OS ANOS
1970
Colonizadora Sinop
1971
Projeto original da cidade
1972
Abertura da cidade
1973
Construção do escritório da Colonizadora Sinop
1974
Fundação de Sinop
1975
Visita do ministro da Agricultura Alysson Paulinelli
1976
Os primeiros contornos de Sinop
1977
Primeira escola e primeiras colheitas
1978
Comemorações do 4º ano de fundação de Sinop
1979
5ª ano de fundação e emancipação político-administrativa
1980
Visita do presidente João Batista Figueiredo a Sinop
1981
Osvaldo Paula - 1º Administrador Municipal de Sinop.
1982
Dom Henrique Froelich, 1º Bispo de Sinop
1983
Geraldino Dal Maso, 1º prefeito eleito de Sinop
1984
Segunda visita do presidente João Figueiredo
1985
Instalação da Comarca de Sinop
1986
12º aniversário de fundação de Sinop
1987
Construção do Ginásio Benedito Santiago
1988
Figueiredo homenageado e eleições municipais
1989
Asfalto na Avenida Júlio Campos
1990
Sinop FC é campeão mato-grossense de futebol!
1991
Praça Plínio Callegaro
1992
Primeiro prédio da UFMT em Sinop
1993
Antônio Contini assume como prefeito de Sinop
1994
Construção do Estádio Gigante do Norte
1995
Área da Catedral Sagrado Coração de Jesus
1996
Visita do presidente Fernando Henrique Cardoso
1997
Adenir Alves Barbosa é eleito prefeito pela segunda vez
1998
Instalação do Corpo de Bombeiros
1999
Construção do viaduto na entrada principal
2000
Miss Sinop, Miss Mato Grosso e Miss Brasil Josiane Kruliskoski
2001
Nilson Leitão é eleito prefeito
2002
Segunda visita oficial do presidente FHC
2003
XVII Noite Cultural de Sinop
2004
Museu Histórico de Sinop
2005
Nilson Leitão reeleito prefeito
2006
Campus da UFMT em fase de construção
2007
Inauguração Catedral Sagrado Coração de Jesus
2008
Centro de Eventos Dante de Oliveira
2009
Juarez Costa é eleito prefeito
2010
Memorial Rogério Ceni
2011
Raízes da História de Sinop
2012
Embrapa Agrossilvipastoril
2013
Juarez Costa reeleito prefeito
2014
Batalhão do Exército Brasileiro
2015
Reurbanização da Avenida dos Tarumãs
2016
Dom Canísio Klaus, 3º Bispo de Sinop
2017
Rosana Martinelli, primeira prefeita eleita
2018
Instalação da INPASA
2019
Usina Hidrelétrica Sinop
2020
Visita do presidente Jair Bolsonaro
2021
Roberto Dorner é eleito prefeito
2022
Marinha do Brasil
2023
Duplicação da Avenida Bruno Martini até o aeroporto
2024
Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Sinop
Deixe sua Sugestão
Envie para nós fotos e dados históricos para enriquecer nossa Linha do Tempo.
0
O projeto Sinop 50 Anos, a História de Nossa Gente
A Fator MT acaba de lançar o projeto “Sinop 50 Anos, a História de Nossa Gente”, que surge como um tributo aos cidadãos que moldaram e contribuíram para o desenvolvimento da Capital do Nortão.
O projeto engloba a produção de um box contendo 5 livros, videodocumentários e Museu Virtual.
Serão produzidas mais de 100 biografias, organizadas em 5 livros impressos (um para cada década). Esses livros formarão um box especial, que serão entregues às famílias pioneiras, escolas, bibliotecas públicas, instituições de ensino e também à Biblioteca Nacional.
Além disso, a produção de vídeo-biografias, em formato de documentário, resgatará a história de lutas, dificuldades e conquistas dessas famílias, preservando a memória coletiva.
Esse conteúdo audiovisual será distribuído gratuitamente e de forma universal pelas redes sociais e Youtube.
O terceiro pilar do projeto é a construção de um Museu Virtual, hospedado no site da Fator MT, permitindo uma ‘viagem ao passado e presente através da Linha do Tempo, destacando os acontecimentos marcantes ao longo dos 50 anos de Sinop.
COMO PARTICIPAR?
Para que a história de Sinop seja ainda mais enriquecida, internautas podem enviar fotos, documentos e dados históricos pelo e-mail sinop50anos@gmail.com, que serão avaliados e inseridos no Museu Virtual, garantindo a continuidade da memória da cidade.
Em resumo, o projeto visa não apenas documentar o passado, mas criar um legado duradouro para Sinop, fortalecendo a cultura local e reforçando a identidade coletiva dessa cidade especial. Um presente que transcende o tempo, para as atuais e futuras gerações.
Siga também nossas redes sociais, YouTube, Instagram e Facebook.
O projeto conta com apoio cultural do Grupo Sinop, do Governo do Estado de Mato Grosso e do Grupo São Benedito.
0
Conheça a equipe que está reconstruindo as memórias de Sinop
A Fator MT deu início, ainda no ano passado, ao projeto “Sinop 50 Anos, a História da Nossa Gente”, que vai produzir livros, videodocumentários e um Museu Virtual contando o cinquentenário da Capital do Nortão.
Para isso, uma equipe completa foi formada para o desenvolvimento do projeto.
Os jornalistas Jamerson Mileski, José Roberto Gonçalves e Pedro Bossa são responsáveis pela pesquisa documental, gravação de entrevistas para produção dos livros, além de serem responsáveis em alimentar a linha do tempo.
O diretor de marketing Júnior Montanha será responsável pela gestão de conteúdo nas redes sociais, além contribuir na captação e edição do conteúdo audiovisual.
A equipe ainda é composta pelo diretor comercial Michel Cararo, pelo diretor geral Luciano Monteiro, e administração de Gleicieli Paula.
“A história das famílias é a base para a construção do livro e dos vídeos, e é no Museu Virtual, em formato de linha do tempo, que vamos contar ano a ano o que aconteceu de mais marcante na cidade. É um projeto para a eternidade”, explica Monteiro.
O projeto conta com a participação do historiador e professor Luiz Erardi Ferreira dos Santos, autor do livro Raízes da História de Sinop, e da artista plástica Mari Bueno, responsável pelas artes que ilustrarão cada um dos livros da saga retratada.
“A história de Sinop ainda está muito fresca na cabeça de quem aqui chegou no início da abertura da cidade. Os registros também são bastante fidedignos àquilo que acontecia, ano após ano. Então, é fundamental que contássemos a história da cidade subdividindo por eras. Cada década e cada família tem participação importante para se chegar à Sinop que vemos hoje”, indica o jornalista Jamerson Mileski.
“Criamos um e-mail (sinop50anos@gmail.com) para que qualquer pessoa, que reside aqui, ou que já tenha morado, ou que tenha parentes aqui, possam nos enviar fotos, vídeos, documentos e dados sobre a história da cidade, afinal, quando se vasculha 50 anos de história, alguma coisinha pode passar batido. Contamos com a gentileza da colaboração do público para deixar o material ainda mais completo”, completa José Roberto Gonçalves.
O projeto conta com apoio cultural do Grupo Sinop, do Governo do Estado de Mato Grosso e do Grupo São Benedito.
Acesse também o nosso perfil no Instagram e conheça a fundo a história da nossa gente.
0
Os anos pré-Sinop
São poucas as cidades no país que têm nome de sigla. Sinop é uma delas, carregando no nome a empresa que lhe deu origem: Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná.
Talvez nem os próprios representantes da Colonizadora poderiam imaginar que, meio século depois, a cidade despontaria como a quarta maior do estado em tamanho e economia, e atualmente a quarta do país para fazer negócios no comércio.
Por isso, para entender as origens, vamos contar como foi que tudo começou, até efetivamente Sinop ser fundada.
“INTEGRAR PARA NÃO ENTREGAR”
No início da década de 1970, quando o Brasil vivia sob o regime militar e tinha como presidente o general Emílio Garrastazu Médici, a ocupação da Amazônia (que engloba todos os estados do Norte, além de parte do Maranhão e Mato Grosso) era anunciada como um imperativo da segurança e da integração nacional, além de ser uma fórmula capaz de resolver os problemas sociais crônicas que assolavam o Nordeste e começaram a se intensificar no Sul.
No plano de integração nacional, arcabouço de toda a estratégia do Governo Federal para a Amazônia, a abertura das rodovias Transamazônica, com mais de 3 mil km de extensão, a Cuiabá-Santarém, Cuiabá-Porto Velho, entre outras, seria parte de uma ação coordenada por vários órgãos do Governo com o objetivo de absorver a mão de obra nordestina disponível em grande quantidade, especialmente em razão das secas periódicas da região, e ao mesmo tempo promover novos fluxos migratórios de agricultores, tanto do Nordeste como do Sul do país, para uma vasta região coberta pela majestosa floresta amazônica, praticamente intocada.
Além disso, atrair migrantes para as frentes de trabalho também objetivava fixa-los na região, povoando uma região que chamava atenção de países da Europa e, principalmente, dos Estados Unidos. Por isso, o “programa” o slogan adotado pelo Governo Federal à época foi “integrar para não entregar”.
Inicialmente, estavam projetadas ‘agro-vilas’, pequenas comunidades de agricultores implantadas ao longo das rodovias e que deveriam receber toda a assistência do Poder Público. Começaria por doação de terras, equipamentos e sementes.
Porém, o programa desandou quando algumas dessas promessas não foram cumpridas, além da aprovação de mega projetos agropecuários de grandes empresas nacionais e multinacionais que chegaram a alterar a paisagem amazônica: onde deveria haver pequenas e médias plantações, vilas e cidades, surgiram gigantescos desmatamentos para o plantio de pasto.
Ao mesmo tempo, o Governo colocou em prática a política de ocupação da Amazônia, dirigida e tutelada pelo Estado, também abriu espaço para iniciativas particulares, atraindo empresários e colonizadoras para a região por meio de financiamentos, incentivos fiscais e obras de infraestrutura.
Uma dessas áreas tem origem no Núcleo de Colonização Celeste, de propriedade de Jorge Martins Phillip. O projeto de colonização foi desenvolvido em uma área de 369.017 hectares, onde foram implantadas as cidades de Vera, Santa Carmem e a cidade que recebeu como nome a sigla da colonizadora, Sinop. Pouco tempo depois, a Colonizadora incorpora à Gleba Celeste outra área com 275.983 hectares, onde seria implantada a cidade de Cláudia.
Segundo a Secretaria de Estado de Planejamento, em 1971, Ênio Pipino, junto com João Pedro Moreira de Carvalho, que representavam a Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná (Sinop), adquiriram as terras de Phillip. Ênio trazia consigo a experiência da formação de 18 cidades no Paraná e montou uma estrutura mista de colonização: atividade agropecuária e indústria de transformação.
A estrutura agropecuária constava de secções: Vera, Sinop (Gleba Celeste), Santa Carmem e Cláudia. Cada uma delas teria um centro populacional. Em volta do centro, a curta distância, chácaras. Mais ao longe, lotes rurais. A estrutura industrial teria a sede em Sinop.
ABERTURA DA GLEBA MERCEDES
O ano era 1970. A Colonizadora Sinop inicia, por via aérea e via fluvial, o reconhecimento da Gleba Celeste para elaborar o projeto de colonização.
Um contingente de aproximadamente 400 homens, tendo à frente o topógrafo gerente geral da empresa Ulrich Grabert, e pelo agrimensor Carlos Benito Spadoni, percorre os rios Verde e Teles Pires até o local conhecido como “cachoeirão”, pouco abaixo da ponte que atualmente liga Sinop a Juara, e dá início aos trabalhos de demarcação das terras pertencentes à Gleba.
No ano seguinte, Grabert e Spadoni voltam à região para abrir as áreas onde seriam implantadas as cidades de Vera, Santa Carmem e Sinop. A equipe parte de Cuiabá em direção ao Posto Gil; dali, rumo para o Nortão do estado pela estrada Rio Novo, que se estendia até a Fazenda Ubiratã, nas proximidades do Rio Tartaruga. Foram dois dias para o grupo percorrer os 340 km desta estrada.
A partir da Fazenda Ubiratã, o grupo de trabalho continua avançando em direção ao Norte através da abertura de picadas, agora já em plena Floresta Amazônica. Foram abertos 52 km até a Gleba Celeste, onde seria implantada Vera, e por onde, pelo projeto original, deveria passar a BR-163. [Por interesses econômicos e influência política, seu traçado original foi alterado mais a Oeste]
Só para abertura deste trecho, foram 40 dias!
Em abril de 1972, o grupo de trabalho dá início à abertura de outra picada em direção à área da Gleba onde foi projetada a implantação de Sinop.
Em razão do trabalho manual, da necessidade de transpor vários rios e de várias adversidades da região amazônica, foram gastos 30 dias para a abertura da picada até o local onde se encontra atualmente o viaduto da BR-163 na entrada principal de Sinop. Esta picada deu origem à Estrada Rosa, e em seus 20 km finais para a Sinop logo depois viria a ser implantada a rodovia Cuiabá-Santarém.
Finalmente, após dois anos, era hora de iniciar a abertura da área urbana de Sinop.
Fontes: Raízes da História de Sinop (Luiz Erardi F. dos Santos) e sites do IBGE e Prefeitura de Sinop
0
BR-163 elevou Sinop para outro patamar na economia
Capital do imenso estado, que não se dividira (só viria a acontecer em 1979]) Cuiabá é o ponto de partida de uma rodovia que interligaria o Centro-Oeste às regiões centrais do Pará. Anos mais tarde, ela teria fundamental importância a diversos municípios, incluindo Sinop.
A rodovia Cuiabá-Santarém constitui-se em pré-requisito para a ocupação de uma imensa área do Médio-Norte e Norte mato-grossense e Sul do Pará pelos migrantes da região Sul do país.
A história da BR-163 começa em 16 de junho 1970, através do decreto lei nº 1.106, foi lançado o Programa de Integração Nacional (PIN). Sua criação é um marco da ação mais ostensiva do Governo Federal sobre a região Amazônica.
O PIN previa três diretrizes importantes para serem implantadas, e uma delas era a abertura das rodovias Transamazônica (ligando o Nordeste e Belém-Brasília à Amazônia ocidental – Rondônia e Acre) e Cuiabá-Santarém (ligando Mato Grosso à Transamazônica e ao porto de Santarém).
As obras de construção da BR-163 tiveram início em 1971, partindo de Cuiabá em direção ao Norte e, ao mesmo tempo, de Santarém no sentido Sul. Sua construção ficou sob responsabilidade do 9º BEC (Batalhão de Engenharia de Construções do Exército), sediado em Cuiabá, e do 8º BEC, sediado em Santarém.
É nesse período que várias empresas colonizadoras (entre elas a Colonizadora Sinop) já estavam se estabelecendo e abrindo cidades às margens da rodovia.
No projeto original, a BR-163 deveria passar onde seria implantada a cidade Vera, porém, interesses econômicos e influência política levaram seu traçado original mais a Oeste, beneficiando Sinop e demais cidades que nasciam em seu eixo.
A passagem de caminhões propiciou a expansão do comércio local, que via a roda da economia girar, trazendo ainda mais gente interessada em crescer pessoal e profissionalmente.
RELEVÂNCIA ECONÔMICA
Sinop não se caracteriza por grandes lavouras, mas é muito forte no agronegócio. Isso acontece em boa parte por conta da BR-163, corredor logístico que margeia o município e leva e traz implementos, insumos, maquinário agrícola, entre outras coisas que são vitais para o desenvolvimento da agricultura e pecuária na região.
De acordo com dados de 2021 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) per capita era de R$ 64.607,12.
Números divulgados pela Prefeitura mostram que o volume de negócios promovido pelo agro chega à casa de US$ 640,9 milhões (R$ 3,1 bilhões) em exportações, que são destinadas a mais de 20 países.
O dado representa 6,3% do total do estado de Mato Grosso, garantindo a Sinop a terceira posição no ranking dos municípios que mais vendem produtos para o exterior.
A China é o principal cliente de Sinop, com 46% de participação, seguido de Espanha (6,6%), México e Holanda (4,9%), Argentina (4,6%), Reino Unido (4%), Portugal (3,6%), Colômbia (3,4%), Israel (2,4%), Turquia (2,1%), Argélia (2%), entre outros em menor participação.
Ainda conforme os dados oficiais, a soja é o carro-chefe com 82% de participação, seguida pelo milho (15%) e carne bovina com (1,8%).
A madeira, que por duas décadas sustentou a balança econômica do município, atingindo cerca de 600 indústrias madeireiras, ainda figura como fonte de renda na economia.
E muito (quase tudo) disso é possível graças à localização privilegiada. A BR-163 é rota obrigatória para levar as commodities até os principais portos brasileiros rumo ao exterior.
Ao todo, 19 municípios estão compreendidos na extensão concedida, entre eles a capital mato-grossense, Cuiabá, e as cidades de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop, principais produtores de agrícolas do estado campeão na produção de grãos e leguminosas.
DUPLICAÇÃO ATÉ CUIABÁ
Após o início das obras, foram 5 anos para a conclusão da rodovia – pista única – que, em 20 de outubro de 1976, foi oficialmente inaugurada com 1.777 km de extensão, dos quais 760 km estão em território mato-grossense.
Até hoje, uma das principais lutas de diversas classes (políticas e empresariais) é pela duplicação do trecho mato-grossense da rodovia, que hoje é o principal corredor logístico para escoamento de grãos para os portos do Sul e Sudeste.
Entre os pontos que sustentam a cobrança estão:
- Crescimento do agronegócio: tem levado a um aumento significativo no tráfego de veículos e caminhões na rodovia. O transporte de produtos agrícolas, pecuários e outros materiais sobrecarrega a rodovia, resultando em congestionamentos e atrasos;
- Segurança: a duplicação pode proporcionar faixas adicionais, acostamentos adequados e condições mais seguras para o tráfego, reduzindo assim o número de acidentes com vítimas e melhorando a segurança viária;
- Eficiência Logística: a duplicação vai oferecer uma maior capacidade de transporte, facilitando o escoamento da produção agrícola e outros bens. Isso contribui para a eficiência logística, reduzindo custos de transporte e melhorando a competitividade dos produtos da região.
- Desenvolvimento Regional: a melhora na infraestrutura rodoviária vai impulsionar o desenvolvimento econômico regional. Além de Sinop, outras cidades ao longo da rodovia podem se beneficiar do aumento da conectividade, atraindo investimentos, gerando empregos e promovendo o crescimento econômico sustentável.
Atualmente, entre Sinop e Cuiabá, a rodovia é duplicada apenas em alguns trechos, como entre Rosário Oeste e o Posto Gil; e nas travessias urbanas de Nova Mutum e Sorriso. Em Sinop, a parte duplicada é de 16 km, das proximidades do Jardim Viena até próximo à Avenida Senador Jonas Pinheiro (antiga Perimetral Norte).
SENTINDO NORTE
Além de duplicar a rodovia para o Sul, há interesse significativo na melhoria das condições de tráfego e pavimentação no trecho paraense da BR-163.
Em termos de comércio exterior, os portos do Arco Norte representariam economia no frete e menor tempo de transporte. A distância de Sinop para o porto de Santarém é de 1.260 km, trajeto 330 km mais curto se citarmos o porto de Miritituba, distrito de Itaituba.
Além disso, há um importante fator para se pensar ainda mais no escoamento da produção pelo Norte do que pelo Sul/Sudeste do país: a saturação dos portos, especialmente de Santos e Paranaguá. Neste, se formam, constantemente, gigantescas filas de carretas para desembarcar grãos. Situação diferente de Santarém, que vem aumentando a demanda, mas ainda possui capacidade de ampliação. Portanto, a pavimentação da BR-163 é quesito fundamental para o fortalecimento das exportações mato-grossenses e sinopenses, em especial.
PREENCHER UM ‘VAZIO’
A construção da BR-163 resultava em uma ação efetiva do Estado para incorporar o “vazio” amazônico aos centros desenvolvidos do Brasil. Sua análise de construção pode contribuir para compreender alguns aspectos desse processo.
Esse “vazio”, ao qual os textos e discursos dos governos militares se referem, negava a existência de mais de 170 nações indígenas, desconhecendo que esse território era terra desocupação antiga, que abrigava posseiros, garimpeiros, populações quilombolas, entre outros indivíduos.
Ocupar esses “vazios” amazônicos em “prol da segurança interna” era uma saída interessante para o Governo dar vazão às populações oriundas dos diversos problemas, enfrentados por nordestinos e sulistas, ligados às condições climáticas, conflitos no campo, empobrecimento dos pequenos proprietários que se intensificava devido ao avanço da mecanização do campo, além da necessidade de capitalização.
Ao longo de seu percurso seriam instalados os projetos de colonização (para pequenos e médios produtores) e os projetos agropecuários (para atender os grandes empresários). Porém, o objetivo não era simplesmente de integrar os pontos mais distantes do país à economia e ao desenvolvimento do país.
Para o Governo Federal, as rodovias e os projetos de colonização faziam parte de um plano estratégico, visando a segurança e controle sobre todo o território nacional, para evitar focos de organização armada, guerrilhas e o movimento “espontâneo e rebelde” na ocupação de terras (“ocupar para não entregar”).
Fontes: Raízes da História de Sinop (Luiz Erardi F. dos Santos) e sites do IBGE e Prefeitura de Sinop
0
Da clareira à cidade: a abertura da área urbana de Sinop
Em meio à densa Floresta Amazônica, o grupo de trabalho da Colonizadora Sinop, chefiado por Ulrich Grabert, iniciou em maio de 1972 a abertura de picadas.
O ponto de início é atualmente o viaduto da BR-163, na conexão das avenidas Gov. Júlio Campos e Alexandre Ferronatto), no sentido Leste-Oeste, rumo ao ponto em que hoje se encontram a Praça da Bíblia e o Banco do Brasil. Ali, instalaram um acampamento fixo.
Com caminho aberto, mais 300 homens foram enviados à Gleba Mercedes, juntamente com máquinas e equipamentos para a plena abertura das áreas urbana e rural. Apesar disso, o envio de tudo o que era necessário para abastecer o grupo ainda era inviabilizado no período chuvoso. Era preciso uma rota aérea.
A Colonizadora, então, priorizou uma pista de aeroporto (numa área onde hoje se encontram a UFMT e a Faculdade Anhanguera). Por ali, até 1984, aeronaves de pequeno e médio porte pousavam e decolavam, trazendo mantimentos e ferramentas mais leves para o trabalho de abertura da área urbana. Nesse local, inclusive, a TABA (Transportes Aéreos da Bacia Amazônica) operou voos semanais para Cuiabá, além de receber as autoridades que participaram da fundação oficial da cidade em 1974 e a comitiva que trouxe o presidente da República, João Batista Figueiredo, o primeiro a conhecer Sinop.
PRIMEIRAS RUAS E AVENIDAS
As primeiras ruas e avenidas abertas na área urbana de Sinop pela Colonizadora, a partir de 1972, foram:
- Avenida dos Mognos (atual Júlio Campos), aberta da entrada da cidade até onde seria aberta a Avenida das Sibipirunas, num total de 3 quadras;
- Avenida dos Jacarandás;
- Rua dos Lírios, aberta até onde seria a Avenida Embaúbas;
- Rua das Primaveras, aberta até onde seria a Avenida das Figueiras;
- Rua das Pitangueiras;
- Rua das Castanheiras;
- Rua das Nogueiras;
- e Rua das Aroeiras.
Essas vias compunham um total de 18 quadras.
PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES
Com a derrubada da mata, abertura de ruas e avenidas, e a chegada dos primeiros moradores, as primeiras residências e salões comerciais começaram a ser construídos a partir de junho de 1972.
Algumas das primeiras famílias que chegavam ao município construíam barracos de lona, como foi o caso dos Pissinati, Belgrovicz e Claro dos Anjos. Uma das construções marcantes é do escritório da Colonizadora, cuja localização é a mesma até hoje.
CASAS DE MADEIRA E ENERGIA POR LAMPIÃO
Essas primeiras construções eram de madeira, em sua maioria sem forro, e algumas ainda possuíam um salão de comércio à frente. O padrão de residência compunha sala, cozinha e dois quartos. O banheiro era uma casinha, construído no fundo do quintal. A água era obtida por perfuração de poços, que normalmente não passavam de dois metros de profundidade – o lençol freático estava bem próximo à superfície.
A iluminação era fornecida por lampião a gás ou querosene. Apenas alguns comércios contavam com motor próprio que gerava energia enquanto estavam abertos (próximo das 22h). Após este horário, a cidade ficava na completa escuridão.
“SAPOLÂNDIA”
As primeiras ruas e avenidas abertas não eram cascalhadas, muito menos pavimentadas. O poeirão cobria a cidade na época de seca, obrigando os comércios a cobrir as mercadorias com plástico ou tecido, enquanto na chuva os atoleiros reinavam. E era tanta água que precisava-se de pranchas ou tábuas, da entrada das casas até a rua, para as pessoas poderem se deslocar.
Nesse período, a cidade ganha a alcunha de “sapolândia”, em razão do elevado número de sapos e rãs que surgiam enquanto a cidade ficava alagada.
Fontes: Raízes da História de Sinop (Luiz Erardi F. dos Santos) e site da Prefeitura de Sinop
0
Agricultura: dos primeiros passos à pesquisa e tecnologia
A década de 1970 em Sinop foi dedicada à sua abertura. A floresta amazônica dominante ia dando espaço à construção de vias e de residências, e ao mesmo tempo a intensa propaganda feita pela Colonizadora, junto aos agricultores principalmente do Paraná e Santa Catarina, pregava a real possibilidade de deixar as exauridas terras no Sul do país em busca um futuro mais promissor.
A partir de 1972, os primeiros agricultores, procedentes em sua maioria do PR e SC, começam a chegar na Gleba Celeste para se dedicar ao plantio daquilo que lhes era convencional: cultura de arroz, café, milho, pimenta do reino e até guaraná, com incentivos da Cooperativa Mista Celeste, criada pela Colonizadora.
O grande problema é que o solo amazônico era desprovido de inúmeros nutrientes necessários a certas culturas. Aqui, os primeiros agricultores encontraram um solo com elevado teor de acidez, terra mais fraca, clima diferente, além da ausência de maquinários próprios e tecnologia, desanimando parte das famílias que se viram obrigadas a retornar à região de origem.
Tais empecilhos não desmotivaram a chegada de uma nova onda de agricultores, que aqui se fixaram e se adaptaram às características próprias da região amazônica. Por isso, outras culturas foram implementadas num processo de tentativa e erro, até que se encontrasse formas de melhorar o solo e culturas que se adaptassem às condições.
Em 1975, o colonizador Ênio Pipino traz a Sinop o ministro da Agricultura, Alysson Paulineeli, que lança o programa do calcário, destinado à correção da terra para melhorar a produtividade. A partir daí, a agricultura toma um impulso maior, principalmente no plantio de arroz. Nessa ocasião, foi entregue o armazém da Cobal, destinado a fornecer alimentos, utensílios e produtos de primeira necessidade a preços mais acessíveis à população.
Em 1977, o Governo Federal instala uma unidade da CIBRAZEM (Companhia Brasileira de Armazenamento) às margens da BR-163, destinada a estocar a produção local de arroz que era adquirida pelo Governo.
Dois anos depois é lançado o programa de plantio da mandioca, destinado a produzir e fornecer matéria-prima à Sinop Agroquímica, que estava sendo instalada pela Colonizadora, com recursos do Governo Federal, para produzir álcool veicular, projeto este pioneiro no Brasil. Novas perspectivas são criadas aos agricultores, que passam a se dedicar ao plantio da mandioca em larga escala.
Entretanto, vários fatores negativos – como produção abaixo da expectativa, dificuldades no transporte, falta de mão de obra, preços baixos, dentre outros – levaram a mais uma frustração, fazendo com que vários produtores chegassem a abandonar suas terras.
PESQUISA E TECNOLOGIA
A grande virada na produção agrícola de Sinop se deu a partir do final da década de 1980. Isso aconteceu devido ao investimento em tecnologia, que precisava se desenvolver para driblar o alto custo de abertura de terras, mais elevado que em outras regiões do Centro-Oeste, como na região de cerrado.
O engenheiro agrônomo Angelo Maronezzi, da Agronorte Pesquisa e Sementes, conta que a chegada de empresas de recebimento, secagem e armazenagem proporcionou melhores condições para melhoramento do solo. A empresa hoje se destaca pelo desenvolvimento de um acervo genético de diversas culturas, como soja convencional, soja transgênica, feijão, milheto, capim coracana e arroz, uma das primeiras culturas implantadas – mas não continuadas – no município.
“Os agricultores precisavam comprar adubo, químicos e defensivos em Sorriso, já que Sinop ainda era bem incipiente na agricultura. A vinda dessas empresas foi o que deu suporte ao crescimento da área agricultável”, explica Maronezzi, que chegou à região Norte de Mato Grosso na segunda metade dos anos 80.
O agrônomo reforça que, na época, o solo sofria com acidez, sendo necessário o uso intenso de calcário. Entretanto, o nível de matéria orgânica presente no solo é maior do que em outras regiões produtoras, o que favorece a cultura de arroz no primeiro e segundo ano, principalmente. “Mas é necessária a reposição contínua de fósforo, potássio e micronutrientes”.
Se na década de 1970 os agricultores sofriam com pouca – ou nenhuma – condição de melhoramento do solo, foi através de pesquisa, anos mais tarde, que a empresa desenvolveu sementes preparadas para cada condição.
Entre os fatores que prejudicavam a produção de arroz, um dos carros-chefes da Agronorte, é que o processo de mineralização da matéria orgânica gera uma alta oferta de nitrogênio, e isso faz o arroz crescer muito e acamar. O acamamento normalmente limita a produtividade e a qualidade de grãos. Essa quebra ou dobramento permanente dos caules em cereais estão associados com a altura da planta, resistência dos entrenós inferiores e a dose de fertilizantes nitrogenados.
“Para um projeto dar certo nas culturas de agronegócio, tem que ter duas coisas essenciais: tecnologia e material genético. Ambos têm que caminhar juntos. Um sem o outro não funciona. A genética traz tolerância ao acamamento, às doenças, aumenta a produtividade. O objetivo de qualquer produtor rural é produzir mais no mesmo tempo, com menor custo”, completa Angelo.
0
Museu Virtual: interligando passado e presente
Dentro do projeto “Sinop 50 Anos, a História de Nossa Gente”, a Fator MT lança o Museu Virtual, que tem por objetivo manter viva e atualizada a história da cidade.
Através da Linha do Tempo, o internauta encontra uma retrospectiva dos momentos marcantes de Sinop, ano a ano, relembrando e conhecendo de forma cronológica fatos históricos e curiosidades de Sinop.
Tudo começa antes mesmo da fundação, em 1974. Fatos e fotos que rememoram a ideia de se expandir as fronteiras brasileiras para dentro da Amazônia, a chegada dos homens que desbravaram a floresta e os personagens que fizeram desta uma terra sagrada para construir seu futuro.
No Museu Virtual, você também encontra biografias em texto e vídeo de quem ajudou a construir esta cidade, além de reportagens que contextualizam seu desenvolvimento. Pra você, uma boa viagem no tempo!
Acesse também nossas redes sociais, Youtube, Instagram e Facebook.
0
Uma sigla que viraria cidade
Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná (Colonizadora Sinop), Sinop Terras S/A, atualmente Grupo Sinop. Esta é a empresa responsável pela abertura e colonização da cidade de Sinop, que tem sua história marcada pelo pioneirismo de Ênio Pipino, sua esposa Nilza de Oliveira Pipino e João Pedro Moreira de Carvalho.
Tudo começou em Presidente Venceslau, interior de São Paulo, em 1948, quando a empresa foi constituída, e no Paraná, onde a empresa foi instalada e fundou várias cidades na região Noroeste do estado, como Terra Rica, Iporã, Ubiratã, Formosa do Oeste e Jesuítas, além de outros distritos.
No início da década de 1970, o espírito arrojado e empreendedor de Ênio, Nilza e João Pedro levou a Colonizadora a escrever a mais importante página de sua história. Em plena selva amazônica, deu início ao desbravamento da Gleba Celeste, localizada no Norte de Mato Grosso, onde fundou as cidades de Sinop, Cláudia, Santa Carmem e Vera.
Os trabalhos de abertura da Gleba Celeste, de Sinop e das outras cidades fundadas pela Colonizadora, foram comandados pelo topógrafo e diretor da empresa, Ulrich Grabert, conhecido como Uli.
O desafio de ocupar a Gleba Celeste era imenso, bem como a área a ser aberta: 645 mil hectares. Por isso, foi feita uma divisão em etapas:
- 1ª e 2ª partes: primeiro ponto de penetração na mata densa da Amazônia foi em Vera e em Santa Carmem;
- 3ª e 4ª partes: implantação da cidade de Sinop, sede de município e comarca;
- 5ª parte: implantação de Cláudia.
Passados 50 anos da fundação de Sinop, a Colonizadora Sinop – que a partir de 1999 passou a denominar-se Grupo Sinop – continua contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento da cidade que fundou com vários projetos e investimentos.
Ao longo da história de Sinop, a empresa sempre se fez presente e teve participação ativa em projetos sociais, educacionais e culturais.
Como exemplo, a doação das áreas que viabilizaram a implantação da Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), da Fundação Hospital Santo Antônio, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), da Circunscrição Regional de Trânsito (CIRETRAN), do Serviço Nacional da Indústria (SENAI), da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e do Aeroporto de Sinop.
Conheça a história completa do Grupo Sinop aqui!
0
Ênio Pipino: um verdadeiro semeador de cidades
Enio Pipino nasceu em 12 de junho de 1917, em Penápolis, interior de São Paulo. Seus pais João Pipino Primo e Rosa Franscischetti, eram legítimos italianos, nascidos em Turim. Vieram para o Brasil no final do século XIX para trabalhar nas lavouras de café. Mudaram-se para Presidente Venceslau, onde Enio passou sua juventude, estudou e se dedicou ao trabalho.
Conheceu uma jovem, Nilza de Oliveira, com que se casou e a quem acrescentou o sobrenome Pipino. Viveriam juntos intensas emoções e conquistas por mais de 40 anos juntos.
Na cidade da Alta Sorocabana, foi correspondente comercial em vários bancos, foi Juiz de Paz, chegou a ser nomeado Prefeito Interventor de Presidente Venceslau e ainda foi prefeito eleito na cidade. Depois, ainda seria vereador, ocupando o cargo de presidente da Câmara.
SEMEANDO CIDADES
Em 1948, constituiu junto com o seu grande amigo e sócio João Pedro Moreira de Carvalho a Sociedade Imobiliária do Noroeste do Paraná, ou Sinop Terras S/A, que depois seria Colonizadora Sinop e, hoje, é Grupo Sinop. Mudou-se para aquela região, onde iria implantar as cidades de Terra Rica, Iporã, Formosa do Oeste, Jesuítas, Ubiratã, além de outros distritos.
Entre o final da década de 1960 e o início da década de 1970, o Governo Federal passou a desenvolver a política de ocupação da Amazônia Legal Brasileira com o lema “Integrar Para Não Entregar”.
Foi espírito arrojado e empreendedor de Enio Pipino se volta para região Norte de Mato Grosso, na época um imenso vazio demográfico, ocupado pela exuberante Floresta Amazônica. Juntamente com a esposa Nilza e o sócio João Pedro, idealizam um grandioso projeto de colonização: a Gleba Celeste.
A Colonizadora Sinop adquiriu uma extensa área de terras localizada na altura do km 500 da rodovia BR-163, que era mais conhecida como Cuiabá-Santarém e estava ainda em fase de construção.
Além da divisão da Gleba Celeste em fazendas, sítios e chácaras, foram projetadas e implantas inicialmente 3 cidades: Vera, Santa Carmem e Sinop. Algum tempo depois, com a aquisição de mais uma área à Noroeste da Gleba, foi implantada mais uma cidade, Cláudia.
Enio foi mais que um colonizador. Ele teve intensa atuação política junto ao Governo Federal, sempre pleiteando benfeitorias para Sinop, cidade que levou o nome da colonizadora e que se já destacava atraindo gente de toda parte do país. Também impulsionou a vinda de órgãos estaduais e federais a partir da doação de terreno.
No dia 16 de junho de 1995, aos 78 anos, o Colonizador faleceu em Bebedouro/SP. A data é a mesma do falecimento de seu amigo e sócio João Pedro. Logo após participar do velório do grande amigo, teve um mal súbito e veio a falecer.
Seu sepultamento ocorreu em Maringá/PR. Seu nome ficará perpetuado na história das cidades que semeou, especialmente de Sinop.
Conheça sua biografia completa aqui!
0
João Pedro: o idealizador de cidades
João Pedro Moreira de Carvalho nasceu em Bebedouro, no interior de São Paulo, no dia 5 de agosto de 1910. Lá passou a infância e grande parte de sua vida na cidade. Ainda na juventude, conheceu Iolanda Loureiro de Carvalho, casaram-se, e dessa união nasceram 4 filhos: João Pedro, Augusto, Cláudia e Luiz Otávio.
Conheceu Enio Pipino e Nilza de Oliveira Pipino, cuja relação transcendeu apenas a amizade. Tornaram-se sócios aos constituir a Sociedade Imobiliária do Noroeste do Paraná, ou Sinop Terras S/A, que também ficaria conhecida como Colonizadora Sinop e, atualmente, é o Grupo Sinop.
Mudou-se com a família para Maringá para estar mais próximo dos anseios da empresa. Idealizam e colocam em execução um projeto de colonização na Gleba Rio Verde, no Noroeste do Paraná, onde são fundadas várias cidades como Terra Rica, Iporã, Formosa do Oeste, Ubiratã, além de outros distritos.
Mas isso não seria tudo.
Em 1970, as atenções de João Pedro e Enio voltam-se para a região Centro Norte de Mato Grosso, na época, um imenso vazio demográfico ocupado pela Floresta Amazônica, e em uma área denominada Gleba Celeste, localizada na altura do km 500 da BR-163, conhecida como Cuiabá-Santarém.
Dão início ao mais importante projeto de colonização da empresa, onde são implantadas as cidades de Vera, Santa Carmem, Cláudia e a que recebeu como nome a sigla da empresa, Sinop.
O projeto de colonização atraiu milhares de brasileiros, principalmente do Sul do país, que vinham para se dedicar à agricultura. Recebeu diversas honrarias e homenagens pelo trabalho de colonização no Paraná e em Mato Grosso.
João Pedro Moreira de Carvalho faleceu no dia 16 de junho de 1995, aos 85 anos, em Bebedouro, sua cidade-natal. Seu nome ficará perpetuado na história das cidades do Paraná e de Mato Grosso, especialmente em Sinop.
Conheça mais da sua biografia clicando aqui.
0
Nilza: uma colonizadora atuante
Nilza de Oliveira Pipino nasceu em 13 de dezembro de 1920 em Santa Maria Madalena, no Rio de Janeiro. Logo após seu nascimento, a família se mudou para Presidente Venceslau, onde viveu sua infância e juventude. Conheceu Enio Pipino, com quem se casou ainda jovem, com 20 anos de idade.
Sua atuação na sociedade se consolidou enquanto primeira-dama de Presidente Venceslau, no período em que Enio foi prefeito da cidade. Lá, Nilza desenvolveu significativo trabalho na área de assistência social da cidade.
Quando o marido, em parceria com o amigo João Pedro Moreira de Carvalho, resolveu criar em sociedade uma empresa imobiliária, Nilza de Oliveira Pipino participou ativamente da formação e dos primeiros passos dados pela empresa.
Em 1948, a empresa tinha como destino Maringá/PR, onde seriam desenvolvidos os trabalhos de elaboração do projeto de colonização a ser implantado na Gleba Rio Verde. A partir de 1950, na função de diretora da empresa, participou ativamente do processo de colonização das cidades de Terra Rica, Iporã, Formosa do Oeste e Ubiratã.
Quando Enio e João Pedro vislumbraram Mato Grosso, na década de 1970, Nilza participou ativamente das decisões, sendo a voz feminina em meio a um universo repleto de homens.
Atuante, era uma verdadeira líder entre as mulheres que chegavam à região para povoar as cidades fundadas pela Colonizadora (Vera, Santa Carmem, Sinop e Cláudia).
Entretanto, com apenas 64 anos de idade, Nilza de Oliveira Pipino faleceu em um acidente trágico acidente aéreo, ocorrido em Maringá. Dona Nilza, como era carinhosamente chamada por todas, era e até hoje é uma referência de mulher para todos por conta dos serviços prestados à sociedade.
0
Uli: o homem de confiança dos colonizadores
Alemão, nascido em Stuttgart, Ulrich Ebherard Grabert, o Uli, veio para o Brasil ainda pequeno – mais especificamente no interior do Paraná. Ele seria, anos mais tarde, o braço direito dos colonizadores Ênio Pipino e João Pedro de Carvalho.
Foi fundamental na fundação das cidades de Iporã, Terra Rica, Jesuítas e Ubiratã, nos anos 1950, no Paraná, e depois de Sinop, Vera, Santa Carmem e Cláudia, na década de 1970 em Mato Grosso.
O topógrafo foi quem veio no front de abertura da região amazônica. Essa história começou um pouco antes.
Uli foi enviado a Cuiabá para comprar uma fazenda a pedido de Ênio Pipino, mas viu que a aquisição na seria viável devido às dificuldades para transporte do gado. Nesse momento, ele conheceu Jorge Philipe, também vindo do Paraná, que disse que precisava vender terras na região que se tornaria Sinop, à época território de Chapada dos Guimarães.
“Levei as informações para Maringá. Ênio e João Pedro voltaram comigo, sobrevoaram e gostaram. Ênio foi a Brasília se informar sobre a colonização”, afirmou. “Em 1969, olhamos a área, e 1970 começamos a entrar”, contava Uli.
Em setembro de 1970, chegou à Gleba Celeste para demarcar e tomar posse das terras. Aos poucos, juntou uma equipe com mais de 400 homens para ir ‘abrindo caminho’ na região em que seriam fundadas Vera, Sinop, Santa Carmem e Cláudia.
Era ele quem executava o plano de construir Sinop – escolas, postos de saúde, abrir estradas e formar bairros. Ele residiu na cidade ajudou a fundar por mais de 40 anos. Na função de gerente, trabalhou pela Colonizadora Sinop por 45 anos, deixando a empresa em 1997.
Uli faleceu no dia 24 de maio de 2016, aos 82 anos. Ele foi protagonista e um dos principais expoentes da história de Sinop.
0
Talento para transformar história em arte
O projeto “Sinop 50 Anos: a História de Nossa Gente” está sendo desenvolvido multiplataforma pela Fator MT. Jornalistas, redadores, editores, filmmakers, entre outros, estão empenhados em narrar, através de vídeos, fotos e textos, o pioneirismo de tantas famílias que chegaram à região a partir da década de 1970.
Além deste Museu Virtual e da Linha do Tempo, um dos atrativos do projeto são os 5 livros, que retratarão meio século de história desta cidade. Em cada um deles, uma década de memórias.
Apesar daquele velho e conhecido jargão “não julgue o livro pela capa”, neste caso a premissa não é verdadeira. As narrativas que estão em produção são tão boas quanto as capas que ilustram as 5 obras.
A responsável por isso é a talentosa Ana Vitória Ávila Vian, artista mato-grossense de apenas 19 anos e muito conhecimento para conciliar arte e história.
Tudo começou com o incentivo da família, especialmente da mãe, que estimulou na jovem trabalhos manuais de artesanado, costura e pintura em tecido. “Percebi que podia transformar essa habilidade em uma profissão, e foi durante o período de pandemia que eu realmente me empenhei”, conta.
Os primeiros desenhos eram produzidos de forma simplificada, feitos no papel, mesmo. As publicações foram parar no Instagram pessoal, e de lá os rascunhos viraram quadrinhos. “Depois painéis para aniversário, em papel pardo, e em seguida nas paredes”, completa Ana.
Até que a veia artística e o mundo tecnológico se encontraram. Seguindo diferentes artistas pelas redes sociais, Ana Vitória se deparou com aplicativos e programas que poderiam facilitar ainda mais o desenvolvimento dos desenhos. O talento nas mãos passou do papel para a tela de um iPad.
“Com o Procreate, consigo criar animações e artes digitais, mas uso especialmente para rascunhos. É por ele que eu faço os rascunhos para encaminhar aos clientes”.
Para as obras, a artista cita quatro inspirações: Karol Stefanini, Jhenny Keller, Lígia Ramos e Bia Daga. “Cada uma delas tem um estilo diferente de arte, são pessoas nas quais eu mais me assemelho e que eu gosto de acompanhar o conteúdo”.
Confira outros pontos da entrevista que a artista concedeu à Fator MT:
DO RASCUNHO NO IPAD AO “OK” DO CLIENTE
Assim como em áreas como engenharia e arquitetura, a artista e o cliente precisam chegar a um consenso entre desejo e execução.
“Quando o cliente chega até mim é porque ele sabe que tipo de trabalho eu executo, então não há tanta dificuldade em chegarmos num meio-termo. Apresento uma lista de itens necessários para o trabalho, fotos e inspirações. No iPad, eu faço o rascunho, apresento e, com o ‘ok’ do cliente, dou início ao trabalho. É tudo muito tranquilo, e o importante é a satisfação dele, porque eu, enquanto estou ali pintando, também me sinto realizada”, confessa.
ESTILO MÃO LIVRE
Quanto às técnicas, Ana Vitória dá preferência ao floral, em estilo livre. Porém, também tem executado trabalhos em aquarela e desenhos em grafite. “Mas o que eu mais uso mesmo é pincel e tinta, com rascunho feitos a giz”.
ALTOS DESAFIOS
Nesta – até agora – curta carreira artística, Ana Vitória apontou três trabalhos como sendo os mais desafiadores e marcantes.
“Fiz uma pintura em parede inspirada no filme da Disney, Rapunezel, especialmente para uma garotinha de 6 anos chamada Alice. Foram duas semanas pintando. Foi a que exigiu mais técnica e atenção a detalhes. Tinha 6 metros de altura, e pintei inteiramente com referências da Disney. Isso para mim é muito gratificante”.
Além deste, outros dois trabalhos foram desafiadores para a artista. Um para uma casa de carnes, cuja parede tinha 14 metros de comprimento, e para as três unidades de uma rede de postos de combustíveis. “Fiquei bem conhecida por conta deles”, lembra.
VEIA ESPORTIVA
A arte em paredes chegou ao futebol. Coube à artista a pintura do escudo do Primavera Atlético Clube, que disputou a elite do futebol mato-grossense nessa temporada. Entretanto, o esporte não é uma novidade na vida dela.
“Quem me acompanha há mais tempo sabe que eu pratico vôlei. Joguei a minha vida inteira, e mesmo depois de iniciar nas artes, concilio com o esporte. Treino diariamente, faço academia, viajo, participo de competições nacionais. Ainda não sou remunerada no vôlei como sou na arte, mas é uma meta de vida ser uma atleta profissional”, conta.
FUTURO
Família, filhos, esportes. Ana Vitória tem muitas pretenções, sem abandonar a arte, responsável por trazer mais de 137 mil seguidores somente na sua conta do Instagram.
“Fiz alguns vídeos que viralizaram, e isso atraiu muita gente. Eu ainda não me dava conta da importância da divulgação nas redes sociais. A arte está na minha vida, mas eu ainda almejo ser jogadora profissional de vôlei, poder ter oportunidades em clubes de outros estados e até de fora do país. Desejo constituir uma família, quero ter filhos. Ah, e quero ter uma Kombi também!”, descreve Ana, que com suas primeiras economias adquiriu outro clássico da Volkswagen: um Fusca branco.
São as decisões de uma jovem da Geração Z, que precisa lidar com o peso de tomar decisões em meio a desejos e responsabilidades. Com certeza, o caminho é brilhante, seja na arte ou no esporte. O sucesso é ela mesma quem desenha.
Acompanhe o trabalho de Ana Vitória pelo Instagram.
0
A fundação de Sinop: nasce uma gigante
Dois anos após a abertura das primeiras ruas e avenidas, das 18 quadras iniciais e da chegada das famílias pioneiras, ocorre a fundação oficial da cidade de Sinop, que contou com a presença do Ministro do Interior, Maurício Rangel Reis, do diretor-presidente da Colonizadora, Ênio Pipino, e sua esposa Nilza de Oliveira Pipino, do diretor superintendente João Pedro Moreira de Carvalho, além de outros diretores e autoridades convidadas.
No início da manhã de 14 de setembro de 1974, começam a chegar as autoridades e convidados no antigo aeroporto de Sinop, onde são recepcionados pela direção da Colonizadora.
A solenidade de fundação teve o hasteamento das bandeiras e fixação de uma placa alusiva ao evento, que ocorreu na entrada da cidade – no local onde hoje se encontra o acesso ao viaduto da BR-173. A placa de fundação da cidade de Sinop atualmente se encontra no escritório do Grupo Sinop.
Após a solenidade de fundação, as autoridades se dirigiram a um pequeno palanque armado na Avenida dos Mognos, esquina com a Rua dos Lírios, para assistir ao desfile comemorativo que contou com a participação da Banda da Polícia Militar de Cuiabá, alunos e professores das Escolas da Gleba Celeste, esportistas e pioneiros.
Após o desfile, são inauguradas as 3 primeiras salas de aula da Escola Nilza de Oliveira Pipino, na Avenida das Embaúbas, no local onde atualmente se encontro o prédio da Assessoria Pedagógica, do posto de correios, situado no mesmo local onde se encontra o atual prédio da agência e do posto da Superintendência de Combate a Malária (SUCAM), na avenida das Figueiras.
A missa de fundação da cidade é celebrada pelo bispo da Diocese de Diamantino, D. Henrique Froelich, numa pequena capela erguida pela Colonizadora no local onde hoje se encontra a Praça da Paróquia Santo Antônio. Alguns anos depois, D, Henrique viria em definitivo como primeiro bispo da Diocese de Sinop.
Após as solenidades alusivas à fundação da cidade, é oferecido às autoridades e a todos os moradores um almoço de confraternização na mata então existente na Avenida dos Jacarandás, esquina com a Av. das Figueiras, onde em 1982 foi construído o restaurante “O Colonial”.
Talvez, nem o mais dos otimistas moradores da então fundada Sinop poderia imaginar que, meio século depois, ele despontaria como a quarta maior força econômica do estado, quarta em população, além de se destacar no cenário nacional como a quarta melhor para se fazer negócios no comércio. Realmente, naquele 14 de setembro, nascia uma gigante.
0
Alfredo: o arquiteto que redesenhou Sinop
A invejável amplitude dos espaços urbanos de Sinop, que atrai a atenção de 10 entre 10 pessoas que visitam a cidade, é resultado de um “Plano B”. Ou melhor, de uma revisão. O município, elogiado por reservar espaço físico público em sua área central, projetando um crescimento futuro que talvez nunca se concretizasse, teve um começo bem diferente.
O primeiro projeto urbano era tão inovador que se tornou inaplicável em seu tempo e na realidade do Norte de Mato Grosso. Foi quando a cidade já tinha 4 anos de fundação que Sinop ganhou os contornos que conserva até hoje.
O dono dessas linhas é o arquiteto e urbanista Alfredo Clodoaldo de Oliveira Neto, e a sua ligação com Sinop começa no berço. Alfredo nasceu no dia 4 de maio de 1950, filho de Áurea Rodrigues de Oliveira e Waldir Ribeiro de Oliveira, em Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Quando tinha apenas um ano e meio de idade, perdeu o pai. Ao lado da mãe, já casada novamente, e seus três irmãos, Waldir Ribeiro de Oliveira Jr., Luiz Fernando e Carmem Helena, mudaram-se para Iporã, no Paraná. Alfredo, então, foi amparado pelos seus tios, Nilza de Oliveira Pipino, irmã de seu pai, e Ênio Pipino – os ‘pais’ fundadores da cidade de Sinop.
Mas a colonização do Norte de Mato Grosso ainda não estava no horizonte. Na década de 1950, o casal, junto com o sócio e amigo João Pedro de Carvalho, se dedicava a desbravar a fronteira Oeste do Paraná, onde semearam cinco novas cidades.
A história de hoje é deste arquiteto, que apesar de ser sobrinho dos colonizadores, trabalhou arduamente para deixar o seu legado nas ruas e avenidas de Sinop. Clique no link e confira!
0
A jornada da Família Flach para conquistar uma colônia
Essa é uma daquelas histórias de foco e determinação, de um casal que batalhou junto para construir um projeto de vida, superando uma coleção de adversidades. Parece um roteiro comum, de pessoas que deixaram o Sul do país e encontraram na região de Sinop uma oportunidade de prosperar. Mas são os detalhes que fazem da vida desse casal um exemplo de resiliência.
A história dos Flach começa em uma localidade no interior do Oeste de Santa Catarina, chamada Linha Pitangueira, localizada entre os municípios de Itapiranga e São Miguel do Oeste. Foi ali que Agostinho Flach nasceu, em 17 de julho de 1954. A família de Agostinho era uma entre muitos colonos de origem alemã que começavam a colonizar aquela região.
Os Flach plantavam milho, criavam porcos e frangos. Agostinho foi um entre 14 irmãos. Logo os 3 irmãos homens mais velhos deixaram a roça para estudar no seminário dos Irmãos Lassalistas. Esse também era o desejo de Agostinho, mas ele acabou sendo tolhido pelo pai.
Quer saber mais? Clique aqui e vá direto para o link da biografia da Família Flach.
0
Os 13 Cruzeiros no bolso de Jaime Rigon e nenhum conhecido
Sinop foi o berço fértil para várias pessoas mudarem de vida. Sobram histórias de riqueza e progresso de quem chegou com quase nada e hoje tem “o suficiente para viver bem”. Mas o quão pouco era esse ponto de partida?
Para Jaime José Rigon foram 13 Cruzeiros, que logo viraram 4 Cruzeiros depois de um pastel e um café. Do desjejum na rodoviária até 2024, passaram-se 47 anos, hoje ele é dono de importantes prédios comerciais nas melhoras avenidas de Sinop e chega ao aniversário de 50 anos da cidade comemorando com o Lóris, um condomínio residencial com um conceito que se vendeu em menos de uma hora.
Mas como é possível uma virada dessas em apenas uma vida? Clique aqui para conhecer a trajetória de Jaime - talvez isso ajude a responder essa pergunta.
0
Kreibich: fé, coragem e DNA empreendedor
Venâncio Aires, um pequeno lugarejo no interior do Rio Grande do Sul, por anos considerado o maior produtor de fumo do Brasil. Foi nesse lugar que nasceu, no ano de 1944, Arcélio Kreibich. O cultivo das folhas de tabaco era o principal sustento da família que, além dele, ainda era composta por dois irmãos e uma irmã.
A terra natal era amada, mas o relevo não era gentil. Em busca de condições mais favoráveis, os pais de Arcélio arriscaram uma migração, no ano de 1954. Corretores da Colonizadora Maripá percorriam o interior gaúcho apresentando seu projeto de ocupação. A família Kreibich e outros colonos da região embarcaram para a jornada rumo à recém-fundada Toledo, no Oeste do Paraná.
Na terra nova, depois de abrir o mato na base do machado, tentaram replicar a velha cultura. O fumo produzia, mas não tinha mercado. A família então começou a criar porcos e diversificar a produção, mantendo uma agricultura de subsistência na base do arado e da enxada.
Aos 19 anos de idade, Arcélio foi convocado para o serviço militar, no quartel em Foz do Iguaçu, fronteira com o Paraguai. Embora tenha crescido no campo, ele chegou com uma habilidade que lhe abriu espaço na caserna. Arcélio aprendeu música em casa, e a habilidade com o trombone o fez tocar na banda do Exército.
Essa é a história da Família Kreibich, e você pode assistir tudo aqui!
0
Deivison Pinto e o transformador legado da Educação
Imagine o quão a Educação pode ser transformadora. Não apenas para um indivíduo, mas para uma sociedade inteira. Agora vá para além da evolução cultural, acadêmica ou científica. Reflita sobre como a Educação pode transformar economicamente uma cidade, ao ponto de conduzi-la da condição de exportadora de madeira à importadora de estudantes.
Nessa jornada do “pau ao papiro”, Sinop tem um exemplo nato da capacidade de comutação que o saber proporciona. A história de um professor formado em Economia que escolhe empreender na cidade, e em duas décadas constrói um império da educação que colabora com a ressignificação da matriz econômica local.
Uma faculdade aberta no começo dos anos 2000, em uma cidade essencialmente madeireira, que hoje recebe o título de universidade, está presente em 6 municípios e no Distrito Federal, com 20 cursos que atendem a mais de 6,5 mil estudantes universitários. Esse é o império conhecido como Unifasipe, ou Grupo Fasipe, fundado pelo professor Deivison Benedito Campos Pinto.
Confira a biografia de Deivison Pinto e a trajetória do Grupo Fasipe aqui neste link.
0
Cezar Biazus: energia para se reinventar
É da mesma categoria a energia utilizada por quem chegou na primeira década para desbravar e a de quem enfrentou as solapadas da economia quando a cidade já estava consolidada?
Essa não é uma competição possível porque não se trata de uma disputa individual, mas de um trabalho de equipe. Sinop é o resultado de diferentes ondas migratórias, sejam discernidas pelo tempo, perfil, impacto ou condição.
Cezar Luiz Biazus pode não ter participado dos primórdios da formação de Sinop, mas o sangue colonizador corre em suas veias.
Quer saber por quê? Acompanhe aqui a biografia completa do empresário.
0
A emancipação política: Sinop se torna um município
Após sua fundação, em 1974, Sinop crescia com a chegada constante de novas famílias, comerciantes, agricultores e prestadores de serviço. Apesar das dificuldades, várias chácaras, sítios e fazendas são abertas para o plantio de café, arroz, pimenta do reino, milho e criação de gado.
Sinop fazia parte do município de Chapada dos Guimarães, até então considerado o maior município do mundo em área, cuja sede ficava a 560 km de distância. Chapada praticamente não tinha condições de dar assistência à localidade que dava seus primeiros passos e era carente de tudo.
O rápido crescimento – sua população ia dobrando de tempos em tempos – e a falta de assistência fizeram germinar as primeiras ideias de emancipação política.
Então, em 29 de junho de 1976, com apenas um ano e sete meses de fundação, pela Lei Estadual nº 3.754/76, assinada pelo governador Garcia Neto, Sinop é elevada à categoria de Distrito, passando a ter direito de eleger seus representantes para o Poder Legislativo municipal do qual fazia parte.
Neste mesmo ano, ocorrem as eleições para prefeito e vereadores de Chapada dos Guimarães, e a Gleba Celeste elege dois vereadores para representa-la junto à sede. Virgílio Campanela, com pouco mais de 500 votos, e Plínio Callegaro, em torno de 330 votos, passam a representar o Distrito.
O próximo passo seria se tornar independente. O grande sonho da população, então, consuma-se em 17 de dezembro de 1979, pouco mais de 5 anos após a sua fundação, através da Lei Estadual nº 4.156/79, assinada pelo governador Frederico Campos, que cria o Município de Sinop, cuja área geográfica, desmembrada de Chapada dos Guimarães e Nobres, totalizava 48.678 km², área equivalente a 45% do estado de Santa Catarina.
Além da sede do Município, passam a fazer parte de Sinop as localidades de Vera, Santa Carmem, Cláudia e Marcelândia.
Para administrar o novo Município, até que ocorressem as eleições previstas para 1982, o Governo do Estado nomeia o pioneiro Osvaldo Paula.
No brasão do Município estão os anos marcantes de Sinop: 1974, que representa sua fundação em 14 de setembro; e 1979, que representa a emancipação político-administrativo em 17 de dezembro.
0
Os primeiros comércios de Sinop
Advindos do sul do país, especialmente Paraná, os primeiros moradores de Sinop vieram para se dedicar à agricultura, e alguns, ao mesmo tempo, à atividade comercial. Em 1972, coube a Olímpio João Pissinatti Guerra instalar a primeira máquina de arroz, nas margens da BR-163, no local onde mais seria aberta a Rua Salvador, esquina com Rua São Paulo (atual João Pedro Moreira de Carvalho), no setor industrial sul.
Próximo dali, a família Pissinatti instala também a primeira borracharia, coberta de lona, que tinha como borracheiro o pioneiro Antonio Sechi.
No mesmo ano, o pioneiro Mauri Weirich instala a primeira casa comercial, um armazém de secos e molhados, denominado Casa São Jorge, localizado na esquina da Avenida dos Mognos (hoje Júlio Campos) com Rua das Primaveras. A partir daí, outras casas comerciais foram sendo instaladas:
- Armazém de secos e molhados e distribuidora de gás de Augustinho Boing e Valentim Vandresen;
- Armazém de secos e molhados Santa Paula, de Osvaldo Paula;
- Churrascaria Sinop, de Plínio Callegaro;
- Farmácia Barão, de Paulo Machado da Costa;
- Bar Pinguim, de Sebatisão Sales Mendes;
- Hotel Celeste, de José Pareja;
- Posto São Paulo (depois renomeado para Cacique), de Haroldo Ribeiro;
- Posto Santo Antonio, de Aleixo Schenatto;
- Casa de Armarinhos Santa Catarina, de Lindolfo Triweweiller;
- Bar Santarém, de Benedito Andrade.
Nesta época, o movimento maior no comércio ocorria aos fins de semana, quando os trabalhadores que estavam abrindo as estradas rurais, sítios e fazendas na região, vinham para a cidade fazer compras.
Após a instalação dos primeiros comércios e a vinda constante de novos habitantes, a partir de 1974, outras atividades comerciais e prestadores de serviço vão se instalando:
- Oficina mecânica de Alcides Schmidel;
- Escritório contábil Sinópolis, de Massami Uriu;
Padaria Nossa Senhora Aparecida, de Luiz da Silva Rosa;
- Lanchonete e panificadora Xingú, de Uilibaldo Vieira Gobbo;
- Hotel Paraíso, inicialmente de José Pareja, logo depois adquirido pela família de Nicolau Flessack;
- Foto Brasil, dos irmãos Luiz e José Vieira;
- Loja de móveis Brasília;
- Comercial Transamazônica, materiais de construção de Gunter Neideck;
- Tipografia Pioneira, de Waldemar Brandão;
- Cine Teatro Amazonas, de Ari Bianchi;
- Hospital Celeste, de Adenir Alves Barbosa, Antonio Kato e Israel Mendonça;
- Barbearia Sinop, de Olímpio Dallastra;
- Supermercado Machado, dos irmãos Irineu, Joaquim e João Carlos Martins;
- Bar do Bernardino, de Bernardino Neves.
0
Família Berti: As voltas e reviravoltas de um torno
“Seu Berti”. É assim que todos se reportam ao carismático senhor que transita pelos diferentes departamentos das lojas Tratormax. O tratamento esboça o respeito ao patriarca da família que fundou esse grupo.
Mas também uma admiração por alguém que conseguiu construir muito começando com quase nada.
Florides Berti nasceu em março de 1941, em Novo Horizonte, no interior de São Paulo. Ele era um entre 10 irmãos em uma família de agricultores, que tinha no cultivo do café a principal fonte de renda.
No começo da década de 50, muitas famílias de colonos migraram para o Paraná em busca de terras mais férteis e amplas para o plantio de café. Os Berti venderam suas terras no interior paulista e migraram para Paranavaí, no Noroeste do estado. Começava aqui o instinto de pôr o “pé na estrada” para alcançar algo maior.
A infância de Florides foi no cabo da enxada. Ele frequentou a escola por apenas 2 anos e acabou deixando os estudos para ajudar na lavoura. O trabalho foi a sua educação, lição que o acompanha até hoje.
Essa é a história de seu Berti e sua família, e você pode assistir tudo aqui!
0
Paulo da DIMEL: ligado na história de Sinop
O fundador de uma das principais empresas de material elétrico da cidade está ligado a vários episódios da história do município.
Ele foi responsável pela abertura da primeira loja de móveis, instalou o primeiro padrão de energia da cidade, jogou no primeiro time do Sinop FC, iniciou a cultura do rodeio em cavalos e ajudou a fundar a Acrinorte.
A trajetória desse pioneiro começa no Sul de Minas Gerais. Paulo Cardoso de Andrade nasceu no dia 1º de agosto de 1954, filho de Euclides Cardoso Ribeiro e Tereza Batista Cardoso, numa família de agricultores de subsistência que viviam em Carmo do Rio Claro.
Anos depois, em 1976, embarca em um caminhão carregado com móveis rumando para Sinop, a fim de abrir a loja. Sinop só seria elevada a condição de distrito de Chapada dos Guimarães em junho daquele ano. Ou seja, Paulo estava indo abrir uma loja de móveis – no que ainda era – um ‘mini distrito’.
Assim começa a história do Paulo da DIMEL, e você pode assistir tudo aqui!
0
Dal Maso: líder de uma família e de uma cidade
Um pioneiro, um conselheiro, um homem de visão, um empreendedor, um humanista e uma pessoa afeita a desafios. Essa é a coleção de predicados de Geraldino Dal Maso, o primeiro líder que o povo de Sinop elegeu.
Ele e Nelsa eram apenas crianças quando deixaram o Rio Grande do Sul. Geraldino, nascido em Passo Fundo, e ela, em Sarandi, se conheceriam em Toledo, no Paraná, na adolescência.
Tempos depois, já unido à sua companheira de toda a vida, Geraldino comprou um caminhão para transportar mercadorias – caminhão este que se transformaria em uma frota, e logo em uma transportadora.
Bom, narrar a história de uma família ou de um homem apenas pelos seus marcos temporais ou grandes feitos profissionais e patrimoniais pode ser um tanto desleal com o verdadeiro legado. O maior patrimônio da família de Geraldino e Nelsa Dal Maso certamente é a forma como conduziram a vida cotidiana.
Por isso, te convidamos para acompanhar em vídeo e texto essa história incrível. Confira toda a biografia clicando aqui.
0
Rosana Martinelli: a resiliência da mulher que assumiu o comando
Praticamente todos em Sinop sabem quem é Rosana Martinelli. É a primeira mulher eleita prefeita da cidade, a gestora que atravessou a pandemia. Esse é um resumo muito superficial.
Nos 50 anos que Rosana está em Sinop, ela já viveu o suficiente para 5 vidas. Sua história é marcada pela resiliência, com uma capacidade de superar e se adaptar frente às adversidades, em um desmedido e tragicômico exemplo de jornada dupla.
Fibra e superação marcam sua história. Pioneira, mãe, esposa e líder, uma mulher de negócios e também de purpurina, alguém que conseguiu servir a todos sem descuidar dos seus, envergando sem nunca quebrar.
Essa é a história que a FATOR MT conta para vocês em texto e vídeo, só clicar aqui!
0
Família Chiarello: em se plantando, tudo dá
"Nesta terra, em se plantando, tudo dá”. Esse é um trecho da carta escrita por Pero Vaz de Caminha, endereçada ao Rei de Portugal, Dom Manuel, repostando o achado da comitiva lusitana no ano de 1500.
O relato parte do punho de um homem que saiu de um país com poucas terras, viajou por caravelas e se deparou com uma farta floresta de pau-brasil. Ainda assim, guardou espaço na sua carta para destacar o quão próspero poderia ser esse novo mundo se a terra fosse semeada.
O Norte de Mato Grosso corresponde a quase 5 vezes o território de Portugal, uma porção de terra que passou os primeiros 4 séculos sendo subutilizada. Foi nesse chão que brotaram histórias de sucesso, como do Grupo Vale do Verde.
Zeca Chiarello nasceu em 1964, na cidade de Getúlio Vargas, no interior do Rio Grande do Sul, município que desde o século passado era rota do gado que saia dos pampas gaúchos para abastecer São Paulo. Anos depois, deixou o Sul para explorar o Centro-Oeste. O destino era a cidade de Rio Verde, em Goiás, onde abriria junto com a família Prante uma transportadora. Na época ele namorava Luciani Prante, com quem se casaria 3 anos depois.
Quer saber um pouco mais da história? Clique aqui e leia e assista à biografia!
0
Dr. Airton Rossini: a persistência que dá frutos
A consolidação de Sinop como uma referência em oncologia começa com um obstinado estudante que, após lutar para ser médico, decide desafiar a lógica, migrando para uma cidade do interior, com parcos recursos de saúde, com o sonho de tratar pacientes com câncer.
Airton Rossini, hoje oncologista experiente, foi o primeiro médico especializado no tratamento de câncer a se estabelecer em Sinop – numa época em que o município mal atendia pelo SUS, e que o hospital público mais próximo ficava na cidade vizinha, Sorriso.
Sua persistência, que também pode ser confundida com teimosia, foi determinante para que Sinop desenvolvesse o serviço de atendimento oncológico que hoje ajuda a salvar tantas vidas.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia!
0
O desenvolvimento da pecuária em Sinop
Desde o início da colonização da Gleba Celeste, a pecuária teve um relativo desenvolvimento em função da abertura e posterior asfaltamento da BR-163, dos incentivos fiscais e financiamentos dados pelo Governo Federal através da SUDAM (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), além do baixo preço das terras e da disponibilidade de extensas áreas – em sua maioria planas.
Ainda na década de 1960, foram abertas as primeiras grandes fazendas, voltadas à atividade da pecuária, que hoje fazem parte ou são próximas a Sinop: Codertep, Paranatinga, Pato Bravo, Colonisa e Atlântica.
Na década de 1970, em razão da política adotada pelo Governo Federal para a ocupação em larga escala da Amazônia Legal, um grande número de fazendas de médio e grande porte são abertas, e a Floresta Amazônica começa a dar lugar a imensas áreas de pastagem.
São abertas, nesta década, as fazendas Continental, Panorama, Lírio, Cônsul, Mercedes Bens, CBPO, Missioneira, entre outras.
Assim como a agricultura, a pecuária também, nos primeiros tempos, enfrentou uma série de adversidades em razão da distância dos centros consumidores falta e precariedade de estradas, incidência de pragas típicas da região amazônica, falta de assistência e orientação veterinária e desconhecimento das características próprias da região.
A maioria das grandes fazendas abertas na época pertenciam a grandes empreiteiras, como a Companhia Brasileira de Pavimentação e Obras (CBPO), cuja área com mais de 50 mil alqueires se estendia por dezenas de km, ao longo das duas margens da MT-220, estrada que liga Sinop a Juara; a grande multinacionais, como a Mercedes Bens, cujas terras – grande parte ainda em mata, próximo a Sinop – foram desapropriadas pelo Incra, na década de 90, divididas em pequenos lotes e transformadas no assentamento Gleba Mercedes; a grandes empresas industriais e comerciais, como a Fazenda Cônsul, cuja área com milhares de alqueires, hoje pertencente a Feliz Natal, estendia-se entre os rios Arraias e Von Den Steinen.
Apesar das facilidades e dos incentivos fiscais dados pelo Governo Federal, a maioria destas fazendas não teve os resultados esperados e várias se tornaram improdutivas.
Os dados oficiais mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2022, apontam que o efetivo do rebanho em Sinop era de 53,6 mil cabeças de gado, 16,7 mil de suínos, 632 mil galinhas, 2,3 mil equinos, 8,5 mil codornas e 6,3 mil ovinos.
0
Grupo Transterra: do mato ao asfalto
Irmãos unidos pelo sangue e pela fé reergueram a empresa fundada pelo pai, marcando a transição da abertura de áreas cobertas por floresta para a consolidação da infraestrutura urbana de Sinop.
Estamos falando da Transterra, sob o comando do trio de irmãos Leitzke, que foram responsáveis pela execução das obras de pavimentação em diversos bairros da cidade.
O mais interessante dessa história é que o negócio que começou – e persiste – em família há mais de 45 anos foi relevante para Sinop deixar de ser um lugar no meio do mato, deixar a fama e a lama para correr no asfalto.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia aqui toda a biografia.
0
Família Testa: formados pela escola da vida
A vida do casal batalhador Terci e Laurina Testa começa no Oeste de Santa Catarina. Terci nasceu em Concródia, e Laurina em Seara. Ambos filhos de colonos, com famílias numerosas. Seus caminhos, porém, só se cruzariam no Paraná anos mais tarde.
Sem estudo, de lar humilde, eles ministraram com sua vida várias lições de economia, de visão, perseverança, ética e moral, deixando um legado que não apenas ajudou a construir a história de Sinop, mas também garante que a construção continue acontecendo.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia clicando aqui.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
Toda semana, histórias incríveis de quem construiu esta cidade!
0
O Colonial
Se você não viu, pelo menos ouviu falar no Restaurante Colonial – ou simplesmente O Colonial.
Localizado no cruzamento das avenidas Figueiras com Jacarandás, foi construído em 1980, exatamente no terreno sobre o qual se realizou a solenidade de fundação de Sinop, 6 anos antes, para receber eventos e personalidades, como o então presidente da República, João Batista de Oliveira Figueiredo.
Na década de 1990, o Colonial foi uma espécie de ponto de encontro da juventude local. Nos anos 2000, abrigou o Restaurante Kilograma, onde eram realizadas formaturas, recepções e confraternizações da sociedade em geral.
A edificação começou a ficar apenas na história em 2006, quando foi desocupado. No ano seguinte, foi aprovada a Lei Municipal nº 971/2007, tornando-o patrimônio histórico cultural de Sinop.
Infelizmente, o prédio sofre com o abandono, vandalismo e ação do tempo. Em novembro de 2013, houve um primeiro desabamento. Laudo produzido pela Politec apontou que tal fato foi provocado de maneira intencional – as tesouras da cobertura teriam sido serradas, o que fez parte do prédio colapsar.
Quatro anos depois, uma segunda parte da estrutura colapsou, provocando mais um dano. Hoje, o Colonial é um amontoado de ruínas aguardando sua reconstrução.
0
Mecson dos Santos: da desossa à construção
O jovem paraense, de 19 anos, chega a Sinop para trabalhar como desossador em um frigorífico e conseguiu, ao longo dos anos, abrir 4 negócios – mesmo de uma calculadora para vender bala.
Há muitos que gastam mais do que ganham. Poucos raspam a carne do osso para comer, economizando o que podem. Mais raro ainda é quem com as migalhas consegue empreender.
Mecson José dos Santos faz parte desse último grupo. Mesmo sem preparo, apenas com foco e iniciativa, ele conseguiu mudar a sua condição de vida, passando de um funcionário de frigorífico a dono de loja de materiais de construção.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia no link.
0
Dr. Cláudio Alves: quando o único caminho é fazer Direito
Dois irmãos, de uma família humilde, órfãos de pai, encontram na advocacia e na cidade de Sinop a oportunidade de trilhar um novo destino. Estamos falando do Dr. Cláudio Alves Pereira e do Dr. José Osvaldo Pereira.
Dr. Cláudio é um pouquinho mais antigo. Ele já atuou na esfera pública e privada, encabeçou instituições de saúde e foi professor, sendo uma figura conhecida em partes pela frequência que ocupa espaço nos veículos de comunicação, falando dos casos complexos que defende.
Ele atuou no primeiro júri realizado em Sinop, fazendo o papel de defensor público quando essa repartição sequer existia na cidade!
Um dos pioneiros da advocacia na região construiu do Dr. Osvaldo um sólido escritório que, ao longo das 4 últimas décadas, ajudou a determinar o que é certo e o que é errado aos olhos da cega Justiça.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia no link.
0
Família Caneppele: com as pedras do caminho, Seu Darcy fez sua Forteza
Quem nunca ouviu falar na tal “Linguiça do Seu Darcy”? Os mais novos talvez não saibam, mas os mais antigos da cidade com certeza conhecem essa figura emblemática da história de Sinop.
Com esse nome, a gente não encontra nas gôndolas dos mercados, mas vai encontrar com o rótulo de Frigorífico Forteza.
O que quase ninguém sabe é quantas pedras no caminho foram ajuntadas até que essa fortaleza fosse construída.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia neste link.
0
Cleber Furlanetti: contabilizando o que deu certo
Embora tenha nascido em uma das cidades com maior progresso do Brasil, foi em Sinop que Cleber Geraldo Furlanetti encontrou seu lugar de prosperar.
A priori ainda em sua terra natal de funcionário de serraria, foi atrelando sem parar o oficio que exercia com estudos até torna-se contador.
Quando em Sinop o jovem começou seu escritório em uma sala emprestada dentro de uma madeireira e, neste contexto de dedicação e conhecimento foi acoplando e expandindo de tal forma que resultou na construção de sua própria empresa, esta que ajudou muitas indústrias a atravessar o momento mais crítico da economia no Norte de Mato Grosso.
Cleber se destaca no mundo contábil pela transformação de desafios em vitórias significativas. Fundador da CGF, ele não só teceu uma carreira exemplar como também infundiu valores como integridade e excelência na empresa. Sua jornada de Colatina e São Gabriel da Palha a Sinop simboliza uma verdadeira metamorfose, marcada pela superação e pelo crescimento contínuo.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia no link.
0
Norival Curado: da escassez para um lugar seguro
Norival Curado nasceu em 11 de agosto de 1962, em Poconé, o caçula de uma família com 13 filhos, que deixou a roça para morar na cidade a fim de que os filhos pudessem estudar.
Alguns anos mais tarde é que Norival desembarca em Sinop, que já foi apresentada como sendo a “Terra de Toda Gente” – uma alusão à ausência de donos ou coronéis, à pluralidade da sua população e à gritante capacidade de gerar oportunidades para uma pessoa mudar de vida.
Norival estava lá, no momento em que o bordão foi criado, e sua trajetória é um exemplo de como o mote faz sentido.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia neste link.
0
Marcelino Wrzsciz - trilhando o caminho sob Controlle
Marcelino Leocadio Wrzsciz veio de família humilde e precisou ralar muito, desde muito cedo, para hoje poder se orgulhar do que construiu.
Nascido em Francisco Beltrão/PR, é o segundo dos três filhos de Manoel e Melânia. Moravam em uma pequena chácara, de aproximadamente 3 alqueires, onde plantavam e tiravam leite das poucas vacas existentes na propriedade.
Marcelino entendeu desde muito cedo que o trabalho seria a única maneira para prosperar. Está na labuta desde os 12 anos de idade, estudou e trabalhou muito – até quase ver o sol nascer, às vezes, e encontrou na contabilidade o rumo certo para construir sua história.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia neste link.
0
Jorge Yanai: o arvorecer de Dois Pinheiros
Um filho de imigrantes japoneses erradicados no interior do Paraná muda seu destino ao trocar a lavoura pelos livros, e quando enfim conquista o posto de doutor, embarca na jornada para abrir um hospital em uma clareira na floresta chamada Sinop, onde ajudou mais de 10 mil pessoas a nascer.
Cuidar de pessoas o leva à Câmara maior do Congresso Nacional, posto nunca ocupado por alguém com sua descendência. Esses são os feitos de um Pinheiro. O segundo, contribui para Sinop enxergar ainda mais longe
A história em questão começa em 19 de fevereiro de 1948, em Bandeirantes/PR. Foi nesse dia que nasceu Jorge Yanai, um nissei, filho de imigrantes japoneses. Seu pai, descende de uma linhagem tradicional do Japão.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia neste link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
0
Família Migliorini: virar a página e recomeçar
Virar a página e recomeçar. Foi com essa motivação que a família Migliorini veio para Mato Grosso na virada do século. Depois de uma longa empreita no Sul do país, escolheram Sinop para recomeçar, tirando da gaveta o rascunho de um sonho antigo, que agora seria reescrito a 10 mãos.
Os patriarcas desta história são Vitório e Mari Inês, cujos caminhos se entrelaçaram em meados da década de 70. Tiveram negócios em Chapecó/SC e Passo Fundo/RS, mas foi no Norte de Mato Grosso que tomaram um novo rumo.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia neste link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
0
Dorner: o homem que navegou no progresso do Nortão
O prefeito que vai assoprar as velas do cinquentenário de fundação de Sinop é Roberto Dorner. Ou como é chamado por muitos, o “Homem do Chapéu”. Conhecido pela riqueza que construiu com seus negócios, Dorner tem uma origem e uma trajetória similar a muitos que depositaram sua esperança de vida no Norte de Mato Grosso.
Nascido em Bom Retiro/SC, é o mais velho dos 13 filhos de Eugênio e Olívia Dorner, um casal de colonos descendentes de imigrantes alemães. “Dorner”, na língua de origem, significa algo como “aquele que carrega”, um operário que transporta fardos.
E foi carregando gente de um lado para outro do rio que ele chegou ao Mato Grosso, onde comprou terras, criou gado, plantou grãos e edificou, trilhando um caminho de fortuna que o elevou à condição de prefeito e que termina com um Hospital para o São Cristóvão.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia clicando neste link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
0
Olávio Reinehr e Grupo Grafpel: imprimindo um futuro melhor
Com que frequência você pensa no futuro? E o que você faz com esses pensamentos? No ano de 1971, uma família de Mondaí/SC precisava pensar no futuro e tomar uma decisão. Pai e mãe, com seus 10 filhos, sobreviviam em uma pequena propriedade rural.
O filho mais velho era Olávio Reinehr. Naquele lugarejo formado pela colonização de alemães e descendentes, os Reinehr plantavam e criavam porcos e galinhas para subsistência.
Num futuro não muito distante, a muitas milhas dali, no Norte de Mato Grosso, o peão de serraria que trocou a tábua pelo tipo prosperou durante a extinção do papel e imprimiu a história que estava por acontecer.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia clicando neste link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
0
Conunidade Brígida: acendendo o espírito de comunidade
Se perguntarmos a uma pessoa aleatória sobre a Comunidade Brígida em Sinop, é provável que ela responda duas coisas: “é aquela da churrasqueira gigante”. Ou então: “é onde acontece o Baile do Chopp”.
A construção monumental para assar carne e a festa que serve mais de 15 mil litros de cerveja são os feitos mais populares – e também mais recentes – dessa comunidade rural, mas não expressam o que a Brígida representa para Sinop ou para as pessoas que nela vivem.
Ao longo dos últimos 32 anos, a Comunidade Brígida se tornou um símbolo de resgate do movimento comunitário rural, unindo famílias em torno da educação, da fé e do lazer, alçando conquistas e se tornando relevante para a cultura e para o turismo de Sinop.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia clicando neste link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
0
Paulinho da Vileal: desbravando o Nortão com unhas e dentes
“As pessoas costumam dizer, quando saem de casa para trabalhar, que precisam matar um leão por dia e deixar outro amarrado para o dia seguinte. Eu não. Eu saio de casa porque tenho meus leões para tratar”.
A fala é do corretor de imóveis, proprietário e fundador da Vileal Imóveis, Paulo Cezar de Oliveira.
Como um leão, Paulinho apostou na garra e na perseverança para conquistar o seu território e ao mesmo tempo formar seu bando. Esse corretor de imóveis, que também é um artífice dos bastidores da política, descobriu que o segredo do progresso está em agregar.
Mas para você entender a simbologia dos leões, precisamos entender a história do começo.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia no link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
Toda semana, histórias incríveis de quem construiu esta cidade!
0
Família Testa: formados pela escola da vida
A vida do casal batalhador Terci e Laurina Testa começa no Oeste de Santa Catarina. Terci nasceu em Concórdia, e Laurina em Seara. Ambos filhos de colonos, com famílias numerosas. Seus caminhos, porém, só se cruzariam no Paraná anos mais tarde.
Sem estudo, de lar humilde, eles ministraram com sua vida várias lições de economia, de visão, perseverança, ética e moral, deixando um legado que não apenas ajudou a construir a história de Sinop, mas também garante que a construção continue acontecendo.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia neste link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
Toda semana, histórias incríveis de quem construiu esta cidade!
0
Família Bonfiglio: foi a sova que fez o pão crescer
Em Sinop, que existe há 50 anos, é possível saborear uma lasanha que é feita do mesmo jeito há mais de 100 anos. O aroma e o sabor, acompanham o ambiente.
Paredes de tijolo aparente, vitrais nas janelas e memorabílias da península mais gastronômica do mundo compõem a cantina. É um pedacinho da Itália encrustado no Norte de Mato Grosso.
Assim é o Chalé do Italiano, o mais tradicional restaurante de Sinop – que existe há 40 anos no mesmo endereço, gerenciado pela mesma família e com a mesma proposta: servir comida italiana. E toda essa história começa quando um jovem italiano decide deixar a Europa com sua família para se estabelecer em uma cidade que estava sendo aberta.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia neste link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
Toda semana, histórias incríveis de quem construiu esta cidade!
0
Ivanildo Ramos Vieira: diplomacia, paciência e resiliência para vencer
Essa história começa na década de 50, quando um baiano vai até o Paraná para ser o empreiteiro em um projeto de desmatamento, abrindo a região que começava a ser colonizada.
O pai de Ivanildo Ramos Vieira recrutava trabalhadores, a maioria braçais, e colocava a força e o vigor da sua equipe para arrancar a vegetação, abrir o mato e formar as fazendas dessa nova fronteira agrícola.
Anos mais tarde, Ivanildo do Camping Club trilhou seu próprio caminho, em uma história de diplomacia, paciência e resiliência para vencer.
Quer conferir o restante dessa história incrível? Assista ao vídeo e leia toda a biografia clicando neste link.
Siga também nossas redes sociais, e nos ajude a continuar produzindo esses conteúdos informativos:
Instagram: https://www.instagram.com/fatormt/
Facebook: https://www.facebook.com/fatormt
YouTube: https://www.youtube.com/@fatormt9372
Toda semana, histórias incríveis de quem construiu esta cidade!