Linha do Tempo, Sinop 50 anos
USE AS SETAS PARA
NAVEGAR ENTRE OS ANOS
1970
Colonizadora Sinop
1971
Projeto original da cidade
1972
Abertura da cidade
1973
Construção do escritório da Colonizadora Sinop
1974
Fundação de Sinop
1975
Visita do ministro da Agricultura Alysson Paulinelli
1976
Os primeiros contornos de Sinop
1977
Primeira escola e primeiras colheitas
1978
Comemorações do 4º ano de fundação de Sinop
1979
5ª ano de fundação e emancipação político-administrativa
1980
Visita do presidente João Batista Figueiredo a Sinop
1981
Osvaldo Paula - 1º Administrador Municipal de Sinop.
1982
Dom Henrique Froelich, 1º Bispo de Sinop
1983
Geraldino Dal Maso, 1º prefeito eleito de Sinop
1984
Segunda visita do presidente João Figueiredo
1985
Instalação da Comarca de Sinop
1986
12º aniversário de fundação de Sinop
1987
Construção do Ginásio Benedito Santiago
1988
Figueiredo homenageado e eleições municipais
1989
Asfalto na Avenida Júlio Campos
1990
Sinop FC é campeão mato-grossense de futebol!
1991
Praça Plínio Callegaro
1992
Primeiro prédio da UFMT em Sinop
1993
Antônio Contini assume como prefeito de Sinop
1994
Construção do Estádio Gigante do Norte
1995
Área da Catedral Sagrado Coração de Jesus
1996
Visita do presidente Fernando Henrique Cardoso
1997
Adenir Alves Barbosa é eleito prefeito pela segunda vez
1998
Instalação do Corpo de Bombeiros
1999
Construção do viaduto na entrada principal
2000
Miss Sinop, Miss Mato Grosso e Miss Brasil Josiane Kruliskoski
2001
Nilson Leitão é eleito prefeito
2002
Segunda visita oficial do presidente FHC
2003
XVII Noite Cultural de Sinop
2004
Museu Histórico de Sinop
2005
Nilson Leitão reeleito prefeito
2006
Campus da UFMT em fase de construção
2007
Inauguração Catedral Sagrado Coração de Jesus
2008
Centro de Eventos Dante de Oliveira
2009
Juarez Costa é eleito prefeito
2010
Memorial Rogério Ceni
2011
Raízes da História de Sinop
2012
Embrapa Agrossilvipastoril
2013
Juarez Costa reeleito prefeito
2014
Batalhão do Exército Brasileiro
2015
Reurbanização da Avenida dos Tarumãs
2016
Dom Canísio Klaus, 3º Bispo de Sinop
2017
Rosana Martinelli, primeira prefeita eleita
2018
Instalação da INPASA
2019
Usina Hidrelétrica Sinop
2020
Visita do presidente Jair Bolsonaro
2021
Roberto Dorner é eleito prefeito
2022
Marinha do Brasil
2023
Duplicação da Avenida Bruno Martini até o aeroporto
2024
Novo Terminal de Passageiros do Aeroporto de Sinop
Deixe sua Sugestão
Envie para nós fotos e dados históricos para enriquecer nossa Linha do Tempo.
1975
Família Terci Testa
FORMADOS PELA ESCOLA DA VIDA
Sem estudo, nascidos em lar humilde, Terci e Laurina Testa ministraram com sua vida várias lições de economia, de visão, perseverança, ética e moral, deixando um legado que não apenas ajudou a construir a história de Sinop, mas também garante que a construção continue acontecendo
A vida desse casal batalhador começa no Oeste de Santa Catarina, mas seus caminhos só se cruzariam no Paraná. Laurina nasceu no dia 29 de julho de 1948, em Seara. Terci nasceu um ano antes, em 19 de julho de 1947, na cidade vizinha, Concórdia. Ambos filhos de colonos, com famílias numerosas.
Laurina teve 12 irmãos e Terci 9 irmãos. Ele foi o mais velho e desde cedo trabalhou para tentar vencer as dificuldades. Aos 4 anos, já tinha suas obrigações com a casa e com a roça. Cuidava dos irmãos e tratava as criações.
A família de Terci vivia uma situação de pobreza. Tinham poucas terras, recursos limitados e seu pai uma saúde debilitada. No dia 5 de novembro de 1961, o patriarca sofre um infarto que o leva a morte, deixando a esposa grávida de 5 meses e os filhos. Terci, o mais velho, tinha 14 anos nessa época. “O que tinha para comer em casa era batata-doce, mandioca e abóbora, três vezes por dia. Passamos fome nessa época. Quando chegou a hora da minha mãe dar à luz, eu montei no cavalo e fui buscar a parteira”, conta Terci.
Com o advento da morte do pai, um tio, Alcides Mazziero, falou que iria levar a mãe e os filhos para o Paraná, onde morava. Naquele mesmo ano, a mãe de Terci foi até Palotina para conhecer a situação e negociar uma terra, trocando a propriedade em Concórdia por uma no Paraná. Terci ficou por 15 dias cuidando sozinho dos irmãos.
Quando a mãe retornou, foi sua vez de ir na frente. Terci foi para Palotina com o tio, onde trabalhou roçando e derrubando mato. Só depois que o resto da família se mudou. Ele trabalhava do primeiro ao último raio de sol. Como nunca foi à escola – e como era apenas um jovem de uma família pobre, órfã de pai –, o que ele tinha a oferecer eram seus braços, pernas e a força de vontade. Começou em Palotina trabalhando como boia-fria nas fazendas maiores dos vizinhos. Nessa época, ganhava 2 Cruzeiros por dia – algo que nos dias de hoje valeria cerca de R$ 5,50. “O patrão falou que ia pagar uma semana fechada, começando na segunda e parando no sábado. Na hora de pagar, ele foi chamando um por um e me deixou por último. Ao invés de eu receber 12 Cruzeiros, como havia sido combinado, ele me pagou 15 Cruzeiros. Ele disse que fez isso porque eu era o primeiro a chegar e o último a sair”, lembra Terci.
Seus colegas de empreita, alguns da sua idade, outros mais velhos, pegavam o acerto da semana e iam para as festas da comunidade, tomar uma cerveja e dançar. Terci também, mas com outro propósito. Ele havia herdado uma velha gaita, que aprendeu tocar sozinho. Então, no sábado ou no domingo à noite, ia para os bailinhos trabalhar, tocando sua gaita. Com isso conseguia mais alguns trocados. Em um dia ruim, 3 Cruzeiros. Quando o baile ‘dava bom’, recebia 8 Cruzeiros.
Dessa forma, enquanto os outros boias-frias gastavam seus 12 Cruzeiros por semana, Terci embolsava 20. Guardava cada moeda, convencido de que precisava ser disciplinado com o dinheiro se não quisesse mais passar fome. Quando estava com 16 para 17 anos, fez um acordo com os sitiantes vizinhos, uma espécie de arrendamento, onde ele derrubaria o mato e em troca plantaria por 5 anos, deixando a lavoura formada no final do contrato. Nessa época, chegou a plantar em 20 hectares de forma totalmente manual. Semeava milho e no meio dos corredores soja. Quando chegou a hora de colher, comprou uma trilhadeira – um maquinário anterior as colheitadeiras, que ajudava a debulhar e separar os grãos. O equipamento foi comprado “a meia” com um conhecido. Após um ano, Terci havia pago a máquina e logo depois comprou a metade do seu “sócio”. “Aí comecei a trabalhar dia e noite trilhando milho para outros sitiantes da região que não tinham o maquinário. Eu ia longe com a trilhadeira e voltava para casa com os bolsos cheios de dinheiro”, comenta Terci.
Em 1967, durante uma partida de futebol na comunidade, Terci conheceu Laurina. A família de Laurina havia se mudado de Seara para Palotina no ano de 1964, dois anos depois da família de Terci. Nessa época, ele estava com 20 anos e ela com 19. Os dois voltaram para casa caminhando e conversando. A conversa foi boa e ficou no ar a vontade de repetir. E assim, Terci começou a visitar a casa de Laurina, com a permissão dos pais. Eles namoraram por dois anos, e em 1969 se casaram. No ano seguinte, o casal passa a integrar a doutrina Adventista do 7º Dia. “A paixão pelos instrumentos continua, e passei a me dedicar à música evangélica. Cheguei a tocar 3 instrumentos: o acordeom nas mãos, a gaita de boca e no pé o teclado”, conta Terci.
Com o dinheiro que guardou abrindo mato, plantando e trilhando, Terci compra sua primeira terra em 1971. Eram 30 mil metros quadrados de área – ou, singelos 3 hectares. No ano seguinte, adquire mais duas chácaras de 29 hectares. Em 1973, ele vende as duas chácaras por 150 mil Cruzeiros, coloca o dinheiro em uma mala e viaja até o Rio de Janeiro com o propósito de comprar um caminhão FNM – o popular Fenemê. “Foi então que meu tio me desaconselhou a comprar o caminhão. Ele disse que eu era um pai de família, que meu pai já tinha morrido e que eu precisava ajudar a cuidar de todos. Ele achava que com um caminhão pegando a estrada para fazer frete, eu não ia cuidar da família”, explica Terci. Joel, o primeiro filho do casal, havia nascido em agosto de 1972 e estava com menos de um ano na época.
Com o dinheiro acabou comprando uma chácara de 20 hectares, melhor e mais bem localizada. Nesse processo de comprar uma nova área, em fevereiro de 1973, ele ouve falar pela primeira vez sobre a cidade de Sinop, que estava sendo aberta no Norte de Mato Grosso. Era o começo da abertura da Gleba Celeste. “O corretor me convidou para fazer uma visita e conhecer a cidade. Se eu comprasse uma terra, ele não me cobrava a viagem. Se não comprasse, aí eu pagaria”, conta Terci.
Em março de 1974, ele faz essa viagem. Nessa época, Laurina estava grávida de 7 meses, esperando por Joacir, que nasceria em maio daquele ano. Terci decide comprar terras em Sinop. Na negociação, ele passa seus 20 hectares no Paraná e em troca recebe 726 hectares em Mato Grosso, mais 600 milhões de Cruzeiros em dinheiro – número astronômico em razão da inflação galopante e das correções monetárias, que de 1966 até 1974 acrescentaram 6 zeros ao dinheiro, o que transformou em menos de uma década 1 Cruzeiro em 1 milhão de Cruzeiros. “Era um saco de dinheiro que eu trouxe para Sinop e deixei guardado no cofre da Colonizadora Sinop, porque não tinha onde deixar. Não tinha banco”, lembra Terci.
Em novembro de 1974, retorna a Sinop para construir a casa. Fez a viagem a bordo de uma camionete C-10. A residência foi construída com tábuas largas, mata-junta e coberta com folhas de eternit. No retorno, Terci troca a C-10 por um caminhão Chevrolet D-60, já com plataforma para transportar toras. E em janeiro de 1975, Terci, Laurina, e os dois filhos, Joel e Joacir, se mudam para Sinop. “Eu ficava pensando como que ia ser morar em Sinop. Eu gostava de Palotina. Foi onde eu cresci. Chegando aqui, a gente via que era uma cidade que estava começando, que faltava muita coisa. A Cobal, a Comercial Santa Catarina, o armazém do Osvaldo de Paula e do Gauchinho, ajudavam muito, vendendo comida e as coisas de casa. Mas fruta mesmo era algo muito difícil de achar”, conta Laurina. “Minha esposa nunca reclamou de nada. Não teve um dia só que ela se queixasse. Foi uma guerreira”, completou Terci.
Com o caminhão, Terci cortava e transportava madeira para a Madeireira Madenorte. Era a principal fonte de renda. Nas folgas, fazia mudanças com o caminhão. Foram 9 no total. O veículo acabou sendo vendido para Agostinho Flach.
No ano de 1976, uma crise de preços começou a atingir o setor madeireiro, o que compromete a principal fonte de renda da família. Terci começava a ver o fim dos 600 milhões de Cruzeiros – que de certa forma representavam o dinheiro suado que ele conseguiu acumular ao longo da sua vida. Um dia, em uma área da sua propriedade recém queimada para abertura, Terci se senta sobre um tronco, leva as mãos a cabeça e despenca a chorar. A cena das lágrimas pingando no solo coberto de cinzas e carvão ainda está viva na sua memória nos dias de hoje. Em seu pranto solitário, aquele homem de mãos calejadas que a vida tanto testou, se alquebra. E quando enfim se levanta, decide ir para cidade, vender a terra que lhe restou e voltar para o Paraná. “Eu fui até o Afonso Teschima, da Retífica Rei, oferecendo minhas terras em troca do diesel para voltar. Ele não quis comprar e não me deixou vender. Ele me disse para tentar mais uma vez e acabou me convencendo que o melhor era ficar em Sinop”, lembra Terci.
E, assim, Terci voltou para casa e foi fazer o que sempre fez: trabalhar. Tentou criar gado, mas quando os dois primeiros bezerros nasceram, a onça pegou. “Mais morria que nascia. Não ia funcionar”, conta. Foi então que um conhecido veio para caçar o felino que atormentava quem tentava fazer pecuária em Sinop. A medida deu uma trégua para o gado, mas não extinguiu o problema.
Em 1977, Terci forma uma lavoura e planta arroz e um pouco de soja – talvez uma das primeiras propriedades no Norte de Mato Grosso a testar a cultura. “A agricultura dessa época era assim: não tinha tecnologia, não tinha semente própria, não tinha adubo nem técnica. A gente ia na tentativa e erro. Colhi a primeira safra em 1978 com a trilhadeira. Lá no Paraná, antes de vir para Sinop, já tinha maquinário para colher”, conta Terci. Apesar da dificuldade, a lavoura proveu bem. A produção era comprada pela Comicel (Cooperativa Mista Celeste) e pela Cobal.
No final de 1977, em outubro, Terci e Laurina ouviram uma história que os desconcertou. Raimundo, um homem que trabalhava como “gato” (recrutando gente para derrubar mato), havia tido um filho, mas a sua esposa morreu 8 dias após o parto. O casal decidiu fazer uma visita para Raimundo e a criança (que estava com 21 dias de vida), pensando que poderiam encontrar uma forma de colaborar. “Ele era pretinho igual ao Pelé. Peguei ele no colo e então pedi para o Raimundo se ele não queria me dar o menino, que a gente criaria ele”, conta Terci. Raimundo aceitou e o bebê foi registrado como Jonas Testa. “Uma vez, quando o Jonas tinha uns 3 anos de idade, ele estava dentro de uma bacia com água se esfregando. Eu fui ver e perguntei o que ele estava fazendo. Ele disse: ‘mãe, você não me lava direito; olha aqui a cor; eu tô preto’. Aí eu expliquei para ele”, conta Laurina.
A lavoura se tornou o novo ganha pão dos Testa. Na segunda safra, em 1978, eles começam a mecanizar a produção e logo compram trator e colheitadeira. Terci vai adquirindo mais terras e crescendo. Em outubro de 1980, o casal tem mais um filho, Jandir Testa.
“Filho a gente cria para os outros”
A frase de Terci resume a sensação do casal em ver os filhos saindo de casa e seguindo seu caminho. Joel, o mais velho, começa a trabalhar como caminhoneiro, fazendo transportes e, mais tarde, migrando para a construção civil.
Joacir foi quem mais se distanciou. Em 1991, ele vai para São Paulo, capital, com o propósito de estudar. Seu objetivo era obter capacitação para atuar na área de processamento de dados. Retorna para Sinop em 1994, e no ano seguinte começa a trabalhar no Machado Supermercados, com a missão de atualizar a tecnologia computacional utilizada pela empresa. “Quando entrei no Machado em 1995, a empresa tinha um computador, daqueles de tela verde. Quando saí, todo o grupo estava interligado”, conta Joacir.
Jonas também deu seu passo. Ele começou com um comércio na cidade de Guarantã do Norte e depois foi até o Pará trabalhar com a extração e venda de madeiras. Com as seguidas operações ambientais, regressou a Sinop e hoje opera com uma plantação de frutas, em parte da fazenda que era de Terci, produzindo polpas.
No ano de 2003, aos 56 anos de idade, Terci vendeu os maquinários e alugou suas terras – 510 hectares no total. No dia 7 de agosto de 2007, o caçula Jandir junto com Terci fundam a J.Testa Prestadora de Serviços, com maquinários e caminhões.
Em 2010, Joacir se desliga do Grupo Machado para se dedicar exclusivamente à J.Testa, trabalhando com o pai e com o irmão. Eles começam a explorar uma jazida licenciada de cascalho da fazenda de Terci, incluindo o produto no catálogo da empresa.
No ano de 2012, a J.Testa expande, implantando o serviço de coleta de entulhos com caçambas móveis – popularmente chamado de Disk-Entulho. O negócio prospera e, com a cidade crescendo, a empresa percebe que seu serviço está na ponta de um grande problema: a quantidade de resíduos que o progresso gera. “A gente percebeu que aquele problema poderia ser uma oportunidade e que a melhor saída seria reverter a logística do lixo, transformando o entulho em matéria-prima”, explica Joacir.
Em 2014, Terci e Joacir começam a percorrer indústrias e fábricas em vários locais do país a fim de conhecer o processamento de resíduos. Com isso, modelaram um projeto para implantar em Sinop. Em 2015, a empresa protocola o primeiro pedido de licenciamento ambiental para implantação de uma usina de reciclagem no município. Só para se ter uma ideia, até novembro de 2016, todo lixo produzido em Sinop ia para um “lixão”, um aterro sem licenciamento ambiental. “Nossa ideia inicial era implantar a usina de reciclagem no lixão, para processar todo aquele material”, conta Joacir.
Mas as coisas foram se alterando. A licença só saiu no ano de 2019. Nesse meio tempo, Joacir virou vereador. Ele se elegeu em 2016, e em 2020 chegou a ser pré-candidato a prefeito de Sinop. O projeto da J.Testa, embora fosse privado, estava relacionado a um serviço público. A iniciativa nobre acabou viciada pelo conflito. Além disso, depois de 2016, o lixo de Sinop começou a “viajar” até um aterro sanitário licenciado, localizado na cidade de Sorriso.
Com Joacir fora do Poder Público, a empresa retomou no ano de 2021 um projeto a ser implantado em uma área própria, voltada para absorver os resíduos da construção civil. No ano seguinte, um forte vendaval atingiu a instalação, tombando maquinários e avariando os galpões. Para além da tragédia ambiental, um acidente com Joacir e a esposa fez Jandir pisar no freio com o projeto. Em outubro de 2022, Joacir e sua esposa sofreram um grave acidente de moto na Estrada da Guia, perto de Cuiabá, quando faziam uma viagem com um comboio de motociclistas. Joacir fraturou costelas e a clavícula, passando 18 dias na UTI.
Após se recuperar, o projeto foi retomado e a planta de reciclagem iniciou as atividades em 2024, com capacidade para absorver todo o entulho produzido em Sinop – algo na casa de 1,5 mil metros cúbicos de material por dia. Podas de árvore, galhos e madeira viram energia na caldeira que move a usina, mas também podem ser comercializados como biomassa. O mesmo vale para móveis descartados. Plásticos, papel e papelão são reciclados. O mesmo ocorre com metais. Concreto, tijolo, pedras e similares são triturados e viram base para aterro. Os líquidos, como tintas, solventes e graxos, também recebem tratamento. Antes da usina da J.Testa, todos esses resíduos eram despejados em uma área do município – isso quando o descarte não era feito de forma irregular em terrenos baldios ou em áreas de reserva. “Hoje, a J.Testa, com o trabalho que fazemos, está do começo ao fim de uma obra, de abrir o terreno até gerir o resíduo que sobra, garantindo que ele volte para a cadeia de produção como algo útil, seja energia ou material”, explica Joacir.
Terci e Laurina viram esse ciclo se fechar com os filhos construindo a partir da sua base. No ano que completam 55 anos de casados, eles comemoram a cidade que deixam para seus netos Rafaela, Lucas, Allef, Allan, Janiel, Emili e Jorane e para seu bisneto Théo Lorenzo.
1975
Visita do ministro da Agricultura Alysson Paulinelli
O PRIMEIRO PASSO NA AGRICULTURA
-
No ano de 1975, a convite de Enio Pipino, o ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, esteve em Sinop para lançar um programa de utilização de calcário para correção da acidez da terra e inaugurar um armazém da Companhia Brasileira de Alimentos (COBAL)
-
Aquele ato marcaria o início das atividades de agricultura no município, que anos mais tarde se tornaria ainda mais forte em um outro setor bastante conhecido: o de serviços