Forte e vibra
Um dos setores responsáveis por grande parte da geração de emprego, o comércio de Campo Verde atende todas as expectativas dos consumidores
Forte, diversificado e vibrante. Assim é o comércio de Campo Verde. Com centenas de estabelecimentos espalhados por todos os bairros da cidade, o setor comercial é um dos mais importantes geradores de emprego e renda, contribuindo de maneira significativa com a formação do Produto Interno Bruto do Município.
De acordo com a Federação do Comércio de Mato Grosso (Fecomércio-MT), o setor comercial movimentou um valor de R$ 2,08 bilhões em 2020. Em 2018, segundo o IBGE, as empresas instaladas em Campo Verde geraram uma massa salarial de R$ 312 milhões.
Uma das características do comércio – e da prestação de serviços – de Campo Verde é sua variedade. Em relação a bens de consumo, desde um simples secador de cabelo a um moderno carro ou uma grande e potente máquina agrícola, o consumidor encontra no comércio local. Isso proporciona tranquilidade a quem precisa adquirir um item, seja ele qual for.
Proprietário de um supermercado na cidade, Denimércio Gueno avalia como forte e pujante o comércio de Campo Verde. “É muito abastecido em todos os seguimentos”, observa ele. “As pessoas não precisam mais sair daqui – há um tempo atrás ia-se muito a Cuiabá, Rondonópolis – hoje [Campo Verde] tem um comércio consolidado”, completa. “Tudo o que o consumidor precisa ele encontra aqui com preços acessíveis e lojas muito bem organizadas”, completa.
Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Lázaro Antônio Benedito de Souza destaca que comércio, indústria e prestação de serviços, aliados à localização estratégica da cidade, ainda têm muito que contribuir com o crescimento da cidade. “A tendência de Campo Verde é virar um polo comercial, um polo industrial”, acredita. “Campo Verde, para mim, no futuro vai crescer muito”, prevê.
"Campo Verde tem, atualmente, 5.107 empresas ativas atuando nos mais diversos segmentos"
O presidente da CDL tem razão quando diz que a cidade vai se transformar em um polo. De fato, o comércio local já atrai consumidores de municípios vizinhos, como Chapada dos Guimarães, Dom Aquino, Nova Brasilândia, Planalto da Serra e Santo Antônio de Leverger, que buscam Campo Verde para fazerem suas compras.
No setor industrial, Campo Verde é polo têxtil, concentrando o maior número de fiações e de usinas de beneficiamento de algodão de Mato Grosso.
Com grande demanda de consumidores, é natural que novas empresas se estabeleçam na cidade atuando nos mais diversos setores. E os números confirmam isso. Entre 2017 e 2022, a Secretaria Municipal de Fazenda expediu 4.256 novos alvarás. Nesse número estão incluídos também os microempreendedores individuais. Atualmente, ainda de acordo com SEFAZ do Município, existem 5.107 empresas ativas em Campo Verde, entre MEIS, ME, EPP e outras.
Selo: 5.107 empresas ativas, entre MEI´s, ME e EPP
Seu carro em 1º lugar
Há 16 anos atuando em Campo Verde, empresa oferece o que há de melhor em manutenção de veículos da linha leve e caminhonetes
Em 2006, o empresário Lázaro Antônio Benedito de Souza deixou a cidade de Marialva/PR e se mudou para Campo Verde. Segundo ele, a escolha pelo município se deu graças ao seu desenvolvimento e ao potencial de crescimento.
“Cheguei para analisar, verificar como era a cidade, e logo em seguida montei a empresa. A cidade estava saindo de uma crise, a da agricultura em 2005, e em 2006 estava começando a se alavancar novamente. E foi onde eu vi o progresso chegar”, conta ele.
De início, Lázaro montou a Futuro Pneus, que atuava na comercialização e montagem de pneus, alinhamento e balanceamento. Sempre atento ao progresso e ao crescimento da cidade, anos depois percebeu que era preciso ampliar o leque de atuação e transformou a empresa em um centro automotivo, aumentando e diversificando a oferta de serviços.
Hoje, equipado com o que há de mais moderno, o Futuro Centro Automotivo, que também trabalha com a comercialização de pneus, atua na manutenção e conserto de veículos da linha leve até caminhonetes de médio porte, oferecendo o que há de melhor em serviços de manutenção em suspensão, motores, câmbio, troca de óleo, higienização de ar condicionado e serviços mecânicos em geral, alinhamento 3 D e scanner, atendendo empresas, locadoras de veículos e fazendas. Tudo com rapidez e qualidade, oferecendo sempre o que há de melhor em manutenção automotiva com rapidez e qualidade. Instalado em um espaço com 350 metros quadrados, o Futuro Centro Automotivo e Pneus conta com um quadro de 10 funcionários altamente capacitados.
Depois de 16 anos morando e trabalhando em Campo Verde, tendo, nesse período, testemunhado o desenvolvimento do Município, Lázaro analisa que a cidade vive um bom momento, com um crescimento acima daquele visto por ele em 2006. “Tirando essa crise política, eu acho que Campo Verde está vivendo um crescimento ainda maior”, frisa ele.
Lázaro também aponta a chegada da Ferrovia Senador Vicente Vuolo e a forma de trabalhar da Administração Municipal como fatores que estão contribuindo com o desenvolvimento da cidade. “Com essa chegada da Ferrovia, essa administração nova que estamos tendo no Município, com esse leque se abrindo para vários segmentos - nosso setor mesmo, o setor automotivo, está muito bom, não podemos reclamar. E acho que a prosperidade para o ano que vem será melhor ainda”, prevê.
Futuro Centro Automotivo
Av. Senador Attílio Fontana, 3374 – Jd. Campo Verde II
Telefone: (66) 3419-2587
Campo Verde (MT)
Honestidade e qualidade no atendimento
Empresa criada em 2000 atende os setores agrícola, industrial, náutico e aeronáutico, produzindo e recuperando peças com precisão
Desde quando ainda era apenas um garoto na pequena São Pedro da Cipa, Rodrigo Tomaz de Aquino sonhava em ser dono do seu próprio negócio, sua própria empresa, ser seu próprio patrão.
Para realizar esse sonho, começou a trabalhar cedo. O primeiro emprego foi aos 11 anos, em uma oficina de tornearia, onde iniciou o aprendizado na profissão de torneiro mecânico. Em sua vida profissional, trabalhou também em outras empresas, incluindo uma usina de álcool e açúcar, que foi, segundo ele, sua grande escola. Lá, era ele um dos responsáveis por recuperar - e até mesmo fabricar - peças para os vários setores da indústria.
Enquanto trabalhava na usina e em outras empresas, Rodrigo se qualificava, participando dos mais variados cursos. “Eu sentia que precisava me preparar cada vez mais se quisesse ter sucesso na profissão que escolhi”, lembra.
Em 2000, o sonho de ser dono do próprio negócio começou a se realizar. Foi quando se mudou para Campo Verde e abriu uma pequena tornearia mecânica, onde atendia, principalmente clientes do agronegócio. O primeiro torno só foi adquirido em 2001.
Quando Rodrigo abriu sua empresa, Campo Verde vivia o “boom” da cotonicultura e como muitas máquinas ainda eram importadas, o empresário se via obrigado a produzir as peças para conserto, principalmente, de colheitadeiras. “Como não havia peça de reposição, a gente fabricava”, lembra.
O tempo foi passando, a clientela aumentando e a empresa crescendo. Para atender as expectativas dos clientes, o empresário fez, em 1995, o curso de mecânica geral, especializando-se em Técnico Mecatrônica 2012 a 2016 pelo Cepet Cuiabá. “E tudo foi dando certo, graças ao empreendedorismo e à honestidade com que sempre tratei meus clientes. Sempre fui muito correto e honesto com todos”, salienta ele.
Hoje, a Tornearia Progresso funciona em um prédio próprio, com área de 780 metros quadrados na Avenida Santa Helena e emprega 7 colaboradores. Além da fabricação e recuperação de peças agrícolas e industriais, a Progresso atende também os segmentos náutico e aeronáutico, atua na área de balanceamento e recuperação eletrônica de rodas e de soldas com ligas especiais.
Rodrigo, que sempre se preocupou em investir na própria qualificação, está cursando Engenharia Mecânica, na modalidade EaD, pela Faculdade Estácio de Sá, polo de Campo Verde. O empreendedor confia plenamente no desenvolvimento de Campo Verde, mas pretende ampliar seus negócios e investir em filiais em outros municípios de Mato Grosso – a primeira filial será em Tangará da Serra.
Tornearia Progresso
Avenida Santa Helena, 60
Jardim Campo Verde II
Telefone: (66) 3419-1896
“Crescemos com Campo Verde”
Proprietário destaca que a empresa, fundada em 1999, evoluiu acompanhando o desenvolvimento da cidade
Em 1999, a família Gueno, liderada pelo patriarca Demétrio, que faleceu em 2010, implantou a primeira loja do Itália Supermercado, localizada na esquina das ruas Aracaju e Curitiba, na região central de Campo Verde. À época, contava com 10 funcionários. A administração, então, passou para as mãos do filho Deni e de sua mãe Terezinha.
A mudança para Mato Grosso se deu pela busca de um lugar mais promissor – e com maiores chances de sucesso. “A gente acertou vindo para Campo Verde. Viemos de uma dificuldade financeira, de um mercado já saturado, e aqui reconstruímos nossa história. Fizemos uma ótima escolha”, explica Deni.
O crescimento da empresa é perceptivo. Em 2011, foi inaugurada a nova loja do Itália, em um amplo e moderno prédio, localizado no cruzamento da Rua Fortaleza com a Av. Goiânia. São 900 m² de área de vendas e um total de 60 colaboradores. O supermercado conta com panificadora, açougue, seção de frutas e verduras, seção de bebidas e uma grande variedade de produtos para o dia a dia.
Entre os diferenciais, o Itália Supermercado se destaca por ser uma empresa preocupada com o meio ambiente – parte da energia consumida vem uma usina solar própria.
E como Campo Verde não para de crescer, o plano é aumentar sua presença no mercado local com a abertura de uma filial. “Será construída na divisa dos bairros Belvedere e Greenville. A construção deve ser concluída em, no máximo, dois anos”, completa Deni.
Dados do Município
Campo Verde recebeu status de município pela lei estadual nº 5314 de 4 de julho de 1988, com território desmembrado dos municípios de Cuiabá e Dom Aquino.[5][6]
As primeiras famílias a se estabelecerem na região que hoje forma o município de Campo Verde foram os Borges e os Fernandes. Vindas de Uberlândia (MG) em 1886 e lideradas por Diogo Borges e Zeca Camilo Fernandes, as famílias formaram a Fazenda Buriti dos Borges, que por muitos anos foi referência geográfica da região, e a Fazenda Deputado.
Em 1896 foi inaugurada na localidade de Capim Branco uma das primeiras estações telegráficas de Mato Grosso, construída sob o comando do major Gomes Carneiro, que tinha como seu ajudante de ordens o então alferes e futuramente marechal, Cândido Mariano da Silva Rondon. Tanto a casa construída por Diego Borges como algumas construções centenárias em Capim Branco ainda resistem ao tempo, destino diferente do que teve a estação telegráfica, destruída pela ação do tempo e do homem. Uma réplica da antiga construção foi construída para abrigar o Museu da História de Campo Verde, que tem um acervo formado por fotos antigas e utensílios utilizados pelos primeiros moradores da região. Por quase um século, a região viveu um período de estagnação, sem nenhuma atividade econômica de destaque. Apenas a agricultura e a pecuária de subsistência eram praticadas pelos moradores. A partir da segunda metade da década de 1960, esse cenário começou a mudar. Com a chegada das primeiras famílias vindas do Sul do Brasil, o cerrado inóspito e improdutivo ganhou um novo impulso com o cultivo do arroz de sequeiro.
Em 1974, o gaúcho Otávio Eckert instalou um posto de combustível no entrocamento BR-070 com a MT-140. O empreendimento foi e embrião da futura cidade. Visionário e confiante no potencial da região, Eckert criou o loteamento Campo Real. Com a expansão da atividade agrícola e o crescimento populacional, em 1988 o então distrito de Posto Paraná, como a localidade passou a ser chamada, se emancipou de Dom Aquino. Um plebiscito realizado entre os moradores mudou o nome do lugar para Campo Verde.