Boa noite, Sábado 25 de Outubro de 2025

Noticias - Sorriso 40 Anos

Ricieri e Adelaide, na cidade com um nome feliz

Publicado em 24 de Outubro de 2025 ás 17:22

Numa terra que ainda faltava quase tudo, o casal Ricieri e Adelaide fincou raízes com coragem e silêncio, desbravando o desconhecido com mãos calejadas e sonhos intactos. Esta é a história de quem aprendeu a viver com pouco, construiu com muito esforço e deixou, nas entrelinhas da memória, um legado de resistência e ternura.

Sorriso é um nome que desperta curiosidade e pertence a quem acredita no sonho de um futuro melhor. Antes de ser município, foi uma promessa no coração do Brasil. Nos anos 1970, o norte mato-grossense era um mar verde de mata virgem e desafios, onde Ricieri Francio e Adelaide Rigo Francio chegaram vindos do sul, acompanhados pelos irmãos Francio, com fé e coragem para construir uma vida nova.

Eles chegaram antes da infraestrutura, com filhos pequenos, malas de coragem e uma ideia fixa: transformar aquele território em lar e prosperidade. Sorriso nasceu dos sorrisos da menina que brincava entre tábuas, do suor de quem viu o primeiro caminhão descarregar cimento e da emoção da emancipação em 1982.

Ricieri nasceu em 1942 em Joaçaba (SC) e casou-se com Adelaide em 1968. A família cresceu com filhos que aprenderam o valor do esforço e da união. Adelaide foi a força silenciosa da casa, enquanto Ricieri dedicava-se aos projetos pioneiros. Em 1976, Adelaide e três filhos mudaram-se para Mato Grosso, consolidando o futuro da família.

Amor e trabalho foram pilares dessa trajetória. Adelaide enfrentou longas ausências do marido e desafios da infância dos filhos, permanecendo firme e transformando dificuldades em aprendizado e resistência. Os filhos adotaram os passos do pai, celebrando essa herança com orgulho e responsabilidade.

Nos anos 70, o olhar de Ricieri alcançou as terras do Norte de Mato Grosso, desconhecidas e cheias de potencial. Junto aos irmãos, formaram a Colonizadora Sorriso, abrindo estradas, montando infraestrutura e atraindo famílias. O trabalho conjunto e a confiança foram fundamentais para o crescimento da região, que ganhou cor e vida sem apoio governamental.

Em 1974, iniciou-se a Colonizadora Sorriso. Em 1976, Adelaide e os filhos chegaram para erguer a cidade, onde tudo era feito com mãos próprias, desde geradores até bombas d’água e pontos comerciais improvisados. Com orgulho, Ricieri relembra o dia da emancipação em 1986, uma vitória da coragem e da união dos pioneiros.

A colonização foi uma luta diária, onde cada conquista — uma estrada, uma casa, um motor ligado — representava esperança e fé. Adelaide, como representativa das mulheres pioneiras, suportou a solidão e as dificuldades com determinação, cuidando da família e da memória que sustenta a cidade.

As vozes da nova geração, como a neta Tainá Francio Cocenza, mostram a continuidade desse legado: a importância da família, da colaboração e do orgulho em pertencer a uma cidade forjada no amor, no suor e na coragem.

Sorriso é mais que um nome no mapa; é o retrato vivo da esperança de quem sonhou e construiu. Uma cidade feita de histórias, lutas e afetos, que continuam inspirando os que chegam e os que nascem nela. Como diz Adelaide: “Ter orgulho da própria família é a melhor coisa que tem”.

Para ler a biografia completa, acesse o site da Fator na linha do tempo Sorriso 40 anos.

 

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