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INDUSTRIALIZAÇÃO

Publicado em 02 de Agosto de 2021 ás 08:59 , por Setor avança e projeta Primavera do Leste como po

Setor avança e projeta Primavera do Leste como polo.

Nos últimos dois anos, empresas de médio e grande porte confirmaram investimentos no município que somam mais de R$ 1,4 bilhão

 

Por: Valmir Faria

A economia de um município com potencial de desenvolvimento é dinâmica e vive um processo constante de evolução, alavancado pela verticalização da produção. Esse dinamismo resulta em uma maior agregação de valores e altos investimentos, além de aumentar a geração de emprego e renda.

E Primavera do Leste, ao longo de sua história, tem visto seu portfólio de atividades econômicas evoluir cada vez mais, tornando-se não somente um polo produtor de matéria-prima, mas também de prestação de serviços e de comércio. Nos últimos dois anos, o município tem vivido um novo ciclo: o da industrialização. 

Grandes e médias indústrias que atuam em diversos setores, como o de alimentos, bebidas, fertilizantes, produção de sementes, pré-fabricados de concreto, energia fotovoltaica e etanol, entre outros, confirmaram investimentos em Primavera do Leste que, somados, devem superar R$ 1,4 bilhão. 

Esse crescimento do setor pode ser medido pela velocidade com que os lotes do distrito industrial IV foram vendidos.  Em menos de um ano, de acordo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Franklin Rohr, mais de 20 dos 38 terrenos colocados à venda pelo Município com 95% de subsídios foram comercializados. 

A estimativa da Prefeitura Municipal é que as novas indústrias que se instalarão no distrito industrial IV gerem entre 700 e 1.000 empregos diretos. Durante a realização das obras devem ser criados cerca de 1.200 postos de trabalhos. 

A grande oferta de matéria-prima, que reflete a força do agronegócio, a localização do município, a logística, os incentivos ofertados, a estrutura da cidade, que oferece educação e saúde de qualidade a seus moradores, aliados a uma administração pública eficiente, são apontadas por Rohr como fatores preponderantes para a atração de indústrias.  “Tudo isso colabora para que essas empresas venham para cá”, pontua.

 

Investimentos de R$ 1,4 bilhão 

 Empregos diretos 500

 Empregos indiretos 1,2 mil 


 

Grandes Investimentos

De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Primavera do Leste, as empresas que anunciaram a implantação de fábricas no Distrito Industrial IV foram a Pé de Cedro Indústria e Comércio de Bebidas, a Wagron Evolust, que atua na fabricação de bioinoculantes, fertilizantes, equipamentos para nutrição animal e serviços de georreferenciamento; a Vitale Química, Gebon Sorvetes, JJR Almeida e a Denardi Construtora. Juntas, essas empresas investirão um total de R$ 27,1 milhões. Algumas delas já estão com as obras em andamento. 

Mas os investimentos não param por aí, GR Trade Comércio, Importação e Exportação, a Sabadine Torta e Óleo de Algodão e a Arbaza Alimentos Ltda anunciaram que vão investir em Primavera do Leste e aguardam apenas a licitação dos terrenos para confirmarem os empreendimentos, que terão um aporte financeiro de R$ 11,5 milhões. 

Há também empresas que já estão instaladas em Primavera do Leste que estão ampliando seus investimentos e outras que vieram para o município atraídas por suas características, mas que estão implantando suas plantas industriais em áreas fora dos distritos industriais.  

 A Campo Real Alimentos é uma das empresas locais que está investindo R$ 20 milhões na ampliação do seu parque industrial. Outra empresa de Primavera que está fazendo investimentos no município é o Grupo Cláudio Auto Peças, que está apostando na implantação de uma fábrica de óleo e torta de algodão.

O potencial de Primavera do Leste chama a atenção de empresas e investidores de outros estados, como a Valorem, que tem sede em Paracatu (MG), e que está implantando uma unidade de beneficiamento de sementes de milho na cidade. Os investimentos feitos até agora na planta industrial somam R$ 225 milhões. 

Em maio, mesmo com parte das obras ainda em execução, a UBS entrou em funcionamento empregando 202 pessoas no setor de produção e outras 252 na construção civil, metalurgia e montagem de equipamentos, como silos, transportadores e outros. 

Com capacidade para produzir até 130 mil sacas de sementes de milho por mês, podendo chegar a 240 mil sacas, a empresa informou que estão previstos mais R$ 85 milhões de investimento. 

“Tivemos uma grande compatibilidade de valores, onde vimos que Primavera 'respira trabalho'. E nosso negócio é totalmente pautado na 'força do trabalho', além dos pilares de pessoas, performance e governança. Atrelado a isso e ao imenso apoio do prefeito Leonardo Bortolin, que foi muito decisivo para a nossa vinda, optamos pela cidade”, explica Fernando Reis, CEO da Valorem. 

 

O potencial produtivo de Primavera do Leste e sua localização estratégica, aliados a grande produção de matéria-prima, atraem investidores e empresas de outras regiões do Brasil

700 empregos diretos

 

Biocombustível e sorvetes

Atuando na fabricação de etanol a partir do milho, a FS Bionergia anunciou investimentos de R$ 1,2 bilhão na construção de uma indústria às margens da MT-130, próximo ao rio das Mortes, em Primavera do Leste. 

A produção de etanol movimenta também a cadeia do agronegócio e o setor madeireiro, devido a utilização da biomassa de eucalipto na fabricação do biocombustível. O subproduto resultante do processamento do milho, o DDG, é aproveitado na pecuária como alimento para o gado, principalmente dos animais criados em confinamento. 

Com sede em Japurá, no Paraná, a Gebon Sorvetes escolheu Primavera do Leste para investir em Mato Grosso. Instalada desde 2016 em um espaço alugado, a empresa produz atualmente 3 mil litros de sorvetes por dia e atende, além da região Sul de Mato Grosso, parte de Goiás, gerando 40 empregos diretos. 

Para poder expandir sua área de atuação, a Gebon está investindo R$ 6 milhões em uma nova fábrica que terá inicialmente 2,6 mil metros quadrados de área construída e capacidade para produzir até 6 mil litros por dia, gerando 200 empregos diretos. Nos planos da empresa estão a ampliação da planta industrial para 6,8 mil metros quadrados e o aumento da produção diária para 30 mil litros de sorvetes. 

 

Evolução do setor industrial

A implantação de indústrias em Primavera do Leste teve início a partir do final da década de 1990 e início dos anos 2000, quando se instalaram no município as primeiras beneficiadoras de algodão. Com o passar do tempo, empresas que atuam em outros segmentos investiram na cidade e o parque industrial foi sendo ampliado.

Uma das primeiras grandes indústrias a se instalar em Primavera do Leste atraída pela sua localização estratégica foi a Cargill. Em 2009, a empresa investiu R$ 210 milhões em uma planta industrial com capacidade para esmagar 90 mil toneladas de soja por mês. A unidade, que emprega mais de 300 funcionários, produz farelo, óleo bruto e refinado, e faz o envase, a comercialização e a distribuição do óleo Liza, que é enviado para todo o Brasil. 

Pioneiro em Primavera do Leste, onde chegou em 1982, o empresário Luiz Vicente Mazonetto, que atua na fabricação de móveis planejados, destaca que a cidade, assim como no seu início, continua promissora e quem nela chega encontra condições de progredir. “Para quem quer trabalhar, para quem quer se dedicar, é uma cidade muito especial”, diz ele. 

Assim como há 39 anos Mazonetto apostou em Primavera do Leste, ele acredita que o desenvolvimento que o município vem experimentando deva continuar. “Com certeza”, afirma ele. “As empresas que vêm pra cá só somam. Acabam trazendo mais empregos. E nossa cidade precisa disso”, completa. 

Em 2002 o empresário Amilton Andrade, que atua no setor de alimentos, iniciou um trabalho de melhoramento genético do milho pipoca produzido em Primavera do Leste e na região, utilizando para isso, sementes trazidas dos Estados Unidos. 

Atento ao potencial do município, em 2017 ele decidiu instalar uma unidade de produção de pipoca e outros produtos derivados do milho pipoca na cidade e que atualmente produz de 5 a 7 mil toneladas por ano de pipoca pronta, pipoca gourmet, açúcar e óleo aromatizado, entre outros. Toda produção é distribuída no Brasil e exportada para vários países.  

“Primavera tem boa logística, estamos a 130 quilômetros de uma ferrovia, temos na região da grande Primavera mais de 40 mil hectares de pivô e isso oferece segurança, pois você pode ter mais confiabilidade em relação ao clima, além de toda estrutura que envolve a cidade”, destaca o empresário. 

Atualmente, de acordo com a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, existem na cidade 912 indústrias, incluindo MEI´s, micro, pequenas, médias e grandes que atuam no setor de mecânica, metalmecânica, fiação, móveis, pré-moldados de concreto, bebidas e alimentos, entre outros. 

 “Para quem quer trabalhar, para quem quer se dedicar, Primavera é uma cidade muito especial”, Luiz Vicente Mazonetto, empresário

 

Grandes grupos atacadistas e varejistas apostam em Primavera do Leste

Se o setor industrial vive um bom momento, o comércio de Primavera do Leste também tem atraído grandes investimentos em outros setores, que são estimulados pela força de consumo da população local e dos outros municípios da região, onde vivem cerca de 100 mil pessoas. 

Um dos grandes grupos que escolheu a cidade para investir é o Machadão Atacadista. A empresa, que tem sede em Colíder e está presente em outras cidades de Mato Grosso, está investindo R$ 30 milhões na implantação de uma unidade em Primavera do Leste.  A escolha foi feita devido à importância da cidade no contexto econômico de uma região formada por mais dez municípios. 

Sócio-proprietário do Grupo JCM, Danylo B. Martins, destaca que a pujança da cidade e a força do agronegócio, que impulsiona e ajuda a expandir outros setores da economia, foram decisivos para a escolha de Primavera do Leste.  “É uma cidade rica, muito próspera. É uma somatória de fatores que despertou nosso interesse em vir para cá e abrir mais essa unidade que vai atender não só a cidade de Primavera, mas toda a região”, diz ele. A previsão é que até o final de 2021 as obras estejam concluídas e a loja funcionando, gerando mais de 300 empregos diretos.

Com mais de 150 lojas espalhadas por 17 estados do Brasil, a Havan também viu em Primavera do Leste a oportunidade para instalar mais uma filial. Uma área com 23 mil metros quadrados já foi adquirida pela empresa onde será construída uma loja, com 9 mil metros quadrados. A previsão é que sejam investidos entre R$ 30 milhões e 35 milhões no empreendimento e gerados 150 empregos.

 

 

 

Industria

Pipocas Cianorte

Publicado em 06 de Julho de 2021 ás 09:06 , por Empresa produz em Primavera pipocas que são comer

Pipocas Cianorte

Empresa produz em Primavera pipocas que são comercializadas no Brasil e no exterior

Fundada em São Paulo em 1973 pelos irmãos João, Aparecido e também por Mauro Andrade (já falecido), a Pipocas Cianorte se instalou em Primavera do Leste há pouco mais de dois anos, produzindo pipocas prontas e milho para pipoca, atendendo desde as grandes marcas até o pipoqueiro da praça com produtos de altíssima qualidade, produzidos dentro dos mais rigorosos padrões de controle e higiene. 

“Nós iniciamos a construção da indústria no começo de 2019 e no final daquele ano começamos as operações com foco na qualidade e em um produto diferenciado”, explica o diretor proprietário, Amilton Andrade, que começou na empresa em 1978, então com 14 anos. O nome Cianorte, ressalta ele, é uma homenagem à cidade paranaense onde a família residia antes de migrar para São Paulo. 

Instalada em um terreno com 10 mil metros quadrados e com uma área construída de 1,8 mil a empresa, que tem capacidade para processar entre 5 mil e 7 mil toneladas de matéria-prima por ano, produz pipoca gourmet de vários sabores, além de suprimentos como óleo e açúcar aromatizados que são utilizados no preparo de pipocas doces ou salgadas.

 “Nós temos muito orgulho de falar que temos uma linha de produção de pipoca gourmet desenvolvida e fabricada aqui no Mato Grosso. Esta linha de produção estoura entre 40 e 60 quilos de milho pipoca por hora usando ar quente. Depois é feito todo um processo de caramelização e empacotamento”, explica Amilton.

 “Em uma área de 1,8 mil metros quadrados, empresa processa entre 5 e 7 mil toneladas de matéria prima por ano”

A unidade de Primavera do Leste processa também o milho para pipoca que é fornecido as empresas que produzem a própria marca. O produto, da chamada linha “moushroom”, é ideal para caramelização, tem ótimo rendimento e depois de estourado resulta em uma pipoca mais arredondada, maior, mais crocante e com menos casca.  “Hoje nós somos líderes nesse mercado”, enfatiza o empresário Amilton Andrade. 

Com um produto de alta qualidade, o sucesso é garantindo. Hoje, de acordo com Amilton, a produção da Pipocas Cianorte em Primavera do Leste é comercializada no Brasil e exportada para outros países. “Nós abastecemos a maior parte das redes de cinemas, teatros, parques, circos, estádios de futebol e a indústria, seja a de empacotamento, de micro-ondas ou da pipoca pronta, um segmento que está crescendo muito no Brasil”, informa. “E também já estamos exportando”, completa. 

Apesar da crise provocada pelo novo coronavírus, que obrigou o fechamento de cinemas e parques; restringiu a circulação de pessoas e não permite torcida nos estádios de futebol, locais onde é grande o consumo de pipocas, a Pipocas Cianorte está ampliando sua fábrica em Primavera do Leste. 

Anexo à área já existente, estão sendo construídos mais 1,3 mil metros quadrados. Os investimentos visam aumentar a capacidade de produção para atender a demanda do mercado brasileiro e as exportações. “O nosso planejamento é para, nos próximos três anos, ter um crescimento de 10 a 15% ao ano,” informa Amilton. 

Embora a proposta seja crescer, ele frisa que a empresa pretende manter sua forma de atuação, que é focada na qualidade dos produtos e na priorização e valorização dos parceiros que atuam no segmento. “A Pipocas Cianorte tem no seu DNA o compromisso de auxiliar, dar assistência e fornecer o melhor produto para aquele projeto ligado à pipoca. Nós estamos sempre prontos para novidades e para incrementar o fluxo, alimentando toda a cadeia do negócio pipoca”, diz ele. 

Além da fábrica já em operação e que está sendo ampliada, a empresa tem em Primavera do Leste uma área de armazenamento com 1,6 mil metros quadrados utilizada para recepção e estocagem da matéria-prima. 

Sementes importadas garantem a qualidade da pipoca

Amilton Andrade explica que a relação da Pipocas Cianorte com Primavera do Leste começou em 2003, quando a empresa deu início a um processo de adaptação de sementes importadas dos Estados Unidos com o objetivo de produzir um milho para pipoca diferenciado, com mais qualidade e maior rendimento. 

Na época, de acordo com o empresário, 80% do milho para pipoca consumido no Brasil vinha da Argentina, situação bem diferente da de agora, onde o país passou de importador a exportador. “O Brasil é hoje o terceiro maior exportador do mundo, com o Mato Grosso respondendo por 85%, da produção nacional”, informa. 

E Primavera do Leste contribui com esse cenário por ter características favoráveis ao desenvolvimento da cultura, com cerca de 5 mil hectares cultivados. “Nós escolhemos o município por ser, na região, o que produz melhor qualidade e  por termos aqui uma qualificação técnica dos produtores, pivôs de irrigação, além de uma ótima logística”, observa. 

Amilton destaca que as sementes fornecidas aos produtores de Primavera continuam sendo importadas e que a empresa mantém cooperação técnica com três grandes sementeiras americanas. “Nós fazemos um intercâmbio muito forte, com visitas de produtores a fazendas nos Estados Unidos e trazemos também técnicos e produtores de sementes americanos para acompanharem as lavouras aqui”, informou. 

Esse trabalho resulta em lavouras mais produtivas, maior rentabilidade para o produtor e maior aproveitamento na indústria. 

Responsabilidade social

Além do apoio técnico aos produtores de milho para pipoca, a Pipocas Cianorte é uma empresa que preza pela responsabilidade social. Em São Paulo, ela criou uma associação que trabalha com ações de apoio aos pipoqueiros de rua, a APISP, que orienta e auxilia na liberação da documentação junto as prefeituras e demais instituições para que eles possam trabalhar dentro da legalidade. 

A Associação, de acordo com Amilton Andrade, atua oferecendo cursos e treinamentos sobre boas práticas de higiene e atendimento ao cliente, entre outros. O empresário destaca que esse tipo de ação remete ao início da empresa, que teve nos pipoqueiros de rua seus primeiros clientes. “Tem muitos pipoqueiros que formaram filhos, formaram netos com o carrinho de pipoca. Então nós não esquecemos essa parte que é a origem da Pipocas Cianorte, que começou atendendo os pipoqueiros de rua”, ressalta. 

E com a pandemia do novo coronavírus, a Pipocas Cianorte implantou em São Paulo um projeto que ensina a produzir pipocas gourmet de maneira artesanal e que pode ser feita em casa. O projeto tem como foco as pessoas que perderam o emprego ou tiveram seus rendimentos reduzidos. “Para muitos, essa atividade passou a ser a principal fonte de renda”, enfatiza Amilton. “E nós temos orgulho de dizer: a gente ganha dinheiro ensinando as pessoas a ganharem dinheiro”. 

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Forrageira MCF-3000

Publicado em 30 de Julho de 2021 ás 17:13 , por Feita em Primavera 

Feita em Primavera 

Implemento produzido por empresa de Primavera do Leste tem excelente desempenho e deve ser comercializada a partir de dezembro

Por Valmir Faria

Desenvolvida pelo projetista Beronicio Dias dos Anjos, em parceria com o empresário e produtor rural Tarcirio Gebert, a forrageira MCF-3000 é um implemento genuinamente primaverense e que vem sendo aperfeiçoada para entregar resultados eficientes ao produtor. 

Montada pela Frontalmaq com 70% das peças produzidas pela própria indústria e também com componentes disponíveis no mercado, a forrageira, de acordo com seu idealizador, tem robustez, baixo custo de manutenção e ótimo rendimento, superando até mesmo implementos de marcas tradicionais. 

Conforme explica o projetista, o implemento funciona acoplado a um trator ou a uma colheitadeira de grãos. O trator deve ser adaptado com kit de inversão de direção e ter acima de 200 cavalos de potência para garantir um maior rendimento da MCF-3000. “Nas experiências que fizemos, em um trator de 240 cavalos, a produção é de 60 toneladas por hora”, informa Beronicio. Acoplada à colheitadeira, o rendimento é o mesmo. 

Com três metros de largura e capacidade de corte em área total, a MCF conta com um detalhe que não é encontrado nas concorrentes e que representa ganho de tempo para o produtor e aumenta o desempenho do implemento, que são as facas de corte autoafiáveis. “Para isso funcionar o sistema de rotor e picador é centrífugo. Todo o material que ela pica passa pelo interior do rotor gerando um atrito que afia as facas sem que o trabalho precise ser interrompido”, explica Beronicio. 

Ele aponta ainda que, para o produtor que não possui colheitadeira de silagem, a vantagem de se ter uma forrageira como a MCF-3000 na propriedade é que ele deixa de depender de terceiros para preparar a alimentação do rebanho. E quem tem colheitadeira de grãos pode otimizar seu uso em um período em que normalmente ela estaria ociosa, acoplando a forrageira.

Como surgiu a MCF-3000?

Beronicio conta que a ideia de projetar a forrageira surgiu através da observação das similares disponíveis no mercado e da vontade de criar um implemento que fosse eficiente, de fácil manuseio e que proporcionasse um maior rendimento. 

“Até então, as forrageiras eram de apenas uma linha. Então eu tive a ideia de desenvolver um equipamento que pudesse ser adaptado à colheitadeira, que cortasse mais linhas e que não interferisse no trabalho da máquina, que é a colheita de grãos”, explica. “Depois tivemos a ideia de acoplar a um trator e deu certo”, completa. 

“Desde que a ideia inicial foi concebida até o funcionamento, a forrageira vem sendo aperfeiçoada, com testes sendo feitos constantemente para que o implemento possa obter melhor resultado e atender as expectativas dos produtores”, comenta Tarcirio Gebert, sócio no desenvolvimento do implemento. Ele acredita que  com as inúmeras melhorias e testes realizados a campo em 2021, que obtiveram excelentes resultados, a nova MCF-3000 comece a ser comercializada até dezembro. 

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