Setor de alimentos desenvolve cadeia ao pequeno empresário
Em Mato Grosso, a tendência mais evidente para empreendedores que buscam desbravar mercado do estado é o setor de produção de alimentos.
São mais de 32,4 mil empresas ativas no segmento, das quais 98% são pequenos negócios, segundo o Sebrae.
Ao todo, 31% da economia mato-grossense é baseada no agronegócio, de acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar. Os produtos mais demandados são soja, milho, algodão e carne bovina.
“É um cenário com perspectivas muito positivas, porque o crescimento populacional cada vez maior exige que empresas continuem investindo na produção de alimentos”, disse o diretor técnico do Sebrae-MT, André Luiz Schelini.
Os empreendedores fazem parte dessa cadeia de diversas formas, avalia o especialista. Há possibilidade de prestar serviços para manutenção de fazendas e fornecimento de materiais e insumos para as grandes produtoras.
Segundo ele, áreas ligadas à tecnologia são algumas das que mais se beneficiam com o segmento de alimentação, como por exemplo:
- rastreabilidade (produtores precisam monitorar o caminho percorrido pelos alimentos enviados a outras localidades);
- segurança da informação (como se tratam de grandes empresas produtoras de alimentos, elas lidam com uma quantidade imensa de dados internos);
- conectividade (as gigantes dos alimentos não conseguem operar sem uma boa qualidade e conexão com a internet).
O setor de alimentos é fortalecido por causa da exportação dos produtos. As mercadorias do agronegócio corresponderam a 90% das exportações no Mato Grosso, segundo o governo estadual.
LOGÍSTICA
O setor de logística também é destaque como oportunidade de negócios no Mato Grosso. Isso se dá justamente por causa do potencial exportador do estado.
Aí, há a possibilidade de os empreendedores se especializarem em algum ramo específico da logística, como armazenamento para conservação das mercadorias.
“Envolve armazenamento, tecnologia, processamento de dados, rastreabilidade do produto. Seria também um segmento empresarial no estado de Mato Grosso com muitas perspectivas positivas”.
Apesar de o setor ser forte, o número de empresas que atuam no ramo não é tão grande. São 131 companhias ativas de logística. Delas, 79% são pequenos negócios.
TURISMO
Mato Grosso possui 3 biomas: Amazônia, Cerrado e Pantanal. Por causa disso, o turismo ambiental também tende a ser fortalecido.
A rede de pequenos negócios do segmento é fortalecida por meio de vários estabelecimentos, de empresas de transporte para quem visita a região até hotéis e pousadas para abrigá-los.
O ecoturismo, além de tudo, é uma oportunidade para agregar valor aos locais onde se localiza o Pantanal e fomentar a recuperação do bioma, afetado pelas secas e queimadas de 2018 e 2019.
Além de expedições para conhecer a natureza, há diversas outras possibilidades. O estado conta com uma série de terras indígenas que podem ser palco do turismo religioso.
“Tem todo o ativo cultural associado aos povos originários e povos tradicionais, outro trabalho que também temos um potencial”, disse André.
ENERGIA SOLAR
Por fim, o setor de produção de energia solar também pode ser rentável para os empreendedores. O estado tem cerca de 78 mil conexões de placas solares em telhados e pequenos terrenos, segundo informou a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica).
São aproximadamente 90 mil consumidores com redução na conta de luz por causa da tecnologia. A Absolar afirma que a implementação da tecnologia foi responsável por criar mais de 31 mil empregos e trazer mais de R$ 5 bilhões em investimentos ao território mato-grossense.
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