Já está valendo reajuste de até 4,5% nos preços de medicamentos

Os medicamentos poderão ficar até 4,5% mais caros. O reajuste está autorizado a partir deste domingo (31), mas o aumento dos preços não é automático. A tendência é que a partir de amanhã (1º) as remarcações ocorram ao longo do tempo, na magnitude máxima permitida.
O percentual se refere ao teto do reajuste anual estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de medicamentos no país.
O Sindusfarma, que representa a indústria farmacêutica, ressaltou que os reajustes não são automáticos porque “a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços”.
“Medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”, diz uma nota divulgada pela entidade.
Neste ano, o limite máximo de 4,5% é exatamente a variação acumulada em 12 meses do IPCA, o índice oficial de inflação, calculado pelo IBGE, mas está acima das expectativas. Analistas esperam que o IPCA suba 3,75% este ano.
Mesmo assim, os reajustes autorizados pela CMED têm ficado abaixo da inflação média ao consumidor, segundo o Sindusfarma.
Nas contas da entidade, de 2014 a 2024, os reajustes autorizados pelo governo acumulam uma alta de 72,7%, abaixo da variação acumulada registrada pelo IPCA, de 77,5%, no mesmo período.
CONSUMIDOR DEVE PESQUISAR
De acordo com a lei, a recomposição anual de preços definida pelo governo pode ser aplicada neste ano em cerca de 10 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.
“É importante que o consumidor pesquise nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos. Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, os aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”, recomenda o presidente-executivo do sindicato, Nelson Mussolini.
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