Chineses avaliam uso de biomassa, preço do milho e acesso a gás natural para investir em MT

A delegação de chineses da empresa Ningxia Eppen avaliou que Mato Grosso reúne todos os predicativos para receber investimento aproximado de 600 milhões de dólares na fábrica de aminoácidos com base no milho.
A avaliação foi feita após a comitiva passar três dias percorrendo Cuiabá, Nova Mutum e Cáceres, onde visitaram a Zona de Processamento de Exportação (ZPE).
FATORES
Uma das coisas que mais chamou atenção dos investidores foi o uso de biomassa nas indústrias, que é a principal fonte de energia limpa para fazer as caldeiras das fábricas funcionarem.
Diferente da China, que utiliza o carvão, que é combustível fóssil, para gerar energia nas indústrias, essa biomassa geralmente é oriunda de matéria orgânica vegetal, como o cavaco de madeira, resíduos das serrarias, eucalipto, palha de arroz, capim, bagaço de cana, dentre outros.
Contudo, a legislação chinesa não permite usar produtos como o cavaco de madeira, como biomassa para energia térmica.
Além disso, os preços competitivos da saca de milho em Nova Mutum também foi ponto positivo.
Os empresários comentam que Mato Grosso tem 80% das chances de sediar a próxima indústria da empresa.
“Aqui há muitos recursos. Acredito que no futuro aqui terá muito potencial, se estivermos produzindo produtos aqui, poderemos exportar para a China e importar de lá”, comentou o gerente do Departamento de Tecnologia da Ningxia Eppen, Bai Pengya.
O aval que vai definir se a fábrica de aminoácidos poderá ser instalada em Mato Grosso ou não também depende do Governo chinês.
O projeto tem perspectiva de produção anual de vários aminoácidos de cerca de 350 mil toneladas, subprodutos de cerca de 200 mil toneladas, gerando cerca de mil empregos no Estado.
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