Boa tarde, Segunda Feira 17 de Novembro de 2025

Economia

Brasil e China firmam parceria para estudo de ferrovia ligando Atlântico ao Pacífico

Publicado em 05 de Novembro de 2025 ás 14:01

Os governos do Brasil e da China assinaram na segunda-feira (7) um memorando de entendimento para realizar pesquisa e planejamento de uma ferrovia que ligará o território brasileiro ao porto de Chancay, no Peru, facilitando as exportações para a Ásia, especialmente para a China. O projeto visa reduzir o tempo e os custos no transporte de cargas.

A ferrovia deverá sair da Bahia, passar pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, até chegar ao Peru. Ainda não há estimativas de custo, que serão detalhadas durante os estudos. Pelo lado brasileiro, o acordo foi assinado pela Infra S.A., vinculada ao Ministério dos Transportes, e pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Econômico China Railway, pelo lado chinês.

A cerimônia ocorreu virtualmente, reunindo integrantes do governo brasileiro e da embaixada da China em Brasília, com participação chinesa via videoconferência.

Estudos do governo peruano indicam que o tempo de transporte da carga entre os continentes poderá ser reduzido de 40 para 28 dias. O porto de Chancay, financiado pela China e inaugurado em 2024, integra a iniciativa "Cinturão e Rota", conhecida como "Nova Rota da Seda". O Brasil, porém, não aderiu formalmente à iniciativa, optando por manter parcerias com a China em grupos multilaterais como o Brics.

O acordo prevê que a parceria entre equipes brasileiras e chinesas aprofunde estudos sobre a estrutura logística nacional com foco na intermodalidade e sustentabilidade econômica, social e ambiental, incluindo ferrovias, hidrovias e rodovias.

Para o secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, essa parceria é estratégica e representa "um passo para aproximar continentes, reduzir distâncias e reforçar a relação de longo prazo", contando com os melhores especialistas para superar gargalos em infraestrutura.

O acordo tem prazo inicial de cinco anos, podendo ser prorrogado. Estudos anteriores entre 2015 e 2016 não avançaram por contexto diferente, mas agora o país possui melhor desenvolvimento em infraestrutura ferroviária, facilitando a execução do projeto.

Fonte: G1 Noticia

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