Aumenta protagonismo de etanol de milho em MT

A produção brasileira de etanol de milho deve alcançar 6 bilhões de litros na safra 2023/24, alta de 36% em relação ao ciclo anterior e de 800% nos últimos cinco anos, de acordo com projeções da União Nacional do Etanol de Milho (Unem).
O crescimento da capacidade produtiva é resultante, principalmente, da ampliação do complexo industrial brasileiro – com evolução da quantidade de usinas –, adoção de tecnologias, aumentando o rendimento industrial, e maior demanda internacional por biocombustíveis.
É possível citar como vantagens, ainda, a grande disponibilidade de matéria-prima, principalmente por utilizar milho de segunda safra no país e que traz benefícios quanto à proteção da terra, reciclagem de nutrientes e carbono orgânico no solo, e a contribuição com o processo de descarbonização.
Nesse sentido, Mato Grosso que permaneceu por muito tempo “apenas” entre os cinco primeiros, hoje se destaca na vice-liderança do ranking de maiores produtores, perdendo – ainda – para São Paulo.
O estado tem sido mais competitivo que Goiás, por exemplo, principalmente porque é o maior produtor de milho do país.
Dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apontam que MT utiliza 10 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol.
Mato Grosso ganhou muito agregando valor ao milho, e teve uma política arrojada de incentivos para receber unidades industriais e apoio de produtores rurais, que viram suas terras sendo mais valorizadas e alcançando melhor remuneração.
Nesse contexto, se destaca a Inpasa, que já é a maior produtora de etanol de milho da América Latina caminha para se tornar a maior do mundo.
A unidade, que foi anunciada em 2017 e começou a ser construída em 2018, é responsável atualmente por quase 40% de todo o etanol produzido em Mato Grosso.
A capacidade instalada antes da ampliação era de 528 milhões de litros de etanol por ano. E agora foram acrescidos 552 milhões de litros. Ou seja, a capacidade mais que dobrou.
“Esse milho que era exportado e que tinha um ICMS zero para o estado, hoje é industrializado. MT arrecada com isso, vendendo o etanol dentro do estado e para fora. Assim, gera emprego, melhora o IDH e consegue também ter uma cadeia produtiva maior, distribuindo mais a riqueza”, compara o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol de Goiás (Sifaeg), André Rocha.
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