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Agro

Seca prejudica escoamento de grãos pelos portos do Arco Norte

Publicado em 31 de Outubro de 2023 ás 08:41 , por DA REPORTAGEM COM CANAL RURAL
Produtos estão sendo redirecionados aos portos de Santos e Paranaguá – Foto: Divulgação

Produtores de grãos em Mato Grosso estão preocupados com a longa estiagem que atinge a região Norte do país.

Responsáveis por quase metade dos embarques de milho destinados à exportação, os portos do Arco Norte estão operando com capacidade reduzida por causa da seca.

Com o escoamento prejudicado, parte das cargas está sendo direcionada para outras rotas, aumentando o custo logístico.

Os portos do Arco Norte ganharam relevância para o escoamento da produção brasileira de milho para outros países de 2015 para cá – salto de 19% para 45% do total de embarques.

Um movimento alimentado, principalmente, pelos grãos colhidos em Mato Grosso, combinando os modais rodoviários e hidroviários.

Entretanto, com a severa seca e, consequentemente, o baixo nível dos rios, a navegação está comprometida, diminuindo o volume embarcado e também o ritmo do transporte.

“Esse ano tivemos uma super oferta de soja e milho para ser escoada. Ocorre que esse ano, coincidentemente, também estamos tendo a maior seca dos últimos 120 anos. Então, o nível dos rios baixou muito, o que torna impossível pleno escoamento”, pontua o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz.

As barcaças estão transportando 60% da sua capacidade.

FRETE AUMENTA

A alternativa para a situação está sendo desviar parte da produção para os portos de Paranaguá e Santos. Contudo, há um custo maior, que tende a pesar no bolso dos agricultores, mesmo que não ocorra agora.

O frete que está sendo destinado a Santos e Paranaguá são trechos acima de 2,2 mil km rodoviários.

Ao se analisar o Arco Norte, de Sorriso a Miritituba/PA são 1.090 km rodoviários e 1.070 km hidroviário até Barcarena/PA.

“Ao fazer a compra do produto do agricultor, a trading calcula a melhor logística e paga o valor resultante do porto menos as despesas até a origem. Nesse caso ela já fechou, já comprou. Então, ela não tem como nesse momento transferir esse custo ao produtor. Mas, ao longo do ano que vem ela com certeza vai praticar preços menores para recuperar esse valor que está sendo pago”, explica.

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