“Se não for aprovada, será um retrocesso total”, diz deputado sobre Ferrogrão

Considerada fundamental para garantir que o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste aos portos fluviais do norte do país não fique estrangulado, a Ferrogrão (EF-170) terá o futuro decidido nesta quarta-feira (31).
A continuidade do projeto da ferrovia que vai ligar Sinop ao porto de Miritituba será julgada no Supremo Tribunal de Federal (STF), dois anos após ter sido suspensa.
O deputado estadual e presidente da Câmara Setorial Temática (CST) da Ferrogrão na Assembleia Legislativa, Reck Júnior (PSD), reforçou que a logística é um dos principais meios para aprimorar o setor agrícola do estado e, consequentemente, do país.
“O grande gargalo que temos no estado e no país é a logística. Se Mato Grosso fosse um país, por exemplo, seríamos a terceira maior potência mundial na produção de alimentos. É importante destacar que nós preservamos mais de 65% do nosso território e temos condição de dobrar a nossa produção, sem tirar uma única árvore”, explica.
O parlamentar explica que o impacto da paralisação do projeto trava Mato Grosso e o país.
“É um direito de todos nós continuarmos produzindo, fazendo o que sabemos com sustentabilidade e respeitando o nosso código ambiental que é um dos mais rígidos. Se não for aprovada, será um retrocesso total ao estado”.
Em março de 2021 a implantação da ferrovia sofreu uma reviravolta, quando o STF suspendeu uma lei de 2017 que alterava os limites do Parque Nacional do Jamanxim (por onde passará a ferrovia) e criava a área de Proteção Ambiental Rio Branco.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes inviabilizou o trajeto previsto no projeto. E cancelou os processos relacionados à concessão da ferrovia à iniciativa privada.