Safra 24/25 de grãos, cereais e leguminosas deve somar 311 milhões de toneladas
De acordo com o primeiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve somar 311 milhões de toneladas em 2025.
Essa produção representa um aumento de 5,8% em relação à safra de 2024, ou 17,2 milhões de toneladas a mais.
A alta na safra de 2025 deve-se, principalmente, ao crescimento da estimativa para a produção de soja (10,9% ou 15.725.592 t), milho primeiro safra (9,1% ou 2.081.661 t), arroz (6% ou 633.328 t) e feijão primeira safra (18,1% ou 164.084 t).
No sentido oposto, o algodão herbáceo em caroço e o milho 2ª safra devem ter quedas de 0,7% ou -36 928 toneladas, e de 1,8% ou -1 703 556 toneladas, respectivamente.
“A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2024 enfrentou uma série de problemas climáticos em diversas unidades da federação, notadamente falta de chuvas e excesso de calor, sendo que no Rio Grande do Sul ainda tivemos excesso de chuvas e enchentes em abril/maio, o que retirou da safra brasileira em torno de cinco milhões de toneladas de grãos”, destaca Carlos Barradas, gerente do LSPA.
Segundo ele, para 2025, embora os preços dos principais produtos não estejam apresentando uma boa rentabilidade, o clima deve ser o diferencial. “Se tivermos um clima se comportando próximo a uma normalidade esperada, com as lavouras apresentando uma boa produtividade, teremos uma recuperação da safra brasileira, o que é importante para o controle da inflação e para o aumento das exportações brasileiras”, completa.
A primeira estimativa indica que a produção de soja deve ter aumento de 10,9% em 2025, quando comparado com 2024, totalizando 160,2 milhões de toneladas, o que caracterizaria um novo recorde na produção nacional da leguminosa, superando a produção registrada no ano de 2023.
A estimativa para a produção de milho em 2025 é de 115,9 milhões de toneladas, aumento de 0,3% em relação à safra colhida em 2024.
Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção de 24,9 milhões de toneladas, um crescimento de 9,1% em relação à safra de 2024, com declínio de 2,1% na área a ser colhida e crescimento de 11,4% no rendimento médio das lavouras.
Já para o milho 2ª safra é estimada uma produção de 91 milhões de toneladas, redução de 1,8% na comparação com 2024.
Para a soja, a estimativa de produção foi de 144,5 milhões de toneladas.
Quanto ao milho, a estimativa foi de 115,5 milhões de toneladas (22,8 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 92,7 milhões de toneladas de milho na 2ª safra).
A Pesquisa de Estoques mostrou um aumento de 5,4% na capacidade de armazenamento no país no primeiro semestre deste ano em comparação aos seis meses anteriores. Ao todo, são 222,3 milhões de toneladas.
Mato Grosso continua com a maior capacidade de armazenagem, com 59,2 milhões de toneladas.
Em relação aos tipos de armazenamento, a predominância é dos silos, que chegaram a 117,5 milhões de toneladas. Isso representa mais da metade (52,9%) da capacidade útil total do país.
Frente ao último semestre, houve um aumento de 6,8%. Em seguida, aparecem os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 80,9 milhões de capacidade útil armazenável, uma alta de 4,0% na mesma comparação.