Produção de etanol de milho em MT deve crescer 10,03% na safra 2024/25
A produção de biocombustível tem aquecido o mercado do milho em Mato Grosso. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) prevê aumento de 10,03% na produção total de etanol em 2024/2025, com o milho representando a maior parte desse volume.
A alta produtividade de milho é considerada o principal motivo para o impulsionamento da produção de etanol no estado, que vem registrando sucessivos recordes nas últimas safras.
Um exemplo foi a temporada 2022/23, quando foram colhidas mais de 52 milhões de toneladas do cereal. Na sequência, a 2023/24 é considerada a segunda maior, apesar das adversidades climáticas e redução de área, em que cerca de 43 milhões de toneladas foram produzidas, representando 38% da produção nacional.
Conforme dados do Imea e do Bioind-MT (Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso), a moagem de milho para a produção de etanol também atingiu um novo patamar, com um crescimento de 37,86% em relação ao ano anterior.
O cenário positivo do mercado de milho tem atraído grandes investimentos para o setor. A ALD Bioenergia Deciolândia, por exemplo, anunciou um investimento de R$ 1 bilhão para triplicar sua capacidade produtiva em Mato Grosso até 2026.
“A empresa enxerga um grande potencial de crescimento, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, impulsionado pela crescente demanda por biocombustíveis e pela produção de DDG, um subproduto da produção de etanol utilizado na alimentação animal”, explicou o diretor executivo da ALD Bioenergia Deciolândia, Marco Orozimbo.
Outras empresas do setor, como a FS, também compartilham do otimismo. A empresa prevê um aumento significativo na moagem de milho para a produção de etanol no próximo ano e destaca a importância de continuar agregando valor ao grão e ao ecossistema do agronegócio.