Preocupação: calor intenso e falta de chuva atrasam o plantio e castigam soja recém-emergida

Não é só a população brasileira que tem sofrido com as fortes ondas de calor que atingem o Brasil.
As lavouras, especialmente de soja, também estão sentindo o impacto do clima atípico.
No Centro-Oeste, há produtores que nem chegaram a semear a oleaginosa, e que na expectativa de chuvas estão com plantio atrasado; outros até tentaram, mas estão tendo que replantar, estreitando drasticamente a janela para a safrinha de milho.
Infelizmente, este cenário deve continuar assim nos próximos dias, com altas temperaturas e forte calor.
Segundo o engenheiro agrônomo da multinacional DVA Agro, Renato Menezes, as previsões climáticas consolidaram-se de forma que causam apreensão ao setor agrícola.
“Não estamos mais falando de previsões de clima adverso para a agricultura para daqui 5, 7 ou 10 anos, nem para 2050. É o agora que nos preocupa, estamos vivenciando o extremo da capacidade de algumas espécies exploradas comercialmente, a suportarem as adversidades, principalmente a térmica”.
Segundo dados, a condição climática impõe atrasos significativos no plantio de regiões importantes na produção de grãos.
Apesar do principal estado produtor que é o Mato Grosso ter alcançado aproximadamente 91% da estimativa de área para o período, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a região sofre severas influências negativas no desenvolvimento inicial da cultura.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) destaca que as condições das lavouras exigem cuidados.
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