Pecuaristas se reinventam para alimentar gado após pouca chuva
O baixo índice pluviométrico fez todo o setor do agronegócio se readequar para evitar maiores prejuízos nesta temporada 2023/24.
Nesse sentido, os pecuaristas de Mato Grosso estão tendo que complementar a alimentação do gado. Com a baixa da arroba, a escolha é por alimentos mais baratos, como o capulho do algodão.
Na propriedade do pecuarista Júlio Rocha Ferraz, são ao todo 180 animais, nas fases de recria e engorda. Segundo ele, a falta da chuva inabilitou que as pastagens recuperassem o vigor e os animais estão a mais tempo na terminação.
“Eu atrasei a minha terminação, já que foi a forma mais barata que eu encontrei de diminuir o meu custo. Se eu alimentava 10kg aos bois e passei a alimentar 7kg, isso gera um quadro que, apesar de não ser o ideal, era a melhor forma que eu tinha de economizar”, diz.
Ainda de acordo com o pecuarista, o custo por cabeça de gado chegou a subir R$ 400 a R$ 500 e, embora o insumo estava mais barato e a arroba ter melhorado, foi gerado um maior custo.
“A chuva ainda não está no ideal, mas as gramíneas rebrotaram e conseguimos o controle de pragas e não preciso usar outro tipo de insumo em um período de chuva”, conta.
Júlio diz ainda que as estratégias para reduzir custos devem ser mantidas ao longo do ano, à espera de preços mais atrativos.
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