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Agro

Novo Plano Safra e reinvenção do agro diante de um cenário de preços incomodam setor

Publicado em 26 de Junho de 2023 ás 08:40 , por ASSESSORIA DE IMPRENSA

Visando proporcionar novas possibilidades para as próximas safras de grãos, os organizadores de eventos do agro, têm apresentado sugestões para aliviar o descontentamento do setor que vive um momento desconfortável no aspecto de preços.

A soja que chegou a R$ 190, está na média de R$ 120 a saca e o milho caiu pela metade em relação ao ano passado (semana 18 a 25 de junho).

Vários fatores influenciam nas quedas e no final das contas, ficam as dores de cabeça em relação aos próximos plantios, em especial o da soja que em Mato Grosso começa em setembro.

O vice-presidente da Acrimat (Associação dos Criadores de Gado em Mato Grosso), Fernando Conte, entende que a baixa do milho favorece pontualmente alguns segmentos como os de confinamento ou terminação a pasto. Contudo, aumenta a concorrência com outras proteínas.

“Se pensarmos no consumidor final, que bom que tem várias opções e uma expectativa de aumento no consumo. Mas olhando da porteira para dentro sob a avaliação do nosso setor, quando cai o preço do milho, devem cair também do porco e do frango, que de certa forma concorrem com o gado. Lembrando que nem todo o nosso gado é confinado; logo, o milho influencia, mas não impacta muito”, detalha o líder classista e pecuarista na região de Juara.

Em longo prazo, a turma da botina acredita na influência da Ferrogrão, ferrovia que deve ligar Sinop a Miritituba/PA. Os trens vão levar grãos e trazer insumos, algo que ainda demora um pouco para começar, mas denota esperanças, segundo o diretor técnico da Acrimat, Chico Manzi.

“Somos referência na produção e temos uma estrutura de logística com atraso de 40 anos, o que atrapalha o escoamento, aumentando os custos. Felizmente, a ferrovia começa a ir além do projeto, logo vamos ter essa realidade aos nossos olhos”, disse Manzi.

Em curto prazo, os agricultores estão de olho nos custos das próximas safras. Isso passa pelos insumos e uma das alternativas são os produtos biológicos, atualmente bem aceitos pelo mercado e por pesquisadores que reconhecem a eficiência, ao mesmo tempo em que recomendam novas pesquisas.

O engenheiro agrônomo, Ricardo Luiz, que recentemente palestrou no Show Rural em Colíder, aponta para o uso consorciado de químicos e biológicos.

“Eu sou favorável aos biológicos, eles estão consagrados por exemplo, no combate a insetos, lagartas e outras situações. Contudo, são relativamente novos e para outras pragas e doenças já tem novas pesquisas visando testá-los. Penso que podem conviver de forma equilibrada com os químicos”, entende o palestrante.

De olho na motivação do setor, o palestrante e um dos principais articulistas do agro, José Luiz Tejon, fala que o Plano Safra, previsto para ser anunciado nesta terça (27), pode chegar à casa de R$ 800 bilhões. Ele defende novos valores para a armazenagem e o seguro rural. Independente disso, lembra que o setor é mais forte do que o momento pelo qual está passando.

“Vocês já viveram algo parecido, os políticos sempre foram inferiores a vocês. O agro sempre é mais forte do que qualquer governo, acreditem”, argumentou Tejon em palestra para produtores rurais em Colíder.

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