Fábrica em Lucas do Rio Verde produz biocombustível de fonte renovável e menos poluente

A fábrica de biodiesel a partir de óleos vegetais está localizada em Lucas do Rio Verde.
O biocombustível ajuda na redução da emissão de CO2 para a atmosfera, e o Brasil é o sexto país com maior frota de caminhões movidos à óleo diesel, no qual é misturado o biodiesel.
A fábrica de biodiesel da Fiagril produz anualmente 202 milhões de litros do biocombustível.
Filas de caminhões com matéria-prima, basicamente óleo vegetal de soja, milho e algodão, podem ser observadas na entrada da indústria.
“A gente pega o óleo vegetal, utiliza alguns produtos químicos, e fazemos uma separação da glicerina, do óleo e o que sobra. O que a gente recombina no processo químico é chamado de éster, ou metil éster que é o nome técnico”, explica o gerente industrial da Fiagril, Luiz Gustavo Gury.
“Esse metil éster tem carbono, hidrogênio e oxigênio. Ele que é o biodiesel, o combustível que a gente usa nos nossos veículos”, completa.
O tempo médio para que um litro de óleo vegetal seja transformado em biodiesel é de aproximadamente três horas. O processo é completamente automatizado.
“A automação do sistema é 100% automatizada, ele garante que as dosagens dos produtos químicos, controle de nível de tanque, tempos de reação, sejam sempre os mesmos durante todo o período do processo produtivo”, comenta Luiz.
Para garantir a qualidade do produto, a fábrica tem um laboratório, acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que trabalha 24 horas por dia analisando tudo o que entra e sai da usina.
Desde a matéria-prima até o produto final, tudo é analisado. Inclusive, águas industriais e processos auxiliares.
Na fábrica, tudo é aproveitado. O gerente industrial da Fiagril conta que o principal subproduto é a glicerina. Quanto a resíduos, uma pequena quantidade de água ácida.
O biocombustível fabricado vai para os tanques dos veículos, misturado ao óleo diesel do petróleo. Atualmente a mistura é de 12% e deve chegar a 15% em 2026, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Segundo o diretor de originação e biodiesel da Fiagril, Guilherme Kummer, o setor industrial do biocombustível está fazendo gestão junto ao governo federal para acelerar essa agenda. A pretensão é de que os 15% de mistura ocorram já em 2024.
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