Estudantes produzem bioinseticida para controle de pragas em lavouras

Um projeto desenvolvido por estudantes da Escola Técnica Estadual (ETE), em Tangará da Serra, resultou em uma cápsula biodegradável com propriedades bioinseticidas para o controle de insetos e pragas das lavouras dos produtores rurais da região, usando resíduos orgânicos.
A pesquisa recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), com recursos financeiros do edital "Ambientes de Pesquisa e Inovação em Escolas Técnicas de Educação Profissional e Tecnológica".
A cápsula biodegradável é composta por fontes orgânicas “in natura” em pó ou granular, a partir dos resíduos orgânicos, como a pimenta malagueta, casca de laranja, limão, cebola, tomate, fumo, cravo da índia, alho, casaca de ovo, borra de café, e casca de banana.
As plantas aromáticas e os restos vegetais são dessecados ao sol, moídos e transformados artesanalmente em cápsulas a partir do uso de um agente aglutinante orgânico.
Nas lavouras, inicialmente as cápsulas desenvolvem a função de bioinseticida, e, posteriormente, ao perderem sua eficácia começam a decompor no solo, transformando-se em adubo natural.
O uso das cápsulas nas hortas apresentou redução de pragas, tornando possível a produção de alimentos mais saudáveis.
Ao todo, 30 propriedades rurais fizeram parte do experimento. Os produtores foram auxiliados na parte técnica de manejo e receberam orientações de gestão.
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) foi implementado nas áreas de estudo para evitar custos elevados de produção e perdas de produtividade devido a pragas, incluindo lagarta-rosca, bicho capixaba, mosca branca, consideradas comuns.
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