Boa noite, Segunda Feira 15 de Dezembro de 2025

Agro

Doenças da soja exigem atenção redobrada no início da safra em Mato Grosso

Publicado em 15 de Dezembro de 2025 ás 10:09

A safra 2025/26 começou a desenhar um cenário que exige maior vigilância dos produtores em relação às doenças da soja. Embora a ferrugem asiática tenha registrado casos no Sul do Brasil nas últimas semanas, não há registros confirmados da doença em Mato Grosso até o momento. A informação é da pesquisadora e coordenadora do Laboratório de Fitopatologia da Fundação Rio Verde, Luana Beluffi, que reforça a importância do monitoramento constante neste período de transição climática.

As condições climáticas em Mato Grosso apresentam diferenças em relação ao ciclo anterior, com volume de chuvas abaixo do registrado no ano passado e distribuição irregular. Algumas regiões acumularam bons índices pluviométricos, enquanto outras enfrentaram precipitações inferiores ao ideal, resultando em picos de estresse hídrico no desenvolvimento inicial da safra.

Dezembro trouxe mudanças no padrão climático, com dias consecutivos de nebulosidade, umidade elevada e chuvas frequentes — ambiente favorável ao avanço de doenças foliares. Os primeiros sintomas de mancha-alvo já são observados em lavouras da região, principal desafio fitossanitário para os sojicultores mato-grossenses.

Beluffi alerta que a pressão da mancha-alvo tende a aumentar nas próximas semanas, especialmente com o fechamento do dossel e clima úmido. Áreas que perderam o momento ideal da aplicação inicial devem redobrar atenção, pois a severidade evolui rapidamente ao longo de dezembro. O calendário de semeadura no norte de Mato Grosso reduz a probabilidade de infecções precoces por ferrugem asiática, mas a região sul pode sentir mais impacto devido ao escalonamento de plantio.

A Fundação Rio Verde mantém acompanhamento contínuo das lavouras e integra o Consórcio Antiferrugem, que divulga registros oficiais de ocorrência no país. Produtores devem realizar visitas regulares, observar sintomas iniciais e ajustar estratégias de manejo conforme a evolução climática para preservar o potencial produtivo da safra.

Fonte: Cenário MT

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