Com produtividade baixa, MT colhe quase 1% da área destinada à soja

Mato Grosso colheu 0,99% da área semeada com soja nesta safra 2023/24. A situação preocupante prospecta o registro da maior quebra de safra da história.
Os primeiros talhões colhidos apontam uma média de produtividade que varia entre 7 e 30 sacas por hectare, preocupando cada vez mais os agricultores.
A colheita de soja em MT começou cerca de 30 dias do esperado em decorrência ao encurtamento do ciclo, visto o clima seco e quente.
Tal fato é considerado histórico, inclusive, uma vez o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) não apresenta média histórica de colheita para o período.
O levantamento revela que a região Médio Norte é a mais adiantada com 1,78% da sua área de soja 2023/24 colhida, enquanto a Oeste encontra-se com 1,69%.
Na região Sudeste 1,35% das lavouras foram colhidas, e na Centro-Sul, 0,30%.
QUEBRA DE SAFRA
A irregularidade das chuvas e o calor forte podem levar Mato Grosso à maior quebra da safra de soja da história.
A estimativa é do Itaú BBA, que projeta queda de 20% na produtividade das lavouras em relação ao potencial.
A perspectiva do Itaú BBA, no relatório Radar Agro de dezembro, divulgado no dia 20, é semelhante a pesquisa apresentada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) um dia antes, na qual foi apontado que os sojicultores devem colher 36,15 milhões de toneladas nesta temporada, 9,16 milhões a menos que na safra passada.
A colheita da soja que deveria começar nos próximos dias em Mato Grosso, teve início em meados da segunda quinzena de novembro.
Em alguns municípios, como Campo Verde e Nova Mutum, há relatos de produtividade média nas primeiras áreas colhidas de 7 sacas por hectare e 13,5 sacas.
Alguns municípios decretaram desde o dia 30 de novembro situação de emergência pela falta de chuvas, como é o caso de Araputanga, Chapada dos Guimarães, Canarana, Diamantino, Porto Alegre do Norte e Tabaporã.
No último dia 21, Sorriso, maior produtor de soja do Brasil com 630 mil hectares destinados para a cultura, entrou na lista.
Por lá, conforme o Sindicato Rural, as estimativas apontam perdas entre 20% e 30% em decorrência ao clima adverso.
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