Agricultores de Sorriso conhecem nova tecnologia para 2ª safra do milho

O aumento das chuvas nas últimas semanas – em alguns momentos até em excesso – vem estimulando o cultivo de milho em Sorriso.
A expectativa dos agricultores é que a segunda safra seja mais rentável, visto os impactos negativos na soja diante do baixo desempenho causados pelas adversidades climáticas.
Sorriso município é o que mais produz o cereal no Brasil.
Pouco mais da metade dos 500 mil hectares previstos para a temporada, segundo o Sindicato Rural, receberam as sementes.
O ritmo é reflexo da agilidade da colheita da soja e boa oferta de chuvas. Somente em janeiro, conforme o Sindicato Rural, foi registrado um acumulado de aproximadamente 300 milímetros na região.
“Assim que o produtor faz a colheita da soja, já entra com o plantio do milho. No ano passado, nesta época, tínhamos em torno de 35%, 40%, e esse ano estamos acima dos 50% da área de milho já plantada”, comenta o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Sadi Beledelli.
A torcida agora é pela manutenção da umidade no campo para garantir o bom desempenho e rendimento da cultura.
“Eu espero que chova bem em fevereiro, março e abril e que a gente possa ter uma grande safra de milho, para que possamos recuperar um pouquinho do prejuízo que o produtor teve na soja”, frisa Beledelli.
Hoje, o milho é a principal cultura de segunda safra no Brasil. A cada ciclo vem ganhando mais espaço, principalmente em meio as lavouras mato-grossenses, visto seu rendimento e rentabilidade.
E a inserção de novas tecnologias no campo é considerada um dos fatores para tal expansão do grão.
TENDÊNCIAS
Em meio às novas tecnologias em fase de teste, o milho de pequena estatura é uma das grandes apostas. De acordo com a pesquisa em torno da tecnologia, ela reúne características que visam dar mais viabilidade ao grão no cerrado.
Matheus de Aguiar Torrezan, agrônomo de desenvolvimento da Bayer, explica que a principal característica da nova cultivar é o adensamento de folhar.
“Consequentemente temos vários benefícios por essa característica, um acesso por um tempo mais integral durante a cultura. Então, não temos uma limitação pós-pendoamento para estar entrando exclusivamente com aplicação área, para tratar com inseticidas e, principalmente, fungicidas aqui na região do cerrado”.
O agrônomo salienta ainda que o milho tendo uma baixa estatura o produtor consegue entrar na lavoura com um pulverizador durante todo o ciclo da cultura, ou seja, não é necessária a realização de aplicação área.
Outro fator diferencial da tecnologia é o desbloqueio do teto produtivo em relação a população de plantas.
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