Assembleia realiza sessão itinerante sobre zoneamento em São Félix do Araguaia

A Comissão Especial de Zoneamento Socioeconômico Ecológico de Mato Grosso (ZSEE), da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Dr. Eugênio Paiva, realiza nesta terça (29), às 19h, na Câmara de São Félix do Araguaia, a primeira sessão itinerante para debater o assunto.
Instalada no início de maio, a Comissão Especial tem por objetivo envolver a sociedade mato-grossense, técnicos e entidades do setor produtivo, em especial das regiões Araguaia e Guaporé, na construção da nova proposta de gestão ambiental sobre as áreas produtivas do Estado.
A sessão contará com participação de autoridades locais, prefeitos, vereadores, empresários, proprietários rurais e representantes da sociedade civil.
A elaboração do zoneamento está à cargo da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) e propõe uma série de mecanismo de gestão ambiental que consiste na delimitação de zonas ambientais e atribuição de usos e atividades de acordo com as potencialidades e restrições de cada uma delas.
O documento também visa disciplinar a ocupação do território mato-grossense, a apropriação de seus recursos naturais e o modelo de desenvolvimento sustentável para cada região produtiva.
Segundo a comissão, o texto proposto pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (SEPLAG) mantém os mesmos dados que deram início à proposta original.
Entre as principais polêmicas estão:
-- ausência de estudo técnico e previsão orçamentária para o pagamento de indenizações aos produtores, que seriam impedidos de manter a produção em determinadas áreas;
-- redução de áreas para manejo ambiental;
-- impedimento de atividades de mineração em áreas já licenciadas e em exploração;
-- impossibilidade de acesso ao crédito rural, gerado pela ausência de segurança jurídica;
-- embargo à comercialização dos produtos oriundos destas áreas.
Tecnificação avança forte no território das cercas e arames

Processos mais assertivos, novas tecnologias, inovação em todas as áreas, precisão. Como resultado, maior eficiência na genética, nutrição, sanidade e manejo, com consequente avanço da produtividade. Há uma década, a idade média de abate dos bovinos de corte era de 48 meses. Atualmente, está na faixa dos 36 meses. Isso significa que a cada ano ganha-se m mês para o boi ficar pronto em peso e conformação de carcaça. Além disso, nunca se falou tanto em Boi 777, que traz a idade de abate para 24 meses.
Os ganhos de manejo representam importante parcela do aumento de eficiência na pecuária. Manejo é um termo genérico e está presente em vários setores da atividade e da propriedade rural. Ele está na gestão, no cuidado com os animais, nas pessoas e nas instalações. E está também nas cercas.
Eis aí um item da fazenda pecuária que tem cumprido, e muito bem, o seu papel de ajudar no desenvolvimento da atividade. Mesmo sem estar nos holofotes das grandes transformações, a tecnificação avança forte no território das cercas e arames.
Para começar, o papel das cercas mudou. Na verdade, foi ampliado. Se no passado, eram utilizadas exclusivamente para divisão de áreas, ganharam relevância em termos de segurança e consequente apoio à produtividade das propriedades rurais.
O arame farpado, ainda bastante utilizado no país, recebeu a contribuição da concertina, agregando segurança e durabilidade. O arame liso passou a rivalizar com o farpado e também ganha relevância em áreas produtivas menores e específicas.
As cercas prontas já são muito utilizadas no exterior, como nos Estados Unidos, e aos poucos prova sua viabilidade no Brasil, especialmente em delimitações com vias urbanas e controle de população de animais silvestres.
Uma recente evolução que ainda busca o seu espaço, mas tem grande potencial de contribuição para o manejo das fazendas é a máquina de cercas, que inclui os conceitos de modernidade e funcionalidade ao negócio. A limitação de mão obra no campo impede o agronegócio brasileiro voar ainda mais. Com isso, é difícil encontrar um cerqueiro profissional.
O sistema de construção de cercas automatizadas vem ocupar este espaço, com a entrega de 30 km de cercas por mês, serviço que demanda 15 duplas de cerqueiros.
Destaque para a possibilidade de desmonte das cercas e reinstalação em outro local. Essa facilidade é especialmente vantajosa para fazendas que praticam a Integração Lavoura-Pecuária (ILP) ou a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), técnicas já presentes em 17 milhões de hectares produtivos no país – incluindo Mato Grosso.
Assim, ao final de cada ciclo de utilização da área, é perfeitamente possível retirar os postes e o arame e remontar a cerca em outra área da propriedade. Sem perdas.
A constante busca pela produtividade na pecuária e, por extensão, no agronegócio exige planejamento estratégico, conhecimento técnico, investimentos assertivos, além de insumos de qualidade. As cercas têm papel relevante em diversas áreas das propriedades rurais. Seu avanço tecnológico, mesmo silencioso, contribui decisivamente para facilitar e agilizar os processos.
Mas ainda há muito a inovar. Os próximos desafios estão ligados às cercas virtuais, a partir do monitoramento nos animais. Estamos atentos a essa nova revolução.
IPF-MT aponta que PIB do agro foi de R$ 149,2 bi

A participação da agropecuária mato-grossense no PIB do Brasil é extremamente relevante. Os números mostram o estado em 1º lugar no ano de 2020, batendo mais um recorde de faturamento.
A questão é que os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) nesse período foram inferiores ao faturamento real do estado, que foi de R$ 149,2 bilhões, diferente dos quase R$ 134,3 bi divulgados anteriormente.
Os números foram prontamente corrigidos após a identificação do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio-MT (IPF-MT). “O papel do IPF-MT também é analisar os dados que são apresentados por órgãos para avaliar e colaborar com as informações quando necessário”, explicou o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior.
Os números atualizados correspondem a 17,1% do Valor Bruto da Produção Agropecuária no país, que atingiu a marca de R$ 871,3 bilhões somados no ano passado. Para se ter uma ideia do faturamento de Mato Grosso, o valor corresponde à soma de todos os estados do Centro-Oeste (R$ 128,4 bilhões).
No campo, os principais cultivos no estado são a soja, milho e algodão. Na pecuária, a produção de bovinos aparece em primeiro, seguido de frangos e suínos. O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP-A) mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento.
Colheita do milho avança com quebras acima de 20% na produtividade

A colheita do milho segunda safra começou a ganhar ritmo em Mato Grosso. Saltou de 3,91% para 9,71% da área total cultivada, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Como previsto, os trabalhos seguem mais lentos se comparados às últimas safras, já que o plantio ocorreu mais tarde que em anos anteriores em decorrência do atraso da colheita da safra de soja.
Nesta mesma época do ano passado, por exemplo, 31,56% dos milharais já estavam colhidos. Já a média para as últimas cinco safras é de 25,99% de áreas colhidas neste mesmo período.
Conforme as máquinas avançam no campo, a preocupação de muitos agricultores aumenta. É que o desempenho das plantações tem deixado a desejar. Em Nova Mutum, por exemplo, são vários os relatos de produtores colhendo cerca de 30 sacas por hectare a menos que no ano passado, segundo o Sindicato Rural do município. Isso representa uma quebra de 20% a 30%, dependendo da área.
Em Sorriso, a situação também é alarmante. “Talhões que produziam 150 sacas por hectare, ‘estão dando’ 100 sacas de média este ano. Áreas em que colhíamos 120 sacas, estão rendendo apenas 90 agora”, afirma o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Silvano Filipetto. Por lá, cerca de 27% das plantações já foram colhidos.
A apreensão fica ainda maior quando é levada em conta a situação das áreas semeadas mais tarde. Em Mato Grosso, 45% dos milharais foram cultivados em março, fora da janela “ideal” que termina em fevereiro no estado.
É que nestas áreas o impacto da estiagem deve ser ainda maior, já que coincidirá com fases importantes do ciclo da lavoura, entre elas, o enchimento de grãos.
Em apenas 5 meses, VBP já supera todo o ano passado

Em menos de um semestre, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Mato Grosso, chegou a R$ 191 bilhões, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura. O montante é superior ao obtido em todo o ano passado, que encerrou com R$ 149 bi.
O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano, mês a mês e corresponde ao faturamento bruto dos produtos do setor.
O desempenho mato-grossense perpetua o estado na primeira posição em nível nacional, com 17,2% do VBP total. Em segundo lugar está o Paraná, com 13,2%, seguido por São Paulo (11,2%), Rio Grande do Sul (10,8%) e Minas Gerais (10%).
Avanço que de acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, demonstra a expertise do estado quanto à agropecuária. “Temos crescido muito em produção ano a ano, o que corrobora a posição que temos no ranking brasileiro. Mato Grosso tem evoluído tecnologicamente e isso se reflete nos números do VBP”, destaca.
Nos últimos 10 anos, MT apresentou um crescimento no Valor Bruto da Produção na ordem de 75%; a soja e o milho produzidos no estado obtiveram, entretanto, um incremento mais expressivo para o mesmo período: o VBP da soja avançou cerca de 155% e o do milho aproximadamente 312%, conforme dados são do Observatório do Desenvolvimento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso.
Empresários ligados ao agro tentam arrematar trecho de mil km da BR-163

O mês de julho começa com a expectativa para o leilão do trecho de mil km de BR-163, entre Sinop e Itaituba/PA. Ele está agendado para o dia 8 de julho e será realizado na bolsa de valores de São Paulo.
E o agito se deve principalmente porque um grupo de empresários ligados ao agronegócio demonstrou interesse em participar dos lances para arrematar este trecho da rodovia.
A BR-163 é de grande importância para o escoamento da produção de grãos na região Médio Norte, e o trecho que será concedido à iniciativa privada faz parte do percurso das cargas de grãos até o Porto de Miritutuba.
A rodovia também é o único corredor logístico interligando o Norte ao Sul do país. O prazo previsto para a concessão é de 10 anos, prorrogáveis por mais dois.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a empresa vencedora do leilão ficará responsável pela infraestrutura e prestação do serviço de recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade da BR-163.
Estão previstos investimentos em R$ 3 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão destinados a custos operacionais e o restante para demais investimentos na rodovia.
A ANTT iniciou na semana passada uma audiência pública para receber sugestões e contribuições sobre a proposta de celebração do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), para correção dos descumprimentos contratuais da concessionária que administra um trecho da rodovia, em mato grosso.
O período de contribuições da sociedade será a partir desta quinta (1º) e vai até o dia 31. A sessão pública será no dia 15 de julho.
Preço futuro do algodão desvaloriza em MT

Os preços futuros (paridade) do algodão em Mato Grosso têm desvalorizado nos últimos dias, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Assim, os contratos de dezembro deste ano caíram 1,08% e 0,61%, ficando cotados a uma média de R$ 137,03/@ e R$ 142,60/@ na semana passada, respectivamente.
Analisando o preço em Sapezal, a paridade de exportação para dez/21 está próxima de R$ 140,71/@, valor 3,42% menor quando comparado a média do mês de maio. O recuo do preço está atrelado à queda do dólar, que desvalorizou 1,74% no comparativo semanal, devido, sobretudo, à proposta de manutenção da taxa de juros nos EUA e ao aumento na taxa de juros no Brasil.
Por fim, apesar do preço está caindo na região no momento, o valor da pluma ainda é +41,68% quando comparado com o mesmo período do ano passado.
No Estado a colheita do algodão avançou 0,86 p.p. em relação à semana passada, alcançando 1,11% da área prevista até a última sexta.
Indígenas aprofundam conhecimentos para desenvolvimento da apicultura

Está sendo realizada uma série de treinamentos de cadeia produtiva na Terra Indígena (TI) Grande Sangradouro, em Primavera do Leste. Ao todo, serão seis capacitações voltadas para a apicultura.
Elas serão realizadas até o final de julho e contarão com a participação de 15 indígenas da etnia Xavante.
Os participantes irão aprender sobre produção de abelhas rainhas do gênero APIS, manejo avançado de apicultura, comercialização de produtos agropecuários, associativismo e cooperativismo, primeiros socorros e relacionamento interpessoal.
O conhecimento vem agregar às técnicas aprendidas no curso de apicultura básica, concluído pelos indígenas em maio.
A capacitação deve-se à parceria com o Sindicato Rural de Primavera do Leste o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT). De acordo com o presidente do Sindicato, Marcos Bravin, a iniciativa promove desenvolvimento aos indígenas.
“O povo indígena Xavante identificou na cadeia produtiva do mel uma oportunidade para desenvolvimento e estamos proporcionando a formação no curso profissionalizante de apicultura”.
O presidente da cooperativa indígena Xavante Cooigrandesan TI Sangradouro, Gerson Waraiwe, elogiou o incentivo que os indígenas têm recebido para desenvolver a apicultura na região.
“É uma oportunidade de aproveitar o potencial do mel silvestre nas nossas áreas e futuramente complementar a renda da nossa comunidade”.
A Terra Indígena Sangradouro consiste em 57 aldeias espalhadas por Poxoréu, General Carneiro e Novo São Joaquim. Os treinamentos serão concentrados na Aldeia Mãe e posteriormente o trabalho será expandido para as demais localidades.
CAPACITAÇÃO INDÍGENA
Segundo Waraiwe, até agora cerca de 60 indígenas já foram capacitados com treinamentos do Senar-MT e Sindicato Rural, dentre eles operação de maquinário agrícola, conhecimento que já tem sido utilizado nas terras indígenas que desenvolvem a agricultura.
Carne suína está entre as preferidas do consumidor e ultrapassa a bovina

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), publicada em abril, aponta aumento do consumo da carne suína nos lares brasileiros e a preferência pela proteína, principalmente quando comparada com a carne bovina.
Em números reais, isso quer dizer que em 80% das residências a carne suína é a preferida, ficando atrás somente do ovo e da carne de frango. Além disso, a carne de porco foi a única que registrou crescimento no consumo de 6%, em comparação às outras carnes e ao ovo.
Os dados foram coletados entre novembro/2020 e fevereiro/2021, após entrevista com 2,5 mil pessoas de todas as regiões brasileiras.
O sabor, a praticidade e o preço acessível estão entre as motivações do brasileiro na hora de comprar a carne de porco. Os homens, na faixa etária entre 18 e 45 anos, são o público que maior consome a proteína e 60% deles fazem algum tipo de atividade física, ou seja, o consumo está diretamente associado à qualidade de vida.
Outro dado altamente relevante e que merece destaque, na pesquisa divulgada pela ABPA, mostra que 70% das pessoas, durante a pandemia, optaram pelo consumo de proteína animal, sendo que 11% dos entrevistados, optaram pelos derivados da carne suína nas compras online.
Milho plantado fora da janela teve pouca chuva em MT

O atraso na semeadura e colheita da soja em Mato Grosso, na safra 2020/2021, levou muitos produtores a semear o milho fora da janela ideal definida pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).
Como consequência, as lavouras nessa situação não tiveram condições climáticas favoráveis ao bom desenvolvimento, de acordo com boletim divulgado pela Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop.
A 15ª Edição do Boletim Agrometeorológico traz o acompanhamento das condições climáticas durante o primeiro semestre de 2021, período em que é cultivada a safrinha.
O documento mostra que, após os elevados índices recordes de precipitação em fevereiro e março, o mês de abril contou com chuvas em menor quantidade e mal distribuídas.
Na região de Sinop, onde está a estação meteorológica usada para o comparativo, a precipitação em abril foi de apenas 75,2 mm. Em 2020, quando as chuvas foram bem distribuídas, a precipitação foi de 237,7 mm. A situação neste ano foi pior a partir do dia 21 de abril, quando choveu apenas 3,8 mm.
De acordo com o pesquisador Jorge Lulu, em cinco anos, essa foi a primeira vez que ainda em abril o índice de armazenamento de água no solo ficou negativo, chegando a apenas 60% da capacidade total de armazenamento.
“O prejuízo às lavouras plantadas tardiamente só não foi pior devido às chuvas ocorridas nos primeiros 10 dias de maio. Foram 71,9 mm, em um período em que a precipitação não chegou aos 20 mm nos cinco anos anteriores”, explica o pesquisador.
BRF anuncia investimentos de R$ 670 milhões

Após reunião com o governador Mauro Mendes, a BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, anunciou nesta quinta-feira (1º) investimentos de R$ 670 milhões em sua operação.
O montante será direcionado para a modernização e ampliação das unidades produtivas da BRF em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum.
Os produtores integrados da empresa também devem aportar R$ 1,3 bilhão em suas estruturas para aumentar a capacidade de alojamento.
O anúncio foi feito pelo CEO da BRF, Lorival Luz, e pela vice-presidente global de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BRF, Grazielle Parenti. Também participaram da reunião, feita por videoconferência, os secretários de Estado Mauro Carvalho (Casa Civil), Rogério Gallo (Fazenda) e César Miranda (Desenvolvimento Econômico).
“Assim como várias outras empresas que têm expandido sua atuação em Mato Grosso, a BRF verificou que o nosso estado é rico em potencialidades. Tenho certeza que essa expansão da companhia vai trazer muitos ganhos para toda a população. Entendemos a importância da BRF e seu papel relevante para o nosso estado. Os investimentos irão capilarizar nas regiões ao redor de Lucas, principalmente”, afirmou o governador.
Mauro Mendes destacou que centenas de empresas têm se instalado e expandido operações no estado nos últimos anos, pois as medidas tomadas pela atual gestão fizeram com que Mato Grosso “passasse a contar com um ambiente favorável ao empreendedorismo”.
“Nossa operação no estado conta com cerca de oito mil colaboradores e mais de 200 produtores integrados, que fazem parte de nossa cadeia produtiva, sendo Lucas do Rio Verde a nossa principal planta no Mato Grosso e uma das maiores no mundo”, complementou Grazielle Parenti.
A BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo, está presente em mais de 117 países e é dona de marcas como Sadia, Perdigão e Qualy.
Desembargador restabelece processo de concessão da BR-163

O desembargador federal Italo Fioravanti Sabo Mendes, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), deferiu pedido de suspensão de liminar e restabeleceu o processo de concessão da rodovia BR-163, que liga Mato Grosso ao Pará.
Juízo de piso, em Altamira/PA, havia suspendido o processo de concessão até que se demonstrasse a aprovação do Plano Básico Ambiental - Componente Indígena (PBA-CI), com base na matriz de impactos do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e nos diagnósticos de impactos atuais.
O documento deveria ser submetido à consulta dos povos indígenas, bem como à análise técnica por equipe de indigenistas especializados da Fundação Nacional do Índio (Funai).
Na decisão liminar, a juíza federal Maria Carolina Valente do Carmo determinou ainda que a renovação do PBA-CI da BR-163 deveria contemplar a previsão de sua execução pela Associação Indígena Iakiô e pelo Instituto Kabu, como forma de “legitimar o processo e também para assegurar que a posterior implementação e monitoramento do Programa seja realizada de forma participativa e que as comunidades indígenas assumam corresponsabilidade pelas ações e resultados”.
A magistrada também determinou que fosse incluída no edital de concessão da BR-163, no prazo de 48 horas, a previsão quanto à responsabilidade da concessionária vencedora do leilão em assumir as obrigações referentes à mitigação dos impactos negativos e otimização dos impactos positivos decorrentes da obra de pavimentação da rodovia, bem como de sua exploração, “de forma a garantir a integridade física e cultural das comunidades indígenas envolvidas, assim como a preservação de suas terras e recursos naturais.”
No recurso, União argumentou que a interferência judicial em política pública de infraestrutura viola a separação funcional de poderes (art. 2º, CRFB/88), por invadir esfera de organização administrativa do Poder Público Federal.
Segundo Sabo Mendes, ao deferir liminar, o juízo de origem acabou “interferindo no mérito da competência administrativa de gestão da política pública de infraestrutura levada a efeito pela União e pela Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT”.
LEILÃO
Com a derrubada da liminar, o leilão deve ocorrer na quinta (8), na Bolsa de Valores de São Paulo. Os investimentos previstos são estimados em R$ 3 bilhões. Deste total, R$ 1,2 bi será destinado a custos operacionais e o restante será aplicado em outros investimentos na rodovia.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a vencedora do leilão ficará responsável pela infraestrutura e prestação do serviço público de recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade da BR-163.
Vale lembrar que o trecho rodoviário é elemento fundamental para o desenvolvimento da região, viabilizando o escoamento de áreas produtoras e fomentando a economia de municípios em Mato Grosso e no Pará.
A Agência também informou que a finalidade do projeto é:
-- obter um modelo atrativo e com tratamento adequado dos riscos;
-- dotar a rodovia de condições perenes de condições para o escoamento de grãos compatível com a estrutura portuária existente;
-- reduzir os custos operacionais e dos tempos de viagem dos veículos;
-- propor soluções de engenharia para os elementos do sistema rodoviário em longo prazo, ainda que o prazo da concessão seja mais curto que o usual, compatível com a entrada em operação esperada para a ferrovia (Ferrogrão).
Custo do frete do agro sobe no país

O preço médio dos fretes para transporte de produtos do agronegócio subiu 1,2% em maio na comparação com abril, segundo o Índice FreteBras do Preço do Frete (IFPF), criado pela plataforma de transporte de cargas Fretebras. A elevação foi menor apenas que a registrada no setor de construção, que chegou a 2,1%.
"O Brasil é extremamente dependente do agronegócio, mas o preço do frete na indústria não acompanha a escalada dos custos. Apesar de contar muito com os caminhoneiros, ainda existe espaço para melhorar as negociações entre transportadores e motoristas", afirma o diretor de operações da FreteBras, Bruno Hacad.
De maio de 2020 a maio deste ano, os sucessivos aumentos no preço do óleo diesel S500 não foram repassados para os caminhoneiros. Segundo o IFPF, nesse intervalo, o valor do frete por quilômetro rodado por eixo permaneceu praticamente estável, com leve aumento, de 0,24%. Entretanto, no mesmo período, o diesel S500 subiu 47,18% na bomba.
De acordo com o estudo, o preço médio do frete por km por eixo no Brasil alcançou R$ 1,01. Na comparação entre abril e maio de 2021, o preço do diesel comum na bomba subiu 6,38%, segundo o relatório da Agência Nacional do Petróleo (ANP). No mesmo período, o preço do frete caiu 0,14%.
Por estado, o Amazonas foi o que apresentou o frete mais caro em maio, com R$ 1,21 por km rodado por eixo, seguido por Rio Grande do Norte (R$ 1,12) e Alagoas (R$ 1,09).
No outro extremo da tabela, os fretes mais baixos foram registrados no Acre (R$ 0,91), Mato Grosso (R$ 0,94) e no Piauí e Ceará, ambos com R$ 0,96 por km rodado por eixo, segundo o estudo.
Tratores e grades aradoras vão ampliar produção indígena em aldeias

A Fundação Nacional do Índio (Funai) adquiriu 14 tratores para apoio às atividades produtivas em diversas aldeias no país. Os tratores foram recebidos pelo presidente da Funai, Marcelo Xavier, na unidade descentralizada da fundação em Cuiabá.
A intenção é contribuir para que diferentes etnias ampliem a produção, garantam a segurança alimentar em suas comunidades e invistam em processos de geração de renda.
“A perspectiva é que os tratores sejam entregues nas aldeias até o final do mês de agosto. Essa é mais uma ação que representa o compromisso da Funai com o desenvolvimento sustentável nas comunidades, a fim de levar segurança alimentar para as aldeias e gerar dignidade aos indígenas, por meio do auferimento de renda”, destaca Xavier.
Além dos tratores, foram adquiridas 14 grades aradoras e 14 carretas. As compras foram realizadas pela Coordenação Regional de Cuiabá. A obtenção dos equipamentos faz parte de um processo de compras iniciado no final de 2020. Ao todo, serão adquiridos 40 tratores, 40 grades aradoras, 40 carretas para trator e 45 plantadeiras.
Segundo o presidente da Funai, a aquisição do maquinário é uma grande iniciativa da fundação para promover a autonomia das comunidades, com foco no etnodesenvolvimento, que busca melhorar as condições de vida das populações indígenas, ao mesmo tempo em que respeita e valoriza a cultura e a vontade de cada etnia. “A Funai é parceira dos projetos de etnodesenvolvimento em todo o Brasil”, reforça Xavier.
Nos últimos dois anos, a Funai já investiu aproximadamente R$ 30 milhões em projetos voltados à geração de renda nas aldeias, de forma responsável.
Os recursos foram destinados para diversas ações que visam a autossuficiência dessas comunidades, como a aquisição de materiais de pesca, sementes, mudas, insumos, ferramentas, maquinário agrícola, apoio para o escoamento da produção e realização de cursos de capacitação para os indígenas.
Sicredi realiza evento digital para lançamento do Plano Safra 2021/22

O Sicredi realizará um evento online para o lançamento do Plano Safra 2021/2022. A live, que contará com a participação da Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, é aberta ao público e será realizada hoje (6), às 9h30 (MT), com transmissão pela página do YouTube: www.youtube.com/sicredi.
Durante a ocasião será apresentado o volume de recursos disponível no Sicredi para financiar a atividade dos produtores rurais na próxima safra nas finalidades de custeio, investimento, comercialização e industrialização.
Instituição financeira cooperativa com mais de 5 milhões de associados, o Sicredi é atualmente a segunda maior instituição financeira do país no geral e a primeira entre as privadas em concessão de crédito rural, com mais R$ 35 bilhões em carteira.
Imea projeta aumento de 3,3% na área da soja para a safra 2021/22

A terceira estimativa de safra de soja trouxe um novo acréscimo na área para a safra 2021/2022. O indicador registrou uma leve adição de 0,12%, em relação ao levantamento anterior, de maio, incremento de aproximadamente 12,6 mil hectares em MT.
Assim, a área da safra futura fica estimada em 10,81 milhões de hectares, um aumento de 3,31% em relação à temporada anterior.
Dentre os motivos para a elevação entre as estimativas mensais, cita-se os ajustes nas projeções dos players neste mês, que vêm definindo as posições para o próximo ciclo conforme a safra se aproxima. Além disso, a relação de troca favorável com alguns insumos contribuiu para o cenário.
Com relação às regiões, o Norte apresentou a maior elevação no comparativo mensal e anual: 1,2% e 15,85%, respectivamente. Isso se justifica pela disponibilidade de áreas para conversão, que vêm atraindo produtores de outras regiões.
Com relação ao total produzido, são esperadas 37,31 milhões de toneladas, aumento de 3,48% ante a safra 20/21.
MENOR ÁREA NOS ESTADOS UNIDOS
Segundo divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na última quarta (30), a área plantada com a soja no país registrou redução de 0,06%, ante o relatório de março/21. Com isso, é estimado que 35,43 milhões de hectares sejam semeados.
Contudo, em função da demanda aquecida e os baixos estoques os agentes do mercado esperavam uma maior área, de 36 milhões de hectares. Ainda segundo o USDA, os estoques trimestrais de soja, que ficaram 2,57% abaixo da expectativa do mercado: 20,87 milhões de toneladas, contra 21,42 milhões de toneladas de média das estimativas.
Essa surpresa nos números do relatório foi o que deu suporte para a elevação de 6,22% na cotação disponível (contrato de julho/21) em Chicago no fechamento da sessão da quarta-feira anterior, isso por que, os dados do Departamento indicam uma menor oferta da oleaginosa.
AMAGGI anuncia construção de nova fábrica de biodiesel em MT

A AMAGGI, um dos maiores grupos da sojicultura brasileira, está para fazer sua entrada no mercado de biodiesel. Está em construção sua primeira fábrica em Lucas do Rio Verde, onde o grupo já conta com um complexo industrial de esmagamento de soja.
Anunciadas em 2018, as obras da planta industrial tiveram início em outubro/2020 em mais um salto de evolução sustentável da agroindústria do estado.
A localização da nova fábrica de biodiesel não poderia ser mais favorável, pois a cidade fica localizada em uma das principais regiões de produção agrícola de Mato Grosso.
Em Lucas, está há mais de 10 anos a indústria esmagadora de grãos da AMAGGI, na qual o complexo industrial que está sendo erguido os mais de 26 mil m² de área construída da nova planta de processamento de biodiesel.
Essa nova fábrica de biodiesel terá a capacidade anual estimada em 300 mil toneladas e contará com o suprimento de óleo de soja proveniente da indústria esmagadora existente no complexo, com capacidade de processamento de cerca de 1,2 milhão toneladas de grãos por ano.
Todo esse volume de biodiesel poderá ser comercializado e transportado para bases de distribuição em Mato Grosso ou outros estados, a fim de ser misturado a diesel de origem mineral.
99,67% do rebanho de bovinos e bubalinos já foi vacinado contra febre aftosa

Mato Grosso já vacinou 99,67% do rebanho de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), nessa etapa foram imunizados 30.178.842 animais de “mamando a caducando”, com exceção daqueles que são criados no Baixo Pantanal e na região Noroeste, reconhecida como zona livre de aftosa sem vacinação.
Em função da pandemia, o órgão dispensou neste ano a comunicação presencial da vacinação contra aftosa. Uma forma encontrada para manter o protocolo de biossegurança, protegendo a produtores rurais e servidores do órgão.
Atualmente, a população de bovinos e bubalinos no estado soma 31.989.823 cabeças.
Apesar do alto percentual, foram identificadas 1.045 propriedades sem registro de imunização que serão visitadas pelo Indea até a total resolução. Ao todo foram fiscalizados 258 estabelecimentos rurais e 286.342 bovinos no decorrer da etapa.
Os 10 municípios que apresentam os maiores rebanhos do estado são:
1º Cáceres – 1.160.000
2º Vila Bela da Santíssima Trindade – 1.075.481
3º Juara – 930.105
4º Juína – 811.658
5º Alta Floresta – 808.719
6º Colniza – 699.050
7º Pontes e Lacerda – 689.543
8º Vila Rica – 674.113
9º Porto Esperidião – 554.976
10º Novas Bandeirantes – 537.232
Juntos, totalizam 7.940.877 animais, o que representa 1/4 dos bovinos e bubalinos de Mato Grosso.
MEDIDAS DE SEGURANÇA
Para resguardar os envolvidos na etapa de imunização foram suspensas as vacinações oficiais eletivas, mantendo-se apenas a fiscalização nos casos de denúncia ou maior risco, porém mantendo os cuidados necessários.
Mato Grosso é reconhecido como um estado livre de febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), sendo a região limítrofe com Rondônia que engloba Aripuanã, Colniza, Comodoro, Juína e Rondolândia, área livre sem vacinação. O último foco de aftosa no estado ocorreu em 1996.
Governo leiloa rodovia que liga Mato Grosso à Hidrovia do Tapajós

O Governo Federal leiloa hoje (8) na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, a rodovia que liga Mato Grosso à Hidrovia do Tapajós (BR-163/230/MT/PA). A concessionária vencedora deverá fazer investimentos de cerca de R$ 1,8 bilhão em segurança viária e manutenção, e mais R$ 1,05 bilhão em serviços ao usuário.
O pregão, que será realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), ocorrerá na modalidade internacional e a vencedora será a concorrente que apresentar o menor valor da tarifa básica do pedágio.
O sistema rodoviário tem 1.009,52 km de extensão entre Sinop e Miritituba/PA, e é um dos principais corredores para escoamento da safra de grãos da região.
“Considerando a recente conclusão da pavimentação do trecho, faz-se necessário realizar melhorias complementares, como acostamentos, faixas adicionais, vias marginais e acessos, bem como reforçar estruturalmente o pavimento e realizar manutenções periódicas, de forma a garantir a sua longevidade”, destacou a ANTT.
As principais melhorias deverão ser feitas pela empresa vencedora até o 5º ano da concessão, incluindo 42,87 km de faixas adicionais, 30,24 km de vias marginais, acessos definitivos aos terminais portuários de Miritituba, Santarenzinho e Itapacurá, todos no Pará, 8 novos dispositivos de interconexão em desnível, sete passarelas de pedestres, e implantação de 340 km de acostamentos.
Amaggi anuncia que vai investir mais R$ 574 mi em fábricas e PCH

Ontem (7), a Revista Fator MT noticiou a implantação de uma nova fábrica da AMAGGI em Lucas do Rio Verde. Ainda nesta quarta, em reunião com o governador Mauro Mendes, a diretoria da multinacional mato-grossense anunciou que os investimentos serão na ordem de R$ 574 milhões na cidade do Médio Norte e em mais duas, gerando 1.430 novos empregos, entre temporários, diretos e indiretos.
Os investimentos passam pela construção de:
-- uma nova fábrica de biodiesel e armazém de grãos, em Lucas do Rio Verde;
-- uma fábrica de fertilizantes em Sinop;
-- uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Sapezal;
-- além da aquisição de equipamentos agrícolas.
O anúncio foi feito no Palácio Paiaguás pelo ex-governador Blairo Maggi, que é acionista da Amaggi, e pelo presidente executivo da companhia, Judiney Carvalho.
“Isso mostra o bom momento que o estado vive e que, nós, Governo do Estado, procuramos fazer a nossa parte, investindo fortemente em Infraestrutura para trazer novos investimentos, novos empregos e novas oportunidades”, afirmou Mauro.
De acordo com o governador, centenas de empresas têm se instalado e expandido operações no estado nos últimos anos, pois as medidas tomadas pela atual gestão fizeram com que Mato Grosso passasse a contar com um ambiente favorável ao empreendedorismo.
“Quem conhece Mato Grosso, continua apostando em Mato Grosso. É um estado de muitas oportunidades, com muita gente vindo para cá investir. Há alguns dias anunciamos os novos investimentos da BRF, que superam os R$ 670 milhões”, pontuou.
INVESTIMENTOS
Conforme o presidente executivo da Amaggi, a construção da fábrica de biodiesel e armazém de grãos, em Lucas do Rio Verde, receberá investimento de R$ 145 milhões. A unidade terá capacidade de processar 900 toneladas de biodiesel por dia e deve ser entregue em fevereiro de 2022. A previsão é que as obras gerem 300 empregos temporários e 30 postos de trabalho diretos e indiretos.
Já a fábrica de fertilizantes de Sinop receberá investimento de R$ 99,2 milhões e terá capacidade para processar 300 mil toneladas de mistura. A previsão de conclusão é para agosto de 2022. Devem ser empregadas 200 pessoas na construção e 80 nas operações da fábrica.
A PCH de Sapezal receberá o maior investimento: R$ 230 milhões, com previsão de entrega no primeiro semestre de 2023. As obras na hidrelétrica devem empregar cerca de 800 trabalhadores e a expectativa é que 20 novos postos de trabalho diretos e indiretos sejam criados para a unidade.
A Amaggi ainda vai investir outros R$ 100 milhões na aquisição de equipamentos agrícolas, entre colheitadeiras, tratores e pulverizadores.
Ferramenta vai facilitar confecção e validação do CAR

Uma parceria entre o Governo do Estado e o Instituto Ação Verde vai possibilitar o lançamento de uma plataforma automatizada para a confecção do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de forma facilitada.
O objetivo é auxiliar quem elabora o pedido com uma plataforma compatível com as exigências atuais para a confecção do CAR. O Ação Verde vai custear a plataforma e disponibilizar o acesso à pela internet.
“O projeto vai proporcionar a segurança jurídica e avanços na política ambiental de Mato Grosso. Quero agradecer e parabenizar a todos os envolvidos, é um benefício que estamos trazendo para toda a sociedade e para o setor produtivo”, avalia o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho.
Para o presidente do Instituto Ação Verde, Adilson Valera, o projeto está sendo desenvolvido há alguns anos, e o fruto deste trabalho vai auxiliar o setor produtivo a investir na sustentabilidade.
“O ponto forte é você poder visualizar e corrigir os problemas e vai demonstrar tanto para o técnico, para o agricultor, e para os interessados o que ele tem que fazer. Esse cadastro validado é muito importante para alcançarmos mais mercado daqui pra frente”, explica.
SISTEMA AUTOMATIZADO
A plataforma oferece subsídios técnicos como uma base de dados geográficos, além do sistema automatizado que permite que o CAR já saia com uma análise prévia.
Entre as principais vantagens do sistema, o funcionamento em nuvem, na internet; ferramentas de desenho; interage com a base de dados geográficos; o trabalho é feito em etapas, dentro das regras que regem o CAR; o sistema autoanalisa cada etapa e aponta erros.
O CAR é um registro público e obrigatório para todos os imóveis rurais, que possibilita além do controle e monitoramento da atividade produtiva, benefícios aos proprietários que estiverem regulares como financiamento e crédito facilitado e acesso ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).
Consórcio Via Brasil arremata a BR-163 em leilão sem disputa

O sistema rodoviário BR-163/230/MT/PA, considerado o mais importante para o agronegócio brasileiro, foi arrematado em leilão, na tarde desta quinta (8), pelo Consórcio Via Brasil, que foi o único a apresentar proposta pela concessão da via.
O trecho de 1.009 km liga Sinop a Itaituba e aos portos do Pará. Ele forma um dos principais corredores para escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste e da região Norte, além da ligação a terminais portuários do Arco Norte (Rio Tapajós).
O leilão foi realizado na sede da Bolsa de Valores (B3) em São Paulo. Pelas regras do edital, venceria a disputa a empresa ou consórcio que oferecesse o menor valor de pedágio. O Via Brasil propôs a tarifa de R$ 0,07867/km e, como não tinha nenhum concorrente, venceu o certame.
O Consórcio Via Brasil é formado pelas empresas Conasa infraestrutura SA, Zeta Infraestrutura SA, Construtora Rocha Cavalcante LTDA, Engenharia de Materiais LTDA e M4 Investimentos e Participações LTDA.
O projeto de concessão prevê a instalação de três praças de pedágios: Itaúba, Guarantã do Norte e Trairão/PA. A previsão do Governo Federal é de investimentos é da ordem de R$ 1,87 bilhão.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a expectativa é que as principais melhorias sejam feitas pela empresa vencedora até o 5º ano da concessão. O prazo da concessão será de 10 anos, prorrogáveis por mais dois anos.
Logo após o anúncio do vencedor do leilão, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, comemorou o resultado. “Estamos transformando a logística do Brasil, estamos interiorizando a logística do Brasil, tornando nosso produtor mais competitivo. E esse é um movimento que não vai parar”, disse.
MELHORIAS
Com a concessão, haverá implantação de faixas adicionais, vias marginais e acostamentos, além de acessos definitivos aos terminais portuários de Miritituba, Santarenzinho e Itapacurá, agilizando o transbordo da carga na Hidrovia do Tapajós.
Também é prevista a construção de dois novos pontos de parada e descanso, destinado aos profissionais do transporte rodoviário, desconto de 5% no pedágio para usuários de dispositivos de pagamento eletrônico (tag) e pagamento de tarifa na praça em Trairão somente para veículos comerciais acima de quatro eixos.
Conab estima colheita de 260,8 milhões de toneladas

A safra 2020/2021 de grãos deverá ter uma colheita de 260,8 milhões de toneladas, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ao divulgar, hoje (9), o 10º levantamento da Safra de Grãos. O número é ligeiramente menor do que a projeção anterior.
De acordo com o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, a diferença de 1,3 milhão de toneladas “se deve ao plantio tardio de milho segunda safra e à falta de chuva”. Plantado fora da janela ideal, o milho acabou ficando mais vulnerável às condições climáticas registradas no período. Segundo Ribeiro, o grão já teve 95% da sua primeira safra colhida.
De acordo com a Conab, o clima adverso em algumas regiões produtoras “influenciou de maneira negativa na produtividade estimada do cereal, e a colheita da segunda safra do grão deve chegar a 66,97 milhões de toneladas, queda de 10,8% se comparada com o período anterior”.
A estimativa de produção total do milho supera 93 milhões de toneladas, com a primeira safra tendo uma colheita de cerca de 24,9 milhões de toneladas. A estimativa para a terceira safra do grão é de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas.
“Com a atualização, a produtividade do milho segunda safra pode chegar a 4,5 toneladas por hectare na atual safra, queda de 17,5% em relação à 2019/2020. Já a área plantada do cereal no período registra aumento de aproximadamente 8,1%, chegando a 14,88 milhões de hectares”, informa a Conab.
O levantamento prevê um acréscimo de 11,1 milhões de toneladas de soja para esta safra. Com a colheita já encerrada, a oleaginosa deverá registrar um novo recorde de 135,9 milhões de toneladas colhidas, “mantendo o Brasil como maior produtor da cultura no mundo”.
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES
A Conab prevê que as exportações de algodão no segundo semestre de 2021 atinjam patamares menores do que no ano passado. “Essa redução se deve à combinação de uma menor produção na atual safra e de um maior consumo das indústrias nacionais.
Nesse cenário, a tendência é de recuperação de 16% nos estoques finais da fibra em relação ao volume divulgado no balanço do mês passado”, informa a companhia.
No caso do milho, a Conab manteve as projeções de importação do grão em 2,3 milhões de toneladas, e de exportação em 29,5 milhões de toneladas. Já para a soja, a Conab estima recorde no volume exportado, finalizando o ano com cerca de 86,69 milhões de toneladas, 4,5% a mais que no ano anterior. No primeiro semestre de 2021 foram exportadas 57,56 milhões de toneladas dessa oleaginosa.
Mato Grosso produz mais de 1/4 dos grãos do país

A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve alcançar o recorde de 258,5 milhões de toneladas em 2021, segundo a estimativa de junho do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada nesta quinta (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre os estados, Mato Grosso lidera com uma participação de 27,4% na produção total do país – ou seja, superior a 1/4 da produção nacional –, seguido pelo Paraná (14,7%), Rio Grande do Sul (14,2%), Goiás (9,2%), Mato Grosso do Sul (8,2%) e Minas Gerais (6,3%).
Pelo terceiro mês consecutivo, há queda na estimativa mensal. Apesar dessa retração em relação à estimativa de maio, a produção deste ano deve ser 1,7% superior à de 2020, que alcançou 254,1 milhões de toneladas.
Segundo o IBGE, houve queda de 1,6% em relação à última estimativa, o que representam 4,2 milhões de toneladas a menos.
Assim como nos dois meses anteriores, a diminuição se deve, principalmente, ao declínio na segunda safra do milho. Em junho, essa safra teve queda de 4,1 milhões de toneladas (5,6%) frente à última previsão.
Gigante do agro adquire distribuidora de insumos em MT

A Syngenta Proteção de Cultivos anunciou, nesta quinta (8), a assinatura do contrato para aquisição da Dipagro, empresa familiar distribuidora de insumos agrícolas em Mato Grosso.
O objetivo da compra é assegurar aos agricultores mais acesso às tecnologias e serviços da empresa, em uma região de importante crescimento da agricultura. A Dipagro tem 4 unidades: Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, São José do Rio Claro e Sinop.
“A Dipagro tem uma sólida história de sucesso construída ao longo dos últimos 14 anos e é reconhecida por sua excelente gestão e ampla base de clientes fiéis”, afirma o diretor regional da Syngenta Proteção de Cultivos na América Latina e no Brasil, Juan Pablo Llobet.
“Temos muito orgulho, e valorizamos imensamente nossa relação com nossos atuais parceiros de distribuição, que nos garantem uma rede forte no Brasil para que o portfólio de produtos e serviços da Syngenta chegue aos produtores rurais. Nosso compromisso com nossos atuais parceiros continua, em apoio ao sucesso dos agricultores brasileiros, que se deparam com desafios cada vez mais complexos no campo. Acreditamos que a Dipagro será uma excelente adição à nossa rede”, Llobet complementa.
A consumação da transação está sujeita à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Os valores envolvidos na negociação não serão divulgados.
Amaggi vai construir fábrica de fertilizantes em Rondônia
A trading brasileira AMAGGI anunciou que vai construir uma nova fábrica misturadora de fertilizantes no complexo do terminal de Portochuelo, em Porto Velho/RO.
Uma das líderes do agronegócio brasileiro, a empresa anunciou recentemente investimento total na ordem de R$ 102 milhões destinado a elevar a capacidade de recebimento, armazenagem, mistura e distribuição de fertilizantes na região Norte.
De acordo com o presidente executivo da AMAGGI, Judiney Carvalho, a nova unidade misturadora de fertilizantes terá capacidade para 200 mil toneladas ao ano e terá obras simultâneas às da construção de um armazém de retaguarda – com capacidade estática para 40 mil toneladas.
Conforme o cronograma da companhia, as estruturas deverão estar prontas em até um ano.
“A AMAGGI atua em Rondônia desde 1997. Em 2014, foi a vez da construção da Estação de Transbordo, em Portochuelo. Desde o início de 2020 estamos realizando investimentos voltados à operação com fertilizantes, com foco em atender à demanda dos produtores agrícolas, em sintonia com a economia da região”, afirmou Carvalho.
O terminal de Portochuelo tem atualmente uma estrutura de descarga de fertilizantes recebidos via balsas pelo Rio Madeira, com logística e armazenagem em terra.
A fábrica misturadora a ser construída no terminal de Portochuelo deverá ser a segunda unidade da AMAGGI desta natureza com potencial para atender aos produtores rurais de Rondônia. A primeira unidade foi a fábrica misturadora de Comodoro, localizada a 100 km de Vilhena.
Dia do Engenheiro Florestal: conheça um pouco da profissão

O Brasil é considerado internacionalmente como uma referência em florestas plantadas, graças aos resultados de produtividade que tem alcançado nos últimos anos. Em 2018, segundo o relatório da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), foram investidos R$ 6,3 bilhões em pesquisa e inovação, em florestas e na indústria.
Estes investimentos possibilitam os resultados de produtividade média na casa de 36 m³/ha por ano para plantios de eucalipto e de 30,1 m³/ha ao ano, em plantios de pinus.
Uma classe profissional relativamente jovem – afinal, a primeira turma de Engenharia Florestal se formou apenas em 1964 – está na linha de frente das empresas que utilizam a madeira como matéria-prima produtiva. E nesta segunda-feira (12) comemora-se o dia do Engenheiro Florestal!
Estes profissionais são responsáveis pelas pesquisas necessárias para a otimização dos plantios, das operações de preparo de solo, colheita, transporte, entre tantas outras.
Mas as atividades possíveis não param por aí. Esses profissionais podem atuar em atividades técnicas ligadas à tecnologia da madeira, manejo florestal, paisagismo urbano, área ambiental e de conservação da natureza.
Muitos engenheiros florestais atuam também em empresas que fornecem ao setor máquinas, equipamentos e insumos, utilizando o conhecimento técnico como base para oferecer aos clientes soluções mais adequadas.
Os jovens que se interessam pelo setor podem procurar por formação diversas instituições de ensino no país. De acordo com a Educabras, Mato Grosso possui 4 cursos de graduação: EDUVALE, IFMT, Unemat e UFMT.
Ferrogrão tirará 1 milhão de toneladas de CO2 da atmosfera, afirma ministro

Uma vez concluída, a Ferrogrão, ferrovia cujo projeto prevê interligar Mato Grosso e Pará, deverá retirar um milhão de toneladas de carbono da atmosfera, segundo cálculo do Governo Federal mencionado pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
O trecho de 1.009 km da BR-163 entre Sinop e Miritituba/PA foi leiloado na última quinta (8), sendo concedida por 10 anos – prazo que o governo acredita ser necessário para inaugurar a estrada de ferro.
“Como não acreditar numa ferrovia que vai atender um estado que, em 2030, vai estar produzindo 120 milhões de toneladas de grãos ou até mais? Fruto do aumento da produtividade e da área plantada e isso sem derrubar nenhuma árvore”, disse Tarcísio.
O projeto teve sua elaboração suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por prever a supressão de 862 hectares do Parque Nacional do Jamanxim/PA. A desafetação foi feita por Medida Provisória, o que foi considerado inconstitucional pela Suprema Corte.
“É uma ferrovia que estamos estruturando com grandes entidades de meio ambiente globais para que tenhamos o estado da arte em termos de sustentabilidade, uma ferrovia passível de obter o selo verde e esse processo está em curso”, completou o ministro.
Mato Grosso puxa o ritmo da colheita da safrinha de milho

A colheita do milho safrinha em Mato Grosso avançou 13,04 pontos porcentuais na última semana e atingiu 35,53% da área plantada no Estado, de acordo com boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Os trabalhos seguem atrasados em relação a igual período do ano passado, quando haviam sido realizados em 61,13% da área, e à média dos últimos cinco anos, de 53,3%.
A retirada do cereal do campo está mais adiantada no médio-norte, onde a colheita foi feita em 47,16% das lavouras, e menos avançada no centro-sul do Estado, com 16,53% da área colhida.
CENTRO-SUL
Apesar de as temperaturas mais baixas em algumas regiões ainda terem dificultado a perda de umidade dos grãos, a ausência de chuvas contribuiu para agilizar os trabalhos.
Quem segue puxando o ritmo é Mato Grosso, mas a movimentação das máquinas também começou a se intensificar em Goiás, São Paulo e Minas Gerais. No Paraná e em Mato Grosso do Sul, há registro pontual de colheita, mas as áreas prontas ainda são poucas e os produtores seguem concentrados na avaliação das perdas causadas pelas geadas da virada de junho para julho e na possibilidade de chuvas na segunda quinzena de julho, que tendem a agravar problemas de qualidade.
Quadrilha que desviava grãos movimentou R$ 6 milhões em MT

A quadrilha presa na última semana durante a Operação Safra por roubos e furtos de cargas de grãos em Mato Grosso, movimentou cerca de R$ 6 milhões com o esquema, conforme investigação da Polícia Civil.
Oito investigados, entre eles os líderes da organização criminosa e donos da transportadora envolvida nos roubos e furtos, foram presos. Os crimes ocorreram em Mato Grosso, São Paulo e Paraná.
Um homem, 35 anos, e a mulher dele, 37, foram presos em Irati/PR, quando tentavam fugir do interior de São Paulo para a região Sul. As outras prisões foram cumpridas em Ponta Grossa/PR, Avaré, Assis e Garça/SP.
As cargas de grãos, principalmente soja, eram desviadas ou furtadas de fazendas produtoras ou armazéns graneleiros, onde os criminosos agiam utilizando notas fiscais frias para a retirada dos produtos.
Depois que revendiam as cargas, ainda dentro de Mato Grosso, saíam do estado com o dinheiro obtido no esquema, agindo como ‘piratas’, conforme apurou a investigação que reuniu ocorrências registradas em 40 boletins comunicados à Polícia Civil de Mato Grosso.
Policiais civis das Delegacias de Paranatinga e de Primavera do Leste, da GCCO, Gerência de Operações Especiais e Polinter também 11 mandados de buscas.
ESQUEMA CRIMINOSO
As investigações iniciaram na Delegacia de Paranatinga, que apurou os furtos de duas cargas de soja ocorridos em março. A partir de outras ocorrências registradas em Sorriso e de Ipiranga do Norte, a GCCO identificou o esquema criminoso envolvendo uma empresa de transportes sediada em Assis e utilizada para a prática dos crimes.
Durante anos, o proprietário e demais integrantes da quadrilha desviaram toneladas de grãos em Mato Grosso, conforme constam em mais de 40 boletins de ocorrência registrados pelas empresas proprietárias das cargas.
Somente em Paranatinga, a quadrilha causou um prejuízo de R$ 300 mil com as duas cargas de soja furtadas. Em Ipiranga do Norte, os criminosos desviaram quatro cargas completas de soja avaliadas em aproximadamente R$ 600 mil.
Do atoleiro ao leilão: BR-163 terá R$ 2 bilhões de investimentos

De uma rodovia intrafegável ao trabalho de recuperação e pavimentação pelo Governo Federal, passaram-se dois anos. Agora, completou-se o ciclo de desenvolvimento da BR-163/230/MT/PA, entre Sinop e Miritituba/PA, com o leilão de concessão à iniciativa privada, com investimentos previstos em torno de R$ 2 bilhões e criação de 29 mil empregos ao longo dos próximos 10 anos.
A BR-163 é, atualmente, o principal corredor logístico para o escoamento de grãos produzidos em Mato Grosso, com 1.009,52 km de extensão entre as duas cidades citadas acima.
As principais melhorias devem ocorrer até o quinto ano da concessão, incluindo a implantação de faixas adicionais, vias marginais e acostamentos, e, principalmente, acessos definitivos aos terminais portuários de Miritituba, Santarenzinho e Itapacurá, agilizando o transbordo da carga na Hidrovia do Tapajós.
“A BR-163 é uma das estradas mais importantes do Brasil pelo poder que ela tem de transformar a logística e por ser a grande rota para o escoamento dos grãos produzidos no Centro-Oeste em direção ao Arco Norte”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
PAVIMENTAÇÃO
Em dois anos, a rodovia passou do status de intrafegável, onde caminhoneiros perdiam cerca de 10 dias para escoar os grãos pelos portos da região Norte, para mais um importante empreendimento de infraestrutura de transportes repassado à iniciativa privada.
A pavimentação completa concluída pelo Governo Federal, em 2020, foi suficiente para facilitar a vida do caminhoneiro, reduzir o custo do frete e tornar as commodities produzidas no Brasil mais atraentes no mercado exterior.
No ano passado, os portos do Arco Norte tiveram um crescimento de cerca de 20% na exportação de grãos, igualando o porto de Santos. A diferença: o custo para o produtor. O escoamento apresentou uma economia de quase US$ 20 por tonelada transportada – valor que pode ser ainda menor com a Ferrogrão.
Receptador é preso em operação contra associação criminosa e furto de gado

Uma operação com o objetivo de desarticular uma associação criminosa envolvida com furtos e receptação de gado foi deflagrada pela Polícia Civil no último sábado (10) na região Sul do estado.
A “Operação Vida de Gado”, deflagrada com base em investigações da Delegacia de Dom Aquino, deu cumprimento a uma ordem de busca e apreensão domiciliar, resultando na prisão em flagrante do receptador e na recuperação de oito cabeças de gado furtadas.
As investigações iniciaram após uma série de furtos em Dom Aquino e região (seis casos nos últimos três meses), sendo identificada durante os trabalhos a atuação de uma associação criminosa envolvida em crimes de furtos qualificados e receptação de gado.
Com base nos levantamentos, foi representado pelo mandado de busca e apreensão em uma propriedade em que as cabeças de gado subtraídas estariam sendo ocultadas.
O mandado foi cumprido em uma propriedade rural no município de Guiratinga, onde não foram localizadas rezes de origem ilícita. Em continuidade aos trabalhos na região, os policiais encontraram sete novilhas com a marcação de uma propriedade de Dom Aquino vítima de furto de gado.
Questionado, o dono da propriedade disse que emprestou o curral para que o vizinho guardasse o gado por um dia. Em continuidade as diligências, os policiais foram até a propriedade vizinha, onde encontraram mais uma cabeça de gado com a marca da fazenda furtada.
Diante das evidências, o suspeito foi conduzido à Delegacia de Dom Aquino, onde após ser interrogado pelo delegado Ricardo Oliveira Franco, foi autuado em flagrante por receptação e associação criminosa, tendo o delegado representado pela conversão da prisão em flagrante em preventiva.
“O suspeito confessou que comprou o gado, mesmo sabendo da origem ilícita, além de ser constatado que ele também estava negociando e ocultando as rezes com pessoas de boa-fé, que não sabiam a origem ilícita dos animais”, explicou o delegado.
A ação contou com a participação das equipes das Delegacias de Dom Aquino, Guiratinga, Itiguira, Juscimeira e Jaciara com apoio da Regional de Rondonópolis.
MT vai criar linha de crédito especial para ajudar cooperativas indígenas

O governador Mauro Mendes anunciou que irá criar uma linha de crédito específica para auxiliar as cooperativas indígenas de Mato Grosso. O anúncio foi feito nesta terça (13) após reunião com representantes do povo Paresi e da Cooperativa Agropecuária do Povo Indígena Haliti-Paresi (Cooparesi).
Mauro relatou que os povos Paresi são exemplos de produção sustentável, pois há muitos anos decidiram produzir, mas sempre mantendo 98% de suas terras intactas, além de continuarem a preservação da cultura e tradições.
“O Governo do Estado sabe desse grande e excelente exemplo que eles são, enquanto povos indígenas, que estão trabalhando, construindo sua sustentabilidade, e sua alimentação a partir do seu trabalho, de forma diferenciada. Os povos Paresi são exemplos para Mato Grosso, para o Brasil e para o mundo. Hoje eles apresentaram projetos para ampliar essa produção, com indústria de etanol de batata, criar um centro tecnológico para desenvolver novas atividades e ampliar o conhecimento para outros povos indígenas que queiram conhecer esse grande exemplo de trabalho e produção dos Paresi”, afirmou.
De acordo com o governador, o Estado vai criar alternativas para que os Paresi possam desenvolver ainda mais sua produção e compartilhar essa iniciativa com outras comunidades indígenas.
“Nós vamos apoiar, ajudar, e trabalhar para que eles possam ter um fundo de financiamento, para que possam acessar algumas linhas de crédito e romper essa barreira, que hoje ainda cria muita dificuldade”, garantiu.
O diretor financeiro da Cooparesi, Genilson Kezomae, da aldeia Wazare, destacou que os projetos apresentados na reunião são de médio e longo prazo, e visam “a liberdade, a autonomia, a geração de renda e mostrar que os povos indígenas podem contribuir muito para o Estado de Mato Grosso”.
“Estamos aqui para somar forças para tornar esse sonho concreto. Vai ser um processo único e histórico. Sabemos que o senhor [governador] tem uma visão holística, ampliada, e agradeço por estar nos recebendo, assim como a primeira-dama, que sempre nos apoia muito”, declarou.
FICO começa a sair do papel em Mara Rosa

Técnicos da Vale e da Cavan continuam fazendo visitas periódicas em Mara Rosa/GO, de onde partirão os trilhos da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO) rumo a Água Boa.
A Cavan é a empresa que fabricará dormentes para a FICO. A indústria vai se instalar nesta cidade goiana. A conexão da FICO com a Ferrovia Norte Sul será em Mara Rosa.
O secretário de administração de Mara Rosa, Lázaro Moreira Júnior, está otimista com toda a movimentação. Para ele, as obras da FICO movimentarão a economia local e regional. A Vale já reservou uma área de 6 hectares às margens da estrada que liga Mara Rosa com Alto Horizonte.
FICO
A ferrovia, projetada há mais de 10 anos, terá o projeto executado pela mineradora Vale. Serão investidos cerca de R$ 2,73 bilhões na FICO. As obras vão de Goiás a Mato Grosso.
O projeto das obras terá início na cidade de Mara Rosa, Goiás, onde os trilhos se conectarão à já operacional malha ferroviária Norte-Sul. A partir daí, a Fico fará um percurso de 383 km em direção ao Mato Grosso até chegar a Água Boa.
A mineradora Vale será a responsável pela execução das obras da ferrovia ligando Mato Grosso a Goiás. A empresa fechou contrato com o governo federal no final do ano passado e espera investir R$ 2,73 bilhões na FICO. A estimativa é de que a obra esteja concluída em 5 anos quando o trem deverá apitar em Água Boa.
Simulador calcula viabilidade para construção de armazéns

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) lançou o simulador de viabilidade econômica para construção de armazéns em pequenas e médias propriedades, além do site www.armazemparatodos.com.br, que dará o suporte com informações voltadas para o produtor rural.
O simulador desenvolvido pela Aprosoja-MT atesta que produtores rurais que possuem qualquer tamanho de área têm viabilidade para a construção de armazém, com estrutura proporcional ao que produz, com retorno do investimento em até 5 anos.
Armazéns pertencentes aos produtores podem ser vistos como um fator estratégico para a venda, pois permite que a comercialização seja realizada em momento oportuno e de melhores preços.
Além de ser garantia para safras em que o tempo interfere na colheita dos grãos, permite, ainda, a segurança alimentar e a soberania do Brasil, que tem estoques mantidos em casos de crises.
A desigualdade em relação a produção e a capacidade de armazenagem é o grande gargalo do setor produtivo, já que Mato Grosso avançou em produção, tecnologia e manejo do solo.
Nos últimos 10 anos, o estado evoluiu em mais de 43 milhões de toneladas da produção de soja e milho. Em contrapartida, a capacidade de armazenagem aumentou apenas 11,88 milhões, neste mesmo período.
“A disparidade em relação ao que produzimos (cerca de 70 milhões de grãos) e a capacidade de armazém (2.211 unidades) é o grande gargalo do setor produtivo. Não temos silos suficientes para comportar as safras de soja e milho”, esclareceu presidente da Aprosoja, Fernando Cadore.
Com a expectativa de avanço produtivo nos próximos anos, Mato Grosso precisaria ampliar a capacidade estática para 125 milhões de toneladas até 2030, ou seja, teria que apresentar uma taxa de crescimento anual da capacidade de armazenagem na ordem de 22,9%, frente aos 3,7% observados nos últimos anos.
Conforme dados apresentados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), com uma produção de grãos de aproximadamente 70 milhões de toneladas entre soja e milho, o estado conta com capacidade de armazenagem estática de pouco mais de 38 milhões de toneladas, sendo que apenas 30% destas estruturas estão em posse de produtores rurais.
DÉFICIT
Mato Grosso se consolidou como o maior produtor de grãos do Brasil e se fosse um país seria o quarto maior produtor do mundo. No entanto, o Estado também enfrenta os gargalos logísticos do setor e um deles é o déficit de armazenagem, que chega a 32 milhões de toneladas.
Ministro confirma investimento para ferrovias em Lucas
Com o objetivo de melhorar a logística da produção de Mato Grosso, Lucas do Rio Verde caminha para se tornar um grande entroncamento ferroviário.
A notícia ganhou ainda mais destaque após o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, citar o município durante evento realizado em Contagem/MG, sobre a entrega da 500ª locomotiva de corrente alternada (AC44) produzida no Brasil.
O primeiro passo para o entroncamento ferroviário será a extensão da Ferronorte, de Rondonópolis até Lucas. Durante o evento, Tarcísio disse que o assunto é tratado como prioridade no ministério.
“Eu imagino que Lucas do Rio Verde vai ser o grande entroncamento ferroviário do Brasil, de onde vai nascer a Ferrogrão chegando até Miritituba, a Ferronorte passando por Rondonópolis, Aparecida do Taboado, ligando a malha Paulista, e a Fico que vai começar em Lucas do Rio Verde e vai terminar em Ilhéus”, destacou.
Ainda segundo Tarcísio, a extensão da Ferronorte será a primeira autorização do Ministério na modalidade de contrato de adesão para terminais privados.
“É muito gratificante receber essa notícia do ministro, que será concedida autorização para que a Ferronorte chegue até Lucas. Nós já tínhamos uma notícia do próprio ministro que aqui, possivelmente, será um dos maiores entroncamento ferroviário da América Latina, e isso nos motiva ainda mais para preparar o município em receber essa avalanche de investimentos”, destacou o diretor executivo de Governo de LRV, Aluízio Bassani.
A operação na Ferronorte é responsabilidade da Rumo Logística. Representantes da empresa iriam cumprir agenda ainda nesta quarta (14) com o prefeito Miguel Vaz e autoridades do Executivo. Em pauta estará a expansão da malha ferroviária, chegando ao município luverdense.
“Esperamos que essa autorização seja o mais breve possível. Isso faz com que os investimentos aconteçam aqui na região, que é muito importante no cenário nacional com relação à produção de grãos, de carnes, enfim, uma notícia muito importante para todo o Mato Grosso”, destacou Miguel Vaz.
ENTRONCAMENTO FERROVIÁRIO
São três ferrovias que terão o encontro em Lucas do Rio Verde. A primeira delas é a extensão da Ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte), que atualmente liga o Porto de Santos a Rondonópolis. O novo trecho deve seguir até Cuiabá e Lucas do Rio Verde.
A segunda, a Ferrogrão, sairá de Lucas do Rio Verde, passando por Sorriso, Sinop até o Porto de Miritituba, no Rio Tapajós.
Já a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) ligará Água Boa, passando por Lucas do Rio Verde, a Mara Rosa/GO, onde está a Norte-Sul.
Dia do Pecuarista: um dos motores da economia mato-grossense

Nesta quinta-feira (15) comemora-se o Dia Nacional do Pecuarista, um profissional que se preocupa com a alimentação, a sanidade, a genética, a reprodução e o bem-estar animal, além de se dedicar a diversas funções.
Ele é o responsável por fortalecer e movimentar a economia do país, especialmente em Mato Grosso, sendo um dos principais responsáveis pelo desempenho recente do PIB.
O estado é responsável pela maior produção de gado bovino, cuja população de bovinos e bubalinos chega a 31,99 milhões de cabeças, equivalente a 15% do rebanho produzido no território nacional.
Mato Grosso é reconhecido como um estado livre de febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), sendo a região limítrofe com Rondônia que engloba Aripuanã, Colniza, Comodoro, Juína e Rondolândia. O último foco em MT ocorreu em 1996.
O combate à febre aftosa é marcado pela massiva adesão dos produtores rurais e representativas do setor, como a Famato, Acrimat, Acrismat, Sindifrigo, Ovinomat e Fesa.
E estas conquistas devem ser celebradas, diante de todas as dificuldades que o pecuarista tem que enfrentar, tais como: aumento da carga tributária, questões fundiárias pendentes, insumos mais caros, logística defasada e falta de segurança jurídica no campo.
Por estas e tantas outras, ser pecuarista no Brasil é um desafio e um orgulho, pois só este profissional sabe como é ter que driblar estas dificuldades e entregar ao consumidor carne e leite de qualidade.
Duplicação da BR-163 será tema de audiência pública nesta sexta

Parte do escoamento da produção de Mato Grosso passa pelas rodovias brasileiras. Em Mato Grosso, uma das principais rotas é a BR-163, que está com 851,9 km sob concessão do setor privado.
Com o objetivo de encontrar alternativas para a duplicação da rodovia, problema que se arrasta ao longo dos últimos 8 anos, uma audiência pública será realizada nesta sexta-feira (16) e a população poderá acompanhar de maneira online.
Realizado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o evento acontecerá de maneira simultânea em Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sinop e Sorriso.
A audiência pública terá a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes, e do advogado-geral da União, André Mendonça.
A OAB preparou uma cartilha, disponível no site da instituição, orientando a população geral sobre como participar. O evento terá início às 14h, com transmissão ao vivo pelo YouTube da OAB-MT.
REUNIÕES CONSTANTES
No mês passado, a duplicação da BR-163 foi tema de reunião em Sinop, com integrantes do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico Social e Ambiental (Cidesa).
Na ocasião, foi apresentado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que será encaminhado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para conclusão das obras.
Durante o encontro, o representante da Rota do Oeste apresentou o cronograma do processo de cura, que consiste na saída da concessionária que administra a BR-163 e traz uma nova empresa e investidores para a concessão, tudo por meio do TAC.
O termo prevê ainda a retomada das obras, a partir de 2022, de tudo que está atrasado com relação ao contrato firmado pela Rota do Oeste no começo da concessão. Segundo o acordo inicial, até 2019, a empresa deveria ter concluído a duplicação em 336 km da rodovia federal.
Setor está preocupado com oferta de milho após ataque da ‘cigarrinha’

A pressão e os danos causados pelas cigarrinhas nas lavouras de milho em Mato Grosso acendem o ‘sinal de alerta’ no setor da proteína animal. A preocupação é com os impactos que podem ser causados por uma eventual restrição de cultivo e, consequentemente, menor oferta do grão no mercado interno.
Paulo André Zen é produtor integrado de frangos em Nova Mutum. A cada lote entregue, aloja 16,8 mil aves. Juntas, elas consomem cerca de 220 toneladas de ração durante a engorda.
Segundo ele, a valorização do milho causa desequilíbrio no caixa e afirma que uma eventual redução na oferta do grão pode comprometer de vez a renda da atividade.
“Hoje, o milho é 70% da nossa ração, não temos um substituto de imediato. Também temos outros setores que necessitam do milho e estão aqui na região para comprar o grão, então a concorrência vai ser muito grande. A nossa preocupação é que no segundo semestre vai faltar essa ração. Com isso, a gente pode parar a produção, talvez vai diminuir os lotes”, diz Zen.
Os suinocultores da região também estão preocupados com os milharais. A cooperativa Coopermutum agrega um plantel de 5 mil matrizes e um custo anual de 37 mil toneladas de ração. O presidente da cooperativa, Valdomir Ottonelli ressalta que qualquer alteração na oferta traz consequências significativas no orçamento dos criadores.
“Essa praga é nova para nós aqui na região, ainda com um controle indefinido e a seca que foi severa e castigou muito agora. A produção está caindo, estamos em um momento em que a produção de suínos não está tão atrativa e o custo vem subindo, não só pelo milho como também pela soja. Hoje a suinocultura já está no vermelho, se vier uma restrição na oferta, a preocupação aumenta”, diz Ottonelli.
A menor oferta de milho no campo também pode onerar a pecuária do estado. “Qualquer alteração que venha no milho pode gerar dificuldade de margens, porque hoje em dia, elas estão cada vez mais estreitas devido aos preços e à escassez de milho no mercado. Se acontecer alguma alteração brusca dessa produção, pode acarretar mudanças tanto da nutrição do animal quanto na utilização do milho em si na base da alimentação dos animais,” afirma o gerente de relações institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) Nilton Mesquita Júnior.
Para o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, a restrição da oferta de milho por conta do atraque da cigarrinha precisa ser debatido dentro do setor produtivo.
“O que a gente precisa é que a cultura do milho se mantenha viável, senão todos perdem nesta ciranda, o produtor, a indústria e o consumidor. É a sobrevivência do milho que hoje representa tanto quanto a soja no centro de custo de cada propriedade, isso não pode ser negligenciado. Por outro lado, não se pode tomar nenhuma medida precipitada, por isso a ampla discussão envolvendo os produtores e todas as cadeias de produção é que vai levar para uma decisão que convirja para o melhor para todos”, ressalta Cadore.
Exportações de ovos têm alta de 145% no primeiro semestre

As exportações brasileiras de ovos in natura e processados acumularam alta de 145,1% no primeiro semestre de 2021, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). No total, foram exportadas 5,6 mil toneladas neste ano, contra 2,3 mil toneladas no mesmo período do ano passado.
As vendas do semestre geraram US$ 8,024 milhões, número 152,9% superior ao realizado nos seis primeiros meses de 2020, com US$ 3,173 milhões, destaca a ABPA.
Considerando apenas o mês de junho, o volume mensal exportado chegou a 554 toneladas, dado 162,2% maior que as 211 toneladas exportadas no sexto mês de 2020. O resultado em dólares dos embarques alcançou US$ 1,016 milhão, que supera em 172,5% o desempenho do mesmo período do ano passado, com US$ 373 mil.
DESTINO DOS OVOS
Os Emirados Árabes Unidos continuaram como destino principal das exportações de ovos, com 3,947 toneladas exportadas no primeiro semestre (358,4% em relação ao mesmo período de 2020).
Também se destacaram as vendas para o Japão, com 245 toneladas (81,6%) e Omã, com 271 toneladas (sem comparativos relatados, com embarques iniciados recentemente).
“O setor está direcionando seus esforços para as exportações de forma mais significativa neste ano, com o objetivo de reduzir os impactos gerados pelos custos de produção. São destinos com alto valor agregado, que se refletem em melhor desempenho em preço médio e mais rentabilidade, para amenizar as contas diante das altas históricas do milho e do farelo de soja”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Bovinocultura impulsiona estimativa de aumento do VPB da pecuária

O Valor Bruto da Produção (VBP) da pecuária deve crescer mais de 25% este ano em Mato Grosso, chegando a R$ 30,37 bilhões. A projeção é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que a cada três meses atualiza estes números.
Para o Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), o bom desempenho foi puxado principalmente pela bovinocultura, apesar da queda do volume produzido este ano na comparação com o ano passado.
Em números, houve queda de 11,5% no volume produzido – em torno de 2,22 milhões de cabeças –, e as exportações recuaram 6%.
“O VBP calculado mostra o montante recebido pelos produtores pela produção das commodities agrícolas. No caso da pecuária, é estimado um crescimento na ordem de 25%. Na pecuária de corte, o crescimento seria maior, em torno de 29% em relação a 2020”, destaca o diretor de operações do Imac, Bruno de Jesus Andrade.
Segundo ele, isso pode ser explicado devido à valorização da arroba do boi gordo no mercado doméstico em função de dois fatores:
-- redução da oferta de animais para abate
-- demanda aquecida pela carne bovina no mercado externo.
Exportação de couro mato-grossense cresce 55%

O couro mato-grossense é um dos produtos que têm se destacado na pauta de exportações. Em junho, a demanda internacional pelo material usado pela indústria da moda cresceu 55,1%, resultando em aumento de 380% na receita em dólares.
No mês passado, foram embarcadas 489 toneladas do artigo de origem animal movimentando US$ 1,104 milhão.
São valores bem superiores aos verificados em junho de 2020, quando consumidores internacionais adquiriram 315 ton de couro proveniente de Mato Grosso pela quantia total de US$ 230 mil, aponta o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) por meio do sistema Agrostat.
Um dos principais compradores mundiais dessa matéria-prima é a Itália, polo de calçados e vestuário. De acordo com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), além do comércio com o país europeu há oportunidade de fomentar relações de cooperação tecnológica para desenvolvimento desses segmentos industriais no próprio estado.
Atualmente, Mato Grosso detém maior participação na produção nacional de couro, em torno de 15%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e referentes ao 1º trimestre deste ano.
Segundo o analista do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Fiemt, Antônio Lorenzzi houve queda na oferta dessa matéria-prima em 2021, de aproximadamente 23% no estado e 25% no Brasil.
Lorenzzi lembra que em 2016 ocupava a 6ª posição no ranking de exportação nacional de couro, mas retraiu nas vendas devido ao esfriamento do mercado internacional. Grandes importadores, como China e Itália, diminuíram a demanda pelo produto nesse período, entre 40% a 50%.
Municípios que mais desmatam são alvo de operação

O Estado intensificou a fiscalização e o monitoramento de crimes ambientais em Mato Grosso, com foco nos municípios com maiores índices de desmatamento ilegal. Equipes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e das forças de Segurança Pública estão em campo durante mais uma etapa da Operação Amazônia.
Ontem (15), chegou em Colniza o Centro integrado de Comando e Controle Móvel, utilizado em parceria com a Secretaria de Estado de Segurança Pública durante a operação. A viatura tem equipamentos de informática e radiocomunicação capazes de realizar as atividades de comando e controle em áreas remotas
Desde a última segunda (12) já foram detidos cinco suspeitos, um garimpo ilegal foi desarticulado e flagrados dois desmatamentos ilegais, um deles com a construção de uma casa com a madeira apreendida, todos dentro da Unidade de Conservação Reserva Extrativista Guariba Roosevelt, localizada no município de Colniza.
A Sema-MT monitora o território mato-grossense com tecnologia de ponta, e envia as equipes para campo direto aos locais onde é verificado o corte raso de vegetação. O desmatamento ilegal é monitorado com o uso da plataforma de monitoramento com imagens de satélite Planet, um sistema que detecta alterações na vegetação, em tempo real, com alta resolução.
DESMATADORES
Os 10 municípios que mais desmatam são os principais alvos das ações coordenadas pela Operação Amazônia. São eles: Apiacás, Aripuanã, Colniza, Juara, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Peixoto de Azevedo, Querência, Rondolândia e União do Sul.
Mauro e Tarcísio assinam ordem de serviço do Rodoanel

O governador Mauro Mendes e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinam neste sábado (17), às 9h, a ordem de início de serviço para a elaboração de projetos e execução da obra do Contorno Norte de Cuiabá e Várzea Grande, conhecido como Rodoanel.
A ordem de serviço prevê a elaboração dos projetos básico e executivo de engenharia, além de obras de melhoria viária e de artes especiais, em uma extensão de 21,5 km da BR-163/364. Trata-se do primeiro lote de obras do Rodoanel a ser realizado e o investimento será de R$ 204,9 milhões, com recursos oriundos do Estado e União.
Nesse primeiro lote será executada a implantação de 21,5 km do trecho da BR-163/364, em Várzea Grande, até o entroncamento da MT-251, na Rodovia Emanuel Pinheiro, em Cuiabá, além da duplicação da pista em pavimento rígido.
Em razão dessa duplicação, também deverão ser construídos dois viadutos na BR-163/364, dois viadutos na MT-010 e duas pontes sobre o Rio Cuiabá. Também está prevista a construção de uma trincheira na Avenida Antártica e três retornos/passagens em desnível.
O evento de assinatura contará com as presenças do secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira, diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Antônio Leite dos Santos Filho, e o representante do Consórcio MT Sul – SBS Engenharia – Future ATP – Vereda, Márcio Bozetti.
O evento será transmitido pelas redes sociais do Governo e também será aberto espaço para os veículos de imprensa que optarem pela cobertura presencial.
FCO disponibiliza R$ 444 mi em crédito a empresários e produtores

Empresários e produtores rurais de Mato Grosso vão receber mais de R$ 444 milhões em linhas de crédito, do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO).
A aprovação de 123 cartas-consulta pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Codem) irá permitir os investimentos nos setores produtivos.
Ao todo foram contemplados 109 projetos no FCO rural, com investimentos na ordem de R$ 310 milhões, o que irá gerar 1.010 empregos diretos e indiretos no Estado.
Dentre os beneficiados pelo programa estão pequenos produtores, com 13 projetos aprovados, pequenos-médios produtores, com 57 cartas liberadas, médios produtores, com 37 e grandes produtores com duas cartas.
Também foram aprovados 14 projetos para o setor empresarial, totalizando mais de R$ 134 milhões de crédito, que resultarão em 916 empregos diretos e indiretos.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o objetivo do Codem de incentivar a criação de emprego e renda no Estado tem sido cumprido.
“O FCO tem alcançado o seu propósito de oferecer condições financeiras para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso como um todo. O Codem tem agido com lisura, de forma clara, e com isso, conseguimos dar o suporte que empresários e produtores precisam para crescer”, enfatiza Miranda.
Silo com quase R$ 20 milhões em milho estoura em Marcelândia

Um silo que armazenava 250 mil sacas de milho, o correspondente a 15 mil toneladas, rompeu na manhã deste sábado (17), na MT-320, em Marcelândia. Somando o valor do produto ao da estrutura metálica, o rompimento expôs mais de R$ 20 milhões. Não houve feridos no estouro.
Segundo o responsável pela empresa Armazéns Fistarol, onde o galpão metálico estourou, “encheram demais” o silo. Nenhuma pessoa da empresa estava no local no momento do acidente, às 7h22.
Peritos acompanharam o caso. O responsável pelo armazém enfatizou que a maior parte do milho será recuperada. Segundo ele, o prejuízo maior é na estrutura. O valor do galpão é estimado em mais de R$ 2 milhões.
O silo da Fistarol armazena o grão de produtores de Marcelândia e região. Ainda está sendo levantado o valor exato do prejuízo.
Grupo de ativistas quer barrar financiamento da Ferrogrão

Um grupo com cerca de 40 entidades tenta barrar os mecanismos de financiamento da Ferrovia EF-170, a Ferrogrão, que terá 933 km entre Sinop e Miritituba/PA, e que tem o traçado paralelo à BR-163.
As entidades pretendem enviar uma carta aberta a bancos internacionais afirmando que o projeto estimula a grilagem e conflitos fundiários e aumenta pressão para diminuir unidades de conservação. O grupo também acusa o Governo Federal de não procurar rotas alternativas à ferrovia.
As entidades alegam que a ferrovia tem o potencial de desmatar uma área equivalente à cidade de São Paulo e pode afetar comunidades indígenas. O projeto da ferrovia encontra-se parado no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) devido a um trecho da ferrovia que passa dentro do Parque Nacional do Jamanxim, onde há reservas indígenas.
MINISTÉRIO NEGA
O Ministério de Infraestrutura disse que “alegar que a Ferrogrão seria ruim para o meio ambiente é não conhecer que hoje na BR-163 sobem 2 mil caminhões por dia e que em breve vai estar completamente saturada, o que vai obrigar a sua duplicação”.
A pasta disse ainda que a Ferrogrão está sendo estruturada para obter o selo verde junto à Climate Bond Initiative, o que possibilita a obtenção de crédito junto a fundos voltados a projetos sustentáveis.
“O Brasil é o único país no mundo em que precisamos nos esforçar para convencer que uma ferrovia é sustentável”, afirmou o ministro Tarcísio de Freitas.
Empresa ‘Rei da Soja’ investe R$ 753 milhões em 145 mil hectares

A SLC Agrícola, empresa produtora de soja e outras commodities do agronegócio e conhecida como ‘Rei da Soja’, concluiu uma incorporação da Terra Santa, em uma transação avaliada em R$ 753 milhões. A operação já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Com a incorporação de ações, as sociedades informadas que foi confirmado o aumento de capital da SLC, com a emissão de 2.516.454 ações, pelo preço de subscrição total de R $ 138 milhões, correspondente a R$ 54,84 por ação.
Com a negociação, surge uma nova empresa, a Terra Santa Propriedades Agrícolas, voltada ao mercado imobiliário rural.
“Trata-se de um setor ainda pouco explorado no Brasil e bastante promissor”, diz José Humberto Teodoro Júnior, presidente da companhia.
De acordo com as premissas da operação, a Terra Santa irá arrendar por vinte anos suas terras, que somam 145 mil hectares, para a SLC Agrícola. A Terra Santa deverá mapear outras propriedades rurais com potencial de alto retorno financeiro para os investidores. Uma das intenções é atrais pessoas físicas.
“A valorização das terras agrícolas e do próprio agronegócio brasileiro, que deve bater mais um recorde de produtividade este ano em relação aos grãos, tornado o investimento em imóveis rurais bastante interessante”, diz Teodoro.
O ‘REI DA SOJA’
A SLC Agrícola, proprietária de mais de 581 mil hectares de soja, se torna o novo ‘Rei da Soja’ do país.
O posto de maior produtor de soja do país pertencia ao Grupo Bom Futuro, com uma área de 530 mil hectares. A soja, principal cultura cultivada nas unidades da Bom Futuro, com uma média de 280 mil hectares, totalizando uma produção aproximada de 1,3 milhão de toneladas por safra.
Fundada em 1977, a SLC Agrícola é uma das maiores produtoras mundiais de grãos e fibras, focada na produção de algodão, soja e milho. Com matriz em Porto Alegre/RS, a Empresa possui 16 Unidades de Produção estrategicamente localizadas em 6 estados brasileiros que totalizaram 448.568 hectares no ano-safra 2019/20.
As fazendas estão localizadas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Pernambuco e Maranhão.
Brasil vê onda de ‘washouts’ em contratos de milho e exportações ficam ameaçadas

Problemas climáticos na segunda safra de milho brasileira fizeram com que algumas empresas deixassem seus contratos de exportação por meio da cláusula de “washout” para vender no mercado interno.
Isso acarretou o que operadores descreveram como, possivelmente, a maior onda de cancelamentos de embarques do país segundo maior fornecedor global do cereal em cinco anos.
De acordo com traders e corretores de grãos, grande parte do milho que seria destinado à exportação está sendo redirecionada para o mercado doméstico, já que os prêmios estão atraentes devido à quebra de safra, após registros de secas e geadas, e a demanda segue aquecida pela indústria de carnes para ração animal.
“Realmente vai ser muito difícil executar (contratos de) milho”, disse um operador de uma grande companhia norte-americana. “Quebrou toda a safra… As tradings estão fazendo ‘washout’ quando possível”, destacou um corretor – não identificado.
Em um contrato de venda antecipada de grãos, uma das partes pode deixar a negociação pagando um valor de liquidação à contraparte, em mecanismo conhecido como “washout”.
Um segundo operador do mercado de grãos, de outra grande empresa dos Estados Unidos, disse que o programa de exportações da companhia foi reduzido por temores de escassez de oferta, acrescentando que a onda de “washouts” é comparável à de 2016, quando uma forte seca também afetou a safra de milho brasileira.
Alguns dos negócios de exportação do cereal que agora estão sendo desfeitos haviam sido fechados entre 40 e 45 reais por saca de 60 kg, afirmou um corretor. Porém, compradores domésticos estão dispostos a pagar de 90 a 95 reais por saca, justificando a onda de “washouts”.
COMPRA E VENDA
Na ponta compradora, os frigoríficos têm sido ávidos nas aquisições do produto redirecionado, segundo corretores.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, afirmou à Reuters que as exportações de milho do Brasil foram mais baixas em junho, já sinalizando o movimento de washout.
“Claro que em julho (o Brasil) ainda vai exportar bem menos (milho) que no ano passado”, disse ele, tamanha a demanda do mercado interno pelo cereal.
Do outro lado, o presidente institucional da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Cesário Ramalho, afirmou que entre os agricultores o cenário está repleto de incertezas, tanto em relação ao volume que conseguirão colher quanto aos preços que o cereal ainda pode atingir, o que dificulta as vendas aos traders.
Plantio e produção de soja do Brasil devem avançar para recordes em 2021/22, diz Safras

Os produtores brasileiros de soja deverão semear 39,82 milhões de hectares na próxima temporada, que será plantada a partir de setembro, alta de 2,3% ante o ciclo anterior, configurando a maior área da história, estimou a consultoria Safras & Mercado em seu primeiro levantamento de intenções de plantio para 2021/22.
Com uma possível elevação de produtividade, de 3.542 kg para 3.590 kg por hectare, a produção nacional deve atingir 142,24 milhões de toneladas, 3,7% maior que o recorde de 137,19 milhões obtido neste ano.
“As fortes rentabilidades registradas ao longo de 2020 e 2021, aliadas à manutenção de preços elevados no segundo semestre deste ano, serão os principais fatores de incentivo para um novo crescimento da área brasileira de soja”, disse em nota o analista da consultoria Luiz Fernando Roque.
Ele acredita que a oleaginosa ganhará terreno frente à abertura de novas áreas e recuperação/utilização de pastagens degradadas, mas o avanço no plantio é um pouco menor em relação a ciclos anteriores porque o milho também tem registrado boas margens e deve se expandir na safra de verão.
“O maior aumento percentual de área deverá novamente ficar com a região Norte, onde a fronteira agrícola encontra mais espaço para crescimento. Entre os principais estados produtores, destaque para o Mato Grosso, que mesmo com a maior área semeada no país, deverá registrar um novo aumento considerável”.
Segundo a Safras, o avanço de área estimado para Mato Grosso é de 3,5%, para 10,82 milhões de hectares. Ao todo, o Centro-Oeste deve responder por 18,18 milhões de hectares plantados, alta de 3,2%. Na região Norte o aumento projetado é de 4,1%, para 2,43 milhões de hectares.
MILHO E ALGODÃO
A área de plantio de milho na safra de verão 2021/22 deverá crescer 1,2%, ocupando 4,404 milhões de hectares no centro-sul, estimou a consultoria.
De acordo com o analista da Safras & Mercado Paulo Molinari, deve haver um crescimento na produtividade média do cereal de verão, que passaria de 4.973 kg por hectare para 5.828 kg por hectare.
"Com isso, a produção da primeira safra 2021/22 do centro-sul do cereal poderia atingir 25,667 milhões de toneladas. Na safra 2020/21, a colheita de verão ficou em 21,645 milhões de toneladas", disse o levantamento.
Em uma perspectiva preliminar, a consultoria indica uma área a ser plantada na segunda safra 2021/22 inalterada, ocupando 14,4 milhões de hectares.
Após fortes quebras causadas por problemas climáticos na temporada atual, a consultoria vê potencial para recuperação na produtividade, o que faria com a produção da "safrinha" 2021/22 chegasse a 84,85 milhões de toneladas, contra 56,75 milhões de toneladas projetadas para 2020/21.
Já a área total de milho deverá ocupar 21,19 milhões de hectares na próxima temporada, com ligeiro avanço de 0,4%.
Ainda de acordo com a consultoria, a área semeada com algodão deverá ser de 1,307 milhão de hectares em 2021/22, recuo 5,5%.
O que esperar da suinocultura para os próximos anos?

Às vezes, com certa nitidez, revivemos os períodos mais nostálgicos da nossa infância ou nossos momentos mais recentes, as conquistas pessoais ou coletivas.
E se buscarmos em nossas memórias os principais fatos do ano anterior, lembraremos do período de crise que derrubou os preços do suíno brasileiro e culminou em prejuízos avassaladores para o setor.
Reviver o passado, especialmente os momentos mais turbulentos, pode ser uma tarefa exaustiva, mas é essencial para o crescimento do todo. Já diria a milenar filosofia chinesa, “se queres prever o futuro, estuda o passado”.
Pois, antes de respondermos à pergunta que nos propusemos nesta edição da revista, precisamos retornar um pouco aos anos anteriores para extrair lições valiosas deste mercado totalmente globalizado, lembrando, por exemplo, do recente episódio vivido com a Rússia, que no final de 2017 suspendeu as importações da carne brasileira e corroborou para a desvalorização do produto.
Algum tempo depois, os ventos mudaram. No início deste ano, foi possível projetar a China alavancando o setor, devido a Peste Suína Africana (PSA) que se espalha pelo continente asiático, dizima planteis e eleva a demanda chinesa pela carne brasileira.
Ainda que a suinocultura brasileira tenha motivos para celebrar no presente, é preciso agir com cautela para garantir um futuro promissor. Lembrar do passado recente e evitar que o mercado externo seja o principal fator a ditar os rumos da suinocultura brasileira pode ser um passo importante.
“Temos que ver o que está acontecendo lá fora, nos Estados Unidos e especialmente na Europa”, sugeriu o médico veterinário, Iuri Machado. O profissional aposta que o mercado interno será o grande futuro da suinocultura nacional.
“Nos países da União Europeia, a carne bovina se tornou carne de luxo, enquanto a suína e de frango se tornaram as mais consumidas”, exemplificou. O que acontece nestes países, segundo ele, é que a criação bovina no campo aberto perdeu espaço para as lavouras de soja e milho, devido à valorização dos commodities de grãos.
Este recuo da área de pastagem e do rebanho bovino resultou no aumento do confinamento de gado, mas a prática é menos eficiente para bovinos quando comparada aos suínos e frangos. O confinamento fez reduzir a produção e, aliado a isso, aumentar os custos de produção. Como resultado, a carne bovina ficou mais cara.
Custo para manter a pecuária de corte sobe 150%

A alta no custo da criação de gado tem preocupado os produtores que criam os animais para abate, em Mato Grosso. Além dos impostos, houve aumento no preço da ração e dificuldades para atender a todas as exigências das instituições de controle sanitário.
De janeiro a junho, o estado exportou 168.668 mil toneladas de carne. MT detém o maior rebanho bovino do país e é o segundo estado que mais exporta.
O pecuarista Aldo Telles cria cerca de 2,7 mil cabeças de bovinos e búfalos em uma propriedade rural em Santo Antônio de Leverger e, ao todo, é responsável por mais de 20 mil animais em outras propriedades no estado.
"Para você ter uma ideia, até o dia 5 de julho, nós pagamos R$ 285 mil em impostos para o governo. Nós usamos tudo o que é possível, tudo que é necessário, exigido nas leis do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso) nós aplicamos. Aplicamos todas as vacinas necessárias para que a gente tenha um rebanho eficiente e possa estar em condições de exportação e também com o meio ambiente e com o bem estar animal", afirmou.
Além da questão sanitária e dos impostos que precisam estar em dia, de um ano e meio para cá, os criadores têm sofrido com o aumento do preço das rações.
Na fazenda de Aldo Telles, por exemplo, o custo para manter a atividade aumentou em torno de 150%, enquanto o preço de venda da arroba do animal subiu cerca de 80%, ou seja, o lucro diminuiu.
"Você tem que ter muito mais eficiência para não sair do mercado. Se você for uma pessoa que não tem tecnologia (emenda) hoje não tem como uma pessoa começar um trabalho de confinamento e semiconfinamento porque o custo da arroba ficaria mais caro do que a arroba que nós estamos produzindo", explicou o pecuarista.
Neste mês o Indea emitiu uma nota que preocupou os criadores: 17 bovinos contrabandeados da Bolívia foram flagrados em um veículo, sendo transportados em território brasileiro, próximo à fronteira.
Os animais foram sacrificados por falta de certificação em saúde animal e do protocolo de comércio internacional.
Hoje para comprar um bezerro para engorda, o criador de Mato Grosso pode gastar em torno de R$ 3,6 mil. Pelo animal vindo de fora do país de forma ilegal, o valor seria de pouco mais de R$ 2,2 mil. Há 25 anos Mato Grosso é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde Animal como livre de febre aftosa com vacinação.
São cerca de 740 km de fronteira seca entre Mato Grosso e Bolívia, o que dificulta a fiscalização. A Associação dos Criadores e o Indea pretendem marcar uma reunião com autoridades bolivianas na fronteira para traçar estratégias de fiscalização.
A fiscalização da linha de fronteira é feita pelas equipes de barreiras volantes e vigilância veterinárias. Veículos são abordados nessa linha de fronteira. É verificada a documentação sanitária, além da inspeção de animais nas propriedades, aonde realizam o embarque e desembarque de bovinos.
Caixa anuncia abertura de 100 agências exclusivas para o agro

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta terça (20) a abertura de 268 unidades em todo o país até o fim do ano. Desse total, 168 unidades serão de varejo (voltada para todos os clientes) e 100 serão dedicadas exclusivamente ao agronegócio.
As unidades voltadas ao agro serão abertas em todos os estados – incluindo Mato Grosso. A primeira agência especializada foi inaugurada no início deste mês em Dourados/MS.
Das 168 unidades de varejo, 70 serão abertas no Nordeste (24 no Maranhão, 17 no Ceará, 11 em Pernambuco, 8 na Paraíba, 4 na Bahia, 2 no Piauí, 2 no Rio Grande do Norte, 1 em Sergipe e 1 em Alagoas). No Norte, são 50 novas unidades (28 no Pará, 14 no Amazonas, 4 em Rondônia e 2 no Amapá).
No Sudeste, serão inauguradas 30 unidades (13 em São Paulo, 7 em Minas Gerais, 7 no Rio de Janeiro e 3 no Espírito Santo). No Centro-Oeste, a Caixa abrirá 14 unidades (7 em Mato Grosso, 5 no Mato Grosso do Sul e 1 em Goiás).
O Sul receberá quatro unidades de varejo (2 em Santa Catarina, 1 no Paraná e 1 no Rio Grande do Sul). Não foram discriminadas as cidades.
Mato Grosso registra recorde no volume em esmagamento de soja

Em junho foi esmagado o maior volume da série histórica do instituto: 991,68 mil toneladas de soja, valor 8,77% superior ao processado na mesma época em 2020 e 2,38% acima do volume visto no mês anterior.
Apesar do recorde, o acumulado deste ano segue 1,60% inferior ao observado de janeiro a junho de 2020.
De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), esse cenário de valorização nas cotações do farelo e do óleo de soja, em reflexo às previsões meteorológicas nos EUA – que indicam baixos volumes de chuvas e temperaturas elevadas – e às influências do mercado externo levaram a um acréscimo de 17,54% na margem bruta de esmagamento.
Além disso, a desvalorização do preço disponível da soja em grão - que em junho ficou cotada na média de R$ 146,30/sc, valor 9,68% inferior a maio, quando atingiu a média de R$ 161,98/sc – impulsionou uma melhor margem para o setor, o que incentivou as agroindústrias do estado a processarem mais volumes do grão em junho.
Ferrovia estadual irá gerar mais de 235 mil empregos

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, confirmou que durante o período de obra da ferrovia estadual, mais de 235 mil empregos diretos e indiretos serão gerados em Mato Grosso durante os sete anos que devem durar a construção da Ferronorte, entre Rondonópolis e Cuiabá, e da capital até Lucas do Rio Verde.
“Serão mais de 235 mil empregos em sete anos que são fundamentais para o estado. O investimento é de R$ 12 bilhões, isso que o setor privado fará para construção e controle da ferrovia. Geração de emprego nos terminais também geram empregos qualificados e isso é muito bom”, comentou o secretário.
Serão 700 km de extensão a serem construídos pela empresa que sair vencedora do edital. Foi definido o modelo privado de exploração, pois nesse formato o Estado faz a chamada pública e as empresas se habilitam a participar de seleção para fazer os investimentos, por sua conta e risco. A empresa vencedora deve aplicar cerca de R$ 12 bilhões no modal.
“É mais uma medida que vai levar Mato Grosso para o lugar de destaque que nós queremos. Vai ser um marco não só para o agronegócio, mas para as indústrias e o comércio, para a geração de empregos, e para a competitividade da economia de Mato Grosso como um todo”, destacou.
“Esse modal é muito importante para a saída dos grãos, mas também conecta a indústria e o comércio de Mato Grosso com o mercado nacional. A indústria de alimentos, de etanol, vai passar por essa ferrovia, por exemplo. É essa ferrovia que nos liga aos grandes centros industriais”, ressaltou o governador Mauro Mendes.
A OBRA
Com o anúncio, as empresas interessadas terão 45 dias para apresentar propostas. O investimento estimado é de R$ 12 bilhões e a vencedora terá prazo de 45 anos para operar.
O objetivo do modal é integrar o Estado com o sistema federal de ferrovias e com os demais estados; integrar os modais logísticos de Mato Grosso; reduzir o custo para transporte da produção, com mais competitividade; ampliar a circulação de produtos e ampliar alternativas para o transporte da produção.
A obra será iniciada em até seis meses após a emissão da licença ambiental de instalação. A previsão é que o Terminal de Cuiabá seja concluído até o 2º semestre de 2025 e o de Lucas do Rio Verde até o 2º semestre de 2028.
Valor de exportações aumenta 26% no 1º semestre

O valor arrecadado por Mato Grosso com exportações aumentou 26% entre janeiro e junho em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico.
No primeiro semestre de 2021, o estado exportou US$ 12,6 bilhões, o que equivale a R$ 65,9 bilhões na cotação atual. O saldo da balança comercial do estado é de US$ 11,6 bilhões – R$ 61,1 bilhões – neste período.
De acordo com o levantamento, MT se manteve em 5º no ranking dos maiores estados exportadores. As exportações feitas pelo estado representam 9,3% do total das exportações brasileiras em 2021.
No total acumulado de 2021, o principal produto exportado foi a soja. As vendas externas do produto alcançaram cerca de R$ 42 bilhões. Com isso, a soja representou 64,8% das exportações do estado.
O segundo produto mais exportado foi o algodão, cuja receita externa somou R$ 17,2 bilhões, correspondendo a 11% das exportações estaduais entre janeiro a junho de 2021. O terceiro produto mais exportado foram as tortas e outros resíduos, seguida da carne bovina e do milho.
Exportações de milho e soja movimentaram R$ 44 bilhões

As exportações de soja e milho feitas por Mato Grosso movimentaram R$ 44 bilhões entre janeiro e junho deste ano. Os dois grãos estão na lista dos produtos mais exportados pelo estado.
O coordenador da Comissão de Política Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Tiago Stefanello, acredita que a cada ano esses números vão ser melhorados devido à amplitude das áreas e o mercado ser essencialmente exportador.
“Apesar da quebra que teremos na produção de milho, acreditamos que esses números continuarão sendo positivos por causa da alta produção anual do estado. O produtor faz a parte dele contribuindo com a balança comercial”, disse.
O principal produto exportado neste semestre foi a soja. Conforme dados da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), as vendas externas do produto alcançaram cerca de R$ 42 bilhões. Com isso, a soja representou 64,8% das exportações do estado.
Foram quase 19 milhões de toneladas vendidas ao mercado externo, 1% a menos que no mesmo período do ano passado. Mesmo assim, os valores de venda aumentaram consideravelmente.
O valor médio da tonelada de soja saiu por R$ 438,61, enquanto no ano passado, foi de R$ 340,41. Aumento de quase 30%.
A situação com o mercado do milho é bem parecida com a da soja. A exportação rendeu mais de R$ 2 bilhões ao estado. O valor é cerca de 45% a mais que no primeiro semestre de 2020. O valor médio da tonelada do grão subiu de R$ 217 para R$ 367.
As exportações de milho também cresceram. Foram quase dois milhões de toneladas entre janeiro e junho deste ano, quase 23% a mais que no mesmo período do ano passado.
Atualmente, segundo Stefanello, a principal dificuldade dos produtores é com o armazenamento. Com isso, a Aprosoja lançou o programa 'Armazém para todos' para que os pequenos e médios produtores continuem produzindo sem grandes prejuízos.
Primavera do Leste sedia Abertura Nacional da Colheita do Milho 2021

Primavera do Leste recebeu ontem (22) a Abertura Nacional da Colheita do Milho 2021. E a cidade não foi escolhida aleatoriamente.
A 240 km de Cuiabá, está localizada Primavera do Leste. Com cerca de 80 mil habitantes, a cidade apresenta o sétimo maior PIB do estado. “Esse pilar social vem da produção agrícola. Quanto mais produção, mais indústria vem, mais emprego é gerado”, diz o prefeito Leonardo Bortolin.
Com um cenário dominado por planaltos, planícies e chapadas, Mato Grosso reúne algumas das mais belas paisagens da América do Sul. O nome do estado é devido às grandes extensões originais de mato alto, espesso e quase impenetrável de uma região que foi percorrida pela primeira vez, segundo os registros mais antigos, pela família Paes de Barros em 1734.
Para mostrar os desafios e conquistas da produção de milho em Mato Grosso e no Brasil, assim como tentar entender o futuro do mercado de grãos, Primavera do Leste recebe a quinta edição do Projeto Mais Milho, celebrando a abertura oficial da colheita do cereal.
MILHO
Atualmente, Mato Grosso é o maior produtor de milho do Brasil. A média produtiva ali é de 35 milhões de toneladas, representando quase 30% da safra nacional.
No entanto, por conta de atraso no plantio, estiagem e ataque de pragas, o volume neste ano terá uma redução.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado deve colher 32 milhões de toneladas na safra 2020/21, o que representa uma queda de 9,72% em relação à temporada anterior.
“Foi um ano difícil, com chuvas irregulares, mas, mesmo assim, tivemos um grande aumento da nossa área plantada e vamos conseguir manter a nossa produtividade e aumentar a nossa colheita”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda Lima.
Em Primavera do Leste, a projeção é de quebra de 30% na segunda safra de milho, o que deve afetar o mercado interno.
FERROVIA
Para contribuir com o escoamento do cereal, a Prefeitura, em parceria com uma empresa privada, estuda implantar uma ferrovia com 600 km de extensão. A linha ligaria Rondonópolis a Nova Mutum, cruzando Primavera do Leste. As obras devem começar no ano que vem.
“Em 10 anos, Mato Grosso vai dobrar sua produção de milho. E, daqui a pouco, nós não vamos ter silo suficiente para armazenagem, caminhão que dê condição de escoar tudo isso e, se tiver, não vamos ter condição de estradas rodoviárias. Por todos esses motivos, a condição da malha ferroviária tem que acontecer”, destaca Bortolin.
Suplementação luminosa melhora desempenho das lavouras

Em busca pela melhora constante da eficiência no campo, a Associação dos Produtores de Feijão, Trigo e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT) tem promovido reuniões e palestras técnicas com os produtores para discutir novas ferramentas e tecnologias desenvolvidas para o setor.
Uma delas é baseada no uso de luz artificial para alavancar a produtividade.
A tecnologia foi desenvolvida por um grupo de produtores de Minas Gerais que levou para o campo aberto uma técnica já conhecida na produção em estufas: a suplementação luminosa.
Em síntese, a proposta é instalar painéis de led em pivôs de irrigação, ajudando a elevar a eficiência na fotossíntese e o desempenho da lavoura.
A pesquisa começou há 7 anos e, há dois, tiveram início os experimentos no campo. Além de Minas Gerais, atualmente há polos de pesquisa no Rio Grande do Sul e na Bahia.
Os resultados chamam a atenção. Em média, há incremento de 50% na produtividade de áreas de soja e milho.
Setor produtivo defende construção da Ferrogrão

Com o olhar voltado para um programa de sustentabilidade na agropecuária de Mato Grosso também “da porteira para fora”, o Fórum Agro MT, por seu presidente, Itamar Canossa, tem feito pronunciamentos em apoio à construção da EF-170, a Ferrogrão, ferrovia que ligará Sinop a Miritituba/PA.
“A ferrovia tem sido vista pelos produtores como uma importante rota para o escoamento da safra da região Norte de nosso estado. As defesas veementes da ferrovia se dão em virtude de recente movimento de políticos e ativistas internacionais que se opõem à construção, alegando perdas ambientais no Parque Nacional do Jamanxim, no Estado do Pará. Os defensores da ferrovia informam que o parque tem área de 859.797,04 hectares e que a área a ser desafetada para a construção é de 860 hectares, equivalente a cerca de 0,1% do parque”, destacou Canossa.
Além do ínfimo impacto na área do parque, Canossa chama a atenção aos ganhos ao meio ambiente. Segundo ele, após a conclusão será reduzido drasticamente o fluxo de caminhões pela BR 163, o que implicará diretamente na redução tanto da emissão CO2 quanto de acidentes na rodovia.
“Também é preciso dizer que o traçado da ferrovia acompanha o da BR-163, o que vai promover uma mínima remoção da vegetação. A ferrovia é ecologicamente sustentável”, afirmou.
Canossa também destaca que será uma via de mão dupla, na ida para o porto escoará nossa produção e, no retorno, poderá trazer fertilizantes e combustíveis com um custo mais baixo para o consumidor.
Ainda há a se destacar a geração de empregos e renda que a construção dos quase mil km de ferrovia trará para Mato Grosso, com investimento estimado em R$ 21,5 bilhões.
“Estudos realizados pela Sinfra apontam que a implantação da ferrovia impactará diretamente na economia de 27 municípios de Mato Grosso, gerando empregos e movimentando a economia local. Nós, do setor produtivo, somos favoráveis e entusiastas à construção tanto da Ferrogrão como da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e, também, da Ferronorte”, completa Canossa.
O Fórum Agro MT é composto pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) e Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato).
Dia do Suinocultor: exportações crescem em meio ao aumento do custo de produção

Dia 24 de julho é o Dia do Suinocultor, instituído por meio de Projeto de Lei (PL) 3519/2008 e comemorado desde 2014. E há o que comemorar.
Considerada uma das atividades mais complexas do agronegócio, tem por missão produzir carne de qualidade, dentro das normas de sanidade e respeito aos animais.
E a suinocultura brasileira ganhou o mundo. O Brasil é o quarto maior produtor e exportador, responsável por 8% de todas as exportações mundiais e embarques para mais de 70 países.
O IBGE estima que o país tenha 4,8 milhões de matrizes de suínos e um rebanho de 41,4 milhões.
Neste ano, a inclusão da suinocultura no Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder) reduziu em 50% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para operações de saída do suíno vivo para abate em outros estados.
De acordo com a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), isso representou a diferença entre o prejuízo e o lucro para os suinocultores de Mato Grosso.
O incentivo reduz de 12% para 6% a alíquota do ICMS dos suínos vivos enviados para abate em outro estado.
Ativistas internacionais querem “enterrar” a Ferrogrão

Uma declaração do economista norte-americano David Adler, do movimento Internacional Progressista, sobre a EF-170, a ‘Ferrogrão’, mostra a petulância de certa esquerda internacional.
Como se sabe, a entidade enviará uma comissão para o Brasil para protestar contra a construção da ferrovia, que vai ligar Sinop aos portos do Pará, passando no meio da Amazônia. Adler não faz rodeios sobre o que pretendem os ativistas na missão, dando a entender que podem interferir nas decisões do país.
“Vamos com uma ambição clara: queremos derrotar esse projeto. Se houver atenção e escrutínio internacionais, podemos enterrar a Ferrogrão”, diz Adler.
Não pode uma meia dúzia de estrangeiros, que nada sabem da realidade brasileira, querer decidir o que o país pode ou não pode construir. Essa é uma decisão exclusiva do Brasil.
Aumento na exportação contribui para geração de empregos em MT

O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF-MT) verificou que para cada 1% de aumento na exportação do estado de Mato Grosso, aumenta também o número de empregos gerados.
O perfil de exportação no estado contempla, em sua maioria, o setor da agricultura, com produtos destinados ao mercado chinês.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), são 52 empregos qualificados e 1.236 não qualificados a mais para cada ponto percentual de aumento nas exportações oriundas do estado.
O diretor de pesquisa do IPF-MT, Maurício Munhoz, explica que a cadeia de produção alavanca diversos outros setores.
“O avanço das exportações mostra que a economia está em expansão, o que contribui, em especial, para a geração de emprego para o próprio setor, além de outros”.
Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, o processo de industrialização no estado precisa avançar, já que outros estados que diversificam seus produtos, destinados à exportação, geram mais empregos.
“Mato Grosso, além de ser o celeiro do mundo, tem potencial industrial enorme. O processo de industrialização irá gerar valor aos produtos comercializados e, consequentemente, aumento na geração de empregos”, disse.
Ainda de acordo com o Ipea, os estados da região Sudeste do país, que diversificam suas produções com máquinas e equipamentos, alimentação e bebidas, minerais, metalurgia, madeira e papel, e tem países como os Estados Unidos e da União Europeia como destinos, conseguem gerar mais empregos, tanto de mão de obra qualificada quanto não qualificada.
Colheita de milho safrinha vai a 72,8% da área, mas mantém atraso

A colheita de milho segunda safra em Mato Grosso atingiu na última sexta (23) 72,79% da área cultivada, avanço de 20,85 pontos percentuais em relação à semana anterior, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Ainda assim, os trabalhos mantêm atraso tanto na comparação com mesmo período da safra anterior, cujos 86,68% haviam sido colhidos, quanto frente à média histórica de cinco anos para este momento, de 80,70%.
A colheita de algodão no Estado, por sua vez, avançou 5,04 pontos ao longo da última semana, atingindo 17,13% da área, de acordo com o Imea.
Também há atraso na comparação tanto com igual período de 2020 (26,6%) quanto com a média histórica (20,41%). Mato Grosso é o maior produtor de grãos e oleaginosas do Brasil.
Clima favorece colheita do milho e algodão

A região Centro-Oeste, responsável pela maior produção de grãos do país, sentiu os efeitos da falta de chuvas na primeira quinzena deste mês, sobretudo para o milho segunda safra. Houve restrição hídrica para as lavouras ainda em enchimento de grãos, semeadas fora da janela ideal.
No entanto, o tempo seco favoreceu a maturação e a colheita do milho e do algodão. A análise é do Boletim de Monitoramento Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), elaborado com base nas condições observadas nas primeiras semanas deste mês.
As chuvas apresentaram maiores acumulados na região Norte e no litoral da região Nordeste do país. Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, a ausência de chuvas foi favorável para as operações de colheita da segunda safra, como o milho e o algodão.
ALGODÃO
Tanto as lavouras de primeira como as de segunda safras seguem em plena colheita em Mato Grosso. Observa-se que as lavouras mais tardias, de segunda safra, no sul do estado apresentam menores produtividades, em razão do déficit hídrico em fases críticas do ciclo.
Atualmente, além da evolução nas operações de colheita, percebe-se a constante realização de manejos para o controle de pragas como mosca branca, lagartas, bicudo e pulgões.
MILHO SAFRINHA
Cerca de 56% da área semeada foi colhida. Há previsão de início das operações de sega nas lavouras mais tardias, plantadas fora da janela ideal, tendo expectativa de impacto no rendimento médio, em razão dos baixos níveis pluviométricos registrados a partir de abril de 2021.
Indea ganha reforço de entidades em ações de defesa sanitária na fronteira

O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) ganhou reforço de mais de 10 parceiros, que vão atuar de forma integrada na fronteira com a Bolívia. O objetivo é alcançar maior efetividade das ações de defesa sanitária na região.
O grupo composto por representantes do Indea-MT, Exército Brasileiro, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Polícia Federal, Polícia Militar, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), prefeituras municipais, Receita Federal, câmara municipal e sindicatos rurais da região irá elaborar uma agenda de compromissos para desenvolver as atividades de maneira coordenada.
Dentre os procedimentos previstos estão a fiscalização do trânsito, apreensão/eliminação de animais contrabandeados, vigilância veterinária, comunicação/cooperação entre instituições, harmonização dos serviços veterinários Brasil/Bolívia e regularização das movimentações.
Todas as entidades estão cientes dos requisitos relativos ao trânsito de bovinos, importação/exportação e os riscos que o contrabando ou descaminho pode ocasionar, desde a introdução de pragas e doenças, até a perda de certificação sanitária e mercados importadores.
Além da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia estender-se por 780 km, e desse total, 480 km estarem em áreas de proteção como rios, serras e outras barreiras naturais.
Há uma alta densidade de criações de bovinos em ambos os países. Atualmente, a população de bovinos e bubalinos em Mato Grosso chega a 31.989.823 cabeças.
O estado detém o maior Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) do país, segundo o Ministério da Agricultura: R$ 190 bilhões em julho/2021, correspondente a 17,3% do total produzido no Brasil.
Estado dá início à colheita de algodão safrinha

Em Mato Grosso, quase todo o algodão safra já foi colhido e as primeiras áreas do algodão “safrinha” começaram a ser colhidas nesta última semana.
Assim, até a última sexta (23), de acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), 17,13% das áreas com a cultura no Estado foram finalizadas, avanço de 5,04 p.p. no comparativo semanal.
No entanto, os trabalhos nas lavouras estão 9,46 p.p atrasados em relação à safra passada e 3,28 p.p. ante a média dos últimos cinco anos, pautados pela semeadura mais tardia nesta temporada. Na safra passada, na mesma época, 26,6% das lavouras estavam colhidas e na média das últimas cinco safras o percentual estava em 20,41%.
Entre as regiões, a mais adiantada continua sendo a Nordeste (81,69%), e a mais atrasada, a Centro-Sul (9,99%). Em relação ao rendimento das áreas colhidas na semana, a produtividade apresentou redução no comparativo semanal, no qual na média do estado fechou em torno de 290 @/ha de algodão em caroço.
Dia do Agricultor: uma data que merece ser comemorada

O Dia do Agricultor é celebrado neste dia 28 de julho, data criada em razão de ter sido, em 1960, a fundação do Ministério da Agricultura, no mandato de Juscelino Kubitschek.
O agricultor possui uma ampla relevância na economia brasileira e também para a população mundial, pois é a sua atividade que propicia a maior parte da produção de alimentos, sobretudo aqueles que estão na mesa de todos os trabalhadores, tais como arroz e feijão.
Por esse motivo, a homenagem aos agricultores, além de justa, é necessária, pois faz referência a um dos mais relevantes serviços prestados para a sociedade.
Sabe-se que a agricultura pertence ao setor primário da economia e, como tal, encarrega-se – ao lado dos setores extrativistas – de produzir, além dos alimentos, as matérias-primas que são empregadas na fabricação de mercadorias.
Além disso, a agricultura vem ganhando um maior peso na produção de energia em virtude do cultivo de vegetais utilizados na biomassa, com destaque para os biocombustíveis.
Pode-se dizer que a profissão (ou o exercício do agricultor) é uma das mais antigas da história da humanidade, haja vista que a agricultura se constituiu no período Neolítico há mais ou menos 10 mil anos.
Com isso, foi permitida a sedentarização do ser humano, ou seja, o fim da prática nômade, o que alicerçou as primeiras bases para a formação das civilizações e sociedades.
Com o tempo, em razão dos avanços das técnicas, a agricultura e, consequentemente, o trabalho do agricultor foram se transformando gradualmente.
As principais transformações são historicamente recentes, com destaque para o processo de mecanização e modernização no campo que foi responsável pelo aumento da produtividade dos bens agropecuários.
Embora existam críticas a esse processo – principalmente ao emprego estrutural gerado no meio rural –, essa modernização foi muito importante para ampliar a geração de alimentos e matérias-primas.
Em resumo, a importância da agricultura se dá em diferentes aspectos:
a) produção de alimentos para toda a sociedade;
b) geração de matérias-primas para a posterior industrialização;
c) geração de empregos, embora esses sejam mais diminutos atualmente;
d) desenvolvimento da economia, com a geração de riquezas e aumento das exportações.
Ministro deve vir a Sinop em apoio à construção da Ferrogrão

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, estará em Sinop na semana que vem participando de movimento em apoio a construção da EF-170, a Ferrogrão, ferrovia que interligará da Capital do Nortão ao porto de Miritituba/PA, às margens do Rio Tapajós.
A data ainda será anunciada/confirmada. O ato será no Centro de Eventos Dante de Oliveira. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato Rural, Ilson José Redivo, que é um dos organizadores.
Também serão convidados o governador Mauro Mendes, prefeitos da região, além de todos os presidentes de entidades representativas de classe.
Redivo comentou que, como se trata de uma região que vive da agricultura, que sustenta o estado, a Ferrogrão vai contribuir muito com o desenvolvimento. “Uma nova ferrovia tem função de balizadora dos fretes para escoamento da produção de Sinop e o Brasil”, apontou.
Lideranças buscam intensificar a conscientização da importância da ferrovia para Mato Grosso e Pará e combater argumentos de ativistas internacionais que começaram a se manifestar contrários a Ferrogrão.
O corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte contará com 933 km de extensão e, segundo o ministério, nasce com “Selo Verde” por conta da sua preocupação ambiental.
Numa segunda etapa ligará mais 150 km até Lucas do Rio Verde. A iniciativa privada vai aportar parte dos recursos para construção da ferrovia.
Sorriso, um dos maiores produtores de soja e milho no Brasil, está formando comissão pró-logística com representantes do Executivo, Legislativo e diversas entidades para que os trilhos das ferrovias cheguem passem pelo município ou que seja instalado o mais rápido possível nas cidades vizinhas, gerando redução no custo logístico para o agro.
Carne bovina provoca queda na oferta interna de outras carnes na pandemia

O confronto dos dados de produção levantados pelo IBGE com aqueles relativos às exportações divulgados pela SECEX/ME leva à conclusão de que, nos últimos 12 meses, a oferta interna aparente das três carnes sofreu redução próxima de 1%.
A comparação parte do princípio de que toda carne exportada passa, necessariamente, por inspeção federal. Portanto, seus volumes estão inclusos nos números do IBGE, cujos levantamentos referem-se, exclusivamente, às carnes submetidas a inspeção, sobretudo federal, mas também estadual ou municipal. Daí, também, a oferta interna ser considerada aparente, pois o levantamento do IBGE não abrange o que é produzido e ofertado sem inspeção.
Nesta avaliação, os dados de exportação adotados foram aqueles originalmente divulgados pela SECEX/ME e que podem ter sido corrigidos após a primeira divulgação.
Tal ocorrência, entretanto, não deve alterar de forma significativa os resultados apresentados abaixo (disponibilidade interna aparente) e que correspondem ao saldo entre produção e exportação.
Nos 12 meses decorridos entre abril de 2019 e março de 2020 (que também pode ser considerado período pré-pandêmico, pois embora reconhecida em março de 2020, a pandemia começou a afetar o mercado brasileiro só a partir do mês seguinte), a oferta interna das três carnes somou quase 18 milhões de toneladas, a carne de frango representando (cerca de) 49% do total, a bovina, 33% e a suína, 18%.
Já no período pandêmico (abril de 2020 a março de 2021) a disponibilidade interna recuou para 19,6 milhões de toneladas, com a participação da carne de frango subindo para quase 51% do total, a suína para perto de 19%. a bovina caindo para menos de 31%.
O total disponível, pois, sofreu queda de 0,76%, para ela contribuindo, exclusivamente, a carne bovina. E como sua produção recuou 5,4% enquanto, opostamente, suas exportações aumentaram quase 10%, a disponibilidade interna do produto recuou cerca de 9%.
A produção de carne suína, por sua vez, aumentou cerca de 8,5%, enquanto suas exportações se expandiram a uma taxa superior a 36%. Mesmo assim (e porque o volume exportado representou apenas 20% de sua produção), a disponibilidade interna do produto cresceu perto de 3%.
Porém, a melhor resposta foi dada pela carne de frango. Pois ainda que sua produção tenha aumentado apenas 2,2%, o fato de suas exportações terem se mantido em relativa estabilidade (aumento pouco superior a meio por cento) garantiu um aumento na disponibilidade interna próximo de 3,5%.
Estimada para o período uma população média em torno dos 212 milhões de habitantes, a oferta per capita das três carnes girou em torno dos 47,2 kg para a carne de frango, 28,2 kg para a carne bovina e 17,1 kg para a carne suína. O total disponibilizado (92,5 kg per capita) recuou em torno de 700 gramas em relação ao ofertado no período pré-pandêmico.
Soja convencional se torna cada vez mais um nicho seleto de mercado

A safra 2021/22 em Mato Grosso inicia na segunda quinzena de setembro. De acordo com o Instituto Soja Livre, a área de soja convencional deve ser de 356,7 mil hectares, ou seja, 3,3% da área total que será cultivada no estado, de mais de 10,4 milhões de hectares.
A soja convencional vem se tornando cada vez mais uma aposta em um nicho de mercado. “O mercado consumidor europeu e também a China – nosso maior cliente, começam a demandar muita soja convencional. É um nicho que se deve se fortalecer para os agricultores brasileiros”, explica o presidente do Instituto Soja Livre, Endrigo Dalcin.
Para o empresário e presidente eleito do Instituto Soja Livre, César Borges, estes mercados podem ser ainda mais desbravados. “O mercado asiático tem sido atendido por outros países e podemos conquistar fortemente. Ainda há alguns detalhes de especificações que estão sendo discutidos pelo Ministério da Agricultura, mas há espaço. China e Japão são os principais, pois tem muito poder aquisitivo e o hábito de consumo humano de não-transgênicos”, afirma.
O mercado internacional está em alta e busca por variedades não geneticamente modificada, especialmente os países europeus. Para Borges, ainda há trabalhos a realizar no continente, especialmente levar aos consumidores e varejistas como é feita a agricultura no Brasil.
“É um trabalho de falar que existe produção agrícola e industrial aqui, como ela é feita há mais de 20 anos, explicar como fazemos e quais as nossas necessidades”, acredita.
A preocupação de Dalcin é com a possível falta de sementes para os produtores rurais que decidirem plantar convencional na próxima safra. “É um ciclo que ainda se repete: os agricultores decidem diminuir área porque não há contrato a longo prazo para a compra da soja convencional, as empresas produtoras de sementes não têm tanto volume para comercializar, a oferta de produto cai e o mercado demanda mais, com consequente alta nos preços e prêmios. Precisamos alinhar o processo com todos os elos da cadeia”, afirma.
A área de plantio de soja transgênica vem crescendo desde que os plantios comerciais iniciaram no Brasil em 2004. Mas em 2012, com a entrada no mercado da tecnologia RR2, é que houve um salto – 82% da área total já era utilizada para plantio de variedades transgênicas.
De lá para cá, consequentemente, houve queda na área de soja convencional – de 33,2% da área na safra 2011/12 para os 3,3% esperados na próxima safra. Os países consumidores, entretanto, exigem cada vez mais a soja que não seja geneticamente modificada.
Maçã e gergelim brasileiros avançam no mercado indiano

A Índia se tornou o maior destino para a maçã brasileira em 2021, e o gergelim, que teve o mercado aberto no ano passado, já tem no país sul asiático o principal importador.
A Índia apresentou um expressivo aumento das importações de maçã embarcadas, principalmente, dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No período de janeiro a junho, as exportações para aquele país oriental foram de US$ 19,03 milhões, quase quatro vezes mais que o exportado no mesmo período de 2020 (US$ 4,9 milhões). Este valor representa 27% das vendas nacionais da fruta. Um total de 23,4 mil toneladas de maçã foram exportadas para a Índia de janeiro a junho.
“O potencial de aumento das importações do agro brasileiro pela Índia é expressivo. Por isso, é importante incentivar a participação do setor privado em ações de promoção comercial no país asiático”, avalia Jean Marcel Fernandes, diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério da Agricultura.
As importações globais indianas têm crescido havendo ainda espaço para o Brasil aumentar ainda mais suas vendas para a Índia nos próximos anos. A população da índia chega perto de 1,3 bilhão de habitantes, de acordo com a estatística do Banco Mundial (2019).
GERGELIM
O Brasil obteve a autorização para exportar gergelim para a Índia em janeiro do ano passado, sendo que os primeiros carregamentos começaram a chegar no segundo semestre, tendo finalizado o ano com cerca de US$ 17 milhões de exportação do produto, mostrando o alto potencial desse mercado para o Brasil.
Em 2021, as exportações já somam até junho cerca de US$ 4 milhões, mas as vendas se concentram no segundo semestre, após a colheita da safrinha.
O gergelim é cultivado, principalmente, no Mato Grosso, onde se tornou uma importante opção para a safrinha após a colheita da soja. Canarana é o maior produtor nacional de gergelim.
A Índia é um grande produtor e exportador de gergelim, no entanto, importa o produto para processamento durante a entressafra.
Custos da pecuária sobem 5,7% no 2° trimestre, aponta Imea

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo operacional de todos os sistemas da pecuária no estado tive acréscimos no primeiro e segundo trimestres.
O aumento dos custos foi de 5,7% entre abril e junho na comparação com janeiro a março.
“Houve aumento no preço dos grãos, do milho e da soja – antigamente, isso ficava restrito ao confinamento, mas agora não. Agora a gente sabe que boa parte dos bovinos já come grãos em boa parte da vida. São produtos como sal proteinado, produtos energéticos que utilizam esses grãos, que tiveram um aumento considerável. Então, isso tudo reflete no nosso custo de produção”, analisa o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi.
O mercado aquecido do milho e da soja, principais ingredientes na composição da ração animal, ainda preocupa o setor.
“O produtor tem que fazer, mais uma vez, as suas contas; 70% do mercado é mercado interno; as exportações, mesmo que continuem altas, já existe uma desaceleração por parte da Argentina. Então, tudo isso tem que ser levado em conta na hora de se confinar ou não e na hora de fazer a conta sobre onde se deve investir e onde deve ser mais conservador”, observa Manzi.
“O pecuarista tem que estar atento ao custo de produção mais alto e não pode apostar em grandes diferenças em termos de venda. Ele tem que aportar suas contas para que ele possa contar com uma margem menor”, conclui.
Frete de milho para estados variados é tema de leilão

Nesta sexta-feira (30), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza operação para contratação de serviço de frete de milho.
O objetivo é remover cerca de 9,3 mil toneladas do produto e garantir o abastecimento aos pequenos criadores cadastrados no Programa de Vendas em Balcão (ProVB).
O milho a ser removido está armazenado nas unidades localizadas em Gaúcha do Norte, Sorriso e Vera.
O destino são os seguintes estados: Rio Grande do Norte (Umarizal, Currais Novos e Natal), Paraíba (João Pessoa), Rio Grande do Sul (Erechim e Marau), Santa Catarina (Campos Novos), Ceará (Russas), Bahia (Itaberaba), além do Distrito Federal (Brasília).
As empresas interessadas em participar do pregão precisam comprovar que sua atividade econômica principal é compatível com o serviço a ser realizado.
Elas também devem estar incluídas no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf), no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais da Conab (Sican), entre outras exigências especificadas no edital.
Uma data dedicada aos cerealistas

É praticamente impossível fazer uma refeição sem cereais. E, mesmo que você não coma pão no café da manhã nem arroz no almoço, ainda tem a cervejinha do fim de semana, fabricada com cevada.
Cereais são plantas cultivadas por seus frutos comestíveis e, em sua maior parte, gramíneas ― a palavra vem de Ceres, a deusa romana do grão.
Desde a Idade da Pedra, eles fazem parte do nosso cardápio, por causa da facilidade de armazenamento.
Comercializados no mundo inteiro em quantidades muito maiores do que qualquer outro produto, os cereais fornecem boa parte das calorias que a gente precisa para sobreviver.
Em alguns países em desenvolvimento, eles constituem praticamente toda a dieta da população.
Nos desenvolvidos, o consumo cai, mas continua substancial. E os nutricionistas não cansam de enfatizar importância da ingestão diária de grãos na forma integral ou semirrefinada.
Você pode não conhecer nenhum cerealista para abraçar no dia 1º de agosto, mas agora sabe a importância da data.
SURGIMENTO DA DATA
Inicialmente, a data surgiu pela lei nº 5.011 de 14 de abril de 1986, no estado de São Paulo. Esta é a data de fundação do Centro do Comércio de São Paulo, atual BCSP (Bolsa de Cereais de São Paulo), que foi constituído 63 anos antes.
Antes do surgimento da BCSP, as negociações de todos os produtos que ingressavam por via férrea na capital paulista, eram feitas na Estação do Pari, em reuniões ao ar livre e ao sabor do tempo.
Os alimentos também ficavam ao relento, expostos as mais diversas variações climáticas. Diante desse quadro, um grupo de comerciantes teve a ideia de fundar um centro que pudesse receber o comércio de cereais de São Paulo e as operações desse negócio.
MT recebe expedição Confina Brasil, que visita propriedades de pecuária intensiva

A partir desta segunda-feira (2), Mato Grosso – que possui um plantel de cerca de 33 milhões bovinos de corte – receberá 12 etapas da expedição Confina Brasil, para coletar e analisar 19 propriedades de pecuária intensiva.
Serão coletadas informações de manejo, gestão, índices zootécnicos, infraestrutura, nutrição e sanidade, entre outros fatores de produção, que contribuirão para o mapeamento de 40% do gado confinado país. A ação é realizada pela Scot Consultoria.
O Confina Brasil se propõe a conhecer de perto o movimento fantástico das fazendas mato-grossenses e de outros 10 estados, parte importante no processo de tecnificação da pecuária e do aumento da oferta de carne bovina para atender à crescente demanda por carne de alta qualidade.
A expedição visitará 120 propriedades entre junho e setembro, coletando dados de confinamentos e semiconfinamentos, além de atualizar, de forma remota, as informações das propriedades que participaram em 2020.
Assim, o Confina Brasil 2021 mapeará propriedades responsáveis pela terminação de mais de 2 milhões de bovinos confinados em 14 estados brasileiros.
A equipe é formada por engenheiros agrônomos, médicos veterinários e zootecnistas da equipe da Scot Consultoria, todos especialistas em pecuária e preparados para coletar os dados e interpretá-los com o olhar na evolução constante da atividade.
“A pecuária intensiva é a expressão da evolução da atividade, tanto em produção como em produtividade. Um diferencial da expedição é divulgar a realidade da lida no campo e conhecer histórias de pessoas que lideram esse processo”, destaca o time da Scot Consultoria.
Nesse sentido, o Confina Brasil 2021 dá atenção especial à gestão, tecnologia, sucessão familiar e sustentabilidade.
Confira o cronograma do Confina Brasil:
2 e 3 de agosto: Sapezal
3 de agosto: Nova Mutum
4 de agosto: Lucas do Rio Verde e Tapurah
5 de agosto: Sorriso e Juara
5 e 6 de agosto: Sinop
9 de agosto: Guarantã do Norte, Nova Canaã do Norte e Colíder
9 e 10 de agosto: Matupá
10 de agosto: Nova Guarita
Parceria vai reforçar vigilância na fronteira

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) ganhou reforço de mais de 10 parceiros, que vão atuar de forma integrada na fronteira com a Bolívia. O objetivo é alcançar maior efetividade das ações de defesa sanitária na região.
O grupo composto por representantes do Indea-MT, Exército Brasileiro, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Polícia Federal, Polícia Militar, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), Prefeituras, Câmaras de Vereadores, sindicatos rurais e Receita Federal irá elaborar uma agenda de compromissos para desenvolver as atividades de maneira coordenada.
Dentre os procedimentos previstos estão a fiscalização do trânsito, apreensão/eliminação de animais contrabandeados, vigilância veterinária, comunicação/cooperação entre instituições, harmonização dos serviços veterinários Brasil/Bolívia e regularização das movimentações.
Todas as entidades estão cientes dos requisitos relativos ao trânsito de bovinos, importação/exportação e os riscos que o contrabando ou descaminho pode ocasionar, desde a introdução de pragas e doenças, até a perda de certificação sanitária e mercados importadores.
Além da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia estender-se por 780 km, e desse total, 480 km serem desprovidos de proteção como rios, serras e outras barreiras naturais. Há uma alta densidade de criações de bovinos em ambos os países.
Atualmente, a população de bovinos e bubalinos em Mato Grosso chega a 31.989.823 cabeças. O estado detém o maior Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) do país, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), R$ 190 bilhões (julho/2021), correspondente a 17,3% do total produzido no Brasil.
Máquinas e equipamentos puxam indicador econômico

O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta segunda-feira (2), registrou avanço de 1,6% em maio frente a abril deste ano. Na comparação com o mesmo período de 2020, o indicador registrou uma expansão de 0,5%.
A FBCF mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital, ou seja, aqueles bens que servem para produzir outros bens. O avanço de maio representa uma recuperação de apenas uma parte da queda de 17,4% registrada no mês anterior.
Em abril, os investimentos foram afetados pela forte queda nas importações, explicada por uma base de comparação elevada em março, quando foram contabilizadas muitas operações envolvendo importações fictas de plataformas de petróleo associadas ao Repetro.
Na análise do trimestre móvel terminado em maio, o indicador continuou apresentando queda em relação ao trimestre móvel anterior (terminado em fevereiro), da ordem de 19,2%. Contudo, em relação ao mesmo trimestre de 2020, o indicador de FBCF mostrou alta de 20%.
A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil, outros ativos fixos. Sua evolução representa aumento da capacidade produtiva da economia e reposição da depreciação do estoque de capital fixo. No resultado acumulado em 12 meses encerrado em maio, os investimentos apresentaram expansão de 7,2% contra 6,9% registrado em abril.
O consumo aparente de máquinas e equipamentos apresentou alta de 15% em maio, encerrando o trimestre móvel com queda de 32,9%. Enquanto a produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno apresentou crescimento de 4,8% no mês, a importação cresceu 82,9% no mesmo período.
Esse comportamento volátil nos últimos meses tem sido explicado, em grande medida, pelo efeito das chamadas importações fictas. No acumulado em doze meses, a demanda interna por máquinas e equipamentos registrou aumento de 12,5%.
China suspende compra de carne da unidade da BRF

A unidade da BRF localizada em Lucas do Rio Verde, uma das maiores produtoras de carne da companhia, foi suspensa pela China, segundo informação no site da Administração Geral de Alfândegas do país (GACC) confirmada pela companhia. A empresa não detalhou se o embargo foi imposto à proteína suína ou de frango.
“A BRF informa que teve ciência por meio do site do GACC a respeito da suspensão [...] a companhia tomará as medidas cabíveis e trabalhará na reversão da situação com as autoridades chinesas e brasileiras”, disse a empresa em nota.
A empresa ressaltou, no entanto, que ainda não foi notificada oficialmente sobre a medida pela China. “A BRF reforça que possui confiança em seus rigorosos processos de segurança de alimentos e de qualidade e reafirma seu compromisso em continuar aprimorando os controles internos para garantir os mais elevados padrões de qualidade e segurança”.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse em nota que apoiará sua associada BRF na apresentação das elucidações para restabelecimento da habilitação da unidade de Lucas do Rio Verde para a China. “A ABPA confia que a situação será rapidamente esclarecida, restabelecendo as exportações da unidade para o mercado chinês”, informou no comunicado.
De acordo com a entidade, as carnes de aves e suínos do Brasil são enviadas para mais de 150 nações nos cinco continentes do mundo, o que confirma a segurança dos produtos. A China é a principal compradora de carne suína do Brasil.
Relação de troca entre boi gordo e o milho apresenta recuo

Em julho, a relação de troca entre o boi gordo e o milho apresentou recuo ante o mês passado no Mato Grosso.
O resultado registrado foi de 4,23 sc/@, decréscimo de 2,34% no comparativo com junho. Esse cenário foi pautado pela alta observada no preço do insumo (2,35%), enquanto a arroba do boi gordo recuou 0,04% no mesmo comparativo.
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) isso ocorreu porque a demanda interna pelos grãos se intensificou no último mês, principalmente para a produção de etanol e com destino aos confinamentos do país.
Para se ter ideia, o volume das importações do cereal aumentou neste ano, pois a produção nacional do milho não estava atendendo à elevada demanda.
Em sentido oposto, o mercado de bovinos andou de lado durante o mês de julho, pautado pelo aumento da oferta de animais do 1º giro de confinamento, enquanto a procura esteve mais estagnada e estoques foram formados nas intermediações industriais.
Diante da indisponibilidade de oferta por parte dos produtores, na última semana houve um acréscimo de 0,15% no preço da arroba do boi gordo, que fechou em R$ 301,47 no estado.
Em sentido contrário, o preço da vaca gorda demonstrou uma queda de 0,24% ante a semana passada, e ficou cotada na média de R$ 289,55/@.
Os investidores demonstraram otimismo ante o mercado futuro do boi gordo e, com isso, houve um aumento de 1% na arroba, fixando o preço na média de R$ 326,80.
Preço do frete em MT segue estável, mas deve subir com safrinha

O Boletim Logístico, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), passa a analisar também as principais rotas do mercado de fretes de grãos nos estados de Mato Grosso do Sul e de Goiás.
Antes, as informações contabilizadas eram apenas sobre o mercado em Mato Grosso. Os três estados são responsáveis pela produção de cerca de 49% de milho e soja do país.
No Mato Grosso do Sul há uma expectativa de alta nos preços ofertados pelo serviço de frete, conforme a colheita do milho 2ª safra avance. No entanto, essa elevação pode sofrer impactos das condições climáticas adversas registradas nas lavouras do estado.
A expectativa é que o incremento nas cotações não seja tão significativo, mesmo no pico da colheita, uma vez que as perdas da safra em função do clima desfavorável devem reduzir o volume a ser escoado. Em junho houve redução na maioria das rotas pesquisadas em relação ao mês de maio.
Cenário semelhante deve ser encontrado pelos produtores em Goiás. No estado goiano, o pico da demanda por serviços de frete inicia entre o fim do mês de julho e início de agosto, quando a maior parte da produção de milho desta 2ª safra estará colhida.
Já em Mato Grosso, o panorama é contrário a estes estados. O aumento da área plantada, em conjunto com estimativa de redução moderada de rendimento médio, resultante da heterogeneidade das lavouras mato-grossenses, devem culminar em produção perto da estabilidade.
Com isso, a produção da segunda safra do cereal no Mato Grosso deverá ser próxima da obtida no ciclo passado, o que movimentará o mercado de frete rodoviário, com decorrente aumento dos valores para fechamento das negociações.
Armazenagem é destaque no Circuito Aprosoja

“Eu sempre digo, venda a colheitadeira, construa um armazém, pague para o vizinho colher para você que no ano que vem você vai ter lucro e pode comprar a colheitadeira de novo”.
Esse é o argumento que o produtor rural de Ipiranga do Norte e Presidente do Sindicato, Loinir Gatto, utiliza para convencer os amigos a investirem em armazenagem. O tema também foi destaque durante o 15º Circuito Aprosoja, que nesta semana passa pela região Norte de Mato Grosso.
A campanha “Armazém Para Todos” é apresentada em vídeo institucional e na apresentação de balanço das ações do semestre realizada pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore. Além disso, são disponibilizados dois totens para realizar simulação de viabilidade economia para construção dos silos.
A associada ao núcleo de Ipiranga do Norte, Alexandra Cossul, que produz em 1,2 mil hectares, já planeja investir em armazenagem. “Às vezes perdemos um dia bom de colheita porque os caminhões ficam parados na fila para descarregar. Agora podemos analisar a viabilidade para investir em um armazém”, pontuou.
Já em Tapurah, o vice-presidente Norte, Elso Tirloni, explicou que a construção de armazém, faz com que o produtor possa ter mais condições de vender em um momento mais oportuno. “É o que traz autonomia para o produtor rural, com isso podemos vender por um preço melhor”, ressaltou.
O projeto defendido pela entidade enfatiza que o pequeno e médio produtor têm o direito e viabilidade para construir o seu próprio silo. “A produção de grãos no Estado aumentou em mais de 43 milhões de toneladas nos últimos dez anos, mas a capacidade para armazenar os grãos não acompanhou esse aumento. A capacidade estática de armazenagem evoluiu somente 11,8 milhões de toneladas, neste mesmo período”, lembrou Cadore.
Segundo dados do Instituto de Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso precisa ampliar a sua capacidade estática para 125 milhões de toneladas até 2030. Para alcançar a meta, precisaria ter uma taxa de crescimento anual da capacidade de armazenagem na ordem de 22,9%.
“Hoje já está mais do que provado que ter um armazém dentro da propriedade é viável e traz benefícios para o produtor. O IMEA ajudou a elaborar esse projeto e acredita que essa temática é importante”, relata o superintendente do Imea, Daniel Latorraca, que acompanha o Circuito na tegião Norte.
Quem já possui armazém atesta a importância da construção dos silos. O produtor Loinir Gatto fez o investimento na sua propriedade e já está vendo a produção de grãos rendendo e gerando mais lucros. “É totalmente viável”, finalizou.
15º CIRCUITO APROSOJA
Começou nesta semana a 15ª edição do Circuito Aprosoja. A primeira parada foi em Cláudia. Ao todo, a caravana irá percorrer ao todo 26 municípios de Mato Grosso, com debates sobre a reforma tributária e possíveis consequências e impactos ao setor produtivo.
Durante os encontros, o tema será apresentado pelo professor Marcos Cintra, palestrante renomado e idealizador da proposta do Imposto Único.
Na sequência, o assunto será debatido em uma mesa redonda, com a participação do presidente da entidade, Fernando Cadore, do superintendente do Imea, Daniel Latorraca e delegados coordenadores de cada núcleo.
Na região Norte, o Circuito Aprosoja já passou por Cláudia e Sinop (2), Feliz Natal e Sorriso (3), e Ipiranga do Norte e Tapurah (4). Hoje (5) estará em Porto dos Gaúchos e Lucas do Rio Verde. Amanhã, (6), é a vez de Nova Mutum receber o evento.
A programação seguirá para a região Sul em Alto Taquari (9), Alto Garças e Rondonópolis (10), Jaciara (11), Campo Verde (12) e Primavera do Leste (13).
Na região Oeste, o Circuito Aprosoja estará em Campos de Júlio (30), Sapezal (31), Campo Novo do Parecis (01/09), Tangará da Serra (02/09) e Diamantino (03/09).
Na região Leste, Gaúcha do Norte (06/09), Canarana (07/09), Querência (08/09), Porto Alegre do Norte e Água Boa (09/09) e Nova Xavantina (10/09).
Imea volta a revisar para baixo estimativa de produção de milho

Com a colheita do milho na reta final em Mato Grosso, o Instituto Mato-grossense de Economia Aplicada (Imea) voltou a revisar para baixo a projeção quanto ao tamanho da safra.
O novo número confirma que a produção será quase 10% inferior à colhida no ano passado. Resultado direto da quebra no desempenho das lavouras.
A produtividade média estimada agora para o estado é de 93,54 sacas por hectare, redução de 0,28% na comparação com o número divulgado há um mês (93,80 sc/ha) e de 14,20% em relação ao registrado na última temporada (109,02 sc/ha).
Com isso, o estado que lidera o ranking nacional na produção do grão deve colher ao todo 31,91 milhões de toneladas, contra os 35,45 milhões colhidos no ciclo 2019/20.
Prazo para entrega da declaração do ITR começa no dia 16 de agosto

O prazo para a entrega da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR), referente ao exercício 2021, começa no dia 16 de agosto e encerra em 30 de setembro.
As regras para apresentar o documento estão na Instrução Normativa 2.040/2021, da Receita Federal.
Pessoa física ou jurídica proprietária, titular do domínio útil ou possuidora de qualquer título de imóvel rural, inclusive a usufrutuária, são obrigadas a apresentar a declaração.
De acordo com normativa, também está obrigado a entregar a DITR quem perdeu a posse do imóvel rural ou o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural ao patrimônio do expropriante, entre 1º de janeiro de 2021 e a data da efetiva apresentação da declaração.
“É importante o produtor rural ficar atento ao período de entrega do ITR para não pagar multa. A declaração deve ser elaborada no site da Receita, por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR”, alerta o assessor técnico da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Henrique B. Pereira.
O valor do ITR pode ser pago em até quatro quotas mensais, sendo que nenhuma quota pode ter valor inferior a R$ 50. O imposto de valor inferior a R$ 100 deve ser pago em quota única. A primeira parcela ou a quota única deve ser paga até o dia 30 de setembro, último dia do prazo para a apresentação da declaração.
O pagamento do imposto pode ser feito por transferência bancária apenas nos bancos autorizados ou por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais.
Segundo a Receita Federal, em 2020 foram entregues 5,8 milhões de declarações de ITR. Para este ano, a expectativa é de que 5,9 milhões de documentos sejam recebidos.
Escalas de abate alongadas elevam preços da carne bovina

O mercado físico de boi gordo registrou preços pouco alterados nesta sexta (6). Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os preços se sustentam em grande parte do país, mesmo com uma posição mais confortável das escalas de abate, que atendem entre cinco e sete dias úteis em média.
“Os frigoríficos de maior porte ainda contam com a incidência de animais a termo além da utilização de confinamento próprio para atender suas escalas de abates. O posicionamento é tão confortável que é provável que haja avanços do preço da carne durante a primeira quinzena de agosto sem necessariamente acontecerem reajustes da arroba do boi gordo. Ao mesmo tempo, exportações permanecem em bom nível, com a China absorvendo importante parcela das exportações brasileiras de carne bovina”, disse Iglesias.
Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 317 na modalidade à prazo, ante R$ 318 a arroba na terça. Em Goiânia, a arroba teve preço de R$ 304, inalterado. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 308, estável.
MT estuda criação de fundo garantidor para bacia leiteira

O Governo de Mato Grosso quer ampliar produção de leite do estado por meio de um programa de expansão. A iniciativa visa fortalecer toda a cadeia produtiva mato-grossense para tornar o estado um dos maiores produtores do país.
Para isso, indústrias, cooperativas e os produtores de leite do estado têm um prazo de 15 dias para apresentar as autoridades um relatório com os principais gargalos e desafios do setor, para que através de um programa de expansão da cadeia, o governo possa oferecer um fundo garantidor regulamentado para dar suporte a bacia leiteira do estado.
“O objetivo é que a gente fortaleça a agricultura familiar no segmento do leite, já 48% da agricultura familiar de mato grosso tem lá sua atividade do leite. Pensando nisso, o governador reuniu todo esse segmento para que em parceria com o setor, a gente possa fortalecer especificamente a genética, alimentação e também das boas práticas da produção de leite do Mato Grosso”, diz o secretário de agricultura familiar, Silvano do Amaral.
Segundo o presidente da Associação dos Produtores de Leite da Região Oeste do estado (APLO), Luciano Rodrigues, a expectativa é de que a cadeia produtiva consiga o recurso adicional.
“Vi muita transparência, muita vontade de trabalhar entre a secretaria da agricultura familiar e o governador. Vamos aguardar na expectativa de que saia um projeto para e que esse recurso realmente venha para o produtor”, diz Rodrigues.
Atualmente Mato Grosso ocupa o 11º lugar no ranking e responde por 2,2% da produção nacional com pouco mais de 684 mil litros de leite produzidos. A expectativa do setor com o programa de parceria é melhorar essa posição e tornar o estado referência na produção.
Ferrovia em MT já tem data para início da construção

O ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou ao deputado federal José Medeiros que assinará a ordem de serviço para dar início às obras de extensão da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) no dia 9 de setembro.
O trecho que será construído vai ligar Água Boa até Mara Rosa/GO. Outra promessa do ministro é terminar o contorno de Barra do Garças/Aragarças.
No pacote de obras anunciados por Tarcísio, para lançamento ainda estão no mês de setembro, também está prevista a inauguração da duplicação da BR-163.
Tarcísio ainda aproveitou para convidar os mato-grossenses para o ato em favor da Ferrogrão, ferrovia que irá ligar Sinop aos portos do Arco Norte, no Pará. O ministro estará presente no Centro de Eventos Dante de Oliveira, em Sinop, no próximo dia 21.
O evento deve reunir cerca de 50 prefeitos, de Mato Grosso e do Pará, além do governador Mauro Mendes (DEM) e outras autoridades.
“O governo Bolsonaro vai levar infraestrutura para o estado de Mato Grosso. Faremos um projeto transformador para a infraestrutura nacional, e a gente precisa fazer força realmente, mobilizar todo mundo, para que esse projeto se torne uma realidade”, detalhou.
A Ferrogrão é um projeto discutido há décadas e extremamente aguardado pelo setor do agronegócio, devido ao potencial de aliviar o custo do frete e aumentar a competitividade da produção mato-grossense.
A ferrovia foi incluída no Programa de Parceria de Investimentos (PPI), com investimento estimado de R$ 25,2 bilhões, mas teve seus processos paralisados por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Exportações brasileiras de carne bovina registram faturamento de US$ 1 bilhão em julho

As exportações brasileiras de carne bovina registraram incremento de 16,4% no mês de julho em comparação a junho, de acordo com os dados divulgados pela Secex e compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Ao todo, foram embarcadas 191.251 toneladas de carne bovina em julho ante 164.332 toneladas em junho. Em receita, o aumento foi de 21,1%, passando de US$ 835,1 milhões para US$ 1 bilhão. Trata-se do melhor resultado mensal do ano.
Na comparação com julho/2020, os embarques registraram desaceleração de 1,4% no volume ante as 194 mil toneladas embarcadas no mesmo período.
Já o faturamento cresceu 29,9% em julho desse ano ante os US$ 778,3 milhões registrados em julho de 2020, indicando um aumento do preço médio pago pela carne em vários mercados. O preço médio total no período registrou alta de 31,8%.
CHINA
A China segue como principal destino da carne brasileira fechando julho com um volume total de 91.144 toneladas, crescimento de 11,2%. As receitas tiveram alta de 19,1% somaram US$ 525,5 milhões.
Quando se observa o período de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período de 2020.
ACUMULADO DO ANO
De janeiro a julho de 2021 as exportações totais registraram incremento de 8,5% no faturamento que fechou o período em US$ 5 bilhões ante US$ 4,6 bilhões registrado nos sete primeiros meses de 2020.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o volume embarcado deixou de crescer 3,3% com embarque de 1.065.676 toneladas.
O que vai nortear as cotações da saca de milho nesta semana?

A demanda por milho segue aquecida, apesar de algum arrefecimento nas cotações durante a semana. Os preços se sustentam próximos ao seu topo histórico, mas a qualidade do grão é um problema recorrente, levando à necessidade de mistura.
Nesta semana, o avanço da colheita tende a produzir algum alívio nos preços. As informações são da consultoria Safras & Mercado.
De acordo com o analista Fernando Henrique Iglesias, as cotações do cereal podem ser alteradas:
- pela qualidade do milho, que tem sido um problema recorrente nos estados afetados pelas geadas. No Paraná, os danos foram severos. Dessa forma, para a plena utilização será necessária a mistura com milho de maior qualidade;
- pela demanda por milho do setor de carnes não apresenta retração em 2021.
- porque houve algum arrefecimento das cotações do milho no decorrer da semana passada; no entanto os preços se sustentam próximos ao seu topo histórico;
- o avanço da colheita tende a produzir algum alívio nos preços, mesmo assim eles permanecem muito acima da média histórica;
- porque no mercado internacional, o foco é na produtividade média da safra norte-americana;
- tomando como outro foco o comportamento da China no mercado, mais atuante em 2021, comprando bons volumes de milho.
Exportação de farelo de soja é a maior em 17 anos

A demanda externa pelo farelo de soja brasileiro voltou a se aquecer, levando as exportações nacionais a atingirem, em julho, o maior volume desde 2004.
Esse cenário resultou em aumento nos prêmios de exportação, diminuição da oferta de grandes lotes por parte das indústrias no spot nacional e avanço nos preços internos do farelo.
Segundo dados da Secex, em julho, o Brasil exportou 1,987 milhão de toneladas do derivado, a maior quantidade desde junho de 2004, quando as vendas externas somaram mais de dois milhões de toneladas. Já os preços do óleo de soja voltaram a ceder nos últimos dias.
Segundo pesquisadores do Cepea, embora a demanda doméstica para a produção de biodiesel siga aquecida, as indústrias de alimentos estão cautelosas nas aquisições, aguardando preços menores.
Além disso, a demanda externa também se enfraqueceu. Para a soja em grão, os valores apresentaram comportamentos distintos durante a última semana.
Os baixos estoques da safra 20/21, a valorização do dólar frente ao Real e a elevação dos prêmios resultaram em altas nos preços em alguns dias.
Por outro lado, atentos ao bom andamento das lavouras norte-americanas, parte dos produtores elevou a oferta de soja no spot nacional, aumentando a liquidez, especialmente para exportação, e pressionando os valores em alguns momentos.
Combate à cigarrinha do milho deve começar na entressafra

A cigarrinha tirou o sono de muitos agricultores nesta safra. A forte pressão da praga sobre lavouras de milho, causou grandes perdas em muitas áreas na temporada 2020/21.
O problema reforçou o alerta contra o inseto e a necessidade de adoção de medidas preventivas que ajudem a evitar que o cenário volte a se repetir nos próximos ciclos.
Entomologista e pesquisadora da Fundação Mato Grosso, a agrônoma Mariana Ortega, explica que um manejo estratégico é essencial para minimizar a presença da cigarrinha nos campos. “Uma das medidas é a eliminação das plantas ‘tigueras’ de milho durante a entressafra”, destaca.
CARACTERÍSTICAS
A cigarrinha-do-milho (nome científico Dalbulus maidis) pertence à ordem Hemiptera e família Cicadellidae. São insetos de tamanho reduzido, com 0,4 cm, de coloração branca a palha e duas manchas pretas na parte dorsal da cabeça.
Os indivíduos têm período embrionário de 5 a 10 dias, fase de ninfa de 14 a 16 dias, levando em média 24 dias para chegar à fase adulta. Essa fase apresenta longevidade média de 45 dias, que varia em uma mesma população e com a temperatura ambiente.
O QUE ELA FAZ?
Esses insetos provocam injúrias nas plantas de milho pela sucção de seiva, injeção de toxinas e transmissão de fitopatógenos, principalmente aqueles relacionados aos enfezamentos.
“A cigarrinha se torna transmissora desses fitopatógenos após se alimentar em uma planta infectada. Para isso, o inseto necessita alguns segundos ou horas de sucção para adquirir e posteriormente transmitir os fitopatógenos a outras plantas de milho”, afirma Mariana.
Os adultos da cigarrinha podem se alimentar de outras plantas da família do milho, mas só se reproduzem em cartuchos de plantas de milho. “Na entressafra, as cigarrinhas sobrevivem e se multiplicam em tigueras de milho ou outras lavouras de milho para as quais os adultos se dispersam pelo voo”, completa a agrônoma.
COMO CONTROLAR?
Por serem doenças vasculares transmitidas por D. maidis, os enfezamentos são controlados utilizando-se táticas de manejo da cigarrinha, o inseto vetor. Pode se usar controle químico foliar e biológico do vetor, rotação de culturas, tratamento de sementes com inseticidas e plantio de cultivares resistentes.
Em geral, é desafiante se determinar o nível de dano econômico ou nível de controle para insetos vetores de doenças. Muitas vezes são usadas medidas preventivas contra os vetores para evitar disseminação da doença.
Atualmente tem-se iniciado o controle da cigarrinha desde o surgimento dos primeiros indivíduos até o estágio V8 das plantas de milho.
Em estágio mais avançado do desenvolvimento da cultura, busca-se também controlar a população da cigarrinha para evitar migração dos adultos para áreas de milho em fase inicial. Procura-se assim se precaver do risco de disseminação se o vetor estiver contaminado com os patógenos.
Produtores rurais criticam monopólio e esperam a Ferrogrão

Há mais de sete anos, produtores rurais de Mato Grosso esperam um desfecho sobre a construção da Ferrogrão.
A possibilidade de contar com uma ferrovia que passe a carregar os grãos para o Norte do País, encurtando em quatro dias o tempo de viagem até o litoral brasileiro, além de reduzir a rota até a Ásia e o mercado europeu, foi o que levou os próprios empresários a proporem sua construção.
Ao contrário de todos os demais projetos de grande porte que hoje compõem o plano de expansão das estradas de ferro no país, não brotou do setor público, mas do setor privado.
Foram as tradings que bolaram o projeto. Amaggi, ADM, Bunge, Cargill e Dreyfus contrataram a estruturadora Estação da Luz Participações (EDLP) para abrir o mapa e riscar o traçado da ferrovia, paralelamente à rodovia Cuiabá-Santarém, a BR-163, uma região marcada por conflitos fundiários e desmatamento.
O fato de o projeto nascer do setor privado decorre diretamente do interesse que as empresas têm no empreendimento.
“Não é só o produtor que precisa dessa ferrovia, isso é um projeto de país, porque ela será um divisor de águas, vai mexer com a economia nacional”, disse o empresário Eraí Maggi Scheffer, dono do Grupo Bom Futuro, empresa que hoje planta soja, milho e algodão em uma área de mais de 500 mil hectares.
Os dados do Movimento Pró-Logística, que reúne o setor produtivo de Mato Grosso, apontam que, anualmente, 72 milhões de toneladas de soja e milho são entregues pelo Estado. Esse foi o volume verificado no ano passado e que deve se repetir em 2021. Até 2030, porém, o cenário previsto é que esse volume salte para 125 milhões de toneladas.
O diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, chama a atenção ainda para o declive da ferrovia, ao longo de seus 933 km.
“Os estudos mostram que essa ferrovia tem início com uma altitude de 384 metros em Sinop para chegar com 15 metros de altitude em Miritituba. Tem algumas serras no caminho, mas são facilmente ultrapassadas e o resultado final é positivo”, diz.
Os cálculos oficiais estimam que a Ferrogrão teria potencial de reduzir o preço do frete em pelo menos 40% no momento que começar a rodar.
Cultivo do gergelim cresce 230% em um ano no país

O cultivo de gergelim no Brasil passou de 53 mil hectares na safra 2018/2019 para 175 mil hectares na safra 2019/2020, um salto de 230% em apenas um ano. A produção cresceu 123%, saindo de 41,3 mil toneladas para 95,8 mil toneladas do grão.
Nos últimos 10 anos, o aumento da produção foi ainda mais expressivo, cerca de 20 vezes mais grãos do que as cinco mil toneladas registradas em 2010. Mato Grosso, sobretudo Canarana e Água Boa, na região leste, concentra a maior parte da produção.
O aumento da área de cultivo em segunda safra tem revelado que a cultura ainda carece de subsídios técnicos. Para atender a essa demanda, a Embrapa, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e parceiros estão conduzindo diferentes pesquisas, abrangendo do melhoramento genético ao pós-colheita.
Em um dos trabalhos em andamento, amostras de gergelim colhidas em lavouras comerciais na safra de 2020 foram avaliadas com o objetivo de caracterizar os grãos produzidos em Mato Grosso.
As análises mostraram que os manejos de colheita e de pós-colheita influenciam a qualidade do produto, tanto em suas características físicas quanto em sua composição química. Além disso, o uso de equipamentos adequados pode reduzir as perdas na colheita.
Foram avaliadas amostras de diferentes materiais, entre cultivares registradas e grãos misturados, com colheita mecanizada e manual. No caso da colheita manual, o cultivo é feito por produtores assentados da reforma agrária, que produzem em sistema agroecológico, com destinação do produto para o mercado japonês.
Nessas condições, verificou-se que produtores devem atentar nas boas práticas, uma vez que as análises de condutividade elétrica da solução de embebição das sementes mostraram um indicativo da presença de esporos de fungos, causando perda de qualidade dos grãos.
Novas análises serão feitas com a produção da safra 2021, buscando identificar o tipo de contaminantes e se apresentam algum risco para o consumo.
“Faremos análises de antioxidantes e teste de sanidade de sementes para saber quais espécies fúngicas estão presentes. É muito comum fungos causadores de micotoxinas na nossa região de temperatura muito alta. As micotoxinas podem ser um problema se o destino do grão é consumo humano, mas não temos nada medido por enquanto”, esclarece a pesquisadora da Embrapa Agrossilvipastoril, Sílvia Campos.
As micotoxinas são motivo de preocupação constante na produção de castanha-do-brasil, por exemplo. Pesquisas já mostraram que boas práticas na coleta e armazenamento são capazes de evitar o problema.
PERDAS NA COLHEITA
O gergelim até então vinha sendo cultivado em pequenas áreas, com pouca mecanização. Não existem ainda, no mercado, plataformas específicas para sua colheita, necessárias no caso da produção em áreas cada vez maiores.
O uso de plataformas voltadas à colheita da soja, por exemplo, traz algumas dificuldades, pois as diferenças entre tamanho, peso, formato e umidade entre os grãos causam perdas que podem chegar a 50%.
Adaptações nessas plataformas, feitas pelos produtores dentro das fazendas, de modo a atender as especificidades do gergelim, estão demonstrando eficácia na redução das perdas.
Pesquisas conduzidas pelo professor da Universidade Federal de Mato Grosso Diego Fiorese mostraram que em uma fazenda de Campo Novo do Parecis, com duas plataformas adaptadas definitivamente para o gergelim, as perdas caíram para entre 15 e 13%.
A safra de 2021 será a terceira em que Diego Fiorese monitora as perdas na colheita em lavouras de Mato Grosso. De acordo com o professor, os dados coletados devem despertar a atenção dos produtores para o valor perdido e também de empresas regionais de implementos agrícolas para a viabilidade de produzir maquinário mais adequado à cultura.
“Fazendo uma conta por alto, com uma perda média de 350 kg por hectare, são de R$ 150 a R$ 200 milhões que deixam de entrar no bolso dos produtores por perdas na colheita”, estima.
Fiorese destaca, no entanto, que as perdas na cultura do gergelim começam antes mesmo da colheita, devido ao fato de ser uma planta deiscente (foto ao lado), ou seja, ela tem como característica a abertura das cápsulas (frutos) quando estão maduros. Com isso, muitos grãos caem pela ação do vento, causando uma perda natural.
Exportações de algodão crescem 35% em Mato Grosso

Com o fim do escoamento da safra 2019/20 de algodão em Mato Grosso (considerada de agosto/20 a julho/21), as exportações totalizaram 1,64 milhão de toneladas, aumento de 35,57% quando comparados aos da safra 2018/19.
O volume recorde no escoamento esteve atrelado à grande produção no estado e à maior demanda pela pluma, principalmente pela China, que sozinha representou 28,88% do total das vendas – importando 447 mil toneladas nesta safra.
Além disso, a participação da exportação em relação à produção da safra no estado aumentou 13,83 p.p. no comparativo com a temporada 18/19, no qual os envios somaram 76,19% da produção total de pluma de Mato Grosso.
Para o ciclo de exportações que se inicia este mês (2020/21), a tendência é que o ritmo comece mais lento em comparação aos outros anos, devido ao atraso da colheita no estado, o que limitou a disponibilidade da pluma no período.
Colheita do milho safrinha supera 93% da área

A colheita de milho segunda safra 2020/21 alcançou 93,47% da área em Mato Grosso, avanço de 9,28 pontos percentuais no comparativo semanal, ainda com algum atraso em relação a anos anteriores, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
No mesmo período do ciclo anterior, os trabalhos atingiam 98,48% da área, enquanto a média histórica para esta época do ano é de 96,03%.
O atraso na “safrinha” atual vem na esteira de um plantio tardio e problemas climáticos, como seca e mais recentemente geadas.
Confiança do agronegócio tem alta no 2º trimestre

O índice de confiança do agronegócio, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), registrou alta no segundo trimestre do ano – entre abril e junho.
O indicador marcou 119,9 pontos no período, o que representa alta de 2,4 pontos em relação aos três primeiros meses do ano.
Pela metodologia do índice, pontuações acima de 100 são consideradas como um cenário de otimismo entre os empresários da cadeia agropecuária.
Segundo o diretor do Departamento do Agronegócio da Fiesp, Roberto Betancourt, a confiança acompanha os sinais de retomada da economia, abatida pela crise gerada pela pandemia de Covid-19.
“O recuo da taxa de câmbio no trimestre também melhorou a situação das empresas com custos em dólar, como é o caso de diversos segmentos de insumos agropecuários”, destaca.
SEGMENTOS
A indústria de insumos teve a maior alta de confiança (9,2 pontos), marcando 117,1 pontos no segundo trimestre de 2021. Segundo a análise do indicador, as vendas antecipadas para a safra 2021/22 ajudaram a melhorar a confiança dos empresários.
Além disso, os fertilizantes e defensivos agrícolas registram alta nos preços.
Apesar de manterem um patamar maior de confiança (121,4 pontos), os produtores agrícolas registraram queda de 6,5 pontos no índice do segundo trimestre. Entre os fatores relacionados à diminuição do otimismo está a estiagem que, de março a maio, prejudicou as lavouras de milho.
Os preços dos grãos, que estavam em um patamar elevado, registraram queda e as recentes altas na taxa básica de juros influenciaram o custo dos financiamentos.
China volta ao mercado comprando soja brasileira

A China voltou a adquirir soja de origens globais, com negócios ouvidos de PNW dos Estados Unidos e de origens brasileiras, segundo informa a TF Agroeconômica.
“Os preços das cargas do PNW dos EUA foram ouvidos em 316 c/bu sobre os futuros de novembro para embarque em outubro e 313 c/bu sobre o futuro de novembro para embarque em novembro”, comenta a consultoria.
“O comércio da soja brasileira entregue em setembro foi ouvido a 335 c/bu em relação ao novembro futuro. A disseminação da variante do coronavírus Delta na China ainda era uma preocupação significativa dos mercados, com 1.702 casos relatados em mais de 20 províncias e cidades da China continental em 9 de agosto, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde atualizada nesta quarta”, completa.
Na origem, os prêmios de base no mercado de papel de Paranaguá foram mistos, com os contratos de setembro avaliados em 145 c/bu, 1 c/bu abaixo do dia anterior, enquanto os contratos para os meses posteriores eram mais altos em 2 - 7 c/bu no dia.
Tarcísio diz que Ferrogrão será ‘modelo de sustentabilidade’

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse em entrevista que sua prioridade é que a EF-170, a Ferrogrão, seja um modelo de sustentabilidade e um exemplo em licenciamento ambiental.
Tarcísio ressaltou ainda que há empresas interessadas na ferrovia, cujo projeto é “absolutamente viável” e “será um exemplo em licenciamento ambiental, porque é isso que ele deve ser”. O ministro ainda disse que os povos indígenas serão ouvidos, bem como todos os interessados. “Essa ferrovia será um modelo de sustentabilidade, essa é a minha prioridade”, afirmou Freitas.
De acordo com o ministro, o governo já tem o que é mais difícil em qualquer empreendimento: investidores interessados. Segundo ele, a viabilidade ambiental será “confirmada naturalmente”.
PROJETO
A ferrovia de 933 km interligará Sinop aos portos do Pará, especialmente Miritituba, com um traçado paralelo à BR-163. De acordo com o ministro da Infraestrutura, o leilão da Ferrogrão poderá ser seu “maior legado”.
O leilão está previsto para este semestre. O projeto está em avaliação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) desde julho de 2020.
A construção da ferrovia é alvo de críticas por políticos, ambientalistas e comunidades tradicionais e enfrenta resistência por causa dos possíveis impactos socioambientais. Um grupo com cerca de 40 entidades tenta barrar os mecanismos de financiamento da Ferrogrão.
Entretanto, no próximo dia 21, Tarcísio de Freitas estará em Sinop para um grande evento em favor da ferrovia, cuja participação de 50 prefeitos da região já foi confirmada.
Enfezamento do milho: como fazer o manejo efetivo e evitar prejuízos?

A incidência dos enfezamentos tem aumentado nos últimos 3 anos, principalmente em regiões em que se é praticado o cultivo sucessivo de milho, como Minas Gerais e Sudoeste de Goiás. Apesar de não ser algo comum em Mato Grosso, é importante deixar os produtores sempre sob alerta.
Essa ponte verde favorece a migração e desenvolvimento da cigarrinha-do-milho, principal transmissor da doença.
Neste cenário, é importante conhecer as medidas mais efetivas para controlar o complexo de enfezamentos, as quais envolvem também o manejo da cigarrinha.
ENFEZAMENTO?
Os enfezamentos geralmente são causados por molicutes, que são bactérias sem parede celular.
Estes microrganismos infectam o milho e se reproduzem nos vasos condutores de seiva (floema), dificultando a absorção e assimilação de nutrientes pela planta, o que a torna mais suscetível a doenças secundárias como tombamentos e podridões.
Os sintomas dos enfezamentos são mais evidentes após o estágio reprodutivo. Tanto o enfezamento pálido como o vermelho podem causar a proliferação e/ou mal granação das espigas e redução de porte e até morte prematura.
Nos pivôs, também tem sido constatado o quebramento de plantas verdes associado ao enfezamento do milho.
Os enfezamentos no milho podem ser do tipo pálido, causado por espiroplasma, ou vermelho, causado por fitoplasma. O pálido é conhecido por causar o amarelecimento/clorose da planta, enquanto o enfezamento vermelho no milho causa um avermelhamento ou arroxeamento.
Contudo, é difícil diagnosticar o tipo de enfezamento somente pela coloração da planta, pois outros fatores interferem, como nutrição, estresse hídrico e temperatura, etc. Além disso, uma mesma planta pode conter o fitoplasma e/ou espiroplasma, agravando ainda mais o diagnóstico e, claro, os prejuízos.
Em muitos dos locais em que foi verificado aumento dos enfezamentos, há a semeadura de milho tanto na safra de verão como na safrinha. Isso ocorre por conta da disponibilidade de pivôs para irrigação na produção.
Assim, a presença das plantas de milho em safras seguidas permite a chamada “ponte verde” para pragas. Ou seja, há o alimento durante todos esses meses para a cigarrinha (Dalbulus maidis), vetor do enfezamento, garantindo a presença do inóculo da doença a ser disseminada.
Da mesma forma, a presença de plantas voluntárias de milho (de tiguera), também é um fator considerável, já que funcionam como uma ponte verde entre as diferentes épocas de cultivo de milho.
Outro fator importante é a capacidade da cigarrinha-do-milho migrar de lavouras mais velhas para aquelas mais novas, possibilitando maior tempo de desenvolvimento da praga e maior disseminação da doença.
A redução de aplicação de inseticidas para lagartas, devido ao uso de cultivares transgênicas (milho Bt), bem como a própria diminuição da população de lagartas, diminuindo a competição, também pode ter favorecido o aumento da população das cigarrinhas-do-milho.
Pecuária avança com aproveitamento dos subprodutos da agricultura

A expedição Confina Brasil visitou propriedades pecuárias em Mato Grosso, principal estado em produção agropecuária, mas com grande potencial de crescimento.
Em sua segunda edição, a expedição Confina Brasil viaja por 11 estados, com a visita a 120 propriedades, e atualiza, de forma remota, os dados dos confinamentos visitados em 2020, totalizando a pesquisa em 14 estados. O estudo contemplará informações de propriedades responsáveis pela terminação de mais de 2 milhões de bovinos em confinamento.
“Cruzando a fronteira, na região de Sapezal, ficamos impressionados com os grandes campos de algodão em época de colheita, administrados pelos maiores grupos agrícolas do Brasil”, declara o médico veterinário e coordenador do Confina Brasil, Felipe Araújo Dahas.
No eixo dos grãos de MT, o desenvolvimento das cidades planejadas baseadas no agronegócio chama a atenção. “Grandes estruturas de armazenagem são ampliadas a cada dia e, mesmo assim, ainda faltam espaços para tanta riqueza produzida no estado. O movimento de carga e descarga é grande, entra insumo e sai grão, e assim a economia evolui”, diz Dahas.
Mato Grosso cultiva cerca de 17,7 milhões de hectares de grãos e 956 mil de algodão. Associado a isso, tem a produção de proteínas animais, com grandes players na cadeia de suínos, aves e ovos, além da criação intensiva de bovinos em pequenas, médias e grandes estruturas de confinamento.
“Nas 21 visitas que fizemos ficou claro que o estado oferece diversas oportunidades para compra de insumos para a dieta do gado. Além dos grãos in natura, MT conta com uma grande variedade de coprodutos que enriquecem a alimentação dos animais. Destaque para os coprodutos da produção de etanol de milho, que têm crescido muito no estado. Produtos como DDG, DDGS e WDG são cada vez mais utilizados, tanto para monogástricos quanto para ruminantes. Em nossa visita às plantas da Inpasa, uma das primeiras indústrias de etanol de milho do país e patrocinadora do Confina Brasil 2021, ficou clara a preocupação com a qualidade dos coprodutos e seus teores de nutrientes. O DDGS, por exemplo, já é chamado de “produto” e faz parte do portfólio principal da empresa”, destaca O médico veterinário e técnico do Confina Brasil, Olavo Bottino.
O bom momento das commodities agrícolas movimenta o estado de diversas formas. Entre elas, a expansão das áreas de cultivo agrícola, fator que traz de carona a valorização das terras e, com isso, a busca por eficiência no uso dos recursos. Entre as ferramentas que miram nesse objetivo estão os sistemas de integração-lavoura-pecuária e o confinamento, que permitem o aumento da produtividade de forma sustentável.
“A relação entre agricultura e pecuária é sinérgica. A agricultura traz alimentos e uma gestão mais refinada aos confinamentos, enquanto a pecuária gera demanda para os produtos e coprodutos, como matéria orgânica (esterco), por exemplo, para enriquecer o solo, além de produzir ‘resíduos’ do beneficiamento dos grãos e fibras, que antes não tinham destino”, completa O engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria, Eduardo Seccarecio.
A equipe do Confina Brasil é formada por engenheiros agrônomos, médicos veterinários e zootecnistas da equipe da Scot Consultoria, todos especialistas em pecuária e preparados para coletar os dados e interpretá-los com o olhar na evolução constante da atividade.
Veja como o milho pode ficar 5x mais protegido

A evolução da produção mundial de milho se deve, em grande parte, ao uso de tecnologias Bt, considerada pela Embrapa uma das principais estratégias para o manejo de lagartas, que causam muitos prejuízos produtivos à cultura.
Na continuidade deste avanço e acompanhando as transformações na agricultura, a Bayer lançou no mercado brasileiro uma nova geração de biotecnologia de milho híbrido, o VTPRO4®, que irá contribuir ainda mais para o controle das principais lagartas que afetam a cultura.
Os produtores já terão acesso à nova tecnologia nesta safra 2021/22, com híbridos adaptados para as principais regiões produtoras.
Um dos principais diferenciais desta nova biotecnologia é possuir dois modos de ação que reforçam o controle contra lagartas na parte radicular, e três que ajudam a defender a espiga e a planta.
“Com isso, o milho fica até 5 vezes mais protegido contra essas pragas, resultando em maior produtividade, uma vez que a porcentagem de espigas danificadas cai para 2,6%. Na lavoura sem a biotecnologia, o dano pode chegar a 44%”, explica o líder de lançamento para VTPRO4®, Danilo Belia.
Antes de trazer o novo híbrido VTPRO4® ao mercado, a Bayer realizou testes em campo junto a agricultores parceiros. De 2018 até a colheita da safrinha 2020/2021, 271 áreas receberam os ensaios e os testes apontaram para um incremento médio de 3,2% na produtividade do VTPRO4® se comparado ao VTPRO3® e de 14,5% em relação a tecnologias sem a tecnologia Bt.
“Os testes em parceria com nossos produtores parceiros foram fundamentais para entendermos o impacto positivo que esta nova tecnologia traz no combate dessas pragas. Será uma ferramenta extremamente importante ao produtor”, conta Belia.
Entre as pragas de controle da parte aérea estão incluídas a broca-do-colmo (Diatraea saccharalis), a lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea), a lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), a lagarta rosca (Agrotis ipsilon) e a temida a lagarta-do-cartucho (Spodoptera fugiperda), que apesar de bastante conhecida, segue como um dos principais problemas em todos os estados brasileiros onde se cultiva milho, com perdas que variam entre 30% e 50% da safra.
“A lagarta-do-cartucho é considerada uma das mais prejudiciais, pois ataca desde a fase de germinação, reduzindo o estande de plantas, até as fases vegetativa e reprodutiva, causando desfolha e afetando as espigas. Além disso, ela se alimenta de diversas culturas, incluindo até as plantas daninhas que resistem nos campos, o que dificulta o controle”, completa.
Sinop tem sinergia perfeita entre o alto padrão do gado e agricultura, constata Confina Brasil

A família Prante, proprietária da Fazenda Vale Verde, em Sinop, visitada pelo Confina Brasil, iniciou seus negócios com confinamento de gado para aproveitar os resíduos das esmagadoras de caroço de algodão e dos silos de armazenagem de milho e soja.
Rodrigo Prante identificou a sobra de materiais provenientes da limpeza dos grãos e do beneficiamento do algodão e queria reaproveitá-los.
“Encontrou a saída na pecuária e, atualmente, a Vale Verde trabalha com sistema de confinamento e investe na recria intensiva a pasto (RIP). A propriedade usa a dieta Fast, da Nutron, para facilitar o operacional”, detalha Olavo Bottino, médico veterinário e técnico do Confina Brasil, durante a visita nas propriedades do Mato Grosso.
A expedição do Confina Brasil também passou pela Inpasa Brasil (Sinop), uma das primeiras indústrias de etanol de milho do país e uma das maiores do mundo em termos de produção.
“Há outras grandes plantas nos Estados Unidos. A unidade de Sinop é três vezes maior do que a de Nova Mutum, também visitada pelo Confina Brasil, e trabalha com as mesmas tecnologias. O que difere é o volume de produtos beneficiados”, destaca Olavo.
Outra parada foi no Confinamento Ponto Alto (Sinop), do grupo Frialto. Com quase 20 anos de tradição, o grupo trabalha para ser referência em crescimento sustentável e tem como premissa colocar produtos de alta qualidade no mercado.
“O Frialto tem frigorífico no Mato Grosso e já tinha confinamento desde 2000. Porém, parou as operações e retornou em 2021”, conta Eduardo Henrique Seccarecio, engenheiro agrônomo e analista de mercado da Scot Consultoria.
O confinamento não trabalha com animais próprios, mas com parcerias e boitel com diária. A capacidade estática é para 10 mil cabeças.
“Já chegou a ter 50 mil animais por ano. Está expandindo a estrutura e quer voltar para 15 a 20 mil cabeças. O confinamento está voltando com força no formato de parceria e boitel. A intenção é abastecer as escalas de abate do Frialto, mas tem a possibilidade de o cliente trabalhar com outras indústrias frigoríficas também”, explica Eduardo.
Produção de etanol de milho cresce mais de 7.000%

Alternativa sustentável para diminuir o uso de combustíveis fósseis, o etanol de milho teve aumento na produção em mais de 7.000% desde que teve início em Mato Grosso.
Na safra 2013/2014, eram 37 milhões de litros ao ano, número que subiu para 2,7 bilhões em 2020/2021. O estado concentra 12 das 19 usinas do biocombustível instaladas no país e é responsável por 86% do que é produzido nacionalmente.
Os dados são da União Nacional do Etanol de Milho (Unem) e Agência Nacional do Petróleo (ANP). A estimativa é que o setor possa chegar a produzir 8 bilhões de litros em 2027/2028.
Somente duas das usinas instaladas no Norte de Mato Grosso produzem, anualmente, quase 1,5 bilhão de litros do etanol de milho. O presidente do grupo responsável pelas duas indústrias, Rafael Abud, elogia o potencial mato-grossense para o setor.
“Quando a gente veio investir em Mato Grosso, o que mais nos atraiu e chamou a atenção era a própria capacidade de Mato Grosso e do produtor mato-grossense de produzir duas safras no mesmo ano e com alta tecnologia e com alta produtividade. E mais do que isso, a capacidade de expandir”, disse Abud.
Uma das usinas instaladas do grupo presidido por Abud no estado tem cinco tanques, cada um com capacidade de armazenar 15 milhões de litros do biocombustível, totalizando capacidade de estocagem de 75 milhões de litros. De lá, o biocombustível é enviado às bombas, responsáveis por abastecer os caminhões que levam o etanol para as distribuidoras.
A chegada das fábricas aumentou a demanda pelo milho e fez o grão ganhar preço. As indústrias compram o cereal de forma antecipada, o que garante remuneração futura ao produtor. As usinas estão, por exemplo, em fase de aquisição do milho que vai ser plantado em 2023, diz a Unem.
As outras sete usinas do país ficam em Goiás (cinco unidades), Paraná e São Paulo. Atualmente, há uma unidade em construção em Mato Grosso do Sul.
Existem três tipos de usinas de etanol de milho: a usina full, de dedicação exclusiva ao etanol de milho; a usina flex, que são usinas de cana-de-açúcar adaptadas para que possam produzir etanol de milho no período da entressafra, aproveitando vapor e destilação, por exemplo; e a usina flex ful, que são as usinas de cana-de-açúcar que montam em paralelo uma usina de etanol de milho.
TRANSFORMAÇÃO E APROVEITAMENTO
Para se transformar em etanol, o grão é moído e passa por um processo de fermentação e destilação. E, na usina de etanol, o grão é totalmente aproveitado: vira ração para alimentar animais - a estimativa da Unem é que são cerca de 300 kg de farelo a cada tonelada do cereal - e dele é possível extrair o óleo, com 19 kg a cada tonelada.
Nas usinas, o milho vira ainda energia para fazer os motores funcionarem - a principal fonte é a queima da biomassa a partir de eucaliptos cultivados pelos produtores.
“Essa biomassa vem até a fábrica. Ela é queimada em caldeiras movidas a biomassa, que gera vapor, e esse vapor gera energia elétrica através de uma turbina e abastece não só a fábrica como também a rede local de energia”, declarou Abud.
A expansão do etanol de milho também gera empregos. Só em uma das indústrias foram abertas 200 vagas entre abril e junho. “Hoje, o Mato Grosso é o celeiro do mundo e fazer parte disso pra mim é muito gratificante, eu me identifico muito com a área que atuo que está próxima do produtor, ajudando-o a comercializar a sua produção”, disse Luiz Dallabrida Júnior, comprador de grãos da usina que foi contratado nesse período.
Milho que se auto-fertiliza: é o fim dos nitrogenados?

Foi descoberto na região de Sierra Mixe, no México, uma variedade de milho que captura nitrogênio no ar, dispensando assim o uso de fertilizantes.
A novidade foi apresentada no Congresso Aapresid 2021, realizado na Argentina, por Alan Bennett, professor e pesquisador da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
O nitrogênio (N) é nutriente essencial para as plantas, e constitui 78% da atmosfera. Até agora, apenas as leguminosas eram conhecidas por terem a capacidade de capturar e usar a molécula por meio da simbiose das raízes com bactérias.
Para outras culturas, sempre foi necessário suprir N por meio do uso de fertilizantes inorgânicos, produzidos a partir de combustíveis fósseis – que consomem até 2% do suprimento total de energia do mundo e produzem gases de efeito estufa.
De acordo com Bennett, na região mexicana de Sierra Mixe, essa variedade de milho descoberta sobrevive em solos deficientes em N. De acordo com o cientista, esse milho cresce a uma altura de mais de cinco metros e exibe extensa formação de raízes aéreas em cada nó.
Segundo ele, ao contrário da maioria das variedades modernas de milho, em que a formação de raízes aéreas cessa após a transição para a fase adulta, a formação de raízes aéreas no milho de Sierra Mixe continua por muito tempo.
Isso produz de três a quatro vezes mais raízes aéreas que secretam quantidades significativas de mucilagem (rica em arabinose, fucose e galactose) quando há umidade.
A equipe de pesquisa, liderada por Alan Bennett e Allen van Deynze, da UC Davis, apontou que essa variedade incomum do cereal obtém entre 29% a até 82% de seu nitrogênio do ar, sendo fixado por bactérias diazotróficas presentes na mucilagem das raízes aéreas.
“Embora estejamos muito longe de desenvolver uma característica semelhante de fixação de nitrogênio para o milho comercial, este é o primeiro passo para orientar pesquisas futuras sobre essa aplicação. A descoberta pode levar a uma redução do uso de fertilizantes nitrogenados e seus problemas associados, e também abre as portas para uma melhoria significativa no potencial genético, na sustentabilidade dos sistemas produtivos e na segurança alimentar desses países”, concluiu Bennett.
Sorriso discute o programa Agroestradas com setor produtivo

Sorriso já sinalizou positivo ao governador Mauro Mendes o desejo de integrar o Agroestrada.
Para debater o Programa Estadual de Apoio à Pavimentação de Rodovias e Construção de Pontes em Estradas Vicinais (Municipais) – Mais MT – Agroestrada, estiveram reunidos na segunda-feira (16) o prefeito Ari Lafin, secretários, vereadores, Sindicato Rural, Aprosoja, concessionária Intervias e demais representantes da área da agricultura para falar do modelo de parceria anunciado pelo Estado.
Conforme Ari, o Município já realizou um levantamento e inicialmente, com a construção de 350 km de asfalto, haveria condições de formação de um eixo logístico com capacidade de deslocamento para todos os pontos de Sorriso.
O Agroestrada, divulgado pelo Governo do Estado no último dia 11, prevê obras em rodovia com plataforma de, no mínimo, 10 metros de largura e com cinco metros de pavimento (pista de rolamento).
Pelo programa, o Estado irá repassar 50% dos recursos necessários para a execução dessas obras e em contrapartida as Prefeituras devem arcar com os 50% do total da obra, podendo essa contrapartida ser financeira ou não financeira, como na prestação de serviços de execução.
Lafin apresentou o programa e solicitou aos envolvidos que juntamente com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Marcelo Lincoln, formem uma comissão de trabalho permanente para analisar os pontos de interesse e a viabilização dos projetos.
“Esse grupo de trabalho precisa ser permanente, pois o programa foi lançado com duração de 18 meses”, frisa Lincoln. Os recursos serão alocados pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).
Suinocultores terão 100% de incentivo para retenção de matrizes suínas

Os suinocultores mato-grossenses terão 100% de incentivo das linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO) para a retenção de matrizes suínas com idade de seis meses a 40 meses.
A aprovação foi definida por meio da resolução nº 048/2021 do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Codem) que estabeleceu os novos critérios de referência para a cadeia produtiva.
O preço da matriz suína reprodutora para retenção também sofreu alteração, passou de R$ 380 para R$ 2.250, valor a ser considerado para concessão do fundo.
Os cálculos foram baseados nos altos preços das commodities usadas na alimentação dos animais, a ração é composta por soja e milho, que conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), de janeiro de 2020 ao mesmo período de 2021, subiram respectivamente 155% e 88%.
Os parâmetros recém-definidos estabelecem que o novo valor de referência para retenção de matriz suína será composto pela multiplicação da média de peso de matrizes que tem como base 250 kg (critério Embrapa suínos e aves) multiplicado pelo valor atual do quilo do suíno vivo comercializado (disponibilizado no site do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária-Imea) e o seu resultado multiplicado pelo fator de 1.5 matriz/ano, obtendo assim, 100% do valor de referência para efeitos de retenção com recursos do fundo.
A medida atende à demanda da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) que alegava prejuízos do setor devido aos altos custos de produção da carne suína, em função do valor da ração.
“Após analisarmos a solicitação e estudos apresentados foi elaborada uma nota técnica e a partir desses dados decidimos alterar os percentuais do FCO, de modo que irão favorecer o setor granjeiro. Sabemos das dificuldades do custeio de produção da suinocultura e que esse incentivo irá impulsionar a cadeia de retenção de matrizes. O reajuste da matriz reprodutora também era muito necessário, já que desde 2016 o preço era o mesmo, estava defasado”, explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso e presidente do Codem, César Miranda.
Segundo dados do Indea-MT, a suinocultura em MT é uma das áreas da pecuária em crescente desenvolvimento no estado, com rebanho de aproximadamente 3,32 milhões cabeças, em 2021.
Isenção de imposto para importação do milho deve sair até o fim de agosto

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, confirmou na terça-feira (17) que o Governo Federal deverá isentar a tributação para a importação de milho até o fim deste mês.
A medida impacta diretamente a cadeia produtiva da suinocultura, que no último ano sofreu com uma elevação de 44% nos custos de produção. O milho é o principal componente das rações.
“Vamos autorizar a retirada dos tributos federais para a importação de milho. A Receita Federal já indicou de onde vai retirar a renúncia fiscal e tenho a garantia de que a medida será assinada e publicada até o dia 30 deste mês”, anunciou Tereza Cristina, durante encontro com o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Suinocultura, Covatti Filho, e lideranças do setor.
“A desoneração do PIS e da Cofins sobre importação e comercialização do milho no mercado interno devolve a competitividade e garante maior renda aos produtores, que enfrentam sérias dificuldades com o alto custo de produção”, afirma Filho.
O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, falou é a medida é eficaz para auxiliar os produtores no controle de seus custos de produção e manutenção na atividade.
PREOCUPAÇÃO COM A PESTE SUÍNA
Ainda durante o encontro, foi apresentado à ministra um documento com pedidos está o fortalecimento da estrutura de fiscalização nas fronteiras, portos e aeroportos contra o ingresso da peste suína africana no Brasil.
O documento também aponta a necessidade de ampliação do número de laboratórios credenciados para realização de diagnóstico rápido da PSA. Atualmente, apenas o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Pedro Leopoldo/MG possui o credenciamento.
Segundo Marcelo Lopes, presidente da Associação Brasileira dos Criadores e Suínos, é importante fortalecer as medidas preventivas de fiscalização para reduzir os riscos para não impactar a produção.
15 de setembro será decisivo para grãos e oleaginosas

O clima será um fator determinante para os agricultores brasileiros a partir de 15 de setembro, aponta o Rabobank na edição de agosto do seu relatório “Brazilian G&O Monthly Update” (Atualização Mensal Brasileira de Grãos e Oleaginosas).
De acordo com a instituição bancária especializada em agronegócio, essa data é decisiva porque é quando terminam os vazios sanitários em diversos estados brasileiros importantes para a produção agrícola e começa o período de plantio da safra de verão.
Ainda de acordo com o relatório, assinado pela analista Marcela Fernandez Marini, os preços da soja brasileira na propriedade em agosto estão mostrando valores mais altos em uma base anual e mensal.
Segundo o levantamento do RaboResearch Food & Agribusiness, o aumento foi de 3,4% no mês passado e acumula alta de 46% no ano.
Já os preços do milho na propriedade brasileira subiram 7% na base de comparação mensal em julho e acumula impressionantes 97% no ano de 2021.
“As perspectivas de safra reduzidas, impulsionadas pelos impactos do clima, estão sustentando os preços locais”, aponta a analista Marcela Fernandez Marini.
As exportações brasileiras de milho, destaca ela, alcançaram 2,0 milhões de toneladas em julho de 2021, o que representa uma baixa de 2,0 milhões de toneladas na comparação com julho de 2020.
“Atrasos na colheita e a baixa disponibilidade de milho impactaram o ritmo das exportações de milho”, explica a especialista no relatório RaboResearch Food & Agribusiness.
Os pilotos da aviação agrícola também têm seu dia

A estratégia moderna ajuda a semear grandes áreas destinadas a culturas diversas e a combater insetos, fungos e ervas daninhas. É mais barata, rápida e segura, pois aproveita melhor as condições climáticas, permite usar o defensivo no momento certo e de forma planejada.
dO dia 19 de agosto marca a data em que, em 1947, ocorreu a primeira operação aeroagrícola no Brasil. Foi na gaúcha Pelotas, com um avião do aeroclube local e utilizando um sistema improvisado de pulverização para combater uma praga de gafanhotos que estava dizimando a produção local em diversas culturas.
À época, o socorro veio da iniciativa do agrônomo Leôncio Fontelles e do piloto Clóvis Candiota. Fontelles era o encarregado do Ministério da Agricultura na região e foi a quem os agricultores recorreram, desesperados com as perdas provocadas pelos insetos, que não podiam ser combatidos do chão.
Fontelles era o encarregado do posto local do Ministério da Agricultura e idealizou a ação contra os gafanhotos
Os dois pioneiros improvisaram a instalação de uma espécie de polvilhadeira (encomendada de um funileiro local por iniciativa de Fontelles a partir de desenhos de publicações sobre aviação agrícola) em um avião biplano Muniz M-9, utilizado na instrução de pilotos.
Na tarde do dia 19 de agosto, quando veio o aviso de uma nova nuvem de insetos, dessa vez na região onde hoje é o bairro Areal, Candiota decolou com Fontelles operando o sistema de pulverização e foi quando o jogo começou a virar em favor dos agricultores.
Empolgados com o sucesso, o piloto e o agrônomo abriram em seguida a primeira empresa de aviação agrícola do país, a Sanda (Serviço Aéreo de Defesa Agrícola), que operava com dois aviões CAP-4 Paulistinha.
Inauguraram também a dobradinha – ainda hoje – presente em todas as empresas de aviação agrícola nacionais – obrigadas por lei a terem o piloto especialmente formado para a tarefa e um agrônomo responsável por coordenar as operações (além de pelo menos um técnico agrícola na equipe de solo em cada missão).
A partir daí, a ferramenta começou a ser aperfeiçoada e usada também em outras regiões. Inclusive por iniciativa oficial: já em 1948, a pioneira Ada Rogato se tornou a primeira mulher a pilotar em operação aeroagrícola no Brasil, contra a broca-do-café em terras paulistas – a serviço do Instituto Biológico de São Paulo.
Hoje comemorando seus 74 anos, a aviação agrícola é a única ferramenta para o trato de lavouras com regulamentação própria.
Opera com as mais altas tecnologias embarcadas no campo em equipamentos e produtos (químicos ou biológicos, sementes e fertilizantes), ajudando regiões a colherem até duas ou três safras anuais, além de atuar ainda na proteção das reservas naturais contra incêndios.
Não por acaso, o Brasil ocupa o posto de país com a segunda maior e uma das melhores frotas do mundo, crucial para culturas estratégicas como soja, cana-de-açúcar, arroz, milho, frutas e outras.
Candiota se tornou patrono da Aviação Agrícola nacional pelo Decreto Federal 97.669/89, que oficializou a data comemorativa do setor.
Café: quebra da safra e exportações devem elevar preço em até 40%

O preço do café que chega à mesa do consumidor deve aumentar entre 35% e 40% até o fim de setembro. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), que aponta uma série de fatores para explicar a iminente alta do preço, como a queda da produtividade devido às condições climáticas adversas e a maior demanda do mercado externo.
“Este ano, há uma soma de fatores como não se via desde o início da década de 1990. O dólar está extremamente alto, o que, ao mesmo tempo que eleva os custos de produção, amplia a demanda externa [ao tornar o produto brasileiro financeiramente mais atraente]. Além disso, após colhermos uma excelente safra em 2020, a produção, que este ano já seria menor, foi prejudicada pela falta de chuvas e por sucessivas geadas”, destaca o diretor-executivo da Abic, Celírio Inácio.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra atual não deve ultrapassar 48,8 milhões de sacas de 60 kg de grãos. Se atingida, esta marca representará um resultado 22,6% inferior ao da temporada anterior.
Situação que, conforme alertam os técnicos da empresa pública, pode se agravar caso a seca em regiões produtoras se prolongue por mais tempo.
Segundo Inácio, os produtores já esperavam colher um volume de grãos menor do que o do ano passado. Isto porque uma das características do cultivo do café é a bienalidade, ou seja, o fato de intercalar um ano de alta produtividade com outro de menor volume.
Contudo, a intensidade da seca e/ou geadas que atingiram as principais regiões de cultivo do país obrigaram o setor a reduzir ainda mais suas expectativas iniciais.
ESTADOS
Os estados mais afetados são Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Em algumas localidades, principalmente do sul mineiro, lavouras foram inteiramente destruídas por geadas.
Fato que motivou o Conselho Monetário Nacional (CMN) a reservar R$ 1,32 bilhão para linhas especiais de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) destinadas a socorrer produtores prejudicados pelas geadas.
PERDAS
A dimensão exata das consequências para o setor cafeeiro da seca e das fortes geadas registradas este ano ainda está sendo avaliada. Contudo, em nota, o Ministério da Agricultura informou que levantamentos preliminares indicam que só as geadas atingiram cerca de 200 mil hectares de cafezais (cada hectare corresponde, aproximadamente, a um campo de futebol oficial).
Sindicato alerta para fechamento de frigoríficos

Maior produtor de carne bovina do país, Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado (Sindifrigo-MT) alerta para o risco de não ter gado suficiente para o abate.
Segundo o presidente da organização, Paulo Bellincantas, a arroba do boi, com atraso de anos, atingiu os patamares dos preços internacionais e permanecerá neles.
A realidade fez com que o preço da carne no mercado fosse reajustado de forma muito rápida, em um momento que a economia sofre com os impactos da crise sanitária desencadeada pela pandemia.
“São hábitos e costumes enraizados em nossa cultura e que precisarão se adaptar. A dura realidade da falta de matéria-prima tem trazido sérios problemas para o setor. Soma-se à ociosidade, que tem batido recordes a cada ano, o fator dos preços do produto final para o consumidor. O desequilíbrio entre a exportação e o mercado interno tem provocado um desequilíbrio maior ainda entre empresas exportadoras e não exportadoras”, disse Bellincanta.
O presidente do sindicato aponta ainda que o produtor da carne bovina concorre com o produtor de grãos, que chega a faturar cinco ou seis vezes mais que ele. Com isso, alguns dos produtores acabam alugando suas terras para a atividade agrícola.
As 33 indústrias frigoríficas instaladas em Mato Grosso trabalharam em 2020 com apenas 58,57% de capacidade. No ano de 2018, os frigoríficos abateram cerca de 5,31 milhões de animais, arrecadando R$ 297 milhões, saltando no ano de 2020 para R$ 432 milhões, com apenas 5.126.000 animais abatidos. Isto é, mais dinheiro com menos abate.
“Mesmo com a redução no número de abate, a arrecadação aumentou em 45%, em decorrência dos preços maiores. Bons números a serem comemorados, se não fossem os problemas que atingem a indústria no estado”, relatou Bellicanta.
OUTRO LADO
Após o apelo do Sindifrigo, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) se manifestou. Segundo explica, o abate de fêmeas gera impactos em toda a cadeia pecuária e resultam em épocas de alta e baixa nos preços da arroba. Com o bezerro também em preços recordes, cotado acima de R$ 2,5 mil, o preço da arroba estacionou acima dos R$ 300.
Entretanto, outros fatores podem ter levado a essa queda, como a seca, que afetam também a produção de milho e soja.
“A pecuária de corte é uma atividade influenciada por comportamentos sazonais que geram respostas no preço da arroba. Cerca de 60% da produção nacional de bovinos depende exclusivamente de pastagens, e a seca prolongada que rege o clima da região Centro-Oeste por mais de dois anos, contribuiu para agravar a escassez na oferta de animais em 2021”, diz trecho da nota.
Volume de fretes do agronegócio cresce 65% no primeiro semestre

O volume de fretes rodoviários no agronegócio cresceu 65% no primeiro semestre de 2021, segundo levantamento divulgado pela Fretebras.
Segundo a companhia, os fretes do setor produtivo representam 37% da movimentação da plataforma Fretebras nos seis primeiros meses, com uma movimentação que chegou a R$ 10,8 bilhões.
Considerando apenas o segundo trimestre, o crescimento foi de 83% no geral. O agro cresceu 69% neste período. Os estados que representam o maio volume de fretes são São Paulo (21,5%), Minas Gerais (15,7%) e Paraná (13,2%).
PRODUTOS MAIS MOVIMENTADOS
Segundo o IBGE, a produção do agronegócio cresceu 3,8% no segundo trimestre. Isso levou a um aumento da necessidade de escoamento, que acontece principalmente pelo modal rodoviário.
Os produtos mais transportados no primeiro semestre foram fertilizantes (29%), soja (13%) e milho (10%). Este último poderia ter tido desempenho melhor, não fossem as quebras na safrinha pela estiagem e pelas geadas.
Os fertilizantes cresceram 122% no semestre e 141% no segundo trimestre. A soja cresceu 28% no semestre e 6% no segundo trimestre. Já o milho cresceu 37% no semestre e 31% no segundo trimestre.
Custos de produção de soja sobem quase 20% na safra 2021/22

Relatório mensal do custo de produção da soja transgênica em Mato Grosso divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) esta semana mostra variações significativas que impactaram o bolso do produtor entre julho de 2021 e igual período de 2020.
O levantamento mostra que na safra de 2020/21, o produtor do estado líder em cultivo e exportação precisava pagar R$ 3.347,91 por hectare. Já na safra 2021/22, o número saltou para R$ 3.978,21, um aumento de 18,83%, sem considerar depreciações e custos de oportunidade. O arrendamento de terra foi o principal vilão dessa conta.
Outro fator que contribuiu fortemente para a alta geral foi o preço pago pela assistência técnica, passando de R$ 29,58 para R$ 42,88, diferença de 44,95%.
O preço da semente de cobertura também contribuiu para tirar mais dinheiro da mão do produtor. Enquanto em julho de 2020 era necessário aplicar R$ 22,06 por hectare, no mês passado esse valor ficou em R$ 31,58, alta de 43,14%.
Para se ter ideia dos aumentos sistemáticos, os custos gerais da safra de 2018/19 giravam em R$ 2.932,95, um acréscimo de 35,64% para a atual. Assim, observa-se com clareza que os recordes seguidos de produção da oleaginosa estão sendo acompanhados de perto por constantes elevações de custos que precisam ser compatibilizadas com enormes gargalos do setor, como a carência na infraestrutura de armazenagem do grão nas fazendas.
O arrendamento de terra foi o item que mais influenciou nos acréscimos de custo, com impressionante alta de 63,3%. Nesse sentido, enquanto na safra passada era necessário desembolsar R$ 170,31 por hectare, na atual o produtor precisa arcar com R$ 278,13.
“O aumento no preço e na rentabilidade da soja em 2020 e 2021 naturalmente é um fator positivo para o preço da terra e para o valor do arrendamento”, considera o consultor de mercado da Safras e Mercado, Luiz Fernando Gutierrez.
Cultivo de maracujá se torna mais lucrativo nos últimos anos

Mato Grosso tem atualmente 412 hectares de área cultivada com maracujá, sendo a maior parte da espécie amarelo azedo, usado para a produção de polpas.
No cultivo é utilizado o BRS Gigante Amarelo, que tem frutos grandes com peso de cerca de 300 gramas cada, e rendimento de polpa em torno de 40%, conforme dados da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Pedro Ferri Nogueira, que tem uma chácara na zona rural de Sinop, começou o plantio de maracujá há um ano porque não estava conseguindo bons resultados na produção de leite, e queria uma alternativa a mais para obter renda.
“A minha propriedade é pequena e o custo do leite estava muito alto. Eu tinha dois hectares parados e então decidi investir no maracujá”, contou.
Nogueira plantou 1,6 mil pés o ano passado, com investimento de aproximadamente R$ 40 mil. A safra foi de 7 mil kg de maracujá por mês, com os pés produzindo durante cinco meses. Quase todo o fruto foi vendido in natura para uma cooperativa local, que trabalha com a polpa da fruta.
“Foi uma produção boa. Agora está na entressafra, mas daqui uns dois meses deve começar de novo. A minha expectativa é boa para a próxima colheita. E o preço está bom, estão pagando R$ 2,30 por quilo”, disse.
Entre os municípios que se destacam na produção estão União do Sul, Tabaporã, Itanhangá, Terra Nova do Norte e Nova Brasilândia.
“É uma cultura para o pequeno produtor, a maioria da produção no estado é plantada em áreas de até 10 hectares”, disse Thiago Tombini, engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer).
O cultivo do maracujá, como polinização, plantio, adubação, é todo feito de forma manual, o que requer muita mão-de-obra. O custo para plantar um hectare, em média, ultrapassa os R$ 17 mil. Mas, normalmente no primeiro ano já para cobrir os custos. A planta começa a produzir com cinco até sete meses, e costuma ter até quatro anos de vida útil.
“É uma atividade rentável, gera bastante lucro. Muitos produtores conseguem tirar de 20 a 25 toneladas de maracujá por ano, em uma área plantada de um hectare”, disse Tombini.
O aumento nessa cultura no estado teve início em 2019, com apoio da Empaer. Conforme Tombini, até então o preço pago era muito baixo e a partir do momento que a indústria começou a garantir preços melhores, os produtores, passaram a investir mais.
“A fruticultura entrou para complementar a renda desse pequeno produtor, que em sua maioria já era da horticultura. Todos queriam plantar algo, mas tinha que ser algo que a indústria comprasse. E o mercado começou a comprar mais, tanto maracujá como melancia, então acabou sendo a opção mais rentável”, disse o engenheiro agrônomo.
A maioria da produção mato-grossense abastece o mercado interno, com preços que variam entre R$ 1,50 e R$ 1,80 por quilo da fruta in natura.
Senar-MT irá disponibilizar 40 cursos de formação de Brigadas de Incêndio

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), em parceria com os Sindicatos Rurais, irá disponibilizar nas próximas semanas cerca de 40 treinamentos de Formação de Brigadas de Incêndio Rural no Estado.
Para o restante de agosto, estão previstos mais oito cursos de Formação de Brigada de Incêndio. De acordo com o superintendente do Senar-MT, Francisco Olavo Pugliesi de Castro, quanto mais pessoas forem capacitadas para atuar no combate ao fogo, mais rápida será a ação em caso de incêndios nas propriedades rurais.
Além do treinamento de Formação de Brigada de Incêndio que aconteceu nos dias 16 e 17 em Rondonópolis, também estão previstos cursos para Poxoréu, Nova Mutum, Gaúcha do Norte, Nova Xavantina, Peixoto de Azevedo, Vera e Primavera do Leste. Os interessados devem procurar informações nos Sindicatos Rurais.
De acordo com a entidade, o objetivo é passar o conhecimento necessário sobre a estrutura e funcionamento de uma brigada de incêndio, manejo de ferramentas para a prevenção e combate aos incêndios florestais.
O conteúdo também inclui noções de primeiros socorros e alternativas ao uso do fogo. A capacitação terá a duração de dois dias, com carga horária de 16 horas.
5 fatos do agronegócio para acompanhar em setembro

As exportações brasileiras do agronegócio atingiram valor recorde para julho, totalizando US$ 11,29 bilhões, 15,8% a mais que os valores constatados no mesmo mês de 2020, de acordo com dados do Mapa.
“Apesar da queda no volume exportado de quase 10%, os preços 28,5% superiores têm sustentado o incremento na receita das vendas externas”, destaca o professor doutor Marcos Fava Neves.
De acordo com dados do chamado “Doutor Agro”, o complexo soja liderou os embarques, com valor recorde para o mês de US$ 5,01 bilhões (+21,6%), com destaque para a soja em grão, que representou 78% do valor do segmento.
“Outro fato que marcou o nosso agro em julho foram, infelizmente, os episódios com as geadas, que causaram prejuízos em diversas lavouras como o café, a cana-de-açúcar, a citricultura e hortifrútis em geral. Os impactos devem permanecer até a safra 22/23”, conclui Neves.
E para setembro, o que esperar do agronegócio? O “Doutor Agro” destaca 5 fatos que merecem ser acompanhados.
1 – A finalização da colheita do milho segunda safra e o volume produzido, o avanço das exportações de grãos do Brasil e o abastecimento interno;
2 – A evolução do clima e dos custos para o plantio da mega safra 2021/22, e as decisões de compra e venda;
3 – A crise hídrica e as medidas a serem tomadas;
4 – A crise institucional (política), seus reflexos no câmbio e as perspectivas econômicas com a aceleração da vacinação;
5 – O andamento da safra americana. As condições das lavouras se deterioraram neste mês. Porém, a perspectiva é de melhora no clima para o encerramento da safra.
Suinocultura é a nova “menina dos olhos” da economia mato-grossense

Potência nacional do agronegócio, especialmente de 30 anos para cá, o Mato Grosso se tornou uma força na bovinocultura de corte e na agricultura – especificamente milho, soja e algodão.
Mas para quem pensa que a pauta se encerra por aí, se engana. Hoje, a carne suína dá ao estado a condição de quarto maior produtor nacional, perdendo apenas para as três unidades da região Sul.
O feito é grandioso, pois há 20 anos, Mato Grosso era importador. Atualmente, possui um rebanho de 160 mil matrizes – número estimado pela Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat) –, contadas apenas entre os associados tecnificados e com produção em escala, filiados à entidade.
Esse número de produtores representa 85% da produção. O restante está nas mãos de pequenas propriedades, quase para subsistência. De sua produção, cerca de 500 mil toneladas/ano, MT consome 25%, exporta 5% e comercializa os 70% restantes com os demais estados da federação.
Pequena para si, porém grande para outras localidades, a suinocultura mato-grossense é das frentes mais promissoras, em função da oferta de nutrientes da dieta envolvida. Contudo, o presidente da Acrismat, Itamar Canossa, reconhece que a conjuntura dificulta muito uma expansão mais rápida.
Ele fala das sucessivas altas do dólar e grandes dificuldades de logística, como a precariedade de rodovias, ferrovias e hidrovias, fundamentais para a chegada de insumos e o escoamento da produção. Aliás, ele atenta para revezes que são comuns à maior parte do agronegócio do MT.
“Soja e milho são abundantes aqui, mas do dólar puxou o preço de tudo. Há dois anos, a saca de milho custava R$ 25. Hoje estão pedindo R$ 80. No mesmo período, o quilo de carne suína saiu de R$ 4,50 para R$ 6,50. Isso significa dizer que há aperto na renda e que a categoria precisa de investimentos na logística”, explica Canossa.
Frente aos entraves de qualquer atividade econômica e, como dirigente, ele prega que não se abaixe a cabeça e que concentre o esforço no trabalho dentro da propriedade.
“Defendo que precisamos fazer a lição de casa, intensificar e mecanizar. A redução de custos está dentro de casa e há muita tecnologia e novos modos de fazer para conquistar o sucesso”, reforça.
DEJETOS
Outro gargalo são os dejetos. Mas os produtores trabalham bem a questão. Grande parte possui biodigestores tornando a atividade autossuficiente no item energia e muitos ainda devolvem a rede elétrica o excedente.
Outro ponto é que os resíduos acabam sendo transformados em adubo, retornando ao solo como nutrientes.
Se a tecnificação é uma grande aliada da preservação ambiental, a mão-de-obra utilizada na suinocultura, também é ponto importante. Na média um colaborador para cada 100 matrizes em trabalho. Ela é bastante qualificada e requer formação específica, de modo que treinamento é uma constante nas fazendas, não só no manejo como na gestão e controles.
Produtores já compram fertilizante para 2022/23

As boas margens de lucro na agricultura, combinadas com a alta nos preços dos insumos, motivaram os produtores brasileiros a antecipar compras, aponta o Rabobank.
“Os preços mais altos das commodities impactaram positivamente a demanda de fertilizantes do Brasil desde o ano passado”, destaca em relatório o analista sênior da instituição, Matheus Almeida.
De acordo com ele, após antecipar a compra de insumos agrícolas para a próxima safra de soja (2021/22), alguns produtores foram ao mercado no primeiro semestre em busca de volumes de fosfato e potássio para a safra de soja de 2022/23.
No entanto, destaca Almeida, embora os agricultores estejam dispostos a comprar insumos mais cedo do que antes, nem todas as empresas de fertilizantes estão dispostas a vender 12 meses antes do prazo de entrega.
“Isso ocorre porque os produtores de fertilizantes no exterior não estão acostumados a trabalhar nesses termos e, como resultado, parte do risco relacionado à volatilidade dos preços teria de ser assumido pelos vendedores locais. Mesmo assim, algumas empresas conseguiram abastecer os agricultores e alguns negócios para a safra 2022/23 já foram concluídos”.
DESEMPENHO E PERSPECTIVAS
Ainda de acordo com o relatório do Rabobank, impulsionada pela expansão da área plantada e principalmente pelo aumento nas taxas de aplicação, a demanda por fertilizantes cresceu 12% em 2020. A performance do setor atingiu um total de 40,6 milhões de toneladas, surpreendendo até os analistas mais otimistas.
O poder de compra favorável dos agricultores durante o 1S 2021 e as expectativas de margens maiores para as safras de soja, milho e algodão nesta temporada (2020/21) e na próxima (2021/22) serão os principais impulsionadores da demanda por fertilizantes neste ano.
“O recente aumento nos preços dos fertilizantes, bem como outros custos, reduziu o poder de compra dos agricultores, mas pode não afetar consideravelmente a demanda até o segundo trimestre de 2022”, conclui Almeida.
Produtores reclamam de cobranças em contratos de venda de milho

Agricultores que colheram menos milho do que esperavam em Mato Grosso estão com dificuldades para cumprir os contratos de venda antecipada do grão e reclamam das cobranças de algumas empresas compradoras.
Em Primavera do Leste, o produtor Ary José Ferrari terminou a colheita dos 2,2 mil hectares de milho cultivados na propriedade. Ele esperava colher, em média, 140 sacas por hectare.
No entanto, o clima adverso prejudicou o desempenho dos milharais. Diante disso, o produtor diz que a produção deste ano só foi suficiente para cumprir os contratos que já estavam fechados.
“Teve lugar que nem passou a colheitadeira, e a quebra foi de 40%. Não sobrou nada, mas paguei os contratos, agora vamos partir para outra, a gente sempre pensa que o ano que vem vai ser melhor”, diz Ferrari.
A produtividade do milho abaixo da esperada, marcou esta segunda safra em Primavera do Leste. “O cenário em algumas regiões é que tivemos quebra de 50%. Outras o percentual ficou em 30% ou 20%. Então, na média, eu hoje estou colhendo 30% a menos do que o ano passado. Teremos uma diminuição de 30% na colheita de milho safrinha”, destaca o Sindicato Rural local.
Em Campo Verde, os agricultores também colheram menos milho do que esperavam este ano, segundo relato do presidente do sindicato rural da cidade, Alexandre Schenkel.
“Essas lavouras foram plantadas mais tarde e a gente teve problemas de falta de chuvas no final do ciclo da cultura. Isso fez com que a gente tivesse perdas de até 20% ou mais nas nossas áreas de milho na nossa região”, conta.
Quem não conseguiu colher o que precisava para honrar compromissos tenta negociar com empresas compradoras de grãos e algumas tradings representadas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
WASHOUT
Na prática, o washout é a recompra do produto e ocorre quando um agricultor não consegue cumprir o que vendeu antecipadamente. O advogado Rafael Krizansk, especialista em agronegócio, explica que os valores deverão obedecer aos limites legais, sem multas e juros abusivos.
Aliás, o preço dessa diferença deve ser pactuado entre comprador e vendedor e não deve ser automaticamente calculado conforme o preço de mercado do dia, o que, segundo o especialista, não está sendo interpretado da maneira correta.
“O washout deveria ser interpretado como um direito a indenização, desde que a parte que alega prejuízos prove esses prejuízos da forma específica, e não de forma genérica como está acontecendo. Apesar do bom relacionamento de longa data, os produtores estão sendo agressivamente cobrados e tendo as suas contas e as suas safras futuras comprometida por um mecanismo contratual colocado de forma unilateral pelas empresas compradoras. Nós lutamos para que os nossos magistrados e o Poder Judiciário tenham o discernimento de olhar caso a caso e não faça de forma repetida decisões que vão ao desencontro de um equilíbrio contratual necessário”, pontua Krizansk.
Quais alternativas para otimizar o uso na nutrição animal?

O milho tem sido o principal ingrediente para fornecimento de energia a bovinos em fase de terminação, pela alta concentração de amido em sua estrutura.
Com a alta no preço desta matéria-prima, porém, aproveitá-la da melhor forma é uma das alternativas para otimizar a dieta fornecida aos animais, garantir melhor eficiência alimentar e resultados positivos para o negócio.
O aumento na digestibilidade ruminal do amido presente no grão de milho é responsável pela melhoria no desempenho de bovinos de corte, em virtude do aumento do aporte energético para o animal e do aumento da produção de proteína microbiana.
As condições tropicais típicas do nosso país impõem limitações para produtividade de milho de endosperma macio, do tipo Farináceo, que naturalmente possui maior digestibilidade.
Alguns processamentos nos grãos de milho agem na matriz proteica citada acima, deixando o amido mais disponível aos microrganismos do rúmen bovino.
Os mais comuns no Brasil são: ensilagem de grão úmido, ensilagem de grão reidratado e ensilagem de espiga de milho (Snaplage).
SILAGEM DE GRÃO ÚMIDO
Este processo consiste em uma colhedora que retira os grãos de milho da espiga da planta quando eles atingem 30 a 35% de umidade. Os grãos são levados ao moinho e, então, são processados e colocados dentro do silo para sofrerem fermentação.
SILAGEM DE MILHO REIDRATADO OU RECONSTITUÍDO
A pequena janela de colheita entre 30 e 35% de umidade do grão adotada na silagem de grão úmido pode dificultar sua utilização, por mais que ela apresente resultados consolidados. Diante disso, a reidratação ou reconstituição dos grãos de milho com água pode ser uma alternativa para o produtor.
O processo de silagem de milho reidratado consiste em adicionar água aos grãos colhidos com 14 a 15% de umidade para chegarem a 30 a 35% de umidade. Eles, então, são direcionados aos moinhos com presença de peneiras e acondicionados no silo para o início do processo fermentativo.
SILAGEM DE ESPIGA DE MILHO (SNAPLAGE)
O processo de ensilagem da espiga do milho consiste, basicamente, na colheita dos grãos no ponto de milho grão úmido, com a presença do sabugo e da palha. A umidade dos grãos pode ser a mesma do milho grão úmido ou levemente mais seca, pois o sabugo é capaz de fornecer incremento em umidade para o total.
VANTAGENS NO PROCESSAMENTO DE GRÃOS
Observa-se em 2021 uma elevação expressiva nos custos de produção para bovinos, sobretudo para bovinos confinados, uma vez que a alta no preço dos grãos influencia diretamente o custo da arroba produzida.
Por isso, é possível utilizar o processamento de grãos como alternativa em dietas de bovinos confinados, uma vez que a parte energética da dieta tem grande influência tanto nos custos quanto no desempenho animal. Dessa forma, tornar a nutrição mais eficiente é sinal de melhor resultado financeiro.
É importante lembrar que a dieta do confinamento precisa ser balanceada com fontes de fibra, proteína, energia, microminerais e aditivos.
Brasil deve embarcar até 6,5 mi de toneladas de soja em agosto

As exportações brasileiras de soja em grão deverão ficar entre 5,99 milhões e 6,5 milhões de toneladas em agosto, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC).
Em agosto do ano passado, as exportações ficaram em 5,57 milhões de toneladas. Em julho, o país embarcou 7,97 milhões de toneladas.
Na semana entre 15 e 21 de agosto, o Brasil embarcou 1 milhão de toneladas. Para o período entre 22 e 28 de agosto, a ANEC indica a exportação de 1,31 milhão de toneladas.
No acumulado do ano, a Associação projeta embarques de até 74,97 milhões até o final de agosto.
Para o farelo de soja, a previsão é de embarques de 1,67 milhão de toneladas em agosto. No mesmo mês do ano passado, o total exportado foi de 1,61 milhão de toneladas.
Em julho, volume ficou em 1,75 milhão de toneladas. Na semana passada, as exportações ficaram em 431,18 mil toneladas e a previsão para esta semana é de 389,65 mil toneladas. No acumulado do ano, os primeiros sete meses devem fechar com 11,68 milhões de toneladas embarcadas.
MT registra mais de 4 mil focos de incêndio em agosto

Mato Grosso registrou mais de 4 mil ocorrências de foco de calor em agosto e deixou o setor produtivo do estado apreensivo, principalmente os pecuaristas pantaneiros que no ano passado enfrentaram uma das piores tragédias ambientais já registradas no Brasil, deixando mais de 60% do bioma prejudicado pelos incêndios florestais.
O fogo avança pelo Parque da Chapada dos Guimarães, e consumiu quase seis mil hectares de uma área de proteção ambiental. O clima da atual estação do ano favorece a disseminação das labaredas e dificulta o trabalho de combate no local. A origem do incêndio ainda está sendo investigada.
O tenente-coronel João Paulo de Queiroz, do Corpo de Bombeiros, observa que “no mês de agosto o vento é mais forte e também a baixa umidade do ar faz com que haja uma propagação maior do incêndio, na data de hoje nós temos cinco dias de combate, nosso efetivo máximo empregado ocorreu no sábado, o fogo foi se alastrando, às nossas equipes elas estão em combate frente ao fogo”.
A força-tarefa para controlar as chamas conta com três aeronaves, um helicóptero e um efetivo de 42 pessoas entre militares e civis, do ICMBIO, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
”Nós conseguimos equipar toda a tropa, mais de 800 kits com fardamento, equipamento proteção individual, fizemos a capacitação de quinhentos brigadistas e desses estamos contratando 100, pode chegar mais vai depender da necessidade, o ano passado investimos R$ 32 milhões e esse ano estamos investindo R$ 73 milhões. Isso é bem superior à nossa média de R$ 5 milhões que a gente investiu nos últimos 10 anos”, relata Queiroz.
LIDERANÇA INDESEJADA
O estado lidera o ranking nacional de focos de calor registrados no Inpe, com 11,3 mil ocorrências, 25% a menos do que no mesmo período do ano passado.
Mesmo com a redução, o momento é de alerta, sobretudo entre agosto e setembro, meses considerados críticos. Só nos primeiros 22 dias deste mês houve quase 4,8 mil registros, cerca de 40% do total deste ano.
O secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), Alex Marega, pontua que, no mês de agosto, a grande preocupação são os ventos.
O cenário deixa o setor agropecuário mato-grossense em estado de alerta, de acordo com o gerente de Relações Institucionais da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Nilton Mesquita.
“Uma das orientações que a gente mais tem usado é fazer o acero principalmente onde tem rodovias onde tem fluxo de pessoas que acaba gerando incêndio, aí você tem prejuízos com perdas de cercas, com as pastagens, animais que tem que ser deslocados de um lado para o outro, planejamentos de cercas, rotacionamento, tudo isso gera transtornos e dificuldade para o produtor”, observa o representante.
No Pantanal, que está sofrendo com a falta de chuvas novamente neste ano, os primeiros focos de incêndio começaram a aparecer e despertar atenção redobrada nas propriedades.
Consumo per capita de carne suína cresce e chega a 17,65 kg no 2º trimestre

O consumo de carne suína per capita no Brasil no segundo trimestre chegou a 17,65 quilos, ante volume recorde em 2020 de 16,9 kg, informou a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
Consideradas todas as carnes, o consumo projetado para o ano é de 93,01 kg per capita, sendo que a carne suína representa 19% deste total.
Para o consultor de mercado da ABCS, Iuri Pinheiro Machado, o aumento "consistente e contínuo" do consumo doméstico de carne suína é o fato mais positivo do ano para a entidade, que atribuiu o resultado à maior produtividade nas granjas, busca pela qualidade da carne e informação aos consumidores e profissionais de saúde quanto à saudabilidade da carne suína.
A ABCS destaca as exportações do produto in natura em julho, de 92,84 mil toneladas.
“No balanço acumulado do ano, de janeiro a julho, quando comparado com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de 16% (+81,9 mil toneladas) no volume de carne suína brasileira in natura embarcada no total e de 2 % para a China (+61,8 mil toneladas)”.
Para os próximos meses, é esperada uma redução da diferença em relação ao mesmo período do ano passado, como já vem ocorrendo nos últimos três meses. A projeção é terminar 2021 com volumes exportados acima de 10% superior ao de 2020.
Leilões para abastecer pequenos criadores de milho devem iniciar em setembro

Os leilões públicos de compra ou de remoção de estoque de milho realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deverão iniciar em setembro, de maneira parcelada e em diversas regiões mais próximas dos polos de entrega definidos pela Companhia.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina já encaminhou para o Ministério da Economia a proposta de aquisição de até 110 mil toneladas, suficientes para atender a demanda do Programa de Venda em Balcão (ProVB) até o final do ano. O programa beneficia pequenos criadores de animais, inclusive os aquicultores.
Segundo o Ministério da Agricultura, com esta ação, o volume ofertado de milho garantirá regularidade do abastecimento de um dos principais insumos utilizados pelos pequenos criadores no interior do país.
Com a publicação da Medida Provisória 1.064, em 17 de agosto deste ano, ficou decidida a compra, anual, de até 200 mil toneladas de milho, em condições de mercado, para atendimento ao Programa, por meio da Política de Formação de Estoques Públicos.
Conforme determina a MP, o volume de compra de milho para este ano deve ser definido em ato conjunto dos ministérios da Agricultura e da Economia, de acordo com a programação da Conab.
A estatal vai definir o limite de compra por criador, considerando o consumo de seu rebanho – não podendo exceder 27 toneladas mensais por inscrição -, e também definirá o preço de venda do milho por estado ou região.
“Com isso não haverá descontinuidade no atendimento ao programa de balcão, tão importante para atender ao pequeno criador, sobretudo nesse momento de redução na produção em virtude das intempéries climáticas que afetaram a produção do milho em diversas regiões do país”, destacou o secretário de Política Agrícola, Guilherme Bastos.
Dia da Avicultura: Brasil aumenta exportação de carne de frango

Neste 28 de agosto comemora-se o Dia da Avicultura, setor definido como criação e produção de aves, com o propósito principal de obter carne e ovos, seja para consumo próprio ou para comercialização.
E neste ano de 2021, considerando os produtos entre in natura e processados, as exportações brasileiras de carne de frango totalizaram 414,3 mil toneladas em maio, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O número supera em 3,7% o total embarcado no mesmo período de 2020, quando foram registradas 399,4 mil toneladas.
No acumulado deste ano, a receita aumentou 4,8%, com US$ 2,826 bilhões contra US$ 2,697 bilhões em 2020.
Em volume, o acumulado das exportações de janeiro a maio chegou a 1,846 milhão de toneladas, saldo 4,6% maior em relação ao ano anterior, com 1,764 milhão de toneladas.
No destaque dos principais mercados importadores em 2021 estão as Filipinas, com 61,9 mil toneladas (65,3%), a Rússia, com 42,8 mil t (33,6%), o Reino Unido, com 41,7 mil t (41,4%) e o Chile com 39,7 mil t (152,9%).
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o ritmo das exportações de carne de frango vem ajudando a equilibrar a pressão gerada pelos custos de produção.
“As nações importadoras seguem com boa demanda, e o produto brasileiro manteve-se competitivo no exterior, mesmo sendo abastecido por grãos caros”.
A DATA
Nesta data, os avicultores aproveitam para discutir os desafios a serem enfrentados pelo setor. Muita gente acha que a avicultura se limita a produção de frangos e galinhas, no entanto também podem criar e gerar produtos a partir de gansos, avestruzes, codornas, patos, marrecos e outras aves.
Esses animais possivelmente chegaram ao país junto com os portugueses, na época colonial em torno de 1500.
Contudo, a comercialização se deu a partir de 1860 e a criação era no sistema "caipira", com as aves soltas e demorando cerca de seis meses para o abate.
Hoje em dia, devido à industrialização e avanços na área da avicultura, o tempo de abate foi consideravelmente reduzido.
Mato Grosso conclui colheita de milho 2ª safra, diz Imea

A colheita de milho segunda safra 2020/21 foi concluída em Mato Grosso, principal produtor de grãos do Brasil, após um leve avanço de 0,31 ponto percentual na última semana, destaca o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O desempenho está em linha com o mesmo período do ciclo anterior, quando a colheita também já havia terminado, e ainda supera os 99,95% da média histórica para esta época, após atrasos ao longo da temporada causados por um plantio tardio e adversidades climáticas.
Para o algodão, os trabalhos avançaram expressivos 13 pontos percentuais na semana, para 77,71% das áreas do Estado, informou o instituto.
A colheita está atrasada nas lavouras da pluma tanto em relação ao mesmo período de 2019/20 (94,95%), quanto ante a média dos últimos cinco anos (85,28%), mostraram os dados.
Quando e como surgiu o agronegócio?

Do mercado até a mesa, os produtos que nascem no campo abastecem todas as cidades do país. Esses alimentos e matérias-primas são usados por empresas de vários ramos, que integram o agronegócio.
O setor é um dos mais fortes do Brasil e, mesmo com a pandemia, continua em alta e faz diferença no PIB do país. No primeiro trimestre de 2021, o crescimento do setor foi de 1,2%.
Paralelo aos números gordos, o agro é acusado de contribuir para o desmatamento de florestas, a contaminação dos solos e rios, devido ao uso indiscriminado de agrotóxicos, e de prejudicar a saúde dos consumidores; com o excesso de produtos químicos utilizado no tratamento de animais de corte e na lavoura.
Mas o que, de fato, é o agronegócio? Quando o termo surgiu? E possível amenizar os impactos causados no meio ambiente por essa atividade?
O que é agronegócio e quando o termo surgiu?
A agricultura, a pecuária e o extrativismo fazem parte da história da humanidade, assim como o comércio, mas essas atividades tomam o nome e a proporção do agronegócio, como conhecemos hoje, há cerca de 60 anos.
"O termo agribusiness [agronegócio] se tornou público nos EUA em 1955. Neste ano, pela primeira vez, professores de Harvard usam a palavra, que foi originada por Ray Goldberg, pesquisador acadêmico das cadeias produtivas", explica o diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Eduardo Daher.
Tudo isso já existia, mas a cadeia produtiva não era organizada como hoje. Quando se fala em agro, não se pensa em bucólicos agricultores com enxada na mão, mas em insumos, tratores e maquinário, agrotóxicos, cooperativas, traders e o setor pecuário.
Daher explica que esses meios trabalhavam de uma forma desconexa e, a partir da década de 50, pautado no pensamento de Goldberg, esses núcleos começam a ser pensados e entendidos como o que chamamos atualmente de cadeia produtiva.
“Quem assume esse conceito a nível governamental e transforma o agronegócio em algo mais pesado é [o então presidente dos EUA] Lyndon B. Johnson, após os anos 60. Se falava em guerra contra a fome e tinham que fazer uma produção em maior escala. Criaram um conselho de agronegócio e grandes empresas foram integradas nessas cadeias, que passaram a enxergar o processo como um todo”, lembra.
Como o agro chegou no Brasil?
No Brasil, o termo agribusiness chega traduzido por Ney Bittencourt de Araújo, fundador da Abag e ganha força a partir dos anos 2000. Tal mudança chega após os anos 70 e muda a ideia de que o país era somente um produtor de café.
Do café na xícara até o couro no sapato, e a madeira que produz o lápis. Todos esses ciclos são de alguma forma parte do agronegócio.
“Tudo que passa pela cadeia do agronegócio é o conceito de agribusiness. E os produtos também mudaram, o açúcar saiu [apenas] do cafezinho e foi para o motor dos carros [em forma de etanol] criando o setor conhecido como sucroenergético”, completa.
Mas Daher é crítico em apontar que nem tudo pode ser considerado agronegócio, pensamento que por algum tempo foi disseminado.
“A floresta plantada é agronegócio, se planta uma floresta para poder a cada sete anos derrubar árvores, isso é agronegócio. Agora, a floresta que já estava lá, o bioma da Amazônia, isso não é agronegócio”, diz.
Quais os impactos do agronegócio?
A produção em larga escala e o equilíbrio com o meio ambiente são os grandes desafios e o calcanhar de Aquiles do agronegócio, que usa grande quantidade de recursos para produção.
O excesso de consumo de água é um exemplo, especialmente na criação de animais destinados ao corte e que vão virar o bife no seu prato.
Somente para produzir um kg de carne de frango são necessários cerca de 3,7 mil litros de água; para a mesma quantidade de carne bovina, o uso vai para cerca de 17 mil litros. Cada brasileiro come, em média, mais de 90 kg de carne por ano.
A proteção, principalmente da Amazônia, tem colocado o Brasil nos holofotes internacionais. De acordo com Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia), a região teve no primeiro semestre o maior desmatamento dos últimos 10 anos, foram cerca de 4.014 km² de floresta devastados em solo brasileiro e a pressão para que o país combata o problema aumenta e traz o risco de possíveis sanções internacionais.
O desmatamento pode prejudicar o agro?
O presidente da Abag acredita que o principal problema está no desmatamento ilegal e na falta de fiscalização, que falha em proteger o território de terras indígenas.
“Temos um código florestal que tem o melhor estabelecimento de regras do mundo, mas tem muita área que não é documentada e não poderia ser tocada, mas grilam os documentos, isso é um verdadeiro banditismo”, exclama.
Daher afirma que apesar de um mercado internacional variado, a Europa diminuiu o consumo de produtos agrícolas brasileiros pela metade nos últimos anos. Para ele, um dos caminhos para a preservação é criar lógicas de 'remuneração'.
“São projetos que estão em andamento, criar uma remuneração por proteção ambiental para empresas e produtores. Quando a floresta em pé valer mais que a derrubada haverá preservação”, completa.
Utilização da capacidade de frigoríficos é a menor em mais de uma década

Nos sete primeiros meses deste ano, os frigoríficos instalados em Mato Grosso abateram pouco mais de 2,654 milhões de bovinos.
O volume é 12% inferior ao registrado em igual período do ano passado (3,018 milhões) e 17,5% abaixo do contabilizado entre janeiro e julho de 2019 (3,220 milhões de cabeças abatidas).
A redução é resultado direto da oferta escassa de animais prontos para abate, o que tem limitado a movimentação nas indústrias.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), aliás, a taxa média de utilização real da capacidade dos frigoríficos este ano é a menor da série histórica do Instituto, que começou em 2010.
Entre janeiro e julho, este indicador ficou em 71,93% de utilização, 8,82 pontos percentuais abaixo do contabilizado há um ano.
Colheita do algodão segue em ritmo acelerado até à noite

Os trabalhos nas lavouras em MT avançaram 13,03 pontos percentuais (p.p.) em relação à semana passada e a região noroeste caminha para o final da colheita.
O clima quente na última semana permitiu que os trabalhos a campo se estendessem até o período noturno nas lavouras em Mato Grosso. Assim, a colheita do algodão alcançou 77,71% das áreas até a última sexta.
Mesmo com o ritmo forte, o percentual colhido está atrasado 17,24 p.p. quando comparado ao da safra 19/20 e 7,69 p.p. em relação à média das últimas cinco safras.
Dentre as regiões do estado, a Noroeste se aproxima do final das atividades, alcançando 95,71% das áreas finalizadas.
No que tange ao rendimento, a produtividade média na semana passada ficou abaixo dos 280@/ha de algodão em caroço, reflexo do maior volume de áreas mais tardias.
Por fim, a destruição das soqueiras segue o ritmo da colheita na maior parte das regiões, de olho no período de vazio sanitário no estado que começa no dia primeiro de outubro em algumas regiões de MT.
MT suspende preço mínimo para cálculo de ICMS nas vendas de 10 produtos agrícolas

Está suspensa até o dia 31 de dezembro a aplicação de preços mínimos para o cálculo do ICMS nas operações internas e interestaduais de 10 produtos agrícolas cultivados em Mato Grosso.
A lista inclui: algodão, arroz, cana-de-açúcar, feijão, girassol, milheto, sorgo e trigo.
A partir de agora, o imposto incidirá sobre o preço real da comercialização, garantindo uma “justiça fiscal”.
Em nota encaminhada pela assessoria de comunicação, a Secretaria de Fazenda de Mato Grosso informou que “suspendeu a lista de preços mínimos para produtos da agricultura mato-grossense em decorrência de solicitação do setor Agro, que demonstrou que os valores de cotação atual dos produtos como soja, milho e algodão estão muito mais altos que os valores comercializados em contrato, que em alguns casos são firmados há mais de um ano”.
O texto diz ainda que “a Sefaz também está realizando um alinhamento com a jurisprudência dos tribunais, que tem questionado a prática da pauta fiscal” e que a nova medida “visa desburocratizar os processos para comprovação dos valores reais praticados”, tendo a implementação possível “pois os controles na fiscalização e monitoramento das operações sujeitas ao ICMS está bem mais avançados que no passado.”
Mapa libera plantio de soja em fevereiro

O plantio de soja em fevereiro está liberado em Mato Grosso para safra 2021/2022.
A autorização foi dada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), na portaria n° 389, de 1° de setembro de 2021, que estabelece os calendários de semeadura da oleaginosa em nível nacional.
O ato atende a um anseio da maioria dos produtores representados pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT).
Conforme a portaria do Mapa, em Mato Grosso o plantio de soja pode ser realizado a partir de 16 de setembro de 2021, podendo seguir até 03 de fevereiro de 2022.
Presidente da Aprosoja MT, Fernando Cadore, lembra que este é um pleito de muitos anos da entidade.
“Esta portaria do Mapa é uma grande conquista para o produtor de soja do Estado, já que a calendarização anterior estabelecida em 2015, não representava a realidade prática vivida pelo produtor no campo, o que foi comprovado cientificamente, inclusive mostrando uma sanidade e uma qualidade melhor do grão, quando plantado para semente em fevereiro”, afirma.
Técnicos fomentam produção de algodão orgânico colorido em comunidade indígena

Os escritórios da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer/MT) de Canarana e Nova Brasilândia celebraram parceria com mulheres indígenas Bakairi com objetivo de fomentar a produção de sementes de algodão orgânico colorido.
O resultado da parceria é auxiliar na melhoria da qualidade dos artesanatos produzidos e conhecidos nacionalmente.
São variedades melhoradas, adaptadas ao clima e solo da região, mais produtivas, de porte baixo, resistente a pragas e doenças se comparado com a atualmente cultivada o arbóreo tradicional crioula.
A iniciativa denominada de intercâmbio, segundo o agente técnico da Empaer de Nova Brasilândia, José Carlos Pinheiro da Silva só foi possível devido à atuação direta dos dois escritórios em promover a parceria e a troca de conhecimento.
“O algodão orgânico colorido cresce tipo árvore e na região e usado pelas indígenas na produção de peças como redes, tapetes e outros artesanatos. Como estávamos com dificuldade em desencaroçar fizemos a parceria com as indígenas e juntos vamos além de fomentar, oportunizamos a elas no ano que vem mais uma fonte de renda com o resultado da colheita”, destaca.
Foram disponibilizadas as indígenas Bakairi da aldeia Pakuera, 12 sacos de plumas das variedades verde, vermelho rubi, marrom safira e marrom claro jade, com o compromisso de efetuarem a retirada das plumas manualmente das sementes.
Metade das sementes volta para Empaer de Canarana e as que ficarem na aldeia serão plantadas, cultivadas e posteriormente distribuídas para fomentar as atividades a todas as artesãs das demais aldeias indígenas Bakairi.
Atualmente são 10 aldeias, sendo uma em Planalto da Serra, aldeia Sawâpa, e 9 em Paranatinga, sendo elas: Pakuera ou Central, Aturua, Painkum, Kaiahoalo, Cabeceira do azul, Aki Ety, Alto Ramalho, Lahodo, Kuiakware.
Os Bakairi são grandes artesões de origem e tem no artesanato uma das suas importantes fontes de rendas e sobrevivência, na pintura em tecidos, madeira e algodão, fabricação de redes, tapetes, entre outros. Eles cultivam a própria lavoura de algodão para a confecção do artesanato no sistema tradicional.
Empresa exportadora de milho pipoca investirá R$ 40 milhões em Nova Mutum
Com projeção de matéria-prima de 18 mil toneladas, a Hathor Agropecuária chega a Nova Mutum com investimento de R$ 40 milhões na produção de milho pipoca. A indústria tem previsão de começar a operar em fevereiro de 2022.
“Um momento muito especial receber a Hathor em nossa cidade, uma cultura nova que irá fomentar mais o nosso município. Nosso dever de casa está feito, que é ter educação de qualidade, lazer, cultura, saúde, e a vinda dessas novas indústrias nos mostra que estamos no caminho certo”, destacou o prefeito Leandro Félix.
“Estamos nos instalando em Nova Mutum e traremos essa nova cultura para a cidade. Estamos com ideia de ficar aqui e ampliar nosso negócio. A parte de logística e a receptividade foi o ponto chave para nossa instalação”, afirma o gerente geral Marim Paulo.
A empresa adquiriu 10 hectares para a instalação da indústria, que ficará às margens da BR-163, sentido Lucas do Rio Verde. Além de empregos diretos, empregos indiretos durante o tempo safrista também serão gerados.
A Hathor terá produção própria do grão, bem como irá potencializar essa nova cultura com os produtores locais.
"A gente sabe do potencial, da localização estratégica e da grande produção que Nova Mutum tem. Essa empresa vem somar, pois é uma cultura que a cidade ainda não tinha. Vai iniciar verticalizada, já com um processo industrial acoplado nela, e que tem um grande potencial para realmente ser um grande player para nosso município”, acrescentou o secretário de Indústria, Comércio e Turismo. Jimmy Anderson Huppes.
HATHOR AGROPECUÁRIA
A Hathor Group é uma empresa de origem agrícola fundada em 1992, na cidade de Santa Isabel, província de Santa Fé. É um dos principais produtores e exportadores de milho pipoca da Argentina e do Brasil para todos os continentes do mundo.
No Brasil, foi fundada em 2002, atuando na área do agronegócio, oferecendo produtos e serviços de qualidade. Com 17 mil hectares trabalhados com milho de pipoca e cultivo tradicionais de base produtiva de Mato Grosso.
O milho pisingallo é cultivado em campos próprios e arrendados na região de Pampa Húmeda, considerada a melhor área produtiva da Argentina. Também temos uma base de produção no estado de Mato Grosso, Brasil.
Com mais de 10 mil hectares trabalhados e uma trajetória de excelência em termos de produção, garantimos não só a geração da mercadoria de origem, mas também a qualidade do produto.
EXPORTAÇÃO
Amplamente conhecido e apreciado, o milho pipoca é consumido mundialmente. Com suas marcas consolidadas: King Pop e BoonMagic, a Hathor Agropecuária atende os mais exigentes clientes em diversos mercados internacionais com grãos selecionados e livres de transgênicos (non-GMO).
MERCADO INTERNO
Atendemos a indústria alimentícia fornecendo milho de pipoca para uso como matéria-prima. Algumas finalidades de uso são: pipoca estourada pronta para consumo, pipoca de micro-ondas e outros.
Casos de ‘vaca louca’ em Nova Canaã do Norte e em MG forçam país a suspender vendas de carnes à China

O Ministério da Agricultura confirmou neste sábado (4) a existência de dois casos do chamado “mal da vaca louca”, como é conhecida a Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), em frigoríficos de Nova Canaã do Norte e de Belo Horizonte/MG.
Além das notificações protocolares, o Governo Federal decidiu suspender as exportações de carne bovina à China, seguindo o compromisso de protocolo sanitário firmado entre os dois países.
De acordo com a Secretaria de Defesa Agropecuária, estes são o quarto e o quinto casos de EEB atípica registrados em 23 anos de vigilância para a doença – o Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássica.
A EEB atípica, segundo o ministério, ocorre de maneira espontânea e esporádica, e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. É verificada uma mutação em um único animal.
Já a do tipo clássico está relacionada à contaminação por alimentação, quando há a possibilidade de afetar uma maior quantidade de animais do rebanho - como aconteceu entre 1992 e 1993 no Reino Unido.
A China é o maior parceiro comercial do país. Junto com Hong Kong, o país asiático respondeu por uma fatia de 59% da receita e do volume exportado pelo Brasil em carne bovina (in natura e processada) desde o início do ano, de acordo com dados divulgados no sábado pela Associação Brasileira de Frigoríficos.
“Todas as ações sanitárias de mitigação de risco foram concluídas antes mesmo da emissão do resultado final pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá. Portanto, não há risco para a saúde humana e animal”, diz a pasta em nota. Os casos foram detectados durante inspeção “ante-mortem”, procedimento usado para animais que apresentam idade avançada.
Do carrinho à cestinha: inflação esvazia o bolso do brasileiro no supermercado

Ir no supermercado e fazer grandes compras é um ato cada vez mais incomum para o brasileiro simples, especialmente aquele que vive em baixa renda. Isso porque os preços dos principais produtos da cesta básica sobem quase que semanalmente, inviabilizando a aquisição de muita coisa.
Pressionado pela combinação de inflação, desemprego em alta e menor abrangência e disponibilidade de recursos do auxílio emergencial, o brasileiro reduziu as quantidades compradas de alimentos, bebidas e produtos de higiene e limpeza no primeiro semestre deste ano.
Houve diminuição de volumes em praticamente todas as cestas. A prioridade do consumo diário ficou concentrada nos alimentos básicos: o arroz e o feijão.
A equipe da Fator MT esteve percorrendo alguns supermercados de Sinop no último fim de semana, e o que se observou foram preços altos, e produtos tendo seus preços reajustados em até 40%.
Alguns produtos, como aqueles direcionados aos intolerantes à lactose, sofreram reajuste superior a 30%. Em uma grande rede de supermercados, o preço que era de R$ 11,29 em agosto, já chegou a R$ 15,49 em setembro.
Como as carnes sobem mensalmente, o ovo era uma alternativa. Mas a cartela de 30 unidades, que chegou a ter preço médio de R$ 12, chega a R$ 20,99 em alguns estabelecimentos.
Antes de explicar as causas da inflação, vale lembrar que o tradicional carrinho de compras e está sendo cada vez mais substituído pela cestinha, com a presença de produtos de necessidade.
INFLAÇÃO
O orçamento mais curto das famílias também mudou o consumo de itens até então não considerados tão básicos, como empanados de frango e de peixe, por exemplo.
No primeiro semestre, o produto estreou em 3,4 milhões de domicílios como uma alternativa de proteína animal mais barata à carne vermelha, que subiu 31,31% em 12 meses até agosto, segundo o IPCA-15 do mês – indicador que é uma prévia da inflação oficial do país, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
É o equivalente a três vezes a inflação geral no mesmo período (9,30%) pelo indicador da prévia da inflação.
Esse rearranjo nas compras aparece em uma pesquisa da consultoria global Kantar. Mensalmente, a consultoria tira uma fotografia da despensa de 11 mil domicílios para projetar o consumo de 58,8 milhões de lares do País.
De janeiro a junho, o volume de unidades compradas de uma cesta de 107 categorias foi 4,4% menor em relação a igual período de 2020. Mas o gasto subiu 6,9%, puxado pelo aumento médio de 11,8% dos preços desses produtos.
No curto prazo, do primeiro para o segundo trimestre, as commodities, com alta de 16%, e os perecíveis, com 15%, estiveram no topo das cestas com os maiores aumentos de preços, aponta a pesquisa.
Isso abriu caminho para que os empanados, sinônimo de praticidade, começassem a fazer parte regularmente da lista de compras de todas as classes sociais.
Contratação do crédito rural ultrapassa R$ 64 bilhões

Produtores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 64,11 bilhões em financiamentos nos dois primeiros meses de operação do Plano Safra 2021/2022.
Os recursos são usados para financiar a atividade agropecuária, florestal, aquícola e pesqueira.
O desempenho favorável resultou em alta de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme a divulgação do balanço do crédito rural pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os recursos contratados com investimentos somaram R$ 18,3 bilhões, apresentando maior alta (61%).
As operações de custeio totalizaram R$ 35,99 bilhões, 25% a mais em comparação a igual período do ano passado. Já a industrialização, alcançou R$ 5,8 bilhões (60%) e a comercialização, R$ 4 bilhões (23%).
“O início da safra 2021/2022, com a contratação do crédito rural alcançando um incremento significativo comparado com o mesmo período da safra anterior, reflete alguns fatores conjunturais que, se contabilizados, resultam em perspectivas favoráveis ao setor agropecuário. Não obstante as intempéries climáticas que prejudicaram a safra 2020/2021, o otimismo prevalece e reflete-se na demanda excepcional por investimentos na modernização da produção”, ressalta o diretor de Crédito e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo.
O número dos contratos de financiamentos supera 242 mil no custeio (aumento de 7%), 220 mil no investimento (3%), 3 mil na comercialização e 492 contratos na industrialização (76%).
Os produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) contrataram R$ 7,9 bilhões em custeio (46%), com mais de 177 mil contratos.
Em investimento, os agricultores familiares contrataram R$ 4,4 bilhões (58%), com 184 mil contratos.
Em todas as finalidades, os agricultores familiares contraíram R$ 13,2 bilhões em financiamentos, alta de 47% em relação a julho e agosto do ano passado, somando mais de 362 mil contratos (6%)
O Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor (Pronamp) apresentou uma elevação de 19% no volume de recursos contratados e atingiu R$ 8,8 bilhões. As contratações de custeio dos médios produtores somaram R$ 7,8 bilhões (16%) e nos investimentos alcançou R$ 1 bilhão (45%).
As fontes de recursos mais utilizadas pelas instituições financeiras na contratação do crédito aos produtores e as suas cooperativas de produção foram Recursos Obrigatórios (R$ 21,2 bilhões), Poupança Rural Controlada (R$ 13,7 bilhões), Poupança Rural Livre (R$ 11,7 bilhões) e BNDES/Finame equalizável (R$ 6,6 bilhões).
O valor das operações de crédito realizadas com recursos não controlados, como as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), somou pouco mais de R$ 18 bilhões, aumento de 57%.
Agricultores apostam em chuvas em setembro para antecipar plantio de soja

O “timing” do plantio de soja em Mato Grosso é particularmente importante pelo fato de o estado produzir mais de metade da segunda safra de milho do Brasil. E quanto mais tarde a semeadura da oleaginosa, menor a janela para o cultivo do cereal.
Segundo o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, modelos indicam que neste ano a chuva chegará mais cedo do que nos anteriores. Ele acrescentou que outubro trará precipitações regulares para o Centro-Oeste, mas abaixo da média para o Sul.
O tempo atipicamente seco no ano passado atrasou o plantio de soja em várias semanas, comprometendo a safrinha de milho.
Com isso, os produtores tiveram de semear cerca de metade da safra de soja do estado – o equivalente a cerca de 5 milhões de hectares – nos primeiros 20 dias de novembro, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Isso significa que os agricultores perderam a janela ideal para a semeadura da segunda safra de milho nos dois primeiros meses de 2021 – uma situação que esperam evitar neste ano, diante da forte demanda por milho para ração animal.
“Se em setembro molhar bem a terra, a gente está com vontade de plantar mais cedo para garantir uma boa safrinha de milho”, disse o produtor Marcos da Rosa.
A segunda safra de milho do Brasil representa cerca de 70% da produção do cereal no país, mas o atraso de plantio causado pela seca e as geadas subsequentes derrubaram a produção em 2021, elevando os preços internos, aumentando a necessidade de importações e encorajando agricultores a plantar mais no novo ciclo de 2021/22.
O produtor José Soares afirmou que chuvas antecipadas neste ano podem permitir que a semeadura tenha início em 20 de setembro em partes de sua fazenda.
“A janela ideal para plantio do milho vai de 15 de janeiro a 20 de fevereiro, podendo estender até final de fevereiro", disse ele. "Por isso a importância de plantarmos a soja cedo, para liberação da área para o plantio do milho segunda safra”.
Canola é mais uma alternativa para o Cerrado

A produção da canola começa a ser testada no Cerrado brasileiro em um trabalho conjunto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e cooperativas locais.
O plantio, que está em fase de testes no Distrito Federal, é uma nova alternativa para o aumento de renda dos produtores rurais do Cerrado.
Usada principalmente na produção de óleo, a canola é uma variante do tradicional óleo de soja – o mais consumido no Brasil. No início deste ano, chegou ao cerrado por meio do projeto “Pró-Canola” da Embrapa, que oferece orientações técnicas e assistência para o cultivo na capital.
Segundo a empresa, o grão já está sendo plantado e colhido por oito produtores do Núcleo Rural Rio Preto, em Planaltina.
“É uma opção muito interessante para a ‘safrinha’. O agricultor cultiva a soja ou milho, e depois destes vem a canola em uma segunda etapa”, explica o pesquisador da Embrapa Agroenergia, Bruno Laviola.
“A ideia é que o Cerrado seja um projeto-piloto para depois expandirmos para outras regiões de cerrado”, complementa. Nesse primeiro momento, o grão foi plantado em 100 hectares de terra.
PRIMEIRA COLHEITA
Entre os que já adotaram o novo grão, está o agricultor Valter Baron. Presidente da Cooperativa Agrícola do Rio Preto (Coarp), ele está animado com o resultado.
“Estamos produzindo em canteiros experimentais. Rendeu uma média de 2 toneladas por hectare na primeira colheita”, revela Baron.
“A nossa canola ainda vai passar por alguns melhoramentos, mas em um primeiro momento já surpreendeu. É mais uma opção de ganho para nós que vivemos disso”, diz.
INCENTIVO FINANCEIRO
Segundo o secretário executivo da Seagri, Luciano Mendes, há também a disponibilidade de incentivo financeiro para investir na canola. A Secretaria conta com o Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR) que oferece empréstimos de até R$ 200 mil, a depender da atividade.
“Crédito não é dificuldade para os agricultores que querem partir para essa nova cultura. O FDR pode financiar diversos tipos de lavoura com uma taxa de juros de 3% ao ano”, informa Mendes.
SOBRE A CANOLA
A canola é uma planta da família das crucíferas (como o repolho e as couves). Os grãos da planta produzidos no Brasil possuem em torno de 24% a 27% de proteína e de 34% a 40% de óleo.
O óleo de canola é um dos mais saudáveis, pois possui elevada quantidade de ômega-3, vitamina E e o menor teor de gordura saturada entre os outros óleos vegetais.
Composição, que segundo pesquisadores, contribui para o controle do colesterol. Seu farelo pode ser usado em rações animais e há estudos para que ela seja usada na produção de biocombustível.
Segundo informações da Embrapa, o ciclo do plantio à colheita varia de 100 a 130 dias.
Imea projeta alta de 6% na área plantada com milho em MT

A área plantada com milho em Mato Grosso na safra 2021/22 pode alcançar 6,22 milhões de hectares, representando uma alta de 6,44% em relação ao ciclo anterior.
O dado faz parte da primeira intenção de cultivo divulgada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
De acordo com o Imea, a expectativa é fundamentada, entre outros fatores, pela:
- oferta restrita do cereal na temporada atual; demanda aquecida;
- aquisição de insumos avançadas;
- comercialização de grãos apesar de não perfazerem as máximas históricas do período, encontram-se adiantadas em relação à média histórica;
- preços futuros em patamares elevados.
Depois de uma temporada impactada pelo clima, a expectativa inicial é de que a produtividade da safra futura retorne a média dos últimos anos para o estado, sendo projetada em 106,09 sc/ha.
Por fim, no que se refere a produção, com os resultados das estimativas de área e produtividade, a expectativa é que a safra 2021/22 possa alcançar 39,57 milhões de toneladas, um acréscimo de 21,22% frente ao observado na safra 2020/21.
SAFRA MENOR
A produção de milho em Mato Grosso ficou consolidada em 32,56 milhões de toneladas na safra 2020/21, queda de 8,14% ante a safra anterior.
O Imea ressalta que a semeadura fora da janela considerada ideal para o cultivo que aliado ao menor volume de chuvas do estado afetaram o potencial produtivo de grande parte das áreas em Mato Grosso. Neste sentido, com o fim da colheita os produtores conseguiram avaliar o real impacto do clima sobre a produção da safra.
A produtividade do milho no estado ficou em 92,65 sc/ha na safra 20/21, valor 15,02% inferior ao observado na temporada 19/20 e 0,95% menor que a estimativa do mês anterior
Médico Veterinário: cuidando dos nossos animais

No Brasil, comemora-se o Dia do Médico Veterinário nesta quinta, 9 de setembro, data em que Getúlio Vargas regularizou a profissão no país. Vale destacar que a profissão de médico veterinário por aqui é relativamente nova, tendo sido reconhecida oficialmente apenas em 1933.
O médico veterinário, em geral, é habilitado para tratar e prevenir doenças em animais de todas as espécies, bem como cuidar da saúde humana de forma indireta – uma vez que as zoonoses e antropozoonoses fazem parte da rotina de trabalho.
HISTÓRIA
João Baptista Moncouet, em 1818, era conhecido como “o artista veterinário”. Nomeado “alveitar”, ele cuidava de animais doentes e fazia ferraduras com perfeição. Por isso, dava aulas para quem desejava atuar na área.
Em 1875, ao visitar a França – que sempre foi referência na medicina de animais –, Dom Pedro II conheceu a Escola Veterinária de Alfort e resolveu criar algo parecido no Brasil. Com isso, em 1896, abriu as portas da Escola de Medicina Veterinária do Exército do Rio de Janeiro.
Entre 1904 e 1910, João Moniz Barreto de Aragão colaborou bastante para a medicina veterinária nacional, fazendo estudos sobre patologia e bacteriologia em animais domésticos.
Com auxílio de escolas francesas, nos anos seguintes, as pesquisas foram evoluindo e, em 17 de julho de 1914, a Escola de Veterinária do Exército foi reconhecida como um Curso Prático de Medicina Veterinária.
Os primeiros médicos veterinários brasileiros diplomados se formaram no ano de 1917. Hoje, o Brasil é conhecido como o país com o maior número de médicos veterinários do mundo, e isso se dá principalmente pela crescente do mercado pet (impulsionado pelos animais domésticos) e pela pecuária.
Bloqueio de caminhoneiros gera corrida a postos e zera estoques

O grupo de manifestantes que fecha os principais trechos das BRs 070, 163 e 364, após ato pró-Bolsonaro realizado no feriado da Independência, pede a saída dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o voto impresso auditável. Agora, há bloqueios em pelo menos 16 estados.
O bloqueio de caminhoneiros nas rodovias federais de Mato Grosso tem causado correria de motoristas aos postos de combustíveis, especialmente no Nortão.
Em Sinop, vários postos de combustíveis já estão sem estoque. Enquanto isso, filas e filas de motoristas desesperados se formam em outros estabelecimentos espalhados pela cidade – ignorando e relevando os preços altos do etano, gasolina e diesel.
No estado, são registrados ao menos 12 pontos de bloqueios nas rodovias federais – seis deles estão sob concessão da Rota do Oeste. São eles:
- Rondonópolis – Km 119 da BR-163 (ou 202 da BR-364);
- Nova Mutum – Km 598 da BR-163;
- Lucas do Rio Verde – Km 687 da BR-163;
- Sorriso – Km 745 da BR-163;
- Sinop – Km 821 da BR-163;
- Cuiabá – Km 396 da BR-364;
- Várzea Grande – Km 517 da BR-070, próximo ao Posto Miriam.
Na noite de ontem, o presidente Jair Bolsonaro, pediu aos caminhoneiros aliados, através de um áudio (cuja autenticidade foi confirmada pelo ministro dos Transportes, Tarcísio Gomes) que não bloqueassem as rodovias para evitar desabastecimento e aumento da inflação.
“Deixa com a gente agora aqui em Brasília. A gente vai conversar por aqui com outras autoridades e vamos buscar uma solução”, disse o presidente.
De acordo com o jornal “O Estado de S. Paulo”, um dos líderes do movimento intitulado de “caminhoneiros patriotas”, Francisco Burgardt, também conhecido como Chicão Caminhoneiro, informou que entregaria ainda hoje um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), pedindo a destituição de ministros do STF.
Produção de pitaya cresce no estado

Com sabor refrescante e rica em nutrientes, a pitaya começou a ser produzida há poucos anos em Mato Grosso e vive momento de expansão.
O estado tem em torno de 50 produtores da fruta, cuja colheita vai de outubro a maio. A produtividade média fica acima de 20 toneladas a cada hectare plantado.
"Há novas áreas em implantação e melhoras nas práticas culturais com materiais mais produtivos e novas tecnologias", explica o engenheiro agrônomo de Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Welington Procópio.
As pesquisas com a fruta começaram em outubro de 2016, no Campo Experimental de Tangará da Serra, do qual Procópio é supervisor.
Os principais municípios que produzem são Arenápolis, Chapada dos Guimarães, Curvelândia, Figueirópolis d'Oeste, Juína, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Pontes e Lacerda e Tangará da Serra.
O custo de implantação de um hectare pode variar de R$ 50 mil a R$ 120 mil, dependendo do nível tecnológico e suas condições. O quilo da fruta sai por entre R$ 20 e R$ 80, dependendo da época do ano.
E, como ainda não há volume e nem regularidade para a entrega da produção, a maior parte das frutas vai para mercados locais.
Chamada de fruta-dragão, a pitaya pode ter a polpa branca ou vermelha e ser vermelha ou amarela por fora, entre outras cores. Tem vitaminas C, D, e do complexo B, minerais e fibras.
MAIORIA PEQUENOS
Os produtores de pitaya em Mato Grosso são, em sua maioria, pequenos. Mas há outro perfil entrando nesse meio: é o caso de Ramiro Azambuja.
Ele já foi gestor de uma grande companhia agrícola de produção tradicional e conta que viu a necessidade de inovar e buscar uma nova modelagem que permitisse a ocupação de pequenas áreas com uma cultura de valor agregado.
Azambuja tem 12 hectares de plantação de pitaya, nos municípios de Chapada dos Guimarães e Nova Mutum. São 1,6 mil mudas por hectare, em média, com cada uma produzindo cerca de 50 kg da fruta por ano, a partir do segundo ano.
Empaer auxilia comunidade Xavante no manuseio de horta para subsistência
Duas comunidades da Etnia Xavante começaram a colher o resultado de dois anos de trabalho intenso junto a técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT), em parceria com técnicos da Secretaria de Agricultura Desenvolvimento e Meio ambiente de Poxoréu.
Hoje, os indígenas produzem e consomem alface, rúcula, tomate, couve, cenoura, beterraba, cebolinha, mandioca, abóbora e pepino.
Os trabalhos começaram depois de visitas as comunidades indígenas pelos especialistas que notaram a dificuldade em produzir alimentos para subsistência. Nisso iniciaram as orientações de manejo, técnico e cientifico de como iniciar a produção de hortaliças nessas comunidades.
O agente extensionista e técnico Agropecuário da Empaer, Jonathan de Vasconcelos Barros, explica que o primeiro passo foi trabalhar o solo por meio de uma parceria com a Prefeitura de Poxoréu que buscou junto a produtores de Algodão que disponibilizaram os resíduos da pós-colheita do algodão (capulho ou casquinha do algodão) – que após decomposto foi usado como adubo orgânico.
“Com o solo enriquecido em nutrientes iniciou a montagem de canteiros com os espaçamentos adequados e, por fim, a semeadura com cada hortaliça”, destaca.
Jonathan pontua que junto do agente extensionista da Empaer e técnico agrícola Fernando Thiago Alves Xavier, e do técnico agrícola José Neto da Secretaria de Agricultura realizam visitas semanais intercaladas nas comunidades.
No início, notaram que não havia produção nenhuma de hortaliças nas comunidades Xavantes. Havia áreas que não eram exploradas e que com o manejo de solo adequado passou a ser produtivas e aptas ao processo de plantio de hortaliças.
“Logo nas primeiras colheitas notamos a mudança de hábito com a inserção na alimentação do tomate, da alface e da rúcula, por exemplo. Eles até preferem mais os tubérculos e a carne, além de aceitaram muito bem esse incremento na alimentação com as verduras. Além do social, ainda garantimos um alimento saudável e diversificado.”, frisa o técnico.
Mais três comunidades Xavantes serão inseridas nos trabalhos desse ano, e com o apoio da Missão Salesiana na divulgação e convencimento sobre a importância de produzir alimentos o técnico agropecuário já traça uma meta bem mais ousada. “O nosso objetivo é atender as 25 comunidades Xavantes de Poxoréu e ajudar a dar qualidade de vida a todos os indígenas”, conclui ele.
Soja convencional deve ocupar 3,3% da área total destinada ao cultivo

Está chegando a hora do sinal verde para o cultivo da soja em Mato Grosso. Nesta nova safra, as lavouras devem ocupar mais de 10,84 milhões de hectares no estado.
A expectativa é de que 3,3% desta área sejam semeados com grãos não-transgênicos. Percentual inferior ao registrado no último ciclo, que foi de 4,7% no estado.
A projeção é do Instituto Soja Livre que aponta que, há uma década, as lavouras de soja convencional representavam 30% do total em Mato Grosso.
Presidente do Instituto Soja Livre, César Borges diz que os números mostram que “cada vez mais quem investe em soja convencional aposta em um nicho de mercado”. Ele diz que a entidade “está trabalhando firme para aumentar o plantio e a produção da soja não-transgênica, tendo em vista que houve um certo desequilíbrio que fez até os prêmios aumentarem muito”.
Em escala nacional, estima que “a soja convencional deve ocupar 2% da área total no Brasil” e reforça que a ideia do ISL é tentar fortalecer a produção em Mato Grosso, Goiás e Paraná.
“Entendemos que o importante é que seja produzido em várias localidades, porque um aspecto climático pode atrapalhar bastante quando atingir uma região só”, comenta.
Sobre os motivos que dificultam a expansão das lavouras de soja convencional no Brasil, Borges explica que “além da facilidade de manejo proporcionada pelos grãos transgênicos, outro motivo é a incerteza quanto ao tamanho da demanda dos compradores, bem como dos valores pagos pelo grão”.
Hoje, o principal destino do grão convencional produzido no Brasil é a Europa, mas a ideia é conquistar espaço também na Ásia.
“Nós estamos abrindo conversas também com a China, para criar uma espécie de um colchão, porque a gente não pode depender só do mercado Europeu. Os chineses também são consumidores, especialmente para alimentação humana, e eles produzem também na própria China. Então, num ano em que a produção não é tão boa, eles poderão ser importadores do Brasil”, comenta.
O desafio é “convencer’ os chineses a aceitarem a o grão brasileiro com as mesmas condições adotadas na Europa, que permite cargas com tolerância de até 1% de ‘contaminação’ (presença de grãos transgênicos). A China adota a chamada “tolerância zero”.
“Estamos em conversas, inclusive com o Ministério da Agricultura, para criar um padrão-chinês já que até então eles não aceitam o padrão que é praticado pela própria Europa. A gente quer tentar ter mais um consumidor desse padrão para que a gente não fique em dependência de um só e que isso também sirva como um alerta para o Europeu, de que ele não estará sozinho neste mercado”,
Árvore do baru é excelente alternativa para cultivo em ILPF

O baruzeiro, árvore nativa do Cerrado, é uma das espécies de fruteiras nativas mais promissoras para plantio em sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), em que lavouras de grãos, árvores e rebanhos são produzidos em um mesmo espaço.
Atualmente, o eucalipto é o gênero preponderante nesses sistemas. No entanto, o baruzeiro possui uma vantagem: além da madeira, a árvore produz uma valiosa semente.
O baru, cumaru ou cumbaru, como é conhecido, assemelha-se a uma castanha e a demanda por ele tem crescido nos últimos anos no Brasil e no exterior.
A previsão de crescimento de sua comercialização é de 25% ao ano entre 2019 e 2029, segundo artigo publicado na revista de pesquisas sobre mercados Fact.MR.
O Brasil é o principal país do mundo que produz essa espécie. Quase metade da produção das sementes é vendida para o exterior, 25% para Europa e outros 22% para os Estados Unidos.
Um dos motivos do aumento da comercialização desse produto, segundo a publicação, é a busca por alimentos saudáveis. O baru está sendo apresentado como um superalimento, por seu alto valor nutricional.
Esse cenário pode aumentar a renda das comunidades tradicionais, já que a quase totalidade dos frutos vem do extrativismo. No entanto, a demanda pode ser maior do que o País tem capacidade de fornecer. Por isso, é fundamental o desenvolvimento de sistemas de plantios comerciais da espécie.
“Isso vai possibilitar o aumento da produção e da renda dos produtores rurais”, analisa o pesquisador da Embrapa Cerrados Fernando Rocha, líder do projeto que avalia espécies nativas – baru, mangaba e pequi – em sistemas ILPF.
A indicação do baruzeiro para sistemas integrados considerou várias questões, incluindo o potencial econômico da planta.
“O baru pode ser outra fonte de renda para os produtores. A planta tem porte e características físicas adequadas. O produtor pode vender o fruto e ainda tem a madeira, que é de ótima qualidade e pode trazer uma renda considerável”, explica a pesquisadora Maria Madalena Rinaldi.
Rocha afirma haver um reconhecido potencial do uso dessa planta em áreas de criação animal: “Há evidências de que o baruzeiro vai funcionar em sistemas integrados. Quando os produtores limpam a área, eles retiram todas as árvores, mas deixam a de baru. É uma das únicas árvores que eles deixam no pasto”.
Além da sombra, os animais se alimentam de seus frutos. A indicação da pesquisa para inserção dessas fruteiras em sistemas integrados considera a baixa viabilidade de implantação de áreas de monocultivos.
AVANÇOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS
Um dos principais desafios para a domesticação do baruzeiro é a produção de mudas de qualidade.
Atualmente, não há metodologia desenvolvida para sua reprodução assexuada, que garante que as novas plantas tenham as mesmas características da planta-mãe, o que não acontece quando as mudas são produzidas a partir das sementes.
“O desenvolvimento de um protocolo para produção de clones de baru é muito importante quando se pensa em plantios comerciais. Quando se tem uma boa planta e se faz um clone, muito provavelmente ele será excelente também”, explica o pesquisador da Embrapa Wanderlei Lima.
Com a enxertia, o percentual de pegamento das mudas pode chegar a 60%. As mudas produzidas a partir de sementes foram usadas como porta-enxerto: parte da planta onde é inserido o material de outra da qual se quer obter as mesmas características.
“Esse trabalho traz práticas inéditas para todos. Estamos muito otimistas de que a enxertia será uma técnica viável para o baruzeiro”, afirma.
O próximo passo é aprimorar o processo utilizando a experiência adquirida no primeiro experimento e chegar de 80% a 90% de pegamento. “Acredito que se aprimorarmos essa técnica, podemos chegar a uma metodologia de reprodução assexuada”, prevê Lima.
EXPERIMENTOS INÉDITOS
Cerca de 400 mudas estão prestes a serem levadas a campo, para uma área de três hectares na Embrapa Cerrados. Esse será um dos primeiros experimentos de ILPF do Brasil com espécie frutífera nativa do Cerrado. As sementes usadas vieram de uma matriz da Embrapa Cerrados e dez de Arinos.
“Vamos ver como será o comportamento da árvore no sistema. Primeiro será cultivada soja ou sorgo, dependendo do período do plantio, e depois culturas anuais. Por último será feito o plantio de pastagens para inserir os animais na área”, informa a pesquisadora Karina Pulrolnik.
‘Berço das águas’, Dia do Cerrado é celebrado neste sábado

Neste sábado (11), comemora-se o Dia Nacional do Cerrado. A data foi criada em 2003 para marcar o valor do bioma para a biodiversidade do país.
Considerado o “berço das águas”, o Cerrado possui grandes reservas subterrâneas de água doce que abastecem 8 importantes bacias hidrográficas, incluindo as três maiores bacias do continente. Esse potencial aquífero tem uma importância estratégica para o abastecimento e manutenção das cidades.
O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, abrangendo uma área de 2,036.448km², cerca de 23,9% do território brasileiro.
Além disso, é considerado a savana mais rica do mundo: abriga 11,6 mil espécies de plantas nativas, 200 espécies de mamíferos, 800 espécies de aves, 180 de répteis, 150 de anfíbios e 1,2 mil espécies de peixes.
Para conservar essa enorme riqueza, o ICMBio é responsável pela gestão de 64 Unidades de Conservação (UCs) federais localizadas no Cerrado, que protegem uma área de aproximadamente 5.310.486 hectares.
Esse bioma possui grande importância social para comunidades tradicionais, que extraem do Cerrado a sobrevivência de suas famílias.
Entre as espécies de sua flora, mais de 220 têm uso medicinal e mais de 416 podem ser usadas na recuperação do solo degradado.
Há também importantes atrativos turísticos no território, com cachoeiras, cânions e rios. Dessa forma, o turismo sustentável exerce influência na economia de vários municípios da região.
VISITAÇÃO
A visitação às unidades de conservação é uma das estratégias mais importantes de sensibilização da sociedade a respeito da importância da conservação do Cerrado. Só em 2019, as UCs federais desse bioma receberam cerca de 798 mil visitantes.
As cinco unidades mais visitadas foram: o Parque Nacional de Brasília, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, Parque Nacional da Serra da Canastra, Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros e Parque Nacional da Serra do Cipó.
O ICMBio está trabalhando para ampliar a visitação nos parques nacionais e estimular o turismo sustentável, principalmente por meio das concessões de serviços de uso público.
Uso correto do ar-condicionado ajuda a economizar combustível

Como usar o ar-condicionado do jeito certo? Acredite, existem jeitos e jeitos para não gastar tanto combustível com esse equipamento – que de alguns anos para cá deixou de ser item de conforto e conveniência para se tornar um dos pilares da segurança dentro de um carro – ou você vai dizer que o ar-condicionado não ajuda a desembaçar o para-brisa naqueles dias de chuva forte?
Por conta disso, vamos listar algumas dicas para você usá-lo do jeito certo e, em certos momentos, até economizar uma grana, já que o ar-condicionado é alimentado pelo combustível do carro e pode interferir em até 20% do consumo do motor de acordo com a utilização, segundo especialistas.
1. Carro sob o sol
Sabe aquela situação em que o carro fica muito tempo sob o sol e parece se transformar em uma panela de pressão? Existe um jeito de gastar menos combustível em vez de atolar o ar-condicionado na temperatura mais fria.
Primeiro, abra todas as portas e os vidros do carro e espere um minuto (se for possível, obviamente). Feche as portas, ligue o carro e saia com os vidros abertos.
Com isso, o calor de dentro deve sair aos poucos. Aí sim ligue o ar-condicionado. Não precisa ser no máximo, já que o calor acumulado já vai ter saído da cabine. Desse jeito, você não precisa colocar o sistema na condição mais gelada e poupa combustível - e consequentemente uma grana.
2. Dias frios
Isso vai do gosto do motorista e dos passageiros a bordo. Mas aqui precisamos lembrar que condicionar o ar não significa que tenha que ser no frio. Em dias gelados, por exemplo, pode ser condicionado a ficar quente.
Além disso, quando a temperatura do lado de fora é menor que a de dentro os vidros tendem a embaçar - e, nessa situação, o ar-condicionado pode ser usado para desembaraçá-los rapidamente.
3. Na estrada
Segundo especialistas, até 60 km/h é mais econômico deixar os vidros abertos. A partir de 70 km/h, porém, o arrasto aerodinâmico gerado pelos vidros abaixados aumenta mais o consumo do que o ar-condicionado ligado - portanto, a partir dessa velocidade é melhor ligar o equipamento.
4. Recirculador interno?
Apostamos que já aconteceu de você passar por um rio que estava longe de ser cheiroso ou mesmo atrás de um caminhão que soltava bastante fumaça, reparar que o cheiro invadiu a cabine e nesse momento ligar o botão de recirculação interna - aquele que impede que o ar de fora entre no carro.
Isso é o correto a ser feito justamente para que maus cheiros não invadam o habitáculo, mas precisamos frisar que deixar esse sistema sempre ligado – como muita gente faz – não é bom. Isso porque o ar interno começa a ficar viciado e com pouco oxigênio, além do fato de consumir mais combustível. Portanto, use essa opção só quando for estritamente necessário.
5. Manutenção
Procure a cada seis meses ou um ano - de acordo com o manual do proprietário de cada automóvel - fazer a manutenção preventiva do ar-condicionado, afinal é melhor manter o sistema bem cuidado do que não tratar e ter que lidar com gastos ainda maiores.
Se for o caso de optar por uma empresa especializada, procure sempre verificar as mangueiras, a pressão do gás e ainda o filtro de partículas - que quanto está sujo, mais atrapalha que ajuda. Uma manutenção bem-feita significa que o ar-condicionado funciona em sua melhor condição e, consequentemente, gasta menos combustível.
Milho: veja qual será rumo do mercado após relatório do USDA

Os preços do milho reagiram ao último relatório de oferta e demanda divulgado na semana passada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
O levantamento apontou números acima daqueles esperados pelo mercado, como, por exemplo, maior aumento da produtividade das lavouras norte-americanas.
Segundo o analista da Safras Consultoria, Fernando Henrique Iglesias, alguns fatos devem merecer atenção do mercado:
– Mercado internacional focado no relatório do USDA: os números estiveram acima da expectativa do mercado, com aumento da produtividade média e, por consequência, da produção de milho nos Estados Unidos;
– USDA indica os estoques finais dos EUA 2021/22 em 1,408 bilhão de bushels: a expectativa do mercado era de 1,329 bilhão de bushels. Em agosto, o USDA tinha indicado 1,242 bilhão de bushels;
– Produção de milho deve atingir o patamar de 14,996 bilhões de bushels na temporada 2021/22, ante os 14,750 bilhões apontados em agosto e acima da estimativa do mercado, que previa uma produção de 14,897 bilhões de bushels;
– Produtividade média das lavouras de milho deve atingir a proporção de 176,3 bushels por acre, acima dos 174,6 bushels por acre previstos no mês passado, enquanto o mercado esperava rendimento médio de 175,5 bushels por acre;
– Foco nos próximos dias ficará no trabalho de campo, com a colheita no Meio-Oeste norte-americano no centro das atenções;
– No mercado interno do milho, a semana foi de incertezas no campo da logística, entretanto o risco de problemas mais graves de abastecimento foi afastado com o arrefecimento dos protestos dos motoristas de caminhão;
– O mercado encerra a semana apresentando lentidão, com inexpressivo fluxo de negócios;
– É importante mencionar que as dificuldades de abastecimento serão uma constante no mercado de milho até a entrada da safrinha 2022, ou seja, são ao menos 10 meses de abastecimento problemático;
– Mesmo com uma estrutura inflacionada não é observada redução da demanda, com alojamento de pintos de corte em patamar recorde.
Mato Grosso divulga suas potencialidades na 45ª Expocruz

Mato Grosso estará presente na 45ª Feira Internacional de Santa Cruz de La Sierra (Expocruz), que ocorre de hoje (17) ao dia 26, no pavilhão oficial do Brasil, na cidade boliviana. O governador Mauro Mendes participará da abertura do evento.
No estande mato-grossense serão divulgadas as potencialidades econômicas e turísticas de Mato Grosso, além de prospectados novos investimentos e negócios do estado e intensificado o intercâmbio comercial e cultural com os países que compõem a América do Sul.
No espaço, os participantes da feira vão conhecer mais de perto as ações empreendidas pelas Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec-MT), Secretaria Adjunta de Turismo (Seadtur-MT), Secretaria de Cultura, Esporte Lazer de Mato Grosso (Secel-MT).
A Sedec, por exemplo, apresentará na exposição o programa “Pensando Grande Para os Pequenos”, que tem como objetivo estimular e oportunizar a maior participação dos micros e pequenos negócios na formação do Produto Interno Bruto (PIB), na geração de renda e emprego de Mato Grosso, com efeito prático nas finanças públicas.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, César Miranda, a participação nesse tipo de evento é importante porque confere oportunidade para ampliar as relações com o comércio externo.
“Eventos dessa natureza fazem parte da ação estratégica de internacionalização do governo de Mato Grosso. Essa é uma maneira de efetivar a integração com os países vizinhos para viabilizar políticas sociais, econômicas, culturais e ambientais que promovam o desenvolvimento para todos”, frisa.
Esta é a sétima participação de Mato Grosso na Expocruz. Em 2020, a exposição foi suspensa devido à pandemia da Covid-19. No ano anterior, a feira contou com a presença de 23 países, movimentando cerca de 100 milhões de dólares.
Termina hoje o vazio sanitário da soja em MT

Termina nesta quarta-feira (15) o Vazio Sanitário da Soja em Mato Grosso. O período iniciou no dia 15 de junho e, durante três meses, foi proibida a presença de plantas vivas de soja em território mato-grossense, cultivadas ou guaxas.
Há 15 anos, o estado estabeleceu o vazio sanitário da soja, que é a principal medida fitossanitária na prevenção da ferrugem asiática da soja.
A medida está prevista na Instrução Normativa Conjunta SEDEC/INDEA-MT nº 001/2021 e tem o objetivo de reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) no período de entressafra, atrasando a ocorrência da doença na safra seguinte.
A fiscalização do cumprimento do vazio sanitário é realizada pelos Agentes e Fiscais do Indea-MT, que mesmo em período de pandemia, devem fiscalizar mais de 5 mil propriedades somente neste período.
A ferrugem asiática da soja ocasiona perdas em torno de 20% ao ano, provocando a desfolha precoce da planta e impedindo a completa formação dos grãos, o que gera redução na produtividade, sendo considerada uma doença de importância econômica.
LATAM inclui Sinop na lista de destinos para o início de 2022

A LATAM Airlines Brasil segue confiante na retomada do mercado aéreo doméstico e na eficiência adquiridas no processo de Chapter 11, o qual já se encontra em fase final. Por isso, decidiu abrir operações para mais sete novos destinos nacionais no primeiro trimestre de 2022 e reforçar a sua presença no mercado doméstico.
E Mato Grosso tem uma cidade neste mapa: Sinop (OPS). Os outros 6 destinos são: Fernando de Noronha (FEN), Presidente Prudente (PPB), Bauru (JTC), Juiz de Fora/Zona da Mata (IZA), Cascavel (CAC) e Caxias do Sul (CXJ).
As partidas para Sinop se darão no Aeroporto Internacional de Brasília, mas o número de frequências semanais não foi divulgado.
Segundo a empresa, Sinop abriga diversas instituições de ensino e sua economia tem forte desempenho na agropecuária e agroindústria. Por isso, também mirando o retorno das viagens corporativas, a companhia vai conseguir ligar a cidade diretamente as principais conexões do país e, por consequência, ao exterior. No estado, a Latam já opera voos diretos de Cuiabá para São Paulo (Guarulhos e Congonhas) e Brasília.
“Durante a pandemia, conseguimos atingir um patamar de competitividade que nunca tivemos na última década, e isto possibilita a abertura de novas rotas que antes podiam não ser sustentáveis financeiramente. O passageiro brasileiro precisa de mais opções para voar”, afirma o CEO da LATAM Brasil, Jerome Cadier.
Com a nova onda de investimento da LATAM no Brasil, a companhia ampliará em quase 30% a quantidade de aeroportos atendidos no país na comparação com 2019, passando de 44 para 56 até o primeiro trimestre de 2022. Lembrando que, com as inaugurações já confirmadas de Comandatuba, Jericoacoara, Juazeiro do Norte, Petrolina e Vitória da Conquista, já serão 49 destinos nacionais alcançados até o final de 2021.
Ao todo, os investimentos estão permitindo à LATAM inaugurar 33 novas rotas entre janeiro e março de 2022, principalmente a partir dos seus hubs de Guarulhos e Brasília, e de “cidades foco” como Curitiba e Fortaleza. Atualmente, a empresa opera 101 rotas no Brasil e, até março de 2022, terá 134.
A Latam prevê a contratação de dois mil novos funcionários para atender a nova demanda, além da ampliação operacional prevista para os principais centros de operação (hubs), até dezembro.
No Aeroporto Municipal Presidente João Batista Figueiredo, na Capital do Nortão, a Azul Linhas Aéreas tem voos regulares para Cuiabá, além de Campinas (Viracopos), com operação durante a madrugada, saindo de SP às 23h35 e chegando em Sinop às 1h05. Já a saída do João Figueiredo é às 2h05 e chegada no Viracopos às 5h30 – além de um voo regular para Campinas. A outra aérea é a GOL, que faz voos com destino a Guarulhos às segundas, quartas, sextas-feiras e domingos.
Até o primeiro trimestre de 2022, a LATAM também vai inaugurar voos diretos do Rio de Janeiro/Santos Dumont para Florianópolis e Goiânia, além de voos diretos de Belo Horizonte/Confins para Curitiba e Vitória.
Cuiabá, Rondonópolis e Sinop terão voos diretos da Azul para 9 destinos

Você é uma pessoa que gosta muito de mar e praias, mas mora em Mato Grosso e considera bastante antes de fazer uma viagem? Saiba que, a partir de agora, isso ficará bem mais fácil.
A distância de mais de 2 mil km do litoral brasileiro aproximará o Mato Grosso das praias nordestinas e de outros destinos. Isso porque, de olho na alta temporada de verão, a Azul Linhas Aéreas desenvolveu uma malha com voos inéditos – e diretos – que conectarão Cuiabá, Rondonópolis e Sinop a 9 novos destinos.
A partir de dezembro, os mato-grossenses contarão com operações da companhia com voos diretos para Salvador e Porto Seguro, na Bahia. Outro destino turístico que terá voos partindo de Cuiabá será Foz do Iguaçu, de onde os turistas poderão chegar com facilidade as famosas Cataratas.
Além das cidades turísticas, a Capital também terá operações inéditas para Presidente Prudente e Ribeirão Preto/SP; Londrina e Maringá/PR; Navegantes/SC; e Porto Alegre/RS.
Cuiabá receberá, ainda, incremento de frequências para São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Vilhena e Ji-Paraná/RO.
Rondonópolis terá uma oferta inédita, com ligações para Maringá e direto para a praia, num voo para Porto Seguro.
O destino no litoral sul da Bahia também contará com voos da Azul partindo de Sinop.
As passagens para todos os novos voos já estão disponíveis em todos os canais oficiais de venda da Azul. Veja mais em www.voeazul.com.br.
Dia do Fazendeiro: a representação do homem do campo

Pelo caráter agroeconômico do atual cenário brasileiro, é certo dizer que o fazendeiro deveria lembrado diariamente. Afinal, é do seu trabalho que provém o alimento que nutre a população dia após dia.
Mas este dia 21 de setembro foi escolhido para celebrar anualmente o seu dia.
Esta data homenageia todos os fazendeiros, proprietários de fazendas, produtores rurais, trabalhadores do campo e até mesmo os empresários do agronegócio que trabalham para o fornecimento de alimentos e matérias-primas que ajudam a potencializar a economia nacional.
Os fazendeiros brasileiros representam uma forte identidade da cultura nacional, principalmente em algumas regiões do país onde a atividade agropecuária e o trabalho rural são bastante visíveis, tendo lugar de destaque na sociedade.
Entretanto, essa definição de “fazendeiro” mudou muito ao longo dos anos. No Brasil Colônia, por exemplo, ser fazendeiro era sinônimo de riqueza e nobreza, devido a influência que exerciam na Corte.
O plantio de cana-de-açúcar, o uso de escravos e o sistema patriarcal nas "Casas Grandes" marcavam os fazendeiros desta época.
Com o fim da escravidão, o cenário mudou no país. Os fazendeiros passaram a ser conhecidos, em sua maioria, como “barões do café” e continuavam a representar uma das classes de maior riqueza.
Também foi graças aos trabalhos nas fazendas que diversos imigrantes vieram para o Brasil durante este período, trazendo miscigenação cultural ao país, e desenvolvimento sustentável.
O grupo FATOR MT presta aqui sua homenagem a todos os fazendeiros.
Cultivar de trigo da Embrapa bate recorde mundial de produtividade no Cerrado

As altas produtividades de trigo no Cerrado podem levar o Brasil nos próximos anos a ser autossuficiente na produção do grão. E isso se deve, em grande parte, ao cultivo em dois sistemas de produção: trigo irrigado e trigo de safrinha na região.
A cultivar BRS 264, desenvolvida pela Embrapa e que ocupa 70% da área cultivada com trigo na região, bateu novamente o recorde mundial de produtividade diária: 9.630 kg/ha, isto é 80,9 kg/ha/dia, ou 160,5 sc/ha, colhidos pelo produtor Paulo Bonato, de Cristalina/GO.
O produtor já era o recordista mundial de produção de trigo por hectare/dia. Em setembro de 2020, ele colheu 8.544 kg/ha, isto é 74,9 kg/ha/dia, ou 142,4 sc/ha de grãos da cultivar BRS 264 em uma área de 50,8 hectares sob pivô central de irrigação.
“Acreditávamos mesmo que ele poderia aumentar essa produtividade. Para isso, foram feitos ajustes no manejo durante o ciclo da cultura. O potencial dessa cultivar é impressionante em termos de produtividade e precocidade”, comemorou o pesquisador da Embrapa Cerrados, Júlio Albrecht.
Segundo o presidente da COOPA-DF, José Guilherme Brenner, além do trigo irrigado, também deve contribuir para o aumento da produção nacional a introdução do cultivo do trigo safrinha. O chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, concorda que o cereal é uma opção muito boa para a segunda safra no centro-oeste.
“Essa cultura é uma alternativa importante para o sistema de produção do Cerrado. Recordes mundiais de produtividade estão sendo batidos na região. Agora, estamos trazendo opções de trigo sequeiro para produzir em safrinha depois da soja.”, informou.
“Queremos que em dois anos a cultura avance mais 100 mil hectares no Cerrado – sendo 75 mil em sequeiro e 25 mil irrigado. Para a balança comercial brasileira significa mais 300 mil toneladas de trigo e menos R$ 450 milhões de despesas com importação do produto. O dinheiro que sai para o exterior para comprar trigo ficaria na economia interna com os fornecedores de insumos, com os produtores de sementes, com os agricultores, enfim, seria um ganho para toda a cadeia produtiva”, destacou o chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemanski.
A BRS 264 é indicada tanto para o sistema de produção irrigado, quanto para o sequeiro (nesse caso, mais para o sul de Minas Gerais). Sendo que a produtividade na safrinha chega a 70 sacos por hectare em média.
“É a cultivar de trigo mais precoce do Brasil hoje, e uma das mais precoces do mundo. É muito difícil aliar precocidade com alta produtividade e conseguimos nesse material”, conta Albrecht. Segundo ele, com 90 dias a cultura completa a maturação e com 100 dias a lavoura já pode ser colhida. “Isso é redução de custo de produção”, destaca.
Ferrovia da Rumo é a mais importante, diz governador

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou, nesta segunda-feira (21), que apoia outras iniciativas ferroviárias na região, como a Ferrogrão e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), mas que a extensão da Malha Norte, concessão federal operada pela Rumo, é o empreendimento mais importante para o Estado.
O governo mato-grossense assinou o contrato de expansão da ferrovia com a Rumo, empresa de logística do grupo Cosan. O novo trecho terá 733 km. Serão construídos dois novos ramais: um até Cuiabá e outro até Lucas do Rio Verde.
“Além de nos conectar ao Porto de Santos, a ferrovia nos conecta à região Sudeste. A Fico leva até o porto de Itaqui [no Maranhão]. A Ferrogrão leva aos portos da região Norte. É muito bom para a exportação agrícola, mas nessas regiões não há centros de consumo”, disse Mendes.
A nova ferrovia terá uma forte vocação para o escoamento de grãos. Porém, a expectativa é que a conexão com os centros do Sudeste impulsione também o comércio de itens industriais e de consumo, a importação de fertilizantes e combustíveis (principalmente produtos refinados vindos de Paulínia) e a venda do etanol e do biocombustível produzido no Estado.
Produção agrícola bate novo recorde e atinge R$ 470,5 bilhões

O valor da produção agrícola do país em 2020 bateu novo recorde e atingiu R$ 470,5 bilhões, 30,4% a mais do que em 2019. A produção agrícola nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas chegou, no ano passado, a 255,4 milhões de toneladas, 5% maior que a de 2019, e a área plantada totalizou 83,4 milhões de hectares, 2,7% superior à de 2019.
Os dados constam da publicação Produção Agrícola Municipal (PAM) 2020, divulgada ontem (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Com a valorização do dólar frente ao real, houve também um crescimento na demanda externa desses produtos, o que causou impacto direto nos preços das principais commodities, que apresentaram significativo aumento ao longo do ano. Como resultado, os dez principais produtos agrícolas, em 2020, apresentaram expressivo crescimento no valor de produção, na comparação com o ano anterior”, explicou o IBGE.
A cultura agrícola que mais contribuiu para a safra 2020 foi a soja, principal produto da pauta de exportação nacional, com produção de 121,8 milhões de toneladas, gerando R$ 169,1 bilhões, 35% acima do valor de produção desta cultura em 2019.
Em segundo lugar no ranking de valor, veio o milho, cujo valor de produção chegou a R$ 73,949 bilhões, com alta de 55,4% ante 2019. Pela primeira vez desde 2008, o valor de produção do milho superou o da cana-de-açúcar (R$ 60,8 bilhões), que caiu para a terceira posição. A produção de milho cresceu 2,8%, atingindo novo recorde: 104 milhões de toneladas.
O café foi o quarto produto em valor de produção, atingindo R$ 27,3 bilhões, uma alta de 54,4% frente ao valor de 2019. Já a produção de café chegou a 3,7 milhões de toneladas, com alta de 22,9% em relação ao ano anterior, mantendo o Brasil como maior produtor mundial.
No ano passado, Mato Grosso foi o maior produtor de cereais, leguminosas e oleaginosas do país, seguido pelo Paraná, por Goiás e o Rio Grande do Sul.
Em relação ao valor da produção, Mato Grosso, destaque nacional na produção de soja, milho e algodão, continua na primeira posição no ranking, aumentando sua participação nacional para 16,8%, novamente à frente de São Paulo, destaque no cultivo da cana-de-açúcar.
Os 50 municípios com os maiores valores de produção agrícola do país concentram 22,7% (ou R$ 106,9 bilhões) do valor total da produção agrícola nacional. Desses 50 municípios, 20 eram de Mato Grosso, seis da Bahia e seis de Mato Grosso do Sul.
Sorriso manteve a liderança entre os municípios com maior valor de produção: R$ 5,3 bilhões, ou 1,1% do valor de produção agrícola do país. Em seguida, vieram São Desidério/BA, com R$ 4,6 bilhões, e Sapezal com R$ 4,3 bilhões.
1ª Ferrovia Estadual deve gerar ciclo de expansão socioeconômica

Mato Grosso assinou na última segunda-feira (20) o contrato para a construção da primeira ferrovia privada viabilizada por meio de autorização por um estado brasileiro.
A F.A.T.O. (sigla para Ferrovia Autorizada de Transporte Olacyr de Moraes) vai conectar a capital Cuiabá e os municípios de Nova Mutum e Lucas do Rio Verde (ambos ao norte, no coração do agronegócio mato-grossense) a Rondonópolis, no sul do Estado, onde tem início a Ferronorte – uma concessão federal que forma com a Malha Paulista o principal corredor de exportação de grãos do País, via Porto de Santos.
“Mais trilhos fortalecem a nossa economia e, o principal, geram milhares de empregos. A previsão é de mais de 235 mil novos postos de trabalho, que serão gerados não só no processo de construção da ferrovia, mas também por todo o desenvolvimento que o modal vai trazer”, afirma o governador Mauro Mendes.
A última safra de grãos em Mato Grosso (2019/2020) cresceu 9,3%, chegando a 74 milhões de toneladas segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume superou a média de aumento da produção nacional, que foi de 3,8%.
E até 2030 a projeção é chegar a 120 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Para Mendes, o agronegócio será o principal setor beneficiado com a F.A.T.O., mas não o único.
“Os trilhos não chegam somente para atender o campo. Ela também será a ferrovia da indústria e do comércio, pois vai se conectar com a malha ferroviária nacional. Poderemos comprar e vender com mais agilidade e custo reduzido”.
A ferrovia autorizada pelo Estado será construída pela Rumo, que detém a concessão da Ferronorte, feita nos anos 1990 por Olacyr de Moraes, empresário homenageado no batismo da nova ferrovia.
Segundo a Companhia, devem ser investidos entre R$ 9 bilhões e R$ 11 bilhões, com conclusão prevista até 2030. As obras devem começar até seis meses após a emissão da licença ambiental.
Ao todo serão 730 km de trilhos entre o sul, a capital e o norte de Mato Grosso, num projeto que prevê 2 km de túneis e mais de 60 viadutos e pontes. Foram feitos 2.500 estudos de traçado para definir o mais eficiente e sustentável.
“A ferrovia será implementada de forma progressiva, com instalação de terminais à medida que os trilhos avançam”, afirma João Alberto Abreu, presidente da Rumo. “A previsão é que o primeiro terminal fique pronto entre 2025 e 2026”.
A expectativa é de atender tanto o agronegócio quanto o mercado interno, num duplo fluxo. “Temos uma indústria crescente de etanol de milho e biodiesel vindo do Centro-Oeste para o Sudeste. E por meio da nossa operação de contêineres, capitaneada pela Brado, vamos aumentar a competitividade de commodities como algodão e milho, bem como de carnes congeladas e de uma série de produtos industrializados feitos nas duas regiões”, afirma Abreu.
Lavoura experimental de nova variedade da banana da terra desperta interesse

Técnicos da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer) da regional de Cáceres atenderam uma equipe da Secretaria de Agricultura de Barra do Bugres interessada em informações sobre a produção da banana da terra anã.
A lavoura experimental de 1,5 hectares é gerida pelo Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia da Empaer e, há oito meses, foi realizado o plantio de 4 mil mudas no sistema irrigado por aspersores subcopa.
Durante a apresentação, a secretária de Agricultura de Barra do Bugres, Maria Aparecida Garcia destacou que o objetivo da visita técnica foi conhecer o projeto e pretende futuramente junto a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) viabilizar a aquisição de mudas para os pequenos produtores da cidade.
O coordenador do Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia, Eliebe Francisco Moreira, destacou o interesse de outros municípios e de produtores locais na cultura. Junto com o técnico Marcel do Nascimento, explicaram que a variedade segue em estudo com perspectiva de ser lançada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) o ano que vem.
Marcel do Nascimento, engenheiro agrônomo, e Ciro Cercino dos Santos, agente técnico, há 30 anos na Empaer, disseram que a propagação das futuras mudas será por meio de Unidade de Referência Tecnológica (URT) para os municípios interessados.
Sinop: Inpasa passa a ser a maior produtora de etanol do país

A Agência Nacional de Petróleo (ANP) autorizou, na última segunda (27), a ampliação da planta de produção de etanol da paraguaia Inpasa Agroindustrial, na planta de Sinop.
Com isso, a unidade, que produz etanol a partir do milho, passa a ser a maior instalação produtora de etanol do país em termos de capacidade autorizada.
A capacidade sobe de 1,75 milhão de litros de etanol hidratado (consumido pelos carros) e de 1,75 milhão de litros etanol anidro (utilizado na composição da gasolina) para 3 milhões de litros cada, totalizando 6 milhões de litros de etanol anidro e hidratado por dia.
A Inpasa fica localizada às margens da BR-163 e é a primeira unidade do grupo no Brasil, tendo sido instalada em 2019. Em Mato Grosso, também está construindo uma planta para processamento de milho, com investimentos superiores a R$ 1 bilhão.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o etanol de milho tem sido o principal responsável pelo crescimento do consumo do cereal no Estado. Com a queda na produção de cana-de-açúcar as indústrias buscaram amparo no grão.
Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a produção do etanol a partir do cereal cresceu 77,3% no comparativo anual e refletiu diretamente no destino da produção do milho em Mato Grosso, que é maior produtor do biocombustível a partir do cereal no país.
Ainda de acordo com o Imea os preços do milho no estado em agosto atingiram elevados patamares, pautados principalmente pela forte demanda justamente da indústria de etanol e setor animal.
“Até a última semana os preços em MT estavam R$ 5,49/sc acima das cotações do grão na CME-Group na média semanal, contra R$ 0,39/sc visto no mesmo período do ano passado, ficando mais próximos aos patamares históricos para o período”, diz o boletim desta semana.
A INPASA
Considerada a maior produtora de etanol à base de milho da América Latina, a Inpasa Agroindustrial foi a vencedora do ranking Valor 1000 na categoria Química e Petroquímica. Com pontuação geral de 43,5 pontos e campeã pela primeira vez, a companhia agroindustrial mato-grossense foi seguida pela FS (42 pontos), Petrocoque (34), Fertipar (31) e Braskem (25).
Com sede em Sinop, nconsiderada uma das principais regiões produtoras de milho do país, a Inpasa nasceu em 2006, no Paraguai. Na época, o fundador da companhia, José Odvar Lopes, decidiu agregar maior valor ao milho com a construção de uma usina de etanol à base do produto naquele país, na cidade de Nueva Esperanza.
Em 2018, ao mesmo tempo que uma segunda unidade era inaugurada na cidade paraguaia de San Pedro, os empreendedores resolveram atravessar a fronteira brasileira e começaram a construir uma usina em Sinop, que entrou em operação em agosto de 2019. Um ano depois, em agosto de 2020, uma segunda unidade foi inaugurada em Nova Mutum, fortalecendo a produção de milho em todo o estado.
Uma terceira planta da Inpasa, em Dourados/MS, está sendo construída e a previsão é que entre em operação a partir de abril de 2022. O novo complexo industrial possui, no total, 200 mil m² de área construída e vai contemplar os processos de fabricação de etanol anidro e hidratado, DDGS (farelo de milho), óleo bruto e refino de óleo, além de duas fontes distintas para geração de energia.
Uma delas será a fotovoltaica, com geração de 15 mil MW/ano de energia elétrica, através de 11.574 placas solares, ocupando uma área de dez hectares.
“A companhia vem-se consolidando no mercado brasileiro, atuando fortemente em tecnologia, eficiência e gestão do negócio, com estratégias comerciais definidas e gestão administrativa”, explica o vice-presidente da Inpasa, Rafael Ranzolin.
Atualmente, a produção da Inpasa no Brasil é de cerca de 1,5 bilhão de litros de etanol de milho por ano, para um processamento de 3,3 milhões de toneladas de milho. Também são produzidas em torno de 50 mil toneladas de óleo de milho/ano e 570 mil toneladas de DDGs – farelo proteico de milho com alto teor de energia e muito utilizado em rações para bovinos, suínos, aves, peixes, equinos e pets.
Apenas as unidades brasileiras já receberam cerca de R$ 4,3 bilhões em investimentos do grupo, que atualmente conta com 1,4 mil funcionários – instalados no Brasil e no Paraguai. “Em 2019 foi o início do processo produtivo da Inpasa no Brasil. Desde então, houve um aumento de produção de 120%. O aumento foi, em parte, consequência da maior eficiência industrial e da forte adição de tecnologia embarcada em nossos processos, assim como da aquisição de equipamentos”.
Custo de produção da soja sobe 22%, mas alta dos preços viabiliza safra

A alta do custo de produção da soja para a safra 2021/2022 deixou muitos produtores preocupados.
De acordo com dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo total por hectare nesta safra será de R$ 5.133,06, incluindo o pró-labore, o custo de oportunidade do capital investido e também o custo de arrendamento, valores normalmente não contabilizados pelos produtores.
A alta é de 22%, comparativamente à safra 2020/2021.
Ao considerar o custo operacional, sem custo de oportunidade, sem pró-labore e sem arrendamento, já que muitos produtores fazem em área própria, a safra 2021/22 registra um custo por hectare de R$ 3.742,02. Este valor é 18% acima do observado em 20/21, quando foi de R$ 3.177,58.
A alta dos custos é explicada por inúmeros fatores. Entre os insumos, as sementes registraram a maior alta, 40%. Na sequência, considerando a metodologia do Imea, denominado “fertilizantes e corretivos” registrou alta de 24%.
No entanto, deve-se ressaltar que quando o preço dos fertilizantes é analisado de maneira desagregada, como foi apresentado pela Neo Agro Consultoria, com base nos dados da Conab, houve alta de até 80%, a depender do insumo utilizado.
Luciano Vacari, diretor da Neo Agro Consultoria, destaca que se for considerado apenas o custo operacional, sem fatores como pró-labore, o produtor precisa ter uma produtividade mínima de 25 sacas por hectares – supondo a soja sendo vendida a R$ 165, patamares atuais. A perspectiva de produtividade para 21/22, também de acordo com o Imea, é de 57 sacas.
Ao considerar custos que o produtor normalmente não conta, mas que deveriam sim entrar no custo de produção, como o pró-labore, o arrendamento e, principalmente o custo de oportunidade do capital investido é necessário produzir 31 sacas, a R$ 165 cada para a conta fechar. Na safra 2019/2020, considerando os preços médios de setembro, o produtor tinha que vender 52 sacas para pagar o custo total de produção.
Muitos produtores travaram seus preços de venda há meses. Enquanto outros ainda não e talvez venham a realizar a comercialização, a minoria, mais perto da colheita. Por isso, o valor atual é apenas uma referência.
“Ainda assim, considerando apenas custos operacionais ou custos totais, os bons preços da soja, que vem subindo há duas safras, têm compensado a alta significativa dos custos. O preço médio de setembro deste ano está 22% acima do que foi em 2020 e mais do que duas vezes o que era em 2019. A incerteza agora é o clima”, afirma Vacari.
Em setembro de 2019, a saca era comercializada a R$ 74,58, em média, e em setembro de 2020 este valor já era R$ 135,09, alta de 81%.
Segundo o diretor, há algumas semanas os produtores começaram a ficar preocupados com o La Nina.
“Este fenômeno poderia reduzir as chuvas em um período muito estratégico da produção. Porém, na semana passada, as perspectivas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) demonstraram que o fenômeno deve ser pouco intensivo e de curta duração, ainda que exista uma probabilidade de ocorrência de 70%”.
Para o INMET, espera-se que o volume de chuvas para o quarto trimestre para o Centro-Oeste chegue, inclusive, a superar a média histórica. Porém, o Sul do país, São Paulo e Mato Grosso do Sul podem ter médias inferiores.
“A produção agropecuária é muito sazonal. Normalmente, quando os preços sobem, no ano seguinte aumenta a produção. Além da incerteza do clima e a volatilidade cambial, a última perspectiva da Conab aponta para um aumento de quase 4% na produção de soja. O produtor deve ficar atento”, afirma Vacari.
Brasil chega a 218,2 milhões de cabeças de gado, diz IBGE

Em 2020, a alta do preço do boi gordo e o crescimento nas exportações de carne contribuíram para que o rebanho bovino crescesse 1,5% ante 2019, chegando a 218.150.298 cabeças de gado. Foi o maior número de bovinos desde 2016 (218.190.768 cabeças).
Mato Grosso e Goiás mantiveram-se com os maiores rebanhos bovinos do país e, juntos, foram responsáveis por 25,8% do efetivo nacional. MT elevou seu efetivo em 2,3%, totalizando 32,7 milhões de animais.
Goiás teve alta de 3,5% e fechou o ano de 2020 com 23,6 milhões de cabeças de gado. Em terceiro vem o Pará, com 22,3 milhões, crescimento de 6,3%.
O maior rebanho continua em São Félix do Xingú/PA: 2,4 milhões de cabeças e alta de 5,4%, no ano. Corumbá/MS veio a seguir, com 1,8 milhão. As informações são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2020.
OVOS
Foram produzidas 4,8 bilhões de dúzias de ovos de galinha no ano de 2020, um aumento de 3,5% em relação à produção estimada para 2019. Com rendimento de R$ 17,8 bilhões, a produção foi mais um recorde da série histórica que, desde 1999, aumenta a cada ano.
São Paulo seguiu como o maior produtor, responsável por 25,6% do total da produção nacional de ovos, seguido pelo Paraná (9,4%) e Minas Gerais (8,5%).
Os cinco principais municípios produtores não mudaram: Santa Maria de Jetibá/ES, Bastos/SP, Primavera do Leste, São Bento do Una/PE e Itanhandu/MG.
Show Safra é confirmada para março

A Fundação Rio Verde definiu de 22 a 25 de março a realização da feira que está entre as principais do agronegócio no Centro-Oeste e terá como tema principal, além dos avanços no agronegócio, a difusão de tecnologia, que é o aumento da produção na mesma área, respeitando o meio ambiente.
O Show Safra BR-163 ocorre em Lucas do Rio Verde. Na programação estão previstos difusão de novas tecnologias para cultura da soja, do milho e outros, palestras, simpósios, exposição e venda de maquinários e implementos.
A próxima edição da feira seguirá medidas de biossegurança, já protocoladas, na semana passada, na Prefeitura e em outras instituições da cidade. Este ano a feira não foi realizada.
“Precisamos continuar investindo nesse evento porque temos muitas coisas para desenvolver aqui como, por exemplo, a cadeia do algodão e da carne bovina, além das outras atividades que podem se tornar em matrizes econômicas para a região e para o município de Lucas do Rio Verde”, disse o prefeito Miguel Vaz.
Mapa estuda prorrogar retirada da vacinação contra aftosa em MT e outros estados

O fim da vacinação contra a febre aftosa em Mato Grosso e mais 9 unidades federativas e mais nove estados que compõem o bloco 4 do cronograma nacional de retirada da vacina pode ser prorrogado para o fim de 2023.
A informação é do diretor do departamento de sanidade animal do Ministério da Agricultura (Mapa), Geraldo Marcos de Moraes, que participou do quarto Fórum Estadual de Vigilância Sanitária Contra a Febre Aftosa em Mato Grosso.
Em Mato Grosso, algumas regiões já deixaram de imunizar o rebanho contra a aftosa e todo estado se encaminhar para vacinar pela última vez em 2022, mas o prazo pode ser agora estendido até novembro de 2023.
“Essa decisão envolve vários elementos. Nós previmos a evolução conjunta dos blocos, mas na realidade os estados estão em níveis diferentes de implementação das ações necessárias do plano de retirada da vacina. Mato Grosso vem investindo na questão e tem boas perspectivas de evolução, mas infelizmente em outros estados existe a necessidade de um tempo maior para fazer esses investimentos”, diz Moraes.
Para o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Chico de Castro, Mato Grosso tem se preparado para o fim da vacinação contra aftosa. Segundo ele, não é necessário adiar mais uma vez o término da campanha.
“A retirada da vacinação já havia sido prorrogada de 2021 para 2022 e não achamos necessário que haja uma nova prorrogação. O governo do Mato Grosso se propôs a fazer os investimentos necessários para garantir a retirada da vacina contra aftosa em novembro de 2022. Alguns estados já tem o status de zona livre da doença sem vacinação e nós entendemos que podemos se espelhar nesses modelos para garantir a última imunização em novembro de 2022”.
Santiago do Norte pretende aumentar área com soja na safra 21/22

Produtores rurais de Santiago do Norte, distrito de Paranatinga, devem plantar em um raio de 80 km do perímetro urbano, cerca de 200 mil hectares com soja na safra 2021/2022. Existem quatro armazéns no distrito recebendo produto.
O distrito de Santiago do Norte está localizado distante cerca de 180 km de Paranatinga. A próspera comunidade conta com cooperativa e diversas outras iniciativas que contempla também a pequena propriedade rural.
POTENCIAL LOGÍSTICO
Dessa distância para a cidade-sede, são 26 km asfaltados. De Santiago a Sorriso são 220 km de asfalto pela BR-242. No futuro, a rodovia deve prosseguir até Gaúcha do Norte (100 km).
O distrito sonha com a emancipação, desde que começou seu desenvolvimento na última década. Empresários locais fazem questão de ressaltar que a logística de transporte precisa avançar com a conclusão da BR-242 (leste-oeste), permitindo melhor acesso a Goiânia ou aos portos do arco norte (BR-158).
Santiago do Norte é uma fronteira agrícola em franca expansão, e se os governos continuarem promovendo investimentos, a região vai crescer e Santiago se tornará uma cidade muito em breve.
Governo cria Cédula de Produto Rural Verde

O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que cria a Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. De acordo com o Ministério da Economia, a CPR Verde é uma nova alternativa de mercado para as empresas interessadas em compensar voluntariamente a emissão de gases de efeito estufa, criando “oportunidades de investimentos agroambientais e incentivando a preservação do meio ambiente e de uma economia de baixo carbono”.
Para o produtor rural que executa ações de preservação ambiental na sua área, será uma fonte de renda extra.
A CPR Verde representa, na prática, um instrumento de pagamento por serviços ambientais (PSA), mecanismo econômico estabelecido no Código Florestal (Lei nº 12.651/2012 [C]) para fomentar a conservação do meio ambiente, bem como a adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal, com redução dos impactos ambientais.
A cédula será lastreada no estoque de carbono de vegetação nativa, na absorção de crédito de carbono da produção agropecuária e em outros benefícios ecossistêmicos.
Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, trata-se de uma “ferramenta extraordinária”. “Agora estamos definindo o direito de propriedade em relação ao carbono, na transição para uma economia livre de carbono”, afirmou Guedes durante a cerimônia.
“Quem tem uma propriedade rural e preserva, começa a receber, pela primeira vez, o pagamento por serviços ambientais. [O PSA] vai trazer bilhões para preservação do meio ambiente, florestas, parques. Você tem um parque, quer estimular a preservação? A árvore viva vale mais que a árvore morta? Sim, se pagarem pela preservação”, completou.
Além do Ministério da Economia, participaram da concepção da CPR Verde os ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Banco Central.
Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, em 2020, o governo já havia alterado diversos dispositivos da Cédula de Produto Rural. De acordo com a pasta, essa alteração possibilitou a emissão de CPR em atividades relacionadas à conservação de florestas nativas e dos respectivos biomas e ao manejo de florestas nativas no âmbito do programa de concessão de florestas públicas, ou obtidos em outras atividades florestais ambientalmente sustentáveis.
“O novo decreto, portanto, se propõe a regulamentar a chamada CPR Verde, que se prestará à compensação voluntária de emissões de gases de efeito estufa por parte dos agentes econômicos interessados, bem como ao investimento em conservação e aumento da biodiversidade e de recursos hídricos e à conservação do solo. A medida amplia, portanto, os esforços para a diminuição do desmatamento e das emissões de gases de efeito estufa”, explicou a secretaria, em nota.
PROGRAMA DE CRESCIMENTO VERDE
O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite, informou que, em breve, o governo lançará o Programa de Crescimento Verde, que será apresentado pelo Brasil na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP26, que será realizada em novembro em Glasgow, na Escócia.
Leite disse que o objetivo é trazer para o mercado o conceito de economia verde, “que resulta na melhor condição de vida da população além de garantir a qualidade ambiental”. “Dentro desse programa, temos um gigantesco desafio de desfazer a ideia de que o desenvolvimento da agenda ambiental tem caráter meramente punitivo, ou somente onera as ações propostas. O desafio é que serão os incentivos, as transformações institucionais e as priorizações que irão impulsionar essa nova economia de negócios verdes”, acrescentou.
Chegou a hora de mostrar o Fator Sinop

Chegou a hora de mostrar o Fator Sinop
A Revista multiplataforma Fator MT iniciou a produção de uma trilogia da mais importante cidade do Norte de Mato Grosso. Serão três edições ao longo de 2022, 2023 e 2024, abordando os diferentes aspectos que fizeram de Sinop a Capital do Nortão. Essa coleção de conteúdo registrará a história da cidade, avaliará o potencial econômico e a magnitude da região que converge para o município. A trilogia vem brindar o meio século de existência da cidade que é um modelo nacional de desenvolvimento.
Serão três edições impressas e digitais, cada uma com seu tema próprio. As revistas são um compilado do conteúdo digital produzido pela Fator MT e distribuídos através do seu site e das redes sociais. Pela internet será possível acessar e compartilhar infográficos, mapas interativos, vídeos com entrevistas e microdocumentários – tudo com conteúdo exclusivo de Sinop, produzido conforme a linha editorial da Fator MT.
A primeira edição, produzida no começo de 2022, trará um diagnóstico completo de Sinop, com panorama da economia local, a importância do agronegócio, o poder do setor de serviços, o arranque da construção e o afloramento da indústria. Esse compêndio também terá dados sobre saúde, educação, urbanismo e logística – pilares essenciais para o desenvolvimento ordeiro de uma cidade e que são referência em Sinop.
Na segunda edição, para 2023, extravasaremos os limites de Sinop. Será o momento para olhar o entorno e dimensionar o tamanho desse “Eixo Norte”. A proposta é dilatar o diagnóstico socioeconômico, olhando não apenas Sinop, mas para todos os 16 municípios que compõem a região direta de influência. A Fator MT vai medir o tamanho do mercado que abraça Sinop. Essa leitura é de fundamental nesse momento em razão dos projetos ferroviários, que colocarão a cidade no centro de convergência da logística pesada. Além disso, o Estado já cogita transformar Sinop em uma região metropolitana, somada aos demais municípios do seu entorno. A segunda edição da trilogia vai mostrar os fatores que sustentam essa proposta e a dimensão da futura metrópole.
Na terceira edição, lançada no ano do cinquentenário de Sinop, resgataremos a trajetória histórica, imortalizando biografias daqueles que fizeram esta cidade. O Especial de Meio Século montará a linha do tempo de Sinop, contando os eventos na sequência em que ocorreram. A proposta é registrar o passo a passo que precedeu a capital do Nortão e chegar perto de estratificar essa receita de sucesso.
É dessa forma que a Revista Fator MT fará sua trilogia: conhecendo Sinop, entendo que a cidade é maior que suas fronteiras e registrando a forma como esse modelo de desenvolvimento foi construído.
Fator: motivo, razão e causa!
Construtora de Balneário Camburiú investe mais de R$ 1 bilhão no primeiro WTC agro do mundo em Sinop
Região que responde pela maior produção mundial de grãos, o Norte do Mato Grosso vai sediar o WTC Agro, empreendimento do World Trade Center que será o primeiro voltado ao agronegócio. A iniciativa é da construtora Haacke Empreendimentos, de Balneário Camboriú, que vai investir de R$ 1,3 a R$ 1,5 bilhão para construir 15 torres, incluindo a Sky, única numa rotatória de 5 mil metros quadrados de terreno.
O contrato com o WTC foi assinado na noite da última quinta-feira (20), em Balneário Camboriú. Segundo Douglas Haacke, diretor e sócio da construtora, serão 600 mil metros quadrados de área construída, para sediar escritórios de grandes empresas do agronegócio que atuam no Mato Grosso, além de empresas de shopping centers, hotel, hospital e outros empreendimentos. O plano é ter uma unidade da rede Sírio Libanês.
“Quando conversamos com o World Trade Center, eles informaram que precisavam de um argumento forte para se instalar em Sinop. Qual é o argumento: região maior produtora de grãos do mundo, estado maior produtor de grãos do mundo, no país de maior produção agropecuária do mundo e no centro da América Latina. Quando a gente conseguiu expor tudo isso, eles aprovaram o empreendimento”, explica Douglas Haacke.
A aproximação da empresa com Sinop e o Norte do Mato Grosso ocorreu porque empresários do agronegócio da região passaram a comprar imóveis da Haacke em Balneário Camboriú. A construtora, que tem 32 anos de atuação, com esses clientes viu que o “Nortão” daquele estado tinha potencial econômico e abriu uma filial em Sinop. O projeto será desenvolvido em oito etapas.
Norte Show 2023 terá participação de presidente da FPA na abertura

A Norte Show 2023, em Sinop, começa dia 18 de abril, a partir das 19h. Quem fará a abertura oficial da feira será o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e deputado federal, Pedro Lupion.
Ao todo serão mais de 40 palestras de interesse dos produtores rurais e estudantes.
São quatro palestras magnas, painéis e rodadas de discussões que vão trazer conhecimento e oportunidades. Dentre os palestrantes está a produtora rural e influencer digital do agronegócio Camila Telles.
No primeiro dia de feira, a Norte Show traz palestras com temas ligados ao agronegócio e ao mercado. A partir das 14h, a primeira rodada de debates se inicia com o tema “Financiamento do Agronegócio em Perspectivas e o Mercado de Capitais”.
Estarão presentes para falar sobre o tema o Instituto Pensar Agro (IPA), Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa B3.
Palestras com o tema “Oportunidades para o Produtor Rural no Mercado de Capitais” e “Casos Práticos” com títulos de renda fixa Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundos de Investimento do Agronegócio (Fiagro), negociados na Bolsa de Valores serão apresentadas.
Segundo o presidente da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte), Moisés Debastiani, temas como esses são atuais e importantes a serem abordados pelo produtor.
“O investimento em mercado de capitais é mais uma opção ao produtor rural, pois as iniciativas de financiamento público, como o Plano Safra, são insuficientes para financiar a nossa produção”, explicou.
Show Rural 2023 terá palestra sobre marketing do agronegócio

Um dos maiores eventos do agronegócio do Nortão, a 2ª edição do Show Rural Colíder será realizada de 7 a 10 de junho, no Parque de Exposição do Sindicato Rural de Colíder.
Para 2023, o evento ganhou uma perspectiva diferente. A expectativa da organização é fomentar uma feira repleta de negócios com informações que possam agregar e facilitar o manejo diário de lavouras de soja, milho e outras culturas.
“Nesse ano, nós trouxemos temas que vêm de encontro com a necessidade do produtor rural e, com certeza, vamos atender a essa expectativa. Além de novidades ao agricultor, trouxemos também novidades para empresários, universitários e o público em geral. Essas informações serão de grande valia para o incremento da produtividade, para melhoria de manejo e otimização do serviço na propriedade rural”, destacou o diretor do Sindicato Rural de Colíder, Luiz Antônio Barbosa Pavoni.
A primeira palestra, que será realizada no dia 8 de junho, visa provocar discussões e esclarecimentos de dúvidas recentes relacionadas a estratégias para o Agronegócio compreendendo o cenário político atual, o convidado é o professor e doutor José Luiz Tejon.
Seguindo a programação, o evento receberá o alpinista e produtor rural Waldemar Niclevicz, o tema abordado será motivacional, Como Conquistar o seu Everest.
Já no dia 9 de junho, o engenheiro-agrônomo Fabiano Siqueri apresentará discussões científicas voltadas para compreender a Anomalia da Soja.
Além das palestras que somam aos atrativos, a Show Rural 2023 visa gerar cerca de 200 milhões em negócios com 50 expositores, cooperativas de créditos e mais de 3 mil visitantes.
Custo do milho com a safra 2023/24 deve saltar quase 7,3%

A safra 2023/24 de milho deverá ser 7,27% mais cara que a temporada 2022/23, que ainda está sendo plantada. O custo total para semear um hectare com o cereal em Mato Grosso está previsto em R$ 6.018,43.
Somente as despesas com o custeio, que influencia diretamente no custo operacional efetivo (COE), apresentaram alta de 1,29%.
Os números referem-se ao custo de produção do milho alta tecnologia para a safra 2023/24. Na safra 2022/23, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os produtores estão desembolsando R$ 5.610,78 para semear um hectare.
As projeções quanto à área, produção e produtividade para o milho segunda safra 2023/24 ainda não foram divulgadas pelo Imea.
Até o dia 24 de fevereiro, o estado já havia semeado 99,06% dos 7,42 milhões de hectares previstos para a safra 2022/23.
As perspectivas apontam para uma produtividade de 104,29 sacas por hectare e uma produção recorde de 46,41 milhões de toneladas.
UFMT e IFMT iniciam estudo de pesagem de bovinos via app

Um estudo proposto pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) vai desenvolver um aplicativo para pesagem de bovinos por imagem.
O projeto terá início em abril com a coleta de informações em propriedades de bovinos de corte.
Na prática, o aplicativo vai tirar uma foto do animal e a partir disso, a ferramenta permitirá ajustar a alimentação e níveis de medicamentos a serem administrados aos bovinos.
O pesquisador do IFMT, Geovanne Ferreira Rebouças, conta que a ideia da pesquisa será desenvolvida por uma equipe multidisciplinar e contribui para a chamada “Pecuária 4.0”, que objetiva agregar inovação tecnológica para a área.
“Desde o mestrado pesquiso a avaliação morfométrica de bovinos de corte, que considera as formas do animal por metragens e cálculos matemáticos, porém adaptadas e redirecionadas para linha de uso de Zootecnia de precisão e Inteligência Artificial. Dessa vez iremos estudar o desenvolvimento de aplicativo para pesagem de bovinos por imagem através de um aplicativo de celular e com a câmera do próprio aplicativo”, explica Geovanne.
Além dessa finalidade, a pesquisa também propõe outros objetivos.
O app além da pesagem, vai tentar predizer outras características de carcaça, como área de olho de lombo, espessura de gordura subcutânea, espessura de gordura na garupa ou na picanha, o que possibilitará um avanço na pecuária.
Mato Grosso produz 4,27 bilhões de litros de etanol na safra 2022/23

Mato Grosso registrou uma produção de 4,27 bilhões de litros de etanol na safra 2022/23. Cerca de 75% do biocombustível é oriundo do milho.
Considerado o terceiro maior produtor de etanol do Brasil, o estado conta com uma projeção para o ciclo 2023/24 de 5,3 bilhões de litros.
Os números foram divulgados nesta semana pelas Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso (BIOIND-MT), antigo Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT).
Conforme a entidade, na safra 2022/23 somente em etanol de milho foram produzidos 3,2 bilhões de litros e em etanol de cana 1,075 bilhão.
A entidade destaca que para a safra 2023/24, que inicia em abril, as projeções apontam 4,2 bilhões de litros em etanol de milho e 1,1 bilhão de litros em etanol de cana.
Quanto à moagem de milho para a produção de etanol, a previsão é que na safra 2022/23 seja registrado o patamar de 7,29 milhões de toneladas, enquanto para a safra 2023/24 devem ser moídos um total de 9,35 milhões de toneladas.
No que tange a cana, foram 15,9 milhões de toneladas moídas na última safra e para 2023/24 esse número deve chegar a 16,6 milhões.
Conselho Monetário eleva limites de financiamento em linha do Pronaf

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou, nesta quinta (30), a elevação dos limites de financiamento da linha de crédito de industrialização para Agroindústria Familiar, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
De acordo com a decisão, o limite passará de R$ 15 milhões para R$ 25 milhões por cooperativa, com teto por associado ativo maior, de R$ 45 mil para R$ 60 mil.
A medida vale para contratações até 30 de junho deste ano e abrange cooperativas com, no mínimo, 75% dos participantes ativos beneficiários do Pronaf e desde que 75% da produção financiada seja oriunda da agricultura familiar.
Atualmente os requisitos para acesso a esta linha são de 60% de participantes e 55% da produção com origem na agricultura familiar.
O CMN é um órgão colegiado presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e composto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pela ministra do Planejamento, Simone Tebet.
Volta de exportação à China mantém viés positivo nos preços do boi

O viés para preços do boi gordo segue positivo no país, considerando a retomada das negociações do boi padrão China e que as escalas de abates continuam encurtadas.
Além disso, segundo a Safras Consultoria, há a expectativa de melhor escoamento da carne no decorrer da primeira quinzena de abril em função da entrada da massa salarial na economia, o que pode motivar também reajustes dos animais destinados ao mercado doméstico.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 300. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 265.
A entrada da massa salarial tende a favorecer o consumo na ponta final no decorrer da primeira quinzena de abril, o que pode favorecer o ambiente para preços.
Quarto dianteiro ainda é precificado a R$ 14,20, por quilo; o quarto traseiro foi cotado a R$ 20, por quilo; a ponta de agulha permanece em R$ 14,30, por quilo.
Trigo pode ser próxima fronteira agrícola de MT

O trigo tropical é a próxima fronteira agrícola a se desenvolver em Mato Grosso, e não apenas por ser uma opção viável de rotação com a soja.
Com efeito descarbonizante, sua importância aumenta no momento atual, em que o setor produtivo busca soluções para ampliar ainda mais as práticas sustentáveis e a redução da pegada de carbono da atividade agropecuária.
A análise foi feita pelo pesquisador Jorge Lemainski, presidente da Embrapa Trigo durante palestra na Parecis SuperAgro, realizada em Campo Novo do Parecis.
“Comprovamos cientificamente o efeito descarbonizante do trigo. Estudo de caso de 2022 considerou a associação trigo/soja e, de acordo com os dados, no cultivo do trigo houve um ‘sequestro’ de 520g de CO² e no da soja, de 884g”, pontua o pesquisador.
Um dos motivos para isso é o comportamento das raízes do trigo, que ajudam a estruturar mais o subsolo, retendo mais água e dando mais estabilidade e resiliência à lavoura.
“O que fixa a água no solo não é a palhada, mas a raiz. Por isso digo que, ao contrário do que se diz, a agricultura é parte da solução do problema do aquecimento global, e não a causadora”, argumenta.
Além dos efeitos mitigadores de carbono, existe o aspecto comercial da cultura.
“É a mesma lógica do milho. O trigo associado a culturas como a soja permite a geração de receita ao longo de todo o ano”, compara.
Embora o senso comum seja pensar na indústria da panificação como principal cliente, o trigo é matéria-prima também para a cadeia produtiva de carnes (que o emprega para produzir ração, pasto e silagem), de biocombustíveis (na produção de etanol) e de grãos (seja para exportação ou uso como planta de serviço).
CONSUMO
Em 2022, o consumo de trigo no Brasil foi de 12,4 milhões de toneladas, sendo que a produção foi de 10,6 milhões tons – ou seja: 1,8 milhão precisou ser importado.
O maior produtor nacional é o Rio Grande do Sul, responsável por 54,3% da produção em 2022, segundo dados da Conab.
Na região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal juntos produzem 1,8% do volume nacional (194 mil toneladas).
Em Mato Grosso, maior produtor de grãos do Brasil, ainda não há produção do cereal.
Colheita da soja e plantio do milho entram na reta final

A colheita da soja 2022/23 em Mato Grosso chegou a 99,03% da área destinada ao grão, enquanto a semeadura do milho segunda safra 99,78%.
Especialistas do setor econômico alertam os agricultores a ficarem de olho na safra americana e no fenômeno El Niño para travar as vendas.
Os números de colheita da soja e plantio do milho foram divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
SOJA/REGIÕES
Conforme o levantamento, no que tange a soja a colheita no Médio Norte encontrava-se em 99,98%, no Norte em 99,88% da área, Oeste 99,84%, no Centro-Sul em 99,39% e no Noroeste em 99,57%.
Já nas regiões Sudeste e Nordeste em 98,75% e 96,63%, respectivamente.
MILHO/REGIÕES
Quanto ao milho, a semeadura foi encerrada em 100% das áreas do Médio Norte, Norte e Oeste. Entretanto, até o dia 31 de março ainda eram vistos trabalhos em quatro regiões. No Centro-Sul 99,97% da área estava semeada, no Sudeste 99,91%, Nordeste 99,47% e no Noroeste 98,80%.
Consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, durante o Fórum Mais Milho, no dia 22 de março, lembrou que em setembro retornam as chuvas e que os produtores devem estar de olho na safra americana.
“Se ele [São Pedro] não trabalhar direito sobre a safra americana, vamos ter rallys de alta e nesses rallys de alta eu vou sugerindo para vocês venderem o milho safrinha 2023. Se nós não tivermos nenhum rally de alta, tivermos uma safra americana que vai andando bem, temos que vender do mesmo jeito. Por que? Da forma que o produtor brasileiro está segurando soja, a minha grande preocupação é chegar agosto e termos armazéns ainda com soja e nós não temos espaço para o milho”.
Quanto ao El Niño, que vem se desenhando para o ciclo 2023/24, Molinari ressaltou que a presença do fenômeno significa para a Argentina e a região sul do Brasil baixo risco de quebra na produção.
Exportação de soja em grão reage em março

O mês passado foi positivo para o complexo soja no âmbito do mercado internacional.
Com os resultados, as exportações de soja em grão, farelo e óleo fecharam o primeiro trimestre de 2023 com volumes relevantes.
No caso da soja em grão, o mês passado foi de retomada. Isso porque a commodity ficou em baixa nos dois primeiros meses do ano.
Com a reação registrada em março, o Brasil enviou para o exterior o total de 19,3 milhões de toneladas durante o primeiro trimestre. Com isso, movimentou US$ 10,7 bilhões em receita cambial.
As exportações de farelo de soja superaram as registradas no primeiro trimestre do ano passado. De 1º de janeiro a 31 de março de 2023, o país embarcou para o exterior 4,7 mi de toneladas, o que rendeu receita na casa dos bilhões de dólares: US$ 2,5 bi.
O crescimento pode fazer com o que o Brasil ultrapasse a Argentina e, momentaneamente, torne-se o maior exportador mundial de farelo de soja.
Para isso, no entanto, a Argentina enfrenta uma quebra de safra por casa da severa estiagem — que fará a produção de soja cair das 50 milhões de toneladas para menos de 30 milhões de toneladas.
Por fim, o item óleo de soja teve avanço surpreendente no período.
No primeiro trimestre deste ano, 700 mil toneladas do produto foram enviadas para fora do Brasil, o que, de acordo com Ferreira, representa crescimento de 50% no comparativo com o mesmo trimestre de 2022. A receita parcial de 2023 está, neste caso, na casa dos US$ 800 mil.
Sorriso exportou mais de US$ 608 milhões em comodities agrícolas em 3 meses

Soja e milho são os produtos que Sorriso mais exporta. A balança comercial internacional aponta essas commodities são as principais fontes de exportação.
E os números apontam que, somente nos três primeiros meses do ano (de janeiro a março), a Capital Nacional do Agronegócio já exportou US$ 608.107.238 em commodities agrícolas.
Esses números incluem uma cartela de negócios com vários países, dentre eles destacam-se China, Alemanha, Colômbia e México na compra da soja.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Oliveira, pontua que esses são dados levantados mensalmente pelo Comex Stat, um sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro; constantes também no Ministério de Desenvolvimento Indústria Comércio e Serviços (MDIC).
“Com esses dados em mãos temos uma noção clara da participação econômica do Município no Estado: exportamos um número alto de commodities agrícolas, e, por outro lado, também importamos insumos para essa produção”, destaca.
Cláudio lembra que a Pasta integra o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), uma inciativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que visa preparar as empresas brasileiras para exportar seus produtos e serviços de forma planejada e segura, com a orientação gratuita de profissionais especialistas em comércio exterior.
Hoje, mais de 100 empresas mato-grossenses estão cadastradas no programa PEIEX. A meta é gerar mais renda e emprego no Estado, independente do local de instalação das empresas.
O polo de Sorriso do PEIEX destaca que o objetivo é alavancar a competitividade das empresas, disseminar a cultura exportadora, introduzir melhorias técnico-gerenciais e tecnológicas, promover a capacitação para a inovação e ampliar o acesso a produtos e serviços de apoio disponíveis às instituições de governo.
Produção de grãos deve ter alta de 15% na safra 2022/23

A produção de grãos no Brasil no ciclo 2022/23 está estimada em 312,5 milhões de toneladas, acréscimo de 40,1 milhões de toneladas quando comparada com o período 2021/22.
A alta é de 15%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Nesta quinta-feira (13), o órgão divulgou, em Brasília, o 7º Levantamento da Safra de Grãos, momento em que os produtores entram na fase final da colheita das culturas de primeira safra.
Em relação à área plantada, a Conab espera um crescimento de 3,3%, com a incorporação de 2,5 milhões de hectares, chegando a 77 milhões de hectares utilizados.
“O bom desempenho é explicado não só pelo aumento de área, como também pela melhoria da produtividade de culturas como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo. No entanto, o resultado consolidado ainda depende do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas de segunda e terceira safras”, explicou a Conab.
A soja ainda é o produto com maior volume colhido no país, com uma produção estimada em 153,6 milhões de toneladas. Segundo a companhia, com o progresso da colheita em 78,2%, a boa produtividade nas lavouras segue sendo confirmada e está estimada em 3.527 quilos por hectare.
MILHO
Para o milho, a Conab também aponta um aumento tanto em área como em produção. O cultivo do cereal é feito em cerca de 21,97 milhões de hectares pelo país, acréscimo de 1,8%, com aumento para a área semeada na segunda safra e redução na primeira.
Já a colheita total do grão está calculada em 124,88 milhões de toneladas, influenciada pelo aumento da produção em 8,8% na primeira safra e 11% na segunda, podendo chegar a 27,24 milhões de toneladas e 95,32 milhões de toneladas, respectivamente.
“Outro produto que apresenta crescimento é o sorgo, influenciado pela perda da janela ideal de plantio do milho em algumas regiões produtoras e por ser um produto mais resistente à estiagem”, explicou a Conab. A produção do grão pode ultrapassar 3,7 milhões de toneladas nesta safra.
Estradas precárias e armazéns lotados dificultam escoamento de grãos

As incertezas na comercialização da safra de soja têm deixado os produtores cautelosos na hora da negociação. Os principais problemas seguem sendo a precariedade de rodovias (especialmente estaduais) e falta de armazéns.
Em Marcelândia, os armazéns estão sem espaços, o que causa preocupação quanto à cultura do milho.
E com a colheita do milho próxima de seu início em Mato Grosso, a produtora rural Silvana Garcia Miranda Martins revela estar preocupada em como irá realizar a logística dos grãos em seu armazém.
“Em junho começa a colheita (do milho). Vai ser preciso realizar a manutenção do armazém, e até maio tem que retirar a soja para armazenar o milho”, explica.
Na sua propriedade, 70 mil sacas de soja estão aguardando para serem comercializadas. Segundo ela, o custo caiu nos últimos meses e o valor de venda não é suficiente para abater o custo da produção.
Outro problema que tem causado transtorno para Silvana e outros produtores de Marcelândia é o escoamento da safra.
As rodovias estaduais, pavimentadas ou não, têm apresentado péssimas condições de trafegabilidade. Tal situação encarece o transporte e diminui ainda mais a rentabilidade da fazenda.
O presidente do Sindicato Rural de Marcelândia, Marcelo Ricardo Cordeiro, pontua que a situação com a logística, inclusive, dificulta a comercialização da produção.
“Infelizmente nós temos aí, todo um sacrifício que o produtor rural tem que fazer, para conseguir vender a sua produção. O produtor está sendo sacrificado por conta de uma logística que está dificultosa”, afirma o presidente.
Mega armazém de milho em construção em Lucas do Rio Verde

A empresa Kodyak Nutrição Animal está construindo um novo armazém graneleiro horizontal de milho em Lucas do Rio Verde.
A nova estrutura tem capacidade de armazenar cerca de 100 mil toneladas de milho segunda safra. A empresa é fornecedora de ração para Mato Grosso, Pará e Rondônia.
Para se ter uma ideia do tamanho, seriam necessários mais de dois mil rodotrens carregados de milho para encher este armazém.
Ao lado do armazém em construção há outro com a capacidade um pouco maior. Juntos, eles têm a capacidade de armazenar cerca de 210 mil toneladas de grãos.
A construção vem de encontro com dois fatores que estão movimentando o mercado brasileiro do grão, um deles são os preços do grão.
Os contratos de milho negociados na bolsa de Chicago caíram para o nível mais baixo em mais de seis meses no último mês, segundo a USDA, depois das máximas no ano passado. Preços menores fazem o produtor recuar nas vendas e deixar o milho armazenado.
Outro fator importante é o possível recorde de produção no milho safrinha. A segunda safra de milho no Brasil vem deixando os pessimistas para trás e se prepara para bater o recorde de produção, ultrapassando 120 milhões de toneladas.
A produção total de milho no Brasil visa um aumento de 10,2% em 2023, em comparação com a safra anterior.
Encontro fomenta hidrovia Teles Pires-Tapajós e Ferrogrão

Lideranças regionais e nacionais estarão em Sinop nesta terça-feira (2) para um encontro que visa fortalecer as articulações a serem feitas em duas grandes obras no setor de logística: a Ferrogrão e a hidrovia Teles Pires-Tapajós.
Tais empreendimentos irão fortalecer o escoamento de soja, carne, milho, madeira e demais commodities das regiões Norte e Médio Norte de Mato Grosso.
Segundo informações dadas a FATOR MT, o ministro Augusto Nardes (Tribunal de Contas da União, TCU) abre o encontro, que será realizado no Sindicato Rural, a partir das 8h.
Nardes vai abordar os desafios estruturantes da infraestrutura para fortalecer as atuais hidrovias e criar outras para transporte de produtos. O secretário nacional de Transportes Ferroviários, Leonardo Ribeiro, está entre os debatedores.
FERROGRÃO E HIDROVIA
A Ferrogrão é uma ferrovia que está sendo planejada com investimentos de parceria público-privada, ligando Sinop a Miritituba, num trecho de 930 km.
A viabilidade da hidrovia Teles Pires-Tapajós é um dos pontos centrais do encontro. A extensão é de aproximadamente 1,5 mil km.
Foram feitos estudos para viabilizar a hidrovia partindo de Porto dos Gaúchos ao porto de Santarém para escoar parte da produção agrícola estadual.
No simpósio, também será abordado o corredor da BR-163 x Hidrovia do Rio Tapajós, pelo presidente da concessionária Via Brasil BR-163, Ricardo Barra.
O encontro ‘Diálogos Hidroviáveis’ é organizado pela Aprosoja e movimento Pró-Logística. Presidente e vice da Aprosoja, Fernando Cadore e Ilson Redivo farão o encerramento.
O governador Mauro Mendes e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foram convidados, mas não confirmaram presença.
Síntese Agro Science inaugura filial em Lucas do Rio Verde

Com sede no Paraná e presente em cinco estados brasileiros, a Síntese Agro Science chega a Lucas do Rio Verde, município com forte vocação agrícola e estrategicamente localizado no eixo da rodovia BR-163, que liga o Mato Grosso ao Pará e concentra uma enorme produção de grãos e plumas em seu entorno.
A nova loja, localizada às margens da BR-163, foi inaugurada no último dia 19 de abril com a presença de produtores rurais, agrônomos, técnicos agrícolas, representantes comerciais e profissionais de diversas áreas.
A escolha de Lucas do Rio Verde pela Síntese Agro Science se deu pela localização, que permite à empresa estar mais próxima de seu público consumidor, facilitando a logística.
Dessa forma, além de oferecer produtos com qualidade testada e aprovada nas áreas bio fertilizantes, tecnologia de aplicação e soluções biotecnológicas, poder ofertar também uma assistência técnica rápida e eficiente.
A inauguração da loja agradou aos produtores de Lucas do Rio Verde. “É sempre bom que tenhamos mais opções e novos produtos para testarmos”, destacou o produtor José Henrique Hasse.
Para ele, que já utilizou os produtos da Síntese Agro Science em sua propriedade, a empresa chega para somar com os produtores locais.
“Temos problemas com ervas daninhas lá na fazenda e o pessoal da Síntese esteve lá e apresentou seu produto. A fizemos um teste e realmente vimos um diferencial nesse potencializador de herbicida enzimático. E foi muito bom, foi interessante. E a assistência do pessoal, o acompanhamento, direto lá olhando, foi positivo”, afirmou.
Por fabricar os produtos que comercializa, a Síntese proporciona um melhor custo-benefício para os agricultores. Também produtor rural em Lucas, Claudimar Pasqualli aprovou a chegada da empresa à cidade.
Ele enfatizou que, além de somar com os produtores, a empresa chega também para ampliar a oferta tanto de produtos de qualidade quanto de assistência técnica eficiente. “E também a facilidade de negociar”, ressaltou.
“É uma empresa nova aqui para a região. É uma empresa de venda direta: se fala com os próprios donos do negócio, se consegue um preço melhor, uma resposta mais rápida. Se chega a dar algum problema, já fala direto com o dono mesmo. Temos a esperança que será uma empresa boa no mercado”, destacou o produtor Ryan Boyaski.
O produtor também destacou que o portfólio da empresa vai de encontro às necessidades dos produtores. “São produtos com tecnologia, com bastante moléculas naturais, que é o que ‘está pegando’ nas lavouras hoje: Produtos mais sustentáveis, com uma ‘pegada’ mais biológica, que é o que o produtor está usando mais hoje em dia”, observou Ryan.
O coordenador de pesquisa da JF Consultoria, James Bertalli, foi outro que destacou a chegada da Síntese AgroScience a Lucas e ressaltou que a empresa representa novas opções de produtos que vão agregar à produtividade das lavouras e proporcionar maior rentabilidade do produtor.
“O sinônimo da Síntese é a origem da empresa, bem como a qualidade dos produtos que observamos na pesquisa, rentabilidade para o produtor e mais um polo de trabalho para nossa região”, disse ele.
“Lucas do Rio Verde ganha muito com a chegada da Síntese, tendo em vista que ela traz novidades e aqui é um dos principais polos agronômicos do país, é uma fronteira agrícola”, completou.
O gerente comercial, Carlos Augusto Corniani, ressalta que a venda direta da indústria para o cliente é o grande diferencial da empresa, além de uma equipe treinada e competente, que oferece um trabalho de assessoria para os clientes.
“Trabalhamos com um grupo seleto de clientes e nesse grupo a conseguimos atendê-los com excelência merecida, preço diferenciado por ser uma venda direta da indústria para o produtor, assistência técnica diferenciada e disponibilidade dos produtos em estoque, nosso propósito é estarmos com o cliente no dia a dia”, frisou.
Ele também destacou que Mato Grosso é uma grande fronteira agrícola, que oferece inúmeras oportunidades devido ao seu desenvolvimento e ao uso de tecnologia pelos produtores.
“Nossos potenciais clientes tem nos depositado sua confiança, abrindo a sua porteira para demostrarmos o potencial que podemos entregar com essa parceria”, observou.
Corniani enfatizou ainda que a instalação da empresa à cidade do Médio Norte foi possível graças a parceiros com acesso ao mercado, que têm contato com os clientes e que acreditaram no trabalho desenvolvido.
“Eles nos deram oportunidade, confiaram na nossa marca e abriram as portas para trazermos a Síntese para a cidade”, reconheceu o gerente comercial.
Empresa de fertilizantes investe R$ 230 milhões em Sinop
Com crescimento econômico na casa dos 10% ao ano, Sinop é vista como um grande polo de desenvolvimento agrícola e importante corredor logístico para empresas ligadas ao setor produtivo.
A Cibra, uma das maiores e mais inovadoras empresas de fertilizantes do Brasil, inaugurou nesta semana sua nova fábrica. Na unidade foram investidos R$ 230 milhões.
A unidade de Sinop é a segunda da empresa em Mato Grosso, que conta ainda com uma planta em Rondonópolis.
A nova planta, chamada de greenfield, por ter sido construída do zero, tem capacidade para expedir até 750 mil toneladas de fertilizantes por ano e irá gerar cerca de 300 empregos diretos e indiretos até 2026.
A unidade conta com área total de terreno de 15 mil m² e potencialidade para receber, simultaneamente, até 100 caminhões.
A inauguração em Sinop, pontua o CEO da Cibra, Santiago Franco, faz parte do plano de expansão da companhia, que tem sede na Bahia. A previsão é que até 2026 a empresa realize investimentos na ordem de R$ 1,5 bilhão no país.
“A Cibra tem crescido e expandido o seu negócio nos últimos dez anos. É um momento muito marcante para a nossa empresa inaugura essa unidade em Sinop, que é um empreendimento feito totalmente do zero”, comenta o CEO.
Brasil confirma primeiros casos de gripe aviária em aves silvestres

O Ministério da Agricultura e Pecuária confirmou nesta segunda-feira (15) a identificação dos dois primeiros casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), conhecida como gripe aviária, em duas aves marinhas resgatadas no litoral do Espírito Santo.
As aves são da espécie Trinta-réis-de-bando e foram encontradas na cidade de Marataízes e em um bairro em Vitória, capital do estado. Esses foram os primeiros casos da doença registrados no Brasil
O ministério e entidades do setor reforçam que as aves não fazem parte do sistema de produção, ou seja, não houve contaminação nas fábricas de frangos e ovos ou risco de afetar o abastecimento interno. Os alimentos podem ser consumidos com segurança.
Apesar dos casos, o ministério ressalta que a situação não muda o reconhecimento do Brasil como país livre da gripe aviária.
“Cabe destacar que a notificação da infecção pelo vírus da IAAP em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre de IAAP e os demais países membros da OMSA não devem impor proibições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros”, diz nota divulgada pela pasta.
Depois de recolhidas, as aves foram analisadas pela equipe do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo, que é referência da Organização Mundial da Saúde Animal. A unidade confirmou o diagnóstico.
Em seguida, o governo brasileiro fez a notificação à entidade internacional.
O ministro Carlos Fávaro declarou estado de alerta com o objetivo de “aumentar a mobilização do setor privado e de todo o serviço veterinário oficial para incrementar a preparação nacional, aumentando a vigilância sobre a pandemia de IAAP”, com intensificação de ações de comunicação e prevenção, em especial entre criadores de aves.
GRIPE AVIÁRIA
É uma doença viral altamente contagiosa e que afeta aves silvestres e domésticas.
Atualmente, o mundo vive uma pandemia da influenza, sendo a maioria por meio do contato de aves migratórias com aves de subsistência, produção ou silvestres de uma região.
O vírus pode ser transmitido ao homem pode meio do contato com aves infectadas, vivas ou mortas.
Se encontrar uma ave com os sintomas da doença (andar cambaleante, pescoço deitado e alta mortalidade em uma área), a orientação é acionar o serviço veterinário de sua cidade ou fazer uma notificação no e-Sisbravet.
Não toque ou recolhe aves doentes, pois o vírus fica presente em fezes e secreções respiratórias dos animais.
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango ou ovos.
Gestão hídrica pode auxiliar crescimento de áreas irrigadas

Com capacidade para produzir em quase 4 milhões de hectares em área irrigada, Mato Grosso busca modelos de gestão hídrica que possam ser colocados em prática no estado.
Entre os exemplos estão os praticados nas cidades de York e Lincoln, em Nebraska, nos Estados Unidos.
Estudo realizado pela Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT), revela que atualmente a área irrigada do Brasil é de 8,2 milhões de hectares e Mato Grosso responde por 178 mil hectares.
Conforme a análise, o país possui potencial efetivo de expansão de 13,6 milhões de hectares, enquanto no estado a capacidade para cresce é ainda maior, podendo saltar para até 3,9 milhões de hectares.
Representantes da Aprofir-MT realizaram no último dia 11, nas cidades de York e Lincoln, uma visita técnica ao Nebraska Association of Resources Districts (Nard), órgão que regulamenta a gestão, desenvolvimento e proteção do solo e dos recursos hídricos dentro dos limites dos 23 distritos que compõem o estado.
Na oportunidade o grupo pode conhecer o distrito de The Upper Big Blue Natural Resources District, em York.
A missão também conheceu, em Lincoln, o Nebraska Association of Resources Districts (Nard), que é a associação responsável pelos 23 distritos de recursos naturais do estado do Nebraska, o grupo foi recepcionado pelo diretor de programas e parcerias, Dustin Wilcox.
Indea investiga morte de 1 milhão de abelhas em Brasnorte

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) investiga a morte de pelo menos um milhão de abelhas em três propriedades rurais Brasnorte.
Três servidores da autarquia estiveram no último fim de semana percorrendo as áreas onde foram registradas as perdas em massa dos animais polinizadores. A mortandade das abelhas foi detectada em 33 colmeias.
Os apicultores acionaram o Indea, que, por meio dos servidores, realizou a sondagem no local e colheu o material para enviar, na segunda-feira (15), ao laboratório do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e ao Instituto Biológico - centro de pesquisa do Governo do Estado de São Paulo.
O coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Néspoli, explica que, no campo, os servidores investigaram os sinais clínicos e epidemiológicos.
“Foram observadas quais as castas atingidas. No caso de Brasnorte, as operárias eram as mais atingidas. Também foram observados qual o perímetro das mortes desses insetos, se havia a presença de parasitas ou abelhas com dificuldade de locomoção, e qual fase da vida desses animais era a mais atingida”.
Segundo ele, com base nessas observações, e em conjunto com as análises de laboratório, será possível descobrir o que pode estar causando esse dano não só ambiental, como econômico aos apicultores.
Além de causas sanitárias, outra suspeita levantada sobre a mortandade dessas abelhas é o uso de agrotóxico nas áreas próximas aos apiários.
O resultado laboratorial enviado para fora do estado deve sair em 10 dias.
EPR Consultoria & Pesquisa
EPR Consultoria & Pesquisa realiza encontro técnico na próxima sexta-feira
Com o propósito de apresentar a produtores rurais e a profissionais ligados ao agronegócio novas técnicas e tecnologias, a EPR Consultoria & Pesquisa realiza no próximo dia 19, o seu 2° Encontro Técnico EPR Na Cultura do Milho e Algodão.
O evento será realizado no campo experimental da empresa, em uma área de 20 hectares, dividida em 25 estações, localizada na Fazenda Nova Sinop, em Sinop, município que centraliza uma das maiores regiões produtoras de Mato Grosso.
Durante o encontro, conforme informou Elvis Jósefer Constantino diretor e pesquisador da EPR e um dos responsáveis pela organização do evento, serão demonstrados os resultados de ensaio realizados com 60 híbridos de milho e 35 cultivares de algodão. “Referente aos cultivares de algodão, serão apresentados materiais que já são comercializados, que são referência aqui na região”, frisou ele. “E terá muita novidade de novos materiais de diferentes empresas”, pontuou.
Elvis destacou que os novos materiais vêm com uma carga de tecnologia que proporciona resistência a doenças e a nematoides, além de alta produtividade e qualidade da fibra, o que garante maior produtividade e, consequentemente, maior rendimento financeiro para o produtor.
“São tecnologias que vão auxiliar o agricultor a produzir mais e também ajudar nas diversas situações e problemas que ele vem enfrentando na região, para que possa extrair o máximo de produtividade e rentabilidade”, pontuou.
Em relação aos híbridos de milho que serão apresentados durante o evento, Elvis enfatiza que são materiais que carregam também tecnologias que vão auxiliar os produtores nas mais diversas situações de cultivo e que oferecem excelentes resultados. “Problemas com nematoides, problemas com textura de solo, com ótimas características de qualidade de grão e produtividade”, frisou.
O 2º Encontro Tecnológico EPR Na Cultura do Milho e Algodão terá também palestra técnica sobre nutrição e fisiologia das culturas do milho e algodão com o professor Evandro Binotto Fagan, do Centro Universitário de Pato de Minas”. Mais de 800 pessoas estão sendo esperadas.
Evandro Binotto Fagan é graduado e mestre pela Universidade Federal de Santa Maria. É também doutor em fisiologia de produção pela mesma instituição e atua como professor e pesquisador do Centro Universitário de Patos de Minas.
Gasto com controle de lagartas no milho chega a R$ 300/hectare

A pressão de lagartas, nesta safra 2022/23, nas lavouras de milho está aumentando os custos em Mato Grosso e deixando agricultores apreensivos.
Em algumas propriedades, a despesa adicional para tentar combater a praga chega a R$ 300 por hectare.
Em Lucas do Rio Verde, por exemplo, de acordo com o agricultor Daniel Schiffer Schwartz, a proliferação das lagartas em alguns talhões de sua propriedade está maior.
Ele comenta ter realizado o controle na fase inicial da cultura, contudo, a pressão foi mais forte.
“Fomos fazendo o sequencial de defensivos para lagartas. Nosso manejo teoricamente era para ser três aplicação para lagartas, mas a pressão foi alta. Dá para ver pelas folhas, estão bastante comidas, e aí fizemos mais três aplicação e tem aplicação aérea também para lagarta da espiga do milho”, comenta Daniel.
De acordo com o agricultor, o desembolso extra com o controle de lagartas pesa no bolso e pode reduzir ainda mais a rentabilidade da safra de milho, principalmente diante dos preços da saca de 60 quilos em queda.
“Um total mais ou menos de R$ 300 a mais por hectare [custo]. Com o milho desvalorizado a R$ 30, são dez sacas a mais de custo esse ano”, salienta Daniel.
MONITORAMENTO
A pesquisadora da Fundação Mato Grosso, Lucia Vivan, comenta que desde a safra 2021/22 é observada uma significativa presença da lagarta Helicoverpa Zea em espigas de milho.
“A ocorrência é em todos os híbridos independente de tecnologia, e mesmo em áreas convencionais, onde se tem um ataque na fase vegetativa com Spodoptera Frugiperda na espiga, vemos uma ocorrência predominante de Helicoverpa Zea. Para o controle é importante o monitoramento das mariposas por meio dos atrativos alimentares. Para aplicação recomenda-se uma aplicação mais antecipada no início da eclosão”.
Aprosoja-MT alerta para apagão de armazenagem

O elevado custo de produção da soja e do milho, somado a queda de preço, vem preocupando o setor produtivo mato-grossense.
Segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), o momento é de “tirar o pé” do acelerador e olhar para a “matemática do nosso negócio” para não colocar a “rentabilidade em risco”.
Conforme afirma o presidente Fernando Cadore, ao mesmo tempo em que a entidade alerta quanto aos riscos em relação à rentabilidade no campo, também há a preocupação quanto ao apagão de armazenagem que bate na porta de Mato Grosso.
Cadore destaca que a entidade tem buscado junto ao governo federal ações de políticas públicas que evitem tal apagão e que Mato Grosso volte a ver milho à céu aberto, como em safras passadas.
“É imprescindível que o Brasil olhe para o problema do armazenamento. Nós vamos ter o apagão de armazenagem agora à medida que a produção aumenta e só temos 45% da capacidade estática”.
Outro ponto tratado pela Aprosoja-MT, diz Cadore, com o governo federal é quanto a políticas públicas que tragam referência de preços.
“Lembrando que quando a agricultura, quando a pecuária vai mal invariavelmente essa queda na arrecadação sai do comércio, sai do serviço, sai do supermercado, sai da rede de automóveis, enfim. Todos perdemos quando a agricultura e pecuária vão mal”, completou.
Abate de fêmeas acima da média preocupa Sindifrigo-MT

A (nova) desvalorização do dólar, somada à queda nas exportações de carne bovina e o abate de fêmeas acima da média em 2023, tem preocupado o setor frigorífico mato-grossense.
Dados de exportações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), que podem ser encontrados na plataforma Dashboards no site do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), revelam que MT embarcou em abril 34,56 mil toneladas em equivalente de carcaça (TEC), volume 16,4% a menos que as 41,34 mil TEC embarcadas em março.
No primeiro quadrimestre de 2023 foram exportadas 166,51 mil TEC por Mato Grosso, contra 181,82 mil TEC no mesmo período em 2022.
O presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), Paulo Bellincata, pontua que o atual momento é considerado delicado.
“Se levarmos em conta que as maiores empresas contam com exportações como opção de mercado, fica fácil imaginar o quanto estão perdendo as empresas menores que trabalham basicamente com o mercado interno”, salienta Bellincanta.
Cenário no curto prazo é incerto
Em sua avaliação, é difícil vislumbrar um cenário mais ameno no curto prazo. Ele frisa que a preocupação é grande quanto a necessidade de medidas que garantam a manutenção das indústrias que estão em funcionamento.
“A manutenção do pagamento dos impostos, da folha de pagamento, dos pecuaristas, dos insumos e manutenção das fábricas tem sido um exercício árduo para os donos dos frigoríficos. Estamos cientes que nosso parceiro pecuarista vive também o drama de resultados negativos”, completa Bellincanta.
Queda na safra de trigo argentino reflete no Brasil

As últimas safras não têm sido fáceis para os agricultores argentinos, e as notícias sobre a colheita não são muito animadoras.
Segundo pesquisa realizada pela agtech SIMA - Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola, o rendimento do cereal caiu 35% na última safra.
Estes dados trazem uma perspectiva relevante sobre a vulnerabilidade da cultura frente às adversidades do clima, e como a safra e economia brasileira relacionada ao grão ficam à mercê da grande demanda nacional.
No contexto da forte seca que afetou o campo argentino, a agtech, que monitora mais de seis milhões de hectares em oito países latino-americanos, tirou uma radiografia do que restou da última safra de trigo com base nas informações coletadas de seus usuários.
No entanto, esclarece que são dados médios de todos os utilizadores da SIMA na Argentina, independentemente das zonas agrícolas, datas de plantação ou variedades utilizadas.
“É um relatório geral e serve como um guia para o que aconteceu e não como uma realidade absoluta de nossos usuários”, reforça Maurício Varela, cofundador da startup.
O cenário das últimas safras está intrinsecamente relacionado aos impactos do evento da La Niña no território.
O fenômeno se caracteriza pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico Equatorial, ocasionando alterações climáticas por todo o país, e afetando diretamente o regime de chuvas.
Neste contexto, ao finalizar a colheita da safra 2022/23 na Argentina, os dados da SIMA mostraram que a produtividade média dos usuários foi de 2,8 mil kg/ha de trigo, ligeiramente superior à média nacional do país, que girou em torno de 2,2 mil kg/ha.
Em relação à safra anterior, a quebra de rendimentos apurada junto aos utilizadores da SIMA foi de cerca de 35% face ao período homólogo.
Adversidades desta safra
De acordo com os registros da plataforma, plantas daninhas e doenças foram as categorias de adversidades mais detectadas.
Em todo o monitoramento realizado no cereal, 55% dos casos foi marcado pela presença de invasoras. Enquanto 50% dos relatórios de campo registraram alguma doença.
A planta daninha com maior presença foi a Conyza bonariensis, popularmente conhecida como buva, a qual foi detectada em mais de 20% dos monitoramentos realizados. Neste sentido, destaca-se que nas últimas três safras esta foi a invasora dominante.
Em relação às doenças, o fungo necrotrófico Pyrenophora tritici-repentis, causador da mancha amarela, foi o mais frequentemente detectado, em pouco mais de 30% dos controles de campo.
Gripe aviária: Brasil decreta emergência zoossanitária

O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função de casos de gripe aviária detectados em aves silvestres.
A portaria, assinada pelo ministro Carlos Fávaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União na noite de segunda-feira (22) e tem validade de 180 dias.
A medida, de acordo com a pasta, tem como objetivo evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comercial, além de preservar a fauna e a saúde humana.
Ainda segundo o ministério, a declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais.
Novos casos confirmados
Na tarde de ontem, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo confirmou três novos casos positivos para influenza aviária (H5N1) no Espírito Santo, que estavam em investigação desde a semana passada.
Em nota, o ministério informou que as aves silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular trinta-réis-de-bando) foram encontradas em Linhares, Itapemirim e Vitória.
Até o momento, são 8 casos confirmados em aves no país: 7 no Espírito Santo (Marataízes, Cariacica, Vitória, Nova Venécia, Linhares e Itapemirim) e 1 no Rio de Janeiro (São João da Barra).
Além da espécie Thalasseus acuflavidus, há ainda aves da Sula leucogaster (atobá-pardo) e Thalasseus maximus (trinta-réis real).
A orientação da Pasta é que a população não recolha aves que encontrar doentes ou mortas e acione o serviço veterinário mais próximo, no intuito de evitar que a doença se espalhe.
Ainda segundo o governo, não há mudanças no status brasileiro de livre da influenza aviária de alta patogenicidade perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.
Suspensão de feiras com aglomeração de aves
A portaria também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão da realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no ministério.
“A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades”, detalhou a pasta.
Estado vai receber fábrica de trigo da Moinho Anaconda

A empresa Moinho Anaconda vai investir em Mato Grosso na construção da terceira fábrica no país de farinha de trigo.
Acompanhado por representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), executivos da empresa percorreram Barra do Garças, Primavera do Leste e Rondonópolis para definir em quais dessas cidades eles farão o aporte financeiro ainda neste ano.
“São cidades localizadas estrategicamente nas rotas comerciais que temos. Tanto essas cidades quanto Cuiabá são importantes pontos logísticos para atendimento comercial não só do Mato Grosso, mas do Centro-Oeste como maneira geral”, disse o diretor da unidade da Moinho Anaconda em Curitiba, Max Piermartiri.
A unidade que será instalada em Mato Grosso, por ora, seria uma indústria para o envase, ou seja, ensacar a farinha de trigo vinda da fábrica de Curitiba.
Entretanto, no período de até dez anos seria instalado o moinho no Estado para o processamento e ensacamento do produto.
Considerada uma cultura de inverno, não há dados oficiais de plantio de trigo em Mato Grosso, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), contudo, a vinda da Moinho Anaconda pretende estimular a produção de trigo no Centro-Oeste.
“O trigo viria importado do Sul do país, a nossa farinha é produzida na unidade de Curitiba, mas a gente enxerga a expansão da produção no Centro-Oeste, no cerrado de maneira geral, especialmente em Mato Grosso como produtor de trigo não só para o consumo interno, mas também para exportação para outros estados e eventualmente para outros países”, destacou Max.
Em reunião na Sedec, os executivos da empresa discutiram os planos de investimentos e falaram sobre os incentivos fiscais do Estado, que são sem burocracia e por adesão.
O secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos, Anderson Lombardi, visitou a fábrica da empresa na semana passada e celebrou a vinda de uma importante indústria para o Estado, além de incentivar a produção de trigo em MT.
“O governador Mauro Mendes deu essa missão para a Sedec de atrair investimentos, criando um cenário favorável para que os investidores tenham segurança em fazer aportes financeiros no nosso Estado. A Moinho Anaconda resolveu apostar no nosso Estado, pois sabem que a gestão é séria e o setor produtivo vai ficar motivado em produzir o grão”, destacou Anderson Lombardi.
Atualmente, Mato Grosso é atendido pela planta industrial da empresa em Curitiba, que atende o Centro-Oeste, Rondônia, Acre e Tocantins.
De início, há estimativa da fábrica gerar 30 empregos diretos em MT e após a expansão com moinho cerca de 230 empregos diretos. Isso sem contar os empregos indiretos com terceirizados e prestadores de serviço.
A Moinho Anaconda tem capacidade de processar 400 mil toneladas/ano na planta paranaense. Além disso, é uma empresa familiar com capital 100% nacional e com 490 funcionários nas duas unidades.
Unidade da Minerva Foods é habilitada para exportar aos EUA

A Minerva Foods, líder em exportação de carne bovina na América do Sul, informou que sua unidade em Mirassol d’Oeste foi habilitada para exportar carne in natura aos Estados Unidos.
Com isso, a empresa tem agora oito plantas que podem vender produtos ao mercado norte-americano.
Segundo nota divulgada pela companhia, para ser habilitada a unidade passou por auditoria do Ministério da Agricultura, que avaliou o cumprimento dos requisitos estabelecidos pelo Food Safety and Inspection Service (FSIS) – órgão ligado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), responsável por garantir a segurança de carnes e ovos comercializados no país.
A partir de agora, os cortes in natura produzidos na unidade já poderão embarcar aos Estados Unidos.
Além da unidade de Mirassol d’Oeste, estão autorizadas a exportar carne in natura aos EUA as plantas de Paranatinga, Araguaína/TO, Janaúba/MG, José Bonifácio/SP e Palmeiras de Goiás/GO.
Além de atuar no Brasil, a Minerva Foods está presente no Paraguai, Argentina, Uruguai e Colômbia e possui plantas especializadas em ovinos na Austrália.
Opera 32 unidades industriais, 12 escritórios internacionais e 14 centros de distribuição.
Governo reduz taxa de juros em linha de crédito da Desenvolve MT

O Governo de Mato Grosso oferece a possibilidade de redução da taxa de juros para empresários que contrataram, por meio da agência de fomento do Estado, Desenvolve MT, operações de crédito com recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), atrelados à taxa Selic.
A medida é possível por meio da renegociação do contrato, alterando o indexador de juros para o Índice Nacional de Preços no Consumidor (INPC).
A renegociação foi autorizada pelo Ministério do Turismo, após articulação do Governo de MT.
O Fungetur é uma linha de financiamento vinculada ao Governo Federal e um instrumento de política de investimentos para o trade de turismo em Mato Grosso.
A superintendente financeira da Desenvolve MT, Mayran Beckmann, ressalta que a renegociação é benéfica aos contratantes da operação de crédito, uma vez que reduz significativamente os juros do contrato.
“O Governo foi sensível à situação dos empresários, considerando as variações nos valores das parcelas resultante da taxa Selic e, por isso, buscou, junto ao Ministério do Turismo, autorização para a renegociação dos contratos. Dessa forma, conseguimos facilitar o pagamento para os clientes, garantindo a adimplência dos contratos”, destaca.
Poderão renegociar a contratação de crédito os empresários que possuem os contratos atrelados à taxa Selic. Apesar da mudança no indexador, os prazos contratuais para pagamento continuam os mesmos.
O processo de negociação é facilitado e pode ser feito pelo WhatsApp (65) 99650-2142 ou pelo número (65) 3613-7914, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.
Rumo Logística deve iniciar as obras da ferrovia ainda este ano

A Rumo Logística concluiu a construção de um viaduto ferroviário sobre a BR-163, em Rondonópolis e, ainda este ano, deve iniciar a terraplanagem e drenagem para a implantação de 211 km de trilhos da Ferrovia Senador Vicente Vuolo até Campo Verde.
A previsão é que as obras, que terão investimentos entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bi, sejam concluídas em 2025.
Em toda sua extensão, a ferrovia vai ligar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e interligará as regiões Sul e Médio-Norte de Mato Grosso, reduzindo a distância entre as regiões produtivas e o porto de Santos.
Em Campo Verde, que após a conclusão das obras da ferrovia e da pavimentação da MT-140, ligando a BR-070 a rodovia BR-364, em Nova Mutum, passando por Nova Brasilândia, Planalto da Serra e Santa Rita do Trivelato, se transformará em um dos mais importantes entroncamentos rodoferroviários do Centro-Oeste brasileiro, será implantado também um terminal de carga e descarga.
A construção da ferrovia deve gerar em torno de 186 mil empregos e os investimentos totais podem chegar a R$ 15 bilhões.
Indea-MT prorroga campanha de atualização de estoque de rebanhos

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) prorrogou a campanha de atualização de estoque de rebanho até o dia 15 de junho.
A alteração consta na portaria nº 145/2023, foi publicada no Diário Oficial.
A comunicação de rebanho é obrigatória e começou no dia 1º de maio, com previsão inicial de encerrar nesta quarta (31).
Na parte bovina, a campanha substitui a vacinação contra a febre aftosa. Além dos criadores de gado, os de aves e de suínos também devem obrigatoriamente fazer a atualização de rebanho.
Produtores rurais de outras oito espécies (búfalos, cabras, ovelhas, cavalos, jumentos, mulas, abelhas e peixes) também podem atualizar o quantitativo fazer a junto ao Indea, porém nessa etapa não é obrigatória como aos que criam gado, suínos e aves.
Desde o dia 8 de maio, o produtor rural que não fez a comunicação não consegue mais emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), ficando impedido de comercializar os animais, exceto para abate.
Também existe a previsão de outras penalidades, como aplicação de multas, que podem chegar a soma de R$ 6 mil para aqueles que não realizarem a comunicação no prazo.
É possível ir pessoalmente ao escritório do Indea mais próximo e realizar a atualização do rebanho e dos dados cadastrais. O produtor rural pode também optar em fazer a comunicação de estoque pela internet, no módulo do produtor.
Agro impulsiona e Mato Grosso cresce o triplo da média nacional

A economia de Mato Grosso é a que mais cresceu no país desde o início do século. O PIB (Produto Interno Bruto) do estado aumentou a um ritmo de 5,42% ao ano (a.a.) de 2002 a 2020, conforme os dados mais atualizados do IBGE.
É quase o triplo da velocidade da economia brasileira, que nesse período avançou 1,96% a.a., em média.
No mesmo período, o segundo e o terceiro estado que mais cresceram foram Pará (4,65% a.a.) e Tocantins (4,6%).
MT, que era a 15ª maior economia do país no início do século, ocupa agora a 12ª posição, conforme a estatística de 2020 do IBGE. E há motivos para acreditar que a ascensão não deve parar por aí.
A consultoria Tendências estima que, em 2021, o PIB mato-grossense avançou 2,4%, pouco menos da metade do crescimento nacional de 5%.
Em 2022, porém, o estado voltou a crescer muito acima da média: 10,3%, conforme estimativa do Banco do Brasil, mais que o triplo do PIB nacional (2,9%).
E, para 2023, o BB prevê expansão de 3,4% em Mato Grosso – para o país todo, a expectativa mediana do mercado financeiro é de alta de apenas 1%.
Boa parte da explicação para esse desempenho está no agronegócio, carro-chefe da economia local. O setor representa 56,6% do PIB do estado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Mas não é só no avanço do PIB que a economia do estado se destaca. Outro levantamento do IBGE mostra que Mato Grosso tem a 4ª menor taxa de desemprego entre as unidades da federação.
O principal responsável pelo avanço da economia mato-grossense no cenário nacional, segundo o técnico de contas regionais do IBGE, Luiz Antônio do Nascimento de Sá, foi a agropecuária.
A participação do estado nessa área mais que dobrou entre 2002 e 2020, passando de 5% do total nacional para 10,6%.
A safra de grãos de Mato Grosso foi multiplicada por seis desde a colheita de 2002, passando de 15,9 milhões de toneladas naquela temporada para 94,1 milhões de toneladas neste ano, segundo projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A produtividade das lavouras em 2023 deve chegar a 4.551 quilos por hectare, a terceira maior do país, atrás apenas de Santa Catarina e Distrito Federal. Em 2002, o rendimento era de 2.909 kg/ha.
O Imea estima que a soja alcançará produtividade recorde neste ano, de 61,59 sacas (quase 3,7 mil quilos) por hectare, com destaque para as regiões Médio Norte e Sudeste do estado.
Grande parte da produção agropecuária é exportada. A previsão do Imea é que 61,2% da soja seja destinada a outros países.
Setor produtivo comemora aprovação do marco temporal

A aprovação do texto-base do projeto de lei (PL 490/2007) que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas na Câmara dos Deputados foi comemorada pelo setor produtivo mato-grossense.
Foram 283 votos a favor e 155 contra. A proposta será enviada ao Senado.
A aprovação na Câmara ocorre após 16 anos de debate. De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), em nota, ela traz segurança jurídica tanto para o campo quanto para as cidades, além de garantir os direitos indígenas.
“O marco temporal traz segurança jurídica não só para o campo, mas também para as cidades, bem como garante os direitos indígenas, já que as terras ocupadas por estes povos na data da promulgação da Constituição de 88, continuam passíveis de demarcação”, pontua o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore.
A entidade destaca esperar que o Senado “acompanhe a vontade popular expressada pela Câmara Federal com a aprovação do PL 490/2007, para, desta forma, se manter a segurança jurídica para todos habitantes do país”.
Mão de obra e custos são os principais desafios do produtor, diz estudo

A mão de obra e os custos operacionais, somados ao clima, são considerados os principais desafios da agricultura e pecuária em Mato Grosso na avaliação dos produtores.
É o que aponta a pesquisa “Perfil e Hábitos dos Produtores Rurais em Mato Grosso”, divulgada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O levantamento faz parte de um projeto realizado pelo instituto há três anos em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), ao qual se buscou caracterizar o perfil das propriedades, dos produtores e o perfil tecnológico no estado, distinguindo agricultores e pecuaristas.
Ao todo 790 produtores rurais foram ouvidos em Mato Grosso, dos quais 50,38% agricultores e 49,62% pecuaristas.
Tais produtores entrevistados representam uma área de 1,98 milhão de hectares. O estudo foi apresentado durante live realizada pelo Imea.
Nela foram mostrados que a mão de obra lidera como principal desafio enfrentado em Mato Grosso para 44,47% dos produtores entrevistados na agricultura e 11,22% na pecuária.
Os custos operacionais vêm em seguida na opinião de 35,43% dos agricultores e 9,44% dos pecuaristas, enquanto o clima aparece em terceiro lugar para 30,65% dos agricultores e 6,89% dos pecuaristas.
De acordo com a pesquisa, mais de 90% dos produtores rurais entrevistados afirmaram ter realizado algum tipo de investimento nas propriedades nos últimos três anos. Entre os principais estão aquisição de maquinários e benfeitorias nas propriedades.
Na pecuária entre os destaques encontra-se ainda a manutenção/reforma de pastagens.
Desvalorização ameaça rentabilidade da soja e do milho

O atual cenário de desvalorização das principais commodities produzidas em Mato Grosso, tem gerado incertezas ao agricultor.
Enquanto o milho ainda aguarda o melhor momento para ser retirado do campo, a preocupação com a viabilidade econômica desta e da próxima safra só aumenta.
Desvalorização das principais commodities produzidas em Mato Grosso foram destaque do episódio 88 do Patrulheiro Agro.
Em Campo Verde, o produtor rural Valmor Demarco diz que não esperava essa queda nos preços das commodities. Sua expectativa era vender a saca da soja a R$ 170, mas com a queda, acha que venderá por algo em torno de R$ 100.
“Ninguém esperava que iria baixar tanto desse jeito. Não tem condições de vender nesse preço, não paga a conta”, conta o produtor.
Ele comenta que a realidade financeira do milho está ainda pior. O investimento realizado na lavoura foi programado levantando em conta o valor de R$ 80 a saca.
Só que hoje, com o grão valendo em torno de R$ 34, precisaria colher aproximadamente 150 sacas por hectare, apenas para cobrir os custos.
O agricultor já comprou todos os insumos que vão ser usados na próxima safra de milho e pagou metade do valor à vista. Com a desvalorização do cereal, está revendo os planos e o investimento na cultura.
“Acho que vamos fazer cancelamento porque se for para plantar nos cenários destes preços aí, não vira mais a conta. O nosso custo é custo alto, então é melhor parar de trabalhar, do que se endividar”, enfatiza.
Algodão: perspectiva de safra menor na China impulsiona importação

A semana para o mercado do algodão foi marcada mais uma vez pela alta volatilidade, refletindo as incertezas econômicas e climáticas no hemisfério Norte.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a perspectiva de uma safra menor na China ter tornado a importação da fibra ada vez mais viável.
As informações são do Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa, divulgado nesta segunda-feira (5).
Indígenas colhem 82 toneladas de arroz em Alto da Boa Vista

Indígenas da etnia Xavante, da Terra Marãiwatsédé, localizada em Alto Boa Vista, colheram 82 toneladas de arroz de sequeiro, numa área de 25 hectares, com apoio do Governo de Mato Grosso, por meio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Nesta safra, a produtividade média foi de 55 sacas (60kg) de arroz por hectares, totalizando 1.375 sacas. A produção será consumida pelos 1,3 mil moradores de 14 aldeias, que já receberam as sacas de arroz de forma igualitária.
O trabalho também contou com apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), e Prefeitura. Conforme o cacique Damião Paridzané, a intenção é, na próxima safra, ampliar a área de cultivo para produzir mais alimento.
“Sei que não será fácil, mas a nossa vontade é produzir em nossas terras e garantir que as aldeias tenham comida suficiente para alimentar as suas famílias”, ressalta.
O objetivo é promover a segurança alimentar, incentivar o correto manejo da fertilidade do solo, elevar a renda dos indígenas no manejo e, consequentemente, a produtividade, com a difusão de informação e conhecimento.
Para o cultivo da lavoura de arroz de sequeiro foram utilizadas as variedades Cambara e Esmeralda.
O sistema de plantio foi o convencional, que usa técnicas tradicionais de preparo do solo com a remoção da vegetação, aração, gradagem, semeadura, adubação mineral, capinas e controle fitossanitário para posteriormente efetuar o plantio.
A intenção para a próxima safra é ampliar a área para 100 hectares de arroz e 5 hectares de milho. Com final da colheita, a área será gradeada e, no mês de dezembro, começará a organização para o plantio das culturas.
MT terá vazio sanitário da soja a partir do dia 15

Em junho e julho, tem início o vazio sanitário da soja nos maiores estados produtores.
No Paraná, já começou no último sábado (10), enquanto em Mato Grosso e Goiás inicia nesta quinta (15). No Rio Grande do Sul, só em 13 de julho.
Em 2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou a Portaria nº 388, de 31 de agosto de 2021, que estabelece o vazio sanitário como medida para o controle do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem-asiática da soja, e o calendário de semeadura, como medida fitossanitária para racionalização do número de aplicações de fungicidas.
A pesquisadora da Embrapa Soja, Claudine Seixas, explica que o vazio sanitário é o período definido e contínuo em que não se pode manter plantas vivas de soja em uma determinada área.
Esse período deve ser de, pelo menos, 90 dias sem a cultura e sem plantas voluntárias no campo.
“O objetivo é reduzir a população do fungo no ambiente na entressafra e assim atrasar a ocorrência da doença na safra”, destaca. Desde sua introdução no Brasil, em 2001, a ferrugem-asiática da soja é a mais severa doença da cultura.
Segundo levantamentos do Consórcio Antiferrugem, a doença pode levar a perdas de até 80%, se não for controlada. Já os custos com o controle da ferrugem e de outras doenças para os agricultores no Brasil excedem US$ 2 bilhões por safra.
O fungo é capaz de se adaptar às estratégias de controle, seja pela perda da sensibilidade aos fungicidas ou da “quebra” da resistência genética presente em algumas cultivares de soja, de modo que o número de soluções práticas para o controle da doença ainda é limitado.
Polo de agricultura irrigada vai fomentar produção em 19 cidades
Mato Grosso vai contar com mais um polo para fomentar a produção agrícola irrigada.
Nesta semana, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) instituiu o Polo de Irrigação Sustentável do Médio Norte de Mato Grosso, que vai beneficiar produtores em 19 cidades da região do Alto Teles Pires.
A criação do novo polo ocorreu após a realização de uma oficina, que definiu a área de abrangência e selecionou uma carteira de projetos para o empreendimento.
Com 89 mil hectares de área, o novo polo irá integrar produtores de Cláudia, Feliz Natal, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Lucas do Rio Verde, Marcelândia, Nova Maringá, Nova Mutum, Nova Ubiratã, Porto dos Gaúchos, Santa Carmem, Santa Rita do Trivelato, São José do Rio Claro, Sinop, Sorriso, Tapurah, Tabaporã, União do Sul e Vera.
Entre os principais produtos cultivados na região estão soja, milho, algodão, arroz e feijão.
Para o coordenador de Informações e Acompanhamento de Polos e Projetos de Irrigação do MIDR, Frederico Cintra Belém, a implementação do Polo vai possibilitar o crescimento da produção agrícola na região.
“Agora, será possível realizar o planejamento e entender os gargalos desse território que impedem o crescimento da agricultura irrigada nessa região. Criamos um grupo gestor que irá gerenciar a carteira de projetos e auxiliar com as demandas dos produtores”, afirma.
Segundo o coordenador, foram identificados gargalos em quatro eixos principais: apoio técnico, pesquisa e desenvolvimento; infraestrutura; normas e meio ambiente; e comercialização, agregação de valor e financiamento.
“Também discutimos quais ações serão necessárias para solucionar essas questões”, destacou Belém.
A iniciativa integra a Política Nacional de Irrigação, implementada pelo MIDR com objetivo de alavancar a agricultura irrigada a partir de um trabalho conjunto entre as organizações de irrigantes e as diversas esferas de governo.
Dentro dessa ação, também há o planejamento setorial e territorial de regiões irrigadas no país, aliando as demandas dos produtores rurais com as parcerias e políticas públicas de governo.
Estudo para instalar fábrica de aviões deve sair em até 60 dias

O presidente da MTPar, Wener Santos, revelou que o estudo de viabilidade para a instalação da fábrica de aviões de pequeno porte em Lucas do Rio Verde já foi autorizado pelo governador Mauro Mendes e deverá ser feito nos próximos 60 dias.
Segundo o projeto, primeiramente a fábrica irá produzir somente aviões monomotores de 5 assentos.
“Vamos começar com aviões de pequeno porte e poderá futuramente subir para grandes aeronaves e jatinhos, mas nesse primeiro momento são aviões executivos”, afirmou.
A vinda do empreendimento para Lucas foi definida na 13ª reunião extraordinária do Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que determinou por unanimidade que Mato Grosso iria sediar a primeira indústria de aeronaves.
A Octans Aircraft requereu a concessão de incentivos fiscais em março de 2023 para transferir a sede da empresa de São João da Boa Vista/SP para Lucas do Rio Verde. A empresa terá 90% de incentivo fiscal.
A escolha do município foi feita pela empresa após visita ao estado. Segundo a Octans Aircraft, Lucas possui um padrão elevado dos administradores do Estado e Município, além de estrutura e recursos adequados.
“Mato Grosso, que já é o celeiro agrícola do Brasil, tem todas as condições pra ser um grande polo tecnológico e industrial”, destacou à época o prefeito Miguel Vaz.
Conab estima produção de soja em 45,6 milhões de toneladas em MT

A produção de grãos no Brasil deverá bater novo recorde com 315,8 milhões de toneladas na safra 2022/2023.
A previsão consta do 9º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado na terça (13), em Brasília, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Se confirmada a expectativa, ela representa um crescimento de 15,8% na comparação com a safra obtida no ciclo anterior – ou um volume superior de 43,2 milhões de toneladas.
Já a área destinada ao plantio apresenta crescimento de 4,8%, na comparação com o ciclo 2021/22, chegando a 78,1 milhões de hectares.
SOJA
O maior crescimento do atual ciclo é o da produção de soja, que está com a colheita “praticamente finalizada”, segundo a Conab.
A estimativa é de que a oleaginosa chegue a uma produção de 155,7 milhões de toneladas, número que representa crescimento de 24% (acréscimo de 30,2 milhões de toneladas) em relação ao obtido no ciclo 2021/2022.
“Mato Grosso, principal estado produtor, registra um novo recorde para essa safra, com produção estimada em 45,6 milhões de toneladas. Bahia também é um destaque com a maior produtividade do país com 4.020 kg/ha”, informou a Conab.
Segundo o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, nesses dois casos o resultado é “reflexo do bom pacote tecnológico e condições climáticas favoráveis”.
MILHO E ALGODÃO
A expectativa é de que o milho também registre produção recorde, segundo o levantamento. A previsão é de uma colheita de 125,7 milhões de toneladas do grão, somadas as três safras do cereal ao longo do ciclo.
Se confirmada a expectativa, o volume a ser colhido será 11,1% acima do produzido em 2021/22, o que representa um acréscimo de 12,6 milhões de toneladas.
“Na primeira safra do grão, a colheita está quase finalizada, com uma produção de 27,1 milhões de toneladas. Já para a segunda safra, em fase inicial de colheita, estima-se uma produção de 96,3 milhões de toneladas”, destacou a Conab.
De acordo com o levantamento da Conab, a segunda safra de algodão tem previsão de uma colheita de 2,98 milhões de toneladas apenas da pluma.
“As lavouras apresentam um bom desenvolvimento, e predominam os estágios de formação de maçãs e maturação, com a colheita já iniciada em áreas da Bahia e Mato Grosso do Sul”, explica a Conab.
ARROZ, FEIJÃO E TRIGO
No caso do arroz, a expectativa é de uma colheita próxima a 10 milhões de toneladas, enquanto para o feijão espera-se uma produção de cerca de três milhões de toneladas, somadas as três safras da leguminosa.
Entre as culturas de inverno, a Conab destaca a do trigo, com uma área semeada que já está atingindo 46,9% do total previsto para o cereal – o que significa crescimento de 9,7% na área plantada, com a cultura podendo alcançar 3,4 milhões de hectares. A produção estimada está em 9,8 milhões de toneladas.
Preço alto leva brasileiro a reduzir consumo de proteínas

Pesquisa realizada pela plataforma online Kantar, no 1º trimestre deste ano, com 3,8 mil pessoas, revela que o consumo de proteínas tem caído na mesa dos brasileiros, à exceção da carne de porco.
Em consequência da inflação, o consumo de proteínas caiu 9% no período, contra -6% do segmento de alimentos e bebidas.
“As proteínas, de forma geral, vêm caindo, algumas com mais intensidade, caso da carne bovina. Mas a gente vê, desde o início do cenário inflacionário mais alto, que o consumo de proteínas é menor desde o ano passado”, disse a diretora do Painel de Uso da Kantar, Divisão Worldpanel, Aurelia Vicente.
A carne bovina, que tinha participação de 43,1% no primeiro trimestre de 2021, agora está com 39%. A trajetória de queda já era sinalizada em igual período de 2022, quando o consumo caiu para 40,5%.
Já a carne suína fez o caminho inverso, subindo de 4,6%, entre janeiro e março de 2021, para 7,6%, no mesmo período de 2022 e, neste ano, para 9,1%.
Aurelia destacou que mesmo as proteínas mais baratas, como salsichas e linguiças, que se destacaram em 2022, perderam importância na mesa dos brasileiros na comparação com o primeiro trimestre do ano passado.
O consumo de linguiças caiu de 15,4% para 14,9% e o de salsichas, de 4,8% para 3,8%. No curto prazo, o consumo de carne de aves também apresenta recuperação e, após alta de preços em 2022, a participação passa de 25,9% para 28,6% no primeiro trimestre de 2023.
Peixes e frutos do mar demonstraram estabilidade nos três primeiros meses deste ano, comparativamente ao mesmo período de 2022, com 4,3% de share, embora apresentando retração em relação a 2021 (6%).
Evento em Rondonópolis levará produtores de algodão para imersão na cultura

As mais recentes soluções para a cotonicultura brasileira estarão disponíveis a produtores, consultores, empresários e profissionais do agronegócio no II G.A. Tec Algodão, que será realizado pela Girassol Agrícola no dia 24 de junho, na Fazenda Girassol, próximo à Rondonópolis.
O evento acontece no momento em que a safra 2022/23 de algodão em MT caminha para mais um recorde, com 1,2 milhão de hectares semeados, alta de 1,86% em relação ao ciclo passado.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), também é positiva a expectativa de produtividade, calculada em 289,89 @/ha, 16,96% superior ao observado na safra 21/22.
O G.A. Tec Algodão é considerado o maior dia de campo da cultura no Brasil e nesta edição terá formato inédito, híbrido, onde, além do campo, haverá programação de painéis em ambiente fechado.
Com o tema “Vamos colocar a semente no chão”, o objetivo do encontro é oferecer todo o conhecimento necessário como subsídio para as melhores tomadas de decisões para a próxima safra.
“Estamos há 20 anos plantando algodão e esse será o segundo G.A. Tec Algodão, um evento que tem seu DNA formado por pessoas, pela pesquisa, pelo nosso comercial, e como em todas as edições estamos trabalhando há meses para trazer para os cotonicultores a materialidade de dados e também o que fazer com eles para alavancar os negócios e a cultura”, destaca Gilberto Goellner, fundador e presidente do Conselho de Administração da Girassol Agrícola.
PROGRAMAÇÃO
A programação terá início às 6h30 com credenciamento e café da manhã e o primeiro painel é no campo, a partir de 7h30, com tour em grupos a cada 15 minutos. Na rodada, o público poderá interagir e conhecer as soluções de empresas líderes em genética de algodão, máquinas agrícolas e outras tecnologias.
No segundo painel, ainda pela manhã, os participantes terão a oportunidade de refletir sobre “o que é preciso priorizar para buscar produtividades melhores a cada safra”, junto com os empresários rurais precursores do algodão brasileiro, Gilberto e Walter Horita.
Também participam, Luimar Geni, cotonicultor, e Francisco Soares, presidente da Tropical Melhoramento e Genética (TMG), com mediação do engenheiro agrônomo Anaxágoras Couto.
Para o terceiro e último painel, a Girassol Agrícola preparou o tema ‘Nossa fibra veste o mundo” e vai trazer à discussão o que vem pela frente que o cotonicultor precisa enxergar e colocar a mão, ou seja, uma visão sistêmica para que ele esteja suprido de conhecimento para agir no cenário atual da cultura.
Nesta programação participam Arlindo Moura, presidente do Grupo Santa Colomba, Antônio Esteves, CEO da EISA, Alexandre Schenkel, presidente da Abrapa, Miguel Faus, presidente da Anea e Bruno Goellner, CEO da Produzir, com moderação da influenciadora agro, Rafaela Debiasi Guesser.
Setor industrial cresce 11% em abril e 9,9% em um ano

A produção industrial de Mato Grosso cresceu 11% em abril de 2023 na comparação com abril de 2022 e seguiu na contramão do país, que apresentou redução de 2,7% no mesmo período.
É o segundo melhor desempenho do país, abaixo apenas do Rio Grande do Norte. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
No comparativo dos últimos 12 meses, o crescimento industrial do Estado saltou para 9,9%, o maior índice entre os 15 estados pesquisados pelo IBGE mensalmente.
Dentre os motivos para o desempenho estadual estão os setores de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico).
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, aponta que Mato Grosso já vem há algum tempo avançando entre os estados em que o setor industrial se destaca. Ele atribui esse movimento também ao cenário econômico criado pelo governador Mauro Mendes.
“Estamos colhendo o que foi plantado desde 2019. A concessão de benefícios fiscais de forma ágil, desburocratizada e séria trouxe empresas para o Estado e gera a confiança do empresariado. Além disso, a política de redução de impostos, o pagamento dos servidores em dia que injeta recursos na economia, os fornecedores recebendo em dia, tudo isso resulta no desempenho não somente da indústria, mas também do agronegócio”, comentou o secretário.
Ele lembrou ainda que somente em abril, Mato Grosso teve saldo positivo de 3.678 novos empregos de carteira assinada, conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), além de ter uma das menores taxas de desemprego do país.
MT é responsável por 1/3 da produção da safra de grãos brasileira

O 9º Levantamento da Safra 2022/2023, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que Mato Grosso deve produzir 97,4 milhões de toneladas de grãos.
Trata-se de um recorde para o país e para o estado, que corresponde, sozinho, a 31% da quantidade de grãos produzidos no Brasil, ou seja, quase um terço do total, puxado especialmente pela soja e pelo milho.
Por sua vez, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), revela o mesmo cenário de Mato Grosso liderando mais uma vez a produção de alimentos entre cereais, leguminosas e oleaginosas.
A soja é o principal produto da agricultura brasileira e a prioridade dos produtores na safra de verão, que é plantada a partir de setembro, na época das chuvas, e colhida em janeiro e fevereiro.
A segunda safra é plantada após a colheita da safra de verão, e a sua colheita dá-se a partir de junho. Em Mato Grosso, a principal opção é o milho.
A produção agrícola em Mato Grosso tem perspectiva de aumento devido à demanda mundial por alimentos. Além dos grãos, o Estado é o maior produtor de gado de corte, além dos destaques na produção de aves e suínos.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, diz que o Governo do Estado tem feito sua parte em melhorar as condições de um dos principais pontos delicados para o escoamento da produção do Estado: a logística.
“De forma inédita, o Governo do Estado passou a ter a concessão da BR-163, assumindo o controle da Nova Rota Oeste via MT Par. As obras da primeira ferrovia estadual do país também estão em andamento, e são mais de 2,5 mil km de estradas em execução pelo estado, construção de pontes”, observou o secretário.
A duplicação da BR-163, que está sendo executada pela Nova Rota Oeste, será um dos principais projetos do Estado para dar mais segurança nas estradas em razão da grande quantidade de caminhões que trafegam pela rodovia e para o escoamento da safra.
Preço da carne cai 3,8% e pecuaristas alertam sobre o abate do boi gordo

O valor da arroba do boi despencou e, na ponta, a carne registra redução de preço. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro em diante, o preço das carnes teve uma redução de 3,8%.
Já em maio os cortes que ficaram mais baratos foram o contrafilé (-1,03%), o acém (-0,93) a alcatra (0,89%), e o peito bovino (-1,39%).
De acordo com o dono de um açougue de Cuiabá, Elvis Mattoso, como a pecuária está entrando na entressafra, um período de estiagem, é importante que o boi gordo seja abatido agora, antes que não haja pasto para a alimentação do gado.
“Acredito que o preço da carne começou a cair tem cerca de duas semanas. Provavelmente caiu lá na ponta, entre R$ 10 e R$ 15 o arroba, o que não é muito, mas, mesmo assim, creio que isso não vai durar muito tempo por conta da seca. Para o pecuarista manter uma carne de qualidade, nessas condições, é difícil, já que ele vai ter que arcar com o custo e ação, que aumentam bastante, já que daqui dois ou três meses não vai ter mais pasto”, disse.
Segundo os economistas, um dos motivos da queda nos preços das carnes é o aumento da oferta. Os pecuaristas mandaram mais animais para os frigoríficos e o abate aumentou em 5% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
Para o pecuarista Aldo Rezende Telles, o aumento no envio de fêmeas para os frigoríficos é um sinal de alerta e a situação se torna ainda mais alarmante com a entressafra, que, segundo ele, pode futuramente significar uma escassez maior de gado e, portanto, um aumento de preço.
Até 2032, MT terá cerca de 115 milhões de toneladas de grãos para escoar

A logística em Mato Grosso é considerada um ponto preocupante para o setor produtivo, que ainda enfrenta desafios com a armazenagem e custos de produção elevados.
Estimativas apontam que até 2032 o estado tenha uma produção de aproximadamente 115 milhões de toneladas em grãos que precisam ser escoados, conforme o Movimento Pró-Logística.
As ferrovias são vistas como alternativa importante.
A logística em Mato Grosso foi tema do segundo painel do Fórum Técnico Mais Milho realizado em Cuiabá nesta semana.
Mediado pelo diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, o debate contou com a presença do vice-presidente de Relações Institucionais da Rumo, Guilherme Penin, do diretor técnico da ANTT, André Luiz Ludolfo, e do superintendente de projetos ferroviários da Infra S.A., Diogenes Alvarez.
De acordo com Vaz, a saída do papel da Ferrogrão para Mato Grosso é uma grande expectativa, uma vez que a ferrovia deverá ser uma balizadora dos fretes no estado.
No dia 31 de maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a retomadas dos estudos e processos administrativos que podem viabilizar a Ferrogrão.
O ministro deferiu ainda o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que no prazo de 60 dias apresente sugestões para solução da controvérsia.
Diogenes Alvarez declarou que a Infra S.A. já está em conversa com o Ministério dos Transportes no sentido de diagnosticar os estudos que hoje se encontram dentro do Tribunal de Contas da União (TCU).
Chegada do inverno exige cuidados rigorosos do pecuarista

Frio, baixa incidência de chuva e risco de pneumonia são alguns dos desafios que o pecuarista enfrenta no período de inverno.
O bom desempenho e produtividade do gado, nesta época do ano, passam diretamente por um bom planejamento, que envolve três pilares: sanidade, performance e manejo.
No gado de corte, fatores como aglomeração, mudança de ambiente, alteração de dieta e poeira causam estresse nos animais, reduzem a imunidade e tornam o ambiente propício ao aparecimento de doenças virais e bacterianas e aumenta a susceptibilidade aos parasitos.
“Quando falamos em sanidade no inverno, nossa atenção está voltada para a prevenção e tratamento de doenças respiratórias, no controle de parasitos no período seco, principalmente nos animais de recria, com os programas de controle estratégico, na prevenção de clostridose, no desmame e compra de animais, no tratamento dos problemas de casco e ainda com o protocolo de entrada dos confinamentos”, disse o gerente técnico de bovinos da Zoetis, Juliano Melo.
Minimizar estes riscos de doenças e parasitos no inverno é uma necessidade em todas as fazendas e pode ser feita até com relativa simplicidade e seguindo alguns passos:
- Controle de parasitos: o primeiro passo é assegurar o controle de parasitos, temos um período com menor oferta de alimentos e não podemos ter os parasitos concorrendo com o animal pelos nutrientes.
Para isso, é preciso assegurar que todos os animais do desmame aos 24 meses estejam dentro do programa de controle estratégico de verminose 5-8-11 ou 5-11 que consiste na aplicação de Treo Ace nos meses de maio e novembro e Cydectin em agosto ou numa aplicação de Onyx no mês cinco e uma de Treo Ace no mês 11;
- Desmame e entrada de animais na fazenda: os animais que serão desmamados ou que entrarem na propriedade (compra), precisam receber uma aplicação de endectocida (Treo Ace) e o reforço de clostridiose (Fortress 7 ou 8);
- Cuidados com as vacas: as matrizes prenhas também precisam do reforço de clostridiose (Fortress 7 ou 8) do reforço das vacinas de leptospirose com a Leptoferm e um mês antes do parto realizamos uma vacinação para proteger as crias da diarreia neonatal com Scouguard 4KC;
- Confinamento: para os animais confinados redobramos a atenção com relação as doenças respiratórias e devemos incluir no protocolo de entrada junto do endectocidas e da vacina de clostridiose a vacina respiratória Bovi-Shield.
Nas fazendas que trabalham com cria, produção de bezerros, são realizados os trabalhos de seleção das novilhas que farão a reposição do rebanho.
“Escolhemos os reprodutores para a próxima estação visando a formação de um rebanho geneticamente superior, e a utilização da seleção apoiada na genômica com Clarifide pode ajudar a chegar mais rápido a um rebanho produtivo e eficiente”, completa Melo.
O cuidado com a nutrição, neste período de menor oferta de capim são fundamentais para a lucratividade do rebanho e a utilização de um suplemento balanceado e aditivos podem maximizar a performance do rebanho neste período.
No gado leiteiro, esse é o período em que ocorrem os partos, por isso é preciso estar atento às primeiras semanas dos bezerros, que podem ter diarreias, mastite e pneumonia.
Como evitar a febre maculosa, transmitida por carrapatos?

A Embrapa compartilha dicas cruciais para evitar a doença transmitida por carrapatos: a febre maculosa. A bactéria Rickettsia rickettsii, agente causador da febre maculosa brasileira (FMB), é transmitida pelo carrapato estrela (Amblyomma sculptum).
Há 10 anos, a equipe liderada pelo pesquisador da Embrapa Renato Andreotti detectou o agente causador da FMB em Mato Grosso do Sul por meio de diagnóstico molecular.
A doença tem preocupado as autoridades sanitárias em Campinas devido ao cenário endêmico da região. Capivaras, gambás, cavalos, cães e bovinos são os principais hospedeiros da bactéria Rickettsia rickettsii.
Andreotti alerta que os animais não são os vilões e que o contato com eles, ou mesmo a presença em seus habitats, pode resultar em picadas de carrapatos infectados, principalmente larvas e ninfas conhecidas como ‘micuins’, levando à contratação da febre maculosa.
O carrapato estrela (Amblyomma sculptum) é uma espécie capaz de picar seres humanos, transmitindo assim a bactéria.
Além do carrapato estrela, existem pelo menos outras quatro espécies de carrapatos relatadas como portadoras do agente na natureza, porém com baixa frequência de picadas em humanos.
Conforme explicado pelo parasitologista, quando uma fêmea do carrapato estrela cai no solo, ela pode colocar de cinco a oito mil ovos, que se transformam em larvas.
Durante um simples piquenique no parque, milhares de carrapatos podem subir em uma pessoa, sendo necessário pelo menos quatro horas contínuas de picada por um carrapato infectado para a transmissão da bactéria.
O parasita não se limita à transmissão da febre maculosa, mas também pode transmitir vírus e outros agentes potencialmente patogênicos ao injetar substâncias que suprimem a resposta imunológica do hospedeiro.
CONTROLE DE CARRAPATOS
Para controlar a infestação de carrapatos, é recomendado realizar tratamentos carrapaticidas nos animais durante os meses em que as larvas e ninfas estão mais presentes.
Além de roçar os pastos próximos ao solo para reduzir a umidade e aumentar a temperatura, diminuindo a vida do carrapato.
Para prevenir a contaminação pela FMB, cuidados pessoais são essenciais, como o uso de roupas claras, camisas de manga comprida e botas de cano longo, com a proteção de fita adesiva entre a calça e a bota.
Após atividades ao ar livre, é necessário inspecionar o corpo em busca de carrapatos e removê-los imediatamente. Os carrapatos devem ser mortos mergulhando-os em álcool 70% e não esmagados entre as unhas, para evitar o risco de contaminação.
Ao entrar em contato com carrapatos, se sintomas como febre forte, desânimo, dores no corpo, falta de apetite e/ou manchas na pele surgirem após sete dias, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente e informar sobre o contato com carrapato.
UFMT e China firmam parceria para criar centro de tecnologia agrícola

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Universidade Agrícola do Sul da China (SCAU) firmaram uma parceria para a criação do Centro de Língua Chinesa e de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia Agrícola.
O intuito é a promoção do ensino da língua chinesa, além de fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico no campo das ciências agrárias em Mato Grosso.
A cerimônia de lançamento da unidade foi realizada na noite da última sexta (23), no Teatro Universitário da UFMT.
O reitor da UFMT, Evandro Soares da Silva, destacou a importância do convênio para Mato Grosso, principalmente pelo pioneirismo em ser o primeiro centro de Língua Chinesa no Brasil.
“O objetivo desse convênio é promover a interrelação cultural entre Brasil e China. Teremos o primeiro centro da língua chinesa no Brasil. Outro aspecto dessa aproximação é trocar conhecimento científico tecnológico e, a partir daí, buscar inovações na área não apenas das agrárias, mas no desenvolvimento científico tecnológico no sentido amplo”, afirma o reitor.
O professor do Núcleo de Relações Internacionais do Estado de Mato Grosso (Nurimat), Lucas Sousa, reforça esse fortalecimento quanto a cooperação acadêmica e cultural entre as instituições e comunidades.
“A criação do Centro de Língua Chinesa e de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia Agrícola representa um marco importante para a internacionalização da UFMT e para o fortalecimento das relações entre Mato Grosso e a China. Estamos confiantes de que essa parceria trará grandes benefícios para a comunidade acadêmica, além de promover o intercâmbio de conhecimento e cultura”, destaca.
Em conjunto
Como parte da parceria, a SCAU enviará um professor da China para conduzir as atividades. Além disso, o centro contará com uma direção local, representada pela professora Caroline Pereira de Oliveira, coordenadora de Línguas Aplicadas à Internacionalização da Secretaria de Relações Internacionais (SECRI).
Outro foco do centro será o desenvolvimento tecnológico, por meio de pesquisas e eventos de cooperação internacional envolvendo pesquisadores da UFMT, de outras universidades do estado e parceiros chineses, especialmente da SCAU.
O lançamento do Centro de Língua Chinesa e de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia Agrícola representa um passo significativo na promoção da cooperação acadêmica e cultural entre Mato Grosso e a China, estimulando o intercâmbio de conhecimento, o avanço tecnológico e o fortalecimento dos laços bilaterais.
Termorregulador inédito para a soja será lançado em 3 países

O mercado hoje vive dias instáveis quando falamos em preço para a soja. E esses preços não estão na mão do produtor rural. Por isso é que ser mais assertivo na produtividade é essencial para ser sojicultor e se dar bem.
O lançamento da DVA, multinacional alemã, tem exatamente este foco, entregar mais.
Para apresentar o termorregulador Osmobetan, a empresa realiza no próximo dia 4 de julho, a partir das 18h, uma live simultânea em três países, Brasil, Paraguai e Bolívia.
O novo produto tem formulação inédita, composto por Glícinia Betaína, Ácidos Fúlvicos e Ácido Fólico, e o seu foco é ajudar as plantas na floração.
“Na soja, cada flor se torna uma vagem e cada uma delas vai ter de dois a três grãos. Quando conseguimos manter mais delas, isso afeta diretamente a produtividade”, explica o engenheiro agrônomo e Head Crop Nutrition Latam, Bruno Francischelli.
Alterações climáticas afetam o desenvolvimento da lavoura, gerando estresse, como exemplo frentes frias, dias mais quentes ou semanas mais ou menos chuvosas.
“A planta faz o abortamento da flor como uma medida de segurança para tentar continuar o seu processo de desenvolvimento. O papel do Osmobetan é dar suporte a ela, elevando sua capacidade de manter a florada mesmo nestes cenários não favoráveis”, complementa Francischelli.
A indicação para o uso do lançamento é para assim que saírem as primeiras flores e depois fazer uma reaplicação após 15 a 20 dias.
“É importante destacar que há um excelente custo-benefício, já que o produto não tem alto custo e as outras aplicações de fertilizantes, químicos, biológicos e outros, são mantidas assim como o produtor já fazia. São duas aplicações de meio litro por hectare, utilizando as operações do dia a dia dele”, pontua o engenheiro agrônomo.
Novo Plano Safra e reinvenção do agro diante de um cenário de preços incomodam setor

Visando proporcionar novas possibilidades para as próximas safras de grãos, os organizadores de eventos do agro, têm apresentado sugestões para aliviar o descontentamento do setor que vive um momento desconfortável no aspecto de preços.
A soja que chegou a R$ 190, está na média de R$ 120 a saca e o milho caiu pela metade em relação ao ano passado (semana 18 a 25 de junho).
Vários fatores influenciam nas quedas e no final das contas, ficam as dores de cabeça em relação aos próximos plantios, em especial o da soja que em Mato Grosso começa em setembro.
O vice-presidente da Acrimat (Associação dos Criadores de Gado em Mato Grosso), Fernando Conte, entende que a baixa do milho favorece pontualmente alguns segmentos como os de confinamento ou terminação a pasto. Contudo, aumenta a concorrência com outras proteínas.
“Se pensarmos no consumidor final, que bom que tem várias opções e uma expectativa de aumento no consumo. Mas olhando da porteira para dentro sob a avaliação do nosso setor, quando cai o preço do milho, devem cair também do porco e do frango, que de certa forma concorrem com o gado. Lembrando que nem todo o nosso gado é confinado; logo, o milho influencia, mas não impacta muito”, detalha o líder classista e pecuarista na região de Juara.
Em longo prazo, a turma da botina acredita na influência da Ferrogrão, ferrovia que deve ligar Sinop a Miritituba/PA. Os trens vão levar grãos e trazer insumos, algo que ainda demora um pouco para começar, mas denota esperanças, segundo o diretor técnico da Acrimat, Chico Manzi.
“Somos referência na produção e temos uma estrutura de logística com atraso de 40 anos, o que atrapalha o escoamento, aumentando os custos. Felizmente, a ferrovia começa a ir além do projeto, logo vamos ter essa realidade aos nossos olhos”, disse Manzi.
Em curto prazo, os agricultores estão de olho nos custos das próximas safras. Isso passa pelos insumos e uma das alternativas são os produtos biológicos, atualmente bem aceitos pelo mercado e por pesquisadores que reconhecem a eficiência, ao mesmo tempo em que recomendam novas pesquisas.
O engenheiro agrônomo, Ricardo Luiz, que recentemente palestrou no Show Rural em Colíder, aponta para o uso consorciado de químicos e biológicos.
“Eu sou favorável aos biológicos, eles estão consagrados por exemplo, no combate a insetos, lagartas e outras situações. Contudo, são relativamente novos e para outras pragas e doenças já tem novas pesquisas visando testá-los. Penso que podem conviver de forma equilibrada com os químicos”, entende o palestrante.
De olho na motivação do setor, o palestrante e um dos principais articulistas do agro, José Luiz Tejon, fala que o Plano Safra, previsto para ser anunciado nesta terça (27), pode chegar à casa de R$ 800 bilhões. Ele defende novos valores para a armazenagem e o seguro rural. Independente disso, lembra que o setor é mais forte do que o momento pelo qual está passando.
“Vocês já viveram algo parecido, os políticos sempre foram inferiores a vocês. O agro sempre é mais forte do que qualquer governo, acreditem”, argumentou Tejon em palestra para produtores rurais em Colíder.
Sementeira de MT é a única do segmento em ranking agro de médias empresas do GPTW

Para uma empresa ter sucesso e alcançar resultados perenes, não basta apenas ser bem administrada com relação aos seus recursos e investimentos, e ter produtos ou serviços diferenciados. É o capital humano o seu componente principal para que atinja objetivos de maneira eficiente e integrada.
É essa a visão da Girassol Agrícola, empresa de sementes de soja, milho, algodão e reflorestamento de eucalipto com mais de 40 anos, com sede em Rondonópolis.
Nela, os colaboradores são considerados o pilar estratégico, assim como a área de Gente e Gestão é a mais importante.
Fruto da decisão de investir no desenvolvimento de seus funcionários através de inúmeros programas e atividades, a empresa recebeu o certificado internacional Great Place To Work (GPTW) como uma das melhores para se trabalhar no Brasil.
A partir dessa conquista, a Girassol também participou do ranking nacional, com entrega no último dia 22 de junho em São Paulo, no segmento do agronegócio, onde foi classificada entre as 20 melhores do país e foi a única sementeira premiada entre as médias empresas.
No Centro-Oeste, também foi reconhecida entre as 30 melhores de porte médio para se trabalhar, concorrendo com diferentes segmentos.
Como funciona?
A GPTW, considerada a maior pesquisa de ambiente de trabalho do mundo, teve em 2023 quatro mil empresas inscritas, onde 60% conseguiram a certificação e apenas 4% foram ranqueadas.
O processo para a conquista do selo inicia com um questionário sigiloso aplicado aos funcionários da empresa que deseja passar pela Jornada de Certificação e Ranking.
Se 7 a cada 10 profissionais afirmarem que possuem um bom ambiente de trabalho de acordo com a metodologia que foca nas lideranças para a maximização do capital humano, a empresa recebe o selo.
Após essa etapa, a Girassol Agrícola, ao conquistar a nota 88, tornou-se elegível para participar do ranking regional e depois nacional.
Antes do resultado final e para possíveis classificações, são entregues documentos pela empresa que incluem relatório de práticas culturais, perfil organizacional e questionários complementares. Ao final, soma-se tudo: nota, algoritmos das pesquisas e documentos.
Eloá Duarte, gerente de Gente e Gestão, destaca que foi a primeira vez que a empresa se inscreveu.
“Ficamos felizes com a nota e mais felizes ainda com os rankings. Isso nos motiva ainda mais a contribuir para que a empresa se torne cada vez melhor para todos. E quando olhamos para esses resultados, também reconhecemos neles o engajamento das pessoas, a imagem e reputação da marca, e isso tudo se reflete na atração de talentos”, pontua.
Coinfecção entre metapneumovírus e E-Coli desafia avicultores

Um estudo realizado em parceria pela Universidade Estadual Paulista e pela Zoetis, em 14 lotes de frango nos estados de Minas Gerais e Bahia, identificou a coinfecção entre duas doenças importantes: a metapneumovirose (AMPV) e E-coli.
O potencial sinérgico de dois ou mais agentes infecciosos duas num mesmo lote de aves acarreta prejuízos por perda de desempenho, mortalidade e condenações de carcaça.
“Esses dois patógenos, por si só, são capazes de causar grandes impactos na saúde e no bem-estar do plantel, os animais não se alimentam corretamente e ficam suscetíveis a outras infecções”, destaca o Gerente Técnico de aves da Zoetis, Eduardo Muniz.
Para realizar o estudo, os pesquisadores coletaram amostras de suabe nasal e medula óssea de fêmur de 14 lotes de frangos de corte, não vacinados contra AMPV, com sinais clínicos respiratórios e sistêmicos de colibacilose.
O estudo constatou a associação de metapneumovirose e e-coli em 76% das aves testadas em Minas Gerais e em 43% dos animais nas granjas da Bahia.
“Este estudo mostra que a prevenção, com vacinas seguras e eficazes, continua sendo a melhor forma de proteger o plantel dessas doenças e mitigar os prejuízos dentro da granja”, ressalta Muniz.
Morre Alysson Paolinelli, o homem que revolucionou a agricultura brasileira

Alysson Paolinelli, 86 anos, ex-ministro da Agricultura e presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), morreu nesta quinta-feira (29), em Belo Horizonte.
Ele estava internado há um mês, por complicações decorrentes de uma cirurgia no fêmur.
Paolinelli nasceu em 1936, em Bambuí/MG, estado em que iniciou sua carreira como engenheiro agrônomo e rapidamente se destacou como um líder visionário.
Assumindo o cargo de Secretário de Agricultura de Minas Gerais em 1971, foi nomeado ministro da Agricultura no governo de Ernesto Geisel em 1974, durante a época da ditadura militar.
Sua atuação nesse cargo foi marcada por contribuições significativas para o desenvolvimento agrícola do país.
Além disso, em 1987, durante a Assembleia Nacional Constituinte, Alysson Paolinelli foi eleito deputado federal, desempenhando um papel essencial na Subcomissão da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária, colaborando para a construção de políticas relevantes nessa área.
Assumindo também a presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Alysson Paolinelli ocupou essa posição até 1990. Durante seu mandato, ele fez contribuições significativas para o setor agrícola e pecuário do país.
Ao dedicar sua vida ao avanço da agricultura e pecuária no Brasil, Paolinelli desafiou a crença comum de que as terras do cerrado e do Centro-Oeste eram inférteis.
Seus esforços incansáveis fizeram da região a maior produtora de grãos do país, impulsionando a economia agrícola e a segurança alimentar.
Reconhecido em 2006 com o The World Food Prize, Paolinelli destacou-se no incentivo à oferta de alimentos em todo o mundo.
Suas notáveis realizações e trabalho foram amplamente reconhecidos, sendo indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021.
A comunidade agrícola, políticos e colegas reconhecem a imensa contribuição de Paolinelli para o setor.
Durante uma sessão especial no Senado Federal em 2021, ele foi descrito como o “pai” da agricultura brasileira.
Após 6 anos, Conab retoma política de estoques públicos de alimentos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou, nesta quinta-feira (29), que comprará 500 mil toneladas de milho de produtores rurais por meio do mecanismo de Aquisições do Governo Federal.
A compra marca a retomada da formação de estoques públicos pelo Governo Federal, após 6 anos.
O governo entende que a estratégia garante o preço mínimo do produto e a renda do agricultor, além de regular o abastecimento interno, o que diminui as variações de preços.
A aquisição foi autorizada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e está prevista na Política de Garantia de Preços Mínimos.
O objetivo do governo federal é apoiar os produtores rurais, os agricultores familiares e as cooperativas agrícolas, justamente quando o preço de mercado do produto se apresenta inferior ao preço mínimo estabelecido para a safra vigente.
A estimativa é de que a Conab compre, aproximadamente, 8,3 milhões de sacas do cereal, ao custo de R$ 350 milhões.
O presidente da companhia, Edegar Pretto, justifica que a medida foi adotada em função da supersafra de milho, que teria provocado queda no valor do milho no mercado, abaixo do preço mínimo.
Para ele, os produtores rurais precisam de garantias. Cada saca contém 60 kg.
“A gente começa com essa cultura [do milho] porque tem uma necessidade de formar estoques. A gente faz, também, uma sinalização muito positiva e ajuda aos produtores nesses estados e dá uma tranquilidade a mais aos setores que precisam ter uma garantia de que não vai faltar milho, independentemente do canto que for do nosso país”.
Presente no anúncio, o ministro Agricultura, Carlos Fávaro, defendeu o fortalecimento da Conab para apoiar a política agrícola brasileira.
“Não se trata de intervenção na soberania do mercado. Nada disso! Mas, trata-se de uma estratégia de garantia de segurança nacional da estabilidade alimentar. Pois, não existe agricultura sem uma empresa pública”.
Mato Grosso colhe 33,06% da área do milho na safra 2022/23

A colheita de milho segunda safra em Mato Grosso chegou a 33,06% da área semeada nesta safra 2022/23. Na variação semanal houve um avanço de 13,82 pontos percentuais, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
As projeções para Mato Grosso são de uma safra de milho de aproximadamente 48 milhões de toneladas. Ao se comparar com os trabalhos nesta época, em 2022, há um atraso de 22,44 pontos percentuais.
Na última semana de junho do ano passado os agricultores haviam colhido 55,50% da área de milho 2021/22.
Ao se analisar a média histórica dos últimos cinco anos verifica-se atraso na colheita ante os 44,11% de média.
De acordo com o Imea, a região Médio Norte é a mais acelerada nos trabalhos de colheita do cereal. Até o momento 46,37% da área recebeu as colheitadeiras. Já no norte mato-grossense os trabalhos chegaram a 38,66%.
No nordeste em 28,16%, no centro-sul em 27,57% e no noroeste em 23,41% de suas respectivas áreas. No oeste e sudeste, conforme o Imea, foram colhidos 20,07% e 20,56% do milho.
Indea-MT prorroga até junho/24 prazo de registro de marca a fogo

O prazo para pecuaristas em Mato Grosso realizarem o registro de “marca de fogo” junto ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) foi prorrogado para até 30 de junho de 2024.
De acordo com o órgão, o período para o registro encerraria na última sexta (30).
A identificação permanente do rebanho com a marca de fogo tem como intuito auxiliar na rastreabilidade do rebanho e, consequentemente, a certificação sanitária do rebanho mato-grossense.
Tal iniciativa garante ainda maior segurança aos criadores ao inibir ações de roubos e furtos de gado no estado, já que identifica a quem pertence os animais.
O Indea-MT pontua que para efetuar o registro o produtor deve levar a sua ferramenta “marca a fogo” em uma das 139 unidades do órgão existentes do estado, preencher e assinar o “Formulário para o Registro de Marca a Fogo”.
Segundo o Indea-MT, tais documentos estão localizados no site do órgão, no espaço ‘Sanidade Animal’, na aba Cadastramento Pecuário.
O órgão alerta ainda que em caso de mais de uma marca, o produtor deve levar todas para registro e informar quais são utilizadas em cada exploração pecuária de sua propriedade.
Caso o pecuarista não utilize marcação a fogo em seu rebanho, o mesmo, explica o Indea-MT, deve informar e registrar a forma utilizada para identificar os bovinos e bubalinos.
Nesse caso, o documento a ser preenchido e assinado é a “Declaração da Não Utilização da Marca a Fogo”.
Após o registro da modalidade de identificação, ela sairá impressa na Guia de Trânsito Animal (GTA), o que facilitará a fiscalização dos animais em transporte.
Irrigação de fácil instalação e baixo custo é ideal às hortaliças

O cultivo de hortaliças no Brasil é uma atividade significativa e abrange uma extensa área de produção.
De acordo com o último Censo Agro do IBGE, de 2017, havia uma área total de 542.812 hectares destinados à produção desses alimentos, predominantemente pela agricultura familiar.
Com produção altamente diversificada, o segmento está presente em todas as regiões do país, abastece o mercado interno, gera emprego e renda para as famílias de agricultores, ou seja, ocupa importante destaque no cenário econômico, social e do agronegócio brasileiro.
São muitas características importantes, mas também desafios.
Assim como em outras culturas, produzir hortaliças requer investimentos em tecnologias, especialmente quando o assunto é adversidade climática, problemas fitossanitários, preocupações em torno do aumento na qualidade dos produtos e, claro, produtividade e rentabilidade com os cultivos.
Um dos benefícios disponíveis, principalmente para pequenos agricultores que precisam de soluções práticas e de baixo custo, são as mangueiras de irrigação.
Sueyde Fernandes de Oliveira Braghin, engenheira agrônoma e membro da equipe de Engenharia em Ação Agro da Nortène, empresa que desenvolve tecnologias exclusivas em plásticos, explica que a irrigação é uma solução fundamental na produção de plantas hortícolas, pois são espécies que exigem muita água para se desenvolverem.
“São plantas de ciclo curto e alta exigência em insumos como água e fertilizantes, então a produção em área sem um sistema de irrigação é inviável, ainda mais com as mudanças climáticas cada vez mais intensas e períodos de veranico prolongados”, destaca.
Chuvas em Mato Grosso foram favoráveis à segunda safra

O terceiro Boletim Agrometeorológico da safra 2022/2023 divulgado pela Embrapa Agrossilvipastoril nesta semana mostra que, em geral, as chuvas no início de 2023 favoreceram as lavouras cultivadas em segunda safra em Mato Grosso.
De acordo com os dados levantados pelo pesquisador Jorge Lulu, as chuvas foram bem distribuídas no estado nos primeiros meses do ano, com alguns episódios de excesso de chuva no início de janeiro e em fevereiro em algumas regiões. Isso atrasou a colheita da soja, mas não chegou a prejudicar a semeadura do milho.
“Em abril, as chuvas foram mais moderadas em Mato Grosso, com maior redução em algumas porções do centro-norte e nordeste do estado. Já nos meses de maio e junho, as chuvas passaram a ser muito escassas em praticamente todo o Mato Grosso. Contudo, o plantio dentro da janela ideal acabou mitigando possíveis impactos negativos na grande maioria das lavouras de milho 2ª safra do estado”, atesta o boletim.
Os dados da estação meteorológica da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, mostraram que até o mês de junho a precipitação total foi de 1.475,3 mm, a terceira maior precipitação dos últimos cinco anos.
“As precipitações acumuladas nos três primeiros meses de 2023 em Sinop foram excelentes para o desenvolvimento das lavouras de milho 2ª safra plantadas dentro da janela ideal: janeiro/2023 (424,0 mm), fevereiro/2023 (502,2 mm) e março/2023 (348,5 mm)”, diz o documento da Embrapa.
Outro dado avaliado pelo boletim é o balanço hídrico sequencial, que mede o armazenamento de água no solo. Os resultados mostram que até meados de abril, em Sinop, o solo estava em sua capacidade máxima. Houve uma queda no fim de abril, mas chuvas no início de maio possibilitaram uma recuperação da oferta hídrica no solo. Na safra passada, por exemplo, a queda no balanço hídrico do solo ocorreu de forma contínua a partir do início de abril.
BOLETINS
Há sete safras a Embrapa Agrossilvipastoril publica três boletins agrometeorológicos para subsidiar o setor produtivo em Mato Grosso. O primeiro documento retrata o comportamento da chuva no período de semeadura da primeira safra.
O segundo é feito após a colheita da safra, retratando o desenvolvimento da soja. O terceiro boletim é lançado ao fim da segunda safra, mostrando como a chuva interferiu no desenvolvimento das culturas.
A iniciativa dos boletins surgiu em atendimento a uma demanda do setor produtivo por documentos oficiais que auxiliassem no processo de acionamento de seguro rural em decorrência de intempéries climáticas.
MT produziu mais milho que a capacidade de armazenamento

Uma boa notícia que traz preocupação ao mesmo tempo aos produtores de milho em Mato Grosso. A produção do cereal nesta temporada 2022/23 foi reajustada para 50,15 milhões de toneladas.
Se confirmado, o volume supera a capacidade estática de armazenagem de grãos, que é de 44,78 milhões de toneladas, conforme dados ainda em abril pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A revisão do volume de cereal previsto para a safra 2022/23 consta no Relatório de Oferta & Demanda do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e representa um aumento de 1,16 milhão de toneladas ante a estimativa do mês passado e 6,3 milhões de toneladas a mais quando comparado com o ciclo 2021/22.
Apesar da marca histórica para a produção mato-grossense e brasileira, produtores estão preocupados, uma vez que os preços estão a cada dia mais em queda.
Até maio, de acordo com o Imea, MT havia comercializado apenas 44,61% da produção estimada de milho desta safra. Além disso, possuía cerca de 30% da produção de soja ainda para comercializar.
“A política de armazenamento foi feita para que o produtor não tivesse armazém”, critica o presidente da Aprosoja-MT
Os indicadores do Imea apontam que a saca de 60 kg de milho no estado encontrava-se na média de R$ 34,24. Montante, conforme os produtores, que de longe não cobre o custo de produção, uma vez que a safra foi semeada com a saca na casa dos R$ 70.
Produtividade recorde
Os dados levantados pelo Imea em junho apontam que a área destinada para o milho se manteve em 7,42 milhões de hectares, aumento de 3,78% ante a safra 2021/22.
“Essa projeção de incremento em relação à safra passada é reflexo da demanda mais aquecida no início da semeadura para a temporada”.
Quanto à produtividade, em decorrência as boas condições das lavouras, a expectativa de rendimento da safra 2022/23 para 112,68 sacas por hectare.
Isso representa um aumento de 2,63 sacas por hectare quando comparado com o último relatório e 10,45 sacas por hectare ante a temporada 2021/22.
Imea projeta alta de 54% nas exportações de pluma

Mato Grosso deve exportar 1,46 milhão de toneladas de pluma de algodão 2022/23. O volume se confirmado será 54,21% maior que o embarcado na safra passada.
A projeção é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo o Relatório de Oferta & Demanda, o crescimento nas exportações é “pautado pela perspectiva de melhora na economia mundial, o que tende a influenciar na recuperação da demanda externa pelo algodão”.
Assim como as perspectivas de aumento do consumo por parte do mercado externo, no consumo interno também é esperado crescimento. Dentro de Mato Grosso as projeções apontam que 25,86 mil toneladas de pluma sejam consumidas, um aumento de 4,62% frente a safra 2021/22.
No que tange ao consumo interestadual são esperadas 513,89 mil toneladas, alta de 3,74% na variação entre safras.
Câmara aprova recriação de Programa de Aquisição de Alimentos

Em votação simbólica, a Câmara dos Deputados aprovou, no fim da tarde desta sexta (7), a recriação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que permite a compra de produtos da agricultura familiar sem licitação por programas governamentais de segurança alimentar e pela rede pública de ensino.
O projeto, que será encaminhado ao Senado, aumenta de R$ 12 mil para R$ 15 mil o limite de compras do governo por agricultor familiar.
O texto ampliou os incentivos para que povos indígenas, comunidades tradicionais e mulheres participem do programa. O objetivo é elevar a participação das mulheres de 46% para 50% dos produtores inseridos no programa.
As compras deverão obedecer ao valor de mercado. O relator do projeto, Guilherme Boulos (PSOL-SP), incluiu na proposta a criação do Programa Cozinha Solidária, que fornecerá alimentação gratuita a pessoas em situação de rua e com insegurança alimentar.
“De um lado, o PAA atua fortalecendo e apoiando a pequena agricultura familiar. De outro lado, combate a fome com uma ampla rede de distribuição de alimentos”, disse Boulos ao ler o relatório no plenário da Câmara.
Criado em 2003, o PAA foi substituído pelo Alimenta Brasil, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com a aprovação do projeto, o programa retomará o nome e o formato iniciais.
Boulos aceitou diversas emendas ao projeto. Entre as emendas, estão a possibilidade de o governo incluir plantas medicinais, o fornecimento de assistência técnica a agricultores familiares interessados em participar do programa, a inclusão da agricultura urbana e semiurbana entre os fornecedores do PAA e a permissão de compra de sementes pelo programa.
Sorriso fecha o primeiro semestre como maior exportador do estado

Sorriso contabilizou US$ 1.599.782.864 bilhão (mais de R$ 7,8 bilhões) no primeiro semestre de 2023 – janeiro a junho – e se tornou o maior exportador do estado no período respondendo pelo embarque de 9,6% de todo a produção comercializada pelo Mato Grosso.
O município também fechou o semestre como o 13º na lista nacional.
O maior cliente sorrisense fica do outro lado do mundo: é a China. Em maio, por exemplo, as negociações de soja com a China somaram US$ 150.372.558; em junho foram US$ 124.893.188.
E números assim se repetem, mês a mês, com outras commodities também como o milho e o algodão.
Ainda em janeiro, o município foi responsável por 8,5% das exportações de Mato Grosso. O estado fechou US$ 143,93 milhões em exportações.
Desse total, Sorriso foi responsável por US$ 12,23 milhões em produtos exportados, tudo isso em janeiro.
A boa sequência se repetiu, fechando o semestre com destaque estadual, avalia o prefeito Ari Lafin.
Na carta do município estão países como Espanha, México, Alemanha.
E a lista sorrisense segue com transações realizadas pelo mundo todo, o que faz com que o Município chegue a outros números impressionantes: em 2022 Sorriso negociou R$ 3,5 bilhões a mais do que em 2021, quando a exportação foi de R$ 10 bilhões.
Para Ari, um dos focos do Município e das potencialidades do agro é produzir com responsabilidade ambiental; usar a tecnologia para na mesma área produtiva aumentar os números e pensar em transformação da produção primária.
“Hoje uma das potencialidades é transformar a proteína vegetal em animal; o DDG, ou grãos secos de destilaria, pode ser usado na criação de suínos, aves e bovinos, ampliando os setores produtivos”, pontua Ari.
Conforme o prefeito, esses são valores altíssimos que demonstram que Sorriso cresce a passos gigantes: há um aumento na produção e na população que já foi apontado pelo último censo do IBGE.
“Como gestor, comemoramos esses dados e também já iniciamos o planejamento para que o poder público consiga acompanhar esse desenvolvimento e ofertar condições e qualidade de vida para todos que estão aqui e para quem pensa em investir e vir para cá”, frisa.
O secretário de Desenvolvimento Econômico (Semdec), Cláudio Oliveira, pontua que esses são dados levantados mensalmente pelo Comex Stat, um sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro; constantes também no Ministério de Desenvolvimento Indústria Comércio e Serviços (MDIC).
“Com esses dados em mãos temos uma noção clara da participação econômica do Município no Estado: exportamos um número alto de commodities agrícolas, e, por outro lado, também importamos insumos para essa produção”, destaca.
Saiba como declarar o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural

Nesta semana, a Receita Federal publicou, no Diário Oficial da União, as regras para a Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) de 2023.
O prazo para a prestação de contas começa no dia 14 de agosto e os proprietários de imóvel rural têm até o dia 29 de setembro para declarar e evitar multas.
A apresentação da DITR é obrigatória para pessoas físicas e jurídicas que tenham imóvel rural e deve ser apresentada na forma de dois formulários, o Documento de Informação e Atualização Cadastral do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diac) e o Documento de Informação e Apuração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (Diat).
A prestação de contas é obrigatória mesmo para quem recebeu ou deixou de ter a propriedade do imóvel, no ano de 2023. Para entregar a documentação, é necessário baixar, pela internet, o Programa Gerador da Declaração do ITR relativo ao exercício de 2023 (Programa ITR 2023), no site da Receita Federal.
Na declaração, para excluir áreas não tributáveis, é necessário preencher e informar ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) o Ato Declaratório Ambiental (ADA). Outro dado que também deve ser informado é o número do recibo de inscrição do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
O recibo que comprova a apresentação da DITR é gerado pelo programa, logo após a transmissão. O documento pode ser gravado no disco rígido do computador, ou em mídia USB, e deve ser impresso, no caso em que o contribuinte optar por fazer a entrega do documento diretamente em uma unidade da Receita Federal.
PAGAMENTO
O valor do ITR apurado poderá ser pago em até quatro parcelas mensais, desde que as quotas não sejam inferiores ao valor de R$ 50. O parcelamento só poderá ser feito em caso de imposto acima de R$ 100 e o prazo para o pagamento da primeira parcela, ou quota única, também será até 29 de setembro.
O valor devido poderá ser pago por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), por transferência bancária, ou PIX.
RETIFICAÇÃO
Caso, após a entrega, seja apurada alguma inconsistência será possível retificar a DITR com a entrega de uma nova declaração, na qual deverá conter todas as informações do primeiro documento, com as alterações, exclusões e adições de informação necessárias, além do número do recibo da primeira DITR entregue.
Ainda que a retificadora seja entregue o após o prazo para a declaração, o imposto apurado deve ser pago no prazo estabelecido, para não gerar multa. O atraso na entrega gera multa de 1% ao mês, ou fração, sobre o total do imposto devido e começa a contar a partir do dia 30 de setembro.
Prorrogado o prazo de vacinação obrigatória contra brucelose

A vacinação contra a brucelose em bezerras de três a oito meses em Mato Grosso foi prorrogada. A informação é do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT).
Com a mudança, os pecuaristas terão até o dia 31 de julho para adquirir e providenciar a aplicação da imunização.
A prorrogação foi definida para todo o país em virtude da falta de vacina contra a brucelose. O Indea-MT pontua que os pecuaristas possuem até o dia 2 de agosto para apresentar à autarquia o atestado de vacinação contra brucelose, emitido por médico veterinário.
A estimativa é que em Mato Grosso sejam imunizadas contra a brucelose cerca de quatro milhões de bezerras. Levantamento do Indea-MT aponta para o estado um rebanho bovino de aproximadamente 34,3 milhões de animais.
O produtor rural do estado que não vacinar fica sujeito a multa de uma Unidade Padrão Fiscal (UPF/MT) por animal, no valor de R$ 229,76.
A brucelose é considerada uma doença perigosa, que traz prejuízos tanto para a saúde animal quanto pública, explica o coordenador de Sanidade Animal do Indea, João Marcelo Néspoli.
Ainda segundo ele, na vaca pode causar aborto do feto e retenção de placenta depois do parto, e no touro pode ter uma inflamação nos testículos e ficar estéril.
“Nos humanos, se uma pessoa tomar um leite cru de vaca com brucelose ela pode adoecer. E quem lida diariamente com o animal está mais exposto à doença pelo contato com secreções e restos de parto e aborto de vaca doente, que tem grande quantidade de bactéria da brucelose”, relata o médico veterinário do Indea.
Friboi abre 210 vagas de empregos em Confresa com ampliação da produção

A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, está ampliando em 50% a produção da unidade da Friboi em Confresa.
Com a expansão, a companhia está gerando 210 novos empregos na fábrica, que atualmente conta com 826 colaboradores.
As vagas em Confresa são para desossador, refilador, faqueiro, operador de higienização, operador de produção, operador de armazenagem e expedição, operador de sala de máquinas, mecânico industrial, eletricista industrial.
A expansão tem como objetivo atender tanto o mercado interno quanto para exportação.
“Mato Grosso é uma região de extrema importância para a JBS e para a Friboi. Estamos animados com a expansão da produção em Confresa, e esperamos fortalecer ainda mais a indústria pecuária de Mato Grosso, contribuindo para seu desenvolvimento econômico”, afirma Renato Fernando dos Santos, gerente administrativo da unidade.
O processo de seleção ocorre todos os dias, das 7h às 9h da manhã, dentro da unidade, localizada na rodovia MT-430, Km 07, zona rural.
Mais informações sobre o envio de currículos e seleção podem ser obtidas pelo telefone (66) 3564-2321 ou por e-mail para jacelia.costa@friboi.com.br.
Entre os benefícios ofertados estão transporte, vale alimentação, refeição na empresa, plano de saúde com coparticipação e plano odontológico.
Atualmente, a JBS é responsável pela geração de mais de 9,5 mil empregos diretos em MT. O número vai chegar perto de 11 mil, somando-se a ampliação na unidade Friboi de Diamantino, após a sua recuperação e modernização.
A ampliação da capacidade de produção da unidade da Friboi em Confresa reforça o movimento de expansão das operações da JBS no Mato Grosso.
No dia 17 de junho, foi anunciado um investimento que vai triplicar a capacidade de produção de sua unidade da Friboi em Diamantino.
Com um aporte de R$ 800 milhões na recuperação e na modernização da fábrica de Diamantino, serão gerados ao menos 1,4 mil empregos no local, além da manutenção dos atuais.
A força de trabalho será duplicada na unidade, para 2,8 mil colaboradores.
Sorriso recebe 1ª Unidade de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, inaugurou nesta semana a primeira Unidade Técnica Regional de Agricultura e Pecuária (UTRA) descentralizada, em Sorriso.
O escritório do ministério vai disponibilizar serviços da pasta com objetivo de ficar mais próximo do produtor rural e da agroindústria da região.
A unidade será responsável pelos serviços de controle de produção, garantia de qualidade e promoção do desenvolvimento regional de 50 municípios, em uma região que se estenderá do Xingu até Sapezal.
Em coletiva, Fávaro destacou que a escolha de Sorriso para sediar a primeira UTRA deve-se à relevância do município no cenário do agro brasileiro – considerada a “Capital Nacional do Agronegócio”.
“É uma cidade polo de desenvolvimento sustentável, que representa a essência da agropecuária brasileira, com a integração não só da soja, do milho, mas, para verticalização da nossa produção. A região merece esse apoio mais constante”.
O ministro revelou que havia a dificuldade de contratação de pessoal para trabalhar na unidade descentralizada, o que inviabilizava a inauguração da UTRA de Sorriso, mas que o problema foi superado.
Durante a inauguração da primeira Unidade Técnica Regional de Agricultura e Pecuária, o prefeito Ari Lafin agradeceu a instalação do braço do Ministério da Agricultura e Pecuária.
“O escritório inaugurado em nosso município trará muito mais velocidade a situações que, às vezes, tinham que ser discutidas em Cuiabá ou Brasília. A equipe já apresentada é de extrema competência, com experiência vasta e que atenderá mais de 50 municípios, desta região”, comemorou.
Mato Grosso bate recorde no volume de carne bovina exportada

No primeiro semestre de 2023 Mato Grosso enviou 275,73 mil toneladas em equivalente de carcaça (TEC) de carne bovina para outros países.
O volume é 2,25% maior que o do mesmo período de 2022. Isso corresponde ao maior volume exportado na série histórica da proteína vermelha.
E quem tem grande relevância neste papel é o mercado chinês que continua na liderança sendo responsável por 56,90% desse total.
Mesmo com os embargos nas compras chinesas visto em março de 2023, após a confirmação do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina atípica, a alta é significativa.
Segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em junho de 2023 Mato Grosso enviou para o mercado externo 59,9 mil toneladas de carcaça bovina.
O aumento corresponde a 25,01% em relação ao mesmo período do ano passado.
No comparativo mensal isso representa um acréscimo de 8,70%. É o que aponta o boletim da pecuária do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Projeto Sinop Orgânico consolida estratégia que alia produção com orientação e planejamento

O Projeto Sinop Orgânico, desenvolvido e coordenado pela Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), vem oportunizando a agricultores familiares diversos treinamentos e planejamentos técnicos participativos.
Na prática, as propriedades que fazem parte da iniciativa estão iniciando a conversão orgânica.
Com a presença de alunos produtores e técnicos locais, foram realizadas cinco palestras sobre o assunto nas respectivas localidades: Comunidade de Chácaras Talismã, Sede do município de Sinop, Centro de recuperação de Vidas Ebenezer, e dois núcleos no Assentamento Wesley Manoel Soares Campos e Gleba Mercedes.
Exemplo do agricultor Paulo Mendes de Oliveira Filho, das Chácaras Talismã, que definiu a oportunidade como um norte para entender como funciona a produção de orgânicos.
“Fazia tudo errado e não entendia o motivo. É preciso seguir as orientações e obedecer à quantidade adequada. Tenho horta e alguns pés de frutas como açaí, cupuaçu, cacau e pequi, além de ter plantado recentemente várias espécies de citrus. Achava que era só jogar os restos de casca e a mágica acontecia”.
Paulo conta que entendeu realmente a importância da assistência técnica quando percebeu sua produção de pepino dando certo. “Os pés não vingavam e morriam. Não entendia o motivo, mas agora com o manejo correto quantidade de esterco e compostagem na medida certa estão bonitas de se ver. Estou muito feliz”.
Para Aline Kraeski, orientadora pedagógica na Escola Estadual Carlos Drummond de Andrade, o projeto Sinop Orgânico vem proporcionando suporte para o desenvolvimento agrícola na região, iniciativa que é de vital importância aos pequenos agricultores, que tanto carecem de assistência e incentivos.
“O projeto tem apoiado as atividades desenvolvidas na nossa horta escolar, que consiste em um modelo de horta agroecológica. Através de palestras e oficinas práticas, estudantes e professores recebem capacitação sobre técnicas de produção que são aplicadas na prática e também levam esses conhecimentos para casa, possibilitando replicar o que aprenderam nas propriedades de suas famílias”.
Os produtores estão sendo orientados pelo engenheiro agrônomo da Empaer e coordenador da iniciativa, Rogério Leschewitz, que norteia as metodologias produtivas já consolidadas quanto à conversão da produção do sistema convencional para o sistema produtivo orgânico.
VBP de 2023 é estimado em R$ 1,148 trilhão

O Valor da Produção Agropecuária (VBP) de 2023 é estimado em R$ 1,148 trilhão. Este valor é 2,6% superior ao ano anterior. As informações são do Ministério da Agricultura e Pecuária.
As lavouras lideraram o crescimento, registrando um aumento de 4,9% no VBP. Isso foi impulsionado pelo recorde da safra de grãos e pelos ganhos de produtividade.
Por outro lado, a pecuária teve uma retração de 2,4% no VBP, devido à queda na produção de carne bovina e de frango. O VBP das lavouras alcançou R$ 812,1 bilhões, enquanto o da pecuária foi de R$ 336,6 bilhões.
Entre os produtos, destacam-se o amendoim com aumento real de 8,9%, arroz 7,8%, banana 14,3%, cana de açúcar 11,9%, feijão 19,0 %, laranja 27,8%, mandioca 33,6%, milho 3,9%, soja 3,5%, tomate 14,3% e uva 3,8%.
Na pecuária, os maiores contribuintes são suínos, leite e ovos. Enquanto as carnes tiveram retração de -5,1% em dólares no mercado internacional, as transações de carne de frango e suína mostram-se favoráveis.
Alguns produtos, como algodão, batata inglesa, café e trigo, apresentam desempenho pouco favorável devido aos preços baixos ou menores quantidades produzidas.
Especialmente o café é afetado por uma forte redução nos preços internacionais.
O ranking dos produtos em termos de desempenho é liderado por soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, que juntos representam 82% do VBP das lavouras em 2023.
Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás são os estados que mais influenciam o VBP, devido à liderança na produção de grãos, pecuária bovina e café.
Folha destaca ‘boom’ econômico de MT e a vinda de trabalhadores de vários estados

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo, na última semana, destaca a relevância econômica de Mato Grosso e a “importação” de mão de obra vinda de vários estados.
Segundo a publicação, grande parte dos pioneiros do Sul do Brasil que chegaram ao Mato Grosso na década de 1970 em busca de terras não tinha escola ou hospitais próximos.
“Muitos dos adultos de hoje foram alfabetizados em casa pelos pais, e dependiam de remédios caseiros”.
A Folha ainda destacou que, em menos de 50 anos, a realidade dessas cidades – e das segunda e terceira geração dos pioneiros – não é diferente da de brasileiros do Sul e do Sudeste, vivendo em municípios modernos e organizados, com rodovias asfaltadas para suas caminhonetes e SUVs, escolas e hospitais bem montados e campos de pouso para pequenos aviões.
Confira alguns trechos da reportagem.
O Mato Grosso concentra o 1º, o 3º e o 4º lugares entre os municípios que mais produzem grãos no Brasil. Outras sete cidades do estado estão na lista dos 20 mais importantes.
São municípios que se tornaram polos de atração de investimentos para além do agronegócio, com expansão imobiliária acelerada e criação de empregos para migrantes de outros estados. O setor de serviços também tem boa qualidade e diversidade nessas cidades.
Em 16 anos, o PIB do Mato Grosso cresceu 121,3%, segundo a MB Associados. Como comparação, a evolução do paulista foi de 41,5%.
Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, Sorriso, Sapezal e Campo Novo do Parecis encabeçam a lista dos maiores produtores no estado.
Segundo o prefeito, Ari Lafin, desde que assumiu Sorriso, em 2017, a população cresceu de 85 mil para 110 mil habitantes; e o PIB da cidade saltou de R$ 3,9 bilhões para R$ 14 bilhões com a chegada de novas empresas e sedes contábeis de fazendas de várias partes do Mato Grosso.
MÃO DE OBRA ‘IMPORTADA’
Apesar do crescimento populacional, um dos problemas de Sorriso é conseguir mão de obra para a construção de novas moradias, comércios e silos para armazenamento de grãos, o que leva construtoras a importar trabalhadores.
“Tenho 150 vagas para contratação imediata, mas consegui só 50 pessoas nos últimos dias”, diz a catarinense Claudiane Guerrini, radicada há 16 anos em Sorriso e gerente de recursos humanos da construtora Escal.
Quando a reportagem esteve na cidade, Guerrini fechava a contratação de 18 trabalhadores do Maranhão, trazidos por Janildo Soares, que costuma arregimentar mão de obra em seu estado.
A riqueza de Sorriso, assim como de cidades vizinhas, vem principalmente de plantações de soja, milho, feijão e algodão —além de outros negócios que crescem na cidade. A nova febre na região são as usinas de etanol de milho, que se espalham ao longo da BR-163.
A reportagem da Folha ainda cita a expansão de Campo Novo do Parecis, emancipada em 1988, e que entre o final de 2016 e maio deste ano, o total de empresas saltou de 1.454 para 5.518.
Sapezal também é apontada como uma fronteira agrícola. A população local chegou a 29 mil pessoas no censo de 2022, com aumento de 60% em comparação a 2010.
Diferentemente de outras fazendas da região, são grandes grupos do agronegócio que dominam as terras e a produção no entorno.
Medidas reduzem impacto das obras no escoamento da safra do milho

Ciente da estimativa de uma safra de milho de 29 milhões de toneladas para este ano em Mato Grosso, a Concessionária Nova Rota do Oeste lançou nesta semana o Plano Safra em Movimento visando diminuir o impacto das obras da BR-163/MT no escoamento da produção por um período de, no mínimo, 40 dias, quando o movimento no fluxo de veículos será mais intenso.
A medida atende à demanda do agronegócio e do setor de logística do estado, que vêm se mostrando atentos à quantidade de frentes de manutenção no principal corredor de escoamento da produção, após o anúncio da troca de controle da Concessionária para o Governo do Estado, por meio da MT Par.
A iniciativa prevê ações imediatas:
1 - Criação de vias alternativas nas laterais dos pontos de obra, quando possível por questão de espaço ou conformidade do terreno;
2- Remanejamento do cronograma de intervenções durante este período crítico para travessias urbanas e pontos de serras, onde já há pista dupla;
3 - Reforço na sinalização e no uso de tecnologias para aprimorar a operação dos pontos em ‘pare e siga’, garantindo mais eficiência no processo;
4- Ações de reforço na sinalização e na fiscalização para que seja possível a flexibilização para tráfego noturno dos veículos de carga que atuam na cadeia do milho, soja e algodão (a flexibilização ainda depende de anuência dos órgãos de trânsito e será divulgada em breve).
Segundo o gerente de Relações Institucionais da Nova Rota do Oeste, Roberto Madureira, o incremento de cinco equipes de manutenção na BR-163, de Cuiabá a Sinop, e a possibilidade de influência no escoamento da safra de milho, levou a classe produtiva de Mato Grosso a procurar a Concessionária para traçar estratégias que diminuíssem o impacto das obras no fluxo de veículos.
“Existe a unanimidade sobre a importância da recuperação do pavimento da BR-163 e também sobre necessidade de escoar esta safra recorde do milho. Então, buscamos meios de diminuir o impacto no tráfego, mas sem que isto gere qualquer tipo de paralização nas obras. Contamos com a colaboração de todos para termos uma safra escoando o mais agilmente possível, com segurança, e sem comprometer o cronograma de obras”, explica o gerente.
SINOP E LUCAS
Nesta semana a Concessionária já inicia a primeira ação para diminuir a interferência no trânsito da BR-163. As frentes de obras do norte da BR-163 serão realizadas nas travessias urbanas, onde é possível interromper uma das vias em cada sentido, deixando a outra pista livre para a circulação. Com essa alteração, as equipes do norte passam a trabalhar nas travessias urbanas de Sinop e Lucas do Rio Verde.
Os pontos onde as obras serão mantidas com operação de tráfego em ‘Pare e Siga’ podem ser acompanhados no Facebook.com/novarotadooeste e no site da Nova Rota do Oeste (www.novarotadooeste.com.br).
Com foco na fluidez em locais onde a manutenção é indispensável, a equipe de Engenharia mapeou os locais com a possibilidade de criar desvios com qualidade e segurança, removendo o fluxo do eixo principal. Assim, as obras podem ser realizadas e o tráfego segue sem interferências. A programação foi alinhada com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e já está em fase de implantação especial de sinalização e preparação dos desvios: o primeiro será realizado em Sinop em caráter experimental.
Nos trechos da rodovia sem a possibilidade de criar desvios, as operações de tráfego em ‘Pare e Siga’ receberão um reforço na gestão do tempo para liberação do tráfego dentro do prazo estimado para cada situação.
A concessionária também contará com o apoio da PRF nos trechos onde o desrespeito das orientações são mais recorrentes.
Capital nacional do agronegócio, Sorriso também é a nº 1 em sustentabilidade

Além dos campos de cultivos agrícolas ocuparem 65% da área total de Sorriso, a grande vocação da cidade também está voltada para a sustentabilidade, na qual, é referência número um como mostra o prêmio Cidades Sustentáveis obtido recentemente.
O troféu e o certificado foram entregues em São Paulo ao secretário de Agricultura, Meio Ambiente e de Ciências e Tecnologia, Marcelo Lincoln.
A cidade concorreu com outros 14 municípios com população média, na categoria Econômico do Prêmio Cidades Sustentáveis.
“Fomos contemplados campeões a nível nacional. Ganhamos o título de sustentabilidade, através desses projetos que fazemos em nosso município e que também a sociedade tem ajudado muito. Então eu falo que é uma somatória de ajudas em querer fazer, das pessoas se comprometerem, aquilo que estávamos falando”, explica Lincoln.
Foi a quarta edição do prêmio, concedido pelo Instituto Cidades Sustentáveis. Em 2012 o instituto criou o programa Cidades Sustentáveis onde participam 293 municípios brasileiros e 16 capitais.
Sorriso é signatário desde 2021. A coordenadora do programa explica, que ao fazer parte do programa, o município assume o compromisso de realizar diagnósticos a partir de indicadores alinhados à agenda 20/30 da ONU, e aos 17 ODSs- objetivos de desenvolvimento sustentável.
“É nas cidades que a gente vai conseguir melhorar a qualidade de vida da população, melhorar esses indicadores e consequentemente atingir as metas nacionais e as globais. Então eu acho que é um conjunto, mas volto a dizer que os governos locais têm um papel fundamental na implementação da agenda 2030 e das ODSs”, pontua Zuleica Goulart, coordenadora do programa Cidades Sustentáveis.
Resultados da safra
Na safra deste ano foram plantados 587 mil hectares de soja, 485 mil de milho e 59 mil hectares de algodão.
As médias de produção nos últimos quatro anos se mantêm na casa de dois milhões de toneladas de soja, três milhões de toneladas de milho e 160 mil toneladas de algodão.
E as boas práticas que trouxeram ao município mato-grossense o prêmio Cidades Sustentáveis, fazem parte do programa chamado Eco Sorriso.
Um programa abrangente que vai desde a coleta seletiva do lixo, ao bom uso de ambientes públicos e projetos educacionais.
Alta Floresta, Cláudia e Marcelândia ampliam negócios no exterior

Pelo menos três municípios da região Norte de Mato Grosso ampliaram significativamente as negociações de comércio exterior no primeiro semestre desse ano.
Em Cláudia, por exemplo, as empresas ligadas ao agronegócio movimentaram, de janeiro a junho, um volume de US$ 99,88 milhões (R$ 476,6 milhões).
Conforme o Ministério da Economia, soja e milho representam quase que a totalidade nessa participação: 92% de soja comercializada e 7,8% de milho.
Já em Marcelândia, no mesmo período, o volume de exportações chegou à casa dos US$ 83,15 milhões (R$ 396,8 milhões). Soja representa 95,9% de participação e milho, 4,1%.
Os principais clientes do município estão na Ásia (Tailândia e China), na Europa (Espanha e Itália) na África (Egito), e na América Latina (México e Colômbia).
Em Alta Floresta, as negociações chegaram a US$ 64,03 milhões (R$ 305,5 milhões). A soja também é o carro-chefe, representando 75% das exportações, com a pecuária bovina enviando 9%.
Completam as negociações com o mercado externo madeiras, milho e tripas de animais. Os principais clientes estão na Europa (Reino Unido, Portugal e Espanha), África (Tunísia) e América Latina (México e Argentina).
Pesca predatória está proibida a partir de janeiro/2024

A Lei nº 12.197/2023, conhecida como Transporte Zero, que visa combater a pesca predatória nos rios de Mato Grosso, foi sancionada pelo governador Mauro Mendes.
Pelo período de cinco anos, a partir de 1º de janeiro de 2024, o transporte, comércio e armazenamento de peixes dos rios estaduais estão proibidos no estado.
A nova legislação consta no Diário Oficial do Estado da última sexta (21).
De acordo com o Governo do Estado, um auxílio de um salário mínimo será pago por mês aos pescadores profissionais e artesanais inscritos no Registro Estadual de Pescadores Profissionais (Repesca) e no Registro Geral de Pesca (RGP) que comprovem residência fixa em Mato Grosso e que a pesca artesanal era sua profissão exclusiva e principal meio de subsistência até a lei entrar em vigor.
O Estado destaca ainda que tal auxílio não será pago nos meses de piracema, considerando que os beneficiários já são atendidos pela Lei Federal nº 10.779/2003.
Conforme o Governo do Estado, além do pagamento do auxílio, também será promovida a inserção dos pescadores em programas de qualificação da Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania para o turismo ecológico e pesqueiro, e de produção sustentável da aquicultura.
A lei ainda prevê a instituição de uma linha de financiamento, por meio da agência de fomento Desenvolve MT, destinada aos pescadores beneficiados com o auxílio financeiro do Transporte Zero.
As proibições previstas na lei não alcançam a pesca de subsistência para povos indígenas, originários e quilombolas, bem como a captura de peixes às margens dos rios destinada ao consumo no local, subsistência ou à compra e venda de iscas vivas que se enquadrem na legislação.
Também estão liberadas a modalidade pesque e solte, da pesca esportiva, que tem como regra a devolução do peixe ao rio, com exceção dos meses de vigência da piracema, em que todo tipo de pesca é proibido, e a modalidade pesque e pague, desde que o estabelecimento faça a emissão da nota fiscal dos peixes que serão transportados e armazenados pelo pescador.
Após o período de cinco anos, a cota permitida para transporte, armazenamento e comercialização dos peixes será regulamentada pelo Cepesca.
Estiagem deixa pecuaristas em alerta

O período tão temido pelos produtores rurais requer cuidados especiais. Mais do que apenas tratar do gado, é essencial dar atenção diferenciada ao pasto durante a seca.
Para isso, a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), alerta sobre os cuidados com o pasto e nutrição animal.
Segundo informações divulgadas pela Acrimat, durante esse período de seca, os pecuaristas enfrentam maior esforço para garantir o ganho de peso e alcançar as metas de rendimento.
Além de manter o peso dos animais, é necessário aumentá-lo. O pasto desempenha um papel fundamental nesse processo. Por isso, é primordial adotar um manejo adequado mesmo durante a seca.
Conforme o diretor técnico da Acrimat, Francisco Manzi, é essencial que o pecuarista tenha consciência disso e possa mediante estudo e acompanhamento técnico, adotar tecnologia de suplementação, para que os animais possam manter os ganhos ou até ter ganhos mais expressivos até o período de chuva.
“A nutrição é um desafio constante em todas as fases do animal, principalmente a pasto que é a realidade de Mato Grosso. No período seco que dura de quatro a seis meses no Centro Oeste, a qualidade nutricional da pastagem cai significativamente e muitas propriedades têm baixos ganhos em peso dos animais ou até perda de peso”, explica Manzi.
Existem várias formas de prevenir a escassez de pasto na época seca, muitas das quais devem ser implementadas ainda durante o período das chuvas.
Algumas delas incluem o uso de feno, irrigação e práticas de pastejo rotacionado. Outra estratégia é reservar uma área verde no início do outono para o período crítico.
Ao não pastorear essa área, o capim pode durar e ser consumido durante a fase mais difícil da seca.
Não se deve negligenciar o uso de adubo. Existem várias técnicas para manter o pasto saudável. Além de garantir a nutrição, é preciso mantê-lo em boas condições para evitar parasitas e insetos que podem prejudicar a saúde do gado.
Além disso, é recomendado o estudo de viabilidade de uma nutrição animal mais preparada, com a utilização de subprodutos da soja, milho ou algodão.
Agricultura familiar é 8ª maior produtora de alimentos do mundo

Se todos os agricultores familiares do Brasil formassem um país, seria o oitavo maior produtor de alimentos do mundo.
O dado está no Anuário Estatístico da Agricultura Familiar 2023, divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
O documento tem o objetivo de mostrar a participação da agricultura familiar no total da produção agrícola brasileira.
Os números são baseados em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A divulgação do anuário acontece na semana em que se comemora o Dia Internacional da Agricultura Familiar, dia 25 de julho, uma data criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO/ONU).
O anuário da Contag aponta que a agricultura familiar brasileira é a principal responsável pelo abastecimento do mercado interno, com produtos saudáveis e manejo sustentável dos recursos ambientais.
As propriedades de agricultura familiar somam 3,9 milhões no país, representando 77% de todos os estabelecimentos agrícolas.
Já em área ocupada, são 23% do total, o equivalente a 80,8 milhões de hectares. Para se ter uma ideia, isso é quase toda a área do estado do Mato Grosso.
Essas propriedades são responsáveis por 23% do valor bruto da produção agropecuária do país e por 67% das ocupações no campo.
São 10,1 milhões de trabalhadores na atividade. Desses, 46,6% estão no Nordeste. Em seguida aparecem o Sudeste (16,5%), Sul (16%), Norte (15,4%) e Centro-Oeste (5,5%).
Na agricultura familiar, tanto a produção de alimentos quanto a gestão da propriedade ficam, predominantemente, a cargo da família.
O presidente da Contag, Aristides Santos, defende que conhecer os números da agricultura familiar é uma forma de desenvolver a atividade.
“Além de conhecer e mostrar a importância estratégica do segmento a toda sociedade, reunir esses dados em um anuário também visa contribuir com o debate sobre o papel da agricultura familiar para o desenvolvimento do país. E a busca por valorização e reconhecimentos dos sujeitos que a compõem e suas entidades representativas”, disse.
Duas pontes devem ser feitas em trecho de duplicação da BR-163

O consórcio de empreiteiras iniciou as obras de duplicação da BR-163, entre o Posto Gil (Diamantino) e Nova Mutum, preparando o terreno onde será feita pista duplicada.
O primeiro passo é a remoção da vegetação, autorizada e licenciada pelos órgãos ambientais. Após essa etapa, inicia a fase da terraplanagem.
Como o trabalho é feito no terreno ao lado da rodovia, neste momento não há interferência no fluxo de veículos.
A duplicação deste trecho ocorre à margem da pista sentido Norte. Segundo o contrato, no primeiro ano de obras (até junho/2024) devem ser concluídos 36 km de pista nova, acostamento, canteiro central, sinalização horizontal e vertical, além da recuperação da rodovia existente. O projeto para este segmento também contempla um retorno em desnível.
Para o segundo ano de obra, está prevista a conclusão dos serviços até Mutum, construção de duas pontes (uma sobre o rio Arinos e outra sobre um afluente) e mais dois viadutos no km 572 e no km 592, já em Mutum.
Para dar celeridade à entrega da duplicação aos usuários da BR-163, a concessionária informou que fará a liberação do trecho a cada 8 km de ampliação, desviando o fluxo de veículos para a pista nova e recuperando a existente de forma simultânea.
O projeto completo prevê a duplicação de cerca de 450 km da rodovia, além da construção de 34 obras de arte especiais (pontes, trevos e viadutos), sete passarelas, recuperação da via, entre outros elementos.
Para atender a todas as demandas do TAC é previsto um investimento de R$ 7,5 bilhões em um prazo máximo de 8 anos.
Justiça embarga construção de silos em Alta Floresta

O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso (MPT-MT) obteve neste mês tutela antecipada determinando o imediato embargo da obra da empresa Madrid Engenharia e Construções Ltda. em Alta Floresta, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento da decisão.
A Justiça do Trabalho atendeu ao pedido após o MPT apresentar laudo pericial detalhado contendo imagens que comprovam a situação de grave e iminente risco à integridade física dos trabalhadores, consubstanciado na inobservância das normas regulamentadoras e da legislação vigente pertinentes à saúde e segurança do trabalho.
O embargo perdurará até que a construtora demonstre no processo que efetivamente sanou todas as irregularidades. Somente poderão ser desenvolvidas no local atividades necessárias à correção do cenário encontrado pelo MPT.
Durante esse período, os empregados continuarão recebendo salário como se estivessem em efetivo exercício.
Uma nova inspeção deverá ser realizada para que o embargo seja suspenso. A Prefeitura de Alta Floresta e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT) também serão notificados para que tomem ciência da decisão, devendo prestar informações relativas a inspeções e autuações ocorridas no local.
A inspeção in loco no canteiro de obras localizado na MT-208 constatou 21 irregularidades na construção de silos. O procurador do Trabalho Gustavo Rizzo Ricardo chamou atenção para o número de acidentes fatais envolvendo trabalhadores nesse tipo de atividade.
“É importante destacar que, infelizmente, são comuns mortes de trabalhadores da construção no interior do estado de Mato Grosso.” Ele mencionou, inclusive, um acidente ocorrido na cidade de Novo Mundo, em agosto do ano passado, que vitimou dois jovens trabalhadores, em razão da completa ausência de segurança no meio ambiente de trabalho.
Entre as irregularidades constatadas pelo MPT estão o atraso no pagamento de rescisões contratuais e o não recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Também foi detectada a ausência de documentos indispensáveis, como o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e Atestados de Saúde Ocupacional (ASOs).
Nas áreas de vivência e canteiro de obras foram identificadas diversas falhas, como precarização das instalações sanitárias e do local para realização das refeições, inadequação da acomodação de pertences, ausência de medidas de prevenção de incêndios – sequer havia extintor de incêndio e o material elétrico estava espalhado pelo chão, sem proteção –, dentre outras.
Além disso, nenhum dos empregados recebeu treinamento ou capacitação por parte da empresa, inclusive em relação ao trabalho em altura, que era realizado por vários deles, desrespeitando as disposições da Norma Regulamentadora (NR) 35.
Aumento na produção de carnes deve reduzir preços para o consumidor

O Brasil deverá produzir este ano 29,6 milhões de toneladas de carnes bovina, suína e de aves. A previsão é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, se for confirmada, será a maior produção da série histórica.
Segundo o presidente da Conab, Edegar Pretto, o aumento na produção de carnes vai refletir na redução de preços para os consumidores brasileiros.
“Mais produto no mercado significa menor preço para os consumidores. Temos expectativa de que, para aqueles que consumem carne, possivelmente vai ter um aumento da proteína animal na mesa do povo brasileiro”, disse Pretto.
O recorde é puxado pela produção de suínos, que deve chegar a 5,32 milhões de toneladas em 2023, alta de 2,7% se comparado com o ano passado. O volume é o maior registrado no país.
A produção de bovinos representa cerca de 9 milhões de toneladas, com aumento de 4,5%. O aumento já era esperado devido ao ciclo pecuário, quando há maior abate de fêmeas e uma consequente elevação na oferta de carne no mercado.
Para aves, a estimativa é de uma produção de 15,21 milhões de toneladas, alta de 2,9%. A boa produção e os registros de gripe aviária em países da Europa, Japão e Estados Unidos, por exemplo, aumentam a procura pela carne brasileira. Até o momento, o Brasil continua livre da doença na produção comercial.
Começa a colheita de uva em Santa Carmem

Uma família que cultiva uvas em Santa Carmem aproveita o plantio para o desenvolvimento regional. A produção é usada para sucos e venda como fruta no comércio local.
A família do viticultor Adão Pitch é de origem gaúcha e passou a paixão pela atividade para as futuras gerações. Mesmo não sendo tradicional, já se produz uva em diferentes municípios de Mato Grosso.
“Meu avô e meu pai eram gaúchos e vieram para cá [Mato Grosso]. Hoje é mais fácil pela tecnologia, pois antigamente se produzia uvas sem usar nada, com variedades antigas, hoje as variedades são modernas”, relembra Adão.
No início, a família passou por dificuldades, começou com meio hectare e sem apoio técnico. Tempo depois, a família buscou orientação, tanto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) quanto de projetos de estímulo à fruticultura na região e recursos do projeto "Mais alimentos" do Governo Federal.
Com variedades adaptadas à região, irrigação, os resultados melhoraram e no ano passado, foram colhidas "seis toneladas" da fruta.
Além do comércio local, as uvas vão para o programa de merenda escolar.
Em Mato Grosso a produção de uva ainda é pequena. Produtores cultivam de forma isolada, independente.
Mantêm parreirais no Sudeste, em municípios como Campo Verde, Primavera do Leste, São Pedro da Cipa, e ainda no Norte, como em Nova Mutum, Sinop e Itaúba.
Colheita de milho em MT chega a quase 92%

A colheita de milho em Mato Grosso chegou a 91,62% dos 7,4 milhões de hectares destinados ao grão.
Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as regiões Norte (99,35%) e Médio Norte (97,50%) devem encerrar os trabalhos no decorrer desta semana.
A colheita do milho teve início em meados de maio. Em decorrência ao atraso no plantio, diante da colheita tardia da soja, os trabalhos nas lavouras com o cereal ao longo das últimas 11 semanas seguiram atrasado em relação ao ciclo 2021/22.
Em 29 de julho do ano passado, a colheita do milho no estado estava em 97,95%
Em relação à média dos últimos cinco anos, conforme o Imea, também há atraso. A média histórica para o período é de 92,63%. Em relação a variação semana, traz o levantamento, o avanço foi de 7,74 pontos percentuais.
REGIÕES
Dentre as regiões, Norte, Médio Norte e Nordeste são os mais avançados com a colheita, podendo encerrar até sexta (4) os trabalhos.
No Nordeste 95,45%. Contudo, na região Sudeste as máquinas devem seguir em campo por mais alguns dias. Por lá, apenas 75,48% do milho foi retirado das lavouras.
No Noroeste 93% da área foi colhida, no Oeste 88,21% e no Centro-Sul, 84,11%.
Tempo seco traz alerta para o campo

Nos últimos (e para os próximos) dias, o padrão se repete: predomínio de tempo seco e firme em grande parte do território nacional.
Este quadro traz uma situação de alerta em relação às temperaturas muito acima da média, baixos índices de umidade e o número de dias sem chuvas.
Nos últimos 45 dias, áreas entre o norte do Paraná até o sul da região norte e Matopiba, vem registrando áreas com mais de 30 dias seguidos sem ocorrência de chuvas.
De certa forma, essa é uma condição esperada para a época do ano, mas a sequência de temperaturas muito acima da média no Brasil central traz um alerta em relação à preparação e manejo do solo para a semeadura da safra 203/24 no próximo mês.
Na região Centro-Oeste, os termômetros têm marcado temperaturas acima dos 33º. O tempo quente e seco, especialmente no Sul de Mato Grosso, pode ter marcas superiores aos 37°C.
Essa condição vem reduzindo a disponibilidade de umidade no solo e trazendo estresse térmico e hídrico para o milho e trigo plantado no final da janela de plantio.
Municípios podem perder 40% do território

Um estudo para a demarcação de uma nova área indígena de 362.243 hectares, aprovado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), na última semana, irá afetar Santa Cruz do Xingu e Vila Rica.
Entidades do setor produtivo, Governo do Estado e bancada federal estão se reunindo para buscar medidas que impeçam a expropriação de propriedades rurais.
Somente em Santa Cruz do Xingu serão impactados 218 mil hectares, ou seja, mais da metade da nova área indígena deverá vir do município mato-grossense.
O documento de Identificação e Delimitação da Terra Indígena (TI) Kapôt Nhĩnore é o primeiro passo para a demarcação do território, que pode causar a expropriação de 201 propriedades rurais entre Mato Grosso e o Pará.
A aprovação do estudo ocorreu durante o evento ‘Chamado Raoni’, convocado pelo Cacique Raoni Metuktire na Aldeia Piaraçu, com a presença de lideranças indígenas de todo o país e autoridades.
Conforme a Funai, nos próximos 90 dias, o estudo estará aberto para possíveis contestações tendo em vista que a maior parte do território é ocupado por áreas produtivas.
Ontem (2), representantes do setor produtivo de MT e os prefeitos estiveram com o governador Mauro Mendes e representantes da bancada federal. O intuito da reunião foi encontrar estratégias que possam reverter a decisão da Funai.
“É mais uma notícia ruim para o setor, que aumenta ainda mais a insegurança no campo. O produtor está tendo que se virar, se defender. E se não conseguir se defender no prazo e não acharem uma alternativa, esse decreto vai para a Presidência da República assinar e essas terras serão expropriadas, quer dizer, retiradas das mãos dos produtores, que estão lá há mais de 20, 30, 40 anos”, diz o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro Filho.
Conforme o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, a situação é preocupante. Para ele a decisão da Funai com o estudo aprovado pode ser o “início de algumas demarcações que possam vir”.
Tomain salienta que em conversa com o governador Mauro Mendes na terça (1º) foi pontuado que o Poder Executivo do estado está atento a questão e que medidas estão sendo tomadas.
“Nós, como federação, já estamos elaborando estudos relativos aos impactos que possam surgir, não só naquela região, mas para o estado também. Infelizmente, o governo federal tem deixado acontecer essas situações”.
ÁREA SAGRADA...
O local delimitado é uma área considerada sagrada para o povo kayapó, uma vez que abriga a aldeia onde o cacique Raoni nasceu.
Os povos originários reivindicam o território desde 1980, segundo os registros de processos que envolvem as demarcações das terras indígenas.
Santa Cruz do Xingu, de acordo com a prefeita Joraildes Soares de Sousa, será atingida em mais de 40% caso haja a criação da nova área indígena.
“São 218 mil hectares que serão atingidos. Está pegando alguns pequenos produtores de assentamentos e muitos produtores. Isso arrebenta com o município. A população está abalada. Santa Cruz nunca teve área indígena”.
Segundo o prefeito de Vila Rica, Abimael Borges da Silveira, uma das primeiras coisas que tem que acontecer é o marco temporal.
“O município entrará com medidas cautelares para que se tenha mais tempo para absorver isso, até para nos defendermos”.
Silagem: eficiência no embolsamento gera várias vantagens aos pecuaristas

A produção de silagem é uma atividade estratégica e importante na produção pecuária, afinal, por meio dela os produtores conseguem garantir a oferta de alimentos para o rebanho nos períodos mais críticos do ano sem comprometer a produção de carne ou leite. Contudo, o sistema tradicional como é feito hoje em diversas propriedades rurais, além de complexo, exige muita mão de obra.
Para tornar esse processo ainda mais rápido, simples e altamente eficiente, uma solução é o sistema de embolsamento que ganha força no campo por simplificar o processo. O mais recente lançamento neste mercado está sendo apresentado pela Marcher Brasil, empresa que atua no desenvolvimento de soluções para armazenagem, com a Ingrain910, a primeira embolsadora de silagem nacional autopropelida.
O equipamento inclusive será um dos destaques e poderá ser visto de perto pela classe produtora durante o Agroleite, que acontece de 8 a 11 de agosto, em Castro/PR.
Segundo o engenheiro mecânico e supervisor de produtos da empresa, Nelson Luz, este lançamento foi pensado para os médios e grandes produtores, por ser de alta produtividade, uma excelente opção para as indústrias, cooperativas, cerealistas e prestadores de serviço.
“A Ingrain910 foi desenvolvida para clientes que têm demanda de produção de silagem muito alta, por isso o Agroleite, que é a principal vitrine tecnológica da cadeia leiteira, é uma oportunidade única para mostrarmos o potencial deste equipamento”, diz.
Com capacidade de armazenamento de 150 toneladas por hora, o lançamento está preparado para atender demandas de silo-bolsa de 9 e 10 pés. A novidade conta com a motorização própria a diesel que alimenta todo o sistema de transmissão, realizando assim o trabalho praticamente sozinha, com a necessidade de apenas um operador realizando a tarefa de embolsamento, tornando a operação segura, versátil e eficiente.
O abastecimento da Ingrain910 é realizado diretamente através do caminhão basculante, facilitando a logística no campo. “O produtor vai utilizar o trator apenas para deslocamento do equipamento do barracão até o local do trabalho, o restante ela é autossuficiente, afinal, a proposta da nossa marca é facilitar”, afirma o engenheiro mecânico.
Produção de alimentos orgânicos ganha destaque no Nortão

A região Norte de Mato Grosso está se destacando pela produção de alimentos orgânicos.
Um exemplo disso é uma pequena propriedade rural próxima a Alta Floresta, que faz parte de uma rede de produção de orgânicos na parte amazônica do estado. O sítio tem 5 hectares e é gerenciado por Adeildo Sopeletto.
A Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-Grossense (Repoama), na comunidade de Guadalupe, reúne 13 organizações comunitárias de pequenos produtores em sete municípios da região.
A história do agricultor começou em 1986 quando veio para Mato Grosso, trabalhou em fazendas de gado e em 2001 adquiriu sua área própria. Nela, realizou o sonho de construir um cafezal.
O diferencial na propriedade é o café orgânico sombreado. Nada de adubação química, e diversas árvores no meio e ao lado da plantação.
“Nossa adubação acontece de forma orgânica. Usamos biofertilizantes, pelo biodigestor, e a limpeza é feita na roçadeira. Roçamos umas 3 vezes por ano para dar a palhada e é dela que conseguimos folhas de árvores e madeira”, explica.
Como protocolo para produção orgânica, ao redor do cafezal de um hectare, foi plantada uma barreira natural com capim-açu.
A medida ajuda a evitar contaminação de fora, derivadas de herbicidas e demais químicos que possam ser aplicados na vizinhança.
O café colhido na propriedade é secado, descascado, torrado e moído no sítio. Desse jeito, sai pronto, ao gosto do cliente.
A propriedade ainda reserva espaço para um hectare de pasto, que foi dividido em piquetes e com cerca elétrica. No local, ele mantém quatro vacas para a produção de leite e todo o resíduo dos animais, vai para o biodigestor.
O gás metano, resultado da decomposição da matéria orgânica, é canalizado para a cozinha e contribui para reduzir os custos da família. Já o biofertilizante, vai para o cafezal.
As boas práticas na propriedade foram decisivas para a participação dele em um grupo de agricultores, o qual tem o objetivo de produzir orgânicos.
A rede Repoama foi criada a partir da iniciativa do Instituto Centro de Vida (ICV).
O destino correto de resíduos domésticos, é obrigatório para certificar a propriedade como orgânica. Nela foi construída uma fossa séptica biodigestora. E o que sobra do processo é biofertilizante.
Indígenas ganham R$ 10 milhões por ano com lavoura e pedágio

No Oeste de Mato Grosso, um grupo de cerca de 3 mil indígenas levanta cerca de R$ 10 milhões por ano plantando soja, milho e feijão e cobrando pedágio de veículos que atravessam por estrada asfaltada de sua reserva.
A área é a Utiariti, localizada entre Sapezal e Campo Novo do Parecis, 3ª e 4ª cidade, respectivamente, que mais produzem grãos no Brasil.
Sem licença do Ibama, mas com apoio velado da Funai, os indígenas moram em 86 aldeias e desenvolvem as lavouras em uma área de 17 mil hectares, que correspondem a cerca de 1,5% da reserva total, de 1,2 milhão de hectares entre os rios Verde e Papagaio.
Antes dos anos 1980, a terra era maior. Mas fazendeiros locais foram invadindo a reserva até que os indígenas conseguiram estabelecer os dois rios como limites para a área — e não tiveram muitos problemas desde então.
Segundo Arnaldo Zunizakae, 51, filho de um cacique e responsável pela produção agrícola em uma das quatro cooperativas da reserva, tanto o dinheiro levantado na produção quanto os valores dos pedágios (de R$ 10 para motos até R$ 50 para carretas) são distribuídos igualitariamente entre os indígenas, numa média de R$ 3.330 por ano.
Os indígenas também cultivam pequenas lavouras e têm criações de animais para a subsistência nas aldeias. Além dos parecis, a terra abriga outras etnias, como os nambiquara e os manoki.
O uso comercial da reserva Utiariti começou no início do governo Lula 1, em 2003, sem licenciamento do Ibama, numa época em que a legislação ambiental não era tão rígida.
“Decidimos que era o certo a fazer e fizemos. Antes de começarmos a produzir, tínhamos vários problemas de desnutrição nas aldeias, com a morte prematura de crianças”, diz Zunizakae.
Nos últimos anos, os indígenas vêm pressionando para obter um licenciamento ambiental formal e concordaram com uma série de obrigações.
Entre elas, assinaram, com a intermediação do Ministério Público, um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que os impede, por exemplo, de plantar produtos transgênicos na área.
“É uma obrigação, mas a verdade é que a soja convencional requer mais defensivos agrícolas do que a transgênica”, diz Zunizakae.
O fato de as terras das reservas pertencerem à União também impede que os indígenas consigam financiamentos bancários regulares para produzir, já que não têm como oferecer a propriedade como garantia nos empréstimos. A saída tem sido assinar contratos de financiamento penhorando parte da safra.
Para auxiliar os produtores indígenas, além de outros no estado, o Governo do Estado trabalha na criação de um fundo em que depositaria R$ 200 milhões para servir de garantia a tomadores de financiamentos, cujos valores podem chegar a R$ 2 bilhões.
Matupá, a mais nova casa da Síntese AgroScience
Mato Grosso é o celeiro do Brasil. É daqui que saem as maiores safras de grãos e plumas do país, graças seu agronegócio forte, bem estruturado e altamente sustentável financeira e ambientalmente falando. E Matupá município localizado na região Norte do estado, é uma das fronteiras agrícolas que mais se desenvolvem em termos de aumento de área plantada e de produtividade, principalmente de soja e milho, transformando a realidade de uma enorme região.
E foram essas características que fizeram com que a Síntese AgroScience escolhesse a cidade para implantar a sua quinta filial no estado. Fundada em Maringá (PR), a Síntese AgroScience é uma empresa genuinamente nacional, que conta com uma equipe técnica altamente qualificada, oferecendo o que há de melhor e produtos e em assistência técnica.
“A vinda para Matupá foi justamente para trazer mais um ponto de apoio, trazer um ‘braço’ da Síntese para a região de modo que a gente consiga ter uma logística diferenciada, atender o cliente com os produtos na hora necessária, na hora em que o produtor necessita utilizá-lo”, ressaltou o gerente comercial Carlos Augusto Corniani.
Presente em nove municípios espalhados por cinco estados brasileiros, a Síntese AgroScience oferece o que há de melhor na linha de adjuvantes, nutrientes e biológicos, sempre focada na busca por resultados de excelência. “Trabalhamos com três linhas principais, que seriam a de tecnologia de aplicação; produtos biológicos, tanto para tratamento de sementes quanto no decorrer da cultura, para nematicida, fungicidas, bem como produtos para hemípteras, como a cigarrinhas, que é um problema bem recorrente aqui na região; e também trabalhamos com a linha nutricional”, explica o coordenador técnico João Ricardo.
A proximidade com os produtores, a responsabilidade e o comprometimento da empresa, de acordo com o consultor técnico, Charles Baungarten, agrada os agricultores de Matupá e região, que sabem que podem contar com produtos de qualidade e um atendimento eficiente no momento exato.
“A receptividade está sendo muito boa”, ressalta o consultor. “Eles estão felizes pela empresa ter resolvido investir aqui, em querer crescer aqui na região, que é próspera e onde estão sendo abertas muitas áreas novas”, observou. “É uma opção a mais para eles de produto e de assistência técnica”, completou.
Além da qualidade dos produtos ofertados, outro diferencial da Síntese AgroScience é que a empresa tem fabricação própria, permitindo assim que as vendas sejam feitas diretamente para o produtor, possibilitando a redução dos custos. Outra vantagem proporcionada pela abertura da filial em Matupá, e a proximidade com as áreas produtoras, o que garante um atendimento diferenciado, uma assistência técnica de excelência e a disponibilidade dos produtos em estoque. “Nosso propósito é estarmos com o cliente no dia-a-dia”, frisou o gerente comercial Carlos Augusto Corniani.
Nilton Cardoso é produtor rural em Matupá e destaca que a região é produtiva e está em pleno desenvolvimento. “E essa empresa é por mim muito bem-vinda”, disse ele. Também produtor rural em Novo Mundo, Luiz Hamilton aponta que a chegada da Síntese AgroScience representa mais tecnologia e, consequentemente, mais desenvolvimento para a região.
Quem produz precisa contar com parceiros como a Síntese AgroScience, que trabalha na busca de resultados calcados na qualidade dos seus produtos. O agro é o motor que move o Brasil, e a Síntese AgroScience tem orgulho de ser uma de suas engrenagens.
Setores ferroviários estão de olho na Ferrogrão

Diante da expectativa da retomada de investimentos do governo no transporte sobre trilhos, fabricantes do setor ferroviário estão animados com a volta dos pedidos.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), Vicente Abate, o ambiente é favorável para o novo plano nacional de ferrovias, que está sendo preparado pelo Ministério dos Transportes e deverá dobrar a participação do segmento até 2035.
“O governo pretende retomar os projetos de ferrovias e será possível ampliar participação do setor, de quase 20%, para 40% até 2035”, destaca Abate.
O plano de ferrovias deverá ser anunciado depois do lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), aguardado para a próxima sexta (11), prevendo todos os movimentos, como renovações e leilões.
“O Brasil tem 30 mil km de trilhos, dos quais 10 mil km são utilizados, outros 10 mil km subutilizados e 10 mil km totalmente ociosos", lamenta.
Vicente Abate cita como exemplos a Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), o projeto da Nova Ferroeste, de 1,6 mil km que liga o porto de Paranaguá ao Mato Grosso do Sul — que deverá ser leiloado pelo governo do Paraná — e a possibilidade da Ferrogrão entrar no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A Ferrogrão prevê uma linha ferroviária de Sinop a Itaituba/PA, e é um projeto considerado fundamental para alcançar o objetivo de avançar no transporte de trilhos na próxima década.
Os 933 km de trilhos, que fazem parte do projeto, foram pensados para interligar a ferrovia com hidrovias que levam aos portos de Miritituba e de Santana/AP, e a partir daí, permitirão exportações com muito mais eficiência até a América Central, do Norte e a Ásia, levando a uma economia de bilhões de reais.
QUESTÃO AMBIENTAL
No entanto, existem entraves ambientais em razão da eventual redução dos limites do Parque Nacional de Guaraxaim, além da passagem da malha por reservas indígenas e localidades onde estão povos tradicionais isolados, ou seja, que nunca tiveram contato com o homem branco.
Estes problemas fazem o governo refletir sobre incluir a Ferrogrão no PAC e como avançar na proposta para dobrar a malha ferroviária utilizável.
Além disso, ao longo dos próximos 12 anos, existe a necessidade de manter em operação a malha atual, para completar com as novas ações.
O economista Claudio Frischtak, presidente da consultoria InterB, destaca que, historicamente, o Brasil investe abaixo do necessário para preservar a infraestrutura das ferrovias.
“O país precisa investir para melhorar a qualidade e quantidade de interconexões, porque a conectividade é historicamente baixa no país”, afirma.
Segundo ele, mesmo com o aumento do espaço fiscal para investimentos no setor previstos na PEC da Transição, o volume ainda é “potencialmente efêmero” para uma modernização, que precisará estar baseada nos investimentos privados.
INVESTIMENTOS
Conforme dados da InterB, em 2022, foi investido no setor 1,86% do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, totalizando R$ 158,4 bilhões, sendo R$ 105,6 bilhões desse total, provenientes da iniciativa privada.
A média de investimentos do setor entre 2019 e 2022 respondeu por R$ 47,8 bilhões e 18% desse montante (R$ 8,6 bilhões) foram destinados ao transporte ferroviário, sendo R$ 8,1 bilhões de investimentos privados.
Em transportes, a previsão de investimentos é de R$ 67,5 bilhões, dado 11% acima dos R$ 60,7 bilhões registrados em de 2022. E, desse montante, R$ 8 bilhões serão para ferrovias.
Inpasa vai investir R$ 1,2 bi em unidade no MS

O grupo Inpasa anunciou o lançamento de mais uma indústria no Brasil, em Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul. Para isso, a companhia pretende investir R$ 1,2 bilhão.
A planta será a sexta do grupo, com matriz no Paraguai. A previsão é que a indústria entre em funcionamento no segundo semestre de 2024.
A Inpasa nasceu no Paraguai em 2007 e, desde 2018, passou a atuar no Brasil. Hoje, a empresa conta com duas unidades no Paraguai e três no Brasil: Sinop e Nova Mutum, em Mato Grosso, e Dourados, no Mato Grosso do Sul.
Serão gerados mais de 2 mil empregos no período de obras, além de cerca de 400 novos postos de trabalho efetivos, a partir do funcionamento da planta previsto para o segundo trimestre de 2024.
Hoje, são processadas 7,5 milhões de toneladas de milho ao ano, que geram uma produção de 3,5 bilhões de litros de etanol, além de 1,8 milhão de toneladas de DDGs, 180 mil toneladas de Oil Premium e 1.417 GWH de energia elétrica.
Além do milho, a indústria também deverá trabalhar com a transformação do sorgo em biocombustível, verticalizando ainda mais o mercado das commodities.
Assim como nas demais plantas do grupo, a unidade iniciou as obras com perspectiva de ampliação. Para a construção, a Inpasa contou com a política de incentivo do Governo do Estado.
“Nossa nova planta vem ao encontro com a otimização do potencial agrícola brasileiro, fomentando cada vez mais o aumento da produção por unidade de área, potencializando alternativas de cultivo de segunda e terceira safra, transformando e verticalizando a matéria-prima em fonte de energia limpa e renovável, criando um círculo virtuoso de geração de empregos e renda na cadeia produtiva”, afirma o vice-presidente da Inpasa, Rafael Augusto Ranzolin.
MT terá safra recorde, acima das 100 milhões de toneladas

Uma nova estimativa divulgada pela Companhia Nacional De Abastecimento (Conab) prevê que Mato Grosso terá, pela primeira vez, uma safra de 100,8 milhões de toneladas de grãos. Essa quantidade de grãos foi o que o país todo colheu na safra 2020/2021.
A safra nacional também será recorde, com estimativa de mais de 320 milhões de toneladas de grãos. A maior parte da produção virá de plantações de soja, com 45,6 milhões de toneladas.
Além da soja, o milho, o cereal sorgo e o algodão também são destaques na agricultura do estado. A previsão é de um crescimento de 21% em relação à safra passada, com três milhões de toneladas de algodão em pluma no território brasileiro e mais de dois milhões de toneladas colhidas em Mato Grosso.
Segundo o gerente de acompanhamento de safras, Fabiano Vasconcelos, as condições climáticas deste ano favoreceram o número recorde.
“Tivemos um aumento de área e condições climáticas que favorecem o rendimento dessas lavouras, possibilitando uma produção recorde principalmente nas safras de milho e algodão”, comenta. Os dados da CONAB apontam, ainda, um aumento na produção de outras culturas, como o gergelim.
Inteligência territorial e hídrica da agricultura irrigada: estudo será realizado em MT

A produção agrícola irrigada em Mato Grosso poderá ganhar novos capítulos em breve.
Um termo de fomento para a realização de um estudo sobre a inteligência territorial e hídrica da agricultura irrigada no estado foi assinado nesta semana entre a Instituto Mato-Grossense do Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação (Imafir-MT) e o governo de Mato Grosso.
O termo de cooperação é considerado um marco para a produção agrícola no estado. Conforme o presidente da presidente da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT), Otávio Palmeira, o estudo possibilitará o aumento da capacidade de produção sem a abertura de novas áreas utilizando apenas a irrigação.
“Este termo de fomento promoverá um estudo técnico que será realizado por meio do Imafir e seus parceiros (Universidade de Viçosa - UFV) e a Universidade de Nebraska, que farão um levantamento técnico das águas subterrâneas e superficiais de Mato Grosso”, pontua Palmeira.
Diante dos reflexos com a alteração do regime de chuvas nos últimos anos e estiagem, o governador Mauro Mendes destacou durante a assinatura do termo de cooperação a necessidade de “urgência” para a realização do estudo.
“Queremos que esse estudo seja executado o mais rápido possível. Temos uma clara perspectiva de mudança no regime de chuvas, e a ciência confirma essa situação. Estamos em um cenário no qual precisamos conhecer nossas potencialidades na irrigação, avançar e nos mantermos na liderança da produção de grãos”.
Mato Grosso conta hoje com 180 mil hectares de área com produção irrigada e um potencial de ampliação que pode chegar a 4 milhões de hectares.
O estado dispõe de três unidades hidrográficas principais. A região Hidrográfica do Paraguai abrangendo 19,6% da superfície estadual, a região Hidrográfica Amazônica com 65,7% do território e a região Tocantins Araguaia com 14,7% da superfície.
Campo Novo do Parecis ganha moderno centro de distribuição de sementes

Campo Novo do Parecis vai contar com um moderno centro de distribuição (CD) de sementes, que atenderá toda a região Médio Norte e Oeste, cujas instalações equipadas representam o que há de mais atual na tecnologia de armazenamento.
O CD fica localizado às margens da MT-235, Km 04, e possui 3.998 m² com capacidade para armazenar 230 mil sacos de sementes.
Segundo o gerente comercial da Petrovina Sementes, Eduardo Zago, o objetivo da instalação deste centro de distribuição na região visa o melhor atendimento a seus clientes e rapidez no processo de recebimento dos lotes de sementes na fazenda.
“A região do Parecis, com certeza ganha mais qualidade no serviço ofertado pela Petrovina com mais este espaço de trabalho. Esperamos com isso dar mais segurança ainda aos nossos clientes, para que realmente no momento que ele precisar plantar, ter as sementes a sua disposição, com a maior qualidade e agilidade saindo diretamente do armazém resfriado até o campo”, explicou.
A automação também está presente na movimentação interna com pontes rolantes, que foram desenvolvidas por especialistas e com tecnologias exclusivas, o que possibilita, segundo Zago, o carregamento rápido e com acesso a qualquer lote de sementes dentro do armazém.
“O CD vai proporcionar a agilidade na entrega da semente aos clientes, e possibilita o uso também de tratamento industrial com produtos de maior eficácia do mercado. Um complexo totalmente climatizado com estruturas de última geração, controle moderno da temperatura e da umidade relativa, o que ajuda a manter na semente o seu maior potencial de qualidade”, destacou.
A estrutura altamente tecnológica e inovadora, contará com um sistema de refrigeração mais moderno atualmente, com monitoramento e controle remoto da temperatura e umidade, o que assegura um ambiente ideal para a conservação de uma semente de qualidade.
Outro diferencial do CD em Campo Novo será a saída das sementes já tratadas direto para o campo, pois além de armazenar, o complexo conta também com um sistema moderno e autônomo de Tratamento de Sementes Industrial (TSI), como explica o gerente executivo, Márcio Paz.
“Teremos um TSI totalmente automatizado, com oito bombas de aplicação automática, sem a necessidade de efetuar o processo de calda. É um sistema que não provoca danos mecânicos, pois não há elevador no processo, com a alimentação do equipamento por meio de talha, em ponte rolante colocando a semente em cima e retiramos embaixo tratada sem uso de elevador”, detalhou.
A soma de tecnologia e inovação trará desenvolvimento, empregos e ganho de potencial logístico para a cidade de Campo Novo do Parecis, além de otimizar o carregamento e transporte, trazendo ainda mais agilidade, capacidade de armazenamento, comodidade e qualidade para o produtor.
Além dos armazéns localizados em Pedra Preta, mais precisamente na região da Serra da Petrovina, a empresa conta também com CD em Lucas do Rio Verde.
Aberto o prazo para entrega da DITR

Começou nesta semana o prazo para envio da Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (DITR) de 2023.
O tributo deve ser pago por pessoas física ou jurídica que possuam, a qualquer título, imóvel rural. A declaração deve ser entregue até as 22h59min59s (MT) do dia 29 de setembro.
A DITR deve ser enviada por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR (Programa ITR 2023), disponível no site da Receita Federal.
O Ministério da Fazenda informa que o programa Receitanet pode ser usado para a transmissão da declaração.
De acordo com a Instrução Normativa nº 2.151 da Receita Federal, está prevista multa de R$ 50 (mínimo) ou 1% ao mês-calendário calculado sobre o total do imposto devido em caso de atraso.
“O valor mínimo do imposto é R$ 10. Valores inferiores a R$ 100 devem ser pagos em quota única até o dia 29 de setembro de 2023. Valor superior a R$ 100 pode ser pago em até quatro quotas, mas cada quota deve ter valor igual ou superior a R$ 50”, informa a Receita.
A primeira parcela deverá ser paga até 29 de setembro. As demais, até o último dia útil de cada mês, e serão acrescidas de juros Selic mais 1%.
Mais detalhes sobre possíveis formas de pagamento do ITR podem ser obtidas no site da Receita Federal.
Acordo ecológico na Europa pode prejudicar sojicultor da América do Sul

Os países da América do Sul que são os maiores produtores de soja estão insatisfeitos com o Pacto Ecológico Europeu, chamado de Green Deal.
A afirmação é do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore, após participar de um evento na Argentina, que reuniu representantes do setor de diversas partes do mundo.
O Acordo Verde Europeu ou Pacto Ecológico Europeu (European Green Deal) trata-se de um conjunto de políticas e estratégias articulado pela Comissão Europeia e entre os principais objetivos do projeto está a redução, até 2030, de pelo menos 55% das emissões de gases de efeito estufa e chega à neutralidade climática até 2050.
Tal pacto, conforme especialistas, pode impactar países de outros continentes. A agropecuária brasileira, por exemplo, pode ver sua competitividade no cenário internacional afetada.
A situação foi um dos pontos debatidos em Rosário, na Argentina, na semana passada durante a 25ª edição do Diálogo Internacional dos Produtores de Oleaginosas.
Segundo Cadore, a Europa não pode se colocar como um continente que preserva penalizando os produtores sul-americanos.
“Por unanimidade, principalmente dos países produtores de soja da América do Sul, se colocaram contrários que um país proponha um acordo que fere a legislação. [Os europeus] já começam o acordo ferindo os tratados comerciais internacionais”.
Durante o evento na Argentina assuntos que envolvem ciência e inovação, liberação comercial, preocupação com a falta de disponibilidade de insumos, entre outros, foram debatidos pelos países produtores do grão.
O evento, conforme Fernando Cadore, é considerado uma oportunidade para o setor produtivo ter uma discussão no cenário macro, uma vez que envolve diversos atores do mundo todo.
“Essa troca de experiência é válida porque podemos pegar alguma ideia ou sugestão e trazermos para nosso trabalho em Mato Grosso”, avalia Cadore.
Caminhoneiros agora poderão trafegar à noite pela BR-163

Em breve, será possível encontrar um caminhoneiro do setor de agronegócio trafegando à noite pela BR-163, entre Itiquira e Sinop.
Isso graças ao Plano Safra em Movimento, lançado pela Nova Rota do Oeste para minimizar o impacto das obras realizadas na pista durante o escoamento do milho.
De acordo com a concessionária, o transportador que atua junto à cadeia produtiva do agronegócio (soja, milho, etc) já pode requerer a Autorização Especial de Tráfego (AET) de Trânsito Noturno para circular das 3h às 22h, especificamente no trecho citado acima.
A flexibilização de horário para veículos de carga junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) faz parte do plano.
A medida é válida estritamente para o trecho de 850,9 km da BR-163, sob a responsabilidade da concessionária, onde há oferta de atendimento 24 horas aos usuários, com uma base operacional instalada a cada 50 km e todo um aparato que reforça a segurança viária.
Além disso, os parâmetros exigidos pela Resolução do Contran nº 882/21, que regulamenta o trânsito noturno, foram atendidos.
Segundo a Nova Rota, a flexibilização de tráfego, em caráter experimental, terá duração de 6 meses. Ao final do período, será apresentado ao DNIT uma análise de resultados para avaliar se haverá continuidade do trânsito noturno.
O horário ampliado de circulação para carretas e caminhões foi estipulado com base em dados da Nova Rota do Oeste referentes ao fluxo e ocorrências registradas na rodovia.
De acordo com a empresa, a AET para Trânsito Noturno não suspende as determinações da Lei 13.103/2015, que regulamenta o descanso periódico dos motoristas profissionais.
As negociações para a ampliação do horário de tráfego na BR-163, em Mato Grosso, tiveram início com o envolvimento do Governo do Estado, que solicitou ao Ministério dos Transportes, por meio do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), orientações sobre como atuar positivamente no fluxo de veículos durante esse período de obras intensas no trecho sob concessão da Nova Rota do Oeste.
Após esse contato, o DNIT – responsável pela liberação das AETs – passou a tratar o assunto com a concessionária, chegando ao modelo que será aplicado no segmento rodoviário.
Conforme o acordado, ao receber a solicitação de AET de Trânsito Noturno, o DNIT fará uma consulta à Nova Rota do Oeste sobre a autorização e, mediante a resposta da Concessionária, o órgão federal comunicará o transportador se o veículo/frota está ou não autorizado a percorrer das 3h às 22h, especificamente na BR-163, de Itiquira a Sinop.
Caberá à concessionária a atribuição de informar o período de validade da autorização que não pode ser superior a 1 ano.
Intenção de confinamento sobe 28,89% em MT

O interesse em engordar animais no cocho aumentou em Mato Grosso. É o que revela o segundo levantamento das intenções de confinamento, realizado pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A perspectiva é que sejam confinados 618.360 bovinos este ano, 28,89% a mais que o volume apontado em abril. Apesar do aumento com relação ao primeiro levantamento, o montante ainda está abaixo do observado no último ano.
Ele é 4,47% menor que o estimado na pesquisa de julho de 2022 e 12,20% inferior ao consolidado naquele ano, quando 647.267 bovinos foram confinados ao todo.
A pesquisa contou com a participação de 104 confinadores do estado, dos quais 78,85% afirmaram que vão confirmar animais em 2023.
Esse número representa um aumento de 17,8 pontos percentuais se comparado com o resultado de abril de 2023.
Em contrapartida, o número de confinadores que haviam optado por não confinar reduziu 17,25 pontos percentuais na mesma comparação, fechando em 15,38% nesse levantamento.
O preço do boi gordo ainda é o principal fator de preocupação na tomada de decisão entre pecuaristas e lideranças do setor, sendo apontado por 76,92% dos participantes. Isso devido a intensa desvalorização do animal no último ano.
O boi gordo à vista passou de R$ 286,65 a arroba em julho de 2022 para R$ 212,35 em julho de 2023, o que representa uma expressiva queda de 25,92% para o período, de maneira que o pecuarista chegou a receber R$ 74,30 a menos por arroba de boi gordo vendida.
INSUMOS IMPACTAM
Mesmo com a redução no valor da venda do boi gordo, a desvalorização acentuada do milho favoreceu o poder de compra do pecuarista, deixando a relação de troca entre boi gordo e milho em 6,44 sacas por arroba em julho de 2023. Isso também reduziu o valor da diária confinada, que ficou em R$ 14,75 na média do estado.
O percentual de animais já garantidos ficou em 91,22%, aumento de 45,92 pontos percentuais em relação ao último levantamento. Reflexo da maior certeza dos confinadores em realizar a terminação intensiva.
A previsão de entrega dos bovinos confinados para as indústrias deve se concentrar entre os meses de julho e novembro de 2023.
Com 71,08% do total dos bovinos sendo abatidos nestes meses, com destaque para setembro (14,65%) e novembro (14,61%).
Sinop sediará mutirão ambiental para regularização do CAR

Sinop sediará, de 22 a 25 de agosto, o mutirão do Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente vão realizar atendimentos e tirar dúvidas sobre o registro de suas propriedades no Simcar (Sistema Mato-Grossense de Cadastro Ambiental Rural).
O mutirão será no Sindicato Rural de Sinop, das 8h às 14h. Para participar o produtor precisa fazer um cadastro antecipado, por meio de um link disponibilizado pela organização.
O mutirão foi definido na última semana, em reunião promovida pelo Sindicato Rural de Sinop e que contou com representantes de sete municípios da região e com a secretária adjunta da SEMA, Luciana Bertinatto.
“Ficou definido que no dia 22, às 8h, no auditório do Sindicato Rural, acontecerá uma grande reunião com produtores e lideranças da região e, nos dias posteriores, serão feitos atendimentos caso a caso”, explicou o presidente do Sindicato Rural, Ilso Redivo.
A ação, que está sendo desenvolvida pelo Sindicato Rural de Sinop, juntamente com a Famato, Acrimat, Aprosoja e as prefeituras de Sinop, Santa Carmem, Vera, Feliz Natal, Cláudia, Marcelândia e União do Sul, além das Câmaras Municipais, Assembleia Legislativa e Secretaria de Estado de Meio Ambiente, proporcionará um importante momento para resolver pendências de muitas propriedades rurais da região Norte do Estado.
Autorizado plantio excepcional de soja a partir de 1º de setembro

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) autorizou o cultivo excepcional de produção comercial de soja em Mato Grosso a partir de 1º de setembro. A medida visa mitigar o risco climático na cultura de algodão segunda safra.
A autorização foi expedida pelo Mapa após solicitação de cultivo excepcional de soja no estado por parte da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa).
O calendário de semeadura da soja 2023/24 em MT vai de 16 de setembro a 24 de dezembro. O período consta na Portaria nº 840 que estabelece os calendários de semeadura da oleaginosa, publicado no dia 11 de julho pelo Mapa.
O plantio a partir de 1º de setembro ocorreria ainda durante o período de vigência do vazio sanitário estabelecido no estado, que é de 15 de junho a 15 de setembro.
O diretor-executivo da Ampa, Décio Tocantins, explica que o pedido ao Mapa atende a uma demanda do produtor de algodão mato-grossense que produz soja em primeira safra.
Segundo ele, as projeções climáticas atuais indicam chuvas para o início de setembro, o que possibilitaria a semeadura da oleaginosa.
“Agimos com a perspectiva de mitigarmos esse risco climático na cultura do algodão, como exemplo um eventual corte das águas em final de março e começo de abril. Aliás esse fato infelizmente ocorreu no ano de 2022, reduzindo drasticamente as produtividades do algodão mato-grossense nas suas diversas regiões de plantio”, pontua Tocantins.
A autorização foi dada pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Mapa.
Conforme a autorização, o produtor que desejar antecipar o plantio da oleaginosa deverá fazer uma solicitação junto à Superintendência Federal de Agricultura do Mapa em Mato Grosso (SFA-MT).
Preços caem, mas exportação de soja cresce em MT

As exportações de soja em Mato Grosso somaram 24,65 milhões de toneladas em 2023.
Apesar do volume ser considerado recorde, a queda do preço médio pago pelo grão nos últimos meses tem chamado a atenção.
Em julho o valor médio dos envios da oleaginosa fechou em US$ 489,50 a tonelada.
O volume de soja produzida em Mato Grosso embarcado entre janeiro e julho deste ano supera as 22,08 milhões de toneladas do período em 2022.
É o que aponta a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em julho foram enviadas para o exterior 2,26 milhões de toneladas, acima das 1,62 milhão de toneladas do mês em 2022, contudo abaixo das 4,67 milhões de toneladas de junho.
De acordo com o Imea, o escoamento de julho se caracteriza como o segundo maior observado na série histórica para o mês.
Além disso, o incremento de 40% frente a julho de 2022 é justificado “pela produção volumosa no estado e a necessidade de abrir espaço nos armazéns”.
“Por outro lado, apesar do volume expressivo de embarques até o momento em 2023, o que chama a atenção é a constante queda no valor médio pago pela soja em MT. Para se ter uma ideia, em julho de 2023 o valor médio dos envios fechou em US$ 489,50 a tonelada, queda de 0,85% em relação ao mês passado e 21,76% ante o mesmo período de 2022, pautada pelo “derretimento” no preço da soja”.
As 24,65 milhões de toneladas de soja exportadas por Mato Grosso tiveram 37 países como destino em 2023, conforme a Secex. Três países a mais que em 2022.
Somente para a China 14,60 milhões de toneladas de soja foram enviadas, seguido de 1,2 milhão de toneladas para a Espanha e 1,1 milhão de toneladas para o México.
A Argentina, em decorrência aos problemas climáticos enfrentados nesta safra, adquiriu 1,037 milhão de toneladas de soja mato-grossense. A Turquia é o quinto maior consumidor com 742,8 mil toneladas.
O Imea destaca ainda que “espera-se que em agosto de 2023 os envios do estado permaneçam aquecidos, devido à maior competitividade da oleaginosa no mercado internacional”.
Produtores rurais adotam método que maximiza área de cultivo

Na última semana, produtores rurais de Lucas do Rio Verde aprenderam a fazer a horta do tipo mandala e ainda orgânica.
O ensinamento foi repassado no curso de Olericultura Orgânica ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) e Sindicato Rural.
A área total de cultivo ficou em 45m², 15% a mais do que seria se fosse plantada no formato convencional no espaço que os produtores tinham disponível.
Segundo o instrutor credenciado ao Senar-MT, Roberto Tomazoni, além de proporcionar maior área de cultivo, o modelo escolhido facilitou o alcance da irrigação.
“Com apenas um aspersor conseguimos alcançar toda a área da horta e de maneira uniforme, o que no modelo tradicional não seria possível”, explica.
A capacitação ensinou sobre conhecimentos técnicos, cálculos e preparo de biofertilizantes como o feno, esterco, folhas de árvores e silagem.
“As grandes vantagens do orgânico é que conseguimos reutilizar todos esses compostos para a adubação, o que reduz os custos por não precisar comprar fertilizantes químicos. Também conseguimos utilizar compostos que imitam a mata e inibem ataques severos de pragas”, destaca.
Os participantes, divididos entre produtores rurais e trabalhadores da fazenda, plantaram rúcula, salsinha, alface roxo e alface lisa, hortelã, entre outros.
Deyvid Henrique é de Novo Horizonte do Norte e aproveitou para fazer o curso em Lucas do Rio Verde. “Aprendi esse novo formato e achei muito interessante”, destacou.
A olericultura orgânica designa o ramo da horticultura que busca desenvolver uma produção ecologicamente equilibrada e estável, economicamente produtiva e de elevada eficiência quanto à utilização dos recursos naturais.
Com carga horária de 40 horas, os participantes aprenderão sobre análise, correção e adubação do solo; produção de mudas; tratos culturais; adubos orgânicos; fungicidas e inseticidas orgânicos e noções de gestão. Os cursos são ofertados de forma gratuita.
Seca impacta na produção de soja na Argentina e reflete no Brasil

O início do plantio da safra de soja 2023/24 está marcado por uma série de desafios e oportunidades que não podem ser ignorados.
Enquanto o Brasil se prepara para mais uma temporada de cultivo recorde, nos países vizinhos da América Latina, especialmente Argentina, a produção preocupa e pode gerar impactos no mercado global de grãos.
Os agricultores argentinos, conhecidos por sua produção da oleaginosa de alta qualidade, enfrentaram um grande desafio em relação à safra anterior: a seca. Os efeitos dessa adversidade climática na produção do país foram profundos.
Durante a safra 2022/23, a Argentina testemunhou uma queda acentuada no rendimento da soja. De acordo com dados da agtech SIMA - Sistema Integrado de Monitoramento Agrícola, a média de rendimento dos produtores locais foi de 2 mil kg/ha, uma redução expressiva de 46% em relação ao ciclo anterior.
Em particular, a soja de primeira safra teve um impacto ainda mais significativo, com uma redução de 47% no rendimento do ano anterior. A região que mais sofreu com essa diminuição foi o Centro Norte de Córdoba, onde a produtividade caiu incríveis 62%.
IMPACTOS EM NÍVEL GLOBAL
Os impactos da queda na produção de soja argentina não se limitam apenas às fronteiras do país. A redução drástica na produção levou a uma diminuição nas exportações.
Isso, por sua vez, teve um impacto nos mercados globais, criando incertezas no fornecimento para muitos países importadores.
O Brasil exerce há muito tempo um papel de destaque na produção de soja, sendo peça-chave no suprimento em nível internacional.
A safra da oleaginosa tem crescido nas últimas décadas, impulsionada por avanços tecnológicos, expansão das áreas cultivadas e práticas agrícolas modernas, tornando-se um dos principais exportadores desse grão.
Em 2023, o Brasil emergiu como um dos principais atores a influenciar as dinâmicas globais de embarque de soja.
Isso ocorreu em parte devido aos desafios enfrentados por outros grandes países exportadores, como a própria Argentina e a Ucrânia (especialmente por conta da guerra contra a Rússia).
A nova safra brasileira que se inicia é aguardada com grande expectativa.
Apesar dos desafios que se apresentam aos agricultores, como a instabilidade na precificação e os crescentes custos de produção, há uma perspectiva de que a produtividade continue a crescer, contribuindo para equilibrar os custos e garantir a rentabilidade.
Tecnologia exclusiva facilita e agiliza o carregamento

Uma dieta de qualidade e bem equilibrada é fundamental para melhorar o ganho de peso dos bovinos e consequentemente tornar a produção de carne e de leite mais eficiente na propriedade.
Neste manejo, o produtor precisa contar com equipamentos que sejam eficientes no carregamento e na picagem, que otimizem a mistura e ofereçam precisão na distribuição desses insumos ao longo da linha do cocho.
A descarga também precisa ser uniforme, para garantir que todo o rebanho tenha acesso à mesma quantidade de alimento.
Para ajudar os pecuaristas nessas importantes tarefas, a Mepel Máquinas e Equipamentos se destaca no mercado e disponibiliza os Vagões Desensiladores Produmixer, que trazem ainda um grande diferencial: o sistema exclusivo de deslocamento lateral da fresa.
Segundo Fábio Souilljee, gerente comercial da empresa, essa é uma tecnologia única no mercado (patenteada) para esta categoria de equipamentos. “Entre seus benefícios podemos destacar a redução de custos e tempo de deslocamento do trator na operação”, diz o profissional.
O sistema de deslocamento lateral da fresa, disponível na linha Produmixer com carregamento por esteira de lona, ajuda o produtor a ter maior ergonomia e menor custo no carregamento dos insumos, pois com uma manobra apenas é possível fazer uma carga completa sem precisar movimentar o trator, facilitando o manejo. “A economia vem com o tempo que é otimizado na hora de carregar”, acrescenta Souilljee.
A linha Produmixer, com a tecnologia de deslocamento lateral da fresa, apresenta equipamentos nas versões de 3.0, 4.0 e 7.0, com sistema de carregamento de alta eficiência, garantindo melhor desempenho na transmissão hidráulica, rolo picador e esteira de lona com taliscas.
Além disso, todos estes possuem alta confiabilidade no sistema de pesagem, com quatro células de carga independentes, montadas em um sobre chassi, que oferecem uma excelente precisão ao realizar o carregamento dos ingredientes.
Tecnologias de irrigação e bom planejamento ajudam produtor contra onda de calor

O final do inverno brasileiro foi marcado por uma forte onda de calor em diversas regiões do país.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de setembro foi o mais quente dos últimos 80 anos e, com a chegada da primavera, este cenário deve persistir.
O que preocupa é que historicamente outubro é um mês de temperaturas mais altas, além disso, o fenômeno El Niño, que tem provocado o aquecimento das águas do oceano Pacífico próximo à linha do Equador, na altura da costa do Peru, segue influenciando o clima global e do Brasil.
Diante deste cenário, os produtores do Centro-Oeste precisam buscar alternativas para reduzir o impacto dessa forte onda de calor nas lavouras.
Uma das alternativas é fazer o uso racional da água, ou seja, fornecer o recurso na quantidade necessária, no local exato e no momento certo, ajudando a planta a não entrar em estresse hídrico.
Para possibilitar esse nível de precisão na irrigação, a classe produtora pode recorrer a tecnologias como WaterTrend, uma solução disponível na plataforma FieldNET™, da Lindsay América Latina, empresa representada também pela marca Zimmatic™.
A ferramenta fornece as informações necessárias para auxiliar nas decisões de irrigação. Utilizando dados, ciência e tecnologia de modelagem avançados, o novo recurso WaterTrend exibe um panorama de sete dias de previsão de uso de água da cultura e níveis de precipitação, levando em consideração as quantidades de chuva previstas, o estádio de crescimento e as informações hídricas da cultura específicos de cada campo.
“O melhor de tudo é que o WaterTrend já vem incluso em toda assinatura para pivôs centrais com FieldNET, agregando ainda mais valor para seus usuários”, destaca Rodrigo Bernardi, engenheiro agrônomo e especialista em produtos da Lindsay.
Ainda segundo ele, para os produtores que desejam obter uma base maior de informações e orientações para tomadas de decisões mais assertivas, é possível fazer o upgrade para uma assinatura completa do FieldNET Advisor. Assim, receberão recomendações de irrigação automatizadas diariamente.
Suinocultura: 20 mil matrizes são abatidas para suprir demanda

Custos elevados e preços baixos têm causado preocupação e turbulência na suinocultura mato-grossense.
De acordo com levantamento da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), o setor perdeu aproximadamente 20 mil matrizes nos últimos dois anos.
O motivo da redução do plantel por parte dos produtores é tentar permanecer na atividade.
O cenário ligou o sinal de alerta junto com Governo do Estado. No primeiro semestre, a Acrismat solicitou a alteração no valor de crédito presumido do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) nas operações de envio de animais para serem abatidos em outros estados.
Atualmente o valor desse crédito no Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder-MT) é de 50%.
O pedido é que passe a ser 90%, mas o Governo do Estado sinaliza um possível reajuste para, no máximo, 75%.
Em maio, a associação se reuniu com o colégio de líderes da Assembleia Legislativa e apresentou a proposta de alteração na porcentagem do imposto, tendo em vista que mais de 50 suinocultores encerraram suas atividades.
Plantio de soja avança e chega a 14,25% em MT

As chuvas irregulares estão atrapalhando um pouco o produtor de soja mato-grossense. A semeadura da commoditie avançou 10,06 pontos percentuais na última semana e chegou a 14,25% dos 12,2 milhões de hectares destinados para a cultura na safra 2023/24.
Entretanto, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os trabalhos desta temporada estão 4,37 pontos percentuais atrasados em relação ao período no ciclo 2022/23.
As regiões Oeste e Médio Norte são as mais adiantadas com os trabalhos em campo.
O resultado, de acordo com o instituto, é reflexo dos menores volumes de chuvas neste início de temporada e as altas temperaturas observadas nos últimos dias.
Outro ponto de cautela dos produtores de soja diz respeito ao atual preço da oleaginosa que não cobre o custo total, em reais por saca, da cultura.
Safra agrícola deverá superar 318 milhões de toneladas

A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no país deverá fechar o ano com 318,1 milhões de toneladas.
A previsão é do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado em setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgado nesta terça-feira (10).
Caso se confirme a estimativa, a produção será 20,9% maior do que a registrada no passado, ou seja, 54,9 milhões de toneladas superior.
Mato Grosso lidera com 31,3% de participação, enquanto o segundo colocado (Paraná) tem 14,5%.
Para este ano são esperadas altas, em relação a 2022, de 26,5% para a soja, de 12,3% para o algodão herbáceo (em caroço), de 43,3% para o sorgo, de 19,6% para o milho e de 4,8% para o trigo. Entre as principais lavouras, apenas o arroz em casca deve fechar o ano em queda (-5,1%).
A área a ser colhida este ano deve ser de 77,8 milhões de hectares, altas de 6,3% em relação a 2022 (aumento de 4,6 milhões de hectares) e de 0,4% na comparação com a estimativa de agosto (mais 339 mil hectares).
“A principal variável que influencia na safra deste ano é o aumento da produtividade. A gente teve condições climáticas boas nas principais regiões produtoras. Tivemos alguns problemas no Rio Grande do Sul. O estado enfrentou a falta de chuva, o que afetou as principais lavouras como soja e milho. Mesmo assim teve uma produção maior do que a do ano passado”, afirma o pesquisador do IBGE Carlos Alfredo Guedes.
Centro-Oeste será contemplado com R$ 8 milhões destinados à irrigação

A agricultura irrigável do Centro-Oeste terá garantido no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), em 2024, os 20% de recursos para o setor de acordo com o Art. 42 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), o montante deste percentual chega a R$ 8.113.445,00.
A confirmação veio por meio de Nota Técnica emitida pela Consultoria de Orçamentos do Senado Federal (Conorf), em solicitação protocolada pelo senador Jayme Campos.
Os recursos dotados para o Centro-Oeste serão destinados ao apoio aos polos e projetos de agricultura irrigada e também ao apoio ao desenvolvimento da agricultura irrigada.
A articulação institucional da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (APROFIR), contribuiu para que fosse cumprido o Art. 42 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), com redação válida até 2028, onde a União deve aplicar dos recursos destinados à irrigação 20% na Região Centro-Oeste.
APROFIR MT salienta que mesmo com esses recursos já consolidados, a associação ainda busca mais recursos que possam dar a sustentação mais rápida para o crescimento das áreas irrigadas não só em Mato Grosso, mas para todo o Centro-Oeste.
“A APROFIR MT também junto com o Conselho Brasileiro de Feijão e Pulses (CBFP), buscam apoiar a criação de outras associações nos estados brasileiros interessados, para fomentar os pulses, feijões, gergelim, amendoim, trigo e a irrigação”, explicou o diretor executivo da APROFIR, Afrânio Migliari.
Safra 2023/24 deve ser menor com queda na produtividade média

Com o plantio de primeira safra de diversas culturas já em andamento, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta terça (10) o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24.
A previsão é de uma produção de 317,5 milhões de toneladas, sinalizando um ligeiro decréscimo em comparação à temporada passada.
De acordo com a Conab, há uma perspectiva inicial de diminuição na produtividade média, uma vez que há indicativo de leve crescimento na área total semeada, que deverá ultrapassar os 78 milhões de hectares.
Ainda assim, deverá ser a segunda maior safra da história do Brasil, atrás do ciclo 2022/23, que chegou ao recorde de 322,8 milhões de toneladas.
Ainda segundo a companhia, é preciso acompanhar o desenvolvimento das culturas e realizar os ajustes ao longo da temporada, com a possibilidade de que a produção desta safra supere a da safra passada.
Entre as principais culturas acompanhadas pela Conab, o arroz apresenta, inicialmente, estimativa de incremento, tanto na área plantada, quanto na produtividade média, resultando em uma expectativa de produção de 10,8 milhões de toneladas.
O valor representa aumento de 7,7% em comparação ao volume colhido na safra 2022/23.
A companhia também prevê recuperação de área para o feijão, podendo atingir 2,78 milhões de hectares, somando-se os três períodos de cultivo dentro do ano-safra.
O plantio da primeira safra da leguminosa já está em andamento, com 61% da área estimada já semeada no Paraná, 32% em Santa Catarina, 34% no Rio Grande do Sul e 30% em São Paulo.
A expectativa para a produção total da cultura é de 3,1 milhões de toneladas, crescimento de 0,8% em relação à temporada anterior.
Produtores devem informar detalhes de rebanhos e propriedades ao Indea em novembro

Os produtores de bovinos, bubalinos, suínos e aves comerciais deverão informar ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) os dados detalhados dos rebanhos e das propriedades rurais em novembro.
A ação tem como intuito corrigir o estoque de rebanho na ficha de cadastro do órgão.
Em termos de rebanho bovino, MT lidera com mais de 34,4 milhões de animais. O quantitativo foi levantado durante a campanha de atualização de estoque de rebanho, realizada entre maio e junho.
De acordo com o Indea, diferente da campanha de atualização, os produtores que comunicarem qualquer divergência de estoque entre propriedade e cadastro do Indea não serão penalizados, com base na alteração do texto da Lei nº 10.486/2016, que estabelece critérios sobre a defesa sanitária animal, em Mato Grosso.
Com essa mudança na lei, o produtor terá, pela última vez, a oportunidade para corrigir o estoque de rebanho na ficha de cadastro do Indea, sem risco de penalidade nos casos em que haja discrepâncias.
Essa medida é válida apenas para a Campanha de Atualização de Estoque de Rebanhos de novembro de 2023.
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Balança comercial de Sinop: quase 1,4 bilhão de dólares em exportações neste ano

A balança comercial anual – que calcula a exportação e importação – aponta que Sinop enviou ao exterior, de janeiro a agosto, um valor de 1.375.787.444 de dólares (simplificando, quase US$ 1,4 bilhão).
Os dados constam na plataforma Observatório de Dados, divulgados pela Prefeitura de Sinop com base em informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
No mesmo período, o valor FOB (Free on Board) de importação chegou a 203.910.591 dólares (ou US$ 203,4 milhões), o que dá uma diferença em torno de U$$ 1,171 bilhão.
Durante este período, o mês de abril foi o que teve o maior valor de exportação, chegando a US$ 257 milhões. Março registrou US$ 220 mi. Agosto, US$ 153 mi.
Na balança comercial anual, o ano de 2022 registrou o maior saldo, com US$ 1,3 bilhão. Como nestes primeiros Sinop já registou quase US$ 1,2 bi, há tendência para que esse recorde seja batido até outubro.
O QUE É FOB?
FOB é uma abreviação para a expressão em inglês “free on board”, ou “livre a bordo”, em tradução literal.
Em termos práticos, um frete FOB significa que a burocracia de negociação e a operação de logística, além de gastos com frete e seguro, devem ser realizados pelo comprador.
A partir do momento que a mercadoria é despachada pela empresa, a responsabilidade sobre a segurança do produto é do comprador, além do frete.
É uma modalidade de frete mais favorável para os vendedores e muito frequente em relações entre empresas, que conhecem os meandros do mercado de logística.
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IPTU Sinop: última parcela vence dia 16

Para os moradores que preferiram – por ‘n’ motivos – pelo pagamento do IPTU, vai o alerta: a última parcela vence na próxima segunda-feira (16).
O Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) foi lançado em março, com pagamento previsto para iniciar em maio.
Quem optou em pagar à vista teve 15% de desconto; em três vezes, 5% de desconto. Já o parcelamento podia ser feito em até 6 vezes.
O valor total lançado, incluindo IPTU, contribuição de iluminação pública e taxa de lixo, é de R$ 119,5 milhões, mas a projeção da Administração Municipal era arrecadar cerca de 60% desse montante até dezembro.
De acordo com a Prefeitura, são cerca de 96 mil imóveis tributados em Sinop, entre territoriais e prediais. Em 2022, foram arrecadados R$ 75,7 milhões, 97% do total.
EMISSÃO ONLINE
A emissão do boleto para pagamento do imposto e da taxa de lixo pode ser feita via WhatsApp – pelo número (66) 3520-7200 – ou pela internet.
No site, o contribuinte acessar a guia “IPTU”, insere o código do imóvel, inscrição imobiliária ou CPF/CNPJ, e emite o boleto.
EMISSÃO PRESENCIAL
Para retirar o boleto presencialmente, basta se dirigir ao Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC), localizado na Av. Júlio Campos, nº 1230, ou no Ganha Tempo, das 8h às 17h, na Av. das Acácias, nº 280, Jardim Botânico.
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Carne bovina destinada à exportação alimenta 20 milhões de pessoas ao ano

Com 34,4 milhões de cabeças, Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de gado, e no ano passado embarcou US$ 3 bilhões de carne bovina para outros países, sendo o maior exportador do país em volume.
O estado é parte importante do desenvolvimento econômico do país, por meio da agropecuária.
Dados da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) apontam que 20 milhões de pessoas conseguem ser alimentadas com a carne do estado por ano, o que corresponde a 10% da população do país, sendo 7x maior que a população de Mato Grosso.
O cálculo feito pelo Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub MT) da Sedec converte o volume de carne exportada em grãos-equivalentes, o que chega a uma média de 6,8 milhões de toneladas.
A atividade é um exemplo para o país e tem muito a comemorar no Dia Nacional da Pecuária, celebrado no dia 14 de outubro.
“A alta da exportação e o rebanho de grande porte presente em Mato Grosso, economicamente atrai geração de empregos, rendas e outras benfeitorias. A carne de Mato Grosso possui certificado, a qual faz parte da economia verde”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.
CRESCIMENTO
Além da população brasileira, a carne mato-grossense chega ao Egito, à China, à Turquia, aos Estados Unidos e vários outros países. Mato Grosso ajuda alimentar o mundo.
Nos últimos 10 anos, a exportação do estado cresceu em média 220% e, as estimativas apontam que a exportação de carnes deve ter um aumento de 11% a cada ano, podendo chegar a marcar de US$ 3,7 bilhões.
“Os rebanhos também devem crescer 2% ano e até 2026 o estado atingirá a marca de 36 milhões de cabeças de gado. Esses números impactam a vida do mato-grossense, já que o maior rebanho do mundo gera empregos e renda para a população”, comentou o coordenador do DataHub MT, Vinicius Hideki Kitagaki.
Ao todo, Mato Grosso participa da produção de alimentos direta e indiretamente, respondendo por 15% do rebanho nacional.
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Mais de 35% da soja já foi plantada no estado

O plantio de soja em Mato Grosso (13) chegou a 35,09% dos 12,2 milhões de hectares previstos para a atual temporada. Os números são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e foram divulgados na sexta-feira.
A semeadura da soja 2023/24 avançou 20,85 pontos percentuais em Mato Grosso na variação semanal. Contudo, ao se comparar ao ciclo passado os trabalhos estão 6,25 pontos percentuais atrasados.
A irregularidade das chuvas em algumas regiões e o clima quente são alguns fatores para a cautela dos produtores no estado. No ano passado as sementes já haviam sido colocadas em 41,35% da área.
Apesar disso, comparando-se com a média dos últimos cinco anos, os trabalhos da safra 2023/24 estão avançados, aponta o Imea. A média histórica para o período é de 28,13% da área.
REGIÕES
O Médio Norte é a região mais avançada com 49,41% da sua área destinada para a soja já plantada.
Em seguida está o Oeste com 44,93%. O Centro-Sul já plantou 37,89%. No Nortão, 36,89% da área já recebeu as sementes de soja, enquanto no Sudeste 23,90% e no Nordeste, 17,95%.
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Safra de milho segue desafiadora mesmo com queda no custo de produção

O produtor mato-grossense segue com um paradoxo para resolver nesta safra 2023/24 do milho alta tecnologia.
O custo de produção do cereal apresentou queda de 1,15% em setembro em relação ao mês anterior. A retração é pautada, principalmente, pelo recuo no custo com defensivos e macronutrientes, que apontaram recuo de 2,66% e 2,04%, respectivamente.
Entretanto, o preço pago pela saca de 60 kg não cobre tal gasto, o que deixa a temporada ainda desafiadora.
Os dados são do Projeto Rentabilidade Senar-MT, elaborados em parceria com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Conforme o levantamento, o custeio da cultura ficou estimado em R$ 3.305,31 por hectare em setembro.
No que tange ao Custo Operacional Efetivo (COE), este ficou projetado em R$ 3,391,82 por hectare, declínio de 0,98% no comparativo mensal.
As projeções para a safra 2023/24 apontam para uma área de 7,281 milhões de hectares a serem plantados em Mato Grosso, recuo de 2,81%.
Em termos de volume se espera uma produção de 45,369 milhões de toneladas, queda de 13,59% ante a safra 2022/23.
Tais perspectivas de retração em área e produção, além da produtividade em 11,09%, são decorrentes, principalmente, ao alto custo de produção e baixa remuneração pela saca de 60 kg.
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Altas temperaturas preocupam produtores de soja

Apesar do plantio da soja 2023/24 ter alcançado 35,09% dos 12,2 milhões de hectares previstos, os produtores estão bastante preocupados – e, dessa vez, as pragas são o menor dos problemas.
O calorão acima de 40ºC se soma ao alto custo de produção e da baixa remuneração pela saca de 60 kg.
A semeadura avançou 20,85 pontos percentuais em Mato Grosso na variação semanal. Apesar disso, ao se comparar com os trabalhos do ciclo passado em igual período, o ritmo está 6,25 pontos percentuais atrasado.
A região Médio Norte, conforme o relatório de semeadura do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é a mais avançada com 49,41% da sua área destinada para a soja já plantada.
Já no Oeste, cuja preocupação com a ausência de chuvas regulares e altas temperaturas reflete em todo o estado, o plantio atingiu 44,93% da área.
Alguns produtores apontam que a temperatura chega até a 44ºC durante o dia, como é o caso do produtor Vinicius Sponchiado, de Campo Novo do Parecis.
Nesta safra, ele deve plantar 10,5 mil hectares de soja. “Sem umidade no solo, pode ocorrer a escaldadura nas plantas e a gente acaba perdendo-as”, comenta.
Para ele, este é um ano em que esses fatos não poderiam acontecer. “Devido aos custos, a gente tem que cuidar de cada planta e rezar todos os dias para São Pedro para que venha chuva para todos os produtores”.
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Israel é o 11º maior comprar de carne bovina de MT

A guerra entre Israel e o Hamas completou hoje 11 dias com o aumento de tensão com os países vizinhos, como o Líbano.
A escalada da guerra provoca apreensão também em Mato Grosso, já que aquela região em conflito representa uma importante fatia do mercado consumidor de carne bovina mato-grossense.
Israel, por exemplo, é o 11º maior comprador de carne de Mato Grosso e a preocupação dos pecuaristas é de que o agravamento da guerra provocará impactos na economia estadual.
“Toda guerra, por menor que seja, impacta de alguma forma negativamente no comércio mundial. No caso de Israel, se a guerra for curta e ficar restrita apenas à região inicial, os impactos comerciais podem ser menores. No entanto, se houver um agravamento da guerra, teremos impactos muito importantes”, avalia o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Ribeiro Júnior.
No acumulado de janeiro a setembro, Israel comprou 5,9 milhões de kg de carne em equivalente carcaça de Mato Grosso. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O Egito, país vizinho de Israel, e estratégico no conflito com o Hamas, é um dos cinco maiores compradores de carne bovina brasileira e o segundo maior importador de carne de Mato Grosso.
A Arábia Saudita também está entre os 10 maiores compradores da carne brasileira.
A guerra, caso se espalhe por outros países do Oriente Médio, pode gerar bloqueios de tráfego em rotas comerciais, principalmente pelo Canal de Suez, que vão impactar o transporte de produtos para todos os países daquela região.
“Esperamos que esse conflito se resolva o mais rapidamente possível para que sejam poupadas muitas vidas”, disse Ribeiro.
REBANHO
Mato Grosso tem cerca de 34,4 milhões de animais, segundo levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), o que equivale a 15% do rebanho bovino nacional.
Com 3,7 milhões de pessoas, o estado tem cerca de nove bovinos por habitante.
Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade, Juara, Juína e Alta Floresta lideram o ranking de municípios mato-grossenses com maior quantidade de animais. Juntos, estes cinco municípios concentram 5,1 milhões de bovinos.
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Tilapicultura: atenção com a qualidade da água deve ser constante

O fator mais importante para se obter sucesso em qualquer sistema de criação é proporcionar um bom ambiente aos animais.
Na produção de peixes em tanques esse cuidado passa obrigatoriamente pela qualidade da água.
Entre os itens que podem comprometer esse bem-estar, destaca-se o acúmulo de matéria orgânica que tende a aumentar à medida que as tilápias vão consumindo mais ração e consequentemente se desenvolvendo.
De acordo com O analista técnico em piscicultura da Superbac, Jorge Alab, o grande desafio dos criadores de tilápias é o ambiental, ou seja, manter uma boa água nos tanques ao longo de todo o período de produção.
“A água de qualidade não pode ter pH alto ou muito baixo e tampouco oscilações bruscas. Além disso, não deve haver nitrogenados ou acúmulo de matéria orgânica, afinal, esse é uns dos principais problemas da aquicultura atualmente”, destaca.
Segundo o especialista, existem alguns parâmetros importantes que o criador pode seguir para garantir o bem-estar aos peixes e consequentemente melhor produtividade.
- o pH tem que estar entre 7 e 8;
- o oxigênio já é considerado bom quando está acima dos 3,5 mg/L sendo o ideal acima de 5 mg/L;
- temperatura ideal seria 28 graus;
- abaixo de 20°C ou acima de 32°C é ruim para o conforto das tilápias.
Quanto à amônia, a quantidade tolerável é quando está abaixo de 0,5 ppm (partes por milhão) e o nitrito é abaixo de 1 ppm.
A alcalinidade é positiva quando superior a 60 ppm. Conforme explica o especialista, é importante controlar esses índices através da boa calagem do solo do viveiro antes do enchimento, dessa maneira o produtor cria um efeito tampão na água, evitando oscilações bruscas de pH durante o dia e noite e adicionando cálcio e magnésio, importantíssimo para os peixes.
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Replantio de soja é realidade na safra 2023/24 de soja

Um dos maiores temores dos produtores rurais está acontecendo em Mato Grosso: o replantio.
As altas temperaturas registradas em Mato Grosso, que chegam a 44° C em algumas regiões, e falta de chuva em todo o território estão levando os produtores de soja ao replantio do grão.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) alerta que o momento é de cautela. Alguns estão optando em atrasar a semeadura para evitar maiores prejuízos.
Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até o dia 13 de outubro, a semeadura da safra 2023/24 de soja havia atingido 35,09% dos 12,2 milhões de hectares previstos para a temporada.
Na variação semanal, o avanço foi de 20,85 pontos percentuais. Entretanto, ao se comparar com os trabalhos do ciclo passado em igual período, o ritmo está 6,25 pontos percentuais atrasado.
“Os produtores vivem um momento de muita apreensão. Temos atraso no plantio em relação aos outros anos e com o agravante de altas temperaturas, que coloca em xeque os plantios já semeados”, pontuou o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, ao Canal Rural.
A ausência de umidade no solo e as altas temperaturas podem trazer ainda uma redução na produtividade.
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Pó de rocha pode ser usada na produção agrícola e em pastagens?

Uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) procura popularizar e mostrar as vantagens do uso do pó de rocha como alternativa para a produção agrícola e em pastagens.
Intitulado “Popularização do Uso de Remineralizadores de Solo (pó de rocha) no estado de Mato Grosso”, o projeto buscou disseminar informações sobre a importância do uso de remineralizadores de solo no estado, com o intuito de proporcionar conhecimento técnico aos produtores rurais, profissionais do setor e instituições envolvidas.
Entre as vantagens dessa técnica estão a redução dos custos de produção, a capacidade de regeneração dos solos cultiváveis, e o aumento do valor agregado aos produtos agrícolas, sobretudo quando se trata da comercialização de produtos orgânicos.
De acordo com o professor e pesquisador, Ronaldo Pierosan, coordenador do projeto, a técnica de rochagem consiste na pulverização e aplicação de pós de rocha em áreas de produção agrícola e pastagens, sem a necessidade de compostos químicos.
“Espera-se que esse projeto desperte o interesse dos produtores sobre o uso de remineralizadores de solo”.
As atividades de divulgação em campo foram realizadas em parceria com associações de produtores rurais e criadores para alcançar regiões favoráveis à ocorrência de rochas com potencial para serem usadas como remineralizadores de solo.
MT é uma potência na produção agrícola brasileira, sendo o maior produtor nacional de grãos, incluindo soja, milho, algodão e girassol, que representam 60% da produção agrícola da região Centro-Oeste.
A atividade pecuária também desempenha um papel significativo na economia, fornecendo matéria-prima para a produção de proteína animal e apresentando um potencial de crescimento notável, graças aos avanços tecnológicos, às condições naturais do ecossistema e às políticas públicas adequadas.
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Acrimat diz que conflito no Oriente Médio não deve atrapalhar exportação de carne bovina

O conflito no Oriente Médio entre Israel e Hamas não deve afetar as exportações de carne bovina neste primeiro momento.
Segundo a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), impactos poderão ser sentidos caso haja um agravamento da guerra, com extensão à países vizinhos.
Israel é hoje o 11º maior comprador de carne bovina de Mato Grosso. Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), de janeiro a setembro, foram enviadas para Israel, 5,93 mil toneladas de carne em equivalente carcaça.
De acordo com a Acrimat, a atual situação da guerra, ainda não acarretou prejuízos significativos para os pecuaristas de Mato Grosso, visto que as médias diárias de exportação estão em patamares normais.
“O Egito (vizinho de Israel) é um dos cinco maiores compradores de carne bovina brasileira e o segundo maior importador da carne de Mato Grosso. A Arábia Saudita também está sempre entre os dez maiores compradores da carne brasileira. Se houver um agravamento da guerra, com extensão à países vizinhos, teremos impactos muito importantes na pecuária”, enfatiza o presidente da Acrimat, Oswaldo Ribeiro Jr.
A entidade salienta que caso ocorram bloqueios de tráfego em rotas comerciais, principalmente pelo Canal de Suez, o transporte de produtos, como carne bovina, podem impactar os países da região.
Apesar de o impacto inicial não ser tão direto, os efeitos do conflito no preço do petróleo por exemplo, tendem a afetar o custo de produção de fertilizantes, diesel e fretes.
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Informações georreferenciadas no Portal de Dados Cartográficos

O Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) lançou o Portal de Dados Cartográficos, com o objetivo de manter atualizada a Base Cartográfica de Mato Grosso e subsidiar o Sistema Estadual de Informações Cartográficas e a sociedade com informações geográficas e de georreferenciamento do território.
O Intermat passou a abrigar o Órgão de Cartografia do Estado após a reforma administrativa do Poder Executivo estadual em 2019 e, desde então, os servidores da Diretoria de Cartografia e Acervo Fundiário (DIRCAF) transformaram a maneira de como esses dados são acessados e comunicados ao criarem o portal, que está pronto para capacitar não apenas as agências governamentais do estado, mas toda a população com fácil acesso a essas informações.
O portal emprega técnicas de ponta para fornecer aos usuários uma experiência envolvente e informativa. Através de descrições concisas, enriquecidas com mapas otimizados e fluxos hierárquicos de informações, os usuários agora podem acessar rapidamente dados territoriais sobre Mato Grosso.
A tecnologia usada na implantação do Portal de Dados Cartográficos atende a uma infinidade de propósitos.
Apoia atividades governamentais como planejamento, monitoramento e desenvolvimento regional com mapas atualizados, auxilia na preservação ambiental por meio do mapeamento de limites legais, contribui para a alocação de recursos fiscais com cálculos precisos de área e aprimora a educação facilitando o ensino da história e geografia do Estado.
CONSTRUÇÃO
O desenvolvimento do Portal de Dados Cartográficos envolveu extensa pesquisa e compilação de dados. Foram criadas e nomeadas quatro abas, como a Evolução da Divisão Territorial, Genealogia dos Municípios, Mapas Municipais e Banco de Dados Cartográficos.
A aba Banco de Dados Cartográficos disponibiliza para download os dados cartográficos contidos na Base Cartográfica de Mato Grosso em escala de 1:100.000 e disponibiliza link para acesso de dados por meio de serviços (WebServices).
Já a aba Evolução da Divisão Territorial integra uma série de mapas que mostram as mudanças territoriais históricas de Mato Grosso, acompanhados por textos explicativos breves.
Foram referenciados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do livro "Genealogia dos Municípios de Mato Grosso", do padre José de Moura Silva.
Em Genealogia dos Municípios consta a origem dos municípios do estado, por meio de fluxogramas informativos.
Foi realizada uma análise da legislação territorial de todos os 141 municípios, resultando na produção de um fluxograma único.
Por fim, a aba “Mapas Municipais” traz acesso a 141 mapas dos municípios mato-grossenses, completos com narrativas históricas e os disponibiliza para download.
Os servidores responsáveis pelo portal permanecem comprometidos com a melhoria contínua. A equipe abraçou novas tecnologias e aprendeu lições valiosas no desenvolvimento do portal e compreenderam a importância de manter uma equipe especializada focada em dados cartográficos e geotecnologias para garantir que a plataforma continue a evoluir para atender às necessidades dinâmicas da população de Mato Grosso.
Novas informações ao portal estão previstas para acontecer nos próximos meses. Para obter mais informações e explorar o Portal de Dados Cartográficos, acesse aqui.
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Embrapa vai ao Shopping mostrar presença da pesquisa agropecuária na vida dos brasileiros

Mostrar à população de Sinop e região como a pesquisa agropecuária impacta no dia a dia de cada um, independentemente de trabalhar ou não com agropecuária, é o objetivo da Embrapa Agrossilvipastoril ao promover a “Mostra Embrapa 50 anos: Seu futuro inspira nossa ciência”.
O evento será realizado de 27 a 29 de outubro, no Shopping Sinop, das 10h às 22h. A visitação é gratuita e voltada para todas as idades.
Durante três dias a equipe de analistas, assistentes, pesquisadores e técnicos da empresa apresentará ao público alguns exemplos de inovações tecnológicas desenvolvidas pela Embrapa que impactaram a produção e o consumo de alimentos, fibras e bioenergia.
Para isso, serão usados exemplos como grãos, plantas forrageiras, frutas e legumes oriundas dos programas de melhoramento genético desenvolvido pela Embrapa, ou das pesquisas sobre sistema de cultivo.
“Mostraremos produtos que estão na mesa do brasileiro diariamente, mas que não paramos para pensar de onde vem esses alimentos. Não paramos para pensar na quantidade de ciência necessária para se produzir, muito menos no papel de uma empresa pública como a Embrapa nesse processo de aumento de produtividade e redução de preços”, afirma a chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Laurimar Vendrusculo.
Também será possível experimentar o uso de equipamentos de laboratório, como lupas eletrônicas, por onde será possível entender as pesquisas sobre controle de pragas nas lavouras, e conhecer um laboratório móvel usado para mensurar as emissões de gases de efeito estufa na agricultura e pecuária.
A mostra terá atividades interativas. Uma delas será a possibilidade de fazer um tour em realidade virtual por uma fazenda que utiliza tecnologias sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).
Para as crianças, haverá um espaço onde poderão fazer atividades de materiais didáticos lançados pela Embrapa.
Embora o foco da Mostra não seja o aprofundamento técnico dos temas, os visitantes poderão conhecer mais sobre as pesquisas com sensoriamento remoto e automação, sobre a tecnologia de fixação biológica de nitrogênio, sobre métodos de cultivo conservacionista do solo, sobre as técnicas de enxertia de frutíferas e sobre a produção de mudas de espécies nativas para recuperação de áreas e para arborização urbana.
Na sexta e no sábado escolas e turmas de universitários farão visitas à exposição. Ainda restam algumas vagas para agendamento, que podem ser feitas pelo e-mail cpamt.visitas@embrapa.br.
Visitas individuais ou de grupos familiares e amigos podem ser feitas a qualquer momento durante os três dias. Os visitantes que preencherem a lista de presença por meio de QR Code, concorrerão ao sorteio de brindes, como o livro Brasil em 50 alimentos, por exemplo.
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Plantio de soja avança e chega a 60%, mesmo com chuvas irregulares

Em meio às chuvas irregulares, que contrastam a temperaturas elevadas, acima do normal, o plantio de soja 2023/24 avançou na última semana e chegou a 60% da área.
Porém, ao se comparar com o ciclo passado, está 6,94 pontos percentuais atrasado diante das altas temperaturas, que chegam a passar de 44°C, e das chuvas que continuam irregulares no estado.
Na variação semanal, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a semeadura da soja avançou 24,90 pontos percentuais.
Ao se comparar com a média dos últimos cinco anos, os trabalhos na atual temporada estão avançados ante os 50,66% da média.
CAUTELA E REPLANTIO
Na última semana, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) alertou que o momento é de “muita cautela” diante do clima, uma vez que as altas temperaturas registradas em Mato Grosso, que chegam a ultrapassar 44°C em algumas regiões, e falta de chuva estão levando os produtores de soja ao replantio do grão.
A entidade salientou ainda que há casos de produtores que estão optando em atrasar a semeadura para evitar maiores prejuízos.
REGIÕES
Segundo relatório do Imea, até o dia 20 de outubro a região Médio Norte havia plantado 80,21% da sua área, um avanço semanal de 30,80 pontos percentuais.
Já o Oeste chegou a 79,91% da área, registrando na semana avanço de 34,98 pontos percentuais nos trabalhos.
Na região Noroeste, 60,49% da área já recebeu as sementes de soja. No Centro-Sul, 58,94%; e no Norte, 52,93%.
Já as regiões Sudeste e Nordeste são as mais atrasadas com 41,99% e 39,91% de suas respectivas áreas plantadas até o momento.
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Uso de drones na pulverização se difunde em MT

Na última década, a agricultura tem testemunhado uma revolução tecnológica que está transformando a maneira como os cultivos são gerenciados e colhidos.
Um dos avanços mais notáveis é o aumento da utilização de drones nas lavouras.
De acordo com registros feitos pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o Brasil possui em média 2,5 milhões veículos aéreos remotamente pilotados – considerando as diferentes serventias.
Paralelamente, dados do Programa Portal Único de Comércio Exterior (Portal Siscomex) apontam que foram importados mais de 8 mil drones de pulverização, entre 2020 a 2023.
Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), estima-se que até 2026 esse número cresça para mais de 90 mil.
Os drones geralmente são utilizados para monitoramento de lavouras, coleta de dados e como guia de rebanhos, mas é notável o crescimento exponencial no uso de drone para a pulverização também.
O processo convencional é feito por tratores ou aeronaves tripuladas.
No entanto, esses métodos tradicionais apresentam algumas limitações, como a dificuldade de acessar terrenos acidentados e a forte interferência das condições meteorológicas na qualidade da aplicação.
De acordo com o engenheiro agrônomo Leonardo Luvezuti, o advento dos drones equipados com sistemas de gestão da pulverização vem simplificando e facilitando o processo de maneira notável.
Isso resulta em benefícios significativos para os agricultores.
“Esses drones permitem uma aplicação mais uniforme e controlada de defensivos, fertilizantes e outros insumos agrícolas. A capacidade dos equipamentos de sobrevoar terrenos irregulares e de difícil acesso, combinada com sistemas de monitoramento de aplicações aéreas, garante uma cobertura de alta qualidade", menciona Luvezuti.
Além disso, ele explica que a aplicação de defensivos feita por drones reduz significativamente a quantidade necessária de insumos, economizando recursos financeiros.
“Essa tecnologia inovadora está não apenas simplificando o processo de aplicação de defensivos, mas também trazendo benefícios significativos para a produtividade, eficiência e sustentabilidade agrícola”, confirma.
Sendo assim, Luvezuti elenca os principais benefícios para os produtores que desejam investir na tecnologia:
Eficiência mesmo em áreas diferentes; redução da necessidade de mão de obra; diminuição da compactação do solo e danos às plantas; são ideais para uso específico em algumas culturas.
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Produtores familiares aprendem a produzir o próprio adubo orgânico

O custo com fertilizantes na propriedade é um dos principais gargalos nas propriedades agrícolas familiares.
Essa preocupação, associada a outros fatores, deu início ao Projeto Sinop Orgânico, coordenado pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistências e Extensão Rural (Empaer).
São realizadas oficinas e demonstração de práticas de manejo da fertilidade do solo e produção de adubos orgânicos sólidos e líquidos.
A qualificação gera redução dos custos destes insumos no cultivo agrícola.
O produtor Paulo Perinazzo cultiva em sua propriedade, o Rancho do Sul, mais de 150 pés de acerola, manga, caju, abacaxi, banana, mamão, pepino, pimenta, milho verde, entre outras árvores frutíferas, é um dos que participaram das oficinas.
“Hoje, o foco é a transição da produção convencional para orgânica. Da produção, vendo o excedente e tiro uma renda extra que ajuda, mas ainda é pouca. Depois que tudo for orgânico, será um chamariz que irá agregar valor nos produtos”, afirmou.
Para o técnico da Empaer, Eduardo Nakagawa, que há dois meses auxilia os participantes nas oficinas, está sendo uma experiência de muito aprendizado.
“São 50 famílias de várias comunidades que recebem orientação e aprendem fazendo na prática. São visitas, amostras de solos para análise, controle de pragas, além das palestras desde a transição da produção convencional para o orgânico”, destacou.
Com a participação de produtores e representantes de entidades, a iniciativa já realizou de junho a outubro seis palestras e cinco demonstrações.
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Plataforma Desenrola renegociará dívidas de agricultores familiares

Desenvolvida pelo Ministério da Fazenda e pela B3 (bolsa de valores brasileira), a plataforma usada para leiloar descontos no Desenrola poderá ser usada para renegociar dívidas de pequenos produtores rurais.
A plataforma não poderá ser usada neste momento por causa da terceira fase do Desenrola, que prevê descontos para dívidas de até R$ 5 mil de quem ganha até dois salários mínimos, mas a ferramenta tecnológica deve se estender para os produtores rurais de menor porte.
A terceira fase do Desenrola está em vigor desde o início do mês e oferece desconto médio de 83% para dívidas de nove setores: serviços financeiros; securitizadoras; varejo; energia; telecomunicações; água e saneamento; educação; micro e pequena empresa, educação. No entanto, em alguns casos, o abatimento superou esse valor, dependendo da atividade econômica.
A plataforma está disponível no site www.desenrola.gov.br. Para acessá-la, o consumidor precisa ter cadastro no Portal gov.br, com conta nível prata ou ouro e estar com os dados cadastrais atualizados.
Em seguida, o devedor tem de escolher uma instituição financeira ou empresa inscrita no programa para fazer a renegociação. A página lista as dívidas por ordem de desconto, do maior para o menor.
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Cai custo de produção da soja transgênica em MT

O custo de produção de soja transgênica em Mato Grosso caiu em setembro em relação a agosto e também em relação à safra passada.
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo em setembro ficou estimado em R$ 4.124,47 por hectare na safra atual (2023/24), retração de 16% ante o ciclo 2022/23 e de 0,51% em comparação com a estimativa de agosto.
A queda ocorreu por causa do recuo do preço dos fertilizantes (-0,9%) e de macronutrientes (-0,49%), “que, por sua vez, é reflexo da menor demanda no mês de setembro”, ressalta, no boletim.
Já o Custo Operacional Efetivo (COE) ficou projetado em R$ 5.633,70 por hectare, queda de 0,52% ante agosto de 2023.
Desta forma, o Imea calcula que o ponto de equilíbrio para a safra 2023/24 ficou estimado em R$ 94,36 por saca, o que representa 12,81% a menos do que o preço médio comercializado da soja no mês, de R$ 108,22 por saca.
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Desafio da produção: consumidores de carne e grãos mais que dobra em 9 anos

Em nove anos, a contribuição de Mato Grosso para alimentar a população mundial mais que dobrou.
Em 2013, os grãos e a carne bovina produzidos no estado eram consumidos por 132,3 milhões de pessoas no planeta, o que representava 1,83% de toda a população do mundo, e, em 2022, esse número saltou para 143 milhões, totalizando 275 milhões.
As informações são do Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub MT), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Atualmente, o Estado produz 3,5% de alimentos consumidos pela população mundial – entre grãos e carne bovina exportada.
O Brasil, sozinho, alimenta 11% da população de todo planeta. A China está em primeiro lugar com 19%, seguido pelos Estados Unidos com 17%.
As informações têm como base os dados da Agrostat e Secex do Governo Federal, WorldBank, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e a International Grains Council (IGC), uma organização intergovernamental que supervisiona a Convenção de Comércio de Grãos.
Mesmo com as estimativas de uma pequena retração nos números de produção, devido aos efeitos climáticos mundiais causados pelo El Niño, Mato Grosso continuará sendo o maior produtor brasileiro.
Assim, estima-se que a safra 23/24 alcancem um volume de 94 milhões de toneladas, uma redução de -7,3% em relação a atual safra.
Esse volume é duas vezes a mais que a produção estimada do 2º maior produtor do país. Isso destaca a eficiência da agricultura mato-grossense, mesmo em face de condições climáticas desafiadoras.
As ondas de calor que assolam o país têm refletido não somente em Mato Grosso, mas em outros 17 estados. Todos demonstram redução na produção da próxima safra, conforme a 1ª estimativa da safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
NÚMEROS
Na safra 2023/2024, Mato Grosso quebrou recorde atingindo 100,98 milhões de toneladas de grãos. Esse valor se refere a um aumento de 16,76% em comparação a safra anterior.
O grande destaque milho, foi responsável por 51% de toda a produção, seguido da soja com 43%, algodão 5% e demais produtos 1%.
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Sema-MT apreende 55 m³ de madeira extraída ilegalmente em Nova Maringá

A Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), em operação de fiscalização em Nova Maringá, realizou o flagrante de uma exploração ilegal de madeira na região de floresta Amazônica, na segunda-feira (23).
As toras estavam na iminência de serem transportadas quando a ação dos agentes de meio ambiente ocorreu.
Com a fiscalização foram apreendidos 55 m³ de madeira extraída ilegalmente.
O crime ambiental foi descoberto pela Diretoria de Unidade Desconcentrada (DUD) da Sema-MT de Tangará da Serra, com o apoio do Núcleo de Polícia Militar de Proteção Ambiental de Barra do Bugres, em mais uma etapa da Operação Amazônia.
“A fiscalização ostensiva do órgão ambiental possibilitou que o crime fosse cessado. Ela é resultado do monitoramento da cobertura vegetal do Estado realizado por imagens de satélites”, disse a diretora da DUD/Sema-MT de Tangará da Serra, Letícia Freitas, ao acrescentar que, no momento da ação, os responsáveis pela exploração ilegal empreenderam fuga, porém a área foi embargada.
Toda a madeira ilegal apreendida, por se tratar de produto perecível, foi doada à Prefeitura de Nova Maringá.
DENÚNCIAS
A Sema-MT atende denúncias da população contra crimes ambientais e pescas predatórias pela Ouvidoria, no telefone 0800 065 3838, e-mail ouvidoria@sema.mt.gov.br, pelo WhatsApp (65) 98153-0255 e em suas Unidades Regionais, ou por contato via PM 190.
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Produtor de milho deve ponderar mercado e clima para safra 23/24

O clima não tem colaborado e a semeadura da soja safra 2023/24 começou com atraso.
E essa situação deve impactar diretamente a janela ideal de plantio do milho e, consequentemente, influenciar na adoção das tecnologias a serem empregadas e também no tamanho da área plantada para o próximo ciclo.
Este é um dos temas que norteará o IV Encontro Técnico Milho, evento que a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso, Fundação MT, realiza presencialmente nos próximos dias 22 e 23 de novembro no Hotel Gran Odara, em Cuiabá.
Não bastasse o clima, o analista da Agrinvest Commodities, Jefferson Souza, e também palestrante no evento, diz que a classe agrícola enfrenta mais problemas.
“O produtor de milho ainda precisa lidar com o achatamento nas margens de produção. Em fevereiro deste ano, os preços do milho no Médio Norte eram negociados acima de R$ 60/saca, mas agora as cotações estão abaixo de R$ 40”, detalha.
Portanto, as margens que eram bastante satisfatórias foram fortemente comprometidas e, mesmo com uma queda nos custos de produção, os ganhos são muito menores agora do que eram no começo desse ano.
Nas últimas duas semanas, segundo o especialista, o mercado de fertilizantes para o milho de 2ª safra avançou um pouco, no entanto, o atraso ainda é bastante significativo, já que o maior estado produtor de milho do Brasil, que é o MT, adquiriu cerca de 67% das necessidades para a próxima safra.
“Este número é o mais baixo para o período nos últimos cinco anos. Como exemplo, na primeira quinzena de outubro do ano passado as compras para o milho "safrinha" já haviam superado 80%”, reforça.
Souza orienta que com este cenário, a primeira atitude que os produtores deverão tomar para a próxima safra de milho é a redução na tecnologia empregada na cultura. “O segundo ponto é de que existe a possibilidade de redução de área plantada”, completa.
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58 multas aplicadas por descumprimento do vazio sanitário da soja

Fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) realizaram 5.861 fiscalizações e aplicaram 58 multas entre 15 de junho e 15 de setembro a produtores de soja por causa do descumprimento do período do vazio sanitário da soja.
O total de área das lavouras autuadas chega a 4.592 hectares. Durante as fiscalizações, foram coletadas 90 amostras e levadas para análise no Laboratório de Sanidade Vegetal do Indea.
O propósito era verificar se elas estavam infectadas com o fungo da ferrugem asiática, principal doença que atinge a cultura da soja.
A medida de vazio sanitário na cultura é aplicada desde 2006 em MT. O objetivo é minimizar a quantidade de esporos de fungo causadores da ferrugem asiática e atrasar a ocorrência de uma proliferação exacerbada na safra seguinte.
Na safra 2022/2023, foram cadastradas no Indea 14.024 propriedades com plantio de soja, com área declarada de mais de 10,7 milhões de hectares plantados e o número de 8.461 produtores.
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Automação da adubação impacta na produtividade do canavial

O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, com uma moagem na safra 2022/23, de 548,28 milhões de toneladas, enquanto no ciclo 2021/22 foram 524,1 milhões segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), ou seja, um avanço de 4,61%.
A Índia é a segunda colocada, mas com uma média de colheita de apenas 50% da produção brasileira.
Tanto protagonismo exigiu que nos últimos anos fosse preciso adotar soluções e práticas como a automatização do plantio e do processo de adubação, a fim de ajudar a manter e melhorar esse patamar.
Segundo Álvaro Gottlieb, gerente de marketing de produto e inteligência de mercado da FertiSystem, o setor sucroenergético ainda está em fase de adequação a essas tecnologias, mas tem um porém:
“Pode-se pontuar como as principais já em maior utilização pelos canavicultores, a telemetria e o controle dos processos mecânicos”.
Ele destaca, por exemplo, que uma dessas operações hoje, a adubação do canavial, pode se beneficiar diretamente do uso de novas soluções e ferramentas.
Atualmente existem três maneiras de acionar o eixo dos dosadores de adubo para realizar as aplicações.
1) por meio da tração pelo rodado do próprio trator, onde uma corrente transfere o torque da roda;
2) pelos motores hidráulicos que utilizam o fluxo de óleo;
3) pelo TXF MB, um motor elétrico ligado diretamente na bateria do veículo.
DETALHES
O conjunto TXF MB é um sistema motor de baixíssima manutenção e que controla a rotação do eixo do dosador de adubo através de um motor elétrico comandado por um aplicativo de celular.
“Este sistema é facilmente instalado nos implementos que realizam o processo de adubação. Muito simples, mas que entrega muito resultado”, reforça o especialista.
As principais vantagens desta tecnologia é a praticidade da calibração, que em menos de cinco minutos o operador está com a máquina ajustada e pronta para começar.
“Este processo pode ser feito com o implemento parado e sem necessidade de puxar a máquina para aferir. Outra vantagem é o controle total e preciso através de um aplicativo de celular que o operador pode alterar a taxa de aplicação com poucos toques e de forma instantânea”, detalha Gottlieb.
Por se tratar de um sistema elétrico, com a utilização da ferramenta é possível garantir uma alta durabilidade de componentes.
A sigla TXF MB significa “Taxa Fixa Mobile” e isso quer dizer que indiferente da velocidade de operação o sistema irá sempre depositar a quantidade de fertilizante desejada.
“Em outras palavras, se o operador indicar 200kg/hectares o sistema irá depositar essa quantia a 2 km/h ou a 10km/h”, diz o gerente da FertiSystem. Ou seja, este sistema pode reduzir o custo de operação com a diminuição dos erros operacionais como calibração errada, quebra de corrente de tração, precisão na dosagem, entre outros.
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Sema-MT apreende 20 kg de pescado ilegal durante operação

Na Piracema, não pode pescar. A regra é clara e a lei existe para coibir ações infracionais.
Na última semana, a equipe de fiscalização de fauna da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), em mais uma etapa da Operação Piracema, apreendeu 20 kg de pescado ilegal em Santo Antônio de Leverger.
Durante patrulhamento terrestre, na região da comunidade São José da Boa Vista/Barranco Alto II, os agentes ambientais encontraram, na carroceria de uma caminhonete, um saco contendo 63 exemplares de pescado, sendo 37 chimburés, 10 piraputangas, 10 piaus, 6 piavuçus.
O motorista foi autuado por infração administrativa ambiental e o pescado entregue à Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema).
A intensificação da fiscalização, por terra e água, é parte dos esforços da Sema para proteger a fauna aquática durante o período de defeso da piracema, que começou em 2 de outubro e segue até 1º de fevereiro de 2024.
DENÚNCIAS
A Sema-MT atende denúncias da população contra crimes ambientais e pescas predatórias pelos seguintes canais:
- Ouvidoria
- 0800 065 3838
- e-mail ouvidoria@sema.mt.gov.br
- WhatsApp (65) 98153-0255
- Unidades Regionais.
Quem se deparar com algum crime ambiental também pode denunciar por meio do contato da Polícia Militar 190.
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Armazenamento correto representa ganho de produtividade do rebanho

De grande importância na produção agropecuária brasileira, o sorgo se destaca por ser versátil, de fácil digestão pelos animais e com menor incidência de micotoxinas nos grãos, o que lhe caracteriza como um alimento de excelente fonte de energia.
Estrategicamente, o insumo é uma alternativa muito rentável aos produtores, podendo ser utilizado principalmente nos períodos de seca para substituir a pastagem na forma de silagem ou até mesmo consorciado com grãos e farelos na suplementação do rebanho.
Diante dessa importância, produzir uma silagem de qualidade é essencial e, para isso, a classe produtora precisa ter em mente alguns cuidados, afinal, o que se busca é uma boa alimentação para os animais, o que consequentemente refletirá em melhor ganho de peso e maior produção de carne ou de leite.
Dessa forma, o acondicionamento adequado vai conservar o alimento na sua forma úmida para posterior fornecimento ao gado.
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PASSO A PASSO
Após a colheita do sorgo, a planta deve ser cortada para reduzir o tamanho das partículas em até 2 centímetros.
Essa etapa faz parte do processo de ensilagem, ou seja, de cortar a forrageira e compactá-la para o devido armazenamento em um silo.
O tempo que ficará acondicionado depende da estratégia e necessidade de cada produtor, conforme explica a doutora em agronomia, Sueyde de Oliveira Braghin, inteligência de mercado agro da Nortène, empresa especializada em produtos para essa finalidade.
“A silagem deverá ficar fermentando durante cerca de três meses, após isso estará disponível para o gado comer”, esclarece.
Durante este período, o alimento não pode ser contaminado por bactérias e isso pode ser evitado com o uso da lona de silagem.
Sua função é impermeabilizar e proteger o produto de contatos externos com o ambiente.
Ela também impede a entrada de oxigênio para garantir o ambiente anaeróbico, reduzindo a perda de nutrientes causada pelos microrganismos aeróbios e indesejáveis.
A escolha do tipo de silo também é parte fundamental na qualidade desse insumo.
“Antigamente, os pecuaristas utilizavam silos de encosta e aéreo, tradicionais nas fazendas leiteiras. Com o passar dos anos, a necessidade de tecnificação das propriedades do setor e a redução do custo fixo com esses modelos de estruturas, os silos de superfície e trincheira ganharam espaço”, ressalta a especialista.
Esses modelos são formados por lonas plásticas, que devem ser de alta qualidade para a completa vedação.
A Nortène disponibiliza ao mercado uma linha de fabricação exclusiva e com tecnologia israelense, a lona de silagem Box HP.
Nas cores branca e preta, as lonas da marca são confeccionadas com material 100% virgem, ou seja, não reciclado, possui espessura homogênea, sem porosidade, e traz matérias-primas como o metaloceno, o dióxido de titânio e aditivação Hals.
Essa aditivação é um estabilizante de luz à base de amina e protege a lona contra a ação dos raios ultravioletas, responsáveis pela foto-oxidação, prolongando a sua vida útil e aumentando a garantia.
Já o aditivo à base do catalisador metaloceno confere maior resistência, brilho, transparência e selagem.
“Ele possui excelente resistência a impactos e perfurações, além de oferecer benefícios de vedação térmica”, completa a profissional.
As cores branca e preta da linha também são importantes para a proteção da silagem, conforme explica a doutora.
“A branca, na parte externa da lona, é responsável pela reflexão da luz, e faz com que o calor não passe para a parte interna, aumentando o aproveitamento do silo e reduzindo perdas. Já a cor preta, na face interna, impede a passagem de luz, garantindo maior proteção do alimento, além de garantir maior resistência mecânica à lona”, diz.
Segurança no transporte
Uma das vantagens da lona Box HP é a sua comercialização em caixas. Esse formato confere mais proteção e facilidade no transporte.
“Ela é dobrada e acondicionada em caixas de papelão, o material fica muito protegido e a movimentação pode ser feita em paletes. Reduz muito as chances de danificar o plástico, pois sabemos que é comum ao manusear as lonas tradicionais em rolos”, comenta a especialista
Além disso, acompanha um kit reparo composto por uma fita adesiva, um diferencial que deixa o agropecuarista tranquilo, caso ocorra algum dano feito por animais, como pássaros ou o próprio rebanho.
“Como o ambiente ideal da silagem é sem oxigênio, qualquer furo pode trazer prejuízos, por isso o kit reparo é muito importante”, finaliza a doutora em agronomia.
Produtores devem informar rebanho ao Indea a partir desta quarta

Começa nesta quarta-feira (1º) a campanha estadual de atualização de rebanho, realizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT).
Até o dia 30 de novembro, produtores comerciais de bovinos, bubalinos, suínos e aves terão, obrigatoriamente, que informar ao Indea os dados detalhados dos rebanhos e das propriedades rurais.
O produtor rural poderá fazer a comunicação pelo módulo do produtor, ou presencialmente em qualquer unidade do Indea ou postos avançados.
No site da autarquia, em Sanidade Animal, é possível encontrar outras informações sobre a campanha.
A comunicação de estoque garante um cadastro adequado à realidade dos estabelecimentos rurais permitindo, consecutivamente, a continuidade do planejamento das ações operacionais por parte do Estado dos serviços veterinários oficiais.
Para ter acesso ao módulo do produtor, deve-se requerer o cadastro em alguma unidade do Indea, e assinar o Termo de Compromisso de Utilização do Sistema Informatizado.
No site do Indea, em Sanidade Animal, Atendimento não Presencial, é possível acessar o referido termo.
Haverá bloqueio do trânsito das espécies alvo (bovino, bubalino, suíno e aves comerciais) do dia 7 de novembro em diante para quem não realizar a comunicação – exceto para abate.
A partir dessa data, somente os produtores que comunicarem estoque conseguirão emitir a Guita de Trânsito Animal (GTA), exceto se o animal for para abate.
Durante a comunicação, o produtor rural que possui bovinos e bubalinos sob sua responsabilidade, poderá também registrar a marca a ferro.
A não comunicação de estoque de rebanho resultará em multa é de aproximadamente R$ 6 mil.
Líder no ranking de estados com o maior número de cabeças de gado em todo o país, Mato Grosso tem um rebanho bovino de mais de 34,4 milhões de animais.
A quantidade foi levantada durante a campanha de atualização de estoque de rebanho, realizada entre 1º de maio e 15 de junho deste ano.
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Seca prejudica escoamento de grãos pelos portos do Arco Norte

Produtores de grãos em Mato Grosso estão preocupados com a longa estiagem que atinge a região Norte do país.
Responsáveis por quase metade dos embarques de milho destinados à exportação, os portos do Arco Norte estão operando com capacidade reduzida por causa da seca.
Com o escoamento prejudicado, parte das cargas está sendo direcionada para outras rotas, aumentando o custo logístico.
Os portos do Arco Norte ganharam relevância para o escoamento da produção brasileira de milho para outros países de 2015 para cá – salto de 19% para 45% do total de embarques.
Um movimento alimentado, principalmente, pelos grãos colhidos em Mato Grosso, combinando os modais rodoviários e hidroviários.
Entretanto, com a severa seca e, consequentemente, o baixo nível dos rios, a navegação está comprometida, diminuindo o volume embarcado e também o ritmo do transporte.
“Esse ano tivemos uma super oferta de soja e milho para ser escoada. Ocorre que esse ano, coincidentemente, também estamos tendo a maior seca dos últimos 120 anos. Então, o nível dos rios baixou muito, o que torna impossível pleno escoamento”, pontua o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz.
As barcaças estão transportando 60% da sua capacidade.
FRETE AUMENTA
A alternativa para a situação está sendo desviar parte da produção para os portos de Paranaguá e Santos. Contudo, há um custo maior, que tende a pesar no bolso dos agricultores, mesmo que não ocorra agora.
O frete que está sendo destinado a Santos e Paranaguá são trechos acima de 2,2 mil km rodoviários.
Ao se analisar o Arco Norte, de Sorriso a Miritituba/PA são 1.090 km rodoviários e 1.070 km hidroviário até Barcarena/PA.
“Ao fazer a compra do produto do agricultor, a trading calcula a melhor logística e paga o valor resultante do porto menos as despesas até a origem. Nesse caso ela já fechou, já comprou. Então, ela não tem como nesse momento transferir esse custo ao produtor. Mas, ao longo do ano que vem ela com certeza vai praticar preços menores para recuperar esse valor que está sendo pago”, explica.
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Entidades se unem no manejo da resistência de pragas

Começou nesta terça (31) o 3º Seminário Sobre Manejo de Resistência, encontro cuja organização reúne Embrapa, Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMA) e a Fundação MT.
O evento está sendo realizado em Cuiabá e segue até amanhã (1º), em Cuiabá.
O Seminário objetiva compartilhar e debater estudos realizados nas lavouras, com foco na resistência de pragas, doenças e plantas daninhas, com a intenção de fornecer orientação técnica aos produtores e consultores sobre as melhores estratégias de manejo da resistência.
A iniciativa envolve a participação de institutos de pesquisa, instituições de ensino, representantes da indústria agrícola e agricultores.
“O uso de produtos com o mesmo princípio ativo em sucessivas safras pode ocasionar o aparecimento de plantas daninhas, pragas e fungos resistentes aos defensivos”, destacou o engenheiro agrônomo Marcelo Lima, gerente técnico da AgBiTech Brasil.
Essa resistência resulta em maior dificuldade de controle, aumento de custos e perda de produtividade.
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Fábrica em Lucas do Rio Verde produz biocombustível de fonte renovável e menos poluente

A fábrica de biodiesel a partir de óleos vegetais está localizada em Lucas do Rio Verde.
O biocombustível ajuda na redução da emissão de CO2 para a atmosfera, e o Brasil é o sexto país com maior frota de caminhões movidos à óleo diesel, no qual é misturado o biodiesel.
A fábrica de biodiesel da Fiagril produz anualmente 202 milhões de litros do biocombustível.
Filas de caminhões com matéria-prima, basicamente óleo vegetal de soja, milho e algodão, podem ser observadas na entrada da indústria.
“A gente pega o óleo vegetal, utiliza alguns produtos químicos, e fazemos uma separação da glicerina, do óleo e o que sobra. O que a gente recombina no processo químico é chamado de éster, ou metil éster que é o nome técnico”, explica o gerente industrial da Fiagril, Luiz Gustavo Gury.
“Esse metil éster tem carbono, hidrogênio e oxigênio. Ele que é o biodiesel, o combustível que a gente usa nos nossos veículos”, completa.
O tempo médio para que um litro de óleo vegetal seja transformado em biodiesel é de aproximadamente três horas. O processo é completamente automatizado.
“A automação do sistema é 100% automatizada, ele garante que as dosagens dos produtos químicos, controle de nível de tanque, tempos de reação, sejam sempre os mesmos durante todo o período do processo produtivo”, comenta Luiz.
Para garantir a qualidade do produto, a fábrica tem um laboratório, acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que trabalha 24 horas por dia analisando tudo o que entra e sai da usina.
Desde a matéria-prima até o produto final, tudo é analisado. Inclusive, águas industriais e processos auxiliares.
Na fábrica, tudo é aproveitado. O gerente industrial da Fiagril conta que o principal subproduto é a glicerina. Quanto a resíduos, uma pequena quantidade de água ácida.
O biocombustível fabricado vai para os tanques dos veículos, misturado ao óleo diesel do petróleo. Atualmente a mistura é de 12% e deve chegar a 15% em 2026, de acordo com resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Segundo o diretor de originação e biodiesel da Fiagril, Guilherme Kummer, o setor industrial do biocombustível está fazendo gestão junto ao governo federal para acelerar essa agenda. A pretensão é de que os 15% de mistura ocorram já em 2024.
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Risco de replantio de soja deixa revendas em alerta

A falta de umidade no solo, diante das chuvas irregulares, continua preocupando os produtores mato-grossenses.
Além do atraso na semeadura, algumas propriedades sinalizam a necessidade de replantar áreas.
Fato este que, que somado ao aumento do custo, levanta outra preocupação da porteira: a disponibilidade de sementes para esta nova semeadura.
Cenário que também deixa apreensivo o setor das revendas que estão com estoques de sementes baixos para atender a demanda.
Agricultor em Nova Mutum, Cristiano Costa Beber comenta ter iniciado o plantio da soja 2023/24 animado. Contudo, precisou parar os trabalhos na lavoura em decorrência a falta de chuva. São cerca de 17 dias com as máquinas esperando.
“Tem planta com um palmo de altura que se vai mais uma semana sem chuva vai começar a morrer. Plantas que estavam bem fortes e nutridas não estão aguentando. Já deu bastante escaldadura. Isso preocupa lá na frente quando carregar essa planta que vai produzir”.
Na propriedade, segundo Beber, estão programados para essa safra 3,8 mil hectares de soja. Até agora, ele conseguiu cultivar três mil hectares e já conta com 30% da produção comercializada.
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MT tem 9,5 cabeças de boi para cada habitante

9,5 cabeças de boi para cada habitante. É essa a proporção do rebanho bovino que Mato Grosso possui em comparação com sua população.
Os dados foram divulgados na mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o estudo, o rebanho bovino de MT aumentou 5,6%, passando de 32.424.958 cabeças de gado, em 31 de dezembro de 2021, para 34.246.313, na mesma data de 2022.
Se comparado com o número de habitantes (3.658.813), o estado possui mais de 9 cabeças de gado por pessoa.
O estado é líder na produção entre os estados brasileiros desde 2004, seguido pelo Pará e Goiás, respectivamente.
De acordo com a analista da PPM, Mariana Oliveira, a produção de bovinos tem aumentando no Brasil desde 2019, por causa dos bons preços da arroba e do bezerro vivo.
“Houve um processo de retenção de fêmeas para reprodução, devido aos preços mais atrativos. Mas a expectativa é de que a alta dos preços tenha se encerrado em 2022, quando observamos, também, aumento no abate de fêmeas”, aponta.
São Félix do Xingu, no Pará, é o o município com maior quantidade de bovinos no país com mais de 2,5 milhões de cabeças. Esse número equivalente a 10,2% do efetivo paraense e 1,1% do total brasileiro.
Já em MT, o município líder na produção bovina é Cáceres, que é o 6º no Brasil, com 1,2 milhão de bovinos. Vila Bela da Santíssima Trindade é o segundo do estado e o 7º no ranking nacional, com 1,1 milhão de cabeças.
Mato Grosso tem ainda outras quatro cidades no top 20 com os maiores efetivos de suínos:
- Nova Mutum, 10º (310 mil cabeças)
- Vera, 11º (300.413)
- Sorriso, 14º lugar (264.122)
- Diamantino, 18º (242.722)
O Brasil tem 203 milhões de habitantes, que abarrotam as capitais e grandes centros do país.
O ESTUDO
O IBGE afirma que obtém os dados por meio de consulta a entidades públicas e privadas, produtores, técnicos e órgãos ligados direta ou indiretamente à produção, comercialização, industrialização, fiscalização, fomento e assistência técnica à agropecuária.
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Brasil fortalece mercado para o agronegócio com a Índia

Na última semana, a missão do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), esteve em Nova Delhi, capital da Índia, terminou com saldo positivo.
Segundo o ministro Carlos Fávaro, que foi acompanhado de equipe técnica da Pasta, as trocas com o governo e com o setor produtivo indiano foram “múltiplas, positivas e que gerarão frutos para o Brasil”.
“Abrimos o mercado de avocado e, ainda no campo da fruticultura, também finalizamos o processo de abertura de mercado de cítricos, como limão-taiti, limão siciliano, lima ácida e tangerina. Além disso, firmamos um memorando de entendimento para ampliar o mercado de soja, a fim de podermos vender suplementos alimentares para a cadeia produtiva de leite na Índia”, comemora Fávaro.
Um dos primeiros compromissos de Fávaro e da comitiva foi a participação na abertura do Seminário Internacional – Perspectivas e o Futuro da Índia e Brasil.
Durante o evento, foram assinados memorandos de entendimentos, entre instituições dos dois países, que visam a ampliar a cooperação e fomentar o desenvolvimento do comércio bilateral.
OUTROS ACORDOS
Fávaro também se reuniu com o ministro da Agência de Segurança e Padrões Alimentares da Índia, Kamala V Rao, em que foram analisados pleitos para a autorização de importação de produtos de açaí brasileiro, como a polpa e o açaí liofilizado.
Também houve abertura de mercado de ambos, melhoria genética para a pecuária leiteira, aumento das cotas e a redução tarifária das cadeias produtivas de aves (frango inteiro e cortes de frango), suínos, algodão, frutas e suco de laranja, entre outros assuntos.
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Obras na MT-140 melhoram corredor logístico as BRs 070 e 163

A MT-140 será um dos principais corredores logísticos de Mato Grosso.
A estrada permitirá uma ligação entre a região Sul, a partir de Campo Verde, e os municípios que estão no eixo da BR-163, como Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop.
“Estamos falando de um momento de progresso. Somos um estado e uma região de muita produção, mas com pouca opção para escoamento. Essa obra traz um novo momento para a logística de Mato Grosso, principalmente para o nosso setor forte, que é a agricultura”, destacou o prefeito de Nova Mutum, Leandro Félix.
O asfaltamento da MT-140 é uma obra realizada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT).
A atual gestão trabalha para finalizar o asfalto, construção de pontes, obras complementares e sinalização em 382 km da estrada, que sai de Campo Verde, passa por Nova Brasilândia, Planalto da Serra, Santa Rita do Trivelato e Boa Esperança do Norte, até chegar em Sorriso. O investimento é de R$ 439 milhões.
O asfalto da MT-140 é aguardado há muitos anos pelos moradores da região.
NOVOS CORRERDORES
Junto de outras rodovias como as MTs-130 e 010, a MT-140 faz parte do planejamento estratégico do Estado para criar novos corredores logísticos entre as regiões Norte e Sul de MT.
A esses investimentos se juntam a duplicação da BR-163, realizada pela Nova Rota do Oeste e a chegada da primeira ferrovia estadual, ligando Rondonópolis até Cuiabá, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
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Veterinários do INDEA são capacitados para atender suspeitas de febre aftosa

Mato Grosso está há 27 anos sem o registro de casos de febre aftosa, doença infecciosa que causa febre e aftas na boca e pés de bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos.
Mesmo com esse status sanitário positivo, a vigilância epidemiológica veterinária em torno dessa enfermidade permanece constante no estado.
Até sexta (10), 40 médicos veterinários que integram o quadro de fiscais agropecuários do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) participam do ‘Treinamento de Atendimento a Notificação de Suspeita de Doença Vesicular’.
Realizada no auditório do Hotel Paiaguás, em Cuiabá, com parceria do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a qualificação visa preparar o quadro de médicos veterinário do Estado a estarem aptos a atenderem possíveis ocorrências com suspeitas da presença da febre aftosa.
Conforme o coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Marcelo Néspoli, o treinamento conta com conteúdo teórico e prático.
Na teoria os servidores conhecerão temas como:
- os aspectos clínicos das doenças vesiculares;
- outras enfermidades similares a febre aftosa;
- como fazer o diagnóstico; colheita e remessa do material colhido no animal para análise em laboratório.
Na aula teórica, os 43 médicos veterinários participantes, sendo três do Mapa, farão um simulado de atendimento à notificação suspeita.
“Mato Grosso deixou esse ano de ter a obrigatoriedade da vacinar o gado bovino e isso dá a nós uma maior responsabilidade de estarmos atentos a qualquer caso suspeito. A nossa preocupação é detectar precocemente a febre aftosa caso ela surja, e erradicá-la o quanto antes. O papel do veterinário do Indea passa por esse processo, e esse treinamento vem para deixar a nossa equipe preparada caso haja a necessidade”, explicou o veterinário e coordenador do Indea.
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Produtores de Pulses visitam novo porto em Hainan, na China

Em mais uma etapa da visita à China foi cumprida na quarta (8), a Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (APROFIR), juntamente com os demais integrantes da comitiva mato-grossense chefiada pelo governador Mauro Mendes, se reuniu com autoridades locais, na prefeitura de Haikou, na província de Hainan, que é conhecida por seu porto livre de comércio e por ser o único deste regime na China.
Com a articulação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o grupo pode estreitar relações comerciais e conhecendo as oportunidades de uma província que se destaca por manter políticas de livre comércio com uma vasta lista de vantagens, a citar o zero imposto de importação e incentivos fiscais para produtos manufaturados na região, com atrativos fiscais na busca de empreendimentos a ser instalarem na região, além de apresentar uma excelente localização estratégica.
O diretor-executivo da APROFIR, Afrânio Migliari, destaca que o governo central chinês vem investindo fortemente na região de Hainan, principalmente em seu parque tecnológico e com o objetivo de colocar em pleno funcionamento o porto de livre comércio de Hainan até 2025.
“Diferente de Macau, o governo quer transformar aqui em uma zona de livre comércio portuária, com a instalação de centros de pesquisas, startups, investimentos nas áreas de processamento de alimentos, e aí entra a nossa soja, milho, feijão, gergelim e demais culturas que Mato Grosso tem, além da carne que ficaram muito interessados. E por isso, eles estão buscando trazer para cá investidores de todos os portes e que se consolidem nesta futura grande área portuária de uma zona franca aqui em Hainan”, completou.
Migliari observa ainda, que além dos investimentos em estrutura, a área de livre comércio conta também com benefícios fiscais para empresas manufaturarem seus produtos na ilha de Hainan, e colocarem no mercado chinês de quase 1,5 bi de consumidores de forma competitiva.
Nesta quinta (9), a comitiva visita algumas áreas portuárias disponíveis para investimentos e também já com armazéns e estruturas prontas já para instalação imediata de operações comerciais, inclusive com multinacionais já instaladas no local.
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Estudantes produzem bioinseticida para controle de pragas em lavouras

Um projeto desenvolvido por estudantes da Escola Técnica Estadual (ETE), em Tangará da Serra, resultou em uma cápsula biodegradável com propriedades bioinseticidas para o controle de insetos e pragas das lavouras dos produtores rurais da região, usando resíduos orgânicos.
A pesquisa recebeu apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), com recursos financeiros do edital "Ambientes de Pesquisa e Inovação em Escolas Técnicas de Educação Profissional e Tecnológica".
A cápsula biodegradável é composta por fontes orgânicas “in natura” em pó ou granular, a partir dos resíduos orgânicos, como a pimenta malagueta, casca de laranja, limão, cebola, tomate, fumo, cravo da índia, alho, casaca de ovo, borra de café, e casca de banana.
As plantas aromáticas e os restos vegetais são dessecados ao sol, moídos e transformados artesanalmente em cápsulas a partir do uso de um agente aglutinante orgânico.
Nas lavouras, inicialmente as cápsulas desenvolvem a função de bioinseticida, e, posteriormente, ao perderem sua eficácia começam a decompor no solo, transformando-se em adubo natural.
O uso das cápsulas nas hortas apresentou redução de pragas, tornando possível a produção de alimentos mais saudáveis.
Ao todo, 30 propriedades rurais fizeram parte do experimento. Os produtores foram auxiliados na parte técnica de manejo e receberam orientações de gestão.
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) foi implementado nas áreas de estudo para evitar custos elevados de produção e perdas de produtividade devido a pragas, incluindo lagarta-rosca, bicho capixaba, mosca branca, consideradas comuns.
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Evento em Sinop discute produção e comercialização de feijões e gergelim

Na próxima terça (14), a Embrapa e o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (Ibrafe) realizam o Pulse Day Mato Grosso em Sinop.
O evento será no período da tarde, no auditório da Embrapa Agrossilvipastoril. As inscrições são gratuitas.
O Pulse Day é um evento técnicos que tem como objetivo debater a produção e comercialização de feijão e gergelim em 2024.
A programação começará às 13h30. Abordará as cultivares de gergelim, feijão e feijão-caupi recomendadas para a região Médio Norte de Mato Grosso, o sistema de produção de feijão na palhada de arroz, o manejo e condução da lavoura de gergelim para altas produtividades e as oportunidades de ganhos em 2024 com as culturas do feijão e do gergelim.
Entre os palestrantes estão pesquisadores de quatro Unidades da Embrapa:
- Sílvia Campos e Vanessa Quitete (Embrapa Agrossilvipastoril)
- Liv Soares (da Embrapa Algodão)
- Isabela Furtini (Embrapa Arroz e Feijão)
- José Ângelo Menezes (Embrapa Meio Norte)
Também farão as apresentações técnicas Diego Fiorese (professor da UFMT), Marcelo Luders (Ibrafe) e um representante da Marambaia Sementes.
O evento contará ainda com apresentações de apoiadores falando sobre a importância dos portais de notícia para o agronegócio brasileiro e sobre ferramentas financeiras para o agronegócio. Haverá ainda um debate entre os participantes.
Além de Sinop, o Pulse Day Mato Grosso também será realizado em Sorriso, no dia 16, e em Lucas do Rio Verde, no dia 17.
As inscrições podem ser feitas de forma antecipada e gratuita no site www.pulseday.com.br.
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Equipamento multiuso é 'coringa' para o dia a dia nas propriedades

Um dos principais objetivos de quem é do campo é conciliar eficiência nos processos produtivos à economia financeira. Mas, essa missão não é tão simples e há diversos desafios.
Um deles é o acesso às linhas de crédito que na maioria das vezes é burocrático, com isso, o investimento em novos maquinários para a fazenda precisa ser certeiro, sem margem para erros.
Para ajudar os produtores nesse desafio, a Mepel Máquinas e Equipamentos disponibiliza a Carreta Tanque Combate Incêndio Max Calda (CARTBB Max Calda).
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Esse equipamento foi projetado para ser versátil e útil para o dia a dia, ou seja, um importante “coringa” na fazenda por ser uma solução três em um.
Sua função principal é a de combate a incêndios, mas também funciona de forma eficiente no abastecimento de pulverizadores com a incorporação de defensivos.
Além disso, a CARTBB Max Calda conta com sistema exclusivo de preparação de calda com esfera de polietileno.
“Com um único investimento, o agricultor terá um implemento robusto e completo que pode ser usado em diversas tarefas, como por exemplo: irrigação de gramados ou limpeza de máquinas e pavimentações”, diz o engenheiro mecânico, Cácio Vargas.
Pensando nos mais diversos perfis de produtores, a CARTBB Max Calda tem outro importante diferencial: a customização, ou seja, se adapta de acordo com as necessidades de cada cliente.
O tanque de água limpa varia de 6,5 mil litros e 18,5 mil litros.
Já a esfera de preparo de calda pronta vai de 3,5 mil l a 5 mil l.
“Dentro dessa configuração, o produtor pode ajustar tanto o tanque de água limpa bem como a esfera de preparo de calda do jeito que necessitar. Por ser uma solução multiúso, somos bem flexíveis”, reforça.
Outro importante diferencial é a opção de poder acrescentar o canhão elétrico de combate ao incêndio. Essa particularidade é muito importante, pois elimina a necessidade da presença de mais de um operador sobre a máquina.
“A colheita geralmente é o momento mais tenso para o produtor, pois a combinação de altas temperaturas com o período seco e a palhada torna o risco de incêndio mais alto. Por isso pensamos na eficiência: em vez do operador ter que subir no equipamento, por meio de um joystick, que fica dentro do trator, ele consegue sozinho realizar a função de direcionar o canhão e mirar o jato de água no foco com muito mais rapidez e precisão”, destaca o especialista.
Solução para seca, período proibitivo de queimadas segue até dia 30

O período de restrição de uso do fogo para limpeza e manejo de áreas em Mato Grosso foi prorrogado até o dia 30.
A decisão do governo do estado consta no decreto nº 579/2023 foi publicado na Imprensa Oficial de Mato Grosso (Iomat).
O período proibitivo em Mato Grosso do uso de fogo para limpeza e manejo de áreas compreendia de 1º de julho a 31 de outubro.
A prorrogação até 30 de novembro leva em consideração “os prognósticos das condições climáticas cíclicas adversas (estiagem prolongada, altas temperaturas, ondas de calor, umidade relativa do ar baixa e intensos ventos) e que favorecem às ocorrências de incêndios florestais”.
Além disso, o decreto se alinha à Portaria nº 395 do Ministério do Meio Ambiente “que declara estado de emergência ambiental em risco de incêndios florestais, entre os meses de abril a novembro de 2023, no Estado de Mato Grosso, englobando o período indicado pelo CEGF/SEMA”.
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Embrapa apresenta tecnologias sustentáveis na Bélgica

Nesta terça (14), a Agência Brasileira de Promoção das Exportações (ApexBrasil) promove em Bruxelas, na Bélgica, o evento “Diálogos sobre Alimentação e Agricultura Sustentável: estamos aprendendo a lição?”.
O evento é direcionado a lideranças e formadores de opinião europeus e visa abordar a produção agropecuária brasileira.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária será representada pela pesquisadora e chefe-geral da Embrapa Agrossilvipastoril, Laurimar Vendrusculo, que participará do painel “Entregando uma agricultura de baixo carbono: como acelerar a mudança?”.
Laurimar falará sobre tecnologias desenvolvidas e/ou aperfeiçoadas pela Embrapa e que, ao serem adotadas pelos produtores rurais brasileiros, estão tornando a produção agropecuária nacional mais sustentável.
Entre elas está a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), o uso de bioinsumos, a fixação biológica de nitrogênio e a recuperação de pastagens.
Para complementar a fala da pesquisadora, os participantes do evento poderão conhecer melhor as tecnologias por meio de um tour em realidade virtual por uma fazenda que utiliza sistemas de integração lavoura-pecuária e integração lavoura-pecuária-floresta.
A narração em inglês explica os benefícios da adoção das técnicas sustentáveis.
O aplicativo de RV foi desenvolvido pela equipe de comunicação da Embrapa, com recursos da Rede ILPF. A apresentação será feita pelo jornalista da Embrapa Agrossilvipastoril Gabriel Faria.
O evento “Diálogos sobre Alimentação e Agricultura Sustentável: estamos aprendendo a lição?” é promovido pela ApexBrasil em Bruxelas visando falar com formadores de opinião e lideranças europeias.
Foram convidados a participar representantes de instituições governamentais, entidades de classe, instituições importadoras de alimentos, parlamentares europeus, jornalistas, representantes de ONGs, entre outros.
A programação contará com dois painéis e apresentações de dois cases, além de um momento para interação entre os participantes.
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Comercialização de soja alcança 31,7% da produção estimada

As vendas de soja para a safra 2023/24 avançaram 2,76 pontos percentuais no comparativo mensal, alcançando 31,69% da produção estimada.
De acordo com os dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a estimativa de produção para este período é de 43,78 milhões de toneladas, uma queda de 3,39% ante a safra passada.
O instituto ressalta que “as incertezas quanto à produção da temporada têm limitado o avanço das negociações no estado e o produtor aguarda uma melhor definição das lavouras para voltar a fazer maiores negociações”.
No que se refere ao preço da soja 2023/24, a média aumentou 1,74% em relação ao mês passado, fechando em R$ 110,11/saca.
A comercialização da soja 2022/23 em MT atingiu 94,51% das 45,316 milhões de toneladas produzidas. Conforme o levantamento do Imea, em relação ao observado no mesmo período do ano passado, ela está 2,20 pontos percentuais acima.
O instituto destaca que a média da soja negociada neste mês chegou em R$ 118,81/saca, alta de 0,9%.
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Apicultores de Sorriso aprendem técnicas de produção de abelhas rainhas

Vinte e três apicultores sorrisenses, integrantes do programa VitaMel, concluíram o curso avançado de produção de abelhas rainhas.
Esse foi o terceiro de um ciclo de três cursos ofertados com a finalidade de fomentar a cadeia produtiva no município.
A iniciativa faz parte de uma parceria firmada entre o Clube Amigos da Terra (CAT) e a Prefeitura, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Segurança Alimentar (Semasa).
“Nesta primeira etapa, eles tiveram contato com as noções básicas sobre a estrutura organizacional das colmeias, construção de colmeias e uso de equipamentos de proteção individual (EPI). Em seguida abordamos alguns aspectos relacionados a vulnerabilidade e a seleção de colmeias para formação de enxames de excelência. Por fim, estamos trazendo o curso de produção de abelhas rainhas que consiste na separação genética e técnicas para proceder a divisão dos insetos polinizadores”, explica o coordenador do programa VitaMel, Niki Nelson.
O clima e a altitude conciliados com as ações de preservação ambiental, assim como os incentivos governamentais, contribuem com o fortalecimento do setor. Por outro lado, é necessário continuar investindo em melhoramento genético para equiparar a produção.
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Brasil consolida mercados para exportar derivados de etanol de milho

O Brasil está ampliando as exportações derivados da produção de etanol de milho, conhecido como DDG (grãos secos por destilação) ou DDGS (grãos secos por destilação com solúveis) para países da Ásia/Europa e Oceania.
Com isso, fortalece o mercado com Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia.
A conquista ressalta as boas relações diplomáticas brasileiras e o coloca como um importante player no mercado global. A afirmação é dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores.
A expectativa da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), é de que as exportações avancem e ajudem a impulsionar, ainda mais, a produção desse co-produto.
O presidente da Unem, Guilherme Nolasco, conta que depois de um ano e meio de estudo alguns países foram priorizados para essa consolidação de mercados alvos.
“A gente recebe com muita alegria esses novos quatro mercados que se consolidam para a produção e oferta do farelo de milho brasileiro”, comenta Nolasco.
Segundo ele, em meados de 2019, o mercado comprava mais farelo de milho do que ofertava. O setor observava o potencial de crescimento da indústria e a necessidade de abrir para o mercado internacional.
Em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), mais de 80 requisitos foram analisados para que o mapeamento, dos possíveis locais de crescimento, fosse realizado.
De acordo com a Apex Brasil, as projeções indicam que até 2031/2032 a produção de etanol de milho brasileiro saltará para 10,88 bilhões de litros. Isso levará a uma oferta para o mercado de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS.
“Hoje a China já não compra mais o DDGS dos Estados Unidos da América e o único país que pode ofertar é o Brasil. E estamos trabalhando para abrir, também, esse mercado para a China. O Brasil ainda produz quatro milhões de toneladas de DDGS, ou seja, quase a metade daquilo que a China já consumiu e temos uma projeção de produzir nove milhões até 2030”, explica Nolasco.
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Produção de café em MT aumenta 102% em 4 anos

Estado que mais se reinventa no agronegócio, Mato Grosso agora começa a se destacar também na produção de café.
Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontam que houve crescimento de 102% na produção do grão nos últimos quatro anos no estado.
Em 2019, foram colhidas 121,4 mil sacas de café e, em 2023 até o momento, 245,8 mil sacas.
De acordo com o Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf), as mudas entregues pelo Estado são de café clonal, que possui alta produtividade em pouco espaço.
Só em 2022 e 2023, foram entregues 300 mil mudas de café e 98 kits de irrigação.
Atualmente, 31 municípios mato-grossenses produzem o grão, sendo que os 5 maiores são: Colniza, Juína, Aripuanã, Nova Bandeirantes e Cotriguaçu.
Conforme a Conab, o início da produção dos cafezais clonais no estado, em 2020; a expansão da área em produção; o aumento do uso de fertilizantes e as excelentes condições climáticas durante o ciclo de cultivo do grão contribuíram para o crescimento da produção.
Além disso, há uma maior tecnificação do sistema produtivo e de manejo, também favorecendo a expressão desse maior potencial produtivo das novas cultivares clonais.
“As condições climáticas gerais e o controle efetivo de pragas e doenças, excetuando algumas perdas pontuais por doenças fúngicas na fase de floração e formação de frutos, além de pragas como cochonilhas e brocas, mas sem danos significativos, foram favoráveis à cultura e viabilizaram essa produção acima daquela obtida em 2022”, afirma o levantamento mais recente, que comparou o crescimento da safra 2023 com a do ano passado.
O Programa de Pesquisa Aplicada em Políticas Públicas, ao qual a secretária se referiu, irá destinar R$ 1 milhão para pesquisas nas áreas de cafeicultura, mandiocultura, bananicultura e forragicultura, para o fortalecimento da agricultura familiar.
Com o Programa MT Produtivo Café, o Governo de Mato Grosso também tem incentivado a expansão da cultura do café, a partir da entrega de mudas e da distribuição de kits de irrigação para agricultores familiares.
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Shopping Sinop: lojas oferecem até 70% de desconto em produtos e serviços

Começa nesta sexta (24) a Black Friday do Shopping Sinop. Até domingo (26), as lojas oferecem produtos e serviços com até 70% de desconto.
Durante o período, os clientes terão ofertas exclusivas em diversos setores, como eletrônicos, vestuários, acessórios e alimentação.
A campanha faz parte do calendário de promoções da AD Shopping, administradora do centro de compras em Sinop.
Além das promoções, a cada R$ 400 consumidos nas lojas com o selo participante, os clientes receberão um número da sorte para concorrer a um Onix 2023/24 0 Km, preto ouro negro.
A apuração será pela Loteria Federal e conforme previsto no regulamento a divulgação do ganhador será no dia 11 de janeiro, no Shopping Sinop.
Conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), nove em cada dez consumidores devem comprar na Black Friday.
Para 73% a data é uma oportunidade de comprar algo que já estava precisando, com um preço mais baixo. Outro percentual é dos consumidores que estão antecipando as compras de Natal, cerca de 37% dos entrevistados.
Realizada anualmente pela administradora, a Black Friday gera boas expectativas, conforme aponta o head de Marketing do Grupo AD, Christian Magalhães.
“Estimamos um aumento de 10% no tráfego de consumidores. Temos boas expectativas, uma pesquisa recente realizada pelo Google mostra que sete a cada dez consumidores pretendem gastar mais que o consumido no ano passado. Para o setor do varejo é uma oportunidade ímpar de impulsionar o mercado, além de aumentar o fluxo de clientes e de vendas em nossos empreendimentos”, concluiu Magalhães.
ATENDIMENTO
O horário de funcionamento do Shopping Sinop de segunda-feira a sábado é das 10h às 22h.
Aos domingos e feriados atende das 11h às 22h com as operações de alimentação e das 14h às 20h com as lojas.
Além das promoções, o espaço está decorado para o Natal, com atendimento do Papai Noel na praça de alimentação de terça a domingo, das 14h às 17h e das 18h às 20h.
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Indea orienta produtores a informar suspeitas de Cria Pútrida Europeia

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) orienta aos produtores de mel que registrem seus apiários junto ao órgão de vigilância e comuniquem qualquer suspeita de Cria Pútrida Europeia nas colmeias.
A médica veterinária do Indea, Erika Gleice do Nascimento, explica que a doença, causada por uma bactéria, acomete as crias das abelhas Apis melífera e abelhas nativas, podendo ocasionar a morte prematura das abelhas.
“As principais características de identificação da doença incluem mudanças na coloração e aspecto irregular das larvas, bem como favos com falhas e opérculos perfurados”, aponta a veterinária.
Erika observa que, recentemente, houve a confirmação de dois casos da doença em Mato Grosso, registrados em Juara e Pedra Pedra, após exames realizados no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul (Lanagro-RS).
“Estamos orientando os produtores a manter seus apiários registrados junto o Indea, para que possamos ter dados que nos balizem em ações futuras, e que avisem imediatamente sobre qualquer suspeita ou ocorrência da doença”, pontua a médica veterinária.
Conforme a médica, a intervenção contra a doença é importante para evitar a diminuição na produção do mel ou mesmo a perda total da colônia.
De acordo com dados da autarquia, a apicultura está presente em 114 dos 141 municípios de Mato Grosso, contabilizando mais de 16 mil colônias instaladas em 828 estabelecimentos rurais.
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MT registra recorde mensal de abates de bovinos em outubro

Os abates de bovinos em Mato Grosso somaram no mês de outubro 533,32 mil cabeças.
O volume representa apenas o total de animais levados ao gancho em indústrias frigoríficas instaladas dentro do estado e representa um aumento de 1,48% em comparação com setembro.
Conforme os dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), trazidos pelo Imea em seu boletim mensal, o número marca mais um recorde mensal de bovinos abatidos para um mês de outubro na história.
O boletim do Imea destaca que, considerando os abates realizados pelas plantas frigoríficas de segunda a sexta-feira, a média diária de animais abatidos em outubro foi de 25.397 cabeças.
“Com isso, a média de abates diários em 2023 (de janeiro a outubro) é de 23.617 cabeças, ao passo que em outubro de 2022 a média foi de 19.193 cabeças”, frisa o Imea.
Ainda segundo o boletim, diante do verificado, a utilização da capacidade frigorífica total do estado está em um dos maiores patamares da história, e em outubro de 2023, o indicador ficou na média de 68,03%, 18,20 pontos percentuais acima da média de outubro de 2022 que era 49,83%.
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Preocupação: calor intenso e falta de chuva atrasam o plantio e castigam soja recém-emergida

Não é só a população brasileira que tem sofrido com as fortes ondas de calor que atingem o Brasil.
As lavouras, especialmente de soja, também estão sentindo o impacto do clima atípico.
No Centro-Oeste, há produtores que nem chegaram a semear a oleaginosa, e que na expectativa de chuvas estão com plantio atrasado; outros até tentaram, mas estão tendo que replantar, estreitando drasticamente a janela para a safrinha de milho.
Infelizmente, este cenário deve continuar assim nos próximos dias, com altas temperaturas e forte calor.
Segundo o engenheiro agrônomo da multinacional DVA Agro, Renato Menezes, as previsões climáticas consolidaram-se de forma que causam apreensão ao setor agrícola.
“Não estamos mais falando de previsões de clima adverso para a agricultura para daqui 5, 7 ou 10 anos, nem para 2050. É o agora que nos preocupa, estamos vivenciando o extremo da capacidade de algumas espécies exploradas comercialmente, a suportarem as adversidades, principalmente a térmica”.
Segundo dados, a condição climática impõe atrasos significativos no plantio de regiões importantes na produção de grãos.
Apesar do principal estado produtor que é o Mato Grosso ter alcançado aproximadamente 91% da estimativa de área para o período, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a região sofre severas influências negativas no desenvolvimento inicial da cultura.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) destaca que as condições das lavouras exigem cuidados.
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Falta de limpeza de fuso da colhedora gera perda no algodão

É algo simples, que parece bobo, mas que faz uma grande diferença no final, especialmente para uma cultura com alto valor agregado.
Sabe do que se trata? Estamos falando da limpeza dos fusos das colhedoras de algodão, que se não realizada da maneira e periodicidade corretas, pode representar perda de fibra da pluma ou até impactar na qualidade, ou seja, prejuízo para o bolso do produtor.
O engenheiro agrônomo e diretor comercial na Sell Agro, Alexandre Gazoni, destaca que manter as peças limpas é importante justamente para o propósito de garantir uma alta capacidade na remoção das plumas da planta.
Segundo ele, essa operação de limpeza precisa ser realizada praticamente todos os dias e, em alguns casos, até mais de uma vez durante a colheita, dependendo do desempenho da máquina.
“Mesmo que você utilize produtos de alta eficiência para retardar o enovelamento nos fusos, em determinado momento vai começar a perder muita fibra na lavoura”, pontua. Ele reforça que é fundamental, durante a operação, parar e avaliar o equipamento, assim, em alguns casos, “percebe-se a necessidade de limpeza maior do que se imaginava”, completa.
COMO REALIZAR
A limpeza ocorre em duas etapas, sendo a primeira realizada pela própria máquina.
Nesse processo, o produto é misturado com água no reservatório da colhedora, e a solução é conduzida até as escovas posicionadas acima de cada fuso, onde é aplicada em cada um deles.
Porém, quando a autolimpeza não consegue evitar o enovelamento no fuso, é necessário realizar uma limpeza externa em cada carrinho dos fusos.
“A recomendação é jatear água e produto específico nas áreas propensas ao enovelamento. Em casos em que isso não é suficiente, pode ser necessária a remoção manual do enovelamento, sendo essencial agir com cuidado para garantir a máxima higienização do fuso”, explica Gazoni.
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Agricultores mantém mais de 95% de nascentes preservadas

Equilibrar a conversação do meio ambiente e a produção agrícola é uma das características do agronegócio mato-grossense.
O estado é rico em recursos hídricos e preserva mais de 95% das nascentes dentro de propriedades mapeadas, segundo o projeto Guardião das Águas, desenvolvido desde 2017.
O projeto, de autoria da Associação dos Produtos de Milho e Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), mostrou a parceria inédita com a Puríssima Água Mineral.
A parceria surgiu quando a entidade observou as ações de sustentabilidade realizadas pela empresa de água mineral. Dessa forma, o projeto consegue entrar na casa da população, mostrando a capacidade do agro em produzir e preservar.
O diretor comercial da Puríssima Água Mineral, Felipe Neri, esteve presente durante a apresentação da parceria e comentou que serão vendidas nos pontos de distribuição do estado, cerca de quatro milhões de garrafas de água com o selo ‘Guardião das Águas’.
As garrafas, possuem o rótulo Puríssima Eco, com 35% menos plástico, mostrando a sustentabilidade e preservação do meio ambiente.
Ele ainda contou que a unidade de Dom Aquino, é aberta para visitação e que a área arrendada possui 320 hectares de terra destinada à preservação.
Isso para que nenhuma atividade possa contaminar o solo e, consequentemente, fazer a água perder sua qualidade.
A proposta do projeto para 2024 é fazer ações pontuais nos municípios em parceria com o núcleo da entidade, sindicatos rurais e demais parceiros locais, interessados em investir no desenvolvimento de ações de recuperação, ou divulgação do projeto.
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Calor intenso e falta de chuva atrasam o plantio e castigam soja recém-emergida

Não é só a população brasileira que tem sofrido com as fortes ondas de calor que atingem o Brasil. As lavouras, especialmente de soja, também estão sentindo o impacto do clima atípico.
No Centro-Oeste, há produtores que nem chegaram a semear a oleaginosa, e que na expectativa de chuvas estão com plantio atrasado, outros até tentaram, mas estão tendo que replantar, estreitando drasticamente a janela para a safrinha de milho.
Este cenário deve continuar assim nos próximos dias, com altas temperaturas e forte calor.
Segundo o engenheiro agrônomo e gerente de marketing técnico da multinacional DVA Agro, Renato Menezes, as previsões climáticas consolidaram-se de forma que causam apreensão ao setor agrícola.
“Não estamos mais falando de previsões de clima adverso para a agricultura para daqui 5, 7 ou 10 anos, nem para 2050. É o agora que nos preocupa, estamos vivenciando o extremo da capacidade de algumas espécies exploradas comercialmente, a suportarem as adversidades, principalmente a térmica”.
Segundo dados publicados em diversas fontes que acompanham o avanço da atividade em todo o Brasil, a condição climática impõe atrasos significativos no plantio de regiões importantes na produção de grãos.
Apesar do principal estado produtor que é o Mato Grosso ter alcançado aproximadamente 91% da estimativa de área para o período, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) esta região sofre severas influências negativas no desenvolvimento inicial da cultura.
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Aprofir-MT realiza eleição da nova diretoria em dezembro

A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT), realiza no dia 1º de dezembro, a eleição da nova diretoria para o triênio 2024/2026, por meio de Assembleia Geral Extraordinária na forma virtual.
Desta forma, a diretoria da APROFIR convoca os associados da entidade para participarem da reunião eletiva.
A Aprofir-MT foi criada em 30 de março de 2013 como Associação dos Irrigantes de Mato Grosso (AIMA), já com a atual constituição, a associação expandiu suas atividades para incluir outras culturas, como gergelim, amendoim, fava, arroz, milheto, chia, entre outras, além de feijões e trigo. Atualmente sua sede fica em Cuiabá.
ORIGENS
A Aprofir criou o IMAFIR, Instituto Mato-grossense de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigação que atua em pesquisa, desenvolvimento das culturas, apoio à gestão das associadas e outras atividades de acordo com o Estatuto.
Em 2023, a APROFIR assinou junto ao Governo Estadual um termo de fomento para a realização de um estudo sobre a inteligência territorial e hídrica visando o desenvolvimento sustentável da agricultura irrigada em Mato Grosso.
A eleição conta com chapa única e liderada pelo produtor rural de Nova Mutum, Hugo Garcia.
Para participar da Assembleia Geral Extraordinária, o associado deve acessar o link: https://us02web.zoom.us/j/81859801648?pwd=VGpMcGxxbWpGTWVNL2k1M3ppcCtSQT09.
Confira a chapa registrada para o pleito, com os cargos e qualificações dos candidatos para nova Eleição, triênio 2024-2026:
DIRETORIA EXECUTIVA
Presidente: Hugo Henrique Garcia
Vice-presidente: Leandro Lodea
Diretor financeiro: Renato Nascimento Araújo
Vice-diretor financeiro: Marcos Vimercati
Diretor secretário: Rodrigo Wesley Sanches Borges
Vice-diretor secretário: Gisele Schneider
CONSELHO FISCAL
Titulares: Alei Fernandes, Cesar Roberto Schevinski e Nayara Larissa Capeletti
Suplentes: Ademir Gardin, Carina Kurtz Stefanelo e Mariana Ambiel
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Pecuaristas têm até fim do mês para declarar quantidade de animais em rebanho

Os pecuaristas de Mato Grosso têm até o dia 30 deste mês para declarem o rebanho no Instituto de Defesa Agropecuária Estadual (Indea-MT).
De acordo com a entidade, a comunicação é obrigatória e pode ser feita por meio do site oficial, no módulo do produtor, ou pessoalmente, podendo ser realizada em qualquer unidade do órgão.
Além do rebanho bovino e bubalino, os criadores devem prestar informações sobre suínos e aves que são comercializadas.
Durante a declaração, o produtor também pode registrar a marca de ferro que utiliza nos animais.
Segundo o instituto, o produtor poderá ser multado se deixar de informar o estoque dentro da propriedade.
Ainda de acordo com o instituto, no primeiro semestre deste ano, o Indea chegou ao número de 34,4 milhões de cabeças de gado, somente em Mato Grosso, sendo considerado o maior rebanho do Brasil.
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Estado pode cortar benefícios de empresas da Moratória da Soja

O Governo do Estado pode cortar benefícios fiscais de tradings e empresas agrícolas aliadas a moratória da soja e da carne. Conforme governador Mauro Mendes, o acordo desrespeita o Código Florestal Brasileiro.
A moratória da soja foi criada em 2006 pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec).
O acordo privado proíbe a compra de soja produzida em áreas do bioma da Amazônia que tenham sido desmatadas após julho de 2008.
Tal iniciativa é polêmica e contestada pelo setor produtivo, em especial o mato-grossense, uma vez que o estado é responsável por cerca de 30% da produção nacional de grãos e possui um rebanho bovino com mais de 34 milhões de cabeças.
“A moratória da soja, além de ir contra a soberania nacional, contra a nossa legislação, interfere diretamente no direito à propriedade. Sem dúvida nenhuma ela tira a renda de muito produtor, que deixa de expandir novas áreas trazendo desenvolvimento para o estado. Ou seja, não interfere só no bolso do produtor, mas também na sociedade, deixando de gerar arrecadação e obriga muitas vezes o produtor comercializar para empresas de segunda linha”, comentou o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Beber.
Segundo ele, tais empresas de segunda linha muitas vezes somem com o dinheiro do produtor ou até mesmo não recolhem impostos, como Fethab e outros impostos, deixando um buraco dentro do estado.
O vice-presidente do Sistema Famato, Ilson Redivo, classificou como uma “injustiça” o bloqueio do CPF do produtor rural que realizou o desmate de forma legal.
“Nós não podemos aceitar. Precisamos que os três poderes constituídos entrem e entendam a gravidade do que está acontecendo no estado de Mato Grosso. Isso aqui está cerceando o direito das pessoas exercerem o direito de abrir legalmente os 20% que ele tem o direito de abrir e aqueles que abriram depois de 2008 estão jogados em uma lista negra que é ilegal”.
DESRESPEITO AO CÓDIGO FLORESTAL
O governador afirmou ainda que a moratória desrespeita o Código Florestal Brasileiro. Ele prometeu medidas duras contra as empresas que adotam o acordo privado dentro do estado.
“Isso é um absurdo, é um tapa na cara do Congresso Nacional que fez essa lei, é um desrespeito ao trabalhador sério, honesto. Se alguém desmatou ilegalmente temos que aplicar o rigor da lei. Nessa reunião nós definimos que vamos agir politicamente, levando isso ao conhecimento do Congresso Nacional que é um desrespeito e uma afronta a lei”.
Ainda de acordo com Mauro Mendes, o Judiciário também será acionado, pois “também é um abuso de poder econômico e vamos estudar medidas de sanção econômica caso essa situação persista dentro do estado do mato grosso contra essas empresas”.
O presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio de Mato Grosso, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, salientou:
“Vamos Vamos pegar o Código Florestal Brasileiro e, ao invés de usar 2008 como marco regulador, colocamos na mesma ideia que a União Europeia colocou 2020/21. Aí com toda certeza nós vamos estar com 95% dos problemas de embargos resolvidos”.
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Produtor de Campos de Júlio leva prêmio nacional de produtividade no milho

Foram revelados na manhã desta terça (28), em Indaiatuba/SP, os vencedores da 5ª edição do Concurso de Produtividade no Milho, realizado durante o Fórum Getap Inverno 2023.
Essa edição contou com 210 inscritos dos quais 129 foram auditados e concorreram em duas categorias: cultivo irrigado e sequeiro. No total, agricultores de nove estados participaram (MA, BA, MT, MS, GO, MG, SP, PR, SC) que juntos representam quase 90% da área plantada de milho inverno no Brasil.
Na categoria milho sequeiro, o primeiro colocado foi Adalberto Ceretta, de Campos de Júlio, que atingiu a expressiva marca de 237,6 sc/ha com o híbrido Agroceres (uma das marcas da Bayer).
A segunda colocação ficou com Loacir Tecchio de Tapurah, que colheu 236,7 sc/ha, produtor inscrito pela ICL.
Já a produtora Maria Fries, de Portelândia/GO, também inscrita pela ICL, chegou à terceira colocação com a produção de 231,3 sc/ha.
Na categoria milho irrigado o grande destaque foi o agricultor João Cornélio Michels, de Buritis/MG, que alcançou o tricampeonato com a colheita de 214,6 sc/ha. Ele, que desde 2021 é o produtor vencedor na categoria, utilizou o híbrido Agroceres.
O segundo colocado foi Mitsuru Okubo, de Araguari/MG com a marca de 207 sc/ha, inscrito pela Protec. Finaliza o pódio, Decio Lopes de Presidente Olegário/MG que atingiu a terceira colocação, produzindo 184,1 sc/ha também inscrito pela Protec.
MAIS PREMIADOS
O concurso reconheceu ainda agricultores que tiveram alta performance e se destacaram em suas respectivas regiões.
Em Mato Grosso do Sul, Guenter Duch, de Chapadão do Sul, despontou com 220,9 sc/ha, com o híbrido Agroeste (uma das marcas da Bayer).
Na Bahia foi a vez de Diego Santana, de Paripiranga, que colheu 208,4 sc/ha, (Mais Milho).
No Paraná, o destaque veio da pequena cidade de Quarto Centenário, com o agricultor Mauro Carlucci, que produziu 186,8 sc/ha (Agroceres).
No Maranhão, a Sierentz Agro Brasil LTDA, de Balsas atingiu a marca de 186,1 sc/ha (Ihara).
Em São Paulo, Leomir Baldissera, de Capão Bonito produziu 177,1 sc/ha (ICL), enquanto o produtor Guilherme Guimarães, de Ituporanga, foi o destaque de Santa Catarina colhendo 166,9 sc/ha (Agroceres).
AUDITORIA
Todas as áreas dos produtores inscritos foram auditadas pela equipe técnica do Grupo Somar, que tem ampla experiência neste mercado.
Alguns indicadores chave de produção foram analisados durante a auditoria, entre eles: produtividade e população obtida, número e peso de grãos por espiga.
Para finalizar o processo, os participantes recebem um relatório técnico completo, produzido pela equipe do Getap (Grupo Tático de Aumento de Produtividade), podendo comparar o seu desempenho com as médias dos demais produtores participantes.
O Getap é uma iniciativa que busca reunir especialistas do agronegócio para discutir temas relevantes e disseminar conhecimento e boas práticas no manejo da cultura do milho, com o objetivo de aumentar a produtividade e, consequentemente, a produção da cultura no Brasil.
Para isso, é promovido o concurso, onde a indústria e a cadeia do agronegócio se reúnem para premiar produtores com os mais altos níveis de produtividade, alinhando isso à rentabilidade, tecnologia e sustentabilidade.
De acordo com Anderson Galvão, curador do Getap, os resultados desta 5ª edição do Concurso de Produtividade no Milho mostram o bom trabalho feito no campo pelos agricultores.
“Gradativamente o projeto começa a dar evidência da importância da necessidade do crescimento e da melhoria da produtividade do milho no Brasil. Embora produtores de alta performance, como esses auditados pelo Getap, dão o caminho, ainda entendemos que há espaço para que as tecnologias agrícolas e as práticas agronômicas se tornem cada vez mais comuns nas diferentes regiões de produção no Brasil”, finaliza.
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Sorriso exportou mais de US$ 2,4 bilhões em 10 meses

Entre janeiro a outubro de 2023, Sorriso foi responsável por 9,8% nas exportações do estado.
Foram US$ 2,484 bilhões em exportações de commodities agrícolas, ocupando o segundo lugar no ranking estadual.
O volume também rendeu à Sorriso a 17ª posição no ranking nacional de exportações. No caminho inverso, o município é o 3º no estado com a importação de US$ 293,88 milhões em volume de produtos.
Os dados ainda demonstram que a soja é a principal commoditie exportada, respondendo por 57% dos valores negociados; o milho vem na sequência com 35% do valor total.
A China é o principal comprador, sendo que dos mais de US$ 2,4 bi comercializados, 37% do volume total foi negociado com o país asiático.
E nessa cartela de negócios há ainda outros destinos com o México figurando em segundo lugar, seguido pela Espanha, Alemanha e a Argentina completando o top 5.
Os dados fazem parte do levantamento mensal do Comex Stat, um sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro.
Empresários interessados em conhecer melhor o Programa de Qualificação para Exportação podem entrar em contato com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, localizada na Avenida Blumenau Sul, nº 1451, Rota do Sol, anexo ao Centro de Eventos Ari José Riedi, ou por meio do contato telefônico (66) 3545-8381.
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Mais de 70% dos produtores do Médio Norte estão com o CPF na moratória da soja

Mais de 70% dos agricultores de Vera e Feliz Natal estão com o CPF incluso na moratória da soja, impedidos de comercializar os grãos produzidos no território.
O assunto, que já vem repercutindo nos últimos dias, foi pauta de uma audiência pública realizada na Assembleia nesta semana.
Além de acumular prejuízos e uma queda significativa na receita das produções no estado, a restrição bloqueia, ainda, linhas de créditos que podem colocar em risco a continuidade da atividade em algumas propriedades.
O presidente do Sindicato Rural dos dois municípios, Rafael Bilibio, conta que o problema desse pacto comercial é não ser em hectares, e sim em CPF.
Segundo um levantamento mencionado por ele, existem hoje 260 produtores com o nome na lista e fora da atividade.
“É um crime imputado ao produtor rural que faz as coisas na legalidade. Em regiões como Vera e Feliz Natal, que foram exploradas posteriormente, o produtor abriu a área após 2008 de forma legal e sem ser julgado, sem ser autuado ambientalmente. E quando ele vê, está em uma lista e fora do mercado. Ninguém mais compra produto dele”, pontuou.
Entidades do setor produtivo, deputados estaduais e produtores marcaram presença na audiência e mostraram indignação por um assunto que vem prejudicando os produtores.
O acordo privado proíbe a compra de soja produzida em áreas do bioma amazônico que tenham sido desmatadas após julho de 2008, mesmo não levando em consideração, o fato delas terem sido ou não abertas com autorização do órgão ambiental responsável.
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Show Rural Colíder 2024 será realizado em abril

Um dos maiores eventos do agronegócio no norte de Mato Grosso, a 3ª edição do Show Rural Colíder em 2024 tem data definida.
O evento será realizado entre os dias 3 e 6 de abril (de quarta a sábado), no Parque de exposições do Sindicato Rural, com novo horário de funcionamento, agora das 13h às 21h.
O evento ainda contará com o festival de carnes “Show Rural Na Brasa” e a 17ª edição do Torneio Leiteiro.
Durante os quatro dias de feira será realizada a exposição e comercialização de maquinários, produtos e serviços em espaço ampliado, além de palestras com personalidades importantes do agronegócio.
Conforme destaca o presidente do Sindicato Rural de Colíder, Luiz Carlos Moia, as mudanças aconteceram pensando no conforto dos visitantes, muitos de cidades vizinhas e de outros estados.
“O parque estará mais amplo, com algumas reformas que fizemos esse ano, já adequando para o evento. Vamos novamente ter restaurantes, a presença de expositores e stands de venda. Vai ser uma feira grandiosa, com a data melhorada, para que os pecuaristas, agricultores e a população das cidades possam aproveitar, principalmente após o expediente”, ressaltou Moia.
Na cidade, o impacto do Show Rural Colíder é positivo, com grande ocupação de hotéis e pousadas, além do aumento na movimentação de outros estabelecimentos comerciais, como restaurantes, postos de gasolina e supermercados.
A data do evento de lançamento ainda será marcada, entretanto, expositores de Colíder e região, interessados em anunciar ou vender durante a programação podem entrar em contato com o Sindicato Rural de Colíder, pelo telefone (66) 3541-4630.
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Com planejamento correto, é possível evitar erros na reforma do canavial

Durante o plantio da cana-de-açúcar, se o produtor utilizar uma variedade de qualidade aliada ao manejo eficiente de solo e de água, juntamente com a colaboração do clima, ele pode ter de três até seis colheitas consecutivas.
Depois deste ciclo é a hora de fazer o planejamento das próximas safras e há duas opções: renovar imediatamente o plantio ou proceder a rotação com outras culturas.
Caso escolha a segunda alternativa, o processo envolve as seguintes operações: retirada da cana, destruição da soqueira, calagem, preparo do solo, plantio da cultura anual, colheita (entre fevereiro e março) e novo plantio logo em seguida.
Qualquer erro nesta programação pode gerar consequências desastrosas na produção desta cultura. O maior agravante é que boa parte dos erros somente serão identificados após alguns meses, o que pode comprometer uma grande parcela do orçamento de médio prazo da propriedade.
Além do fator financeiro, alguns outros problemas também podem ser ocasionados por uma condução não adequada desta renovação.
Entre eles o “envelhecimento” dos canaviais, o desequilíbrio no percentual de áreas a serem reformadas ano a ano e a alta participação de determinadas variedades no plantel varietal na usina.
Segundo Regis Novaes, engenheiro agrônomo da GAtec, empresa especialista no desenvolvimento e integração de sistemas de gestão agroindustrial, todas essas circunstâncias geram severas perdas de produtividade no setor agrícola.
“Com essa baixa produção em toneladas/hora no setor industrial, no curto prazo o produtor terá a necessidade de buscar, por meio de arrendamento e/ou fornecedores, a diferença da colheita de cana para suprir a produção de álcool, açúcar e derivados comprometida”, destaca.
SOLUÇÕES AOS PRODUTORES
Para auxiliar a classe agrícola a ter melhor eficiência neste importante processo, existem algumas tecnologias no mercado.
Entre essas soluções disponíveis está o módulo Planejamento de Reforma e Plantio, da GAtec, um software que permite ao cliente um controle detalhado da reforma dos canaviais.
“A partir de técnicas de programação linear, que maximizam a rentabilidade da empresa, este módulo permite que a usina simule seu perfil varietal ideal para um horizonte de 5 a 10 anos, fornecendo uma projeção de reforma de todos os talhões dentro desse período”, detalha Novaes.
Na prática, o sistema funciona como uma plataforma inteligente de dados e informações, ou seja, é como se o produtor tivesse à sua disposição um novo departamento de gestão, trabalhando em tempo real.
A cada entrada, os cálculos são realizados automaticamente e todo o sistema é atualizado com os novos resultados. É um método de automação da sua gestão.
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Soja começa a ser colhida em Mato Grosso um mês antes do previsto

Produtor em Ipiranga do Norte deu a largada na colheita da soja 2023/24.
A ausência de chuvas regulares e as altas temperaturas adiantaram o ciclo da variedade precoce em algumas propriedades.
A semeadura da soja ainda ocorre em Mato Grosso. Até o dia 24 de novembro, segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 98,39% dos 12,2 milhões de hectares previstos estavam plantados. E as estimativas apontavam a necessidade de replantio em aproximadamente 4,19% das áreas.
O produtor Valcir Gheno iniciou na quarta (29) a colheita da soja 2023/24 na sua propriedade em Ipiranga do Norte. Segundo ele, os fatores climáticos provados pelo El Niño provocaram um adiantamento do ciclo.
“Demos início a colheita da soja. Antecipada. Pelo ciclo desse material, era colheita prevista 20 a 22 de dezembro, mas infelizmente por ter dado um veranico no enchimento de grão ela antecipou o ciclo dela. Um grão muito chocho. Infelizmente não encheu”.
Conforme o produtor, a variedade utilizada no ciclo precoce nesta temporada foi a mesma semeada no ciclo passado.
Ele conta que neste início de colheita registrou cerca de 30 sacas por hectare, volume bem abaixo da média de 80 sacas verificadas na safra 2022/23.
“Como plantamos algodão, a gente planta materiais mais precoces e infelizmente faltou chuva. Pegou bem numa determinada época em que precisava de chuva e enchimento de grão faltou”.
A estimativa que é aproximadamente 15% dos três mil hectares destinados na propriedade para a produção de soja tenham problemas de quebra de produtividade diante dos efeitos do El Niño.
A área em que a colheita está ocorrendo possui cerca de 250 hectares e ficará em repouso até o início do cultivo do algodão.
A soja em questão, cuja colheita iniciou nesta quarta-feira, foi semeada na propriedade nos dias 7 e 8 de setembro em área de sequeiro, de acordo com Gheno, mediante autorização de plantio excepcional do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que foi concedido para produtores de algodão antes do fim do vazio sanitário da soja no dia 15 de setembro.
“Setembro estava chovendo muito bem para nós e como teve essa liberação plantamos visando o plantio de algodão dentro de uma janela mais ideal”.
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Indea prorroga campanha de atualização de estoque de rebanho

A campanha estadual de atualização de estoque de rebanho do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) foi prorrogada até o dia 11.
O prazo para que produtores de bovinos, bubalinos, suínos e aves comerciais realizassem o informe obrigatório terminava nesta quinta (30/11).
A campanha começou a ser realizada em substituição à vacinação contra a febre aftosa. Porém, ela não se restringe somente a bovinos e abrange também o segmento comercial de aves, suínos e búfalos.
Desde o dia 9 de novembro, o produtor comercial que não fez a comunicação de rebanho já está impedido de emitir a Guita de Trânsito Animal (GTA), exceto se o animal for destinado a abate.
Durante a comunicação, o produtor rural que possui bovinos e bubalinos sob a sua responsabilidade poderá também registrar a marca a ferro. A não comunicação de estoque de rebanho acarretará em multa é de aproximadamente R$ 6 mil.
É possível ir pessoalmente ao escritório do Indea mais próximo e realizar a atualização do rebanho e dos dados cadastrais. O produtor rural pode também optar em fazer a comunicação de estoque pela internet, no módulo do produtor.
O Termo de Compromisso de Utilização do Sistema Integrado de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso, para que o produtor tenha acesso ao módulo do produtor está disponível no site do Indea. O termo deve ser levado ao Indea para obter o login e senha de acesso.
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72% do etanol de milho do país deve ser produzido por MT

Mato Grosso deverá ser responsável por 72% da produção nacional do biocombustível na safra 2023/24 de etanol de milho.
As projeções da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) apontam que, no país, deverão ser produzidos 6,06 bilhões de litros de etanol de milho na atual temporada, um aumento de 36,3% quando comparado com o ciclo passado.
De acordo com a Conab, o incremento na produção de etanol de milho no comparativo entre a safra 2022/23 e 2023/24 demonstra a “solidificação do produto no cenário nacional”.
A companhia destaca ainda que “a região Centro-Oeste, especialmente em Mato Grosso, ainda é a grande produtora desse biocombustível à base de milho, porém já há registro de produção em estados como Alagoas e Paraná”.
Somente em Mato Grosso a estimativa aponta para uma produção de 4,386 bilhões de litros de etanol de milho, um incremento de 34,2% no comparativo com os 3,268 bilhões de litros produzidos no ciclo 2022/23.
Ou seja, o estado deverá registrar um aumento na produção de 1,117 bilhão de litros de etanol de milho.
No que tange a produção de etanol de cana-de-açúcar em Mato Grosso a perspectiva é de estabilidade, como aponta a Conab.
Para a safra 2023/24 é esperado que o estado produza 1,084 bilhão de litros de etanol de cana-de-açúcar, leve incremento de 0,9% ante a safra 2022/23.
Os números foram divulgados junto com o 3º Levantamento da Safra 2023/24 de Cana-de-Açúcar.
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Sindicato Rural de Jaciara empossa 1ª mulher presidente

A produtora rural Juliana Bortolini foi empossada, na última semana, como presidente do Sindicato Rural de Jaciara para o triênio 2024/2026. Ela é a primeira mulher a ser empossada como presidente do sindicato.
A posse foi realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e ocorreu na sede da entidade sindical.
Durante a cerimônia, Juliana pontuou seu compromisso em contribuir para o fortalecimento da participação das mulheres no setor do agronegócio.
“Esperamos e acreditamos que podemos ter sucesso na conquista de um sindicato mais unido, em defesa dos interesses dos nossos sindicalizados. Nossa maior luta hoje é agregar ainda mais produtores rurais e fortalecer a representatividade feminina no agronegócio mato-grossense”.
Na oportunidade o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), José Luiz Martins Fidelis, ofereceu o suporte da instituição para atender às demandas educacionais do setor, enfatizando a importância da formação profissional.
Assim como Jaciara, Nova Marilândia também conta com uma mulher no cargo de presidente do Sindicato Rural, a produtora Ana Maria Callegari, que esteve presente na posse de Juliana Bortolini.
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Consumo nacional de pluma deverá crescer 13,6% na safra 2023/24

O consumo nacional de pluma produzida em Mato Grosso deverá crescer 13,6% na temporada 2023/24 em relação à anterior.
A previsão é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que foi divulgada no relatório mensal de Oferta & Demanda.
A estimativa aponta que o mercado nacional consuma 583,8 mil toneladas de pluma mato-grossense. Acima das 513,8 mil toneladas previstas para a safra 2022/23, que ainda está em andamento.
Já o consumo dentro do estado deverá subir 3,43%, saltando de 23,9 mil toneladas para 24,4 mil toneladas.
Quanto as exportações da safra 2023/24 a perspectiva aponta um volume de 1,733 milhão de toneladas, 1,46% superior às 1,708 milhão de toneladas projetadas para a 2022/23.
Obras da 1ª ferrovia estadual seguem com a construção de 5 viadutos

As obras da primeira ferrovia estadual do Brasil, localizada em Mato Grosso, já começaram. Até o momento, um viaduto foi construído e outros cinco estão em andamento.
A infraestrutura ferroviária começou a ser implantada no trecho próximo ao Terminal Ferroviário de Rondonópolis. A ferrovia terá 743 km, com previsão de entrar em operação total a partir de 2030.
A chegada da ferrovia em Mato Grosso foi possível após articulação do Governo do Estado, que em 2020 conseguiu a aprovação de uma lei permitindo a autorização para que a iniciativa privada explorasse ferrovias.
A empresa Rumo S/A é responsável por construir os trilhos, que sairão de Rondonópolis, passarão em Cuiabá e chegarão até Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
O processo de autorização foi conduzido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), e o contrato é fiscalizado pela Ager. A empresa é responsável pelos projetos e obtenção de licenças.
Segundo a Rumo, atualmente, 600 pessoas trabalham nas obras de implantação da rodovia. No entanto, em 2024, esse número deverá chegar a quatro mil profissionais.
Conforme as estimativas da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), a construção da ferrovia deve gerar 78 mil empregos diretos e 38 mil indiretos.
Para o governador Mauro Mendes, a ferrovia faz justiça ao povo mato-grossense, beneficiando o cotidiano de todos os cidadãos.
“A BR-163 está hoje estrangulada, é um gargalo logístico que nós temos. Com a ferrovia, iremos também cuidar da vida das milhares de pessoas que passam por essa estrada e que terão muito mais segurança”, afirmou, no lançamento das obras.
Em novembro de 2022 as obras começaram com a construção de um viaduto de 107 metros sobre a BR-163, em frente ao Terminal Ferroviário de Rondonópolis.
A estrutura foi entregue em maio deste ano e, no momento, outros cinco viadutos, entre Rondonópolis e Juscimeira, estão em construção, com extensão entre 23 e 181 metros.
No total serão construídas 22 pontes, 21 viadutos, cinco passagens inferiores e dois túneis. Os primeiros 8,6 km dos trilhos também começaram a ser construídos ao lado do Terminal Ferroviário e a terraplanagem é executada em 35 km. Em 2024, a previsão é de obras ao longo de 150 km.
“Essa ferrovia vem trazer para Cuiabá e Mato Grosso o que era esperado por todos nós há mais de 100 anos. Essa obra é um marco de desenvolvimento para Mato Grosso, uma vitória do Estado”, avaliou o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira.
A ferrovia vai passar por 16 municípios mato-grossenses, garantindo conexão com a malha ferroviária nacional e o Porto de Santos.
Além de escoar a produção mato-grossenses, os trilhos vão permitir a chegada mais rápida de produtos e insumos de outras partes do Brasil.
Sindicato Rural de Sinop homenageia associados pioneiros do setor produtivo

A diretoria do Sindicato Rural de Sinop entregará nesta segunda-feira (11) homenagens aos pioneiros que desbravaram e ajudaram fortalecer os setores da agricultura e pecuária em Sinop e na região Norte de Mato Grosso.
Receberão a placa de reconhecimento pelo trabalho, dedicação e fortalecimento do setor produtivo mato-grossense os produtores Gilberto Porcel, Irineu Pedro Batistelli, Flávio Turquino, Paulo Bustamante Carneiro, Eurydes Ceni, Comercindo Tomelin, Nazir Haddad, Oswaldo de Paula, Adeclecy Ferreira Marques, Adarico Dias, Ivo Riffel, Sebastião Ferreira de Mello, Lourival Tomelin e José Kristoschik.
O presidente do Sindicato Rural, Ilson José Redivo afirmou que a entidade tem muito orgulho de homenagear estas pessoas.
“São desbravadores que enfrentaram muitas dificuldades, muitas renúncias, que transformaram este estado num celeiro de alimentos para o mundo. Estas pessoas têm o nosso reconhecimento e gratidão, pelos exemplos e ensinamentos que sempre nos deram. Desejamos, felicidades e que deus continue iluminando esses senhores por muitos e muitos anos”.
As homenagens serão entregues durante a cerimônia de posse da nova diretoria que comandará a entidade no triênio 2024/2026.
O evento começará às 19h, no auditório da entidade e contará com a participação de diversas autoridades políticas e dirigentes de entidades ligadas ao setor.
Serão empossados, os produtores rurais, Ilson José Redivo e João Marcos Bustamante, que foram reeleitos presidente e vice-presidente, respectivamente em chapa única denominada “A força da união”.
Também serão empossados:
Bárbara Fortuna Silva: primeira tesoureira
Luciane Maciel Winter: segunda tesoureira
Mario G. Bacha Bustamante: primeiro secretário
Liana Zancanaro Galina: segunda secretária
Rogério Luiz Rodrigues, Célio Lauri Riffel e Raul Pruinelli: membros do conselho fiscal
Miriam Zuanazzi, Albino Galvan Neto, Evandro André Pellenz: suplente do conselho fiscal
Vendaval deixa prejuízo de R$ 2 milhões em propriedade em São José do Rio Claro

As chuvas irregulares provocaram atrasos significativos na semeadura de soja.
Em São José do Rio Claro, o clima adverso gerou perdas e replantio nas áreas germinadas. As pancadas rápidas de chuvas, acompanhadas de fortes ventos, se tornaram algumas das preocupações dos agricultores da região.
Na última semana, um barracão foi destruído deixando um prejuízo milionário ao produtor.
O agricultor Victor Hugo Schwabe finalizou o plantio da área planejada e a expectativa era conseguir boa produtividade e rentabilidade na lavoura.
Entretanto, a falta de umidade no solo e as altas temperaturas prejudicaram o desempenho das plantas.
“Está muito difícil a cultura esse ano. Trinta hectares aqui serão de replantio. Já perdeu. Vai ser um garimpo e vamos correr atrás pra ver se acha no mercado qual o tipo de variedade, porque nós já estamos com o fotoperíodo totalmente fora do normal para as variedades de soja”, confirmou.
As pancadas de chuva com pouco volume de água, mas acompanhadas de ventos fortes, chegam repentinamente e causam grandes estragos.
Na última quinta (7), um desses temporais deixou um rastro de destruição em uma propriedade, que estima R$ 2 milhões em prejuízos.
O encarregado de produção, Daniel Lopes, afirmou ter levado um susto às 11h30.
“Começou a trovejar e ventar e no começo o vento estava em linha reta, de repente, ele virou e veio de lá para cá quebrando tudo. A tempestade pegou o barracão que começou a cair igual um avião aterrissando. A sorte é que a gente não estava embaixo, senão a história era outra”, relatou.
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Safra 2022/23 de soja registra recorde nas exportações

Mato Grosso apresentou recorde nas exportações da soja 2022/23 no acumulado de janeiro a outubro.
A expectativa é que o estado encerre o ano escoando 28,05 milhões de toneladas.
O volume representa um incremento de 1,12% em relação ao previsto em novembro e de 13,27% no comparativo com o resultado da safra 2021/22.
De janeiro a outubro deste ano foram enviadas por Mato Grosso 27,2 milhões de toneladas de soja para o mercado externo.
O número supera as 24 milhões de toneladas embarcadas no período em 2022.
Segundo relatório de Oferta & Demanda, divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) na última segunda (4), as exportações da temporada 2021/22 somaram 24,76 milhões de toneladas.
No que tange as perspectivas para o consumo interno em Mato Grosso as previsões apontam alta de 12,65%, saltando de 11,23 milhões de toneladas para 12,65 milhões de toneladas de uma temporada para a outra.
Em relação ao consumo interestadual, motivado ainda pelo clima na região sul do país, as estimativas apontam para um aumento de 12,38%, de 4,28 milhões de toneladas da safra 2021/22 para 4,81 milhões de toneladas na 2022/23.
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Empossada nova diretoria do Sindicato Rural de Sinop

A diretoria que comandará o Sindicato Rural de Sinop no triênio 2024/2026 foi empossada nesta segunda-feira (11), em solenidade realizada no auditório da entidade.
Primeiro, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Sebastião Tomain deu posse ao presidente reeleito, Ilson José Redivo.
Na sequência, Redivo fez o juramento empossando os produtores, João Marcos Bustamante — vice-presidente, Bárbara Fortuna Silva — primeira tesoureira, Luciane Maciel Winter — segunda tesoureira, Mario Bacha Bustamante — primeiro secretário, Liana Zancanaro Galina — segunda secretária, os membros do conselho fiscal Célio Lauri Riffel, Raul Pruinelli, Rogério Luiz Rodrigues, além dos suplentes, Evandro André Pellenz, Albino Galvan Neto e Miriam Zuanazzi — suplente do conselho fiscal.
A chapa única, “A força da União”, foi eleita no dia 13 de novembro com 170 votos confirmando a harmonia e confiança dos produtores rurais no trabalho desenvolvido nos últimos três anos pela gestão.
Redivo disse que a missão da nova diretoria é dar continuidade nas ações que fortalecem o setor produtivo sempre alinhado a Famato e Aprosoja-MT.
“O Sindicato Rural de Sinop sempre fez um trabalho relevante no Estado. É uma das entidades que presta um grande serviço à nível do Estado. E nós estamos dispostos a continuar esse trabalho com mais dedicação ainda, com mais apreço, com uma equipe coesa voltada para fazer um trabalho que seja mais um destaque daqui a três anos”.
Redivo destacou ainda que a moratória da soja e da carne é um dos principais desafios da próxima gestão.
“Tem impactado bastante o setor produtivo, e a reforma tributária, e nós temos aí o marco temporal que não está definido ainda. São três grandes temas nacionais que tem que ser debatido e resolvido para dar segurança jurídica no campo. Nós vamos contar com a colaboração de quatro mulheres, quatro guerreiras, que vem para somar, vem para oxigenar o nosso sindicato, dar mais vida, dar mais força, e fazer com que ele dê continuidade nesse trabalho com mais ênfase ainda às mulheres”.
HOMENAGENS
Durante a cerimônia de posse também foram homenageados os pioneiros que desbravaram e ajudaram fortalecer os setores da agricultura e pecuária na região de Sinop.
Receberam das mãos dos diretores a placa de reconhecimento pelo importante trabalho, dedicação e fortalecimento do setor produtivo mato-grossense, os seguintes produtores;
Gilberto Porcel, Irineu Pedro Batistelli, Flávio Turquino, Paulo Bustamante Carneiro, Eurydes Ceni, Comercindo Tomelin, Nazir Haddad, Oswaldo de Paula, Adeclecy Ferreira Marques, Adarico Dias, Ivo Riffel, Sebastião Ferreira de Mello, Lourival Tomelin e José Kristoschik.
Participaram da posse o prefeito Roberto Dorner; senadora suplente, Rosana Martinelli; presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan; Comandante do 3º Comando Regional da PM em Sinop, Coronel Wesney de Castro Sodré; Comandante de 3º Comando Regional de Corpo de Bombeiros, coronel Rony Robson Cruz Barros; presidente da UNESIN, Cleyton Laurindo; presidente da Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte), Moises Debastiani; representante Associação dos Criadores de Mato Grosso — na região Norte do estado Invaldo Weis; produtores rurais e presidentes de entidades.
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Comercialização da soja segue abaixo da média histórica

A comercialização da soja 2022/23 em Mato Grosso avançou apenas 1,71 ponto percentual na variação mensal, chegando a 96,21% da produção.
Já a oleaginosa que está em campo 2,27 pontos percentuais, tendo apenas 33,96% do projetado vendido antecipadamente.
A “lentidão”, que coloca os saldos abaixo da médica histórica, é devida as atenções dos produtores estarem voltadas para o andar da temporada 2023/24 que sofre diante das chuvas irregulares e da seca.
Os dados de comercialização são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Conforme o levantamento, no que tange a produção da safra 2022/23 o ritmo mais lento neste momento da comercialização é creditado pelo produtor do estado estar “com as atenções voltadas para o desenvolvimento da próxima safra e os negócios que “rodaram” no mês foram devido à necessidade em fazer caixa”.
O Imea destaca que em relação ao preço da soja 2022/23, o valor médio em novembro fechou em R$ 120,12 a saca, alta de 1,11% em relação ao mês de outubro.
As vendas da safra 2022/23 estão acima dos 95,87% da produção 2021/22 em dezembro do ano passado.
Entretanto, ao se comparar com a média histórica dos últimos cincos anos estão atrás dos 98,54% verificados.
Quanto a safra 2023/24, explica o instituto, as incertezas do volume a ser colhido tem levado os produtores a serem mais “cautelosos em fazer grandes negócios e as vendas realizadas estão atreladas ao travamento dos custos”.
Diante disso, as negociações estão atrás dos 35,80% da safra 2022/23 nesta época e da média histórica dos últimos cinco anos de 48,39% para o período.
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Lonas de armazenamento garantem qualidade para silagem de capim

A silagem de capim representa uma alternativa bastante viável para a alimentação animal, especialmente para ruminantes como bovinos.
Um dos pontos mais positivos está relacionado à capacidade de rebrota das plantas utilizadas, pois quando colhidas para ensilagem não são completamente destruídas, preservando a parte basal, onde o crescimento ocorre.
É ainda uma boa opção para sistemas de produção que trabalham com maiores taxas de lotação, pois produz bem (tonelada por hectare) com menos área, reduzindo assim os custos de produção.
“O capim panicum, por exemplo, pode produzir cerca de 85 ton/ha em área de 13,9 ha, enquanto que o milho produziria 40 ton/ha em 17,9 ha”, explica Sueyde de Oliveira Braghin, doutora em agronomia e inteligência de mercado agro da Nortène.
Além das vantagens, com o acondicionamento correto, os pecuaristas podem atravessar fases mais críticas do ano, onde a falta de pasto é recorrente.
É neste ponto que produtos adequados são fundamentais e podem garantir um ambiente anaeróbico favorável à preservação dos nutrientes da silagem, e consequentemente uma melhor palatabilidade do capim, tornando-o mais apetitoso para os animais.
A linha de lonas para silagem da Nortène apresenta inúmeros benefícios nessa etapa crucial que é o armazenamento, com fabricação exclusiva e tecnologia israelense.
Entre as três opções disponíveis ao mercado, a Agro Silo Tubo Box, também chamada Box HP, foi desenvolvida para proteção e facilidade no transporte.
Isso porque o material é dobrado e acondicionado em caixas de papelão, fica muito protegido e a movimentação pode ser feita em paletes. Com essa embalagem, reduz-se muito as chances de danificar o plástico da lona.
Nas cores branca e preta, as lonas da marca são confeccionadas com material 100% virgem, ou seja, não reciclado, possui espessura homogênea, sem porosidade, e traz matérias-primas como o metaloceno e o dióxido de titânio.
Outra tecnologia de ponta é a aditivação Hals, um estabilizante de luz à base de amina que protege a lona contra a ação dos raios ultravioletas, responsáveis pela foto-oxidação. Isso prolonga a vida útil e aumenta a garantia do produto, que chega a 18 meses.
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Festas de fim de ano elevam abates de bovinos

Mais churrascos, festas, confraternizações. A aproximação das datas comemorativas de dezembro (Natal, reveillón, reuniões particulares ou da ‘firma’) reflete no aumento do número de abates bovinos em Mato Grosso.
De acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuário de Mato Grosso (Indea-MT), o estado registrou recorde na série histórica de abates de bovinos em novembro, com um total de 556,76 mil animais.
O aumento é de 27,84% ao que número abatido no mesmo período do ano passado. Além disso, foi observado um crescimento de 0,70% em relação a outubro deste ano.
Desse modo, o volume de machos abatidos em novembro deste ano foi de 329,81 mil animais. A participação de fêmeas ficou em 40,76%, retornando aos patamares registrados no mês de agosto, totalizando 226,97 mil cabeças abatidas.
Apesar da menor oferta de animais nas indústrias, as fêmeas preencheram as escalas de abate, o que proporcionou aumento de 8,27% no comparativo mensal.
Esse aumento é explicado pela aproximação das datas comemorativas do fim de ano e, com isso, aumento na demanda dos consumidores.
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Audiência pública em Novo Progresso discute Ferrogrão

A Ferrovia EF-170, a Ferrogrão, foi tema de audiência pública realizada nesta sexta (15) em Novo Progresso.
O “Encontro Regional do Ferrogrão: Desafios e Soluções” foi proposto pela Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado Federal.
O objetivo foi debater os detalhes do empreendimento, que ligará Sinop ao porto de Miritituba, distrito de Itaituba.
A audiência foi realizada a pedido do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), com apoio da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi). Lideranças dos estados do Mato Grosso e do Pará participaram.
A escolha de Novo Progresso para sediar o encontro ocorre porque o município concentrará grande parte da ferrovia.
A Ferrogrão prevê investimentos de R$ 24,2 bilhões para a construção. Ao todo serão mais de 930 km de trilhos ligando Sinop até Miritituba.
A estimativa é que a produção de grãos do Centro-Oeste, que atualmente é transportada majoritariamente pela BR-163, seja escoada pela ferrovia, reduzindo em até R$ 19,2 bilhões o custo do frete.
IMBRÓGLIO
O empreendimento esteve com seus estudos paralisados desde 2021. Uma ação foi proposta, na ocasião, em razão da redução do Parque Nacional do Jamanxim por meio da Medida Provisória 758/2016.
Por isso, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a suspensão dos estudos. Porém, a ferrovia foi inserida no Novo Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC) pelo governo federal e está entre as prioridades do agro.
“A Ferrogrão tem esse efeito positivo de reduzir o custo do frete. Mas os benefícios da ferrovia vão muito além. Ela vai gerar cerca de 373 mil empregos diretos e indiretos e reduzir em 800 mil toneladas por ano a quantidade de CO² que hoje é gerada pelo transporte rodoviário”, argumentou Zequinha.
O senador é vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e um dos defensores da construção da ferrovia.
PROTESTO
Lideranças indígenas dos povos munduruku e caiapó fizeram uma manifestação na chegada de Zequinha Marinho. O protesto é porque a Ferrogrão, segundo eles, afetará pelo menos 6 terras indígenas, 17 unidades de conservação e 3 povos isolados, conforme estudo.
A obra, prioridade do agronegócio, deve transportar toneladas de soja e consta no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).
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Produção de café cresce 14,2% na safra 2023 em MT

A produção mato-grossense de café atinge uma colheita de 260,3 mil sacas beneficiadas na safra 2023, um crescimento de 14,2% em relação ao ciclo passado.
Clima e expansão da área são alguns dos fatores para tal desempenho.
Os números constam no 4º Levantamento da de Café 2023, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No estado a espécie produzida é a do café conilon.
O levantamento revela que na safra 2023 foram cultivados 11,4 mil hectares de café no estado, aumento de 4% em relação à safra 2022. Já a produtividade média girou em 22,6 sacas beneficiadas, alta de 9,8%.
“Tal aumento decorre da combinação da expansão de 4% na área em produção, do aumento do uso de fertilizantes e das excelentes condições climáticas durante o ciclo de cultivo, aliados ao início da produção dos cafezais clonais inseridos em 2020”, explica a Conab.
No que tange ao clima, conforme o levantamento, entre os meses de maio e agosto a região cafeicultora do estado registrou médias de precipitação e temperaturas oscilantes.
“Tal período é tradicionalmente considerado mais seco e de menores volumes pluviométricos. No entanto, as temperaturas foram consideradas elevadas em certos períodos, mas, no geral, não houve danos aos frutos e nem impacto sobre as operações de colheita que se concluíram”.
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17 cidades de MT figuram no top 100 do PIB per capita

Mato Grosso se destaca MUITO na economia, especialmente no agronegócio. Isso proporcionou ao estado figurar com 17 municípios entre os 100 com maiores PIB (Produto Interno Bruto) per capita do Brasil.
A lista do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é referente a 2021 e foi divulgada na última semana.
O termo PIB per capita representa a soma de todos os bens e serviços produzidos por um país, estado ou cidade no intervalo de um ano dividida pela população.
O melhor colocado deles é Campos de Júlio, que apareceu na 10ª posição no ranking nacional, com um PIB per capita de R$ 455.838.
O valor é impulsionado pelas principais atividades econômicas locais, que são as culturas de soja e algodão.
Outra cidade mato-grossense que aparece no top 20 é Santa Rita do Trivelato, figurando na 17ª posição do ranking, com R$ 343.161.
Cuiabá teve o PIB per capita no valor de R$ 47.700, tendo um grande avanço em relação aos R$ 42,9 mil registrados em 2020. Na região Centro-Oeste a Capital só fica atrás de Brasília dentre os maiores valores.
O PIB per capita do Brasil foi de R$ 42.250 e, entre as regiões, p Centro-Oeste foi a que teve o maior valor, com R$ 55,7 mil.
PIB BRUTO
Considerando os valores absolutos do PIB, Cuiabá tem o maior valor do estado. A nível regional, a Capital ficou em quarto lugar, com o valor de R$ 29,7 bilhões, atrás de Brasília, Goiânia e Campo Grande.
Segundo a pesquisa, Rondonópolis tem o segundo maior PIB do Estado, com R$ 17,2 bilhões, seguido por Sorriso (R$ 12,5 bilhões), Várzea Grande (R$ 9,9 bilhões) e Sinop (R$ 9,6 bilhões).
Sapezal (R$ 6,9 bilhões), Primavera do Leste (R$ 6,9 bilhões), Campo Novo do Parecis (R$ 6,9 bilhões), Lucas do Rio Verde (R$ 6,8 bilhões) e Nova Mutum (R$ 6 bilhões) completam a lista dos dez maiores.
Na análise dos 100 maiores municípios do país em termos de PIB, Mato Grosso tem dois representantes: Cuiabá, na 43ª colocação, e Rondonópolis, na 78ª. A cidade de Araguainha tem o menor PIB de Mato Grosso, com R$ 28 milhões.
Confira abaixo a lista de municípios mato-grossenses no top 100 dos maiores PIB per capita do país:
10° Campos de Júlio
17° Santa Rita do Trivelato
27° Nova Ubiratã
28° Diamantino
29° Sapezal
31° Porto dos Gaúchos
33° Ipiranga do Norte
36° Querência
39° Santa Carmem
62° Campo Novo do Parecis
63° Santo Antônio do Leste
67° Novo São Joaquim
80° São José do Xingu
84° Gaúcha do Norte
86° Itiquira
95° União do Sul
99° Tabaporã
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Clima e prejuízos nas lavouras levam Exposerra a ser cancelada

O Sindicato Rural de Tangará da Serra anunciou nesta semana o cancelamento da Exposerra 2024.
A decisão ocorre diante dos prejuízos registrados nas lavouras diante da falta de chuvas no município, bem como no estado e outras regiões do país.
Tangará da Serra está entre um dos principais municípios produtivos de Mato Grosso. A Exposerra é realizada pelo Sindicato Rural no mês de setembro.
Em nota publicada em suas redes sociais, o Sindicato Rural esclarece que “A falta de chuvas tem gerado grandes transtornos nas lavouras de todo o país e na nossa região não tem sido diferente. São perdas irreparáveis dos nossos produtores rurais que tiveram aumento dos custos operacionais com replantios e insumos, além da não concretização de grande parte da segunda safra”.
Ainda na nota, a entidade frisa que “Em virtude disso, o Sindicato Rural de Tangará da Serra, entidade responsável pela realização da exposição, comunica oficialmente que, em 2024, não será realizada a Exposerra. Mas por aqui, os trabalhos não param e continuaremos realizando as ações para representar a classe produtora e qualificar o maior número de pessoas no campo e na cidade”.
AMAGGI anuncia 1ª fazenda 100% biodiesel B100 do país em Diamantino

A fazenda Sete Lagos, em Diamantino, será a primeira propriedade do Brasil, a partir de março de 2024, a utilizar o biodiesel (B100) na operação dos maquinários.
A descarbonização nas operações é uma das estratégias inovadoras da AMAGGI, que conta com a parceria da fabricante John Deere.
Ter uma fazenda operando sem o uso de combustíveis fósseis vai ao encontro dos objetivos socioambientais da companhia.
A operação com B100 na fazenda terá início após anuência da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
O pedido da AMAGGI à autarquia será feito em breve, após devida autorização a ser emitida por órgão ambiental competente.
A propriedade tem 3,6 mil hectares e produz soja e milho. O biodiesel, à base de soja, vai abastecer os maquinários da fazenda e será produzido pela própria AMAGGI, em sua fábrica de biodiesel em Lucas do Rio Verde.
“Uma das nossas metas é a descarbonização dos nossos negócios, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa. A gente trabalha sempre voltada a honrar os compromissos de sustentabilidade e iniciativas como a da Fazenda Sete Lagoas são um exemplo disso”, comenta o presidente executivo da AMAGGI, Judiney Carvalho.
Essa iniciativa está alinhada ao que foi discutido na COP28, que aconteceu em Dubai entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro: os países deverão fazer a transição energética e reduzir cada vez mais o uso de combustíveis fósseis.
O presidente, ainda ressalta também que há uma sinergia muito importante nos negócios da companhia. O B100 produzido na fábrica da AMAGGI conta com a matéria-prima proveniente da indústria esmagadora de grãos, também de propriedade da empresa.
“Esse mesmo combustível vai ser usado para abastecer nossa frota rodoviária a partir do ano que vem e, em breve, vamos estender essa utilização para a nossa frota fluvial”, detalha Carvalho.
TESTES JÁ COMEÇARAM
Os testes da empresa para operar com o B100 começaram em março de 2022, na Fazenda Itamarati, a maior da companhia, em Campo Novo do Parecis.
Ao todo, já são quase 20 mil horas de operação de máquinas com o biocombustível, o que atesta a segurança e eficácia para sua utilização.
O avanço dos trabalhos com o biodiesel contou com a parceria da John Deere. Para o diretor de Vendas da Divisão de Construção, Adilson Butzke, essa iniciativa oferece o melhor não só para os clientes, como também para toda a comunidade e ao planeta.
“Os motores da John Deere são capazes de serem movidos a biodiesel. Essa parceria, reforça nosso compromisso diário com a redução das emissões de gases de efeito estufa, bem como contribui para uma agricultura cada vez mais sustentável”, afirma.
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MT supera RJ e SP e se torna o estado com maior PIB per capita do país

Mato Grosso é o estado que mais viu seu Produto Interno Bruto (PIB) crescer num período de 35 anos – entre 1985 e 2020.
Foram 3,51%, o maior índice entre todas as unidades da Federação. Para se ter uma ideia, São Paulo, mais rico do país, é o antepenúltimo na lista com saldo negativo de -0,18%.
O segundo colocado é o Piauí, com 2,27%, e o último é o Distrito Federal, com 0,26%.
O cenário revela que as economias de grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, estão estagnadas há cerca de 35 anos.
São duas gerações de baixo crescimento ou mesmo crescimento negativo. Os dados são da Ipeadata e foram compilados pelo blog Valor Adicionado.
Além disso, os números revelam que Mato Grosso ultrapassou os estados de São Paulo e Rio de Janeiro no que diz respeito à evolução do PIB per capita. Isso acontece por volta de 2019.
Conforme os números, em 1985, São Paulo tinha um PIB per capita 3,5x maior que o de Mato Grosso. Em 2020, Mato Grosso aparece à frente, mais que triplicando o seu PIB per capita, e deixando São Paulo e Rio de Janeiro para trás.
FATORES
Esse resultado é consequência da desindustrialização do país nas últimas décadas, combinada com o exponencial crescimento do agronegócio no mesmo período.
Atualmente, Mato Grosso é o maior produtor de grãos do Brasil. Se fosse um país, o estado seria o terceiro maior produtor de soja do mundo.
Além disso, Mato Grosso apresenta o maior Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do país.
O valor estimado para o estado em 2023 é de R$ 204,4 bilhões, número que representa 16,4% da receita nacional, estimada em R$ 1,249 trilhão.
O PIB per capita corresponde a toda a riqueza gerada pela unidade federativa dividida pelo número de habitantes. As informações são das Contas Regionais divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Em relação ao levantamento anterior, referente ao PIB de 2020, Mato Grosso subiu uma posição, ultrapassando São Paulo e ficando atrás apenas do Distrito Federal.
Segundo dados do IBGE, em 2002, Mato Grosso tinha uma participação de 0,86% no Valor Agregado Bruto (VAB) do Brasil, ou seja, o valor que cada setor econômico soma no valor final de tudo o que foi produzido no estado. Essa participação aumentou ao longo dos anos, atingindo 1,55% em 2021.
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Com produtividade baixa, MT colhe quase 1% da área destinada à soja

Mato Grosso colheu 0,99% da área semeada com soja nesta safra 2023/24. A situação preocupante prospecta o registro da maior quebra de safra da história.
Os primeiros talhões colhidos apontam uma média de produtividade que varia entre 7 e 30 sacas por hectare, preocupando cada vez mais os agricultores.
A colheita de soja em MT começou cerca de 30 dias do esperado em decorrência ao encurtamento do ciclo, visto o clima seco e quente.
Tal fato é considerado histórico, inclusive, uma vez o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) não apresenta média histórica de colheita para o período.
O levantamento revela que a região Médio Norte é a mais adiantada com 1,78% da sua área de soja 2023/24 colhida, enquanto a Oeste encontra-se com 1,69%.
Na região Sudeste 1,35% das lavouras foram colhidas, e na Centro-Sul, 0,30%.
QUEBRA DE SAFRA
A irregularidade das chuvas e o calor forte podem levar Mato Grosso à maior quebra da safra de soja da história.
A estimativa é do Itaú BBA, que projeta queda de 20% na produtividade das lavouras em relação ao potencial.
A perspectiva do Itaú BBA, no relatório Radar Agro de dezembro, divulgado no dia 20, é semelhante a pesquisa apresentada pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) um dia antes, na qual foi apontado que os sojicultores devem colher 36,15 milhões de toneladas nesta temporada, 9,16 milhões a menos que na safra passada.
A colheita da soja que deveria começar nos próximos dias em Mato Grosso, teve início em meados da segunda quinzena de novembro.
Em alguns municípios, como Campo Verde e Nova Mutum, há relatos de produtividade média nas primeiras áreas colhidas de 7 sacas por hectare e 13,5 sacas.
Alguns municípios decretaram desde o dia 30 de novembro situação de emergência pela falta de chuvas, como é o caso de Araputanga, Chapada dos Guimarães, Canarana, Diamantino, Porto Alegre do Norte e Tabaporã.
No último dia 21, Sorriso, maior produtor de soja do Brasil com 630 mil hectares destinados para a cultura, entrou na lista.
Por lá, conforme o Sindicato Rural, as estimativas apontam perdas entre 20% e 30% em decorrência ao clima adverso.
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Campo Verde e Novo Horizonte do Norte também decretam situação de emergência

Mato Grosso encerra 2023 com ao menos 20 municípios com decretos de situação de emergência devido à falta de chuvas, que compromete a produção agrícola e pecuária.
As medidas variam entre 90 e 120 dias. Campo Verde e Novo Horizonte do Norte fazem parte da lista.
Em alguns municípios são estimados pelo setor produtivo perdas nas lavouras provocadas pelo estresse hídrico e pela seca entre 20% e 50%.
Desde o dia 30 de novembro, conforme publicado no Jornal Oficial Eletrônico dos Municípios de Mato Grosso, há registros de decretos municipais em diversas regiões produtivas do estado.
Decreto publicado no dia 27 de dezembro pela prefeitura de Novo Horizonte do Norte destaca que a medida leva em consideração “a significativa ausência de chuvas durante o período de plantio e desenvolvimento das lavouras no município”, bem como “os prejuízos causados à agricultura familiar, pecuária e agricultura, afetando diretamente a produção e renda dos produtores locais”.
O decreto de NHN leva ainda em consideração dados apresentados pelo núcleo do Vale do Arinos da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e do Sindicato Rural de Porto dos Gaúchos (extensão de base Novo Horizonte do Norte), com base em levantamentos da Empaer e do Aproclima, que comprovam “a gravidade da redução de chuva acumulada na região do Vale do Arinos no ano de 2023, somando também o aumento significativo da temperatura, fazendo com que as lavouras sofressem ainda mais com a falta de chuva”.
Com cerca de 235 mil hectares destinados para a soja, Campo Verde também decretou situação de emergência considerando “o relatório detalhado confeccionado pela Secretaria Integrada de Apoio à Segurança Pública por intermédio do departamento de Coordenadoria de Defesa Civil”. A medida terá validade de 90 dias, podendo ser prorrogada.
Confira lista dos municípios com decretos: Alto Paraguai, Araputanga, Bom Jesus do Araguaia, Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Canarana, Diamantino, Itanhangá, Jaciara, Nova Maringá, Nova Xavantina, Novo Horizonte do Norte, Novo São Joaquim, Paranatinga, Porto Alegre do Norte, Porto dos Gaúchos, Santo Afonso, Santa Carmem, Sorriso e Tabaporã.
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Nascida rica, Boa Esperança do Norte terá suas primeiras eleições neste ano

O 142º município de Mato Grosso nasce abastado, herdando terras de duas superpotências no agronegócio, e neste ano poderá realizar oficialmente sua primeira eleição.
Boa Esperança do Norte foi criada após uma batalha jurídica de mais de duas décadas.
Cercada de soja por todos os lados, o mais novo município do país deverá se tornar em poucos anos em uma das mais ricas cidades do agronegócio no estado.
Próxima à rodovia MT-140, ela incorporará áreas em plena produção de Sorriso e Nova Ubiratã, ambas potências do agro (figuram na 1ª e 6ª posições, respectivamente) entre os municípios mais ricos do segmento no país.
Maior produtor de grãos do Brasil e Capital Nacional do Agronegócio, Sorriso cederá cerca de 20% do total da área da nova cidade, enquanto a Nova Ubiratã, que foi à Justiça em 2000 contra a emancipação, caberá os outros 80%.
Vice-prefeito de Sorriso, Gerson Bicego (PL) diz que a cidade apoiou a proposta de emancipação pelo potencial que Boa Esperança tem, por já estar consolidada e também pela dificuldade que a distância do distrito até a sede causa para a manutenção dos serviços públicos.
“Sorriso vai ficar com 580 mil hectares de soja, para 110 mil habitantes. Eles [Boa Esperança] vão ficar com quase 300 mil hectares para 7 mil habitantes. Então você imagine a potencialidade que vai ter o município”, disse Bicego.
Essa área de 300 mil hectares já é consolidada e, além de soja, a futura cidade produz milho, algodão e feijão e tem visto o desenvolvimento da pecuária, numa área total de 480 mil hectares.
A estimativa com a emancipação é a de que Nova Ubiratã perderá algo entre R$ 20 milhões e R$ 21 milhões anualmente em impostos.
Bicego admite: Nova Ubiratã sentirá mais os efeitos que Sorriso. “A briga está ali [no tamanho da área a ser cedida]”.
Segundo o subprefeito de Boa Esperança, Calebe Francio, desde o anúncio da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela emancipação, ele tem recebido ligações de outros distritos em busca de informações para tentativas de também serem transformados em municípios.
Porém, tem desestimulado os interessados. “É um caso esporádico. Hoje não há regulamentação do Governo Federal. [Quando me procuram] digo ‘calma, gente, é uma realidade diferente’”, afirma ele, que aguarda um acórdão do STF sobre os próximos passos para a instalação de Boa Esperança.
‘EMANCIPAR SIM, SEPARAR NÃO’
Os moradores, de forma geral, são favoráveis à emancipação. Na principal avenida, há pinturas com os dizeres “Emancipar sim, separar não”.
A futura cidade apresenta diversos gargalos: muitas ruas de terra, apenas uma operadora de celular que realmente ‘pega’ (TIM), um único posto de combustíveis.
Entretanto, pelo menos já conta com cartório, dois bancos. O mais importante: tem potencialidade para se tornar uma cidade atrativa em múltiplas frentes.
“Fomos obrigados a viver esses 23 anos em meio às dificuldades, então solidificamos nossa sociedade. O comércio ficou forte, nossa agricultura ficou de ponta e até as próprias lideranças políticas hoje têm a maturidade, é um senso muito grande de união aqui”, disse.
Ainda distrito, quando tornar-se município efetivamente, terá incorporados dois distritos, Piratininga e Água Limpa, hoje integrantes de Nova Ubiratã.
Em outubro, Boa Esperança do Norte poderá realizar suas primeiras eleições municipais, elegendo prefeito, vice-prefeito e vereadores.
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Seguro rural de quase R$ 1 bilhão é aprovado para 2024

O ano de 2024 deverá ser de inúmeros desafios para o setor produtivo, principalmente no que tange ao clima.
De acordo com o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conseguiu a aprovação da recolocação de R$ 964 milhões para o seguro rural no orçamento do próximo ano para auxiliar o setor produtivo, montante este considerado recorde.
Ex-deputado federal, Neri Geller foi nomeado em 21 de dezembro secretário de Política Agrícola do Mapa e tomou posse no último dia 27.
Essa é a 3ª vez que assume o cargo. Ele já comandou a pasta nos anos de 2013 e 2015, e em 2014 assumiu o cargo de ministro da Agricultura e Pecuária.
O secretário pontua que os desafios para 2024 são muitos. Ele comenta que entre as primeiras ações já realizadas estão uma reunião com a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, que foi ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão.
A reunião com Miriam Belchior teve como intuito “alinhar as pautas do governo e fazer a Secretaria de Política Agrícola realmente exercer o protagonismo que ela merece e exerceu em 2013, 2017”, diz Neri Geller.
Conforme o secretário de Política Agrícola, no que tange ao crédito rural os desafios são grandes, em especial quanto as taxas de juros, assim como os programas de investimentos, como o Moderfrota, de acesso à inovação e de construção de armazéns, “que praticamente foram abandonados e que não tem recurso”.
Neri Geller ressalta que em 2023 mudanças já começaram a ser colocadas em prática quanto a disponibilidade de recursos, como é o caso de recursos em dólar com taxa de juros de 7%.
“O Plano Safra também foi bastante robusto, mas não deu para fazer com taxas de juros que o setor mereça em função do governo de ter pego um orçamento muito limitado”.
Para o Plano Safra 2024/25, o secretário frisa que será trabalhada a redução das taxas de juros.
Em relação à Política Agrícola Neri Geller revela que buscará trazer ainda mais o setor produtivo para dentro do Ministério.
“Quando eu falo em trazer o setor para dentro é trazer a Aprosoja, sindicatos, federações, OCB, as cooperativas do sul do país, para que esses setores que têm interesse de resolver os problemas possam fazer através do Mapa, como foi feito no passado”.
A segurança jurídica do setor produtivo, muito debatida em 2023 com o marco temporal, principalmente, e invasões de terra, também faz parte da agenda de desafios da Secretaria de Política Agrícola.
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Suinocultura tem aumento de incentivos fiscais para amenizar impacto da crise

A suinocultura mato-grossense conseguiu, com apoio do governo do estado a pedido da Associação dos Criadores de Suíno de Mato Grosso (Acrismat), aumentar o valor do crédito presumido do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder) de 50% para 75%.
A medida passa a valer em 2024 e foi autorizada pelo presidente do Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso (Condeprodemat) e titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec-MT), Cesar Miranda.
O presidente da Acrismat, Frederico Tannure Filho, destaca que o setor pagará 3%, ao invés de 12%, em animais emitidos fora do estado para abate e engorda.
“O percentual não vale para animais voltados para reprodução. Essa medida, sem dúvida, é uma grande conquista que vai contribuir para a manutenção da atividade que tanto contribui para o desenvolvimento do estado”, pontua.
A proposta foi feita com a intenção de minimizar os prejuízos da cadeia produtiva, provocados pela disparada dos custos operacionais e pela queda do preço pago no quilo do suíno vivo.
A elevação do valor do crédito presumido do ICMS no Proder foi resultado de diversos esforços da categoria. Em maio, a Acrismat já tinha se reunido com o colégio de líderes da Assembleia Legislativa para apresentar proposta de alteração na porcentagem do tributo. Nas últimas semanas o pedido ganhou força com apoio do Fórum Agro MT, Fiemt, do Sindifrigo e da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT).
As articulações se deram em função do agravamento do cenário enfrentado pelos produtores de suínos no estado nos últimos dois anos. Levantamento da entidade mostrou que, no período de 24 meses, a suinocultura local perdeu cerca de 20 mil matrizes, sendo que mais de 50 suinocultores encerraram suas atividades.
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MT sanciona duas leis que fortalecem agricultura familiar

O governador Mauro Mendes sancionou duas leis que beneficiam a agricultura familiar em Mato Grosso.
Uma institui o Fundo de Apoio à Agricultura Familiar para apoiar os pequenos empreendimentos rurais, e a outra estabelece critérios para a manipulação e beneficiamento de produtos de origem animal provenientes da agroindústria familiar.
As propostas são de autoria do Executivo e passaram pela aprovação da Assembleia Legislativa.
A secretária estadual de Agricultura Familiar, Teté Bezerra, destacou que a agroindústria familiar e de pequeno porte têm se mostrado importante para o desenvolvimento rural sustentável no estado.
“A criação do fundo é uma medida necessária e importante para o desenvolvimento econômico e social do Estado, tendo em vista que os pequenos empreendimentos rurais são responsáveis por uma grande parcela da produção de alimentos e geração de emprego e renda nas comunidades rurais”, pontuou, através da assessoria.
Segundo ela, informações levantadas pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar apontam que muitos produtores não têm acesso às linhas oficiais de crédito rural por possuírem pendências de regularização ambiental.
Das cerca de 162 mil famílias de agricultores familiares em Mato Grosso, apenas 10% estão devidamente registradas no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), sistema oficial de acessos políticas públicas existentes nessa seara.
O Fundo será gerido pela Seaf e funcionará com recursos recolhidos na Conta Única do Tesouro Estadual, com a meta de impulsionar o desenvolvimento da agricultura familiar no estado, fomentar a regularização fundiária e ambiental das propriedades rurais, facilitar o acesso a linhas de crédito para produção, comercialização e industrialização da produção e incentivar a produção com adoção de novas tecnologias.
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Governo vai atualizar projeto da Ferrogrão para viabilizar licenciamento

Finalmente... o Governo Federal vai atualizar o projeto da Ferrovia EF-170, a Ferrogrão, para viabilizar o seu licenciamento ambiental.
A afirmação foi do ministro dos Transportes, Renan Filho. “A gente vai atualizar o projeto e aí a gente vai verificar qual é o caminho legal para ter o licenciamento e para que a obra possa percorrer os trechos que ela deseja percorrer. A Ferrogrão está na nossa pauta”, declarou.
O projeto consiste numa ferrovia que liga Pará ao Mato Grosso para o transporte de grãos.
Em 2016, o governo alterou os limites de uma unidade de conservação ambiental para viabilizar a obra. O PSOL, então, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a medida, gerando impasse em torno do empreendimento.
Em setembro do ano passado, o STF suspendeu por seis meses o processo sobre a constitucionalidade da construção da ferrovia, para a conclusão de estudos técnicos.
O processo havia sido enviado para o Centro de Soluções Alternativas de Litígios (Cesal), que tinha 60 dias para entregar soluções para a disputa. Contudo, o grupo não conseguiu solucionar o impasse sobre a obra.
“Agora, temos condição de avançar com o projeto e, depois do projeto reorganizado nesse período de seis meses, vamos verificar quais são as necessidades impostas, ambientais, com relação a terras indígenas, para a Ferrogrão percorrer aquele trajeto”, disse.
Renan Filho afirmou ainda que a ferrovia pode ser construída ao lado da BR-163.
“Em tese, se a BR passou, por que outra obra de infraestrutura não pode passar? Em tese. Agora, isso precisa ser autorizado pelo Ibama. E aí a gente vai percorrer esse caminho, o governo vai percorrer”, disse.
A obra deve demandar R$ 30 bilhões (dados considerados defasados pela pasta). O ministro não descarta um aporte inicial pelo governo para viabilizar o investimento privado. “É isso que estamos estudando e vamos verificar”.
A FERROGRÃO
A Ferrogrão é um projeto da gestão da ex-presidente Dilma Rousseff. Trata-se de uma ferrovia de 933 km que ligaria o Porto de Miritituba a Sinop, visando o escoamento de grãos.
Em 2016, depois do impeachment de Dilma, o projeto foi classificado no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo do então presidente Michel Temer.
Temer então publicou uma medida provisória, depois transformada em lei, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim, no oeste do Pará, para viabilizar a construção da ferrovia.
Foram retirados da área do parque cerca de 862 hectares, destinados aos leitos e às faixas de domínio da EF-170 (a Ferrogrão) e da BR-163 – uma das principais rotas de escoamento da produção agropecuária.
MAS UMA AÇÃO DO PSOL...
A discussão no STF é justamente sobre o traçado do projeto, depois de a Corte ter sido acionada pelo PSOL em uma ação direta de inconstitucionalidade, em 2020.
Naquele ano, o processo de desestatização da ferrovia começou a tramitar no Tribunal de Contas da União (TCU).
O PSOL questiona a alteração nos limites do Parque Nacional do Jamanxim para permitir a construção da ferrovia em área de conservação.
Em 2021, o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido do PSOL e suspendeu a eficácia da lei.
O processo foi pautado no STF em maio deste ano, mas não chegou a ser discutido. No dia seguinte, Moraes encaminhou o caso para o Cesal.
Em agosto, o presidente Lula incluiu a ferrovia no Novo PAC – o programa de investimentos do governo. As obras foram incluídas na modalidade “estudos de novas concessões”.
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Rally da Safra visita propriedades rurais em Sinop, Sorriso e Lucas

O Rally da Safra, expedição que há 20 anos acompanha o plantio de soja e milho nas regiões mais importantes do país, estará em Lucas do Rio Verde (15), Sorriso (16) e Sinop (17).
“O principal objetivo do Rally é fazer um levantamento técnico privado das lavouras de soja e milho entre os meses de janeiro e junho – durante a fase de desenvolvimento e de colheita das culturas. Nesse sentido, é muito importante acompanhar in loco o momento do cultivo”, informa Rogério Rangel, diretor de marketing da Biotrop.
A Biotrop participa pela primeira vez do Rally da Safra, iniciativa da Agroconsult.
“Além das visitas para coleta de dados, o Rally também abre uma excelente oportunidade para contato direto da Biotrop com os agricultores. Nosso propósito é contribuir cada vez mais para o aumento da produtividade com o uso dos produtos biológicos – que têm se mostrado eficazes em situações adversas, como de estresse hídrico, que está impactando bastante o atual plantio”, diz Rangel.
Nas visitas, os técnicos do Rally da Safra fazem levantamentos qualitativos e quantitativos com colheita de amostras, as quais passarão por metodologia de contagem, pesagem e medição de umidade dos grãos, além de testes de identificação de transgenia e medição de cobertura de solo.
“Estamos muito animados com a participação nessa ação que vai a campo entender a realidade dos agricultores brasileiros, avaliando suas expectativas e identificando tendências para 2024. Safra após safra, comprovamos que o uso de bioinsumos auxiliam para a qualidade do plantio, com retorno efetivo para os agricultores”, acrescenta o diretor de marketing da Biotrop.
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Líder nacional, MT teve aumento de 14,4% no abate de bovinos em 2023

Mato Grosso abateu 6,1 milhões de bovinos em 2023, o que representa um aumento de 14,4% em relação a 2022, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).
A pecuária de corte é uma das principais atividades econômicas de Mato Grosso, o que coloca o estado como líder nacional no segmento, com o maior rebanho bovino do Brasil, de 34,4 milhões de cabeças.
Com a larga escala de produção, o abate também tem crescido nos últimos anos. Em 2021, foram abatidas 5,13 cabeças de gado e, no ano seguinte, 5,33 milhões.
O secretário-adjunto de Investimentos e Agronegócio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Anderson Lombardi, afirmou que o setor voltou a reerguer com a ajuda do Estado após a pandemia.
“O setor passou por dificuldades as quais foram agravadas na pandemia, época em que a comercialização ficou travada. Diante disso, o Estado melhorou os benefícios fiscais da indústria para estimular a recuperação”, destacou.
REGIÕES
Cáceres é o município que mais produz bovinos para o abate. Das mais de 6 milhões abatidas no ano passado, 244,7 mil são da região.
No ranking dos 10 maiores produtores de carne de corte, aparecem na sequência:
Tangará da Serra, com 236,3 mil cabeças;
Vila Bela da Santíssima Trindade, 222,9 mil;
Pontes e Lacerda, 185,3 mil;
Brasnorte, 153,7 mil;
Juara, 153,4 mil;
Alta Floresta, 134 mil;
Colíder, 133,7 mil;
Campo Novo do Parecis, 130,8 mil.
O cumprimento das exigências sanitárias pelos estabelecimentos rurais é acompanhado e exigido pelo Indea, que emite a Guia de Transito Animal (GTA), documento obrigatório para a movimentação de animais, inclusive para abate.
O coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Marcelo Néspoli, explicou que a certificação sanitária é condição fundamental para atingir os mercados mais exigentes.
Mato Grosso é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) com risco insignificante para Doença da Vaca louca, livre de febre com vacinação e a caminho do reconhecimento internacional de livre sem vacinação em 2025.
“As nossas Unidades Veterinárias presentes em todos os municípios, exceto São Pedro da Cipa, certificam a não ocorrência destas doenças e outras exóticas e de notificação obrigatória listadas pela OMSA. Além disso estão em faze de controle outras doenças dos bovinos como brucelose, tuberculose e raiva”, pontuou.
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Legislação melhora competitividade do setor de base florestal

O ano de 2024 começou com duas leis sendo aprovadas pelo legislativo e executivo de Mato Grosso. Uma delas, é a atualização da Lei Complementar nº 785/2024, que inclui na LC 592/2017 artigo que prevê a “emissão de Autorização do Corte de Árvores Isoladas — ACAI”.
Já a segunda lei aprovada trata da ampliação da validade da Autorização para Exploração dos Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) de 12 para 24 meses, excetuando os períodos de restrição da atividade de corte, arraste e transporte na floresta no período chuvoso.
O ajuste da segunda lei aprovada ocorre por meio da Lei Complementar (LC) nº 786/2024, que alterou o artigo da LC nº 592/2017, que dispõe sobre o Programa de Regularização Ambiental (PRA), disciplina o Cadastro Ambiental Rural (CAR), a regularização ambiental dos imóveis rurais e o licenciamento ambiental das atividades poluidoras ou utilizadoras de recursos naturais no estado.
Os projetos são de autoria da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso (FPA-MT), abordadas pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem).
Com 4,7 milhões de hectares de florestas nativas conservadas em áreas privadas, Mato Grosso é modelo de produção sustentável de madeira no Brasil.
Através de técnicas de manejo florestal são produzidos por ano 4,4 milhões de metros cúbicos (m³) de madeira no estado.
O comércio internacional da madeira nativa mato-grossense movimentou US$ 83,6 milhões em 2023. Entre os estados brasileiros exportadores, Mato Grosso ocupa a 4ª posição no ranking, tendo embarcado 81 mil toneladas do produto florestal no ano passado.
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MT exportou 52,15% do milho brasileiro no ano passado

As exportações mato-grossenses de milho em 2023 somaram 29,13 milhões de toneladas. O volume representa 52,15% do total enviado pelo Brasil no ano que passou.
A abertura de novos mercados para o cereal, como a China, está entre os principais fatores para o resultado.
Levantamento da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revela que em 2023 o Brasil exportou 55,86 milhões de toneladas de milho.
Esse volume é 29,42% superior ao que foi observado em 2022. Principal produtor do cereal no país, Mato Grosso registrou um aumento de 18,60% nos envios de 2023 frente ao ano anterior.
“Esse aumento nas exportações só foi possível devido a abertura de novos mercados, como a China, seguido pela entrada da maior produção da safra 2022/23, no segundo semestre do ano”, explica o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu boletim semanal.
Das 29,13 milhões de toneladas de milho enviadas por Mato Grosso para o mercado externo, a China foi responsável pela aquisição de 8,02 milhões de toneladas.
O segundo maior comprador foi o Vietnã com 2,21 milhões de toneladas. Já para o Japão foram embarcadas 2,07 milhões de toneladas do cereal mato-grossense.
Segundo o Imea, as projeções, diante dos relatórios semanais da Secex, é que as exportações sigam aquecidas em janeiro de 2024.
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G.A.Tec Soja 2024 contribui com as escolhas do sojicultor

Um verdadeiro congresso dentro do campo, com uma área de pesquisa agrícola preparada para receber de forma confortável cerca de 1,5 mil pessoas, com painéis de especialistas na cultura, exposição de lançamentos e tecnologias em genética de sementes, insumos e máquinas.
Esse é o G.A.Tec Soja 2024, que acontece neste sábado (20), a partir das 6h30, na Fazenda Girassol, localizada na Serra da Petrovina, cerca de 90 km de Rondonópolis.
O evento está em sua 5ª edição e é realizado pela Girassol Agrícola, empresa pioneira na produção de sementes da oleaginosa e uma das líderes do segmento no cerrado.
A programação inicia com credenciamento e café da manhã e, até às 10h, o público terá o tempo livre para fazer um tour pelo campo e conhecer as soluções apresentadas pelas empresas parceiras Syngenta, FMC, Bayer, Corteva, Nitro, DONMARIO, ICL, John Deere, Rabobank, ADAMA, Basf, Eurochem, Ihara, Mosaic, Zeus, Ford, Agrivalle, Jacto, Viter, TMG, Brasmax, Stine e Claro.
Com exposição de veículos a biotecnologias, o evento tem o objetivo de levar ao produtor rural as mais recentes soluções para a cultura.
Além disso, promover uma interação completa entre os participantes de todo o Centro-Oeste e ainda de estados como Bahia, Rondônia, Pará, Tocantins, entre outros.
Iza Gonçalves de Oliveira, coordenadora de marketing da Girassol Agrícola, ressalta que o evento estimula o sojicultor a ter autonomia e liberdade de escolha. O slogan de 2024.
“Você es(colhe) o que planta”, demonstra que esse poder de decisão é possível, se amparado por dados e em saber o que fazer com eles.
“Essa é a oportunidade oferecida pelo G.A.Tec, através de um ambiente interativo e enriquecedor, e onde trazemos vozes de quem sabe a importância de investir em tecnologias em tempos de margens apertadas. É um momento para o agricultor entender o que realmente pode ser implementado, de forma clara, pensando em elevar a sua produtividade acima da média”, cita a profissional.
Dando continuidade à programação, entre 10 e 11h45, na maior tenda já erguida para o evento, com quase 20 mil metros quadrados, e climatizada, acontece o painel onde seis especialistas vão abordar temas ligados à inovação, inteligência artificial, ESG e reforma tributária.
Entre os convidados estão a advogada Iêda Silva Queiroz, da CSA Advogados, Pollyana Saraiva, head rural Banking Brasil do Rabobank, Everton Artur Zin, líder comercial da Climate FieldView, doutor José França Neto, pesquisador da Embrapa, Juarez Cláudio Gavinho, fundador e CEO da Iguaçu Máquinas Agrícolas John Deere e Norma Gatto, produtora rural. O momento estará sob o comando da especialista em investimentos e agronegócios, Rafaela De Biasi.
DESTAQUES
Oferecer o que há de melhor em sementes de soja também está entre os principais objetivos do G.A.Tec Soja, por isso as principais empresas de melhoramento genético, como Brasmax, Cordius (Corteva), DONMARIO, Stine e TMG participam do evento e fazem parte do portfólio da Girassol Agrícola.
Nos estandes montados sob a estrutura climatizada e nas áreas de campo essas obtentoras vão mostrar ao público mais de 20 variedades, entre elas dez lançamentos.
Um dos destaques será a DM80I85 RSF IPRO, uma cultivar de tecnologia Intacta RR Pro com resistência a nematoide de cisto das raças 3, 6, 9, 10, 14 e 14+.
Em um mercado que já contempla a evolução da tecnologia Intacta, o lançamento está sendo reconhecido pela melhor performance já vista em área de média fertilidade e com a presença de raças deste parasita da soja, que tanto causa prejuízo.
Assim como tem apresentado excelentes resultados em áreas de alta fertilidade e na abertura de plantio.
“Também será uma oportunidade para os participantes verem todas as novidades que a Girassol tem apresentado para esta e as próximas safras, como o novo bag de armazenamento da soja com atmosfera isolada, a utilização da lona branca e seus benefícios no transporte das sementes. E tudo isso num espaço 100% integrado entre palco, convivência, estandes e campo, sem ficar diretamente ao sol e com churrasco, hambúrguer e carreteiro em oito estações”, completa a coordenadora.
As inscrições são gratuitas e feitas através do site www.girassolagricola.com.br. Informações e detalhes da programação podem ser checadas nas redes sociais da Girassol Agrícola e dos influenciadores @primos.agro, @cortesengenhariaagro, @pimentinha_gustavo e @baxero_veioo22.
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Exportações de soja mato-grossense crescem 14,1%

Mato Grosso exportou 28,27 milhões de toneladas de soja em 2023.
A oleaginosa teve como destino 41 países, segunda a Secretaria de Comércio Exterior, sendo a China responsável por 61% do total enviado para o mercado externo.
Ao se comparar com as 24,76 milhões de toneladas de 2022, os embarques mato-grossenses de soja cresceram 14,1%.
Em termos de países o número também ampliou, saltando de 36 para 41 clientes.
Em dezembro foram embarcadas 343,85 mil toneladas de soja, contra 521,25 mil toneladas de novembro. Entretanto, em relação a 2022 houve aumento ante as 298,33 mil toneladas daquele mês.
Para a China foram enviadas 17,26 milhões de toneladas de soja em 2023. O volume superou as 14,22 milhões de toneladas de 2022.
A Espanha segue na vice-liderança com 1,31 milhão de toneladas, apesar da quantidade ser inferior a 1,46 milhão de toneladas enviadas em 2022.
De acordo com os dados da Secex, publicados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o México que em 2022 havia sido o nono maior cliente de Mato Grosso com 529,6 mil toneladas, em 2023 foi o terceiro com 1,12 milhão de toneladas.
A Argentina foi o quarto principal destino da soja mato-grossense. Para o país, que sofreu com quebra de produção diante da seca no ano que passou, foram enviadas 1,045 milhão de toneladas.
Já para a Turquia foram 866,3 mil toneladas, ficando o país em quinto lugar.
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Imea estima safra mato-grossense 2023/24 em 39,01 mi de t

Neste levantamento de safra, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) realizou a pesquisa com os agentes de mercado.
Os analistas do Instituto percorreram os principais municípios produtores para avaliar o desenvolvimento das lavouras, o que resultou na revisão da produtividade projetada para Mato Grosso.
Em relação à área de soja projetada para a temporada 2023/24, o indicador permaneceu estimado em 12,13 milhões de hectares.
Em Mato Grosso, a falta de chuva foi pautada pelo intenso El Niño nesta temporada, que resultou em dias quentes e longos períodos sem chuvas no decorrer do desenvolvimento da soja em vários municípios.
Esse cenário, influenciou na quebra expressiva na produtividade das áreas que foram semeadas até o final de outubro/23, onde o regime de precipitação foi menor que o necessário para o desenvolvimento das lavouras, o que resultou no encurtamento do ciclo da soja e prejudicou o potencial produtivo das plantas.
Além disso, foi observado um rendimento ainda mais crítico nas áreas que tem como a sucessão o algodão, visto a antecipação do plantio da oleaginosa devido à preocupação dos produtores com a janela ideal da segunda safra.
Desse modo, a produtividade aguardada para o estado ficou projetada em 53,59 sc/ha, redução de 13,99% em relação à safra passada e 7,41% no comparativo com a estimativa anterior.
Entre as regiões, destaque para a Oeste que apresentou a menor produtividade, estimada em 52,63 sc/ha, redução de 9,40% ante ao relatório anterior e 12,96% em relação à safra 2022/23.
Por fim, com a manutenção da área e o corte na produtividade, a produção da safra 2023/24 ficou projetada em 39,01 milhões de toneladas, queda de 13,93% ante a safra passada.
As informações constam no boletim de Oferta e Demanda do Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola.
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Cibra capta R$ 300 milhões após multiplicar receita por 10 desde 2012

Uma das principais fabricantes de fertilizantes com operação no Brasil, a Cibra anunciou a captação de R$ 300 milhões.
O aporte servirá para dar seguimento ao plano de expansão da companhia. Na lista estão a construção de fábricas em Sinop e em São Luís/MA, além da aquisição de unidades de produção e armazenamento de fertilizantes.
A captação foi por meio de um certificado de recebíveis imobiliários (CRI).
Estiveram na oferta 12 investidores institucionais, entre eles, os bancos Votorantim, Industrial e BMG e fundos de investimento.
Sediada em Camaçari/BA, a Cibra faz parte do grupo americano Omimex, que tem operações de óleo e gás e está sediado em Forth Worth, no Texas. A mineradora britânica Anglo American tem participação minoritária no negócio.
“Estamos muito satisfeitos em ampliar o nosso relacionamento com instituições financeiras que possibilitam à Cibra receber investimentos, como no caso do CRI”, afirma Santiago Franco, CEO da Cibra desde 2012, quando a companhia foi adquirida do Grupo Paranapanema.
A Cibra está entre as cinco maiores produtoras de fertilizantes para o agronegócio no país.
O faturamento da companhia em 2023 foi na casa de R$ 8 bi, uma expansão significativa desde a chegada do atuais donos. Em 2011, a companhia girava R$ 80 mi por ano.
Neste período, a empresa cresceu consistentemente acima da média da indústria de fertilizantes (23% x 3%). Por trás do resultado está o boom do agronegócio brasileiro nas últimas décadas.
GUERRA NA EUROPA
Mais recentemente, outro vetor de crescimento veio da guerra na Ucrânia. A Rússia é o maior produtor mundial de fertilizantes agrícolas.
Com as dificuldades crescentes de fazer negócios com o país, muitos clientes diversificaram as cadeias de suprimentos para empresas de outros países. No Brasil, a Cibra foi uma das principais beneficiadas.
A meta da produção para 2023 é atingir 3 milhões e 5 milhões de toneladas, até 2026.
A linha de produtos inclui produtos com nitrogênio, potássio, amônio, fosfato e outros nutrientes de fonte mineral.
Atualmente a empresa tem 13 fábricas e 1,4 mil funcionários.
Dentro da estratégia de expansão anunciada em 2021, estão previstos investimentos totais de R$ 1,5 bilhão até 2026.
Para além das captações de recursos, a Cibra tem se destacado por inovações no mercado agro. A fabricante foi pioneira ao montar um e-commerce próprio de fertilizantes ao produtor rural.
Além disso, em 2023 a companhia lançou um sistema para o pagamento de compras através de um criptoativo próprio, a CibraCoin. A intenção é minimizar o risco de o cliente ter perdas em caso de uma alta generalizada no preço do insumo.
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Planejamento da colheita: melhor alternativa técnico-econômica para a cana

Somente um planejamento detalhado e bem embasado tecnicamente pode fornecer à uma unidade sucroenergética um cronograma confiável das atividades de colheita ao longo da safra.
Na prática essa adoção amplia a margem de contribuição do lucro da agroindústria, levando-se em conta as características agrotecnológicas e geográficas de seus canaviais, bem como as restrições técnico-administrativas da empresa.
Com o sistema “Planejamento da Colheita” da GAtec, empresa especialista no desenvolvimento e integração de sistemas de gestão agroindustrial, é possível ter todas essas vantagens.
Por meio do método de programação linear, a ferramenta é a mais eficaz na definição do cronograma de colheita das variedades, garantindo o aproveitamento máximo do plantel varietal cultivado.
Para o funcionamento desse sistema deve-se primeiramente usar uma base de dados confiável e curvas de maturação que reflitam o ambiente da usina para fornecer ao software informações a respeito das restrições operacionais, agronômicas e industriais.
Entre essas informações importantes precisam estar: a capacidade mínima e máxima de moagem e processamento de caldo da indústria, restrições relativas ao balanço energético dela (% de fibra mínima durante a safra) e características das variedades disponíveis para a colheita (precocidade, fitossanidade, morfologia).
Também é necessário constar a disponibilidade de frentes de corte, carregamento e transporte da cana, áreas com maturador, vinhaça e reforma e, capacidade mensal de colheita dos talhões com essas características, dados sobre as distâncias máximas por mês e frente de corte e idades mínimas e máximas por variedades e/ou unidade de planejamento.
“Uma vez inseridas todas essas informações, o sistema as processa com grande velocidade, avaliando todas as alternativas de colheita de cada um dos talhões, fornecendo, consequentemente, a melhor solução técnico-econômica”, diz Regis Novaes, engenheiro agrônomo da GAtec.
Estudos realizados indicam que as usinas usuárias deste sistema conseguiram utilizando o plano de colheita otimizado, um acréscimo de 4% a 6% na média da safra.
O resultado reflete diretamente na maximização da margem de contribuição do lucro do complexo agroindustrial e no aumento da rentabilidade da empresa.
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Plantio do algodão avança quase 20 p.p. em uma semana

O plantio do algodão em Mato Grosso segue acima da média histórica nesta safra 2023/24. Até sexta (19) os cotonicultores do estado haviam semeado 56,48% dos 1,35 milhão de hectares projetados para a temporada.
A extensão supera os 25,47% da temporada passada e o histórico dos últimos cinco anos de 38,35%.
Relatório de semeadura do algodão do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revela que na variação semanal o avanço foi de 19,82 pontos percentuais.
Na última semana o Imea divulgou sua perspectiva de safra para o algodão em Mato Grosso. Na ocasião o relatório trouxe a manutenção das projeções para a temporada 2023/24.
“Esse cenário de adiantamento dos trabalhos a campo, aliado aos bons volumes de chuvas possibilita um maior percentual de talhões semeados dentro das condições consideradas ideias, o que estimula os cotonicultores a investirem nas áreas do algodão”, explica o instituto em seu relatório.
REGIÕES
A região Nordeste é a mais avançada com os trabalhos. Por lá 66,90% da área destinada ao algodão foram plantadas.
No Sudeste 62,09% e no Oeste 57,37%. Já no Centro-Sul, segundo o Imea, 54,14% das áreas foram plantadas, enquanto no Médio Norte 50,59% e no Noroeste 49,50%.
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Central de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas em Nova Santa Helena

Nova Santa Helena conta com uma nova Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Defensivos Agrícolas, gerida pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), entidade gestora do Sistema Campo Limpo.
A unidade entrou em operação nesta terça (23), atenderá 14 municípios da região e terá capacidade inicial de receber mil toneladas de embalagens por ano.
Com essa central, Mato Grosso passa a ter 37 unidades de recebimento ligadas ao Sistema, sendo 17 centrais e 20 postos de recebimento.
Trata-se de um dos estados com o maior número de estruturas de recebimento de embalagens, o que ressalta seu potencial agrícola.
Em 2022, Mato Grosso foi responsável pela destinação ambientalmente correta de 14.685 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas.
A nova central atenderá Sinop, Itaúba, Colíder, Nova Canaã do Norte, Carlinda, Alta Floresta, Nova Monte Verde, Nova Bandeirantes, Paranaíta, Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo, Matupá e Guarantã do Norte.
“O norte de Mato Grosso é uma região de expansão agrícola e com isso há um aumento na devolução de embalagens vazias de defensivos. Essa nova central vem então suprir uma necessidade da região e melhorar essa estruturação de recebimento das embalagens pelos agricultores”, destaca Rosangela Soto, Coordenadora Regional de Operações do inpEV.
As centrais de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas são unidades com área mínima de 160 m², geridas por associações de distribuidores, cooperativas ou pelo inpEV.
São responsáveis pelo recebimento de embalagens lavadas e não lavadas; inspeção e classificação das embalagens entre lavadas e não lavadas; emissão de recibo confirmando a entrega das embalagens pelos agricultores; compactação das embalagens por tipo de material; e emissão de ordem de coleta para que o inpEV providencie o transporte para o destino (reciclagem ou incineração).
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Antecipação do plantio de algodão requer atenção no manejo da lavoura

A antecipação do plantio da segunda safra de algodão é uma realidade na safra 2023/2024.
Por conta das adversidades climáticas ocasionadas pelo fenômeno El Niño, como a falta de chuvas no Cerrado que prejudicaram as lavouras de soja, uma das alternativas encontradas pelos agricultores foi adiantar a safra em algumas regiões, principalmente no Mato Grosso, responsável por 70% da produção brasileira.
De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), quase 60% das áreas de algodão já foram semeadas no Brasil, cerca de 20% a mais em comparação com a safra anterior.
Com o plantio a todo vapor, os cotonicultores devem ficar atentos para garantir o bom arranque da cultura, que se traduzirá em maior produtividade e qualidade de fibra ao final do ciclo.
A Abrapa prevê produção de 3,37 milhões de toneladas. Caso se concretize, a produção representará um crescimento de 3% em relação à safra anterior.
Os cuidados com os processos da semeadura são fundamentais, explica Warley Palota, gerente sênior de Marketing Algodão na BASF.
“O plantio é onde tudo se inicia. Escolher variedades adequadas para sua realidade, fazer o preparo da área que vai receber as sementes e realizar o bom plantio são práticas que ajudam a ter um bom estabelecimento de lavoura”, afirma.
Entre as diversas opções de variedades que FiberMax®, a marca de sementes de algodão da BASF, possui para apoiar o legado dos cotonicultores brasileiros, os produtores que decidiram antecipar a safra devem optar por variedades mais tardias, que são mais rústicas e suportam melhor as condições de solo.
“Com uma variedade mais precoce, o volume de chuvas característico da época pode prejudicar os frutos, ou seja, as maçãs do algodão, que podem apodrecer. No nosso portfólio, temos as variedades tardias FM 985GLTP e FM 978GLTP RM, ideal para cenários de antecipação que também conta com resistência contra lagartas”, explica Palota.
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Produtor deverá vender milho a R$ 43,14 em MT para cobrir custos

O produtor de milho em Mato Grosso deverá comercializar a saca de 60 quilos a pelo menos R$ 43,14 ou atingir uma produtividade de 121,37 sacas por hectare para cobrir as suas despesas.
É o que aponta o levantamento de custo total de produção para a temporada 2023/24, que apresenta um incremento de 4,60% em relação à anterior.
O levantamento refere-se ao milho de alta tecnologia e faz parte do Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias de Mato Grosso (Acapa-MT), realizado pelo Senar MT e Imea.
O custeio para a safra 2023/24 de milho em Mato Grosso ficou consolidado em R$ 3.284,44 por hectare, retração de 1,1% ante a temporada 2022/23.
O recuo é puxado pelo decréscimo de 16,40% no custo com fertilizantes e corretivos.
Entretanto, conforme o acompanhamento, o Custo Operacional Efetivo (COE) apresentou alta de 1,34%, ficando em R$ 4.480,01 por hectare.
Tal incremento é impulsionado, principalmente, pelo aumento nas despesas com defensivos e sementes.
Considerando o resultado do COE e o aumento de 4,04% no Custo Operacional Total (COT), que ficou em R$ 4.874,39 por hectare, o acompanhamento realizado por Senar e IMEA aponta um custo total de R$ 5.869,12 por hectare, o que representa uma alta de 4,60% em relação à safra 2022/23.
“Dessa forma, considerando o COE e a produtividade de 103,84 por hectare, é necessário que o produtor modal negocie seu cereal a pelo menos R$ 43,14 a saca ou atinja uma produtividade de 121,37 sacas por hectare para conseguir cobrir as suas despesas”.
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Produtor deve considerar água, luz e temperatura no planejamento da safra 2023/24

A deficiência hídrica na safra 2023/24 ligou o alerta quanto a necessidade de um bom manejo de solo.
Mesmo em condições mínimas de índice pluviométrico, especialistas pontuam que é possível se obter bons resultados no campo, desde que se permita que a água infiltre no solo.
A safra 2023/24 é considerada a de maior aprendizado para todos, na avaliação do engenheiro agrônomo Leandro Zancanaro.
Durante a live Mais Milho, que integra o projeto Mais Milho, na noite de sexta (26), o especialista lembrou que as previsões apontavam que o ciclo teria irregularidades de chuvas no início. Contudo, não se imaginava que seria da forma como ocorreu, pegando, inclusive, os meteorologistas de surpresa.
“Eles [meteorologistas] na minha opinião não erraram. Na verdade, mostra como está complexo o processo”.
Zancanaro ressalta que os últimos cinco anos de recorde sobre recorde em produtividade, expansão de área são méritos do produtor, mas que, por outro lado, se começou a esquecer que a agricultura é uma atividade à céu aberto que dependente de água, luz e temperatura.
“Então saímos de um ano muito bom para um ano complicado”, frisa ao comentar ter visto propriedades colhendo 10 sacas por hectare, assim como lavouras com potencial para acima de 70 sacas.
“Nós percebemos que nós trabalhamos com água, luz e temperatura. Há estratégias de manejo que amenizam o problema de deficiência hídrica, mas desde que tenha o mínimo de água. Esse ano foi um ano de muita temperatura alta. E qual é a mensagem? Nós temos que considerar isso no planejamento. Você pode fazer o planejamento, mas não pode desconsiderar que é uma atividade à céu aberto”. Conforme Zancarano, ainda há regiões em Mato Grosso com chuvas irregulares, como é o caso da região sul.
Desde que tenha chovido o “mínimo do mínimo” para a plantar se desenvolver, salienta o especialista, é possível ter resultados positivos na lavoura.
Entretanto, para isso é preciso que o produtor rural esteja atento à algumas práticas de manejo.
“Primeiro eu tenho que ter condições de armazenar essa água no solo. A água precisa penetrar no solo e não escorrer. O que me faz permitir ter maior eficiência. Para isso preciso ter um solo estruturado, protegido com massa para não selar o solo, eu tenho que ter raízes para criar macroporos”.
Segundo Zancanaro, em caso de solo compactado é necessária a realização de algumas práticas e um bom diagnóstico. “A subsolagem muitas vezes é necessária, mas depois da subsolagem tem que colocar outras culturas, preferencialmente gramíneas, para dar sustentação para isso. Água é uma questão física de solo. Nas áreas novas eu tenho que construir a parte química, mas nas áreas velhas de cultivo o físico e o biológico que tem se se construir”.
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Escoamento de grãos aos portos do Arco Norte pode ser feito à noite

Uma dúvida que muitos – motoristas e caminhoneiros – têm sobre a permissão ou não do tráfego de veículos pesados no período noturno será tirada agora.
Desde setembro, a partir de articulação feita pela Via Brasil BR-163, em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), foi autorizada a liberação para tráfego de veículos articulados no período entre o pôr-do-sol e o amanhecer.
A medida é uma facilitadora na estratégia do escoamento de grãos de Mato Grosso para os portos do Arco Norte, localizados no vizinho Pará.
Estão autorizados os veículos articulados, como as “carretas 9 eixos”. Porém, para isso, os motoristas devem solicitar autorização para transitar à noite, o que antes era proibido pela legislação.
Com essa autorização, a expectativa é de redução de custo para produtores e, ao mesmo tempo, aumento da competividade dos portos Arco Norte.
“Há benefícios significativos para transportadores e a sociedade. Para transportadores, nesse horário não há previsão de obras com interdição de faixas, portanto, os motoristas têm pista livre para realizar mais viagens durante o mês”, destaca Ricardo Barra, diretor-presidente da Via Brasil BR-163.
“As cidades ao longo do trecho vão ganhar mais dinamismo econômico, com maior geração de empregos e tributos para que as prefeituras possam reinvestir em prioridades locais, como saúde, educação, entre outras áreas”, arremata. A concessionária instalou placas de alertas em todo o trajeto da concessão.
Para circular no período noturno, os transportadores interessados devem solicitar autorização específica ao DNIT, procedimento que estará vigente para esse tipo de atividade até o final de agosto.
Mais informações podem ser obtidas neste link.
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Novo protocolo de pastagem ajuda na eficiência da pecuária

Na atividade pecuária, seja para corte ou leite, um dos principais desafios é aliar eficiência na produtividade, seja no ganho de peso dos animais ou aumento de produção de leite, a uma boa economia de recursos.
Entretanto, essa tarefa não é nada fácil, afinal, um dos maiores gastos de uma fazenda pecuária é justamente nos insumos para alimentação.
Para ajudar a classe produtora nesse desafio, a Harvest Agro, empresa do Grupo Wirstchat, com sede em Olímpia/SP, desenvolveu e já disponibiliza ao mercado, o Programa Pasto Forte.
Se trata de um protocolo de adubação de pastagem como o objetivo de gerar ganho de peso de forma eficiente aos animais por meio de pastagens de qualidade, aumentando a oferta de capim e seus níveis nutricionais de forma sustentável.
Segundo Luiz Vezozzo, gerente de pastagem na Harvest Agro, o programa vem sendo testado há pouco mais de um ano e tem apresentado diversos benefícios aos pecuaristas. Entre esses ganhos, pode-se destacar: o aumento de MS (massa seca) e dos elementos nutricionais na folha, além do custo reduzido em comparação às outras tecnologias.
Nota-se também o efeito antiestresse do pasto devido ao o balanço perfeito de aminoácidos livres e ainda a indução de produção de fitoalexinas; hormônios tanino e elignina, resultando em desintoxicação da planta após estresse por herbicidas e seca.
Ainda de acordo com o profissional, nas áreas onde o produto vem sendo utilizado observou-se ainda a maior eficiência e mobilidade de nutrientes favorecendo sua distribuição nas plantas, resultando em pastagens mais saudáveis e produtivas.
“Nosso protocolo proporciona também maior compatibilidade de mistura no pulverizador, melhor enraizamento e arranque inicial, assim as plantas atingem altura superior e geram maior massa de peso com maior lucratividade ao agropecuarista”, destaca.
O Pasto Forte é composto por cinco produtos, são eles: Stimullum, Impact, Pasto Max, Guepardo e o N32. “Podemos dizer seguramente que o nosso programa é o mais completo. Ele é composto por cinco macronutrientes, sete micronutrientes além da cadeia completa de aminoácidos e extrato de algas que garantem um efeito residual no pós primeiro corte”, diz o gerente de pastagem.
Esse efeito é importante pois, no modelo tradicional onde se aplica somente a uréia, após o primeiro corte pelos animais, perde-se o efeito nutricional das plantas, reduzindo novamente a oferta de pasto. Já utilizando o Pasto Forte o sistema radicular da forragem solta novas radicelas promovendo de forma residual o ciclo positivo da pastagem
Uma outra vantagem do protocolo da Harvest Agro é o resultado rápido, por isso conta com duas aplicações em fases diferentes. “Em 40 dias, é possível voltar os animais no pasto tratado. A absorção pelas plantas dos nutrientes de nossos produtos é mais eficaz, em função da tecnologia adotada, são poucas as empresas que têm essas soluções foliares”, finaliza Vezozzo.
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Empresa de biotecnologia lança dois biodefensivos

Com foco em oferecer aos produtores soluções cada vez mais sustentáveis e que garantam bons resultados no campo, rentabilidade a Superbac anuncia sua entrada também no mercado de biodefenvisos.
A companhia, que já atua na área de nutrição de plantas, acaba de receber o certificado de registro do Mapa de dois novos produtos para a proteção de plantas e que ainda este ano passarão a ser comercializados.
Segundo o diretor de inovação da Superbac, Giuliano Pauli a entrada neste mercado é estratégica, pois faz parte de um plano de crescimento estruturado.
“Atuar com proteção de plantas é importante por vários motivos, além de aproveitar o potencial da nossa biofábrica, passamos a oferecer no campo novas soluções altamente tecnológicas”, destaca.
Os dois novos produtos tratam-se de um bionematicida e um biofungicida.
O primeiro é um bionematicida microbiológico formulado a partir de bactérias das espécies Bacillus subtilis, Bacillus amyloliquefaciens, Bacillus velezensis e Bacillus licheniformis para o controle de Nematoide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus), Nematoide-das-lesões (Pratylenchus zeae) e Nematoide-dos-cistos (Heterodera glycines).
Além de Nematoide-de-galhas (Meloidogyne incognita), Nematoide-de-galhas (Meloidogyne javanica). Indicado para qualquer cultura com a ocorrência dos alvos biológicos citados.
Já o segundo é um fungicida microbiológico formulado a partir de bactérias das espécies Bacillus subtilis, Bacillus amyloliquefaciens para o controle de Tombamento (Rhizoctonia solani), Mofobranco (Sclerotinia sclerotiorum), Murcha-de-fusarium (Fusarium oxysporum). Indicado para todas as culturas com ocorrência do alvo biológico.
O lançamento dos produtos traz uma série de diferenciais tecnológicos relacionados à concentração e a shel flife (manutenção dos produtos sem necessidade de refrigeração).
Além disso os biodefensivos contam em suas composições várias cepas com características sinérgicas, ou seja, que quando atuam conjuntamente entregam um resultado melhor do que isolados.
“Com os lançamentos, a Superbac efetivamente se posiciona como o melhor parceiro biotecnológico para os distribuidores e para os agricultores, com o portfólio atual, mas também pensando no pipeline futuro da companhia”, acrescenta o profissional.
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Sindicato Rural e Embrapa discutem impactos do clima na safra mato-grossense

O Sindicato Rural de Sinop, em parceria com a Embrapa Agrossilvipastoril, promoveu nesta terça (30) um encontro com mais de 50 representantes de instituições financeiras para discutir os impactos do clima na safra de soja e milho na temporada 2023-24.
Também foi abordado quais os mecanismos que o produtor rural pode utilizar para mitigar seus efeitos nos resultados agronômicos e econômico.
Na abertura do encontro, a Embrapa Sinop apresentou as principais anomalias climáticas observadas no ano agrícola 2023-24 e quais as ferramentas agronômicas para mitigá-las através de uma palestra com o pesquisador Cornélio Alberto Zolin.
Já a gestora do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), Vanessa Gasch detalhou os principais impactos das anomalias climáticas na safra de soja mato-grossense 2023-24.
Para o presidente do Sindicato Rural e vice da Famato, Ilson Redivo, o encontro foi pensando em buscar possíveis soluções.
“Resolvemos trazer instituições financeiras e Embrapa para falar da parte técnica dos impactos climáticos negativos nesta safra e o Imea para trazer os dados atualizados e a gente, junto com as instituições financeiras, buscando soluções para amenizar essa crise no futuro. Precisamos lubrificar essa engrenagem para ela continuar funcionando mesmo depois dessa crise implantada”.
Redivo explicou que em sete municípios da região Norte do estado (Claudia, Feliz Natal, Marcelândia, Santa Carmem, Sinop, União do Sul e Vera) deixarão de circular quase R$ 1,3 bilhão.
“Nós levantamos também que nesses sete municípios abordados, R$ 32 milhões de Fethab deixarão de ser arrecadados para o Governo do Estado. Então, significa menos investimentos na nossa região, menos atividade comercial, porque esses valores deixarão de circular no comércio local”, apontou.
Segundo ele, essa situação deve impactar em toda atividade comercial dos municípios que compõem a região. “O problema está implantado e nós temos que buscar soluções para amenizar esses impactos feitos. A gente conversou com todos os agentes financeiros e para criar uma consciência em busca de soluções para o problema implantado”, completou.
Participaram da reunião agentes financeiros do Banco do Brasil, Sicoob Norte MT, Sicoob Credisul, Bradesco, Caixa Econômica Federal, XP Investimento, Banco Plantae, Basa, Cresol, Rabobank, Itaú BBA e Banco ABC Brasil
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MT será beneficiado com aumento da produção de fertilizantes

Mato Grosso é um dos estados que será beneficiado no aumento da produção de fertilizantes.
O memorando foi firmado entre Brasil e Bolívia nesta quarta (31) e prevê a realização de estudos para a construção de fábricas de fertilizantes nitrogenados nos dois países.
Conforme a proposta, Cuiabá será um dos alvos da cooperação estratégica para estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a atração de investimentos em projetos com potencial de desenvolvimento.
Além da capital mato-grossense, serão contempladas as cidades de Três Lagoas/MS e Porto Quijarro, Uyuni, Copaisa e Santivañez na Bolívia.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou que alternativas precisam ser criadas e uma delas é o suprimento de gás natural com preços mais competitivos.
“Para que a gente possa restabelecer a construção e finalizar, por exemplo, a planta de Três Lagoas e em Cuiabá, o suprimento de gás natural da Bolívia é fundamental”, pontuou Fávaro.
A Bolívia tem grandes reservas de gás natural, fundamental para a produção dos nitrogenados, além de minerais usados em outros tipos de nutrientes, mas carece de capacitação e de recursos para desenvolver suas cadeias – carência que o memorando tenta reduzir ao prever ações de cooperação técnica, plano de desenvolvimento industrial e programa de atração de investimento, entre outras medidas.
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Ferramentas ajudam produtor a reduzir riscos com adversidades climáticas

A safra 2023/2024 tem sido desafiadora para a maior parte dos agricultores mato-grossense devido às altas temperaturas associadas ao menor volume de chuva em momentos cruciais para o desenvolvimento das lavouras.
Em condições como esta, que tendem a ser mais frequentes, o manejo de excelência do solo e o uso de informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) são fundamentais para reduzir os riscos de perdas.
Conforme dados do primeiro Boletim Agrometeorológico desta safra, publicado pela Embrapa Agrossilvipastoril em novembro, a precipitação acumulada em praticamente todo o Mato Grosso ficou abaixo das médias esperadas para o período.
A irregularidade das chuvas causou problemas em muitas lavouras e, em alguns casos, levou à necessidade de replantio.
Dados da estação meteorológica da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, registraram o menor volume de chuvas entre agosto e novembro dos últimos cinco anos. O período ainda foi marcado por recordes históricos de temperaturas médias.
“Essas altas temperaturas trazem uma situação bastante desafiadora para o sistema produtivo, pois as culturas precisam de mais água no solo para atender a demanda evapotranspirativa”, explica o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Cornélio Zolin.
De acordo com Zolin, para reduzir os riscos de perda de produtividade em condições adversas como estas, o produtor deve fazer um trabalho constante de manejo de excelência do solo.
“O produtor precisa buscar cada vez mais melhorar a cobertura desse solo, revolver o mínimo possível, fazer rotação, fazer integração, usar diferentes tipos de culturas e consórcios, para que ele possa melhorar o perfil do solo e diminuir a compactação”, orienta o pesquisador.
A Embrapa Agrossilvipastoril vem trabalhando com opções de consórcios forrageiros que atendem a essas demandas, seja em sistemas de plantio direto ou em sistemas de integração lavoura-pecuária.
Há opções de consórcios que visam a descompactação do solo, a ciclagem de nutrientes, o aumento de matéria orgânica ou mesmo a mitigação de nematoides.
ZARC
Outra ferramenta importante para reduzir riscos de perdas causadas pelas adversidades do clima é o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).
O ZARC orienta a janela ideal de semeadura de cada cultura, em cada município brasileiro, conforme o ciclo produtivo e o tipo de solo.
“Junto a isso, melhorias em relação aos níveis de manejo também serão incorporados no zoneamento. E tudo isso forma um conjunto de ferramentas que orienta o processo produtivo de modo que o produtor possa reduzir ao máximo os riscos que são provenientes dessas condições adversas”, afirma o pesquisador Cornélio Zolin.
O ZARC define as janelas de semeadura conforme diferentes níveis de risco, com 20, 30 e 40% de chances de perda.
Essa ferramenta também orienta instituições financeiras em relação ao financiamento de safra e ao seguro agrícola.
O zoneamento de cada cultura pode ser conferido no aplicativo Plantio Certo, disponível para download gratuito para dispositivos móveis com sistema Android ou iOS.
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Rally da Safra visita propriedades rurais em Mato Grosso

O Rally da Safra, expedição que há 20 anos acompanha o plantio de soja e milho nas regiões mais importantes do país, estará em Lucas do Rio Verde (5), Sorriso (6) e Sinop (8).
O principal objetivo do Rally é fazer levantamento técnico privado das lavouras de soja e milho entre os meses de janeiro e junho – durante a fase de desenvolvimento e de colheita das culturas.
“Nesse sentido, é muito importante acompanhar in loco o momento do cultivo na região oeste do Mato Grosso", explica o diretor de marketing da Biotrop, Rogério Rangel. A Biotrop participa pela primeira vez do Rally da Safra, iniciativa da Agroconsult.
“Além das visitas para coleta de dados, o Rally também abre uma excelente oportunidade para contato direto da Biotrop com os agricultores. Nosso propósito é contribuir cada vez mais para o aumento da produtividade com o uso dos produtos biológicos – que têm se mostrado eficazes em situações adversas, como de estresse hídrico, que está impactando bastante o atual plantio”, aponta Rangel.
DURANTE AS VISITAS
Os técnicos do Rally fazem levantamentos qualitativos e quantitativos com colheita de amostras, as quais passarão por metodologia de contagem, pesagem e medição de umidade dos grãos, além de testes de identificação de transgenia e medição de cobertura de solo.
“Estamos muito animados com a participação nessa ação que vai a campo entender a realidade dos agricultores brasileiros, avaliando suas expectativas e identificando tendências para 2024. Safra após safra, comprovamos que o uso de bioinsumos auxiliam para a qualidade do plantio, com retorno efetivo para os agricultores”, acrescenta o diretor de marketing da Biotrop.
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Agricultores de Sorriso conhecem nova tecnologia para 2ª safra do milho

O aumento das chuvas nas últimas semanas – em alguns momentos até em excesso – vem estimulando o cultivo de milho em Sorriso.
A expectativa dos agricultores é que a segunda safra seja mais rentável, visto os impactos negativos na soja diante do baixo desempenho causados pelas adversidades climáticas.
Sorriso município é o que mais produz o cereal no Brasil.
Pouco mais da metade dos 500 mil hectares previstos para a temporada, segundo o Sindicato Rural, receberam as sementes.
O ritmo é reflexo da agilidade da colheita da soja e boa oferta de chuvas. Somente em janeiro, conforme o Sindicato Rural, foi registrado um acumulado de aproximadamente 300 milímetros na região.
“Assim que o produtor faz a colheita da soja, já entra com o plantio do milho. No ano passado, nesta época, tínhamos em torno de 35%, 40%, e esse ano estamos acima dos 50% da área de milho já plantada”, comenta o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Sadi Beledelli.
A torcida agora é pela manutenção da umidade no campo para garantir o bom desempenho e rendimento da cultura.
“Eu espero que chova bem em fevereiro, março e abril e que a gente possa ter uma grande safra de milho, para que possamos recuperar um pouquinho do prejuízo que o produtor teve na soja”, frisa Beledelli.
Hoje, o milho é a principal cultura de segunda safra no Brasil. A cada ciclo vem ganhando mais espaço, principalmente em meio as lavouras mato-grossenses, visto seu rendimento e rentabilidade.
E a inserção de novas tecnologias no campo é considerada um dos fatores para tal expansão do grão.
TENDÊNCIAS
Em meio às novas tecnologias em fase de teste, o milho de pequena estatura é uma das grandes apostas. De acordo com a pesquisa em torno da tecnologia, ela reúne características que visam dar mais viabilidade ao grão no cerrado.
Matheus de Aguiar Torrezan, agrônomo de desenvolvimento da Bayer, explica que a principal característica da nova cultivar é o adensamento de folhar.
“Consequentemente temos vários benefícios por essa característica, um acesso por um tempo mais integral durante a cultura. Então, não temos uma limitação pós-pendoamento para estar entrando exclusivamente com aplicação área, para tratar com inseticidas e, principalmente, fungicidas aqui na região do cerrado”.
O agrônomo salienta ainda que o milho tendo uma baixa estatura o produtor consegue entrar na lavoura com um pulverizador durante todo o ciclo da cultura, ou seja, não é necessária a realização de aplicação área.
Outro fator diferencial da tecnologia é o desbloqueio do teto produtivo em relação a população de plantas.
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Altas temperaturas exigem mudanças no manejo da irrigação com pivô

A safra atual de grãos se iniciou e segue sob olhares de incertezas. A instabilidade climática tem desafiado até os mais experientes agricultores.
O ano de 2023 foi o mais quente registrado da história do Brasil e do planeta, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e ainda estão previstas novas ondas de muito calor.
Com isso, as produções agropecuárias expostas o tempo todo ao sol intenso tiveram impactos severos e perdas de produtividade.
Muitos produtores foram obrigados a mudar de estratégia.
Alguns tiveram que refazer o plantio, outros arriscaram e correram para não perder a janela da semeadura e teve gente que nem conseguiu plantar.
Em Mato Grosso, por exemplo, principal estado produtor de grãos do Brasil, as chuvas se adiantaram no início de setembro, o que não é normal e já indicava problemas.
Para os agricultores que fariam o plantio em sequeiro, o normal seria em meados de outubro, momento no qual as chuvas deveriam estar regulares, mas não foi o que aconteceu.
“A gente não teve nada de regularidade de chuva até o final de 2023, agora em janeiro, está chovendo bastante”, diz Rodrigo Borges, diretor de Irrigação na Águia Representações Comerciais, de Sorriso.
Com essa variação climática muitas lavouras de soja não se desenvolveram bem. Assim, em decorrência do excesso de calor e da falta de chuva, o ciclo se adiantou e muitos produtores acabaram colhendo soja mais cedo com baixa produtividade.
“Já aqueles que optaram por esperar, sofrem com o excesso de chuva na colheita”, complementou.
Já os que já fazem o uso correto de sistemas de irrigação com pivôs, os impactos foram menores.
“Um exemplo da vantagem da irrigação foi que tivemos produtores que colheram 20 sacas de (60kg) soja no sequeiro e 80 sacas sob os pivôs, ou seja, o equipamento salvou a safra deles”, disse Borges.
Mas, essa não foi a realidade de todos, teve muito produtor que não se atentou a mudança de manejo diante dos fatores climáticos extremos e mesmo com os equipamentos de irrigação tiveram a produtividade comprometida.
De acordo com o professor, Fernando Tangerino, especialista em irrigação e professor da Unesp, de Ilha Solteira/SP, com essa nova realidade de temperaturas elevadas por dias seguidos, os agricultores irrigantes precisam mudar alguns hábitos, indo além da necessidade de recompor o armazenamento de água no solo e repor as perdas por evapotranspiração.
Tradicionalmente fornecer água para a planta, via pivô, sempre ocorreu no período noturno e isso acontece porque se paga 30% da energia elétrica e de certo forma há uma maior eficiência da irrigação.
“Até hoje essa é a cartilha que seguimos, porém temos observado que mesmo produtores que fazem irrigação tiveram prejuízos na safra e isso acendeu o sinal de alerta, ou seja, foi preciso pensar em um novo manejo de irrigação diante de recordes de temperatura máximas como vimos em 2023”, disse o professor.
Essa situação se agravou ainda mais em áreas recém-plantadas e não havia palhada no solo. Por exemplo, se o termômetro indica 40º graus no ar, o solo pode atingir até 70ºC.
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Pecuaristas se reinventam para alimentar gado após pouca chuva

O baixo índice pluviométrico fez todo o setor do agronegócio se readequar para evitar maiores prejuízos nesta temporada 2023/24.
Nesse sentido, os pecuaristas de Mato Grosso estão tendo que complementar a alimentação do gado. Com a baixa da arroba, a escolha é por alimentos mais baratos, como o capulho do algodão.
Na propriedade do pecuarista Júlio Rocha Ferraz, são ao todo 180 animais, nas fases de recria e engorda. Segundo ele, a falta da chuva inabilitou que as pastagens recuperassem o vigor e os animais estão a mais tempo na terminação.
“Eu atrasei a minha terminação, já que foi a forma mais barata que eu encontrei de diminuir o meu custo. Se eu alimentava 10kg aos bois e passei a alimentar 7kg, isso gera um quadro que, apesar de não ser o ideal, era a melhor forma que eu tinha de economizar”, diz.
Ainda de acordo com o pecuarista, o custo por cabeça de gado chegou a subir R$ 400 a R$ 500 e, embora o insumo estava mais barato e a arroba ter melhorado, foi gerado um maior custo.
“A chuva ainda não está no ideal, mas as gramíneas rebrotaram e conseguimos o controle de pragas e não preciso usar outro tipo de insumo em um período de chuva”, conta.
Júlio diz ainda que as estratégias para reduzir custos devem ser mantidas ao longo do ano, à espera de preços mais atrativos.
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Clima favorece e plantio do algodão atinge 98,87% da área

O clima tem favorecido a semeadura do algodão em Mato Grosso. Até o dia 9 de fevereiro 98,87% da área estava plantada, superando, inclusive, a média dos últimos cinco anos de 91,72%.
Ao se comparar com o ciclo 2022/23 a diferença é de 17,24 pontos percentuais, ante os 81,63% semeados nessa época no ano passado.
Na variação semanal, segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o avanço foi de apenas 3,50 pontos percentuais.
“Essa diferença pode ser explicada pelos cenários distintos enfrentados nas duas safras, de modo que as condições climáticas atuais têm favorecido o andamento dos trabalhos a campo, ao passo que, no ciclo passado, o excesso de chuvas dificultou o avanço da colheita da soja e, consequentemente, a semeadura do algodão”, destacou o Instituto em seu boletim semanal do dia 5 de fevereiro.
Ainda conforme o Imea, cerca de 90,10% da área projetada de 1,37 milhão de hectares foi semeada dentro da janela ideal, que foi até o dia 31 de janeiro.
O levantamento divulgado na última sexta mostra que a região Centro-Sul já plantou 99,62% da sua área.
Na Nordeste 99,12%, enquanto no Médio Norte as sementes foram colocadas em 99,05%.
Já a região Noroeste semeou 98,84% do algodão previsto, seguido da Oeste com 98,74% e da Sudeste com 98,56%.
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Produção industrial de MT tem alta de 5,2%; alimentos e biocombustíveis se destacam

Mato Grosso encerrou 2023 com crescimento de 5,2% na produção industrial.
O desempenho positivo colocou o estado na 5ª posição do ranking nacional, com destaque para os setores de biocombustíveis e de alimentos, que tiveram desempenho acima da média estadual.
A análise dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita Observatório da Indústria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) mostra que no acumulado de 2023, o setor de biocombustíveis cresceu 13,4%.
“Estamos observando um crescimento notável na produção de etanol no estado, sustentado especialmente pelo aumento da produção de etanol a partir do milho, que hoje responde por cerca de 75% da produção de etanol do estado”, pontuou o presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt) e presidente das Indústrias de Bionergia de Mato Grosso (Bioind), Silvio Rangel.
“Temos perspectivas mais investimento e aberturas de novas plantas. Certamente é um setor que está contribuindo muito para o desenvolvimento econômico e social do estado”, completou Rangel.
Outro setor cujo comportamento superou o índice estadual foi o de fabricação de produtos alimentícios, puxado principalmente pelas indústrias frigoríficas.
“Conseguimos aumentar em mais de 25% a quantidade de abates de animais. Anos anteriores trabalhávamos com capacidade ociosa”, explica o diretor-executivo do Sindicato das Indústrias de Frigorífico de Mato Grosso (Sindifrigo-MT), Jovenino Borges.
Segundo ele, em 2023 foram abatidos 6,3 milhões de cabeças de gado, frente a 4,8 milhões em 2022.
Por outro lado, os setores de produtos químicos e de madeira registraram queda na comparação com o ano anterior de 12% e 3,9%, respectivamente. O comportamento negativo também foi observado nos setores de minerais (-0,5%) e de bebidas (-1,8%).
No ranking nacional, Mato Grosso ficou na 5ª posição com melhor desempenho, atrás de Rio Grande do Norte (13,4%), Espírito Santo (11,1%), Goiás (6,1%) e Pará (5,4%).
DADOS DE DEZEMBRO/23
A produção industrial de Mato Grosso teve um leve aumento de 1,9% em dezembro de 2023 na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
O saldo positivo foi provocado também pelos setores de fabricação de produtos alimentícios, fabricação de bebidas, produtos de madeira, fabricação de minerais não metálicos e fabricação de produtos químicos.
O setor de biocombustíveis foi o único com resultado negativo (-7%) nessa comparação. Na comparação com novembro de 2023, a produção industrial estadual registrou queda de 3,3%.
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MT registra recorde histórico de abate de bovinos em janeiro

O abate de bovinos em Mato Grosso bateu recorde em janeiro. Foi o maior volume já registrado em um mês, com o envio de 615.138 animais para o gancho.
O resultado é sustentado pela maior presença de fêmeas na indústria, que somaram 308.478 cabeças no primeiro mês de 2024.
O volume enviado para as indústrias frigoríficas em janeiro supera em 19,40% a quantidade enviada em dezembro.
No último mês de 2023 foram para o abate 515.170 cabeças, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT).
Análise realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que acréscimos mensais acima de 18% no volume de bovinos abatidos, no comparativo de janeiro ante a dezembro, foram vistos apenas seis vezes nos últimos 22 anos.
Entre os maiores volumes de bovinos enviados para o abate na série histórica estão os meses agosto de 2023 com 581.511 cabeças, setembro de 2023 com 557.371 cabeças, além de novembro do mesmo ano com 556.790 animais.
Conforme os números do Indea-MT, em janeiro de 2023 foram enviados para a indústria 474.242 animais e em janeiro de 2022 um total de 430.528.
O Imea destaca ainda que tal aumento nos abates no estado, também, “foi influenciado pela perda na qualidade das pastagens do estado, que fez com que os pecuaristas intensificassem o envio dos animais mais pesados para as indústrias no período analisado”.
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Novas cultivares e pivô de irrigação vão ajudar a diminuir preço do arroz em MT

O aumento do preço do pacote de arroz de 5 kg nos supermercados foi motivado pela redução de produção do cereal na Índia e diminuição de áreas de plantio em Mato Grosso.
O país asiático responde por mais de 40% das exportações mundiais de arroz e chegou a suspender a venda internacional do produto no final do ano passado.
A produção mato-grossense de arroz não foi suficiente para abastecer a demanda local. Por esse motivo, as indústrias do setor beneficiaram o cereal produzido no Rio Grande do Sul e até mesmo o produto importado do Paraguai.
“O arroz geralmente é plantando após a abertura de novas áreas. Como temos registrado pouca expansão neste sentido, nos últimos anos houve considerável redução de produção, o que contribuiu no aumento de preços”, afirma o presidente do Sindicado Estadual das Indústrias de Arroz de Mato Grosso (Sindarroz-MT), Rodrigo Mendonça.
EM MATO GROSSO
Para ampliar a produção local, os produtores e indústrias do setor, juntamente com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), têm desenvolvido variedades de arroz que se adaptam melhor ao solo do cerrado, proporcionam melhores resultados na rotação de cultura e em áreas de irrigação.
“Já temos variedades adaptáveis a terras mais velhas, já de muitos anos abertas, e o arroz é a principal cultura para fazer rotação e deixar o solo mais fértil e mais produtivo para o próximo ano de soja”, pontua o diretor do Sindarroz, Lázaro Modesto.
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O plantio de arroz em áreas com pivô central de irrigação também é uma alternativa viável para ampliar a produção mato-grossense.
Em Primavera do Leste, por exemplo, 25% da área plantada de arroz utiliza irrigação. A prática também tem ganhado espaço nas regiões de Campo Verde, Sorriso, Sapezal, Nova Mutum e Sinop.
“A indústria espera que com as novas cultivares para a rotação de cultura, o estado de Mato Grosso volte a ser autossuficiente além de exportador para outros estados” pontua o presidente do Sindarroz MT.
QUEDA EM ABRIL
O arroz, produto básico da alimentação, deve ter redução nos preços, por volta do mês de abril, devido à proximidade da safra nacional e em países do Mercosul. A estimativa atual é de colher 400 mil toneladas em Mato Grosso.
O estado sempre teve grande produção do cereal, e deixou de ser autossuficiente somente nos anos de 2016, 2020 e 2023, quando foi preciso recorrer à compra externa. Porém, conforme o Sindarroz, o arroz mato-grossense se destaca por sua alta qualidade.
“Nosso produto é extremamente superior em relação aos dos países que importamos: tem alta qualidade de cocção (cozimento) e muita soltabilidade na panela. O arroz de sequeiro, produzido em Mato Grosso, é de uma qualidade excepcional”, finaliza Lázaro Modesto.
Obras de pavimentação nas BRs 242 e 158 devem começar neste semestre

As obras de pavimentação das rodovias BR-242 e BR-158 devem ter início ainda neste semestre.
As rodovias são fundamentais para o escoamento de safra e para o deslocamento da população na região do Araguaia, em Mato Grosso.
Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e dos Transportes, Renan Filho, se reuniram na terça (20) para discutir o assunto.
A BR-242 teve a aprovação do Estudo de Componente Indígena (ECI) pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e, logo, poderá ter início a pavimentação do trecho de cerca de 100 km do Lote A (de Santiago do Norte a Gaúcha do Norte).
Com o novo traçado, a pavimentação não passa pela região de cavernas, dispensando a avaliação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Já a BR-158, cuja ordem de serviço para pavimentação dos primeiros 12 km do Contorno da Terra Indígena de Marãiwatsédé, dos Xavantes, foi assinada em setembro do ano passado e terá a continuidade do trecho de mais de 90 km, do Posto Luizinho até Alto Boa Vista.
“É um ganho histórico, não apenas para Mato Grosso, que espera por essas obras há décadas, mas para todo o Brasil. Com muito trabalho e dedicação do presidente Lula, superamos os desafios e as obras estão acontecendo”, destacou Fávaro.
De acordo com o Ministério dos Transportes, os pagamentos realizados na manutenção e construção de rodovias no estado triplicaram no atual governo.
Saltaram de R$ 281,1 milhões em 2022 para mais de R$ 713,4 milhões em 2023.
Já para este ano, os investimentos devem ultrapassar os R$ 850 milhões, podendo chegar até R$ 1 bilhão.
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Cesta Básica sobe 3,11% em Sinop, ainda abaixo das grandes capitais

O custo da Cesta Básica em Sinop apresentou forte avanço em janeiro, passando a custar R$ 741,77, 3,11% em relação ao mês anterior.
Os dados foram divulgados pelo CISE (Centro de Informações Socioeconômicas), do curso de Ciências Econômicas juntamente, Unemat Sinop. O levantamento foi feito entre os dias 2 e 13 de fevereiro, tendo como referência os últimos 30 dias de atividade econômica.
Alguns itens registraram queda nos preços médios, como farinha (2,01%) e leite (0,87%). Em contrapartida, houve aumento em outros, como a batata (32,74%) e feijão (13,81%).
O aumento acompanhou a tendência de grandes capitais. Em São Paulo, a variação no valor da cesta básica foi de 4,25%; em Brasília, 6,27%; Curitiba, 4,16%; Campo Grande, 5,6%; e Goiânia, 6,18%.
Este foi, pelo menos, o quinto aumento consecutivo. Em setembro, a cesta básica custava R$ 696,37, aumentando para R$ 703,16 em outubro, R$ 709,42 em novembro e R$ 719,37 em dezembro.
“Percebe-se que o grupo Alimentação foi o que registrou maior aumento, com 1,52%. Já Transporte e Comunicação tiveram queda de 0,41% e 0,32%. Os demais apresentaram variações relavitavemente pequenas em relação a dezembro”, explica o economista Feliciano Azuaga.
Vale lembrar que Cesta Básica inclui todas as necessidades de uma família, não se referindo apenas à alimentação, mas também ao transporte, moradia, estudo, entre outros.
ÍNDICE DE CONFIANÇA EMPRESARIAL
No levantamento de informações para o Índice de Confiança Empresarial (ICE), em uma graduação que vai de zero (menos otimista) a 200 (mais otimista), apresentou recuo de 1,63%, 121 pontos, dois pontos abaixo do patamar do mês anterior.
“Esse resultado indica uma preocupação em relação às condições econômicas atuais por conta da safra 2023/24. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior o resultado apresentou um recuo de 3,20%, ainda pior”, destaca Azuaga.
No mês de fevereiro a avaliação da situação atual (IAE) apresentou um recuo de -1,82% no indicador geral. O indicador “Contratações” apresentou um recuo de -2,74%. O indicador de avaliação da expectativa futura (IEE) apresentou também um recuo. O indicador “Contratações” apresentou um avanço de 1,16%
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Qualidade da carne suína começa com seleção genética dos animais

Quando um alimento chega à nossa mesa, muitas vezes em razão da correria do dia a dia, não paramos para analisar todo o processo pelo o qual ele percorreu desde a sua origem.
No caso da proteína suína, essa cadeia não deixa de ter suas complexidades, uma vez que a alta qualidade da carne está relacionada a uma série de fatores.
O ponto de partida é uma boa genética dos animais, ou seja, características como maciez e sabor da carne são influenciadas pela eficiência dessa seleção aliadas, é claro, a uma dieta balanceada dos suínos.
Existem algumas características que estão diretamente ligadas à qualidade de carne, como por exemplo, a gordura intramuscular (marmoreio). Essa, quando é muito baixa, deixa a proteína mais seca e menos saborosa.
Sendo assim, o programa genético suíço, que é referência mundial, estima que a gordura intramuscular na carne suína em relação a sabor é a ideal quando está entre 2,0% a 2,5%.
De acordo com Beate von Staa, proprietária da Topgen, marca brasileira, especializada em genética suína, em algumas situações como em degustações às cegas (onde os consumidores não veem a carne), gordura intramuscular acima de 3% geralmente é preferida.
No entanto, com esses teores elevados, a gordura é claramente visível na carne o que pode retrair a preferência do consumidor.
Atualmente, no processo de seleção dos animais com foco em qualidade da carne e quantidade ideal de gordura intramuscular, há raças e linhagens escolhidas especificamente para esses aspectos.
Falando das raças mais conhecidas no Brasil, pode-se destacar o Duroc como característica de boa gordura intramuscular e o Pietrain para pouca gordura.
Segundo Beate, no programa genético da Suíça são realizados testes com amostras provenientes de progênies de cruzamentos com machos terminadores de três raças diferentes e sempre cruzados com matriz F1 (Landrasse x Largwhite).
“Os resultados mostram animais de pai Duroc com 2,4% de gordura intramuscular, filhos do Premo (linha macho Largewhite desenvolvido na Suíça) com 2,1% e do Pietrain com menos de 2%”, detalha a especialista.
IMPORTÂNCIA DAS FÊMEAS
Quando se fala de qualidade de carne, a tendência é pensar apenas no macho terminador (aquele que é usado para gerar os animais de abate.) No entanto, boa parte da informação genética provém das fêmeas.
No programa genético suíço, a qualidade da carne suína é algo muito relevante inclusive no melhoramento das linhagens maternas.
“Para as matrizes suíças, os resultados para gordura intramuscular são 2,48% para Largewhite e 1,77% para Landrasse”, apontou Beate.
O programa de melhoramento genético usado pela Topgen, segue os mesmos os padrões suíços de seleção. A qualidade almejada é representada por vários indicadores, entre eles a do marmoreio, que conforme já foi ressaltado, é o principal responsável pelo sabor e suculência.
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MT movimentou mais de 790 milhões de animais em 2023

A quantidade de animais movimentados em Mato Grosso no ano passado chegou a 793 milhões – entre bovinos, aves, suínos, peixes, ovos fertilizados e outras espécies.
Os dados são do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea), órgão estadual que controla o trânsito de animais dentro e fora do estado através da emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA).
Pelo levantamento, ao longo do ano passado, grande parte da movimentação de animais foi de galinhas, com destino a granjas comerciais para engorda e, posteriormente, abate.
Nesse segmento foram movimentados 725,9 milhões de aves, liderando o ranking de animais movimentados com GTA – o equivalente a 91,5%.
Em segundo lugar, com 38,8 milhões (4,89%), está a movimentação de peixes, em sua maioria alevinos, e em seguida bovinos, com 28,4 milhões (3,58%).
Nos dados gerais, em 2023, Mato Grosso registrou no total 956 mil Guias de Trânsito Animal, emitidas no sistema informatizado do Indea.
Além do controle de animais entre estabelecimentos rurais e para frigoríficos, eventos agropecuários, como leilões, exposições, feiras e torneios, também demandam a emissão da GTA para os animais envolvidos.
FEIRAS E OUTROS EVENTOS
O Indea, responsável por autorizar esses eventos após a análise documental e avaliação do espaço físico, que garantam o bem-estar do animal, autorizou 988 eventos agropecuários em 2023.
Nesses eventos agropecuários, a grande maioria de animais movimentados foi de bovinos, com um total de 98.548. Em seguida, com 39.274 ficou a movimentação de equídeos.
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Programa ‘Filhos do Campo’ terá atividades em Sapezal e Matupá

Duas cidades receberão as atividades do programa social Filhos do Campo, realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).
O projeto inicia em março e tem por objetivo apresentar às crianças de 9 a 12 anos a realidade do agronegócio por meio das etapas do processo produtivo em um dia de campo.
O programa é desenvolvido pelo Senar-MT e viabilizado pelos Sindicatos Rurais e prefeituras. A programação prevê atividades nos dias 12 e 13 em escolas públicas de Sapezal. Já no dia 18 em Matupá.
A coordenadora de Promoção Social do Senar-MT, Nadja Paixão, explica que são realizadas atividades educativas e recreativas, com passeio pela propriedade rural, visita à uma atividade agropecuária, visita a atividade agrícola e atividade de agricultura, vivenciando o dia-a-dia de trabalho em uma propriedade rural.
“Essa visita visa despertar o interesse das crianças e incentivar para que no futuro possam ser profissionais do meio rural”, pontua Nadja.
O programa Filhos do Campo foi implementado em 2013 pelo Senar-MT. Em 10 anos, foram 637 visitas que levaram 20,8 mil crianças a conhecer o trabalho no campo. A previsão para o 1º semestre de 2024 é atender 14 turmas com o projeto.
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INDEA: em defesa da cadeia produtiva

Responsável pela emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), recebimento de atualizações de saldo de bovinos e demais espécies (equinos, suínos, caprinos e aves) e também recebimento de guias de vacinação, o INDEA-MT (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso) tem outras tantas funções e responsabilidades, que se desencadeiam num trabalho cuja ponta final é a sociedade.
O trabalho desenvolvido pelo Instituto é preventivo, agindo de forma que doenças ou pragas não acometam rebanhos e plantações. Em Sinop, o INDEA tem Rodrigo Gargantini da Silva como gerente regional há cinco anos. Ainda fazem parte da área de abrangência Santa Carmem, Vera, Feliz Natal, Cláudia e União do Sul.
“Somos um órgão de defesa, que trabalha para que não haja rompimento da cadeia produtiva. É um trabalho preventivo para não chegar doenças, como por exemplo, a ferrugem asiática na soja. Os produtores convivem com ela, mas medidas são tomadas para evitá-la ou até suprimi-la das safras seguintes. Assim como nos animais com a vacinação e a educação sanitária, orientando o produtor. Buscamos diagnosticar o mais rápido possível qualquer sintoma de doença”, explica Gargantini em entrevista à Fator MT.
Em resumo: o principal objetivo do INDEA é conter, prevenir e erradicar doenças, tanto animais como vegetais. “Neste ano, estamos focados em projetos de amplo controle de defensivos, locomoção bovina, e a perspectiva é melhorar a questão da comunicação com o produtor para manter a cadeia produtiva e, assim, alcançar resultados significativos”, destacou.
De forma geral, qualquer ‘quebra’ no elo da corrente da cadeia produtiva pode levar a aumento de preços no mercado, que desencadeia no consumidor final.
“Safras que não rendem o esperado significam escassez de um produto na prateleira, e o consequente aumento de preços. A mesma coisa com as carnes (bovina, suína, aves e peixes). O trabalho do INDEA é justamente prevenir, em um trabalho desenvolvido diariamente, que haja controle de pragas e infestações no campo”, afirma o gerente regional do INDEA.
GTA
A Guia de Trânsito Animal é um documento oficial e de emissão obrigatória para o transporte intradistrital e interestadual de animais para qualquer finalidade (abate, recria, engorda, reprodução, exposição, leilão, esporte e outros).
Sua solicitação só pode ser realizada pelo próprio proprietário ou representante legal, seja o requisitante pessoa física ou jurídica.
“Mato Grosso tem um rebanho bovino de aproximadamente 34 milhões de cabeças. É preciso o rastreamento para um efetivo controle sanitário. Isso existe porque se caso houver a disseminação de uma doença em uma determinada propriedade, nós conseguimos rastrear desde origem ao transporte, detectando onde e quando iniciou e realizar barreiras sanitárias”, completa.
NOVA SEDE
A regional de Sinop inaugurou neste ano sua nova sede, em prédio próprio, localizado entre as ruas Alberto Baranjak e Manacás, no Jardim Santa Mônica. Foram investidos R$ 2,8 milhões, oriundos do Fundo Mato-grossense de Apoio à Cultura da Semente (FASE MT), além da doação do terreno feita pela Prefeitura.
Os atendimentos eram feitos há quase 30 anos em um prédio alugado. A área total é de 1,6 mil m², com área de construção de 350 m². Essa nova estrutura possui sala de reunião (para até 12 pessoas), novos equipamentos, computadores e climatização, além de estacionamento próprio.
OUTROS TRECHOS DA ENTREVISTA
TECNOLOGIA:
“O campo é o espaço ideal para observar o avanço da tecnologia. Se a agricultura já foi lugar de colheita manual, feita por centenas de trabalhadores, hoje um maquinário de alta tecnologia realiza o serviço de plantio ou colheita em poucas horas ou dias, e com uma quantidade muito menor de mão de obra”.
“Para utilização desse maquinário, é preciso qualificação. E esta é uma das agruras do produtor. Máquinas autônomas, drones, reivindicam gente que saiba manusear corretamente, e tudo passa pela profissionalização e treinamento”.
“O INDEA utiliza drones para inspeção. Através das imagens geradas, os próprios softwares fazem a contagem de animais, por exemplo, isso agiliza o trabalho”.
SUCESSÃO FAMILIAR:
“Para muitos produtores, esse ainda é um desafio, enquanto para outros é algo natural, os filhos já estão assumindo o papel. É complicado quando há conflito de ideias, de objetivos, mas a maioria entende a importância de transmitir para a próxima geração”.
PRINCIPAIS RECLAMAÇÕES:
“O mundo do agronegócio é muito dinâmico, mas as principais queixas são quanto ao clima, preços e mão de obra. Realmente, a incidência de chuvas varia ano a ano, muitas vezes comprometendo a previsão de quem planta. Às vezes, produtividade além do previsto; em outros casos, abaixo do esperado. Mas é algo que eles estão acostumados. O que ‘quebra’ é o preço de grãos (no mercado), porque houve queda nesse último ano e pegou muitos produtores de surpresa”.
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Lançado Show Rural Colíder 2024

A 3° edição da Show Rural Colíder foi lançada nesta sexta (1º) no auditório da Agência Sicredi, localizado no centro da cidade.
A cerimônia de abertura da feira está marcada para às 17h do dia 3 de abril, uma quarta-feira, e terá transmissão ao vivo pelo AgroCanal.
Após a solenidade será realizado o leilão de 50 touros Nelore ONO para produtores bovinos de todo o Brasil.
O evento será realizado de 3 a 6 de abril, em novo horário, agora das 13h às 21h, como forma de atender a população do campo e da cidade, além disso, os stands e espaços de serviços, que neste ano devem aumentar, serão realocados.
Para esta edição, dois palestrantes nacionais estão convidados para tratar de temas pertinentes à agricultura e à pecuária.
O pós-doutor em genética e melhoramento, Tuneo Sediyama deve ministrar sobre a produtividade da soja no Mato Grosso, e o mestre e doutor em economia, Felippe Serigati, trata das perspectivas sobre a pecuária e a interação com o mercado.
O tradicional Torneio Leiteiro permanece na programação, a 17° edição terá premiação aos primeiros colocados e os interessados devem fazer a inscrição com o Sindicato Rural de Colíder.
O Show Rural Na Brasa, evento gastronômico que acontece no encerramento da feira, também está confirmado, com a realização de shows ao vivo.
“Temos programação para todos, desde o produtor rural até as famílias da região. Nosso estacionamento será gratuito e o parque de exposições é arborizado. Estamos preparando um espaço para todos, neste ano em parceria com o Sicredi e o SENAR”, destacou o presidente do Sindicato Rural de Colíder, Luiz Carlos Moia.
Os espaços para expor produtos e serviços ainda estão disponíveis, além de cotas para patrocinadores do evento. As dúvidas podem ser esclarecidas através do telefone do Sindicato Rural de Colíder (66) 3541-4630.
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PIB: agropecuária cresceu quase 10 vezes mais que a indústria em 2023

A atividade agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023, influenciando de maneira decisiva o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, divulgado na última sexta (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O detalhe é que esse segmento havia apresentado queda de 1,1% em 2022, na comparação com 2021.
Para se ter uma ideia do que o número (15,1%) representa, basta mencionar que esse avanço foi quase dez vezes maior do que o da indústria, que cresceu 1,6% no ano passado, e pouco mais de seis vezes superior ao segmento de serviços, que avançou 2,4%, com destaque para a área de finanças.
Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das indústrias extrativas, que incluem a extração de petróleo e gás natural, além de minério de ferro.
A atividade teve alta de 8,7% no ano passado. Houve destaque também para o setor de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, com alta de 6,5%.
As indústrias de transformação (-1,3%) e a construção (-0,5%) fecharam o ano em queda.
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Acrinorte e Sindicato Rural lançam Norte Show 2024 na quinta

A diretoria da Associação de Criadores do Norte (Acrinorte) e o Sindicato Rural de Sinop lançam oficialmente a Norte Show 2024 na quinta (7), a partir das 19h, na Tatersal da Acrinorte, em Sinop.
Serão apresentadas todas as novidades da feira deste ano, como já é feito tradicionalmente desde 2018, para a imprensa, patrocinadores e expositores.
Dentre as novidades está mais uma rua dentro do Parque de Exposições com a possibilidade de espaço para mais expositores, a Norte Show Kids e a Campus Norte Show, voltado para o público infantil e universitários, respectivamente.
Também serão divulgadas as palestras que compõe a programação, que são de interesse da agropecuária discutindo cenário econômico e os impactos das mudanças climáticas no agro.
Em 2023, a Norte Show quebrou recorde em negociações ao ultrapassar R$ 4,1 bilhões, mais de 300 expositores e movimentou 50 mil visitantes nos quatro dias da feira de negócios.
A Norte Show é o principal evento do agronegócio da Região Norte de Mato Grosso, envolvendo toda rede hoteleira em Sinop e cidades vizinhas, o que também a torna uma das maiores do Brasil.
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Evento discute caminhos para pecuária do futuro

Já imaginou estar entre as fazendas mais produtivas e lucrativas do Brasil e ainda atendendo à demanda atual dos consumidores e frigoríficos por uma carne mais sustentável?
Pois saiba que isso é possível graças às tecnologias que serão apresentadas na primeira etapa do 11º Simpósio Nutripura, que acontece dia 15, em Rondonópolis.
O evento, que deve receber cerca de 500 pessoas entre produtores e profissionais da área, será realizado na fazenda Santa Maria e tem como objetivo apresentar, na prática, as tecnologias e soluções desenvolvidas pela Nutripura que vêm auxiliando os seus clientes na melhoria dos resultados em campo.
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“Trata-se de um modelo replicável. Nosso objetivo é transferir tecnologias já testadas e aprovadas pelos nossos parceiros para outros produtores em busca de maior rentabilidade e sustentabilidade em seus negócios”, afirma Luciano Resende, sócio da Nutripura.
A fazenda Santa Maria, pertencente à Agropecuária Cutolo, é cliente exclusiva da Nutripura desde 2019. Nesses quatro anos, a ocupação média na propriedade saltou de 1,5 cabeça por hectare para 5,6 cabeças - em algumas áreas, este número chega a até 9 cabeças.
Também chamam a atenção os indicadores de sustentabilidade da fazenda, que melhorou o seu balanço de carbono e hoje produz uma carne com uma pegada de carbono muito abaixo da média nacional.
Todos os números serão apresentados no dia de campo, assim como a fórmula para alcançar tais resultados, que inclui o uso de produtos inovadores, integração lavoura-pecuária, intensificação de pastagens, ferramentas para otimizar o confinamento, além de muito planejamento e treinamento de pessoas.
Mato Grosso já colheu 90,42% da área de soja

A colheita da soja em Mato Grosso chegou aos 90,42% da área plantada. Na variação semanal o avanço foi de apenas 5,76 pontos percentuais. O menor ritmo está atrelado à entrada das lavouras que foram semeadas mais tarde.
Levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na última sexta (8), mostra que a região médio-norte colheu 99,75% da sua área de soja.
Em contrapartida, a nordeste é a mais atrasada com apenas 78,79%.
Os trabalhos começam a chegar na reta final na região oeste, a qual 98,18% da área já foi colhida. Ainda segundo o Instituto, na norte foram 94,67% e na noroeste 93,77%.
No Centro-Sul, as colheitadeiras já passaram por 89,26% da área de soja e na sudeste em 82,29%.
Em seu boletim semanal da oleaginosa, o Instituto pontuou que “o menor ritmo dos trabalhos a campo em relação às semanas anteriores está atrelado à entrada das lavouras que foram semeadas mais tardiamente, que não foram impactadas com a extrema seca registrada no estado e, consequentemente, na maior parte dos talhões o ciclo da soja não apresentou encurtamento”.
No que tange ao ciclo passado, os trabalhos da atual temporada estão um pouco atrás novamente. Na safra 2022/23 o estado havia colhido 94,83% da soja. Já a média dos últimos cinco anos é de 91,61% da área colhida.
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STF determina que Monsanto/Bayer restitua mais de R$ 10 bi a produtores

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em julgamento nesta terça-feira (12), que a Bayer, que comprou a Monsanto em 2018, devolva mais de R$ 10 bilhões aos produtores rurais de Mato Grosso, como ressarcimento dos royalties pagos desde 2018 referente à tecnologia Intacta RR2 PRO.
De acordo com a decisão da Suprema Corte, os produtores rurais associados à Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), assim como de outros estados, estão acobertados pela decisão proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5529.
Desse modo, a multinacional deve ressarcir os royalties pagos desde 2018 pelos produtores para o uso da tecnologia, além de garantir o direito dos agricultores de pedir abstenção da cobrança de royalties da tecnologia a partir da expiração do prazo de vigência das patentes relacionadas na ação.
“A decisão de hoje é muito importante para todos os associados da Aprosoja-MT, fazendo justiça àquilo que era questionado lá atrás, quando a Monsanto estendia a cobrança das patentes além de vinte anos. Essa é uma grande vitória dos produtores e mostra o quanto a Aprosoja-MT tem trabalhado pelos nossos produtores”, comemorou o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber.
A disputa começou quando produtores entraram com demanda judicial questionando o art. 40, parágrafo único, da Lei de Propriedade Industrial, que prorrogava o prazo patentário por prazo superior a 20 anos. Em momento subsequente, o STF julgou uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI 5529) e julgou referido dispositivo legal inconstitucional, dando o direito de ressarcimento àqueles que questionavam judicialmente.
A Aprosoja-MT então fez um pedido ao TJMT requerendo a aplicação da decisão do STF e requerendo à Monsanto/Bayer o depósito dos valores de royalties cobrados a partir de 2018, tendo a desembargadora Clarice Claudino, atual presidente do TJ/MT concedido a ordem. Contra essa decisão a Monsanto apresentou uma reclamação constitucional perante o STF.
A Monsanto/Bayer sustentou que a decisão do TJMT teria contrariado o entendido firmado pelo STF no julgamento da ADI 5529 ao determinar a devolução de royalties pagos pelos produtores rurais.
Todavia, o STF entendeu no julgamento que a decisão do TJMT se encontra em linha com entendimento firmado pelo STF na ADI 5529. Ou seja, foi garantido aos produtores rurais a possibilidade de serem ressarcidos pelos royalties pagos após a expiração das patentes.
“Os valores de royalties envolvidos na demanda, segundo estimativas, ultrapassam a casa de 10 bilhões de reais e a Monsanto terá agora que arcar com pagamento a todos os produtores que foram cobrados e pagaram indevidamente pela tecnologia, objeto de patentes vencidas. Isso reforça a higidez e o cumprimento da decisão do STF tomada na ADI 5529”, afirma o advogado Sidney Pereira de Souza Junior, advogado que representou a Aprosoja-MT.
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Governo chinês habilita mais 6 frigoríficos para exportação

Seis frigoríficos de Mato Grosso foram habilitados pelo Governo da China para exportar carne bovina para o país asiático.
Com as novas habilitações, já são 14 frigoríficos no Estado com autorização para a transação comercial.
O comunicado sobre a habilitação dos frigoríficos foi enviado ao governo brasileiro na terça (12). Ao todo foram concedidas 38 habilitações, incluindo abatedouros de bovinos, frangos e suínos.
Em MT, as plantas com autorização de venda para o mercado chinês estão localizadas em Várzea Grande, Colíder, Diamantino, Confresa, Alta Floresta e Pontes e Lacerda.
Conforme o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, o Governo teve participação ativa nas tratativas que resultaram na habilitação das novas plantas frigoríficas.
“Na última viagem do governador Mauro Mendes à China, na CIIE, a maior feira de comércio da Ásia, levamos vários empresários do setor da indústria frigorífica e lá tivemos a oportunidade de apresentar essa empresa de Várzea Grande, que agora foi habilitada pelo governo chinês. É um trabalho importante que o Governo do Estado faz e vai continuar fazendo, não só pela Sedec mas também por meio do Instituto Mato-grossense da Carne, trabalhando Governo e iniciativa privada juntos para promover a carne mato-grossense, que tem a melhor qualidade do Brasil e uma das melhores do mundo”, observou.
Atualmente, Mato Grosso tem 54 plantas frigoríficas no Estado, entre carne bovina, suína e aves. Deste total, 32 exportam proteína animal para 83 países.
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Nova usina de etanol de milho no Vale do Araguaia irá produzir 935 mil litros por dia

Em 2023, Mato Grosso liderou o ranking nacional de produção de etanol de milho.
O Governo do Estado anunciou a instalação de uma nova usina de etanol de milho, em Porto Alegre do Norte, no Vale do Araguaia.
A indústria terá capacidade de produzir, diariamente, 935 mil litros de etanol, 587 toneladas de DDGS (farelo de milho) e 37 toneladas de óleo de milho.
A 3tentos, que já atua com o processamento de soja no município de Vera,vai investir R$ 1,04 bilhão para a construção da fábrica.
Caso a planta opere em capacidade total, poderá demandar algo em torno de 2 mil toneladas de milho por dia na região, considerando que uma tonelada de milho produz cerca de 450 litros de etanol.
Os representantes da empresa gaúcha, responsável pela implantação da indústria, estiveram reunidos com o governador para definir a estrutura baseada no desenvolvimento em um ecossistema produtivo democrático.
A construção está em andamento e as operações devem iniciar em 2026.
O presidente da 3tentos, Luiz Osório Dumoncel, apontou que a expansão da região do Araguaia na produção de grãos foi um dos motivos para a escolha da nova usina.
“Existe uma junção entre potencial produtivo, perfil profissionalizado de pecuaristas, que investem cada vez mais em tecnologia, logística de escoamento favorável, com a BR 158, e também a atuação do governador Mauro Mendes e do vice Otaviano Pivetta, sempre lado a lado conosco, que nos motivou a investir na região”, relatou.
Mauro Mendes afirmou que o que deu confiança aos empresários foi a garantia de segurança jurídica e melhorias na infraestrutura e logística mato-grossense.
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PIB de MT cresceu 3x mais que o do país em 2023

O crescimento econômico de Mato Grosso em 2023 foi três vezes maior do que o nacional. Enquanto o estado fechou o ano com um aumento de 10,6% no Produto Interno Bruto (PIB), o desempenho do país foi de 2,9%.
Os dados são do relatório Resenha Regional do Banco do Brasil, divulgado neste mês.
Conforme o levantamento, Mato Grosso lidera o ranking na região Centro-Oeste e teve o segundo maior crescimento econômico do país, ficando atrás apenas de Tocantins, que registrou elevação de 11,1% no PIB.
Para o governador Mauro Mendes, o resultado reflete um esforço de consolidação fiscal e políticas de gestão financeira mais rigorosas, implementadas a partir de 2019.
O relatório do BB apontou, com base no monitoramento de indicadores econômicos estaduais, que o bom desempenho do Estado foi puxado principalmente pela produção agrícola, que elevou o PIB agropecuário estadual em 23,4% no ano passado.
Este foi o terceiro maior crescimento do país, ficando atrás apenas de Mato Grosso do Sul (31,9%) e Tocantins (25,6%). O crescimento nacional foi de R$ 15,1%
Estado que mais produz alimentos e preserva o meio ambiente, Mato Grosso atingiu, em 2023, uma safra recorde de grãos, sendo mais de 45,3 milhões de toneladas de soja na safra 2022/2023 e 52,3 milhões de toneladas de milho.
MT também lidera na criação de gado, tendo mais de 34,1 milhões de cabeças, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).
O levantamento também apontou Mato Grosso como um dos estados que mais cresceram na indústria e serviços.
O PIB da indústria mato-grossense foi o maior crescimento nacional, com alta de 6% em 2023. O desempenho foi três vezes maior do que o do país, que registrou aumento de 1,6% no ano passado.
Já o PIB de serviços de Mato Grosso cresceu 7,2%, sendo a segunda maior alta do país. O estado ficou atrás apenas de Tocantins, que teve alta de 9,2% em 2023.
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Transição energética pode mudar cenário de biocombustível no país

Para Mato Grosso, a importância de investimentos em agroindústria, dentro da transição energética, se torna fundamental, tendo em vista que, isso pode ser responsável por alavancar a produção de matérias primas sustentáveis.
A afirmação é do presidente da Datagro, Plínio Nastari, durante a primeira Conferência Internacional sobre Etanol de Milho, realizada pela Datagro e União Nacional do Etanol de Milho (Unem).
A industrialização do milho para a produção de etanol, além de proporcionar ganhos sustentáveis, pode triplicar o valor agregado do grão.
“A agricultura vive de ciclos. E é o processo de industrialização que gera uma saída, uma renda adicional para a atividade como um todo que viabiliza a preservação e continuidade da expansão ao longo prazo. Diversificação, agregação de valor e complementaridade de produção de alimento e energia no agro é a solução e é a resposta que tem sido aplicada, no Centro-Oeste como um todo e em particular, no Mato Grosso”, afirma Nastari.
Nastari afirmou ainda que, a estimativa pela demanda de biocombustíveis possa triplicar até 2050, podendo gerar um adicional equivalente a 9,4 vezes a produção mundial hoje.
Esse cenário ocorre devido a necessidade em reduzir pela metade a emissão de carbono na atmosfera até 2030 e isso, amplia o olhar e as oportunidades para os biocombustíveis renováveis, como o etanol de milho. “Existe um senso de urgência muito grande em relação a necessidade de ampliação de biocombustível que está sendo feita de forma sustentável, alavancando a produção de alimentos sem gerar competição, ao contrário, essa agregação de valor, gera um estímulo para que haja mais interesse e mais expansão para a produção de grãos e proteína, agregando valor a toda a cadeia”, pontua Nastari.
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Produtores de MT poderão renegociar dívidas do crédito rural

Produtores de Mato Grosso e mais 16 estados afetados por eventos climáticos ou pela queda de preços agrícolas poderão renegociar dívidas do crédito rural para investimentos.
A autorização foi feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e os pedidos precisam ser feitos até 31 de maio.
A medida foi necessária porque, na safra 2023/2024, o comportamento climático nas principais regiões produtoras afetou negativamente algumas lavouras, principalmente de soja e milho, reduzindo a produtividade no Sul, Centro-Oeste e em São Paulo.
As atividades produtivas e os estados beneficiados são os seguintes:
- soja, milho e bovinocultura de carne: Goiás e Mato Grosso;
- bovinocultura de carne e leite: Minas Gerais;
- soja, milho e bovinocultura de leite: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
- bovinocultura de carne: Rondônia, Roraima, Pará, Acre, Amapá, Amazonas e Tocantins;
- soja, milho e bovinocultura de leite e de carne: Mato Grosso do Sul;
- bovinocultura de leite: Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Além disso, o Ministério da Agricultura informou que os produtores rurais têm enfrentado dificuldades com a queda no preço da soja, do milho, da carne e do leite em algumas regiões e com insumos caros.
As instituições financeiras poderão renegociar, a seu critério, até 100% do valor principal das parcelas com vencimento entre 2 de janeiro e 30 de dezembro deste ano. As linhas de crédito precisam ter sido contratadas até 30 de dezembro do ano passado, e o tomador tem que precisa estar em dia com as parcelas até esta data.
ENQUADRAMENTO
A renegociação abrange parcelas de linhas de crédito rural de investimento contratadas com recursos controlados (recursos equalizados, recursos obrigatórios e recursos dos Fundos Constitucionais do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste).
Os financiamentos deverão ter amparo do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e dos demais programas de investimento rural do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bem como das linhas de investimento rural dos fundos constitucionais.
As parcelas renegociadas devem ser corrigidas pelos encargos financeiros contratuais, inclusive para situação de inadimplência quando for o caso.
No entanto, as parcelas com vencimento entre 28 de março e 15 de abril de 2024 podem ser corrigidas pelos encargos contratuais para a situação de normalidade, dispensando os encargos extras por causa de inadimplência.
O mutuário deve pagar pelo menos os encargos financeiros previstos para este ano, nas respectivas datas de vencimento das parcelas.
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Pesquisa identifica os melhores clones de café para produção

Pesquisadores da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT) e da Embrapa Rondônia estão desenvolvendo o projeto “Validação de clones de Coffea canephora para o Estado de Mato Grosso”.
O objetivo é identificar os melhores clones para cultivo de café no estado. O trabalho é desenvolvido por meio do Programa MT Produtivo Café, da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).
Estão sendo avaliados os desempenhos agronômico e sensorial de 50 genótipos de cafeeiros robustas amazônicos desde janeiro de 2021, em duas unidades de pesquisa da Empaer-MT:
- no Campo Experimental e de Produção em Tangará da Serra;
- no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia de Sinop.
Na primeira colheita comercial, ocorrida na safra 2022/23, foram avaliadas diversas variáveis como produtividade, uniformidade de maturação, ciclo e qualidade de bebida.
A análise de qualidade de bebida foi realizada em um laboratório especializado em cafés especiais, composto por uma rede estruturada de avaliadores credenciados na avaliação de cafés Coffea canephora.
Para essa finalidade foi firmada parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER) do Espírito Santo, que realizou as análises sensoriais dos cafés colhidos em Mato Grosso.
Em fevereiro, no Centro de Cafés Especiais (CECAFES) localizado na Fazenda Experimental do INCAPER de Venda Nova do Imigrante, no Espirito Santo, as amostras foram submetidas a avaliação de qualidade de bebida por quatro profissionais Q-Grader (avaliadores credenciados pelo Coffee Quality Institute), os quais fizeram a descrição sensorial da bebida dos 50 genótipos em avaliação.
DIA DE CAMPO
Para os interessados nos resultados da qualidade de bebida dos robustas amazônicos mato-grossenses, será promovido em maio o dia de campo “Desempenho de cafeeiros robustas amazônicos no norte de Mato Grosso: do plantio à xícara”.
O evento será no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia da Empaer-MT em Sinop, no dia 3.
Na ocasião, serão divulgados resultados preliminares do desempenho agronômico dos 50 clones em avaliação e os participantes poderão adquirir conhecimento e tirar dúvidas em palestras sobre diversos aspectos da cafeicultura, como produção de mudas, implantação da lavoura, custo de produção, qualidade de bebida, dentre outros.
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Consumo de pluma interno pode crescer 26,41% em MT

Mato Grosso deverá consumir cerca de 30,53 mil toneladas de pluma nesta safra 2023/24. É o que aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu relatório de Oferta & Demanda, divulgado no início da semana.
A perspectiva corresponde a um aumento de 26,41% ante as 24,15 mil toneladas da safra passada. O volume, caso se concretize, deverá ser recorde. Tal perspectiva é pautada pela ampliação de fiadoras no estado.
No que diz respeito ao consumo interestadual e externo estes não exibiram alterações em relação ao relatório de março, e ficaram projetados em 583,80 mil toneladas e 1,73 milhão de toneladas, respectivamente.
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Exportações de carne bovina sobem 25,78%

Mato Grosso enviou um volume de 51,94 mil Toneladas Equivalente Carcaça (TEC) em março deste ano.
Segundo os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o aumento é de 25,78% quando comparado com o mesmo período de 2023.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a China continua como o principal comprador de carne bovina do estado. A participação do gigante asiático é 43,19% no volume exportado.
No primeiro trimestre de 2024 foram embarcados 157,68 mil TEC, considerado o maior volume para o período da série histórica.
Entretanto, o preço médio pago pela tonelada exportada nesse período reduziu 5,16%. Quando comparado com o mesmo período de 2023 e 2022, a redução é de 5,16% e 17,06%, respectivamente.
Mesmo com o recuo no preço médio da tonelada exportada, o ritmo acelerado dos embarques da proteína vermelha ao longo dos primeiros meses deste ano, sustentou o valor do boi gordo no estado.
Os preços poderiam ser menores neste período, devido ao alto volume de animais abatidos em Mato Grosso.
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Crescem exportações de milho de Mato Grosso

O Brasil enviou para o exterior 7,02 milhões de toneladas de milho no primeiro trimestre. O volume é 28% menor quando comparado com o mesmo período de 2023.
Entretanto, ao se analisar apenas o estado de Mato Grosso, observa-se um leve aumento de 2,38%.
A queda nos escoamentos nacionais está atrelada ao baixo interesse dos produtores em negociar o seu milho devido à desvalorização no preço do cereal, pontua o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pelo Instituto em seu site, revelam que em torno de 61% do milho embarcado no primeiro trimestre pelo país era oriundo de Mato Grosso.
No período, o estado enviou ao mercado externo cerca de 4,3 milhões de toneladas. Em 2023, o estado havia mandado para o exterior em torno de 4,2 milhões de toneladas de cereal.
No que se refere aos principais compradores do país, os destaques são para a China (1,48 milhão de toneladas), Egito (869,49 mil t) e Irã (698,20 mil t).
Em Mato Grosso, os três países também lideram as aquisições de milho no primeiro trimestre. Somente para a China foram enviadas 777,16 mil toneladas, volume acima das 683,84 mil toneladas do período o ano passado.
Já para o Egito o estado embarcou pouco mais de 672,9 mil toneladas, enquanto para o Irã 491,1 mil toneladas.
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Exportações de pluma em março somam 158,05 mil t

Mato Grosso escoou em março 158,05 mil toneladas de pluma. O volume representa 62,52% do total embarcado pelo país. As informações são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
De acordo com o levantamento, divulgado recentemente pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), ao todo o Brasil enviou ao mercado externo em março de 258,78 mil toneladas de pluma de algodão.
Ao se analisar o acumulado da safra 2022/23, Mato Grosso já exportou 1,16 milhão de toneladas de fibra. A quantidade enviada ao mercado externo é 22,10% superior ao mesmo período da safra 2021/22.
“Esse aumento nas exportações foi impulsionado pela crescente demanda pela pluma quando analisado o ciclo atual”, pontua o Imea.
Quanto aos principais consumidores da pluma mato-grossense, a China segue na liderança. O país asiático é responsável por 55,83% do total de algodão embarcado até o momento na temporada.
O Instituto salienta que para a temporada 2022/23 estima que as exportações atinjam um volume de 1,73 milhão de toneladas de fibra embarcada, acréscimo de 4,84% em relação à safra anterior, ressaltando a melhora na demanda pela fibra no ciclo atual.
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Na contramão do país, exportações de milho sobem em MT

O Brasil enviou para o exterior 7,02 milhões de toneladas de milho no primeiro trimestre. O volume é 28% menor quando comparado com o mesmo período de 2023. Entretanto, ao se analisar Mato Grosso observa-se um leve aumento de 2,38%.
A queda nos escoamentos nacionais está atrelada ao baixo interesse dos produtores em negociar o seu milho devido à desvalorização no preço do cereal, pontua o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), compilados pelo Instituto em seu site, revela que em torno de 61% do milho embarcado no primeiro trimestre pelo país era oriundo de Mato Grosso.
O estado enviou ao mercado externo no período cerca de 4,30 milhões de toneladas. Em 2023, o estado havia mandado para o exterior em torno de 4,20 milhões de toneladas de cereal.
No que se refere aos principais compradores do país, os destaques são para a China, com 1,48 milhão de toneladas, Egito, com 869,49 mil toneladas, e Irã, com 698,20 mil toneladas.
Em Mato Grosso, os três países também lideram as aquisições de milho no primeiro trimestre. Somente para a China foram enviadas 777,16 mil toneladas, volume acima das 683,84 mil toneladas do período o ano passado.
Já para o Egito o estado embarcou pouco mais de 672,9 mil toneladas, enquanto para o Irã 491,1 mil toneladas.
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Nova tecnologia produtiva melhora desempenho da pecuária de cria

Pesquisadores da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, reuniram resultados de mais de 10 anos de estudos com sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) em uma recomendação de manejo específica para a pecuária de cria.
O Sistema PPS, iniciais de precocidade, produtividade e sustentabilidade, é destinado a fazendas que trabalham com a raça Nelore no Brasil Central.
A proposta é a de aproveitar os benefícios da integração lavoura-pecuária (ILP) e dos sistemas silvipastoris conforme a fase de vida do animal.
O novo sistema preconiza a rotação do rebanho em diferentes sistemas produtivos, de forma a obter maior ganho de peso na ILP e a ter maior produção hormonal e de anticorpos no sistema com árvores, resultando em precocidade sexual e melhor resposta do sistema imune. Ao mesmo tempo, ao adotar sistemas com baixa emissão de carbono ou que neutralizam as emissões, tem-se uma produção pecuária mais sustentável.
O Sistema PPS é uma das tecnologias que a Embrapa lançou hoje (25) durante as comemorações dos seus 51 anos.
De acordo com o pesquisador Luciano Lopes, a definição da estratégia de manejo do Sistema PPS se baseou em diferentes resultados de pesquisas obtidos nos experimentos de ILPF da Embrapa Agrossilvipastoril.
“Esses resultados envolveram comportamento e saúde animal, produtividade e alguns indicadores de precocidade sexual. A partir de então, pudemos perceber que alguns sistemas produtivos são melhores para cada categoria, de acordo com as suas necessidades e com o objetivo do produtor”, explica o pesquisador.
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Sucesso de negócios, Norte Show 2025 já tem fila de espera

O sucesso de movimento financeiro que a Norte Show proporcionou na edição deste ano já agitou o mercado para a edição de 2025.
Uma das maiores feiras de agronegócios do país, a Norte Show 2024 bateu novos recordes e já tem fila de espera para expor na edição de 2025. No balanço apresentado pela Associação dos Criadores do Norte (Acrinorte) e do Sindicato Rural de Sinop, cerca de 70 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições, no período de 16 a 19 de abril.
Foram mais de 350 expositores e aproximadamente 1,8 mil marcas expostas em uma das maiores vitrines do agro. De acordo o presidente da Acrinorte, Moisés Debastiani, a feira girou mais de R$ 4 bilhões em negócios.
“As negociações estavam aquecidas e as metas de vendas foram batidas e já tem interessados em expor na feira do próximo ano. Mais do que uma feira de agronegócio, a Norte Show é um ponto de encontro para os líderes, inovadores e entusiastas da agricultura e pecuária”, disse.
Neste ano, houve a inclusão de mais uma rua no Parque, permitindo a presença de mais expositores do que no ano passado, a rede hoteleira de Sinop e região chegou a 100% de ocupação.
Temas atuais e de interesse dos produtores rurais foram apresentados em 19 palestras gratuitas, realizadas no Auditório Agroinsumos e no Tatersal da Acrinorte. Elas ofereceram insights e informações atualizadas sobre diversos aspectos do agronegócio, tendências e melhores práticas do setor.
Neste ano, Sinop parou com a presença do ex-presidente Bolsonaro que foi a Norte Show, no dia 17 de abril. Ele visitou o Parque de Exposições e conversou com expositores e o público, ao lado do presidente da ACRINORTE Moisés Debastiani e do presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo.
Também foram realizados os projetos Norte Show Kids e a Campus Norte Show. O primeiro voltado ao público infantil, ofereceu atividades interativas e educativas para os jovens interessados no mundo do agronegócio.
Por sua vez, o movimento Agroligadas levou 150 universitários dos cursos de Agronomia, Zootecnia e Medicina Veterinária ao Parque, proporcionando a troca de conhecimento e networking entre os futuros profissionais do agronegócio.
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Brasil se torna livre de febre aftosa sem vacinação

O Governo Federal informou nesta quinta-feira (2) que o Brasil se tornou um país livre de febre aftosa sem vacinação animal.
O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
A autodeclaração ocorre após o fim da última campanha nacional de imunização contra a febre aftosa em 12 unidades da Federação e em parte do Amazonas.
“O Brasil sobe para o degrau de cima da sanidade animal, tão almejada. Os mercados mais exigentes e mais remuneradores vão estar abertos para o país”, disse Fávaro.
Segundo ele, a medida abre caminho para que o Brasil possa exportar carne bovina para países como Japão e Coreia do Sul, por exemplo, que só compram de mercados livres da doença sem vacinação.
“Hoje é um dia histórico, porque sempre o Brasil sonhou em ser um país livre de febre aftosa sem vacinação, ou seja, um estágio bem avançado de sanidade animal e boa defesa agropecuária”, afirmou Alckmin.
A próxima etapa consiste na apresentação de documentação para Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), que é quem tem poder para reconhecer o novo status sanitário do país.
Para conceder a declaração de país livre da febre aftosa sem vacinação, a OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses. O Brasil deve apresentar o pleito em agosto deste ano. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.
ESTADOS
Atualmente, no Brasil, somente Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Ao todo, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados contra a doença, trazendo uma redução de custo direta, com a aplicação da vacina, de mais de R$ 500 milhões.
O ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa no Brasil começou há mais de 50 anos e o último registro da doença ocorreu em 2006. O fim da vacinação exigirá protocolos mais rígidos de controle sanitário por parte dos estados, enfatizou o ministro Carlos Fávaro.
A carne é o quarto principal item da pauta de exportações brasileira, atrás apenas da soja, petróleo bruto e minério de ferro.
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MT lidera ranking da frota de aviões agrícolas

Estão em Mato Grosso 600 dos 2,6 mil aviões agrícolas existentes no Brasil, o que representa 23% do total. Os números são do Sindag (Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola).
Rio Grande do Sul vem em segundo no ranking com 420, seguido de São Paulo (330), Goiás (300), Paraná (150) e Mato Grosso do Sul (140).
“Mato Grosso, há dez anos, tinha muito pouco e hoje já é mais de 20% da frota, e segue subindo”, diz o diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle.
Nos últimos 13 anos, a frota brasileira dobrou de tamanho, conforme o sindicato.
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Produtores devem informar ao Indea sobre estoque de rebanho até junho

Produtores rurais de Mato Grosso têm até o dia 4 de junho para informar ao Governo do Estado os dados detalhados dos rebanhos e das propriedades rurais.
A campanha estadual de atualização de rebanho, realizada pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), começou no dia 1º de maio.
A medida substituiu a vacinação contra a febre aftosa e serve de base para que o Governo do Estado possa planejar as futuras ações operacionais dos serviços veterinários oficiais, bem como, fazer a certificação de origem dos animais.
Devem realizar a comunicação do estoque de rebanho os produtores de bovinos, bubalinos, suínos, aves, ovinos, caprinos, ovinos, equinos, muares, asininos, peixes e abelhas.
O produtor rural que não informar o quantitativo está sujeito à multa única de 27 Unidades de Padrão Fiscal (UPFs), cujo valor monetário é de R$ 6.383,00.
A comunicação de rebanho pode ser feita pelo módulo do produtor, ou presencialmente em qualquer unidade do Indea ou postos avançados. No site da autarquia, em Sanidade Animal, é possível encontrar outras informações sobre a campanha.
Para ter acesso ao módulo do produtor, o interessado deve requerer o cadastro em alguma unidade do Indea, e assinar o Termo de Compromisso de Utilização do Sistema Informatizado.
No site, na seção Sanidade Animal - Atendimento não Presencial, é possível acessar o referido termo.
Durante a comunicação, o produtor rural que possui bovinos e bubalinos sob sua responsabilidade poderá também registrar a marca a ferro.
GTA
O produtor rural que não realizou até essa terça (7) a atualização do seu rebanho já está impedido de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), exceto se o animal for para abate. Portanto, caso necessite realizar a movimentação de animais, a sugestão é que o produtor rural faça o quanto antes a comunicação de rebanho.
Na última campanha realizada pelo Indea, em novembro de 2023, houve o registro de 126.441 estabelecimentos rurais. Além disso verificou-se a existência de 34,1 milhões de bovinos, 56,5 milhões de peixes, 33,2 milhões de aves comerciais, 1,6 milhão de suínos tecnificados e 450 mil equinos.
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Líder na produção de grãos do país, MT é o 4º maior do mundo

Mato Grosso se mantém como pilar na produção agrícola nacional e deve alcançar 85,7 milhões de toneladas, mesmo com a redução de 15% em relação à safra recorde registrada em 2023.
As informações são do 8º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A produção do estado é equivalente à produção inteira dos três estados do Sul do país, que devem colher 85,6 milhões de toneladas.
No caso da soja, cuja colheita encerrou no fim de abril, Mato Grosso deve colher 38,4 milhões de toneladas, 15,8% menor do que na safra passada, que alcançou 45,6 milhões toneladas da oleaginosa.
A área plantada aumentou em torno de 100 mil hectares, atingindo 12,1 milhões de hectares plantadas nesta temporada.
“É importante ressaltar que mesmo com essa redução na produção, Mato Grosso continuará contribuindo significativamente para o cenário global. O estado consolida-se como o 4º maior produtor de soja do mundo”, apontou o coordenador do Centro de Dados Econômicos de Mato Grosso (DataHub), Vinicius Hideki.
Para se ter uma ideia da grandiosidade da produção, para alcançar Mato Grosso, é preciso somar as safras combinadas de países produtores como Bolívia, Ucrânia, Rússia, Canadá e Paraguai, ou somar Índia e China.
Conforme Hideki, esses números destacam não apenas a resiliência e a capacidade produtiva de Mato Grosso, mas também sua relevância no contexto agrícola internacional, alimentando a população mundial e impulsionando a economia global com seu trabalho intenso nos campos férteis do Cerrado brasileiro.
No caso do milho, as lavouras vêm apresentando ótimo vigor em seu desenvolvimento. A regularidade das precipitações tem fortalecido as expectativas de uma boa produtividade.
A maioria das lavouras está na fase reprodutiva, especialmente floração. Contudo, a produção deve ser 17,2% menor atingindo 42,4 milhões de toneladas.
Muitos produtores optaram em produzir o algodão (pluma e caroço) como segunda safra e a área plantada cresceu 18,6% e atingiu 1,4 milhões de hectares.
A produção também deve ser maior do que na safra passada em 17,2%, alcançando o total de 6,3 milhões de toneladas, equivalente a 71% da produção nacional de algodão.
EFEITOS DO RIO GRANDE DO SUL
A estimativa da Conab para a produção brasileira nesta temporada está em 295,45 milhões de toneladas de grãos. No entanto, as fortes chuvas registradas no Rio Grande do Sul trarão impactos para o resultado final do atual ciclo.
“Não é possível ainda ter precisão nas perdas para o setor no estado. Os níveis de água estão elevados e o acesso às propriedades é difícil, impossibilitando que se faça uma avaliação mais detalhada”, reforça o presidente da Companhia, Edegar Pretto.
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Bactérias melhoradas geneticamente podem trazer benefícios ao milho

Uma tecnologia a base de organismos vivos biológicos, através de melhoramento genético, estão em testes em campos experimentais de milho segunda safra no Brasil.
O estudo é desenvolvido por pesquisadores americanos e tem o intuito de substituir o nitrogênio sintético pelo biológico, por meio do tratamento de sementes.
A expectativa é que o produto traga benefícios em produtividade e menor custo. Há mais de quatro décadas o Grupo Capitânio realiza investimento em novas tecnologias.
Nesta temporada 2023/24 não foi diferente com as culturas de soja e milho segunda safra, que ocupam cerca de 15,5 mil hectares no Médio Norte de Mato Grosso, conforme o agricultor Patrick Willian Crestani.
O grupo está sempre em busca de inovação e focado em obter os máximos rendimentos. Nas últimas três safrinhas, conta ele, foram realizados mais investimentos em adubação e na escolha dos híbridos.
“Procuramos posicionar o híbrido por talhão. Especificamente, não tem mais aquele negócio generalizado. Hoje, temos praticamente 85% da nossa área plantada dentro de janeiro e sempre buscando o máximo rendimento”.
O produtor comenta ainda que em relação a comercialização, por enquanto, a cautela prevalece na hora de analisar as propostas que chegam de fora da porteira. Tal medida visa evitar uma rentabilidade abaixo do esperado.
“Você tem que estar com o fluxo de caixa organizado para não ter nenhum tipo de problema com as contas. Então, vamos ter que avaliar o mercado nesses próximos meses, mas eu não acredito pela perspectiva, pela expectativa de produtividade, que o preço venha a ter uma melhora significativa. Como não há uma remuneração tão boa nessa última safrinha, o nosso objetivo é produzir cada vez mais para tentar minimizar a questão dos custos”, frisa Patrick Crestani.
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Exportação de carne bovina chega a mais de 70 mil toneladas

Mato Grosso exportou o maior volume de carne bovina já observado na história da cadeia produtiva.
Ao todo, foram 74,99 mil Toneladas em Equivalente Carcaça (TEC), de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em abril deste ano.
Conforme o diretor-técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, a alta do dólar e o mercado internacional aquecido são pontos importantes no cenário das exportações.
“Hoje a nossa carne vai para mais de 140 países. Tivemos neste mês um recorde histórico, praticamente o dobro de muitos meses de abril de outros anos”, pontua Manzi.
A China continuou como a principal compradora com 29,79 mil TEC, volume mais alto dos últimos cinco meses. E outros países asiáticos têm apresentado forte força nas compras da carne mato-grossense.
Emirados Árabes e Filipinas com 13,72 mil TEC e 4,13 mil TEC, respectivamente.
Para o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, as exportações tendem a se manter elevadas uma vez que a China é um parceiro de médio e longo prazo.
“Mesmo com a China se tornando mais independente com a produção de grãos, ela está mudando as políticas internas para reduzir a dependência de soja. Mas, de carne eles não têm condições de produzir em larga escala a carne bovina. A gente tem um grande trabalho de sempre ir dialogando com esse país para mostrar que não é só carne commodity mas sim, uma carne de qualidade”, pontua.
Mato Grosso também apresentou alta no número de abate de bovinos, totalizando 619,68 mil cabeças.
Esse é o maior volume registrado, segundo o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), com 230,74 mil animais a mais em relação à média histórica do mês de abril.
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Governo autoriza compra de 1 milhão de toneladas de arroz

O Governo Federal autorizou, através de medida provisória assinada pelo presidente Lula nesta sexta (24), a compra de até um milhão de toneladas de arroz estrangeiro com a finalidade de garantir o abastecimento em todo o país.
Isso porque a produção deve ser afetada pelo fenômeno climático que atinge o Rio Grande do Sul, estado responsável pela produção de 70% do arroz consumido no país.
Ao todo, foram liberados R$ 7,2 bilhões para a compra de arroz com o preço tabelado em R$ 4 por quilo. A finalidade é garantir que o cereal chegue diretamente ao consumidor final, assegurando o abastecimento alimentar em todo o território nacional.
A compra autoriza o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a fazer a aquisição.
O estoque será destinado à venda direta para mercados de vizinhança, supermercados e hipermercados, além de estabelecimentos comerciais com ampla rede de pontos de venda nas regiões metropolitanas.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, comemorou a importância da iniciativa. “Esta medida provisória é um passo crucial para garantir a segurança alimentar de todo o povo brasileiro”, avaliou.
O governo gaúcho, entretanto, afirma que a safra de arroz do estado é suficiente para a demanda do país. Segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a safra 2023/2024 de arroz do Rio Grande do Sul deve ficar em torno de 7,1 milhões toneladas, mesmo com as perdas pelas inundações que o Estado sofreu em maio.
O número é bem próximo ao registrado na safra anterior, de 7,2 milhões de toneladas.
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MT recebe maior fabricante de equipamentos agrícolas da China

A empresa chinesa Sinomach Heavy Industry, especializada em equipamentos tecnológicos para a cadeia agrícola, está visitando Mato Grosso com o objetivo de impulsionar a produtividade dos agricultores locais.
Com o suporte da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), a Sinomach realizou importantes reuniões de negócios em Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Sorriso e Sinop entre os dias quarta (22) e sexta (24), buscando promover suas soluções tecnológicas em troca de commodities agrícolas.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destacou que a visita da Sinomach é um reflexo direto da Missão China realizada em novembro de 2023.
A agenda da comitiva segue nesta segunda (27) e terça (28), na Capital. O grupo visitará empresas, a Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e a Associação de Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir).
A Sinomach é uma estatal chinesa de destaque mundial, conhecida por sua linha de energia fotovoltaica e fabricação de diversos tipos de máquinas pesadas, abrangendo todos os processos da cadeia agrícola.
A comitiva da empresa incluiu o diretor Shuo Wang, o chefe engenheiro Fanhong Kong, o assistente Zhun Zou, o conselheiro do Brasil Daniel Xie e o representante mato-grossense Pedro Jamil.
Durante três dias, o grupo se reuniu com a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), empresários e cooperativas dos municípios visitados, estabelecendo diálogos sólidos e fortalecendo laços com os produtores de Mato Grosso.
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Colheita do milho alcança 4,73% da área em MT

A colheita do milho segunda safra 2023/24 em Mato Grosso segue “acelerada” em comparação a média histórica dos últimos cinco anos.
Com quatro semanas de atividade, os produtores do estado já retiraram o cereal de 4,73% dos 6,9 milhões de hectares destinados para a cultura nesta temporada.
Na variação semanal o avanço foi de 2,79 pontos percentuais, de acordo com levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Ao se comparar com o período em 2023, apenas 1,26% da área estava colhida na época. A média histórica dos últimos cinco anos de colheita do milho é de 1,92%.
A região Médio Norte, segundo o Imea, segue na liderança com os trabalhos nas lavouras de milho. Por lá os produtores já colheram 7,93% da área. Em seguida surgem o oeste mato-grossense com 6,22% e o noroeste com 5,28%.
Na região Norte já foram colhidos 4,59% da área e na centro-sul 4,38%.
Já as regiões Sudeste e Nordeste as máquinas estão um pouco mais “lentas”, tendo atingido apenas 1,61% e 0,90% das respectivas extensões destinadas para a cultura.
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Vazio sanitário da soja começa neste sábado em MT

O vazio sanitário da soja em Mato Grosso, referente à safra 2024/25, começa neste sábado (8 de junho) e vai até 6 de setembro.
Já o período de semeadura de 7 de setembro a 7 de janeiro do próximo ano.
As informações constam na Portaria nº 1.111 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), publicada no Diário Oficial da União (DOU).
O período de vigência do vazio sanitário no estado em anos anteriores ocorreu de 15 de junho a 15 de setembro, enquanto o de semeadura entre 16 de setembro a 24 de dezembro.
A exceção foi a safra 2023/24, no qual a semeadura foi antecipada em 15 dias mediante condição de excepcionalidade, após pedido do setor produtivo de algodão, e o plantio estendido até janeiro em decorrência do clima.
Entretanto, a definição das datas para a safra 2024/25, levou em consideração “as condições climáticas, bem como as sugestões encaminhadas pelos estados”, como esclarece o Ministério.
“Para estabelecer os períodos de vazio sanitário e o calendário de semeadura, o MAPA utiliza dados técnicos e reuniões com os órgãos estaduais de defesa vegetal, de forma individual e regional, para analisar de forma conjunta todas as propostas enviadas pelas unidades da federação”, explica o engenheiro agrônomo e gerente regional do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Rodrigo Gargantini da Silva.
A medida fitossanitária é uma das mais importantes para a cultura da soja. “Ela visa evitar a multiplicação da ferrugem asiática durante a entressafra, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi”, completa Gargantini.
ATUALIZAÇÃO DE REBANHO
Já a campanha estadual de atualização de rebanho, realizada pelo Indea, foi prorrogada para a próxima segunda-feira (10). A campanha teve início no dia 1º de maio e encerraria na quinta, mas foi prorrogada por mais 4 dias.
Produtores comerciais de bovinos, bubalinos, suínos e aves devem, obrigatoriamente, informar ao Indea os dados detalhados dos rebanhos e das propriedades rurais.
O produtor rural poderá fazer a comunicação pelo módulo do produtor ou presencialmente em qualquer unidade do Indea ou postos avançados.
No site da autarquia, em “Sanidade Animal”, é possível encontrar outras informações sobre a campanha.
Para ter acesso ao módulo do produtor, o interessado deve requerer o cadastro em alguma unidade do Indea, e assinar o Termo de Compromisso de Utilização do Sistema Informatizado. No site, na seção Sanidade Animal – Atendimento não Presencial, é possível acessar o referido termo.
A não comunicação de estoque de rebanho resultará em multa única de 27 Unidades de Padrão Fiscal (UPFs), cujo valor é de R$ 6.383,00.
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Ceifar® reduz perdas em até 110 kg/ha e marca uma nova era na cultura do gergelim
Um novo divisor de águas na cultura do gergelim. Essa é a visão de diversos produtores de Canarana e região sobre o Ceifar®, o adjuvante de calda selador de vagem desenvolvido pela Síntese Agro Science. O que mais chama a atenção é sua eficiência quanto à redução de perdas na colheita do cereal.
O Ceifar® é um produto à base de cola natural, que ajuda a ‘colar’ a cápsula do gergelim, reduzindo assim as perdas. De acordo com o gestor da Síntese em Canarana, Keller dos Santos, a aceitação do produto pelos produtores tem sido extremamente positiva nesta safra. Em algumas áreas, a redução chegou a 110 quilos por hectare.
“Como o gergelim abre por conta da sua característica fisiológica, ao fazer a aplicação do produto é possível reduzir essa abertura, diminuindo as perdas. Nós conferimos de perto o plantio em algumas fazendas e o resultado na colheita foi esse: acima dos 100 quilos por hectare”, aponta Keller.
Esse aumento na produtividade pode ser constatado pelo produtor rural Túlio. O produto foi testado e aprovado na Fazenda Formosa, do grupo Telles. “Vimos de perto essa diferença (na produtividade), realmente deu resultado. O Ceifar® veio para revolucionar a cultura do gergelim, e eu tenho certeza que isso vai impulsionar ainda mais a importância de Canarana no mapa do agronegócio não apenas em nível Mato Grosso, mas sim em nível Brasil”, afirma o produtor.
Keller reitera que foram feitas diversas repetições, e em todas atingiu-se essa diferença superior a 100 kg/ha. “A nossa tecnologia embarcada no Ceifar®, e em tantos outros produtos das linhas voltadas ao gergelim, constata o quanto temos tido êxito no desenvolvimento daquilo que realmente vai trazer soluções ao produtor. Por isso, investimos em pesquisa para que o gergelim seja a nova fronteira agrícola, se igualando, ou até mesmo superando, ao destaque que soja e milho possuem atualmente”, completa.
Mas o otimismo tem sentido. Canarana é a maior produtora nacional de gergelim, respondendo por quase 50% da área total destinado à cultura, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Na safra 2023/24, a expectativa do mercado é dobrar a produção em relação à temporada anterior, quando foram colhidas 174 mil toneladas, em uma área de 361 mil hectares – 300 vezes mais do que se plantava há 10 anos.
Para se ter uma ideia do quanto tem sido rentável plantar gergelim, o preço médio da tonelada para exportação varia entre 1,4 mil e 1,5 mil dólares, o que garante boa margem de rentabilidade ao produtor.
As exportações de gergelim subiram de 42 mil toneladas (2022) para mais de 151 mil toneladas (2023), um aumento de 257%. A Índia é o principal destino do gergelim brasileiro, com 53,7 toneladas, conforme dados do IBRAFE. Outros importantes mercados consumidores são Turquia, Guatemala e Arábia Saudita. No mundo, a produção do gergelim dobrou na última década, saltando de 10 para 20 milhões de toneladas.
Linha Indicum Síntese
Em janeiro, durante a Dinetec 2024, a Síntese Agro Science apresentou uma linha com mais de 9 produtos específicos para o gergelim, desde fertilizante mineral simples, misto ou organomineral, até o Ceifar®.
“Para garantir maior produtividade no campo, a Síntese trabalha com 3 vertentes de produtos: Nutri, Bio e Spray. O Vital®, por exemplo, foi desenvolvido com enzimas “exclusivas” extraídas de cepas selecionadas da cultura em anos anteriores, para podermos levar uma melhor interação com a planta do gergelim. Estou falando de produtos desenvolvidos e pensados exclusivamente para a cultura. Isso economiza o investimento em fertilizantes químicos, com uma pegada mais sustentável”, afirmou à época o gerente comercial da Síntese Agro Science, Carlos Corniani.
Médio Norte inicia colheita de algodão

plantam algodão, Mato Grosso conta com 1,19% da fibra retirada dos 1,44 milhão de hectares semeados nesta temporada 2023/24. Na última semana as máquinas foram ligadas na região Médio Norte.
A colheita no estado de algodão iniciou há três semanas e, conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na última semana apresentou avanço de apenas 0,56 ponto percentual.
Os trabalhos quando comparado com o ciclo 2022/23 está “levemente” atrasado. Nesta época na safra passada 1,77% da área estava colhida. Quando analisada a média dos últimos cinco anos esta é de 2,89%, segundo o Imea.
Entre as regiões produtoras, a Nordeste é a mais avançada com 6,15%, seguida da Centro-Sul e da Sudeste com 1,76% e 1,73%, respectivamente. Já a região Noroeste colheu 0,86%, a oeste 0,67%, enquanto a Médio Norte, a última a iniciar os trabalhos, apenas 0,21%.
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1 em cada 5 aviões da frota agrícola do país está em Mato Grosso

Com mais de 630 aviões, Mato Grosso se consolidou neste ano como o estado que possui a maior frota de aeronaves agrícolas do país. O número representa quase 20% da frota nacional.
A crescente presença dos aviões no estado auxilia para os números recordes de produtividade registrados nas lavouras do estado.
O diretor-executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Gabriel Colle, contou que durante 12 anos o tamanho da frota dobrou.
“Esses números são muito impulsionados pelo MT. Na última safra a gente passou de 100 milhões de hectares aplicados no Brasil, em algumas áreas a aplicação pode ser de até oito vezes”, pontua Colle.
Ele explica durante o programa que, a cada avião que entra no mercado, a expectativa é de uma geração de 50 vagas de emprego.
O impacto econômico é direto e quando se fala em produção, como a soja, as áreas com avião costumam ter três sacas da oleaginosa a mais.
Além disso, a pulverização aérea está auxiliando em pesquisas. “Algumas startups do estado já estão pesquisando soluções para as empresas que querem aumentar a sua aplicação”.
O Sindag cuida de toda a cadeia de pulverização. Atualmente, possuem sócios em 24 estados do país e o trabalho básico é representar o setor, qualificar as empresas que prestam serviços e melhorar a imagem da pulverização para a sociedade.
Em 2018, o sindicato percebeu que precisava de mais um braço e assim, o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) foi criado.
O objetivo do instituto é trabalhar diretamente com capacitação e trazer o produtor rural, dono de avião, para mais perto.
“Esse é um dos nossos focos aqui em MT, porque muitas fazendas possuem aviões. As fazendas não são sócias do Sindag, mas, hoje, elas podem se associar ao Ibravag para fortalecer e melhorar a qualidade das aplicações para desmistificar que a aviação agrícola não funciona”.
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Brasil supera EUA e se torna maior exportador de algodão do mundo

O Brasil, pela primeira vez, tornou-se o maior exportador mundial de algodão, superando os Estados Unidos.
A meta, que era prevista para ser alcançada apenas em 2030, foi batida antes mesmo do encerramento da safra 2023/2024 (julho de 2023 a junho de 2024.
As informações são da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa).
Conforme a associação, no entanto, o posto não necessariamente se manterá no próximo ciclo 2024/25, mas Brasil e Estados Unidos devem continuar emparelhados ou se alternando no topo do ranking futuramente.
Segundo dados da Abrapa, na safra 2023/24 o Brasil deve colher cerca de 3,7 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma) e as exportações alcançarão cerca de 2,6 milhões de toneladas.
A colheita começa a acelerar no País, mas cerca de 60% da produção já foi comercializada.
Em comunicado, o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel, disse que “a liderança no fornecimento mundial da pluma é um marco histórico, mas não é uma meta em si, e não era prevista para tão cedo.
Antes disso, trabalhamos continuadamente para aperfeiçoar nossos processos, incrementando cada dia mais a nossa qualidade, rastreabilidade e sustentabilidade, e, consequentemente, a eficiência”.
O aumento da produção de algodão no Brasil traz desafios, também, para a indústria têxtil nacional, cujo consumo, nos últimos anos, está estacionado em torno de 700 mil a 750 mil toneladas de pluma.
Segundo o presidente da diretor-superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel, a entidade e a Abrapa discutem caminhos para aumentar a produção de fios e tecidos no País, para 1 milhão de toneladas ao ano.
Pimentel declarou que “é preciso fazer acontecer. E uma das primeiras condições é estimular o consumo no ponto de venda.
A nossa indústria tem sofrido ataques recorrentes das importações de países que nem sempre concorrem lealmente conosco. São origens que têm custos mais baixos, menos impostos e juros mais competitivos.
Não é uma agenda simples, mas acredito que podemos trabalhar com ênfase na sustentabilidade, no respeito ao meio ambiente, em energia limpa e em certificação”.
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Esmagamento de soja em MT bate recorde em junho

Mato Grosso processou no primeiro semestre de 2024 6,49 milhões de toneladas de soja. O volume supera em 13,74% o observado no período em 2023.
O ritmo é atrelado ao aumento da capacidade das indústrias e à demanda por óleo e farelo.
Somente em junho foram esmagadas 1,08 milhão de toneladas, quantidade considerada recorde para o mês.
Quando comparado com junho do ano passado, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o volume processado em 2024 supera em 10,30% as cerca de 980 mil toneladas esmagadas no período. Já em relação à média dos últimos três anos em 9,49%.
No que tange a margem bruta, apesar do volume recorde, está fechou junho cotada em média a R$ 334,47 a tonelada no estado, apresentando uma desvalorização de 2,06% na variação mensal e de 43,96% frente ao mês de 2023.
O Imea frisa que “é importante ressaltar que a margem bruta está menor em 2024 em relação ao ano passado, devido à melhora no preço da soja nos últimos meses e a queda expressiva no preço do farelo de soja, que neste ano está abaixo dos R$ 2 mil a tonelada”.
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BNDES vai disponibilizar R$ 66,5 bilhões para Plano Safra

O Plano Safra 2024/2025 vai contar com R$ 66,5 bilhões em recursos disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O valor foi anunciado como sendo o maior já operado pelo banco, e representa um acréscimo de investimentos de 73% em relação ao último ano-safra. Os protocolos vão ser abertos nesta quarta (17).
Do valor total, R$ 33,5 bilhões serão disponibilizados em recursos equalizáveis e R$ 33 bilhões por meio da linha BNDES Crédito Rural.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o banco está retomando o papel de apoiador do setor agrícola.
“Em dois anos, o banco deu um salto extraordinário: aumentamos os recursos em 57% no ano passado e mais de 70% este ano, demonstrando a atenção do governo federal com um setor imprescindível para o nosso país, que é o terceiro maior produtor de alimentos do mundo e o segundo maior exportador”, afirmou Mercadante.
Do valor de R$ 33,5 bilhões, R$ 18,7 bilhões vão para médios e grandes produtores da agricultura empresarial, com taxas de juros entre 7% e 12% ao ano.
Os valores serão disponibilizados por meio dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGFs), que compõem o Plano Safra 2024/2025. A vigência vai de 1º de julho de 2024 a 30 de junho de 2025.
Para a agricultura empresarial, os recursos serão oferecidos por meio de 12 programas, entre os quais, o Moderfrota, o Pronamp, o Moderagro, o Renovagro e Inovagro e o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).
“O apoio robusto do BNDES no Plano Safra 2024/2025, com incremento de 73% sobre o ano safra anterior, demonstra o compromisso do BNDES e de seus parceiros com os planos de investimento do agro, considerando a importância do setor para o Brasil e também os impactos positivos gerados em diversos outros segmentos econômicos, como os de infraestrutura e de indústria”, disse o superintendente da Área de Operações e Canais Digitais do BNDES, Marcelo Porteiro.
Os recursos oriundos do BNDES Crédito Rural vão ser elevados nos próximos 12 meses de R$ 12 para R$ 33 bilhões. Própria do banco e não equalizável junto ao Tesouro Nacional, a linha de crédito é voltada para projetos de investimento, aquisição isolada de máquinas, custeio e apoio a cooperativas.
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Caramuru e Biocen firmam parceria de R$ 1,1 bi para usina de etanol de milho em Nova Ubiratã

A Camamuru e a Biocen fecharam um acordo para formação de uma joint venture voltada ao desenvolvimento e exploração de uma usina de moagem de milho para produção de etanol em Nova Ubiratã, Norte de Mato Grosso.
A nova unidade terá capacidade inicial de processamento de 605 mil toneladas de milho por ano, com o início das operações previsto para o final do primeiro semestre de 2026.
A Caramuru deterá o controle da empresa com 51% e a Biocen com 49% do capital social total.
De acordo com comunicado, serão investidos, de forma inicial, cerca de R$ 1,1 bilhão para a instalação da unidade, que terá a capacidade de produzir 261 mil metros cúbicos por ano de etanol de milho, 12 mil toneladas ao ano de óleo de milho e 175 mil toneladas anualmente de farelo seco (DDGS).
A escolha da localização é estratégica pelo fato de Mato Grosso ser o estado com o maior rebanho bovino do Brasil e um alto número de suínos e aves, sendo importante por conta do DDGs, utilizados para a nutrição animal.
“Temos o prazer de anunciar a nova parceria com a Biocen, que marca outro passo importante estratégico em nossa expansão no setor de biocombustíveis. Esta iniciativa fortalece o nosso portfólio e nossa atuação na produção de etanol, reforçando a nossa vocação industrial no processamento de grãos”, afirma o diretor-presidente da Caramuru, Júlio Costa.
“A verticalização e industrialização são os próximos passos para desenvolver a região e fortalecer o agronegócio brasileiro”, comenta o presidente da Biocen, Gilberto Peruzi.
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Safra 2024/25: cultivo da soja já está liberado

Os sojicultores de Mato Grosso já estão liberados pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) a cultivarem a planta emergida do solo.
O período do vazio sanitário, que começou dia 08 de junho, acabou na sexta (6).
Durante 90 dias, ficou proibido ter qualquer planta viva de soja no Estado, como medida de redução de riscos associados à proliferação do fungo responsável pela ferrugem asiática. Essa praga afeta o desenvolvimento dos grãos da soja e, consequentemente, o rendimento e qualidade do produto colhido.
Durante todo o período do vazio sanitário, o Indea esteve em campo realizando fiscalizações, a fim de verificar o cumprimento da medida fitossanitária.
No período de vigência da interrupção do cultivo de soja, cuja data foi definida por instrução normativa em conjunto entre Indea e Sedec, os servidores da autarquia realizaram 5.813 fiscalizações em todos os municípios com a presença do cultivo de soja.
TEMPORADA 2023/2024
Na safra 2023/2024 consta no cadastro do Indea um total de 14.914 unidades de produção de soja, abrangendo mais de 11,3 milhões de hectares plantados e com o registro de 8.952 produtores.
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Sorriso assume liderança em MT nas movimentações internacionais

Setembro foi um mês positivo para a balança comercial de Sorriso. Em apenas 30 dias o setor produtivo movimentou 12% dos produtos exportados pelo estado. O valor soma US$ 2,391 bilhões (R$ 13,074 bilhões).
Desse montante, o principal mercado consumidor dos produtos sorrisenses é a China, cuja cartela de negócios na compra da soja triturada passa é frequente. Na sequência, como mercados que se destacam estão a Irã, Turquia e o México.
“No saldo total entram também outros commodities como o milho e o algodão”, frisa o secretário de Desenvolvimento Econômico, Cláudio Oliveira.
Desde janeiro, a soja figura como o produto com a maior participação, com 62% dos negócios feitos pelas indústrias do município, seguida pelo milho com 28%.
Com menor participação, tortas e outros sólidos da extração do óleo de soja 5,8%, algodão não cardado nem penteado 1,6%, sementes e frutos oleaginosos, carne suína e sais.
“Os dois municípios vem se intercalando na liderança das exportações desde o início de 2024, são dois municípios fortes e expressivos nacional e internacionalmente”, destaca o prefeito Ari Lafin.
Oliveira explica que esses são dados levantados mensalmente pelo Comex Stat, um sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro; constantes também no Ministério de Desenvolvimento Indústria Comércio e Serviços (MDIC).
MAIS SOBRE O PEIEX
Conforme o gestor, o Município tem a função de identificar as empresas interessadas na exportação de seus produtos.
“Nossa missão é identificar as empresas que tenham interesse na exportação de seus produtos, com isso, uma equipe de profissionais da Apex-Brasil visita a empresa, realiza um estudo do produto, orienta o empresário, fornecendo todo o suporte necessário para a empresa conseguir exportar o seu produto”, ressalta o secretário.
Hoje, mais de 100 empresas mato-grossenses estão cadastradas no programa. A meta é gerar mais renda e emprego no Estado, independente do local de instalação das empresas.
Empresários interessados em conhecer melhor o Programa de Qualificação para Exportação, podem entrar em contato com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, localizada na Avenida Blumenau Sul, nº 1451, Rota do Sol, anexo ao Centro de Eventos Ari José Riedi, ou por meio do contato telefônico (66) 3545-8381.
Vale ainda lembrar que o Peiex é um programa gratuito de Qualificação, ofertado pela Apex-Brasil em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Em Sorriso, o programa conta ainda com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Associação Comercial e Empresarial de Sorriso (Aces).
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Safra de milho 2023/24 tem destaque como a 2ª maior da história

Mesmo com a diminuição da área e da produtividade na safra de milho 2023/24, Mato Grosso concluiu a temporada com R$ 47,17 milhões sendo a segunda maior série da história do estado.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a área de plantio de milho da temporada 2023/24 ficou em 6,8 milhões de hectares, e, mesmo com uma diminuição de 9,22% em comparação à safra passada, a produtividade ao total finaliza em 115,59 sacas por hectare.
“Essa queda se deve ao desestímulo dos produtores em relação à cultura, uma vez que as margens estavam mais apertadas, optando assim por cultivar outras culturas como por exemplo: o gergelim, o sorgo e o algodão, dependendo do cenário de cada região”, aponta o relatório de oferta e demanda do Imea.
Importação de máquinas pode reduzir custos em até 11% para o agro, aponta especialista

Além dos fortes contratempos climáticos, preços que não cobrem os custos da produção e diversos conflitos internacionais, um dos desafios que o produtor rural mato-grossense precisa enfrentar é a forte escalada dos custos operacionais. Segundo a especialistas, é essencial a busca por formas que visam reduzir os custos e aumentar os lucros.
Algumas das alternativas que visam diminuir os custos, está a importação de máquinas agrícolas. Caso seja feita de forma planejada, a economia pode chegar a 11%, como diz a desenvolvedora de novos negócios de uma empresa especialista em importação de máquinas, Amanda Verjovsky.
“No agronegócio, a importação se torna uma vantagem competitiva em diferentes quesitos, especialmente no caso das máquinas. Isso porque o mercado exterior oferece uma gama de tecnologias ainda não produzidas no país. Dessa forma, a compra nacional de máquinas pode ser mais cara, ainda que consideremos os impostos incidentes na operação”, comenta Amanda.
A especialista explica que equipamentos agrícolas podem se beneficiar da redução do II de 11% a 0% quando são importados. O processo de financiamento pode ser feito por meio de leasing (um contrato em que a arrendadora ou locadora adquire um bem escolhido por seu cliente para, em seguida, alugá-lo por um prazo determinado).
Essa forma de importação, avisa a mesma, vale para modelos tanto novos quanto usados, respeitando a particularidade de cada um.
Projeção mostra como Mato Grosso deve produzir 149 toneladas de grãos e plumas nos próximos 10 anos

O agronegócio mato-grossense já está com seu futuro planejado para daqui 10 anos, com uma expectativa de que o estado deve produzir cerca de 149 milhões de toneladas de grãos e pluma de algodão e 2,80 milhões de toneladas de carne, somando bovinos, suínos e aves, em 2034. Esses dados foram apresentados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no projeto do Outlook – Projeções do agronegócio em Mato Grosso de 2024 a 2034.
Contribuindo com 26,50 da produção do Brasil na última temporada, O Mato Grosso é o maior produtor de soja do país, e, considerando esse fato as expectativas de seu desenvolvimento para os próximos dez anos são grandes. De acordo com o estudo a área das oleaginosas pode chegar a 16,62 milhões de hectares, um incremento de 33,18% com uma produtividade média de 64,71 sacas por hectares, dando salto significativo de 24,06% comparada a safra 2023/24.
Desse modo, é estimado que a produção do estado passe de 39,05 milhões de toneladas para 64,5 milhões de toneladas. Um aumento de 65,22 a mais.
Mediante a isso o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, conta que o estudo é baseado na movimentação dos produtores nos últimos anos.
“Essa movimentação inclui as áreas de pastagens para agricultura”.
O estudo busca explicar que, através da modernização da pecuária no estado, seja possível equilibrar os grãos com a produção de carne.
Esmagamento de soja registra recorde de 9,46 milhões de toneladas

Conforme os dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o esmagamento de soja no estado acumulou cerca de 9,46 milhões de toneladas de janeiro a setembro, sendo esse um salto de 6,49% em comparação com o mesmo momento do ano interior.
De acordo com o Instituto, esse recorde no processamento está relacionado a uma demanda que é aquecida por coprodutos e à expansão da capacidade de esmagamento das indústrias no Mato Grosso. “Em 2024, cresceram 6,17 em relação a 2023”.
Em setembro desse ano foram processadas 910,54 mil toneladas de soja, tendo uma redução de 10,37% quando comparada com agosto e 10,15% em comparação com o mesmo momento do ano passado.
De acordo com o boletim do Imea, essa diminuição é atribuída principalmente às paradas técnicas feitas para a manutenção das plantas de esmagamento. O instituto ainda projeta que o esmagamento total de 2024 chegue a 12,39 milhões de toneladas no estado, representando uma alta de 5,37 em comparação com 2023.
Mais da metade do algodão brasileiro exportado é de Mato Grosso

De acordo com os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), trazidos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), O Mato Grosso foi responsável por 52,18% das exportações brasileiras no mês de setembro deste ano. A quantidade enviada para o exterior nesse período foi de 88,46% mil toneladas, sendo o quarto maior volume embarcado para o mês de setembro.
Liderando as compras da pluma mato-grossense, a China importou cerca de 23,70 mil toneladas, colocando logo em seguida o Paquistão, que importou 18,30 mil toneladas.
Na comparação anual o estado exportou 9,62 mil toneladas a menos do que em setembro de 2023, mas em consideração ao acumulado da safra até o atual momento (agosto e setembro), o valor observado é o segundo maior da série histórica, com 152,36 mil toneladas.
“Por fim, cabe lembrar que o Imea projeta novo recorde nas exportações para a safra 2023/24 e, com o beneficiamento avançando no estado, a previsão é que o ritmo dos envios acelere até o final do ano, sendo este o período em que Mato Grosso mais exporta”, diz o boletim do Instituto.
Sorriso é o município mais rico do Brasil no agronegócio

Sorriso ocupa a 1ª posição do ranking de municípios mais ricos do Brasil no agronegócio em 2023, com uma produção de R$ 8,3 bilhões. Mato Grosso tem outros 35 municípios no top 100.
Os 100 municípios mais ricos no agro em 2023 estão em 14 estados brasileiros. Na segunda posição, atrás de Sorriso, vem São Desidério/BA, com uma produção de R$ 7,8 bilhões.
A lista foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária nesta quinta (17).
A análise se baseia nos dados da pesquisa anual do IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sobre a Produção Agrícola Municipal (PAM).
Em 2023, a produção agrícola brasileira alcançou um valor total de R$ 814,5 bilhões, sendo que os 100 municípios mais produtivos contribuíram com 31,9% desse montante, totalizando R$ 260 bilhões.
Para se ter uma ideia da dominância do estado, 6 cidades mato-grossenses estão no top 10. Além de Sorriso, aparecem Sapezal (3º), com R$ 7,5 bi; Campo Novo do Parecis (4º), com R$ 7,2 bi; Diamantino (6º), com R$ 7,2 bi; Nova Ubiratã (8º), com R$ 5,4 bi; e Nova Mutum (9º), com R$ 5,38 bi.
Também figuram no ranking Lucas do Rio Verde (20º) e Sinop (45º).
Entre outros municípios mato-grossenses no Top 50 estão Querência, Primavera do Leste, Paranatinga, Campo Verde, Campos de Júlio, Brasnorte, São Félix do Araguaia, Canarana, Ipiranga do Norte, Tapurah, Tabaporã, Nova Maringá, Porto dos Gaúchos, Itiquira, Santo Antônio do Trivelato e Gaúcha do Norte.
Entre os produtos, a soja permanece no topo, representando 42,8% do valor total da produção agrícola. O milho também apresentou resultados significativos, seguido pela cana-de-açúcar.
“Quanto aos produtos, dos 70 disponíveis selecionamos 17 de maior relevância nacionalmente, algodão, arroz, cacau, café, cana, feijão, laranja, milho, soja, trigo, e mandioca, além de frutas (banana, maçã, mamão, manga, melão e uva). Estes participam com 90,4% no valor da produção, ou R$ 736 bilhões e uma área de 90,8 milhões de ha (94,8%)”, diz trecho da nota.
Produção de milho no Mato Grosso pode crescer em 70% na próxima década

O Instituto Mato- grossense de Economia Agropecuária (Imea), em sua análise semanal, divulgou que a área plantada de milho no Mato Grosso deverá crescer 60,20% nos próximos 10 anos. Essa projeção aponta que a área que é dedicada ao grão irá atingir cerca de 10,9 milhões de hectares na safra 2033/34, com um crescimento anual de 4,83%.
A crescente participação do milho em áreas que são tradicionalmente ocupadas pela soja impulsionou esse aumento, representando 65,7 da área do milho em relação a da soja nos próximos 10 anos. O principal combustível desse crescimento é a alta demanda por milho tanto para exportação quanto para consumo interno, em especial nas indústrias de etanol do estado, que ampliou sua capacidade de produção.
Em relação a produtividade, existe a expectativa de um aumento de 6,37% na próxima década, com uma média estadual de 122,95 sacas por hectare. Desse modo, é estimado que a produção total de milho poderá chegar a 80,38 milhões de toneladas na safra 2033/34, que represente um aumento de 70,40 em relação à safra 2023/2024.
Pesquisa mostra que fazendas em Mato Grosso removem mais carbono da atmosfera do que emitem

Ao analisar fazendas em Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Uruguai, O Serviço de Inteligência e Agronegócios (SAI) descobriu que as propriedades rurais retiram mais carbono da atmosfera do que emitem com as atividades realizadas.
Com o resultado obtido através de sistemas como a integração da lavoura-pecuária, a pesquisa revelou que essas áreas captam cerca de 0,92 toneladas de CO2, o que representa 17.250 mil toneladas de carbono removidas da atmosfera por ano.
Além disso a pesquisa aponta o potencial das fazendas para comercialização de créditos de carbono, o que poder usado tanto para a sustentabilidade, quanto para complementar a renda gerada na propriedade.
Exportações de carne bovina no Mato Grosso podem ultrapassar 650 mil TECs

De acordo com uma projeção feita pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), as exportações de carne bovina originárias do Mato Grosso em 2024 podem superar as 650 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC). Os resultados decorrem, principalmente, do ritmo dos embarques mensais observados nos últimos três meses.
Conforme informações do instituto, foram exportadas 66,84 mil TECs de carne bovina pelo estado em setembro, tendo um volume 1,7 maior que o exportado em agosto.
“Esse foi o quarto maior volume já registrado na série histórica, e recorde para setembro, impulsionado pela forte demanda de países como a China, Estados Unidos e Filipinas, que juntos somaram 59,96% do total exportado no mês”, pontua o Insituto.
Em relação ao valor acumulado de janeiro a setembro, as exportações de carne bovina têm um resultado de 549 mil TECs, o que quantifica um incremento de 26,16% em relação ao mesmo período analisado em 2023.
“A alta demanda internacional, durante este ano, exerceu um papel importante na sustentação dos preços da proteína ao longo da cadeia produtiva”, explica o Imea.
Agricultores tem até o dia 21 de novembro para enviar propostas para o Programa de Aquisição de Alimento

Aos agricultores familiares do Mato Grosso que desejam participar do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra com Doação Simultânea, possuem até o dia 21 de novembro para encaminhar suas propostas para a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf). A pasta do governo do Mato Grosso deu início nesta semana com a seleção.
Neste ano poderão participar produtores dos municípios de Acorizal, Alto Boa Vista, Claúdia, Cuiabá, Jaciara, Matupá, Nova Canaã do Norte, Poconé, Rondonópolis, Santo Antônio do Leverger, Tapurah e Torixoréu.
Na modalidade Compra com Doação Simultânea, os produtos dos agricultores são comprados com dispensa de licitação e valores mais compatíveis com os do mercado, sendo entregues a entidades sociais que são cadastradas, que irão distribuir os produtos para famílias em situações de insegurança alimentar e tradicional, De acordo com a Seaf.
Defensivos recuam e custeio do algodão cai 2% em MT

O custeio da safra 2024/25 de algodão em Mato Grosso no mês de setembro apresentou redução de 1,99% ante a previsão em agosto e de 2% ao consolidado da safra 2023/24.
O resultado decorre, principalmente, da classe dos defensivos, que apresentou queda de 5,16% em relação à estimativa passada.
As informações constam no Acompanhamento dos Custos de Produções Agropecuárias de Mato Grosso: Safra 2024/25 (Acapa-MT), divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em setembro o Custeio para a safra 2024/25 de algodão no estado ficou estimado em R$ 9.606,40 por hectare em média.
“O panorama está relacionado à queda nos preços dos produtos da categoria, ligada à menor demanda no período atual”, explica o Instituto.
Com o recuo observado no Custeio, o Custo Operacional Efetivo (COE) ficou projetado em média a R$ 13.095,50 o hectare.
O montante é 1,55% menor que o estimado em agosto para a safra 2024/25, bem como 4,37% inferior ao ciclo passado.
“Vale destacar que a estimativa atual do COE é a menor para o indicador desde a safra 2021/22, o que tem incentivado os cotonicultores que já possuem infraestrutura a expandirem a área destinada ao cultivo de algodão em Mato Grosso”, frisa o Imea.
Como o mercado de soja poderá ser afetado pelas eleições nos EUA

Com as eleições americanas chegando perto, e uma possível reeleição de Donald Trump, todos os olhos do mercado global estão voltados para a tensão entre EUA e China. O Brasil em 2018 foi extremamente beneficiado pela guerra tarifária entre as duas potências, conquistando assim uma posição relevante na exportação de soja para o país asiático. Hoje se consolidado como o mais produtor e exportador do mundo, o Brasil pode ser impactado significativamente, mas não tanto quanto no passado.
De acordo com especialistas da consultoria agrícola Biond Agro, o cenário de prêmios no mercado brasileiro será influenciado por alguns fatores como a atual posição do Brasil, como sendo o principal fornecedor de soja da China, em potencial uma grande safra de 164,8 milhões de toneladas segundo a estimativa da consultoria, além disso, a alta dependência das exportações afim de garantir a liquidez dos produtores. O brasil pode seguir em vantagem competitiva, porém, os prêmios podem sofrer uma pressão pela forte oferta e barganha chinesa.
"Diferentemente de 2018, o Brasil agora está em uma posição dominante no mercado. Mesmo com uma nova guerra comercial, o impacto dos prêmios será mais contido, pois a China já tem o Brasil como principal parceiro." afirma Felipe Jordy, líder de inteligência da consultoria.
É sancionada lei contra empresas que aderirem a moratória da soja

A Aprosoja comemora a sanção do projeto de lei que trará um impacto profundo na aplicação da Moratória da Soja em Mato Grosso. O projeto de lei estadual nº 2256/2023, que prevê o corte de incentivos a signatárias da moratória da soja no estado, foi sancionado nesta quinta-feira (24) pelo governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil/MT)
Os objetivos centrais da nova lei foram preservados apesar do veto parcial dos incisos II e III do artigo 2°. O inciso I, que contínua em vigor, proíbe a permissão de benefícios a empresas que assumam compromissos, sejam eles nacionais ou internacionais, que restrinjam a expansão da agropecuária em áreas não protegidas pela legislação ambiental específica.
“A Aprosoja estará atenta a qualquer tentativa de burlar a lei e alerta as empresas signatárias da Moratória da Soja para os prejuízos decorrentes da comprovação de infração dos requisitos legais, o que inclui a devolução de todo o montante de incentivo fiscal fruído pela empresa no ano-calendário vigente. Não descansaremos enquanto houver um produtor prejudicado pela Moratória da Soja. E enquanto a extinção desse acordo não for alcançada, as tradings também não terão um sono tranquilo. Esse é o nosso compromisso com o setor”, afirmou Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja MT.
Ainda de acordo com o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, a sanção ao projeto de lei demonstra compromisso de Mauro Mendes com a classe produtiva.
“O governador Mauro Mendes prometeu combater a moratória da soja e ele cumpriu a palavra, ele cumpriu a promessa. Houve um grande diálogo com a associação e todos ganham com isso”, declarou ele.
Com chuvas mais favoráveis, semeadura da soja avança em MT

A semeadura da safra 2024/25 de soja em Mato Grosso registrou o maior avanço semanal desde o início dos trabalhos no começo do mês de setembro.
Conforme atualização semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a semeadura avançou 30,65 pontos percentuais (p.p.) na última semana, alcançando 55,73% da área projetada até sexta (25).
“Esse avanço semanal é o maior já registrado na série histórica do Instituto, reflexo das condições climáticas favoráveis durante a semana”, explicam os analistas.
Apesar da evolução do plantio, existe ainda a preocupação dos produtores em relação à janela da segunda safra, seja para cultivo do milho como para o algodão.
O ritmo da semeadura na temporada está 14,32 p.p. atrasado em relação à safra 2023/24 e 6,59 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos.
Entre as regiões, destaca-se a Médio Norte, que alcançou 73,97% da área estimada, com um avanço de 38,42 p.p. em relação à semana anterior.
Ferrovia vai chegar até Lucas do Rio Verde, afirma CEO da Rumo

A Rumo vai manter o ritmo de investimentos no setor ferroviário após aplicar R$ 30 bilhões em infraestrutura desde 2015.
O CEO da empresa, Pedro Palma, afirmou nesta semana, durante o AgroForum do BTG Pactual, que a continuidade dos aportes dependerá da expansão da produção agrícola e das condições econômicas do país.
Em destaque, Palma citou a construção da Ferrovia Estadual de Mato Grosso, que terá 700 km de extensão até Lucas do Rio Verde, importante polo de grãos no estado.
A Ferrovia vai passar por 16 municípios, entre Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, com um ramal para Cuiabá. Tudo interligado ao Porto de Santos.
A primeira fase do projeto, com 160 km, deve começar a operar em 2026, atendendo as cidades de Primavera do Leste, Dom Aquino e Campo Verde.
A obra, que envolve 4,5 mil trabalhadores, faz parte dos planos da Rumo de aumentar o escoamento ferroviário de produtos agrícolas da região.
Segundo Palma, a ferrovia é uma das apostas da companhia para aliviar o transporte rodoviário, que ainda concentra a maior parte da logística de grãos.
Nos últimos 10 anos, a Rumo dobrou sua capacidade de transporte em Mato Grosso, passando de 12 milhões para 25 milhões de toneladas anuais sem expansão da malha existente, apenas com recuperação e modernização de ativos.
A empresa também projeta reforçar a logística de exportação no Porto de Santos. Em parceria com a americana CHS, a Rumo está ampliando sua capacidade portuária para atender ao crescimento das exportações de grãos e evitar gargalos futuros.
“Temos de garantir que Santos tenha a estrutura necessária para o fluxo de produção do agronegócio,” afirmou Palma.
Outro ponto mencionado pelo CEO foi a operação da Malha Central, trecho da Ferrovia Norte-Sul que liga Palmas/TO a Estrela do Oeste/SP.
O corredor ferroviário movimenta atualmente entre 7 e 8 milhões de toneladas por ano, conectando a produção de Tocantins, Goiás e Triângulo Mineiro ao Porto de Santos.
Plantio da soja 2024/25 em MT ultrapassa a 2023/24 pela primeira vez

A semeadura da safra 2024/25 de soja em Mato Grosso ultrapassou pela primeira vez os trabalhos do ciclo 2023/24.
O estado atingiu 93,72% dos 12,6 milhões de hectares projetados para o ciclo.
Os números referem-se aos trabalhos realizados até o dia 8 de novembro.
Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no mesmo período na temporada passada o estado estava com 91,82% da área estimada com as sementes.
Na variação semanal o avanço foi de 14,16 pontos percentuais.
Ao se comparar com a média histórica dos últimos cinco anos, o plantio da safra 2024/25 de soja no estado segue à frente pela segunda semana consecutiva. A média histórica é de 91,71%.
Entre as regiões a Médio Norte e Noroeste são as mais adiantadas com 99,23% e 99,11% de suas respectivas áreas semeadas.
Já o Centro-Sul chegou a 98,45%. As regiões Norte e Oeste, conforme o Instituto, semearam 97,88% e 97,70%.
Já a região Sudeste chegou a 87,76% da área e a Nordeste em 82,21%. Ambas as regiões são as mais atrasadas com a semeadura desta safra 2024/25.
Norte Show 2025 inicia vendas de estandes; lançamento será dia 21

A edição de 2025 da Norte Show, uma das maiores feiras de agronegócio do Centro-Oeste, já está movimentando o setor com o início das vendas de estandes.
O lançamento oficial da Norte Show 2025 será realizado na próxima quinta (21), quando a organização promete divulgar a programação completa e apresentar outras novidades preparadas para o evento deste ano.
Com previsão de novos recordes, o evento será realizado no Parque de Exposições em Sinop e trará como novidade a ampliação de sua área em mais de 10 mil m² para acomodar o crescimento contínuo de expositores e público.
Essa ampliação reforça a posição da feira como uma vitrine essencial para o setor, que em 2024 contou com a presença de cerca de 70 mil pessoas e teve a presente do do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, que visitou o Parque e se reuniu com expositores.
Para o presidente da Acrinorte, Moisés Debastiani, a Norte Show se consolida como um ponto de encontro fundamental para líderes, inovadores e entusiastas da agricultura e pecuária.
“A feira vai além das negociações e geração de negócios, é um espaço para troca de conhecimento e construção de conexões importantes para o futuro do agro brasileiro”, ressalta Debastiani.
O presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson Redivo, ressaltou a importância da Norte Show, uma feira que se consolidou como uma marca de relevância nacional.
“Essa união estratégica reflete o papel de Sinop como um importante polo agropecuário para o Brasil. “Sinop é um polo regional e merece um evento dessa magnitude, à altura das demandas e da relevância de nossa cidade e região", afirmou Redivo.
Além de contar com aproximadamente 350 expositores e 1,8 mil marcas em 2024, a feira trouxe uma rica programação com 19 palestras gratuitas, projetos como o Norte Show Kids, voltado para a educação infantil no agronegócio, e a Campus Norte Show que atraiu universitários de áreas como Agronomia, Zootecnia e Medicina Veterinária para o Parque de Exposições.
Mato Grosso Clima e Mercado 2024 percorre as 4 regiões do estado

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) inicia nesta segunda-feira (18) a série Mato Grosso Clima e Mercado 2024, que irá percorrer as quatro grandes regiões do estado para mostrar a realidade das lavouras e do plantio deste ano, ouvindo os produtores de diversas cidades.
A ação tem como foco principal compreender, de forma prática e regionalizada, os desafios climáticos que impactam a produção, passando por questões como o aumento da temperatura, mudanças nas precipitações, ondas de calor, secas, chuvas e até incêndios florestais.
Vale ainda destacar que a safra atual de soja se assemelha ao ciclo produtivo 2020/21 e preocupa os produtores. A entidade já fez alertas as tradings para a necessidade de antecipar o planejamento e aprimorar o recebimento das plantas para evitar gargalos no momento da colheita.
O presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, comentou que a entidade busca com o Mato Grosso Clima e Mercado 2024 um ajuste mais fino nas projeções e pressionar de forma limpa e justa as instituições que geram números da agricultura para que estejam baseados na realidade do campo.
“Nas últimas Safras tanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) quanto a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) tem superestimado e deixam para fazer os ajustes muito tarde e mesmo esses ajustes tarde, muitas vezes acima ainda do que foi produzido real. Um reflexo disso é esse ano que a indústria interna com a risco de ficar sem soja, porque as projeções foram maiores, as empresas programaram as exportações e agora o mercado brasileiro pode ter falta de soja”, disse.
O ponto de partida da série será em Nova Mutum e segue durante quatro semanas de trabalho intenso. Em cada região, a equipe da Aprosoja MT se reunirá com os produtores locais, delegados coordenadores e vice-presidentes, para analisar os efeitos das variações climáticas sobre as lavouras e também sobre os diferentes tipos de solo que caracterizam o estado.
Esse trajeto favorece o entendimento sobre a situação de cada localidade, como também fomenta o diálogo entre produtores, técnicos, especialistas e diretoria e os delegados coordenadores da Aprosoja MT, fortalecendo a troca de experiências e o desenvolvimento de soluções coletivas.
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Safra 24/25 de grãos, cereais e leguminosas deve somar 311 milhões de toneladas

De acordo com o primeiro prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado pelo IBGE, a safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve somar 311 milhões de toneladas em 2025.
Essa produção representa um aumento de 5,8% em relação à safra de 2024, ou 17,2 milhões de toneladas a mais.
A alta na safra de 2025 deve-se, principalmente, ao crescimento da estimativa para a produção de soja (10,9% ou 15.725.592 t), milho primeiro safra (9,1% ou 2.081.661 t), arroz (6% ou 633.328 t) e feijão primeira safra (18,1% ou 164.084 t).
No sentido oposto, o algodão herbáceo em caroço e o milho 2ª safra devem ter quedas de 0,7% ou -36 928 toneladas, e de 1,8% ou -1 703 556 toneladas, respectivamente.
“A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2024 enfrentou uma série de problemas climáticos em diversas unidades da federação, notadamente falta de chuvas e excesso de calor, sendo que no Rio Grande do Sul ainda tivemos excesso de chuvas e enchentes em abril/maio, o que retirou da safra brasileira em torno de cinco milhões de toneladas de grãos”, destaca Carlos Barradas, gerente do LSPA.
Segundo ele, para 2025, embora os preços dos principais produtos não estejam apresentando uma boa rentabilidade, o clima deve ser o diferencial. “Se tivermos um clima se comportando próximo a uma normalidade esperada, com as lavouras apresentando uma boa produtividade, teremos uma recuperação da safra brasileira, o que é importante para o controle da inflação e para o aumento das exportações brasileiras”, completa.
A primeira estimativa indica que a produção de soja deve ter aumento de 10,9% em 2025, quando comparado com 2024, totalizando 160,2 milhões de toneladas, o que caracterizaria um novo recorde na produção nacional da leguminosa, superando a produção registrada no ano de 2023.
A estimativa para a produção de milho em 2025 é de 115,9 milhões de toneladas, aumento de 0,3% em relação à safra colhida em 2024.
Para o milho 1ª safra, a estimativa é de uma produção de 24,9 milhões de toneladas, um crescimento de 9,1% em relação à safra de 2024, com declínio de 2,1% na área a ser colhida e crescimento de 11,4% no rendimento médio das lavouras.
Já para o milho 2ª safra é estimada uma produção de 91 milhões de toneladas, redução de 1,8% na comparação com 2024.
Para a soja, a estimativa de produção foi de 144,5 milhões de toneladas.
Quanto ao milho, a estimativa foi de 115,5 milhões de toneladas (22,8 milhões de toneladas de milho na 1ª safra e 92,7 milhões de toneladas de milho na 2ª safra).
A Pesquisa de Estoques mostrou um aumento de 5,4% na capacidade de armazenamento no país no primeiro semestre deste ano em comparação aos seis meses anteriores. Ao todo, são 222,3 milhões de toneladas.
Mato Grosso continua com a maior capacidade de armazenagem, com 59,2 milhões de toneladas.
Em relação aos tipos de armazenamento, a predominância é dos silos, que chegaram a 117,5 milhões de toneladas. Isso representa mais da metade (52,9%) da capacidade útil total do país.
Frente ao último semestre, houve um aumento de 6,8%. Em seguida, aparecem os armazéns graneleiros e granelizados, que atingiram 80,9 milhões de capacidade útil armazenável, uma alta de 4,0% na mesma comparação.
PIB de Mato Grosso cresce mais de 1.230% em 20 anos

Mato Grosso consolidou sua posição como destaque econômico no Brasil ao registrar um crescimento de 1.232% no Produto Interno Bruto (PIB), a maior entre as unidades da federação do país, entre 2002 e 2022, segundo o Sistema de Contas Regionais 2022, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com órgãos estaduais.
O PIB de Mato Grosso passou de R$ 19,190 bilhões, em 2002, para R$ 255,527 bilhões em 2022. O segundo estado com maior variação do PIB no país, neste período de duas décadas, foi o Tocantins com 994% passando de R$ 5,3 bilhões para R$ 58,208 bilhões.
Já o PIB per capita, o valor correspondente ao resultado da divisão que receberia cada habitante de Mato Grosso, que, em 2002, estava na 11ª posição com R$ 49.638,29 mil na média nacional, o estado alcançou a quarta posição com R$ 69.839,00 mil.
Ficou atrás apenas do Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Este avanço reflete o crescimento robusto e contínuo do Estado e consolida sua relevância econômica no país.
“Esse desempenho positivo foi impulsionado, principalmente, pelo agronegócio, que continua sendo um pilar essencial para o Estado. Além disso, as indústrias de transformação desempenharam um papel significativo, destacando-se a produção de carne, biocombustíveis e derivados do milho. O setor de serviços também teve uma contribuição importante, impulsionado por melhorias na logística e infraestrutura”, disse o coordenador do Data Hub da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Vinicius Hideki, ao analisar os dados do IBGE.
O Centro-Oeste registrou a maior variação em volume no PIB nacional (2022) com 5,9%. Entre os Estados da região, Mato Grosso liderou esse avanço com 10,4%, seguido de Goiás com 5,0%, Mato Grosso do Sul com 4,8% e Distrito Federal com 3,9%. O PIB do país foi 3,0% em 2022.
“A expansão econômica do Estado se reflete também nas taxas médias de crescimento anual. Enquanto o PIB nacional teve uma elevação média de 2,2% ao ano, Mato Grosso apresentou um crescimento de 4,8% ao ano, sendo um dos líderes absolutos, ao lado de Tocantins”, observou Vinicius Hideki.
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Norte Show 2025 deve movimentar R$ 4 bilhões em negócios

A Acrinorte (Associação dos Criadores do Norte de Mato Grosso) e o Sindicato Rural de Sinop lançaram, na noite desta quinta (21), a edição 2025 da Norte Show.
A feira será realizada de 14 a 17 de abril, no Parque de Exposições do Acrinorte, e contará com mais de 350 expositores de maquinários, implementos agrícolas, caminhões, novas tecnologias para agricultura e pecuária, dentre muitas outras.
Segundo a organização, a expectativa de público supera 70 mil visitantes, e R$ 4 bilhões em volume de negócios sendo realizados nos quatro dias de feira.
A estrutura do Parque foi ampliada para receber mais expositores. Também estão previstas mais de 40 palestras técnicas, de nível nacional, voltadas para o agronegócio e para o comércio local.
“Ampliamos nosso espaço em 14 mil m², e agora conseguiremos atender quem ficou na fila (para expor) em 2024. Fizemos uma parceria com as universidades e faculdades para definir algumas palestras, cujo conteúdo agregará bastante conhecimento a todos que quiserem conhecer mais sobre o agronegócio”, explica o presidente da Acrinorte, Moisés Debastiani.
E um dos motivos para o otimismo quanto ao sucesso da feira se dá pelo fator Sinop. “É uma cidade maravilhosa, tudo o que se planta, se colhe. Nós iniciamos a Norte Show há 6 anos, de maneira mais modesta, e hoje ela é uma das maiores feiras de Mato Grosso e com representação nacional e internacional”, destaca o presidente do Sindicato Rural, Ilson Redivo.
Até 2017, Sinop tinha a tradicional Exponop, que agregava, além de exposição, entretenimento e shows. Entretanto, o formato não trazia retorno. “E foi nesse ínterim que a Acrinorte e o Sindicato Rural formaram essa parceria. O Sindicato com toda a sua expertise, se juntou a nós, e hoje a feira já está no calendário nacional das grandes exposições”, comenta o vice-presidente da Acrinorte, Cícero Berti.
“Essa união estratégica reflete o papel de Sinop como um importante polo agropecuário para o Brasil. A cidade é um polo regional e merece um evento dessa magnitude, à altura das demandas e da relevância de nossa cidade e região”, completa Debastiani.
O evento de lançamento comercial da 6ª Norte Show contou com a presença de empresários e autoridades, entre eles, a Família Tomelin, que estampa o selo oficial da feira 2025.
“Nós já estamos (expondo na feira) desde o primeiro ano, trazemos animais para exposição e comercialização. No ano que vem, traremos touros reprodutores, além de outras tantos animais”, afirma o pecuarista Jefferson Zubler Tomelin.
NORTE SHOW KIDS
A feira do agronegócio também busca estimular a participação das crianças através da Norte Show Kids. São crianças do 4º ano do ensino fundamental das escolas municipais de Sinop que visitam a feira e conhecem um pouco mais do universo agro.
“É uma forma lúdica de a criança conhecer na prática o que é o agronegócio: como é feita a seleção de culturas, como se alimentam os animais, qual a função dos diversos maquinários. Porque isso tudo movimenta a economia, e atinge a toda a população, direta e indiretamente”, completa Ilson Redivo.
Abertura do mercado chinês no Brasil pode aumentar produção de gergelim em MT

Mato Grosso é responsável por quase metade (46,7%) da produção de gergelim no país, e terá a oportunidade de aumentar a produção do cereal com o acordo firmado entre Brasil e China. A transação internacional irá ampliar as exportações brasileiras e estimular a produção no estado.
A China, maior importador de gergelim do mundo, comprou R$ 8,8 bilhões do cereal em 2023 no mercado internacional.
A gigante asiática busca no Brasil, grãos de qualidade que atendam aos requisitos fitossanitários e sanitários para a exportação.
Nesse cenário, Mato Grosso se destaca com a produção de mais de 360 mil toneladas de gergelim na safra 2023/24, conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A articuladora desse processo é a Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT).
“Unimos as entidades que representam o agronegócio com o objetivo de aumentar a exportação, que tem em Mato Grosso destaque na segunda safra. Apenas de janeiro a outubro deste ano foram exportados R$ 1,4 bilhão desse cereal no país e esperamos expandir ainda mais esse valor, o que trará benefícios não só para Mato Grosso como para a economia brasileira”, avalia o presidente da Aprofir-MT, Hugo Garcia.
VANTAGENS DO PLANTIO
Além do aumento da procura pelo cereal, o cultivo do gergelim tem se mostrado lucrativo porque a planta é resistente às condições de seca, possui baixo custo de produção e exige pouca adubação, apresentando rentabilidade maior em comparação com o milho.
Esses motivos levaram a um aumento de 83% da área plantada, passando de 361 mil para 660 mil hectares no Brasil, segundo a Conab.
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Demanda e menor produção aquecem preço do milho

O preço do milho disponível fechou na média de R$ 57,17 na semana passada (18 a 22 de novembro), aumento de 0,67% na variação semanal e de 61,94% no comparativo com o mesmo período em 2023.
O incremento semanal foi pautado pela maior demanda no estado e a redução de 5,5 milhões de toneladas na produção da safra 2023/24.
A saca de 60 kg do milho disponível vem apresentando valorização desde meados de setembro, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
O Instituto estima que para as próximas semanas a previsão é que os preços se mantenham em sustentação diante a demanda em Mato Grosso aquecida e a oferta limitada de milho.
Entretanto, é importante o produtor estar atento ao aumento da oferta do cereal no mercado mundial, visto a finalização da colheita nos EUA, o que pode levar o preço na CME-Group a exibir pressão e impactar as cotações do mercado interno.
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Guarantã, Terra Nova, Peixoto e Matupá se destacam na produção de maracujá

No dia 10 de dezembro, a Embrapa e a cooperativa Coopernova farão, em Terra Nova do Norte, o lançamento das cultivares de maracujá BRS Terra Nova e BRS Terra Boa.
Os materiais são resistentes à doença fusariose e são indicados para cultivo em Mato Grosso. O evento de apresentação será aberto ao público e está com inscrições abertas.
As duas novas cultivares foram obtidas a partir de espécies de maracujazeiro nativas (Passiflora alata e Passiflora nitida) e devem ser usadas como porta-enxertos para cultivares comerciais de maracujá-azedo Passiflora edulis.
Dessa forma, a muda enxertada mantém-se resistente à fusariose, uma doença causada pelo fungo Fusarium spp presente no solo. Este fungo aproveita lesões nas raízes para infectar a planta.
Com o tempo ocorre o apodrecimento do sistema radicular e a murcha das folhas, levando o maracujazeiro à morte.
A fusariose foi responsável por praticamente dizimar os plantios de maracujá no Nortão. Com essas novas cultivares, que já começaram a ser distribuídas pela Coopernova, a atividade está retornando ao estado.
DADOS DO IBGE
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023 a área colhida com a fruta foi de 320 hectares, em 313 estabelecimentos rurais, o que gerou uma renda de R$ 27,8 milhões, R$ 10 milhões a mais do que em 2022.
A maior produção está justamente no Nortão, especialmente em municípios como Guarantã do Norte, Juína, Matupá, Peixoto de Azevedo e Terra Nova do Norte.
A comercialização das sementes das novas cultivares e de mudas enxertadas será feita pela Coopernova, parceira da Embrapa Cerrados e Embrapa Agrossilvipastoril no desenvolvimento das pesquisas para se chegar aos materiais.
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LANÇAMENTO
O evento de lançamento das cultivares de maracujá será no Clube AERT, em Terra Nova do Norte, a partir das 8h.
Haverá apresentações sobre o histórico da parceria entre Embrapa e Coopernova, sobre o sistema de produção do maracujá, sobre a doença fusariose e sobre resultados de pesquisas com as novas cultivares como porta-enxerto.
No fim da manhã haverá duas visitas técnicas, uma à área de produção de sementes e mudas da Coopernova e outra a uma propriedade rural produtora de maracujá.
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em https://www.embrapa.br/web/portal/busca-de-eventos/-/evento/490413.
Produção de etanol de milho em MT deve crescer 10,03% na safra 2024/25

A produção de biocombustível tem aquecido o mercado do milho em Mato Grosso. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) prevê aumento de 10,03% na produção total de etanol em 2024/2025, com o milho representando a maior parte desse volume.
A alta produtividade de milho é considerada o principal motivo para o impulsionamento da produção de etanol no estado, que vem registrando sucessivos recordes nas últimas safras.
Um exemplo foi a temporada 2022/23, quando foram colhidas mais de 52 milhões de toneladas do cereal. Na sequência, a 2023/24 é considerada a segunda maior, apesar das adversidades climáticas e redução de área, em que cerca de 43 milhões de toneladas foram produzidas, representando 38% da produção nacional.
Conforme dados do Imea e do Bioind-MT (Indústrias de Bioenergia de Mato Grosso), a moagem de milho para a produção de etanol também atingiu um novo patamar, com um crescimento de 37,86% em relação ao ano anterior.
O cenário positivo do mercado de milho tem atraído grandes investimentos para o setor. A ALD Bioenergia Deciolândia, por exemplo, anunciou um investimento de R$ 1 bilhão para triplicar sua capacidade produtiva em Mato Grosso até 2026.
“A empresa enxerga um grande potencial de crescimento, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, impulsionado pela crescente demanda por biocombustíveis e pela produção de DDG, um subproduto da produção de etanol utilizado na alimentação animal”, explicou o diretor executivo da ALD Bioenergia Deciolândia, Marco Orozimbo.
Outras empresas do setor, como a FS, também compartilham do otimismo. A empresa prevê um aumento significativo na moagem de milho para a produção de etanol no próximo ano e destaca a importância de continuar agregando valor ao grão e ao ecossistema do agronegócio.
Mercado de carbono: PL 182/2024 isenta produção primária e gera oportunidade para o setor

O Projeto de Lei nº 182/2024, que institui o Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), foi aprovado em duas instâncias no Congresso Nacional e segue para sanção presidencial.
Além de regulamentar a compra e venda de créditos de carbono no setor voluntário, que já ocorre no Brasil com iniciativas privadas, o projeto estabelece o setor regulado, abrangendo ações do poder público.
Para a Aprosoja MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), a comercialização de créditos de carbono, oriundos do balanço positivo da maioria das propriedades, representa uma nova oportunidade de renda para os produtores.
Inicialmente, a produção primária agropecuária, incluindo bens, benfeitorias e infraestrutura diretamente associados às propriedades rurais, está isenta da regulação. Assim, não será necessário monitorar ou reportar emissões anualmente.
“A isenção para produção primária evita custos adicionais ao produtor e também gera uma oportunidade no mercado de carbono. A vantagem competitiva do agronegócio é que ele possui potencial para apresentar balanços de carbono positivo, o que pode melhorar a imagem do próprio setor e abrir novos mercados”, aponta o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier.
O principal objetivo da nova lei é estabelecer um sistema regulatório para as emissões de gases de efeito estufa no Brasil, contribuindo para que o país cumpra seus compromissos ambientais.
A regulação se aplicará a atividades, fontes e instalações que emitam mais de 10 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) por ano.
Show Safra Mato Grosso 2025 terá mais núcleos temáticos

O Show Safra Mato Grosso em 2025 terá muitas novidades. Entre elas, além da mudança do nome, está a ampliação dos núcleos temáticos, com a criação do espaço Show Safra Negócios e do Show Safra Mulher.
A feira ocorrerá entre os dias 24 e 28 de março, na sede da Fundação Rio Verde.
Sobre as mudanças para a próxima edição, o presidente da Fundação Rio Verde, Joci Piccini, pontuou que elas são importantes para todos os envolvidos. Além disso, mudar o nome e transformar em Show Safra Mato Grosso transforma o evento em uma feira nível estadual.
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“Em 2025 teremos uma feira em que mostraremos o potencial que a região tem, vai mostrar aquilo que o agronegócio hoje está fazendo, e mostrar para o Brasil e para o Mundo, porque do Mato Grosso está se desenvolvendo com as melhores tecnologias, e mostrar que o agronegócio é o carro-chefe da economia do Brasil”.
Além dos novos núcleos temáticos, a edição de 2025 também contará com o Show Safra Connect, Show Safra Pecuária e Show Safra 360 (agricultura familiar).
“O Show Safra representa um dos maiores eventos de difusão tecnológica do agronegócio brasileiro e agora oficialmente representar o estado de Mato Grosso, garante um evento cada vez mais forte, com a presença de mais empresas e a representação de mais setores ligados ao agronegócio”, destacou o prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz.
Santa Carmem receberá a abertura nacional da colheita de soja 24/25

A Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja MT) fará a Abertura Nacional da Colheita da Safra 2024/2025, no dia 7 de fevereiro, na Fazenda Esperança, em Santa Carmem.
O evento coincide com a celebração dos 20 anos da Aprosoja MT, e reunirá autoridades, produtores e representantes do setor para refletir sobre as conquistas dos últimos anos e discutir temas como a sustentabilidade, realização da COP 30 no Brasil, biocombustíveis e a produção de alimentos.
Para o vice-presidente da Aprosoja Mato Grosso, Luiz Pedro Bier, a cultura da soja foi essencial para o desenvolvimento do estado e foi a entidade que conectou os produtores para o fortalecimento do setor.
“Em 2025, a Aprosoja MT completa 20 anos de história. Durante esse período, a associação foi essencial para defender os interesses do setor junto ao poder público. A soja foi a cultura responsável pelo crescimento de Mato Grosso, permitindo o desenvolvimento de cidades com alto índice de qualidade de vida”, afirma Bier.
A produção de soja em Mato Grosso tem experimentado um crescimento significativo nas últimas décadas, especialmente no que se refere à produtividade.
Ilson Redivo, vice-presidente norte da Aprosoja MT, ressaltou a importância da cultura para a economia da região Norte do estado.
“A soja é o pilar do desenvolvimento e progresso de nossa região. Ela gera emprego e renda, aquece o comércio local e é responsável por grande parte da arrecadação de impostos”, destaca Redivo.
No entanto, a produção e comercialização do grão ainda apresenta gargalos significativos que necessitam ser trabalhados.
“Um dos nossos grandes desafios continua sendo a logística. Precisamos de uma infraestrutura eficiente, especialmente de ferrovias, para reduzir os custos e aumentar a competitividade da nossa soja no mercado global”, explica Bier.
O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, também destacou que, apesar da forte demanda global pela soja mato-grossense, o setor precisa se adaptar a um mercado mais competitivo e a custos de produção mais elevados.
“O preço do grão caiu e os custos aumentaram. Isso faz com que a margem do produtor diminua, colocando em risco a sustentabilidade financeira de muitos negócios. Por isso, é urgente buscar alternativas, como a industrialização local da soja, que pode agregar valor e gerar mais emprego e renda para o estado”, ressalta.
A Aprosoja MT tem trabalhado para ampliar as oportunidades para os produtores, com projetos como o Circuito Aprosoja, que percorre os mais de 30 núcleos de produtores, e o programa Soja Legal, que visa garantir a legalidade e sustentabilidade da produção.
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Além disso, iniciativas sociais, como o Agrosolidário, se consolidam como uma forma de devolver à sociedade parte dos frutos da soja, com a distribuição de bebidas de soja e de alimentos para famílias carentes em diversas regiões do estado.
De acordo com o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, a sustentabilidade dos produtores mato-grossenses precisam ser mostradas a sociedade.
“No último ano tratamos várias pautas pertinentes, como a Moratória da Soja, a Lei Antidesmatamento da União Europeia e a COP 30, pois a sustentabilidade é uma das principais barreiras que pode fechar mercado para os produtores, e nós temos que continuar a ser proativos nesses assuntos”, pontua.
Com a abertura da colheita da soja 2024/2025, os produtores de Mato Grosso renovam seu compromisso com a evolução do setor, cientes dos desafios e das oportunidades que o futuro reserva.
2ª Agrotã traz novidades para 2025

A 2ª edição da Agrotã foi lançada na última semana. A feira técnica e de negócios, realizada em Guarantã do Norte, também atende a municípios vizinhos de Mato Grosso e Pará.
Em 2025, o evento será entre os dias 30 de abril e 3 de maio, desta vez com novidade, um leilão de cavalos e touros, com lances presenciais e online.
Organizada pela Associação de Criadores de Guarantã do Norte (Acritã) e pelo Sindicato Rural, a Agrotã é uma vitrine para diferentes marcas, além de um centro de negócios para a agricultura, pecuária, setor madeireira e mineração, importantes segmentos econômicos do município.
A 2ª edição do evento terá uma grade de palestras organizadas pelo Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), polo Guarantã, com o objetivo de agregar novos conhecimentos e tecnologias às atividades do campo. Na primeira edição, foram 17 palestrantes, oferecendo mais de 24 horas de informações de forma gratuita.
Conforme destaca a gerente sindical Cida Costa, o evento tem se consolidado graças à união de diferentes setores do município e região.
“A junção de forças de todos os parceiros, principalmente do comércio local, a parceria dos produtores rurais, principalmente do Senar, Famato, Acrimat e Aprosoja, que são grandes parceiros do Sindicato Rural”, destacou a.
Na primeira edição, a Agrotã contou com 52 expositores e mais de 120 marcas presentes. Com o lançamento da próxima edição, em 2025, expositores interessados já podem realizar suas inscrições.
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150 milhões de dólares devem ser investimentos em usina de etanol de milho em Itiquira

A construção de uma usina de etanol de milho em Itiquira deverá receber investimentos estimados em US$ 150 milhões.
A capacidade de processamento está prevista em 1,5 mil toneladas de cereal por dia, para a fabricação de etanol e DDG, e a unidade fabril deverá gerar 300 empregos diretos na região.
O anúncio da implantação da usina de etanol em Itiquira foi feito pela Coopercotton Cooperativa Agrícola.
Segundo a idealizadora do projeto, a planta já possui estudo de viabilidade concluído e se encontra em fase de captação de investidores.
A cooperativa é formada por 15 grupos familiares e possui 23 anos de existência. Juntos somam 100 mil hectares de milho, considerado o suficiente para abastecer a capacidade inicial de beneficiamento de etanol da usina.
De acordo com a Coopercotton, recentemente a cooperativa recebeu em sua sede em Rondonópolis uma comitiva de potenciais investidores chineses do grupo LongPing High-Tech, que atua no Brasil desde 2017, no segmento de híbridos de milho e sorgo.
A expectativa é que as obras iniciem até o final de 2025, com entrega do complexo industrial em 24 meses.
A região é considerada de potencial logístico para o escoamento da produção, uma vez que conta com rodovia duplicada e proximidade com a ferrovia, fatores considerados atrativos para os investidores.
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Exportações alcançam 157 países e geram US$ 25,95 bilhões em 2024

Mato Grosso exportou 161 tipos de produtos para 157 países e gerou 25,95 bilhões de dólares entre janeiro e novembro de 2024, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Os principais destinos dos produtos foram China, Vietnã, Tailândia e Turquia. O estado teve 8,31% de participação nas exportações brasileiras.
A soja em grão, o milho em grão, o algodão, o bagaço e outros resíduos da soja, além da carne desossada de bovino congelada, compõem cerca de 90% de tudo o que foi comercializado pelo Estado com outros países.
No mesmo período do ano passado, Mato Grosso comercializou 30,09 bilhões de dólares, com embarques de 64 milhões de toneladas.
Ao todo, foram 181 produtos exportados para 148 países, o que representou 9,68% das exportações brasileiras.
A redução no volume exportado se deve à queda de 1,26% nas exportações brasileiras de soja neste ano. Em Mato Grosso, a menor oferta do grão tem impactado significativamente as exportações.
Em novembro, o estado exportou 95,25 mil toneladas, uma retração de 82% em relação a novembro de 2023.
No acumulado de janeiro a novembro, o escoamento de soja mato-grossense alcançou 24,64 milhões de toneladas, uma diminuição de 11,79% em relação ao mesmo período do ano passado.
O mesmo ocorreu com o milho. De acordo com os dados da Secex, Mato Grosso teve uma redução de 8,65% nas exportações.
A queda está relacionada à menor produção do cereal no ciclo 2023/2024, além da redução do volume importado pelo mercado chinês.
Já em relação à carne bovina, Mato Grosso bateu recorde nas exportações no acumulado de janeiro a novembro, somando 539 mil toneladas, alcançando um novo recorde.
Em novembro, foram exportadas 55,2 mil toneladas, o maior volume em série histórica para este mês.
O aumento se deve à alta demanda de outros países, além da China, como Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos, que estão comprando muito mais carne.
STF derruba lei da Moratória; governador irá recorrer

O governador Mauro Mendes anunciou que vai recorrer da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que suspendeu a Lei Estadual 12.709/2024, autorizando a moratória da soja contra produtores de Mato Grosso. A decisão cautelar é desta quinta (26).
“A nossa lei proíbe a concessão de incentivos fiscais para as empresas que criam exigências maiores daquelas já existentes no Código Florestal Brasileiro. Se existe algum erro em nossa lei, iremos corrigir. Mas, nesse primeiro momento, vamos recorrer da decisão para acabar com essas restrições ilegais impostas ao agronegócio mato-grossense”, afirmou o governador.
A lei aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador, em outubro deste ano, estabelece novos critérios para a concessão de incentivos fiscais no âmbito de Mato Grosso e, na prática, impede a concessão para as empresas adeptas da moratória da soja.
“Não vamos aceitar que nenhuma empresa, seja nacional ou multinacional, faça exigências que não estejam na Lei Brasileira, que é muito rígida e precisa ser cumprida em todos os aspectos. Não podemos aceitar nem menos, nem mais daquilo que está estabelecido no Código Florestal Brasileiro, que é o mais restritivo do mundo”, pontuou Mauro Mendes.
A moratória da soja é um acordo de 2006 firmado entre algumas empresas exportadoras, que veda a compra de soja plantada em áreas desmatadas da Amazônia, ainda que o desmate tenha ocorrido dentro da lei.
O Código Florestal Brasileiro é um dos mais restritivos do mundo. No caso da Amazônia, os proprietários de terra devem manter 80% da área preservada e podem produzir em apenas 20%. E até mesmo a abertura de área legal fica prejudicada com a moratória da soja, que desrespeita a legislação brasileira, por isso, Mato Grosso criou a lei 12.709/24.
Conforme a lei estadual, ficam vedados os benefícios fiscais e a concessão de terrenos públicos a empresas que “participem de acordos, tratados ou quaisquer outras formas de compromissos, nacionais ou internacionais, que imponham restrições à expansão da atividade agropecuária em áreas não protegidas por legislação ambiental específica, sob qualquer forma de organização ou finalidade alegada”.
A lei prevê que o descumprimento dessas regras resulta na “revogação imediata dos benefícios fiscais concedidos e na anulação da concessão de terrenos públicos”, prevendo até mesmo que a empresa tenha que devolver o benefício recebido de forma irregular, “bem como a indenização pelo uso de terreno público concedido em desacordo com este diploma”.
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Dinetec movimenta Vale do Araguaia entre os dias 15 e 17 de janeiro em Canarana

A produção de grãos em Canarana, localizada na região do Vale do Araguaia em Mato Grosso, vem crescendo a cada ano e chamando a atenção.
Entre os dias 15 e 17 de janeiro, o município será palco da 11ª edição do Dia de Negócios e Tecnologias – Dinetec, marcando a abertura da temporada de feiras agropecuárias no Brasil.
Canarana é uma importante região produtora de soja do Vale do Araguaia, destinando para o grão mais de 300 mil hectares.
O município também é considerado a capital nacional do gergelim, tendo na safra 2023/24 designado para o pequeno grão em torno de 200 mil hectares.
O Dinetec é realizado pela Meta Consultoria Agrícola, com apoio do Sindicato Rural de Canarana e da Prefeitura.
Na edição passada passaram pelo evento mais de 17,6 mil visitantes e cerca de R$ 1,8 bilhão em negócios foram gerados. A feira em 2024 contou com mais de 450 marcas expositoras.
Neste ano, o evento enfoca não apenas a inovação tecnológica e o networking, mas também atrações para toda a família. Tanto que traz como slogan “Do campo à sua casa, agro é a força do Brasil”.
“Eu diria que ele gera negócios, mas ele prospecta muito. O Dinetec é um momento de as empresas fazerem networking, conhecer clientes novos, atingir novas possibilidades. Hoje temos estandes que reúnem os representantes e tem cinco, seis ali oportunizando negócios”, comenta Rodrigo Piccinini, sócio fundador da Meta Consultoria Agrícola.
A feira é realizada na área experimental da Meta Consultoria Agrícola das 7h às 18h, com entrada gratuita.
E, de acordo com os organizadores, é uma verdadeira vitrine de avanços tecnológicos, proporcionando aos produtores rurais acesso direto às novidades mais impactantes do mercado global.
São cerca de 100 estandes plantados onde são conduzidos experimentos de soja, milho, algodão, gergelim, feijão, girassol e amendoim.
“Tudo o que cabe na nossa região está ali. Também há estandes institucionais, de máquinas e implementos”, salienta Rodrigo.
Produtor está mais cauteloso na hora de negociar, diz Imea

O ano de 2024 foi marcado por cautela no campo e assim deverá seguir em 2025 e 2026.
A avaliação é do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) diante dos históricos de comercialização da soja, bem como dos preços observados no mercado futuro.
De acordo com o superintendente do Instituto, Cleiton Gauer, na reta final de 2024 os preços futuros ofertados para a temporada 2024/25 eram pressionados pela expectativa de uma safra maior na América do Sul, bem como no restante do mundo.
Para Mato Grosso, o gestor do Imea frisa que a expectativa é de uma produção de grãos maior que a do ano passado, principalmente no que tange a soja, tendo em vista a ampliação da área cultivada.
Ele revela ainda que movimentos ligados a aquisição de insumos para a safra 2025/26 já são vistos no estado, bem como comercialização referente ao ciclo.
“O produtor já está se preparando para um desenho e fazendo as primeiras travas objetivando uma garantia de margem, mas ainda é muito pequeno com relação ao que nós observamos nesta temporada”.
Mas, ao mesmo tempo, segundo o superintendente do Imea, “há um sinal de que os produtores, também, começam a trabalhar com mais cautela dado os desafios que nós passamos nos últimos anos de uma alta rentabilidade e de repente cair para uma rentabilidade negativa dependendo da situação ou muito próxima de zero, principalmente os produtores que foram afetados pela seca e também pela queda de preços”.
Mato Grosso soma mais de 16 mil indústrias instaladas

Mato Grosso somou 16.072 indústrias instaladas em 2023. É o que mostra o Observatório da Indústria de Mato Grosso, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023, elaborada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e divulgada em dezembro de 2024.
Somente o setor frigorífico é responsável por 14,37% dos empregos gerados pelo setor econômico, seguido da construção de edifícios com 10,44% e fabricação de álcool com 5,17%.
Conforme os dados do Observatório, ligado a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), em quatro anos o número de indústrias aumentou em 41%, saindo de 11.370 em 2020 para 16.072 em 2023 no estado.
Com relação a funcionários, o número saiu de 154.854 para 191.119 no período avaliado.
A Fiemt pontua que, apesar do mercado de trabalho estar em pleno vapor, registrando a segunda menor taxa de desocupação do país (2,3%), o cenário ainda é desafiador para o setor industrial, uma vez que há escassez de mão de obra no estado.
“A baixa disponibilidade de profissionais qualificados é um indicativo claro de que precisamos investir fortemente na capacitação da força de trabalho local. O Sistema Fiemt, por meio do Sesi, Senai e IEL, está comprometido em oferecer formação e requalificação, além de processos de inovação para as indústrias, garantindo que o mercado continue a crescer de forma sustentável”, destaca o presidente da Fiemt, Silvio Rangel.
Além da falta de mão de obra, o crescimento do setor industrial no estado esbarra em outros gargalos, como é o caso da deficiência da distribuição de energia com qualidade, infraestrutura de logística e as incertezas no cenário econômico nacional, com dos juros, alta do dólar e a reforma tributária.
Contudo, de acordo com a Fiemt, mesmo com todos os entraves, a indústria de Mato Grosso mantém um ritmo de expansão. Dados compilados pelo Observatório da Indústria mostram um aumento de 4% no último ano e previsão de novas plantas e indústrias em Mato Grosso.
Setores como biocombustíveis estão em desenvolvimento, com empresas investindo em etanol de milho e esmagamento de óleo de algodão, mostrando um estado promissor e cheio de oportunidades para investidores.
Consolidando a importância do setor para a economia mato-grossense, o Valor Adicionado Bruto (VAB) da indústria em 2022 registrou um surpreendente aumento de 17,13% em relação a 2021, alcançando R$ 37,6 bilhões.
O PIB de 2022 do estado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), totalizou R$ 255,5 bilhões, um aumento de 9,48% frente a 2021.
Mato Grosso deve registrar 2º maior PIB do país, aponta Banco do Brasil

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para Mato Grosso deve ser de 4,1%, tornando o estado o 2º que mais deve crescer em 2025, atrás apenas de Mato Grosso do Sul (4,2%), de acordo com projeções do Banco do Brasil divulgadas na última semana.
Na sequência aparecem Rio Grande do Sul (4%), Goiás (3,3%), Tocantins (3,2%) e Piauí (3,1%). O número é 1,9% superior à estimativa registrada para o Brasil (2,2%).
O destaque é para o setor agropecuário com uma estimativa de 7,7%. Em relação à soja, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que Mato Grosso está entre os estados com maior participação na produção nacional, com 12,3%.
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O consultor de política agrícola Thiago Rocha aponta alguns fatores que contribuem para esse saldo positivo.
“A área de soja e a performance no plantio, associado ao bom clima na primeira fase, levam a crer que será uma boa safra da oleaginosa”, ressaltou.
Apesar de citar o clima como um fator positivo, Thiago enfatiza que janeiro é um mês de chuvas intensas em Mato Grosso, o que pode atrasar a colheita da soja e, consequentemente, afetar a produção do milho.
As projeções para a produção de milho no estado considerado o maior produtor nacional, apresentam um recuo de 6,4%, impactado pela diminuição no rendimento médio, especialmente da segunda safra. “Atraso na colheita da soja significa redução da janela ideal de plantio do milho e, portanto, possível variação da produtividade para baixo”, explicou.
No setor da indústria, o estado registrou uma estimativa de 3,2%. De acordo com projeções para o ano anterior, Mato Grosso foi o segundo estado que mais registrou avanço em relação à média nacional (-0,2%), com 4,6%, ficando atrás somente do Pará (7%).
Ainda conforme o estudo, Mato Grosso acumulou um ganho de 9,3% em quatro meses consecutivos de crescimento. Já o setor de comércio e serviços estima um crescimento de 2,5% para o estado.
Segundo as projeções, os reflexos positivos da agropecuária devem influenciar a economia como um todo na região Centro-Oeste, incluindo o setor de serviços, especialmente no que diz respeito aos segmentos de transporte, armazenagem e agroindústria.
DADOS DO IBGE
O último levantamento do PIB divulgado oficialmente pelo IBGE foi referente ao ano de 2021. Mato Grosso registrou 17 municípios na lista dos 100 maiores índices do PIB do Brasil.
O PIB per capita do Brasil foi de R$ 42.247,52 em 2021. Na comparação com outras capitais, Cuiabá ficou na 7ª colocação, com PIB de R$ 47.700,88.
Mato Grosso também teve o maior percentual em que a agricultura e apoio à agricultura e pós-colheita esteve como atividade de maior destaque, seguido por Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.
Sema-MT reforça fiscalização nos rios durante reta final da Piracema

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) reforça, nesta reta final da Piracema, as operações de fiscalização nos rios mato-grossenses.
O período de defeso termina no dia 31 de janeiro.
Segundo os números da Sema, 278,42 kg de pescado irregular foram apreendidos no último trimestre de 2024, sendo mais de 61 kg de peixes apreendidos somente no mês de dezembro, apenas na Baixada Cuiabana e nos municípios de Poconé, Rosário Oeste, Nobres, Rondonópolis e Itiquira.
Já as multas aplicadas chegam a R$ 16.215. Também foram vistoriados 2.234 veículos e 158 embarcações pela operação Piracema.
Já em 2025, foram apreendidas 10 dedes, três tarrafas, quatro canoas, um refrigerador, mais de 10,6 kg de filé de pintado, um exemplar de jaú e de cachara. O pescado foi doado para o Lar de Idosos em Santo Antônio de Leverger.
O coordenador da Fiscalização de Fauna da Sema, Alan Silveira, afirmou que as operações irão continuar a fiscalizar em estabelecimentos comerciais, através das barreiras e patrulhamento terrestre, até o fim do período de defeso.
“O objetivo é garantir que esses peixes não saiam dos rios e possam se reproduzir para assegurar o estoque pesqueiro para as futuras gerações ribeirinhas”, destacou.
O período de defeso da piracema em Mato Grosso começou no dia 1º de outubro de 2024 e termina em 31 de janeiro deste ano.
Infratores poderão ter o pescado e os equipamentos apreendidos, além de serem multados entre R$ 5 mil a R$ 200 mil, com acréscimo de R$ 150 por quilo de peixe encontrado e condução à delegacia.
Nesse período, é permitida apenas a pesca de subsistência desembarcada, praticada artesanalmente por populações tradicionais para garantir a alimentação familiar, sem fins comerciais.
Curso online ensina sobre uso de consórcio de capim com feijão-caupi

A Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop disponibilizou na plataforma E-campo o curso “Sistema Gravataí: consórcios forrageiros de segunda safra para ILP e SPD”.
A capacitação on-line é gratuita e ensina sobre o uso do consórcio de gramíneas do tipo braquiária ou panicum com o feijão-caupi.
Chamado de Sistema Gravataí, este consórcio é usado como alternativa de segunda safra em áreas de integração lavoura-pecuária ou em sistema plantio direto.
A presença da leguminosa junto à forrageira traz benefícios para o solo, aumenta o teor proteico da forragem e melhora o desempenho da lavoura plantada na sequência.
A capacitação tem carga horária de 16 horas e está dividida em quatro módulos. O primeiro faz uma caracterização sobre o Sistema Gravataí, histórico de seu desenvolvimento, finalidades e indicação de uso.
Esta parte inicial também aborda superficialmente sobre outros consórcios de segunda safra trabalhados pela Embrapa e que terão cursos específicos no futuro.
O segundo módulo foca nas três técnicas possíveis de implantação do Sistema Gravataí, com implantação simultânea em uma única operação e implantação defasada via semeadura direta ou via semeadura a lanço e direta.
O terceiro módulo aborda o manejo do consórcio e a utilização agronômica e zootécnica.
As orientações vão desde o tratamento de sementes ao momento de entrar com os animais no pastejo e retirá-los para a dessecação pré-semeadura da lavoura. Passam ainda pelo controle de plantas daninhas e de pragas.
O quarto e último módulo apresenta os principais resultados agropecuários esperados com o uso do Sistema Gravataí.
Entre eles a ciclagem de nutrientes, aumento da quantidade de nitrogênio no solo e maior teor de proteína na forragem, refletindo no maior ganho de peso animal e no aumento da produtividade da lavoura.
O Sistema Gravataí foi lançado em 2018 e já vem sendo usado por produtores rurais do Centro-Oeste. O curso é mais uma forma de ampliar a oferta de conhecimento para a adoção no campo.
“Mesmo após o lançamento, os trabalhos de pesquisa e validação desta tecnologia continuaram. Testamos tanto novas cultivares de feijão-caupi quanto de gramíneas e novos manejos foram validados. Desta forma, neste curso EAD inserimos esses novos conhecimentos desenvolvidos e validados, apresentando outros resultados e discussões sobre o uso correto da tecnologia”, afirma Flávio Jesus Wruck, chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agrossilvipastoril e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Sistema Gravataí.
Wruck acrescenta que o conteúdo do curso abordou gargalos do uso da tecnologia, como controle de pragas na fase inicial do consórcio e estratégias para reduzir o custo de implantação da tecnologia.
Com isso, ele espera possibilitar a maior adoção do consórcio.
“Nesta nova forma atual, interativa e dinâmica de transferência de tecnologia que é o EAD, com imagens, entrevistas, videoaulas e cortes de apresentações nos dias-de-campo, a aprendizagem fica muito mais fácil e prazerosa. Esperamos assim, expandir ainda mais a adoção desta tecnologia no campo”, afirma.
O curso é feito na modalidade assíncrona, ou seja, o aluno pode fazer a qualquer momento, sem necessidade de um professor. As inscrições ficam abertas durante o ano todo e são gratuitas.
MT é responsável por alta nas vendas de aeronaves para o agro

O fortalecimento do agronegócio mato-grossense tem expandido a demanda por aeronaves utilizadas nas atividades do setor produtivo. O estado responde por cerca de 23% da frota de aviões agrícolas do país – quase 1/4.
A importação é a alternativa que mais ganha espaço devido à rapidez nos processos para adquirir uma aeronave, seja para uso nas lavouras ou particular.
A combinação de modernização e eficiência logística é essencial para um setor em constante crescimento, que deverá ver um aumento de 10% na frota até 2027.
“A região do agro tem se desenvolvido constantemente, impulsionando a utilização de aeronaves para otimizar o tempo de deslocamento entre propriedades e aumentar a produtividade. Mato Grosso, sozinho, responde por cerca de 23% da frota de aeronaves agrícolas do país, consolidando-se como o estado mais representativo nesse setor”, diz a desenvolvedora de novos negócios da WM Trading, Amanda Verjovsky.
Atualmente, 6 em cada 10 aeronaves agrícolas no Brasil são utilizadas para prestação de serviços de pulverização, enquanto cerca de 37% são destinadas ao transporte particular de proprietários rurais.
Os dados são do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
MODELOS
Quando o assunto é o transporte particular, o King Air, conhecido como o “rei do agro”, é uma excelente opção, pois traz para o mercado o que há de mais tecnológico: como os sistemas aviônico e autothrottle, que permite que todas as fases dos voos sejam automatizadas. Inclusive, é uma aeronave versátil que performa bem tanto nas pistas asfaltadas, quanto nas não-pavimentadas.
O modelo King Air 260 é um turboélice bimotor, com capacidade para o piloto e mais oito passageiros (ou piloto, copiloto e 7 passageiros), não precisa fazer simulador e tem a autonomia de viagem de 1.720 milhas náuticas (equivalente a 3. 185 km). Isso representa um voo de São Paulo a Salvador sem parar.
Já o modelo King Air 360 também é um turboélice, mas com uma seção a mais. Assim, é possível ir até 11 pessoas na viagem (o piloto e mais 10 passageiros, ou uma dupla como tripulação e os demais passageiros).
Outra opção muito requisitada por agricultores e pecuaristas de todo o país é o Air Tractor. A máquina é conhecida pela grande capacidade de carga e versatilidade, sendo utilizada em grandes plantações de soja, milho e algodão.
Esses modelos são preferidos por sua robustez e eficiência no uso de combustível, especialmente em operações que exigem maior capacidade e alcance.
Conforme a diretora comercial da WM Trading, Livia Verjovsky, a companhia também tem expertise em importação de outros produtos essenciais para o agronegócio, como máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação, peças de reposição e fertilizantes.
Licença ambiental é liberada para pavimentação de trecho da BR-158/MT

Considerado um corredor logístico fundamental para o escoamento da produção do Mato Grosso, a BR-158/MT terá pavimentados mais 86 km, no contorno leste da Terra Indígena Maraiwatsede.
A licença para as obras foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em conjunto com a Infra S.A..
A medida permite ao Ministério dos Transportes avançar em uma solução consensuada para uma disputa que se arrastava por anos.
O projeto de pavimentação da BR-158/MT foi desenhado com um traçado que contorna a reserva da etnia Xavante, em substituição a uma estrada que atravessava a terra indígena, adentrando na região ambiental.
No total, o novo contorno prevê a pavimentação de 195,42 km, divididos em dois lotes.
As obras do Lote A irão interligar as cidades de Porto Alegre do Norte a Alto Boa Vista. Atualmente o DNIT trabalha em um trecho de 12 km da rodovia já autorizado, dos quais 2,5 l, foram concluídos.
Nesta nova etapa, entram em execução as obras nos municípios de Canabrava do Norte, São Félix do Araguaia e Alto da Boa Vista.
Já o Lote B terá um trecho de 101,43 km, entre Alto Boa Vista até a região do distrito de Alô Brasil, em Bom Jesus do Araguaia. Este segmento está em fase de elaboração de projeto.
Dentre as condicionantes da licença ambiental emitida pelo IBAMA ao Ministério dos Transportes estão a instalação de passagens de fauna; acesso às populações que vivem na margem da estrada a corpos d'água como rios e lagos e a recuperação de áreas degradadas ou alteradas pelas obras.
LOGÍSTICA
O Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do Brasil. Pela BR-158/MT escoam safras de soja, milho e algodão para diversos estados do país, além do exterior, por meio dos portos do Arco Norte, no Pará.
Cerca de duas mil carretas trafegam por dia pela estrada, que ainda não é pavimentada, o que impacta diretamente no aumento dos custos operacionais.
Outro desafio a ser vencido com a pavimentação da BR-158/MT é a falta de segurança das populações que vivem na região, bem como as dificuldades de transporte ainda enfrentadas pelos moradores das cidades que serão beneficiadas pelo contorno.
Santa Carmem recebe abertura nacional da colheita da soja dia 7

A Abertura Nacional da Colheita da Soja safra 2024/2025 será realizada na próxima sexta (7), a partir das 8h, em Santa Carmem.
O evento reúne as Associações de Produtores de todo o Brasil e, nesta edição, será sediado em Mato Grosso em comemoração aos 20 anos da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT).
O vice-presidente leste da entidade, Ilson Redivo, destacou a relevância do encontro para o setor. “É importante a participação de todos, porque esse evento destaca a importância da cultura da soja para o Brasil e para o estado de Mato Grosso. Nós conclamamos todos os produtores a participarem”, disse.
Redivo, que também preside o Sindicato Rural de Sinop, polo de Santa Carmem, lembrou que o evento contará com painéis que discutirão Sustentabilidade e COP 30 e Biocombustíveis e alimentos.
“Nós teremos a presença do Aldo Rebelo; do deputado federal Arnaldo Jardim, que é vice-presidente da Frente Parlamentar da Agricultura, do Daniel Vargas, Fabrício Rosa da Aprosoja Brasil, além dos presidentes das Aprosojas de vários estados brasileiros que virão prestigiar este grande evento que acontece no maior estado produtor de soja, que é o Mato Grosso. Estamos organizando e empenhados nos preparativos para que aconteça um grande evento e contamos com a presença de todos os produtores”, enfatizou.
A abertura vai acontecer na Fazenda Esperança, do produtor Invaldo Weis, que contou como estão os preparativos.
“Me sinto privilegiado em receber esse evento na minha propriedade e eu acho que é um privilégio não só para mim, mas para toda a região e principalmente para o município de Santa Carmem. Os preparativos estão em andamento, já estamos nos organizando para que tudo esteja pronto para o dia, dentro das nossas possibilidades. Peço a Deus que nos capacite, nos prepare e nos abençoe nesse evento tão grande. É de fato um privilégio para mim”, disse o associado da Aprosoja MT.
As inscrições para a Abertura Nacional da Colheita da Soja 2024/25 são gratuitas e estão abertas.
Além da programação técnica e de debates estratégicos para o setor, o evento será uma oportunidade de troca de experiências entre produtores, especialistas e representantes do agro.
Mato Grosso reafirma liderança na produção de soja com evento nacional

Santa Carmem foi palco da Abertura Nacional da Colheita da Soja 2024/2025 nesta sexta-feira (7), reunindo mais de mil participantes na Fazenda Esperança.
O evento destacou os desafios e avanços do setor, com debates sobre sustentabilidade, biocombustíveis e a COP 30.
O anfitrião Invaldo Weiss compartilhou sua trajetória como produtor rural e os desafios da safra atual. Apesar do início com chuvas irregulares, a colheita não foi comprometida, mas os altos custos continuam sendo um obstáculo ao setor.
Pela sétima vez, Mato Grosso recebe o Projeto Soja Brasil, consolidando-se como referência no agronegócio.
O vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, enfatizou a importância da união dos produtores para fortalecer a agricultura e impulsionar o desenvolvimento das cidades com alto IDH.
O presidente do Canal Rural, Julio Cargnino, ressaltou a relevância do evento e celebrou a ampla participação de lideranças do setor.
Ana Euler, diretora de Inovação da Embrapa, destacou os avanços tecnológicos e os 50 anos da instituição, reforçando o compromisso com a produtividade e a sustentabilidade.
O presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon, reforçou a importância do evento para a troca de conhecimentos e fortalecimento do setor.
“O público pode acompanhar ao vivo debates que trarão novas perspectivas para o futuro da soja no Brasil”, afirma Buffon.
Já o governador Mauro Mendes destacou o crescimento da produção de soja e a relevância do estado no agronegócio nacional.
“Nos tornamos o maior estado produtor de soja do Brasil. A soja terá um destaque especial e, com o apoio de investimentos em logística e, acima de tudo, a qualidade de vida, veremos um crescimento contínuo”, afirma Mauro.
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra 2024/2025 conta com mais de 12,5 milhões de hectares cultivados no estado, com uma produção estimada em 44 milhões de toneladas de grãos.
O evento reforça a importância de Mato Grosso como maior produtor de soja do país.
Mato Grosso se consolida como o maior estado produtor de soja do Brasil. O grão chegou ao país em 1908 com a migração japonesa, sendo introduzido no Rio Grande do Sul em 1914, e, no estado, o cultivo ganhou destaque nas décadas de 1970 e 1980, tornando-se uma nova fronteira agrícola.
Técnicas de fertilização do solo e o apoio da Embrapa são fundamentais para o sucesso contínuo da soja, permitindo o melhor aproveitamento da terra e a maximização da produtividade.
Especialista alerta sobre cuidados na hora de dessecar a soja

A colheita de soja 2024/25 de Mato Grosso atingiu 28,58% da área cultivada de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) na última semana.
Situação que apresenta atraso no maior produtor do grão no país, principalmente por conta das chuvas em janeiro e que em muitas regiões do estado ainda não cessaram.
É uma corrida contra o tempo, o que faz com que alguns produtores antecipem a dessecação e até atropelem os principais cuidados que são necessários para não gerar prejuízos nesta operação.
O engenheiro agrônomo Bruno Kavamura explica que a dessecação é uma prática cada vez mais comum em Mato Grosso, especialmente entre os produtores que também cultivam algodão safrinha.
“Este método tem o objetivo de acelerar o fim do ciclo reprodutivo da soja, promovendo uma desfolha rápida e eficiente através da aplicação correta de herbicidas”, diz.
O momento ideal para a operação, segundo o especialista, é durante a fase R7.2, quando 76% das folhas e vagens da planta já estão amareladas. Nesse estágio, a soja atinge seu ponto máximo de maturação, o que torna a aplicação mais eficaz.
“No entanto, a prática exige cuidado e precisão, principalmente em anos como este, quando o clima tem apresentado desafios para os produtores”. Também o produtor não deve se adiantar, querendo tirar o atraso da colheita, endossa Kavamura.
CHUVA = CAUTELA
Este ano, segundo o especialista da Sell Agro, a dessecação precisa ser bem programada, principalmente devido às condições climáticas adversas que os agricultores têm enfrentado.
O excesso de chuvas e a alta umidade podem comprometer a qualidade da soja se a colheita não ocorrer no tempo adequado, levando a perdas significativas e que podem chegar a 100% em algumas áreas. “Porém, isso não é motivo para acelerar as etapas e trocar os pés pelas mãos”, reforça.
Outro fator importante a ser considerado é a dosagem correta do herbicida, sem exageros, além do descarte correto das embalagens vazias, que é essencial para a preservação ambiental.
“Caso a dessecação seja adiantada, a colheita também ocorrerá mais cedo, enquanto um atraso na dessecação pode gerar um impacto direto no calendário”, destaca Kavamura.
Abate de bovinos volta a crescer em MT após 5 meses, diz IMEA

Mato Grosso enviou para o gancho em janeiro 614,62 mil bovinos. O volume supera em 18,05% o total de animais encaminhados para o abate em dezembro e é considerado o segundo maior volume registrado para o mês.
O aumento na quantidade de animais enviados para os frigoríficos ocorre após cinco meses de queda consecutiva nos abates.
Conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em seu boletim semanal, o cenário observado no primeiro mês de 2025 decorre do crescimento de 38,02% do envio de fêmeas para as indústrias em relação ao último mês de 2024.
Ao todo, 329,87 mil fêmeas foram abatidas em janeiro, volume, inclusive, considerado recorde para o mês.
Diante de tal acréscimo, a participação das fêmeas nos abates totais de bovinos em Mato Grosso ficou em 53,67%.
“Outro destaque foi a participação de animais mais jovens (menos de 24 meses), que, apesar do recuo mensal, registrou o maior nível da série histórica para um mês de janeiro, com 34,55% do total abatido no último mês”, frisa o Imea.
Conab estima safra recorde de 325,7 milhões de toneladas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção da safra de grãos brasileira 2024/25 será a maior já produzida no país, ficando em 325,7 milhões de toneladas de grãos.
O volume representa o crescimento de 9,4% acima da safra anterior. Os dados estão no 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado pela companhia nesta semana.
O desempenho é decorrente, principalmente, do aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e da recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, que deve chegar a 3,99 mil kg/hectare.
Os dados apontam para aumento na produção total de milho, com expectativa de produção de 122 milhões de toneladas, alta de 5,5% sobre a colheita no ciclo anterior. A colheita da primeira safra do cereal já atinge 13,3% da área plantada.
“Nesta temporada, houve uma redução de 6,6% na área semeada para o milho 1ª safra. Mas a queda foi compensada pelo ganho da produtividade média, 9,9% maior do que na safra anterior. Com isso, a projeção é que sejam colhidas 23,6 milhões de toneladas apenas neste primeiro ciclo”, disse a Conab.
Em relação à segunda safra do milho, a Conab informou que a semeadura foi feita em 18,8% da área e que as condições climáticas são favoráveis.
Em razão disso, a projeção é de crescimento de 2,4% para a área de plantio, com expectativa de uma produção de 96 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 6,4%.
A soja já está com 14,8% da área colhida. A expectativa é que a produção da oleaginosa chegue a 166 milhões de toneladas, ou seja, 18,3 milhões de toneladas acima do total produzido na safra anterior.
“O resultado reflete aumento na área destinada à cultura, combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país. As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Paraná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções ficam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro”, informou a Conab.
A área destinada ao plantio de arroz deve atingir 1,7 milhão de hectares, volume 6,4% superior à área cultivada na safra anterior.
Com a semeadura praticamente concluída, a Conab alerta que as altas temperaturas e a redução hídrica dos reservatórios em algumas regiões do Rio Grande do Sul, maior produtor do país, causam preocupações aos produtores, embora não indiquem redução da produtividade média.
A Conab estima que a produção chegue a 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% quando comparada à colheita da safra passada.
Inflação dos alimentos desacelera para 0,61%, diz pesquisa do IBGE

A prévia da inflação de fevereiro mostra desaceleração nos preços dos alimentos, ou seja, subiram menos do que em janeiro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) indica que, neste mês, houve alta de 0,61%, a menor desde setembro de 2024 (0,05%). A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA-15 funciona como prévia da inflação oficial e o IPCA é a inflação oficial. Ambos os índices levam em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos.
A diferença é que os preços são pesquisados antes mesmo de acabar o mês de referência, justamente para servir como prévia. Em relação a divulgação atual, o período de coleta foi de 15 de janeiro a 12 de fevereiro.
Veja como se comportou o preço dos alimentos nos últimos seis meses, de acordo com o IPCA-15: Fevereiro 2025: 0,61%; Janeiro 2025: 1,06%; Dezembro 2024: 1,47%; Novembro 2024: 1,34%; Outubro 2024: 0,87%; Setembro 2024: 0,05%.
PREOCUPAÇÃO
A inflação dos alimentos tem sido uma das principais preocupações do governo. Entre os fatores que têm elevado o custo figuram questões climáticas.
O IPCA-15 de fevereiro mostrou que os alimentos tiveram impacto de 0,14 ponto percentual (p.p.) no índice geral. O IBGE mostrou que a alimentação no domicílio subiu 0,63%, abaixo do registrado em janeiro, 1,10%.
Os principais aumentos foram da cenoura (17,62%) e café moído (11,63%). Entre as quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%).
A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% para 0,56% em fevereiro. Dentro deste subgrupo, a refeição (0,43%) e o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).
12 MESES
Apesar da desaceleração dentro do IPCA-15 de fevereiro, a inflação dos alimentos no acumulado de 12 meses está acima da inflação geral. Enquanto o IPCA-15 soma 4,96%, o grupo alimentos e bebidas registra 7,12%. Em janeiro, o acumulado dos alimentos era de 7,49%. Em dezembro, chegou a 8%.
Veja as principais influências de itens alimentícios no IPCA-15 de fevereiro.
Altas: Café moído: 11,63%; Refeição: 0,43%.
Baixas: Batata-inglesa: -8,17%; Arroz: -1,49%; Banana-d'água: -4,98%; Óleo de soja: -1,96%; Limão: -17,35%; Leite longa vida: -0,67%.
MT firma parceria inédita com centro de pesquisa da China para desenvolver o gergelim

O Instituto Mato-grossense de Feijão, Pulses, Colheitas Especiais e Irrigação (IMAFIR) firmou um Acordo de Cooperação com o Centro de Pesquisa de Gergelim de Henan, ligado à Academia de Ciências Agrárias de Henan (HSRC-HAAS), na China.
A parceria estabelece uma colaboração estratégica entre Brasil e China para pesquisa, desenvolvimento e comercialização internacional do gergelim, com forte impacto para produtores mato-grossenses.
Este é mais um resultado concreto da participação de Mato Grosso na China International Import Expo (CIIE), uma das maiores feiras de importação do mundo, realizada em novembro passado, onde o estado apresentou seu potencial agrícola e fortaleceu laços comerciais com o mercado asiático.
A missão liderada pelo Governo de Mato Grosso em 2024 teve destaque internacional e o estande foi classificado em 7º lugar entre as 30 organizações estrangeiras mais influentes da CIIE, realizada de 5 a 10 de novembro de 2024, em Xangai.
De acordo com a secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Linacis Vogel Lisboa, o acordo firmado entre o Imafir e pesquisadores chineses tem como pilares a troca de germoplasma, o desenvolvimento de novas variedades de gergelim adaptadas ao solo e clima brasileiros, além de promover intercâmbio técnico entre pesquisadores dos dois países.
“Mato Grosso é o maior produtor de gergelim brasileiro. A expectativa é fortalecer a cadeia produtiva desse pulse em nosso Estado, com ganhos em produtividade, sustentabilidade e qualidade do produto para o mercado internacional”, disse.
Nesta safra 2024/2025, o estado deve produzir 219,3 mil toneladas de gergelim em uma área de 425 mil hectares. O Brasil deve obter uma produção de 332,8 mil toneladas do grão especial em uma área total de 660 mil hectares. Os dados são do 6º Levantamento da Safra 2024/2025 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
PARCERIA MT/CHINA
Entre as ações previstas no termo de cooperação, estão os ensaios de adaptação de cultivares em ambos os países, a troca de sementes com características superiores, como resistência a doenças e precocidade, além da formação de grupos de trabalho bilaterais que irão acompanhar os testes e definir estratégias de melhoramento genético e práticas sustentáveis de cultivo.
Pesquisadores brasileiros terão a oportunidade de visitar a China para treinamentos em melhoramento molecular, enquanto especialistas chineses conhecerão de perto as práticas de cultivo e colheita mecanizada em Mato Grosso, com visitas programadas à Embrapa Algodão e instituições locais.
Outro destaque do acordo é o desenvolvimento conjunto de 2 a 3 novas linhagens de gergelim, que serão testadas no Brasil com vistas à sua aprovação como novas variedades nacionais. Também será feita a introdução de cultivares chinesas no Brasil, com pedidos formais de teste de desempenho produtivo em campo.
A parceria também prevê metas concretas: até maio de 2025 devem ser formados grupos técnicos, estabelecidos planos de curto e médio prazo, avaliadas pelo menos quatro cultivares de cada país e trocados ao menos 20 acessos de germoplasma entre Brasil e China.
Nanotecnologia no café verde como inovação nas indústrias cosmética e alimentícia

Pesquisadores em Mato Grosso estão desenvolvendo nanopartículas a partir de coprodutos da cafeicultura, como fruto inteiro do café verde, a casca e película prateada, ricos em compostos fenólicos, minerais e antioxidantes, visando a utilização na indústria farmacêutica e alimentícia.
A nanotecnologia é considerada a forma mais estável, eficaz e segura para essa aplicação, garantindo maior permeação cutânea e conservação das propriedades bioativas do composto.
A iniciativa permitirá a realização de testes para a produção massiva, além do desenvolvimento de formulações lipossomas, que são pequenas vesículas esféricas compostas por uma ou mais camadas de lipídios, semelhantes.
Os lipossomas funcionam como transportadores de ingredientes ativos, melhorando sua permeação e eficácia na produção de cosméticos, sabonete líquido, água micelar, hidratante facial e hidratante para a área dos olhos.
Essa tecnologia visa potencializar a eficácia terapêutica e a segurança biológica do extrato, o que é essencial para sua utilização na indústria cosmética.
O projeto recebeu incentivo financeiro do Edital 001/2019/Centelha Bolsa Desenvolvimento Tecnológico e Industrial, do Governo do Estado, gerido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), e está sendo conduzido pela empresa Cafenólicos, coordenada pela pesquisadora farmacêutica doutora Wanessa Costa Silva Faria, com participação do discente em doutorado Luciano Carlos de Arruda.
Os resultados esperados incluem a padronização do processo de extração em larga escala, garantindo reprodutibilidade no rendimento e no teor de substâncias ativas. Além disso, busca-se encontrar fornecedores que atendam aos padrões de qualidade e ofereçam um preço acessível, possibilitando a produção industrial de um produto de alta qualidade.
O impacto esperado desse estudo vai além da indústria cosmética. O café verde, muitas vezes considerado um subproduto da cafeicultura, pode se tornar uma base para novos ingredientes farmacêuticos e alimentícios. Espera-se que a iniciativa também incentive a produção de cafés orgânicos, agregando valor à cadeia produtiva e facilitando a obtenção de selos de qualidade para os produtos derivados.
“A indústria farmacêutica tem demonstrado crescente interesse em compostos bioativos extraídos de vegetais, devido aos seus diversos benefícios à saúde, como ação antioxidante, antiobesogênica, anti-hipertensiva e anticancerígena. Estudos indicam que o café verde possui maior concentração desses compostos em comparação ao café maduro, tornando sua extração em larga escala um projeto promissor”, acrescentou Arruda.
Entre os principais objetivos do projeto, estão a prestação de serviços técnicos no desenvolvimento de nanoestruturas com extrato do café verde, a busca por orçamentos, a qualificação de fornecedores e a produção em larga escala dos extratos vegetais.
“Dessa forma, o projeto se posiciona como uma inovação estratégica para os setores cosmético e farmacêutico, promovendo sustentabilidade e aproveitamento integral do café verde”, destacou a coordenadora do projeto, doutora Wanessa Faria.
Brasil terá 2ª maior safra de cana, diz Conab
O Brasil registrou a segunda maior produção de cana-de-açúcar, durante o ciclo 2024-2025, com um total estimado de 676,96 milhões de toneladas do produto. O resultado é 5,1% menor do que a safra recorde, registrada no ciclo anterior, colhido entre 2023 e 2024.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda foi “reflexo dos baixos índices de chuvas, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, que representa 91% da produção total do país”, aliado à queimada observada nos canaviais. O fogo, segundo a companhia, consumiu vários talhões de cana em plena produção.
“Essas condições adversas registradas ao longo da temporada influenciaram negativamente na produtividade média, ficando em 77.223 quilos por hectares”, registrou a Conab ao anunciar, nesta quinta-feira (17), os resultados do 4º Levantamento sobre a cultura divulgado pela Companhia.
SUDESTE E CENTRO-OESTE
Principal região produtora de cana, o Sudeste colheu 439,6 milhões de toneladas, resultado 6,3% inferior ao obtido na safra anterior. Em termos de área, houve um aumento de 7,5% na mesma base de comparação, chegando a um total de 5,48 milhões de hectares
No Centro-Oeste, a colheita não apresentou grandes variações em relação ao resultado da safra recorde, obtida no ciclo anterior. Foram colhidas 145,3 milhões de toneladas (alta de 0,2%), nesta relevante região produtora.
“Assim como no Sudeste, a área cresceu 4%, chegando a 1,85 milhão de hectares, enquanto a produtividade foi 3,7% menor, projetada em 78.540 quilos por hectare”, informou a Conab.
SUBPRODUTOS
A redução do volume de cana colhido resultou também em queda na produção de açúcar. O levantamento indica que a queda ficou em 3,4%, o que corresponde a um total estimado de 44,1 milhões de toneladas.
ETANOL
No caso do etanol, houve crescimento de 4,4% na produção total, de 37,2 bilhões de litros. A alta foi obtida mesmo com a queda (de 1,1%) da produção a partir do esmagamento da cana, em consequência da piora das condições climáticas. O total produzido ficou em 29,35 bilhões de litros.
EXPORTAÇÕES
De acordo com a Conab, as exportações se mantiveram elevadas, mantendo o Brasil como principal fornecedor mundial do produto.
Já a exportação de etanol fechou o ciclo com um total de 1,75 bilhão de litros embarcados. Uma queda de 31% na comparação com o ciclo 2023/24.
A Conab explica que o etanol de milho tem ganhado mais relevância, com aumento tanto de produção em novas unidades como de eficiência das plantas já existentes.
SEMA debate novas regras de manejo florestal sustentável com o setor madeireiro

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) discutiu com mais de 60 associados do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmat) os novos procedimentos para manejo florestal sustentável previstos na Instrução Normativa nº 05/2025, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Publicadas no dia 4 de abril, as novas regras são válidas para produtos florestais da Amazônia que estão na Lista de Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES) e têm gerado dúvidas e instabilidade ao setor de base florestal em Mato Grosso, maior produtor de madeira nativa do país.
Conforme a IN 05/2025, qualquer espécie dos gêneros Handroanthus e Tabebuia, popularmente conhecidos como ipês, Dipteryx (cumaru) e Cedrela (cedro) que apresentar “densidade inferior a cinco árvores a cada 100 hectares, com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) mínimo de 20 centímetros, será considerada rara na Unidade de Produção Anual (UPA), ficando vedada a extração de qualquer indivíduo”.
Durante reunião, realizada em Sinop, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, explicou que, embora a IN 05/2025 ainda apresente entraves para exportação de algumas espécies, ela trouxe avanços se comparado à instrução normativa anterior, que tratava do mesmo assunto, publicada em novembro do ano passado.
“A mudança da instrução normativa não resolveu todos os problemas, mas ela melhorou em parte as condições para que possamos definir no Estado de Mato Grosso como vamos conduzir os processos de manejo florestal sustentável que envolvam produtos florestais da Amazônia que estão dentro da lista da CITES”, destacou.
O presidente do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem), Ednei Blasius, reconheceu o empenho do Governo do Estado na busca por soluções que possibilitem o fortalecimento da cadeia produtiva de madeira nativa no Estado.
“Desde o início, quando a instrução normativa foi publicada em novembro do ano passado, a Sema esteve conosco participando de várias discussões com o intuito de demonstrar ao Ibama a necessidade de correção de alguns entraves contidos na IN”, afirmou.
De acordo com a secretária Mauren Lazzaretti, atualmente a Sema possui um acervo de 252 projetos de manejo aptos e 270 já analisados, aguardando o cumprimento de pendências.
“As dúvidas geradas com a publicação da Instrução Normativa Nº 28, ocorrida em novembro do ano passado, acabaram atrasando a conclusão das análises dos projetos de manejo no primeiro trimestre deste ano. Nesse momento, tendo em vista a alteração da IN, estamos fazendo um levantamento do nosso acervo para identificarmos os principais pontos que necessitam de uma maior atenção para verificarmos como podemos ser mais efetivos”, assegurou.
Ao final da reunião, ficou alinhado que os sindicatos vão orientar seus associados a fazerem os ajustes necessários nos processos de manejo e a Sema realizará uma força-tarefa para concluir a análise conforme os pedidos forem ajustados.
Mauren também chamou a atenção dos representantes do setor madeireiro sobre a importância de se buscar dados que demonstrem que o setor de base florestal vem ampliando a sua legalidade e que está trabalhando para afastar a ilegalidade.
“Temos feito um esforço enorme para produzir dados qualitativos para trabalhar a melhoria dos sistemas, para trabalhar a melhoria de legislação. Nos falta, agora, que essas melhorias sejam traduzidas em números para retirarmos dos registros dos sistemas essas falhas que são operacionais e que não representam necessariamente uma ilegalidade”, afirmou.
Conhecidos os vencedores da 2ª etapa do Circuito Nelore de Qualidade

A 2ª etapa do Circuito Nelore de Qualidade, realizada entre os dias 14 e 15 de junho em Pontes e Lacerda, anuncia os vencedores nesta semana.
Roberto Jonas de Macedo, da Fazenda Buriti (Vila Bela da Santíssima Trindade), ficou com a Medalha de Ouro em Melhor Lote de Carcaças de Machos, e Irineu Marcos Parmeggiani, da Fazenda Leticia II (Campos Júlio/MT), recebeu a Medalha de Ouro em Melhor Lote de Carcaças de Fêmeas.
O Circuito é iniciativa da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e tem apoio da Friboi e Matsuda Sementes e Nutrição Animal e, em Pontes e Lacerda, o evento foi correalizado pela Associação dos Criadores de Nelore do Mato Grosso (ACNMT).
“Na etapa de Pontes e Lacerda foram avaliados 970 animais, sendo 608 machos e 362 fêmeas, apresentados por nove pecuaristas. Tivemos animais pesados e com bom acabamento de gordura. Entre os machos, 68,4% tinham até quatro dentes incisivos permanentes (menos de três anos de idade), sendo 44% com até dois dentes (cerca de dois anos de idade). Todos pesaram mais de 18 arrobas, sendo 26,5% com mais de 25 arrobas (média de 23,5 arrobas), e 61% deles apresentaram cobertura de gordura mediana”, destaca o assessor técnico da ACNB, Gustavo Callejon.
Macedo destaca o trabalho feito na Fazenda Buriti para evolução da qualidade do rebanho. “Há mais de 30 anos, nos dedicamos à melhoria do Nelore. Estamos sempre atentos aos acasalamentos, buscando melhoria de carcaça. Temos intensificado ano após ano o acasalamento por Inseminação Artificial (IATF). Hoje, 90% das prenhezes são obtidas por esse processo”.
O CIRCUITO
Promovido desde 1999, o Circuito conta com apoio da Friboi e Matsuda Sementes e Nutrição Animal e cresce a cada ano: em 2021, estão confirmadas 36 etapas. Até o fim do ano, mais de 20 mil animais devem ser avaliados.
O Circuito Nacional de Qualidade é o maior campeonato de avaliação de carcaças de bovinos do mundo.
Produtor rural compra cada vez mais pela internet
A Novozymes BioAg, líder mundial em soluções biológicas para agricultura, efetuou cerca de 95% das vendas de 2021 por meio de plataformas digitais.
Em 2020, desde quando começou a pandemia, a empresa fechou 80% das vendas pela internet. Para oferecer uma experiência de compra ainda melhor ao agricultor, a companhia acaba de lançar uma loja virtual no marketplace Agrofy.
Em poucos cliques, o produtor poderá saber detalhes sobre os produtos, acessar a ficha técnica e até mesmo se comunicar diretamente com o vendedor de maneira simples e rápida.
Segundo o diretor de Operações na América Latina, Maximiliano D’Alessio, o agricultor está migrando para o digital por conta da praticidade. “Entendemos que a venda online é um caminho sem volta também na agricultura e queremos que o nosso cliente tenha o melhor atendimento possível”, diz.
AGU garante concessão e leilão será na quinta-feira

Uma notícia que é muito importante para Mato Grosso, especialmente para a região Médio Norte, será sempre bem noticiada pela equipe da Revista Fator MT. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que conseguiu derrubar ontem (5) a liminar que estava impedindo a realização do leilão de concessão da BR-163 entre Mato Grosso e Pará.
Com a decisão, que foi proferida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), o leilão está confirmado para quinta-feira (8) e deve gerar R$ 1,8 milhão de investimentos. No leilão, serão concedidos à iniciativa privada 970 km do trecho da rodovia entre Sinop e Miritituba/PA.
Antes da decisão favorável obtida pela AGU, o leilão estava suspenso por determinação da Justiça Federal em Altamira (PA), que aceitou pedido feito Ministério Público Federal (MPF) para fosse realizado um plano ambiental da obra, incluindo a consulta aos povos indígenas da região e a análise técnica por indigenistas da Fundação Nacional do Índio (Funai).
A AGU e a consultoria jurídica do Ministério da Infraestrutura afirmaram ao TRF1 que a decisão colocou em risco a ordem econômica. Além disso, o Governo Federal argumentou que as condicionantes ambientais foram inseridas no contrato de concessão.
Preço do leite pago ao produtor sobe e atinge patamar recorde

Em junho, o preço médio do leite captado no mês anterior apresentou uma nova máxima na série histórica do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), sendo cotado a R$ 1,87 por litro, em valores nominais.
Além do período de oferta restrita no campo, o custo de produção vem crescendo gradativamente, o que por consequência desestimula a produção de leite e impulsiona os preços no estado.
O preço do leite pago ao produtor atinge seu patamar máximo no período entressafra (entre abril e setembro), o que mostra a influência desse intervalo para o setor.
Entretanto, vale destacar que, em 2020, a demanda estava bem aquecida, e o período de cheias (iniciado em outubro), apresentou um volume menor de precipitação, o que reduziu a produtividade nas propriedades leiteiras e alavancou o preço do leite.
Produtores em Gaúcha do Norte se preparam para colher gergelim

Pequenos produtores do Projeto de Assentamento (PA) Nova Aliança, em Gaúcha do Norte, tem apostado na cultura do gergelim. Cerca de 28 hectares estão destinados ao grão nesta safra e devem receber os trabalhos finais de colheita já nos próximos dias.
A produção faz parte de um projeto piloto implantado na localidade em 2021 com o incentivo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) e da LC Sementes, empresa responsável pela compra de toda produção e com sementes disponibilizadas pela Embrapa.
Em fevereiro, as primeiras sementes foram lançadas ao chão, com boa germinação e desenvolvimento em boa parte das propriedades. Há cerca de um mês, as plantas foram cortadas e amontoadas e agora aguardam a fase final da colheita.
“Quando começou a amarelar as primeiras vagens, cortamos toda a produção e colocamos em montes, onde ficam entre 35 e 45 dias em processo de secagem, assim, o produto perde toda a humidade. Nos próximos dias já vamos bater, peneirar e ensacar nossa produção”, disse a produtora Eliane Ferreira Neto, que destinou 1,5 hectare para a cultura.
Com mão de obra familiar ou mutirão entre os pequenos produtores, a produtora apontou muita dificuldade no início. “Foi bem difícil no início, muitos aqui não tem recurso próprio, não consegue financiamento devido a documentação da terra junto ao INCRA ainda não estar liberada, então fomos levando com as próprias pernas, com muita dificuldade. Mas, estou animada com a cultura e não vou parar, muito pelo contrário, quero produzir cada vez mais”, disse a produtora.
A produção do Assentamento já está com a venda garantida. Os contratos de compra e venda foram firmados antes mesmo do plantio. A empresa LC Sementes é certificada pelo Ministério da Agricultura e vai comprar toda a produção e efetuar os pagamentos à vista. Segundo o proprietário da empresa, Leandro Loder, o projeto visa produzir uma semente com maior qualidade.
Os produtores aguardam ansiosos finalizar os trabalhos no campo e efetivar a venda e recebimento da produção. “Para nós é muito mais que uma cultura, é uma oportunidade para melhorarmos a nossa qualidade de vida e termos condições de investir na nossa propriedade para as próximas safras”, finalizou Eliane.
Exportação de milho deve despencar em comparação com julho/2020

As exportações brasileiras de milho devem atingir 2,37 milhões de toneladas em julho, uma expressiva queda ante 5,1 milhões de toneladas do mesmo mês de 2020, o primeiro com entrada mais significativa do cereal da segunda safra, mostraram dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) nesta terça-feira.
O resultado vem na esteira de um atraso na "safrinha" e quebra na produção de milho motivada por seca e geadas em alguns dos principais Estados produtores.
Apesar do recuo na comparação anual, os embarques do cereal em julho vão disparar ante junho, quando somaram apenas cerca de 90 mil toneladas.
Para a soja, a Anec projeta embarques de 7,64 milhões de toneladas, o que também representa queda ante os 8,03 milhões de um ano antes, após grande parte da oleaginosa já ter sido exportada. Em junho, as exportações da oleaginosa fecharam em 10,1 milhões de toneladas.
Os números da Anec vieram próximos dos apontados para julho por reportagem da Reuters na última semana, com base na programação de navios. A entidade também estima embarques de 1,62 milhão de toneladas de farelo de soja, ante 1,7 milhão em julho de 2020.
Governo inclui dois trechos de ferrovia no PPI; MT de olho

O presidente Jair Bolsonaro publicou no Diário Oficial da União de hoje (9) decreto que qualifica dois trechos da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
A ferrovia terá um total de 1.527 km de trilhos, ligando o Porto de Ilhéus/BA a Figueirópolis/TO, onde se conectará com a Ferrovia Norte-Sul e o restante do país.
O primeiro trecho da ferrovia, de 537 km, ligando as cidades baianas de Ilhéus e Caetité, foi leiloado em abril, tendo como vencedora do certame a empresa Bahia Mineração (Bamin).
A expectativa é de que esse trecho comece a operar em 2025, transportando mais de 18 milhões de toneladas de carga, em especial grãos e principalmente minério de ferro produzido na região de Caetité.
Apesar de tais decretos não abrangerem Mato Grosso, o estado fica de olho por conta das futuras conexões, especialmente a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO) e o prolongamento da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, que vai de Rondonópolis a Santos, podendo se estender a Cuiabá e outras regiões.
Juara: Circuito Nelore de Qualidade terá avaliação de quase 600 animais

Juara sedia a 7ª etapa do Circuito Nelore de Qualidade 2021, entre hoje (12) e amanhã (13). Serão avaliados 549 animais nesta etapa, a quinta somente em Mato Grosso: 271 machos e 278 novilhas foram inscritos e terão as carcaças avaliadas.
A iniciativa é da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e correalização da Associação dos Criadores de Nelore do Mato Grosso (ACNMT), com apoio de Friboi e Matsuda Sementes e Nutrição Animal.
“O Circuito está indo muito bem. Estamos animados para as próximas etapas. Mesmo com os obstáculos da pandemia, os pecuaristas mostram o seu valor, fornecendo animais de grande qualidade. Como Mato Grosso é um dos principais estados da pecuária, temos ótima expectativa para Juara, município que colabora para que o estado esteja sempre bem representado na produção de animais”, destaca o assessor técnico da ACNB, Gustavo Callejon.
Após Juara, o Circuito Nelore de Qualidade passará por mais 28 cidades ainda este ano, entre elas Diamantino, Água Boa, Confresa, Barra do Garças e Pedra Preta em Mato Grosso.
O presidente da ACNMT, Aldo Rezende Telles destaca que a realização do Circuito valoriza o desempenho de Juara, que tem rebanho de um milhão de cabeças. “Tivemos crescimento em mais de 70% do rebanho de Juara nos últimos 20 anos. Neste momento de pandemia, a realização do Circuito é de extrema importância para continuar fomentando a pecuária e, com isso, agregar retorno econômico aos produtores e à economia local”.
Neste ano, o Circuito Nelore de Qualidade conta com mais um campeonato nacional: “Melhores Lotes de Carcaças de Animais com Pai Identificado”, com a participação de progênies de touros identificados. Trata-se de mais uma oportunidade para comprovar a qualidade da genética selecionada.
Outra novidade é a Medalha Ouro Branco, que valoriza os lotes de fêmeas com até quatro dentes incisivos permanentes (d.i.p.) e machos castrados com até dois d.i.p., com cobertura de gordura na carcaça mediana ou uniforme e peso de carcaça quente entre 16 e 25 arrobas.
Confira o calendário completo e outras informações sobre o regulamento do Circuito no site da ACNB: www.nelore.org.br/CircuitoNelore.
Ataques de cigarrinha aumentam e produtores temem não cumprir contratos de venda do milho

Diante do avanço da cigarrinha do milho nas lavouras em Mato Grosso, o clima seco, o excesso de plantas voluntárias no campo e o aumento do cultivo de milho verão, são apontados como principais fatores para a proliferação e migração da praga no estado.
Os agricultores cogitam a necessidade de uma regulamentação no cereal para tentar evitar a chamada ‘ponte verde’ da praga no campo.
O produtor Silvésio de Oliveira deu início à colheita dos 1.350 hectares de milho segunda safra, na propriedade localizada em Tapurah. A falta de chuva comprometeu o desenvolvimento da plantação semeada fora da janela, e a estimativa é de quebra de 30% na produtividade final.
Outra preocupação do agricultor é a infestação da cigarrinha no campo. Oliveira conseguiu controlar o ataque no milharal, mas o problema foi conter a migração dos insetos, que causaram danos nos 150 hectares de pastagens da fazenda.
“A praga está se multiplicando em quantidade muito grande na pastagem, inclusive estamos pulverizando. Surgiu do milho no final do ciclo, e agora está se reproduzindo na pastagem, um dano mais lento em relação à cigarrinha da pastagem. A grande preocupação nem é tanto com a pastagem, mas sim com a próxima safra de milho, conta Oliveira.
O processo migratório da praga nas propriedades causa dúvidas e deixa os agricultores da região apreensivos.
“O assusta é a quantidade desse bicho no campo, em todos os lugares, na mata, na lavoura. Ele pode chegar inclusive na soja, porque a soja tem a flor, e o que a gente está observando aqui, é que esse bicho ataca a flor, porque na flor do milho tinha mais ataque no pendão, justamente onde tinha a flor”, relata o presidente do sindicato rural de Tapurah, Dirceu Luiz Dezem.
O pesquisador da Embrapa, Rafael Pitta, explica que essa espécie de cigarrinha só consegue se reproduzir no milho. Mesmo assim, a infestação da praga no campo este ano aumenta a chance de disseminação de doenças e requer atenção redobrada no manejo de plantas hospedeiras.
“Por ser uma espécie que tem um hábito alimentar mais restrito ela é menos complexa para manejar, então se a gente tiver um período mais restrito da presença do hospedeiro, naturalmente a presença dela vai declinar e quando tivermos a próxima safra essa população será ainda menor”, diz Pitta.
Ministro rebate críticas de ativistas: ‘mente quem fala que a Ferrogrão vai devastar floresta’

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, rebateu as críticas feitas à Ferrogrão, projeto capitaneado por gigantes do agronegócio para ligar Mato Grosso às hidrovias da Amazônia.
Ele afirmou que ativistas ambientais que se opõem à proposta não conhecem a região nem os estudos. “A gente tem que separar o que é ideologia, interesse comercial e o que é de fato visão de proteção ao meio ambiente. Tenho certeza absoluta que nenhum desses ativistas percorreu a BR-163 ou conhece com profundidade o projeto da Ferrogrão. Quem fala que vai devastar floresta ou acabar com meio ambiente está mentindo”, afirmou.
Uma delegação internacional de ativistas e políticos de esquerda deve desembarcar no Brasil no dia 15 de agosto para pressionar contra a construção da Ferrogrão. A comitiva é ligada à Internacional Progressista, entidade criada no ano passado pelo senador americano Bernie Sander e pelo ex-ministro das Finanças da Grécia, Yanis Varoufakis, e que reúne políticos, ativistas e celebridades de diferentes países.
A ideia da ferrovia, a linha que ligará Sinop ao Porto de Miritituba/PA, foi lançada há pelo menos sete anos pela iniciativa privada e é de interesse de multinacionais como ADM, Cargill e Amaggi.
O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu em maio o projeto ao apontar pontos inconstitucionais no modal.
De acordo com Tarcísio, a Ferrogrão usará a faixa de domínio da BR-163 e funcionará como uma barreira à pressão fundiária ao limitar a abertura de ramais rodoviários em região de floresta.
Defende ainda que Mato Grosso precisa de diferentes empreendimentos para o escoamento da sua produção agrícola e que pensar apenas na duplicação da rodovia não seria ambientalmente sustentável e quem defende isso “não entende nada de sustentabilidade”.
“Quem fala que vai devastar floresta e acabar com o meio ambiente está mentindo. Falo como quem conhece a realidade da região, tenho certeza que esses ativistas nunca colocaram os pés lá. Essa é a minha diferença pra eles”, completou.
Exportação de algodão aumenta 47% nos primeiros seis meses do ano

Mato Grosso vendeu mais de 1,1 milhão tonelada de algodão nos primeiros seis meses de 2021. O volume é 47% maior que o comercializado no mesmo período do ano passado.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior, divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Dentre os estados exportadores, Mato Grosso se manteve no ranking como o 5º maior estado exportador, assim como em 2020. As exportações mato-grossense representam 9,3% do total das exportações brasileiras em 2021.
O principal cliente é a China, responsável por comprar 24% do total vendido para outros países. A receita também foi mais alta.
Três produtos concentraram 97% das exportações de 2021 do estado para a China: soja (83,2%); carnes bovinas congeladas (8,2%); e algodão (6,4%).
Em 2021, a Turquia foi o segundo maior destino das exportações de Mato Grosso, com a soja representando 72,3% do total das vendas para esse país.
Sobe o custo de frete marítimo a granel

Quem trabalha com Comex ou com Shipping têm reparado que nos últimos meses o mercado tem sofrido com impactos de falta de containers, aumento drástico dos fretes marítimos aliado a uma grande redução do período de free time.
O frete marítimo de um container de 40ft da Ásia para o Estados Unidos da América bateu máxima histórica recentemente.
Segundo Larry Carvalho, advogado e árbitro em litígios e ênfase em transporte marítimo, isso está acontecendo porque o Shipping encontrou um bom momento na pandemia.
Durante o lockdown (março-junho) as atividades econômicas globais foram drasticamente reduzidas. Consequentemente, os portos se viram com mão de obra reduzida para movimentação de contêineres.
Muitas empresas deixaram contêineres parados nos portos, seja porque estavam fechadas e não tinham como receber, ou então, porque simplesmente não possuíam recursos financeiros para pagar impostos e nacionalizar.
Por outro lado, tivemos uma grande redução na quantidade de contêineres sendo transportados.
“Portanto, assim como foi feito no setor aéreo, os transportadores marítimos suspenderam linhas deficitárias e aproveitaram para antecipar docagens obrigatórias das embarcações. Consequentemente, reduzindo a quantidade de navios contêineres em atividade”, aponta.
Desde julho as atividades econômicas vêm aumentando progressivamente, principalmente na China, que como foi a primeira afetada, conseguiu controlar e retornar a recuperação econômica antes dos outros países.
Indea ganha reforço de entidades em ações de defesa sanitária na fronteira
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) ganhou reforço de mais de 10 parceiros, que vão atuar de forma integrada na fronteira com a Bolívia. O objetivo é alcançar maior efetividade das ações de defesa sanitária na região.
O grupo composto por representantes do Indea-MT, Exército Brasileiro, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Polícia Federal, Polícia Militar, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), prefeituras municipais, Receita Federal, câmara municipal e sindicatos rurais da região irá elaborar uma agenda de compromissos para desenvolver as atividades de maneira coordenada.
Dentre os procedimentos previstos estão a fiscalização do trânsito, apreensão/eliminação de animais contrabandeados, vigilância veterinária, comunicação/cooperação entre instituições, harmonização dos serviços veterinários Brasil/Bolívia e regularização das movimentações.
Todas as entidades estão cientes dos requisitos relativos ao trânsito de bovinos, importação/exportação e os riscos que o contrabando ou descaminho pode ocasionar, desde a introdução de pragas e doenças, até a perda de certificação sanitária e mercados importadores.
Além da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia estender-se por 780 km, e desse total, 480 km estarem em áreas de proteção como rios, serras e outras barreiras naturais.
Há uma alta densidade de criações de bovinos em ambos os países. Atualmente, a população de bovinos e bubalinos em Mato Grosso chega a 31.989.823 cabeças.
O estado detém o maior Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) do país, segundo o Ministério da Agricultura: R$ 190 bilhões em julho/2021, correspondente a 17,3% do total produzido no Brasil.
Indea ganha reforço de entidades em ações de defesa sanitária na fronteira
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) ganhou reforço de mais de 10 parceiros, que vão atuar de forma integrada na fronteira com a Bolívia. O objetivo é alcançar maior efetividade das ações de defesa sanitária na região.
O grupo composto por representantes do Indea-MT, Exército Brasileiro, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Polícia Federal, Polícia Militar, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), prefeituras municipais, Receita Federal, câmara municipal e sindicatos rurais da região irá elaborar uma agenda de compromissos para desenvolver as atividades de maneira coordenada.
Dentre os procedimentos previstos estão a fiscalização do trânsito, apreensão/eliminação de animais contrabandeados, vigilância veterinária, comunicação/cooperação entre instituições, harmonização dos serviços veterinários Brasil/Bolívia e regularização das movimentações.
Todas as entidades estão cientes dos requisitos relativos ao trânsito de bovinos, importação/exportação e os riscos que o contrabando ou descaminho pode ocasionar, desde a introdução de pragas e doenças, até a perda de certificação sanitária e mercados importadores.
Além da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia estender-se por 780 km, e desse total, 480 km estarem em áreas de proteção como rios, serras e outras barreiras naturais.
Há uma alta densidade de criações de bovinos em ambos os países. Atualmente, a população de bovinos e bubalinos em Mato Grosso chega a 31.989.823 cabeças.
O estado detém o maior Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) do país, segundo o Ministério da Agricultura: R$ 190 bilhões em julho/2021, correspondente a 17,3% do total produzido no Brasil.
Indea ganha reforço de entidades em ações de defesa sanitária na fronteira
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) ganhou reforço de mais de 10 parceiros, que vão atuar de forma integrada na fronteira com a Bolívia. O objetivo é alcançar maior efetividade das ações de defesa sanitária na região.
O grupo composto por representantes do Indea-MT, Exército Brasileiro, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Polícia Federal, Polícia Militar, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), prefeituras municipais, Receita Federal, câmara municipal e sindicatos rurais da região irá elaborar uma agenda de compromissos para desenvolver as atividades de maneira coordenada.
Dentre os procedimentos previstos estão a fiscalização do trânsito, apreensão/eliminação de animais contrabandeados, vigilância veterinária, comunicação/cooperação entre instituições, harmonização dos serviços veterinários Brasil/Bolívia e regularização das movimentações.
Todas as entidades estão cientes dos requisitos relativos ao trânsito de bovinos, importação/exportação e os riscos que o contrabando ou descaminho pode ocasionar, desde a introdução de pragas e doenças, até a perda de certificação sanitária e mercados importadores.
Além da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia estender-se por 780 km, e desse total, 480 km estarem em áreas de proteção como rios, serras e outras barreiras naturais.
Há uma alta densidade de criações de bovinos em ambos os países. Atualmente, a população de bovinos e bubalinos em Mato Grosso chega a 31.989.823 cabeças.
O estado detém o maior Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) do país, segundo o Ministério da Agricultura: R$ 190 bilhões em julho/2021, correspondente a 17,3% do total produzido no Brasil.
Indea ganha reforço de entidades em ações de defesa sanitária na fronteira
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) ganhou reforço de mais de 10 parceiros, que vão atuar de forma integrada na fronteira com a Bolívia. O objetivo é alcançar maior efetividade das ações de defesa sanitária na região.
O grupo composto por representantes do Indea-MT, Exército Brasileiro, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Polícia Federal, Polícia Militar, Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron), prefeituras municipais, Receita Federal, câmara municipal e sindicatos rurais da região irá elaborar uma agenda de compromissos para desenvolver as atividades de maneira coordenada.
Dentre os procedimentos previstos estão a fiscalização do trânsito, apreensão/eliminação de animais contrabandeados, vigilância veterinária, comunicação/cooperação entre instituições, harmonização dos serviços veterinários Brasil/Bolívia e regularização das movimentações.
Todas as entidades estão cientes dos requisitos relativos ao trânsito de bovinos, importação/exportação e os riscos que o contrabando ou descaminho pode ocasionar, desde a introdução de pragas e doenças, até a perda de certificação sanitária e mercados importadores.
Além da fronteira de Mato Grosso com a Bolívia estender-se por 780 km, e desse total, 480 km estarem em áreas de proteção como rios, serras e outras barreiras naturais.
Há uma alta densidade de criações de bovinos em ambos os países. Atualmente, a população de bovinos e bubalinos em Mato Grosso chega a 31.989.823 cabeças.
O estado detém o maior Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) do país, segundo o Ministério da Agricultura: R$ 190 bilhões em julho/2021, correspondente a 17,3% do total produzido no Brasil.
BNDES suspende financiamentos do Programa de Construção de Armazéns

A área de operações e canais digitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou circular no início da semana informando que foram suspensos os protocolos de pedidos de financiamento no âmbito do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), para operações com taxa de juros prefixada de até 7% ao ano.
A justificativa expressa na circular é de que o nível de recursos disponíveis ao programa para o ano agrícola 2021/2022, iniciado em 1º de julho, já estaria comprometido.
Tratamento de sementes com bons insumos potencializa lavouras

O Brasil caminha para um novo recorde na agricultura e, desta vez, com a cultura de soja. A safra 2021/2022 deve atingir 135,9 milhões de toneladas, segundo 10º levantamento do boletim de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Para manter os níveis altos de qualidade e produtividade, o tratamento de sementes é imprescindível, protegendo a cultura contra pragas e doenças já no estádio inicial de desenvolvimento, o que permite o melhor crescimento e estabelecimento da planta.
O gerente de marketing de grandes culturas da Ourofino Agrociência, Lenisson Carvalho, pontua que a prática ganha cada vez mais força com a melhoria de estrutura e maquinários e a adoção do Tratamento de Sementes Industrial (TSI), que visam o melhor recobrimento e distribuição do produto, secagem mais rápida e menor dano à semente, tornando o processo mais dinâmico e preciso.
Quem ressalta a importância do TSI é Kleber Sosnoski, diretor de produção da Sementes Eliane, empresa que realiza o tratamento industrial de sementes e é parceira da Ourofino Agrociência.
“O objetivo é que nossos campos tenham uniformidade e maturidade para proporcionar aos produtores o máximo de potencial genético, de vigor e germinação das nossas sementes.”
O investimento em práticas de manejo e a incorporação de novas tecnologias, principalmente no mercado de sementes de soja, com foco no desenvolvimento de cultivares e do avanço da biotecnologia, proporcionam ao setor ganhos exponenciais. Realizado em diferentes épocas do ano, acompanhando o período de plantio das culturas, o tratamento de sementes é um grande aliado ao Manejo Integrado de Pragas (MIP), pois auxilia o estabelecimento inicial da lavoura.
Ele protege as culturas de pragas como lagartas, percevejos, coleópteros desfolhadores e mosca-branca, bem como atua no manejo de doenças e, em alguns casos, no controle inicial de nematoides.
No estágio inicial, quando não controladas, as pragas e doenças causam a mortalidade das plantas, reduzindo stand e produtividade das lavouras. Por isso, a escolha de produtos adequados para a técnica é mais um fator fundamental no campo.
Colheita do milho ‘safrinha’ supera 80% da área em MT, diz Imea

A colheita de milho segunda safra 2020/21 alcançou 84,2% da área em Mato Grosso, avanço de 11,4 pontos percentuais no comparativo semanal, mas com atraso em relação a anos anteriores, informou o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Em igual momento da temporada passada, os trabalhos atingiam 93,55% da área, enquanto a média histórica para o período é de 90,77%. O atraso na “safrinha” atual vem na esteira de um plantio tardio e problemas climáticos.
ALGODÃO
Para o algodão, o Imea informou que a colheita chegou a 23,03% da área, avanço de 5,89 pontos percentuais na semana, também atrasado no comparativo anual. Na mesma época de 2019/20, 39,8% das áreas da pluma estavam colhidas. Ainda segundo o instituto, a média histórica para o período é de 31,58%.
Boas perspectivas para a soja impulsionam a área plantada

Foi registrado um aumento de 0,27% na área de soja em relação ao levantamento anterior, o que corresponde a aproximadamente 29.270 hectares. Com isso, a produção foi ajustada para 37,41 milhões de toneladas.
Destaca-se a região Nordeste, que registrou o maior aumento de área (1,02%) no comparativo entre estimativas. Já no comparativo anual, houve um acréscimo de 3,59% da área total em relação à safra 2020/21 de Mato Grosso.
Essa estimativa de elevação na área se deve à aproximação da temporada de plantio do grão e às perspectivas favoráveis para a oleaginosa, além de que a demanda, em nível mundial, continua estável.
Porém, é importante considerar que as condições climáticas próximas ao plantio serão decisivas para a concretização das projeções e para um possível aumento dos números.
Falta de peças provoca queda na produção de veículos em julho

A produção de veículos se retraiu 4,2% em julho na comparação com o mesmo mês de 2020. Segundo balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram fabricadas 163,6 mil em julho, enquanto no mesmo mês do ano passado a produção ficou em 170,7 mil veículos.
O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, atribuiu a queda na produção, que já vinha acontecendo em junho, à interrupção das linhas de montagem em várias fábricas pela falta de componentes, especialmente os semicondutores.
“Várias fábricas parando por semanas ou dias têm impactado de forma bem forte”, disse durante a apresentação dos dados.
Os semicondutores são materiais usados nas partes eletrônicas dos veículos. Esse tipo de material enfrenta uma crise mundial de demanda a partir da queda de fabricação ocasionada pela pandemia.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, no entanto, a produção de veículos registra alta de 45,8% em relação ao período de janeiro a julho de 2020, com a montagem de 1,3 milhão de unidades.
Preço do boi magro recua 2,1% em Mato Grosso, diz Imea

Com entrada do período de entressafra, o pecuarista que atua no sistema de cria ou recria-engorda geralmente começa a realizar um maior número de negócios com os animais de reposição para evitar o dispêndio elevado com os insumos na seca.
No entanto, segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), tendo em vista que a procura por essas categorias foi menor neste período, já que parte dos produtores as adquiriram com antecedência para a engorda, os preços começaram a recuar em julho.
Em números, a cotação média para os animais como o boi magro, garrote e bezerro de ano apresentou recuo de 2,1%, 3,4% e 1,8%, respectivamente, no comparativo entre julho/21 e junho/21, e ficaram cotados na média de R$ 4.127,86, R$ 3.657,62 e R$ 3.115,31, na mesma ordem.
Para o curto prazo, espera-se que as cotações continuem sendo pressionadas, até que o período das águas se aproxime e limite a oferta desses animais.
Chuvas devem iniciar na primeira quinzena de setembro

Durante 1º Simpósio Técnico Aprosoja, realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) nesta semana, o meteorologista, professor e pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Luiz Carlos Molion, afirmou que a previsão é de excesso de chuva para safra 2021/22.
“Em Mato Grosso, especialmente entre outubro a dezembro, o volume de chuva estará em torno de 700 a 750 milímetros no acumulado. O clima deve ser muito propício”, destacou.
O pesquisador explicou ainda, que a média de água para uma boa safra é cerca de 600 milímetros. “A minha preocupação é que se chover muito, quando for janeiro a março de 2022, pode atrasar a colheita e prejudicar a safrinha. Se chover muito no primeiro trimestre do ano que vem pode prejudicar a colheita, mas chuva posso garantir que não vai faltar”, declarou Molion.
De acordo com meteorologista, os mapas avaliados este mês mostram que o oceano Atlântico está aquecido e ele é uma grande fonte de umidade concentrada que pode ser convertida em chuva em Mato Grosso e na Amazônia como um todo.
De acordo com a engenheira agrônoma e gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja-MT, Jerusa Rech, os produtores do Estado estão prestes a iniciar a próxima safra a partir do dia 16 de setembro, com o fim do Vazio Sanitário. E liberados para plantar é que entram os desafios da cultura de soja e milho. “O professor Molion já faz parte do nosso cenário, esta já é a quarta vez que ele trabalha conosco pra falar sobre as perspectivas climáticas para o início da safra. Ele tem sido muito assertivo em suas colocações, o que traz mais segurança ao produtor rural para ele tenha uma ideia de como conduzir o plantio da soja e do milho”, disse Jerusa.
A agrônoma disse também que, todas essas temáticas são debatidas no Simpósio Técnico Aprosoja, principalmente as que envolvem as condições climáticas. “No decorrer da safra o clima afeta diretamente a questão de pragas e ocorrências de doenças, que são fatores determinantes para uma boa condução no plantio”.
Custos de produção de suínos e frangos sobem 50% em 12 meses

Os custos de produção de frangos de corte e de suínos registraram novo aumento durante o mês de julho, segundo os estudos publicados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (Cias).
Tanto o ICPFrango quanto o ICPSuíno ultrapassaram a barreira dos 400 pontos, chegando aos 400,79 e 406,41 pontos, respectivamente.
Em julho, o ICPFrango aumentou 0,42%, apesar da queda de 0,77% no valor de aquisição dos pintainhos de um dia, um dos itens que compõem o valor total dos custos de produção das aves.
Agora, o ICPFrango acumula alta de 18,97% somente em 2021 e de 50,72% nos últimos 12 meses.
Já o ICPSuíno registrou uma alta de 4,15%, influenciado principalmente pelas despesas operacionais com a alimentação (3,93%). No ano de 2021, o ICPSuíno registra alta de 8,33%.
Indea lança campanha de boas práticas de uso de produtos veterinários

O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) lançou nesta semana a campanha de boas práticas para uso de produtos veterinários no Estado. A iniciativa visa proteger a saúde animal, humana e o meio ambiente.
A campanha será realizada por meio de ações educativas e entrega de materiais didáticos, que serão distribuídos em todas as unidades da autarquia no Estado. As atividades têm como referência a educação sanitária, comunicação e a fiscalização de produtos veterinários por intermédio do Projeto Saúde e Bem-Estar Únicos.
Cada unidade de execução irá conduzir a campanha no município por ela atendido, o material deverá ser utilizado em ações educativas e de comunicação junto aos pecuaristas e suas organizações.
Bem como, nas revendas de produtos veterinários, colegiados existentes (comitês, conselhos), Prefeituras, Câmaras, promotores de eventos agropecuários, escolas, faculdades, universidades, entre outros.
O material orientativo tem como base o livro eletrônico “Diálogos Para Boas Práticas no Uso de Produtos Veterinários Na Produção Animal”, da Comissão de Educação Sanitária no Estado de São Paulo (CES/SFASP/MAPA), coordenada pela SFA-SP/MAPA.
Entretanto, o material foi elaborado por uma equipe multidisciplinar composta por professores, pesquisadores e profissionais de diversas instituições nacionais. Também foram realizadas reuniões de apoio com representantes do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e com a CES/SFA-SP.
Para mais informações entre em contato com o Indea-MT pelo telefone (65)3613-6047 e e-mail educacao@indea.mt.gov.br.
BB anuncia recursos de R$ 10,5 bi para financiamento rural

O Banco do Brasil anunciou nesta terça (24) recursos adicionais de R$ 10,5 bilhões que serão destinados para financiamentos rurais. O anúncio aconteceu em evento realizado no Palácio do Planalto.
Durante o evento, o Banco do Brasil lançou o Programa BB Investimentos Agro, com volume total de R$ 8,5 bilhões. Os recursos deverão apoiar a ampliação da tecnologia, da sustentabilidade e da infraestrutura no campo.
Pelo Programa, R$ 5,5 bilhões serão destinados para financiamentos de energia renovável, irrigação, produção integrada, recuperação de pastagem, máquinas e equipamentos.
Para a armazenagem, foram disponibilizados R$ 2 bilhões com o objetivo de financiar a modernização e aquisição de silos e armazéns e mais R$ 1 bilhão para atender pequenos e médios produtores com o BB Consórcio Armazenagem.
GEADAS
Além dos recursos para investimentos, o Banco do Brasil anunciou recurso de R$ 2 bilhões que serão destinados a produtores que tiveram perdas com as geadas, especialmente nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Segundo o banco, o volume financiará a recuperação de cafezais danificados e a renovação de lavouras afetadas.
Especialistas recomendam redobrar cuidados nas criações de caprinos e ovinos

A pandemia tem exigido mudanças de comportamento também nas propriedades criadoras de caprinos e ovinos. Porém, poucos criadores do semiárido brasileiro têm se preocupado com as boas práticas, conforme notou um grupo de pesquisadores da Embrapa que está auxiliando e incentivando essa adoção no âmbito do Programa AgroNordeste.
Entre as recomendações preconizadas está a restrição de acesso ao rebanho de pessoas não relacionadas à criação; a proteção das instalações para evitar invasões de animais externos; a separação do rebanho por faixa etária; a limpeza das instalações com produtos adequados e várias outras.
De acordo com os pesquisadores que têm visitado as propriedades, observa-se poucas mudanças em relação ao manejo dos animais e ao comportamento doméstico.
“Não percebemos muitas alterações. Muitos manejadores não usam máscara e nem fazem a limpeza e higienização das mãos. Apenas procuram evitar aglomeração de pessoas nas instalações dos animais”, afirma Selmo Fernandes Alves, pesquisador da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE).
Rizaldo Pinheiro, também pesquisador da Empresa, explica que até o momento não existem relatos na literatura sobre contaminação de pequenos ruminantes com o vírus SARS-CoV-2. “Entretanto, não é aconselhado que pessoas com o vírus ou apresentando sintomas da Covid-19 trabalhem com os animais”, ressalta.
Ele afirma que algumas medidas sanitárias são necessárias não apenas para a proteção das pessoas em relação à Covid-19, mas também para a proteção dos animais e dos manejadores contra diversas enfermidades, chamadas zoonoses, que podem ser transmitidas dos animais para os humanos.
Entre elas estão tuberculose, brucelose, raiva, febre aftosa, linfadenite caseosa, ectima contagioso, entre outras. As três primeiras podem representar risco à vida humana.
Para tentar conter crimes no campo, sindicatos oferecem até recompensa

Em Mato Grosso, o aumento de crimes no campo, como roubos e furtos, causa insegurança e muda a rotina dentro das propriedades rurais do estado. Alguns municípios adotaram como medida de intimidar as ações criminosas o pagamento de recompensa ao informante.
Em Canarana, foram dois registros de furtos: uma plataforma de 13 metros de largura de 24 linhas e 100 toneladas de adubo. Na semana seguinte, em Querência, mais uma ocorrência com as mesmas características. São casos frequentes, que aumentam a insegurança na região.
“Realmente, a gente não dorme muito bem à noite, não. Tem que ficar com um olho aberto e outro fechado, e isso está nos causando muito transtorno. Tivemos que instalar câmeras na propriedade e investir para melhorar o sinal da internet. A gente toma algumas precauções à noite porque, se realmente alguém invadir, você ter uma maneira de se esconder ou avisar a polícia”, diz o diretor executivo da Federação da Agricultura e Pecuária do estado, Marcos da Rosa.
O diretor da Aprosoja-MT, Valmor Scariote, relata a ação violenta de criminosos da região. “Antes a gente colocava câmeras e alarme na casa dos defensivos e nos depósitos. Mas hoje o que a gente observa são drones sobrevoando algumas propriedades à noite, o que é muito preocupante. Sem falar do fato de eles estarem sequestrando as pessoas, fazendo reféns. Quando se sai ileso sem perder a vida, a gente agradece”, conta.
O aumento de crimes no campo na região motivou o sindicato rural de Canarana a criar um disque p-denúncia. Dessa forma, tenta-se estimular que sejam passadas informações sobre ladrões em áreas rurais.
“Estamos ofertando R$ 5 mil de prêmio para quem ligar e denunciar, ou der qualquer paradeiro, seja do criminoso ou da mercadoria. A informação tem que ser quente e precisa, a identidade dessa pessoa será mantida em sigilo. Será feita a filtragem da denúncia e repassada à Polícia Civil. Vale para qualquer crime que aconteça na área rural, seja roubo de gado, de maquinários, defensivos ou implementos”, destaca o presidente do sindicato rural de Canarana, Alex Wish.
O Sindicato Rural de Sorriso adota o programa de denúncias de crimes rurais desde 2019. As retribuições por denúncia têm amparo na lei estadual 11.078 de 2020, embasada na federal 13.608 de 2019, que trata sobre o pagamento de recompensa por informações que ajudem os órgãos de segurança estaduais nas investigações criminais.
“É um bom caminho até para a polícia investigar. É claro que as autoridades têm sido ágeis e atentas, mas esse tipo de programa pode ajudar em uma maior rapidez na investigação para que a polícia chegue em quem está fazendo os roubos e até a quem está recebendo as mercadorias furtadas”, diz Marcos da Rosa.
OUTRAS AÇÕES
O projeto monitor de disk denúncia da Aprosoja-MT e a patrulha rural de iniciativa da Famato são outras duas ações conjuntas entre o setor produtivo do estado e a Secretaria de Segurança Pública para ajudar a inteligência da polícia a trabalhar mais assertivamente no combate aos crimes no campo.
“O objetivo é cada vez mais padronizar e evoluir com esse tipo de policiamento, com intuito de aproximar o cidadão de bem, o cidadão do campo da polícia militar e inserir essa população rural na segurança pública”, afirma o tenente-coronel da Polícia Militar de Mato Grosso Gleber Cândido.
A Aprosoja-MT disponibiliza um número de celular para que os produtores possam enviar denúncias de crimes no campo via mensagem de texto (SMS) ou WhatsApp, (65) 99811-2033. O telefone do disk denúncia de Canarana é (66) 99227-0369.
Exportação de carne bovina atinge 181,6 mil toneladas em agosto

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,031 bilhão em agosto (22 dias úteis), com média diária de US$ 46,884 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 81,605 mil toneladas, com média diária de 8,254 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.679,70.
Em relação a agosto de 2020, houve ganho de 50,52% no valor médio diário da exportação, alta de 6,21% na quantidade média diária exportada e valorização de 41,73% no preço médio.
Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Casos de mal da vaca louca não são risco à produção bovina, diz OIE

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu que os dois casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como o mal da vaca louca, detectados em frigoríficos de Minas Gerais e de Mato Grosso, não representam risco para a cadeia de produção bovina.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os informes foram apresentados pelo Serviço Veterinário Oficial do Brasil.
Os casos ocorreram de forma independente e isolada e foram confirmados pelo laboratório de referência internacional da OIE, localizado no Canadá, na última sexta (3).
De acordo com o ministério, "o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos".
OS CASOS
Dois casos atípicos de mal da vaca louca foram identificados em frigoríficos de Nova Canaã do Norte e de Belo Horizonte. A confirmação foi pelo laboratório de referência da OIE, em Alberta, no Canadá.
Os dois casos atípicos, um em cada estabelecimento, foram detectados durante a inspeção realizada antes do abate dos animais. “Trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito [deitadas] nos currais”, explicou o Ministério da Agricultura, por meio de nota.
No sábado (4), a pasta confirmou que os casos estavam sendo investigados e, por protocolo, anunciou que as exportações de carne bovina para a China estavam suspensas. A medida ficará em vigor até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos.
O país asiático é o principal destino da carne brasileira, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). No mês de julho foram exportadas 91.144 toneladas do produto, crescimento de 11,2% em relação ao mesmo mês de 2020, com alta de 19,1% nas receitas, somando US$ 525,5 milhões.
No acumulado de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo período de 2020.
Síntese Agro Science
Inaugura em Sinop, empresa de bioinsumos com formato inovador de trabalho que visa melhor qualidade no atendimento ao produtor
Inaugurou em Sinop a loja da Síntese Agro Science, uma fabricante com origem em Maringá, Estado do Paraná, a terceira unidade de Mato Grosso, as duas outras unidades estão situadas em Canarana e Alta Floresta extremo Norte do Estado.
Com objeto de melhorar a logística para o produtor, oferecer produtos que aperfeiçoem a nutrição do plantio, como é o caso da linha Bio Síntese, que apresenta soluções biotecnológicas que visa aumentar a performance da produtividade na lavoura.
O Gerente de Marketing e Projetos, Willian Marcusso, conta que a escolha da cidade para ser instalado mais uma unidade em Mato Grosso foi estratégico.
“A gente tem um conceito de família, sabemos que empresa são feitas de pessoas. Encontramos as pessoas certas aqui em Sinop para firmar parceria. São pessoas que compactuam com nossa índole, com nosso projeto”, ele ainda explicou o modo como a Síntese Agro Science trabalhará. “Será um trabalho da indústria direto com o produtor, com assistência técnica, logística de qualidade. A BR-163 é uma região muito promissora, e a gente veio para agregar sim”, afirmou Marcusso.
O Gerente Comercial Carlos Augusto, fala da diversidade de produtos que a empresa tem atualmente para atender desde o pequeno até o grande produtor.
“A gente vem com um portifólio bem robusto, temos mais de 30 produtos, desde a linha Bio, Nutri e Spray. Conseguimos atender o produtor em toda a sua demanda desde aplicação ao manejo. A Síntese vem trazendo para o produtor a venda direta da Industria, não trabalhamos com a distribuição no geral, é opção nossa, mas é uma forma da gente acessar o mercado e entregar mais qualidade do nosso trabalho para o cliente.
A engenheira agrônoma e produtora da cidade Claúdia, Thays Vaccario Gonzatto, disse que a expectativa é grande em relação a Síntese e ao modo de trabalho inovador.
“Acredito que é uma empresa técnica que trará uma assistência especializada para o produtor rural. Para que a gente consiga posicionar esses produtos de maneira assertiva. O produtor vai ter mais uma opção para negociar, ter o relacionamento, além do que, ela possa trazer produtividade para o produtor. Para que esse produtor possa alcançar novos patamares de produtividade e rentabilidade dentro da sua lavoura”, elogiou a engenheira agrônoma.
Para o gestor de empresas de compras de insumos agrícolas, Junior Berton, a vinda da Síntese Agro Science fortalece a concorrência e quem ganha com isso é o produtor. “Nos sentimos valorizados quando mais uma empresa chega disputando o mesmo mercado, trazendo produtos de qualidade e quanto mais concorrências, mais empresas disputando o mercado melhora a condição comercial para o produtor. Favorece como um todo para região e para o agro”.
Berton aprovou o formato de trabalho da Síntese Agro Science. “Produtos de qualidade, matérias primas nobres, e a logística favorável, estoque aqui (Sinop), o que a gente chama muito da ‘mão pra boca’”, enfatizou o gestor de compras de insumos.
Sintese Agro Science
Com sede em Maringá, Paraná, a empresa é braço do grupo Campos Verdes, que trabalha com distribuição de insumos, comercio de grãos, máquinas e equipamentos a mais de 26 anos. Com cerca de 30 produtos a Sintese trabalha com os chamados bio-insumos, sendo eles biológicos, adjuvantes e fertilizantes foliares.
A linha Nutri Síntese, cuida da parte hormonal, nutrientes, é composta por soluções diversificadas, como fertilizantes, complexos minerais e orgânicos, extratos vegetais que têm por finalidade promover a nutrição da planta.
A Linha Spray Síntese é composta por tecnologias de aplicação inovadoras e diferenciadas. Os produtos têm como objetivo potencializar os resultados obtidos nas culturas, por meio de adjuvantes e desalojantes.
A Linha Bio Síntese que trás o que o mercado tem de mais inovador em biotecnologia.
Atualmente a Sintese Agro Science está instalada em quatro estados, a matriz em Maringá (PR), Paraíso do Tocantins (TO), Naviraí (MS) e as unidades de Mato Grosso: Alta Floresta, Canarana e a nova unidade de Sinop.
Campo Verde: novo corredor rodoferroviário de Mato Grosso

Pavimentação das MT´s 244 e 140 e terminal ferroviário cria um novo corredor de desenvolvimento
A pavimentação da MT-244, ligando a BR-70 a MT-140, obra que já está concluída, e o asfaltamento da MT-140 entre Campo Verde e Nova Mutum, passando por Nova Brasilândia, Planalto da Serra e Santa Rita do Trivelato, obra que está sendo executada e vai dar um novo impulso de desenvolvimento a uma das regiões com um dos maiores potenciais de produção de grãos e pluma do estado de Mato Grosso, impactando positivamente nos mais diversos segmentos econômicos de Campo verde.
A pavimentação da MT-244, que tem início no município de Campo Verde, a pouco mais de 10 quilômetros da área urbana e se conecta com a MT-140, criou uma nova rota para o deslocamento de cargas e de passageiros. Essa nova rota vai reduzir a distância entre as cidades do Médio-Norte mato-grossense, onde também é forte a produção de grãos e pluma, e o Sul do Estado, além de facilitar a ligação com Sul e o Sudeste brasileiro.
A conclusão da pavimentação da MT-140 e a construção da Ferrovia Estadual Senador Vicente Vuolo, que ligará Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, com terminal ferroviário previsto para ser construído em Campo Verde, o que também será de grande importância para a economia regional. “Sem sombra de dúvidas, será um grande ganho para a economia do nosso município”, destaca o prefeito Alexandre Lopes de Oliveira.
Como Brasil e China pretendem fechar negócios sem usar dólar americano
Brasil e China deram mais um passo para aprofundar sua cooperação comercial - e para excluir uma possível influência americana nos negócios entre os dois países.
Na manhã desta quarta (29), os dois países anunciaram a criação de uma “Clearing House” (ou Câmara de Compensação), uma instituição bancária que permita o fechamento de negócios e a concessão de empréstimos entre os dois países sem que o dólar americano tenha que ser usado para viabilizar a transação internacional.
O ICBC (Banco Industrial e Comercial da China, na sigla em inglês), é o banco que operará a clearing house no Brasil para permitir que empresários brasileiros e chineses possam fazer transações comerciais e empréstimos em yuan, e não apenas em dólar, como acontece hoje entre os dois países.
Como se trata de uma grande instituição financeira chinesa, o banco seria capaz de garantir aos empresários brasileiros a conversão imediata de seus ganhos em real, caso eles decidam fechar negócios em yuan.
“É uma opção de compensação do yuan para uma moeda local, existem 25 assim no mundo, e corta custos de transação porque não passa pelo dólar”, afirmou a secretária de assuntos internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito.
Nos últimos 13 anos, a China é a maior parceira comercial do Brasil - em 2022, o volume de transações entre os dois países atingiu o recorde de US$ 150 bilhões. Na balança comercial, o Brasil tem superávit de US$ 29 bilhões, embora as vendas para a China sejam esmagadoramente de commodities, enquanto o país asiático exporta ao Brasil produtos de maior valor agregado.
Os chineses querem diminuir essa distância e este foi um dos motivos para apresentarem a demanda ao Brasil, que vinha sendo negociada em etapas nos últimos meses.
No evento, que reuniu mais de 500 empresários, Tingting citou a mineradora Vale e o frigorífico JBS como “empresas brasileiras excelentes” que atuam na China.
Lula e bandeira do Brasil ao fundo
O anúncio foi recebido com pouca empolgação por empresários brasileiros. “Ao menos é melhor que a moeda comum com a Argentina”, disse em tom de piada um executivo do agronegócio brasileiro em Pequim. Segundo ele, não há ainda estimativas sobre possíveis ganhos ou perdas para os negócios brasileiros com a novidade.
Segundo Rosito, o mecanismo adotado no Brasil é semelhante ao já instaurado pelos chineses tanto no Chile como na Argentina, ambos países que compõem a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês), um programa de empréstimos e financiamentos em infraestrutura de Pequim que tem por prioridade garantir “negócios sem impedimentos” entre a China e seus parceiros.
A China tem insistido pela adesão do Brasil ao BRI, um acordo que divide opiniões no governo brasileiro, já que seria mais um agrado político à China do que uma oportunidade grande de expansão de negócios - o Brasil já é o maior destino de investimentos chineses no mundo hoje.
A entrada do Brasil no BRI é vista com preocupação pelos Estados Unidos, com quem o governo Lula tem tentado estreitar os laços também.
Tanto a China quanto a Rússia tentam implantar mecanismos de negócios que excluam o dólar como forma de pagamento, para reduzir a influência econômica e política americana pelo mundo e driblar eventuais sanções a Washington.
Solo, manejo e equipe garantem boa produtividade da soja

A correção do perfil do solo é diretamente proporcional à produtividade nas lavouras de soja.
Estudo do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) mostra que a uma profundidade de correção de 50 cm, a produtividade média é de 56,3 sacas por hectare, enquanto a correção a dois metros de profundidade resulta em uma média de 85,6 sacas por hectare.
Os dados foram apresentados por Breno Araújo, membro do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) e gerente de Grãos da Rehagro, em palestra na Parecis SuperAgro.
“Nos últimos 15 anos, temos observado que a boa produtividade vem do investimento em qualidade do solo. Pode ser até um solo pobre, mas que consegue ser transformado em solo fértil com práticas corretivas e de manejo”, explica.
O solo guarda na “memória” os efeitos do sistema de manejo. “Não consideramos mais a profundidade de zero a 20 cm como camada diagnóstica.
Atualmente, é preciso avaliar o solo de 40 a 60 cm, pois a raiz de soja chega a algo entre 2 e 3 metros de profundidade”, explica Breno.
Para além dos cuidados com fertilidade do solo, Araújo reforça que é necessário o cuidado com o ambiente da semente para ter produtividade.
“Ter plantas de cobertura para manter o solo mais fresco, dar tratamento de qualidade para as sementes, usar biológicos no sulco de plantio para minimizar efeitos de pragas e doenças, fazer manejo de plantas daninhas e manejos preventivos: tudo isso faz com que o potencial produtivo da lavoura não diminua”.
Avicultura brasileira: potencial para avançar no mercado internacional

Referência mundial na exportação de proteína animal, o Brasil avança na conquista de novos mercados internacionais, mas também tem grande potencial para melhorar o acesso comercial a países que já são consumidores.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, discutiu sobre como ganhar esses espaços, biosseguridade e projeções para a avicultura nacional, durante o primeiro bloco do 23º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA), nesta terça-feira (4).
Santin salientou o momento desafiador para a avicultura mundial com a intensificação da gripe aviária.
“O Brasil continua livre da influenza aviária, enquanto todos os países vizinhos têm. A biosseguridade e o trabalho que nossos veterinários têm feito junto das empresas e do governo manteve nossos plantéis longe dessa doença”.
“Temos que celebrar isso, pois é uma vitória do Brasil não ter nenhum caso de influenza aviária. E caso a doença chegue aqui, nós também já estamos preparados para segregar e erradicar o foco”, reforçou Santin.
Diante do cenário sanitário global turbulento, o presidente da ABPA salientou que na condição de livre da gripe aviária, o Brasil deve aproveitar seu status para implementar novos acordos comerciais.
O país é o maior exportador mundial de carne de frango e o segundo maior produtor, com 35% de participação no mercado, e as projeções do setor mostram que é possível avançar ainda mais.
Vazio sanitário da soja começa dia 15 de junho

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) informa que o período de vazio sanitário da cultura da soja já tem data marcada em Mato Grosso.
De 15 de junho a 15 de setembro os sojicultores mato-grossenses estarão impedidos de plantar ou manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento.
O período, definido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) pela portaria nº 781, terá a duração de 90 dias.
Essa medida, anualmente adotada, é tomada para evitar a multiplicação da ferrugem asiática durante a entressafra, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
O prazo definido do vazio sanitário, segundo a coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Silvana Amaral, ajuda a diminuir a incidência do fungo.
Ela explica que o tempo de 90 dias minimiza a quantidade de esporos de fungo causadores da doença e atrasa a ocorrência da doença na safra seguinte.
DANOS
Os efeitos diretos da ferrugem asiática na soja são o amarelecimento e o bronzeamento das folhas e sua queda prematura, impedindo a plena formação dos grãos. Quanto mais cedo ocorre a desfolha, menor é o tamanho dos grãos e menor o rendimento e qualidade do produto colhido.
FISCALIZAÇÃO
No período do vazio sanitário o Indea realiza fiscalizações nas propriedades, e se necessário coleta amostras para serem analisadas pelo Laboratório de Sanidade Vegetal.
O produtor que descumprir a medida fitossanitária fica sujeito à multa e a realização de destruição das plantas vivas de soja.
Na safra 2022/2023 foram cadastradas no Indea o total de 13.699 propriedades com plantio de soja, com área declarada de mais de 10,5 milhões de hectares plantados e o número de 8.220 produtores.
Produtores cobram empenho de empreiteiras na MT-170 em Brasnorte

Os 250 mil hectares dedicados à produção de grãos, somados a um rebanho de bovinos com aproximadamente 400 mil animais, fazem de Brasnorte uma referência na agropecuária no Noroeste de MT.
Só em 2022, o município arrecadou cerca de R$ 29 milhões com o Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) e mesmo com essa relevância no setor, as reclamações quanto às condições da MT-170, continuam.
A rodovia é um corredor para escoamento da produção local. E os produtores rurais cobram do Poder Executivo e empresas responsáveis pela manutenção mais empenho, agilidade e qualidade no trecho de 190 km da estrada.
Para o produtor rural Aldo Rezende Telles, esses problemas criam prejuízos para os produtores, para o estado e para os caminhoneiros.
“As coisas não evoluem, nós passamos por um período de chuvas que não foi tão intenso. Igual de outros anos, que daria para ter trabalhado muito mais. Com a distância a qualidade do asfalto diminui a lucratividade de qualquer atividade, seja agricultura ou pecuária”.
3 EMPRESAS
Há cerca de um ano, através de licitações, três empresas assumiram a responsabilidade das obras de manutenção da estrada. A empreiteira da última parte do trecho, está com os serviços mais adiantados.
A engenheira civil do grupo Cavalca Construções e Mineração LTDA, Aparecida de Cássia, esclarece que a base da estrada é boa e que precisa de alguns reparos.
“Alguns pontos centralizados, nós tivemos que modificar o projeto e fazer um remendo profundo porque ela já estava comprometida, estamos trabalhando desde agosto do ano. A dificuldade maior aqui é a chuva e o trânsito, porque infelizmente a carga excessiva prejudica muito”, pontuou ao Canal Rural.
A Secretaria de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra-MT) informou em nota que as empresas vencedoras da licitação para pavimentar a MT-170 estão trabalhando diariamente. Então, isso irá garantir o melhor tráfego na estrada.
Norte Show quer bater mais de R$ 3,6 bi em negócios fechados

A Norte Show 2023 começa oficialmente nesta terça-feira (18), e será realizada no Parque de Exposições da Associação de Criadores do Norte de Mato Grosso (Acrinorte), em Sinop até dia 21.
A cidade é o polo do Norte de Mato Grosso, por isso, referência a cerca de 55 municípios da região do eixo da BR-163 e do agronegócio estadual. O município é o terceiro maior exportador, que somente no primeiro trimestre de 2022 foi responsável por R$ 4,1 bilhões das vendas externas de Mato Grosso.
A expectativa da organização é bater os mais de R$ 3,6 bilhões em negócios que foram fechados no ano passado.
“A feira está maior do que a realizada no ano passado, quando tivemos 250 expositores. Muitos ficaram de fora e quando quiseram ser parceiro, já não tínhamos mais espaço e muitos se arrependeram de não ter participado. Fizemos uma feira ainda maior e esperamos ultrapassar os números de 2022”, comentou o presidente da Acrinorte, Moisés Debastiani.
A feira traz, nesta quarta edição, o que há mais moderno e de tecnologia de ponta ao produtor rural em máquinas e implementos agrícolas, além de palestras, oficinas para agricultura e pecuária, agricultura familiar, e os leilões.
Em 2022, mais de 45 mil pessoas passaram pela feira, com mais de 200 expositores dando visibilidade a 1,4 mil marcas de diversos segmentos. Além disso, foram ministradas 32 palestras voltadas ao agronegócio. A meta, claro, é superar esses números.
LEILÃO PRESENCIAL
Uma das novidades deste ano é a retomada dos leilões presenciais. Na sexta-feira (21), às 19h, será realizado o leilão com oferta de 1,5 mil animais para cria, recria e engorda.
A Norte Show é reconhecida como uma das maiores feiras agropecuárias do país é uma das mais importantes do Centro-Oeste.
Concessão da BR-163, mercado de carbonos e lucro nas fazendas serão temas de palestras da Norte Show

A programação das palestras na Norte Show 2023, estão ricas em diversidade para atender as cadeias do agronegócio, além de abordar temas atuais de interesse do produtor rural como a concessão da BR-163 para o Governo do Estado e a duplicação da principal rodovia do Estado; o que a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tem feito para barrar invasões de terras pelo país, mercado de carbono no agro, indicadores que garantam 100% de lucro nas fazendas e muito mais.
O governador Mauro Mendes deve participar da abertura do evento nesta terça (18), além da presença de autoridades estaduais e nacionais.
O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion (PP/PR), é quem fará a palestra magna no primeiro dia do evento.
Um talk show com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, e o presidente da MT Par, Wener Santos, para debater sobre a BR-163, a concessão e os próximos passos e o desenvolvimento do estado que é o celeiro do país, está agendado para às 18h, na quarta (19).
No mesmo dia, às 13h30, o Fórum Mais Milho vai debater a produção de etanol de milho, as vantagens para o produtor e como ser um campeão em produtividade.
Estão agendadas seis palestras no dia 20 de abril, dentre elas a da produtora rural e influencer digital do agronegócio Camila Telles. A partir das 18h, ela vai falar sobre o tema “Agro: o que muitos vivem e poucos conhecem”.
Na sequência será realizado o evento 100% Carne, que busca valorizar e divulgar a qualidade da carne mato-grossense. Serão 15 estações e mais de 17 cortes e tipos de carnes especialmente preparadas por chefs e mestres churrasqueiros que, além de deixar as proteínas no ponto, terão acompanhamentos. Além disso, terá show com Batô e Cléber. O valor do 1º lote é de R$ 150.
Já no último dia do evento, dia 21 de abril, haverá quatro palestras dentre elas sobre os 4 indicadores que garantem 80% de lucro nas fazendas.
Ela será ministrada por Josinaldo Zanotti. A Norte Show 2023 encerra com a realização do leilão presencial de 1,5 mil animais, a partir das 19h.
Incertezas econômicas levam exportações de pluma recuar 63,81%

Mato Grosso: as exportações de pluma, referente a safra 2021/22, somaram 783,52 mil toneladas entre agosto e março.
O volume é 20,72% menor que o embarcado no período quanto à safra 2020/21. Somente em março de 2023 foram enviados ao mercado externo 54,57 mil toneladas, 63,81% a menos que o ano passado no mês.
O recuo nos embarques no comparativo anual é reflexo das incertezas quanto à economia mundial, explica o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), trazidos no boletim, revelam que da safra 2020/21 foram exportadas 988,32 mil toneladas de pluma entre agosto de 2020 e março de 2021, sendo somente no mês de março 136,64 mil toneladas.
TERREMOTO NA TURQUIA
Outro fator para o registro de recuo foi o terremoto que atingiu a Turquia. O país é um grande consumidor global da fibra. O país adquiriu 88,8 mil toneladas de pluma no período analisado.
“Vale destacar que esse cenário foi puxado, principalmente, pelo recuo de 31,06%, 29,25% e 17,20% nas importações do Vietnã, Turquia e China, respectivamente. Por fim, se a demanda pela fibra não aquecer nos próximos meses, o volume total exportado da safra 21/22 pode ser menor que o do ciclo 20/21”, destaca o Imea.
Norte Show recebe Fórum Mais Milho nesta 4ª

A Norte Show, uma das maiores feiras do agronegócio brasileiro, recebe nesta quarta (19) o Fórum Mais Milho. O debate terá como produção de etanol de milho e a máxima produtividade do cereal.
O Fórum Técnico faz parte da programação da feira em Sinop e terá transmissão ao vivo pelo Canal Rural no Facebook e YouTube, a partir das 16h.
O fórum integra a sétima edição do projeto Mais Milho, realizado pelo Canal Rural, pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
Fórum Mais Milho dividido em dois painéis
Na Norte Show o evento está dividido em dois painéis.
O primeiro painel contará com a presença do presidente da Unem (União Nacional do Etanol de Milho), Guilherme Nolasco, do superintendente do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), Cleiton Gauer, além do professor da USP (Universidade de São Paulo) especialista em DDGS, Flávio Portela, e do gerente de DDGS da Inpasa, Daniel Sarmento.
Já o segundo painel debaterá sobre como ser um campeão de produtividade. O painel terá um bate-papo com o agricultor Cristian Dalben, campeão nacional de produção de milho com 248 sacas colhidas por hectare na safra 2022.
A mediação será do diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira.
Febre aftosa: produtores devem comunicar estoque bovino ao Indea a partir de 1º de maio

Mato Grosso encerrou em 2022 a imunização de seu rebanho bovino contra a febre aftosa em etapas anuais.
Contudo, os produtores devem seguir alertas e necessitam comunicar a partir de 1º de maio o estoque de animais junto ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT).
Segundo o órgão, o produtor que realizar a comunicação ficará impedido de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA), tendo impedida a comercialização dos animais, exceto abate.
Mato Grosso havia se tornado livre da febre aftosa com vacinação em 1996, contudo o vírus rondou o estado até 2007. A doença trouxe forte impacto financeiro para a pecuária brasileira.
O Indea-MT pontua que o procedimento de comunicação do estoque de rebanho bovino é obrigatório e substitui a vacinação contra a febre aftosa.
Além dos bovinos, também devem ser comunicados os estoques de búfalos, cabras, ovelhas, suínos, cavalos, jumentos, mulas, galinhas, abelhas e peixes.
O órgão salienta ainda que, além do impedimento da emissão da GTA, outras penalidades podem ser aplicadas diante da não comunicação, como aplicação de multas para quem não a fizer dentro do prazo. A campanha encerra no dia 31 de maio.
O Indea-MT ressalta que a atualização do estoque do rebanho junto ao órgão faz parte as medidas de defesa sanitária animal e compõe as ações que prepararam Mato Grosso para receber o certificado de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).
Vale ressaltar que a imunização de bovinos e bubalinos servia também domo como base para o controle do quantitativo de animais.
Agroindústria do leite aposta no aumento do consumo

A agroindústria do leite está otimista e aposta na recuperação do setor neste ano.
Isso porque, apesar do leite estar presente em 99% dos lares brasileiros, o consumo caiu significativamente nos últimos três anos e o principal motivo, foi o preço, que aumentou.
Agora, com a queda da inflação, puxada pelos alimentos, a expectativa das indústrias do setor é que haja um incremento no consumo, que pode se recuperar a chegar a 7 bilhões de litros anuais.
O Brasil é o terceiro maior produtor de leite do mundo, com cerca de 34 bilhões de litros produzidos ao ano. O setor emprega diretamente quase 4 milhões de pessoas.
O nutricionista Rogério Oliveira explica que, além da preferência pela bebida por ser gostosa e refrescante, o produto é rico em nutrientes, ajuda no desenvolvimento muscular e é uma excelente fonte de cálcio e mineral, bom para os ossos e os dentes.
FICO tem novo trecho de 80 km de frente de obras em Goiás

Fundamental para o escoamento da produção de grãos de Goiás e Mato Grosso, a FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) tem um novo trecho de 80 km liberados para a execução de obras após o Ministério dos Transportes, por meio da Infra S.A.,. finalizar a desapropriação de 50 km de terras entre as cidades goianas de Crixás e Santa Terezinha de Goiás.
A partir da finalização do processo de desapropriação, a Vale, responsável por executar a obra, terá cinco anos para finalizar o empreendimento. Com 383 km de extensão, o trecho da Fico que começa na Ferrovia Norte-Sul (FNS) em Mara Rosa/GO e vai até Água Boa escoará a produção de soja e milho da região.
Projetada para suportar grandes volumes de carga, a Fico tem papel fundamental no desenvolvimento do Centro-Oeste. No total, a ferrovia terá 1.641 km de extensão, divididos em três trechos.
Além do trecho entre Mara Rosa e Água Boa, haverá ligação entre Água Boa a Lucas do Rio Verde, com 505 km, e Lucas a Vilhena/RO, com 646 km.
“A expansão da malha ferroviária é importante para reequilibrar a matriz de transporte e reduzir o custo logístico, o que torna o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional”, afirmou o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.
MT exporta 4,61 milhões de toneladas de soja em março

Na última semana, a Secex divulgou as exportações da soja para Mato Grosso referentes a março deste 2023.
Desse modo, foram enviados no mês 4,61 milhões de toneladas (t), avanço de 2,87% no comparativo com o mesmo período de 2022.
No entanto, no total do primeiro trimestre de 2023, o ritmo dos envios caiu 12,62% ante ao mesmo período do ano passado, exportando 7,57 milhões de t.
Pautado pelo atraso na retirada da soja em MT e nos entraves logísticos (congestionamento nos portos e problemas ferroviários, que limitaram os envios no arco sul).
Analisando o fluxo de envios dos portos, o arco norte, nos três primeiros meses, aumentou em 2,18 p.p. a sua participação em relação ao ano passado, embarcando 51,31% da produção já escoada pelo estado.
Por fim, mesmo com a China comprando 5,03 milhões de t de jan/23 a mar/23, o apetite da grande potência asiática está 5,51% menor que o do mesmo período do ano passado, o que pode ser um ponto de atenção para MT caso os envios não se intensifiquem nos próximos meses.
As informações constam no Boletim Semanal do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola).
Exportações de milho crescem 61,87% em MT

Mato Grosso escoou um total de 25,27 milhões de toneladas de milho da safra 2021/22 até o mês de março de 2023.
O volume supera em aproximadamente 61,8% as 15,62 milhões de toneladas exportadas no ano safra 2020/21. Como já ocorreu em várias outras oportunidades, o estado é líder isolado no país em exportações.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), trazidos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), revela que o Mato Grosso do Sul escoou até março cerca de 3,99 milhões de toneladas da safra 2021/22, enquanto o Paraná 2,85 milhões de toneladas.
Entre julho de 2022 e março de 2023 foram embarcados pelo Brasil um total de 46,67 milhões de toneladas, um incremento de 13,24% em relação ao mesmo período da temporada anterior.
“Esse avanço é em decorrência da quebra produtiva na safra 2020/21 do Brasil, aliada a constante alta na demanda mundial, devido à menor produção de grandes produtores. No que tange aos países importadores, os principais são o Japão, o Irã e a Espanha, com um volume de 6,42, 5,78 e 4,78 milhões de toneladas, respectivamente”, pontua o Imea.
Dados da Secex revelam que entre janeiro e março de 2023, Mato Grosso enviou para o mercado externo cerca de 4,12 milhões de toneladas de milho. Volume superior as 2,35 milhões de toneladas enviadas em igual período em 2022.
A China é lidera com 680 mil toneladas adquiridas, seguida da Colômbia com 540 mil toneladas, da Coreia do Sul com 420 mil toneladas. Japão e Vietnã compraram do estado nos três primeiros meses do ano 310 mil toneladas cada.
Mercado do leite registra alta de 2,29% em abril

O mercado do leite em Mato Grosso se mantém em alta e os preços não reduziram nem no período das chuvas.
De acordo com dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), o queijo muçarela ficou 2,29% mais caro neste mês.
Em 2022, foram captados no estado 74 milhões de litros a menos do que no ano anterior (2021), o que comprova que a oferta do leite diminuiu. Segundo o Instituto, a queda já acontece há dois anos.
Nos três primeiros meses deste ano, na propriedade do criador e pecuarista, Bruno Cuzziol, em Nossa Senhora do Livramento, foi recebido em média 25% acima do valor pago no primeiro trimestre do ano passado.
“Em janeiro deste ano nós estávamos recebendo R$ 2,20, já neste ano passamos a receber R$ 2,60, então tivemos um aumento de quase 25% no valor pago. Hoje o leite já aumentou 8%, em relação a janeiro. Nós estamos recebendo R$ 2,80 no litro do leite, porque existe uma comercialização em grupo desse volume de leite”, disse.
Uma das principais razões da alta nos preços é a redução da oferta para a indústria e o custo de produção. “O custo de produção para produzir 1 litro de leite, no ano passado, nessa época, estava cerca de R$ 2,81, ou seja, estava tendo um déficit de 0,50 centavos por litro de leite produzido. Hoje o custo de produção, mais ou menos se manteve, ele está nessa faixa de R$ 2,80”, completou.
Conselho é retomado para coordenar políticas de comércio exterior

O Conselho Estadual de Comércio Exterior de Mato Grosso (Cecomex) foi retomado nesta semana, após um hiato de quase dois anos.
O secretário adjunto de Agronegócios e Investimentos, Anderson Lombardi, destacou que é importante a retomada da Cecomex, pois o órgão consultivo, vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), tem a finalidade de elaborar e coordenar políticas e medidas de Mato Grosso relativas ao comércio exterior.
“A gente discute e articula entre o poder público, instituições privadas, para que ações e políticas adotadas possam estimular o comércio exterior de Mato Grosso, visando, especialmente, a maior participação das pequenas e médias empresas mato-grossenses no mercado internacional”, destacou.
O secretário adjunto apresentou os dados do comércio exterior do Estado em reunião realizada em 26 de abril.
No 2022, Mato Grosso ocupou a 1ª posição em exportações do agronegócio do Brasil, com US$ 23,7 bilhões e o 4º maior exportador do país com US$ 32,5 bilhões em produtos embarcados para outros países.
Lombardi apresentou ainda que os 10 maiores destinos dos produtos mato-grossenses no ano passado foram: China, Espanha, Tailândia, Irã, Vietnã, Holanda, Índia, Japão, Indonésia, Turquia, Egito e Bangladesh.
Dentre os produtos comercializados em 2022, a soja é o carro-chefe, seguido pelo milho, resíduo de soja, carne bovina e algodão.
Por outro lado, em termos de importações, Mato Grosso comprou US$ 5,7 bilhões de outros países.
Adubos (fertilizantes) como potássio, nitrogênio, NPK, fósforo, além de fungicidas e inseticidas lideram o ranking. Em seguida estão gás de petróleo, veículos aéreos e espaciais e máquinas e aparelhos de colheita.
Fazem parte da Cecomex a Casa Civil, Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Procuradoria Geral do Estado (PGE), além da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio), Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB/MT) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT).
Preços da carne devem melhorar, ao contrário da soja e do milho, diz Ipea

A expectativa de recorde na produção de várias commodities na safra 22/23 e a previsão de crescimento de 11,6% do PIB do agro neste ano coloca o Brasil como um dos principais players no mercado internacional.
Esse fator é reforçado pela nota ‘Preços e Mercados Agropecuários’, divulgada na terça (2) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo também aponta para um movimento de queda nos preços domésticos e internacionais de alguns dos principais produtos, como soja, milho e trigo no primeiro trimestre deste ano.
Segundo o coordenador de Crescimento e Desenvolvimento Econômico do Instituto, José Ronaldo Souza Júnior, a soja está sendo negociada agora no menor patamar desde 2020, mesmo com uma possível menor oferta pela quebra de safra na Argentina e no Uruguai.
Porém, a oferta do grão não está ameaçada. “Isso porque o Brasil, que é o maior produtor e exportador do grão, está tendo um crescimento bastante expressivo, uma safra recorde. Há boas perspectivas também para os Estados Unidos”.
Assim, de acordo com ele, o cenário não indica aumento de preços para a oleaginosa. “Os preços efetivamente pagos, os mais recentes, continuam ainda com essa tendência de queda. Essa produção bastante grande que estamos vendo limita a capacidade de retomada desse preço”, afirma Souza Júnior.
PREÇOS
A safra recorde de milho no Brasil também pressiona os preços internos. Contudo, para o coordenador do Ipea, o cenário do cereal não seja tão negativo quanto o da soja porque os patamares produtivos não seguem tão positivos em termos mundiais.
“O cenário em abril não foi positivo em termos de preço, mas acredito em uma queda mais limitada”.
Quanto à carne bovina, o especialista enxerga particularidades. “Temos barreiras às exportações em diversos países e tivemos o problema localizado da ‘vaca louca’ que trouxe impactos temporários nos embarques, sendo que o Brasil mesmo adotou medidas restritivas que foram retiradas posteriormente, mas isso trouxe impactos negativos nos primeiros meses”.
PIB cresce 2,5% em fevereiro

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 2,5% em fevereiro deste ano, na comparação com janeiro.
O dado é do Monitor do PIB, divulgado nesta semana pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Na comparação com fevereiro do ano passado, o crescimento chegou a 2,7%. Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o crescimento da economia em fevereiro deveu-se, principalmente, à atividade agropecuária.
A indústria e os serviços também cresceram, ainda que de forma mais moderada.
Na comparação do trimestre encerrado em fevereiro deste ano com o trimestre findo em fevereiro de 2021, houve alta de 2,7%, devido a crescimentos no consumo das famílias (4,4%), na formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (2,4%), na exportação de bens e serviços (0,2%) e nas importações (1,6%).