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2021
Família Haacke

NOVOS CONCEITOS EM CONSTRUÇÃO E MERCADO IMOBILIÁRIO
A história da construtora catarinense que apesar de empresa familiar atravessa fronteiras e oferece o que há de melhor no mercado imobiliário de alto padrão, inclusive com a assinatura World Trade Center
O que necessariamente um contador e economista por formação, professor universitário de macro e microeconomia, tem a ver com a história da construção civil? No caso da Haacke Empreendimentos, praticamente tudo, considerando que seu fundador, Carlos Júlio Haacke, nascido em Brusque (SC), atuou por anos nessas profissões. O trabalho, no entanto, se desenvolveu durante muito tempo em outra cidade catarinense, Lages, conhecida por ser uma região madeireira, onde é plantado principalmente o pinus. Quem conta essa história é o filho mais novo dos Haacke, Douglas, atual diretor comercial da construtora, sediada em Balneário Camboriú (SC).
“Meu pai cresceu carneando porco, ajudando meus avós nas atividades que eram realizadas, onde ficou até a adolescência, quando cursou Contabilidade e também Economia. Depois se tornou professor na Universidade de Lages, chegando até a reitor da instituição”, narra Douglas. Ali também se destacou no mercado regional por levantar ‘concordatas’ de empresas, o que fazia em no máximo seis meses.
Já casado, recebeu o convite de dois tios de minha mãe, que já trabalhavam no setor da construção, para ser sócio na então Construtora Alvorada. Aceitou e levou para dentro da empresa principalmente os conhecimentos que tinha em gestão e permaneceu no empreendimento durante parte da década de 1980 até o início da década de 1990. Nesse período, percebeu que naquela região Sul do estado a construção civil e o mercado imobiliário em si estavam um tanto quanto estagnados, principalmente por girar somente em torno da madeira, via de regra, o pinus.
Os clientes potenciais da construtora naquela época eram as grandes empresas ou indústrias, como a WEG em Jaraguá do Sul (SC), a Frahm, em Rio do Sul (SC), além de construírem prédios públicos. Fora isso, o movimento acabava sendo baixo e o faturamento também, apesar de construírem tanto obras horizontais quanto verticais, mesmo que com altura menor.
Quando decidiu deixar aquela região, Carlos Haacke convidou seus sócios para se mudarem com ele para Balneário Camboriú, onde o setor já passava por um “boom” imobiliário. Eles, todavia, preferiram ficar na região, principalmente porque já estavam com idade avançada e consideravam ser melhor permanecer ali mesmo. Carlos então seguiu com a esposa e os três filhos para a região litorânea, e em agosto de 1991, fundou a Haacke. Logo deu início ao primeiro prédio a ser construído pela empresa na cidade, o Victor Meireles, com 8 andares e 16 apartamentos (2 por andar), erguido na quadra do mar.
Nessa época, os três filhos literalmente colocavam a mão na massa. Rafael já tinha em torno de 20 anos e cursava engenharia civil na cidade de Blumenau, enquanto Alex completara 18 e Douglas, o caçula, tinha completado 13. Douglas relembra ainda que este primeiro prédio construído por eles se tornou um marco por ser o primeiro com churrasqueira na sacada. Assim, se tornaram inovadores porque os clientes giravam em torno daquelas pessoas que gostavam de fazer um churrasco.
A empresa nasceu, mas ainda não tinha uma sede própria. Seu escritório ficava dentro do próprio carro de Carlos, onde ele carregava em sua ‘capanga’ – uma pasta de couro grande – com talão de cheques e demais documentos relacionados às obras. “Ali, meu pai levava todo o escritório: folha de pagamento e o que mais fosse preciso. Na época, vendemos tudo o que tínhamos em Lages, para investir em Balneário Camboriú. Muitas pessoas nos chamaram de doidos, mas meu pai nunca foi de ficar parado, sempre empreendedor”, comenta Douglas.
Começaram pequenos, construindo apenas uma obra por vez em Balneário Camboriú. Aquele momento de boom imobiliário era favorável às grandes construtoras, mas as pequenas penavam em busca de bons contratos. Muitas de menor porte nasceram e quebraram em seguida. Mas os Haacke sempre procuraram entregar tudo o que combinavam, trabalhando da melhor forma e passando segurança aos clientes. Foi essa dedicação que possibilitou entrar no processo de verticalização que tinha sido iniciado na década de 1980. Douglas considera que se tivessem iniciado antes, teriam contribuído ainda mais com o setor.
Com o passar dos anos, com o irmão Rafael já formado em Engenharia por volta de 2001, Douglas buscou novos conhecimentos e ideias que estavam sendo colocadas em prática por construtores e arquitetos e inseriu estas novidades na própria empresa, o que deixou Carlos ainda mais tranquilo para encarar novas obras. Em seguida, Alex se formou em Administração e também aplicou seus conhecimentos em prol do empreendimento, bem como o próprio Douglas que passou a integrar definitivamente todo o processo comercial, principalmente como corretor.
“Me lembro que por muitas vezes, e durante muitos anos, enquanto trabalhávamos dentro da empresa, tínhamos opções para trabalhar fora, recebemos diversos convites, mas meu pai sempre nos bancava e acabamos ficando juntos. Hoje é possível considerar que é só o que sabemos e o que amamos fazer, tudo isso proporcionado pela integração na busca de resultados”, considera Douglas.
Com o passar dos anos, novos clientes passaram a integrar a carteira da construtora, grande parte deles moradores em outros estados e que investiam no mercado imobiliário do litoral catarinense. Um número significativo de mato-grossenses – e nesta fatia, sinopenses. Então, de Santa Catarina para outras regiões do Brasil, a primeira expansão começou a acontecer quando decidiram visitar estes clientes em seus próprios locais de residência – entre 2019 e 2020.
“O Alex veio em outubro de 2019 para Sinop, junto com o filho do Nereu Pasini, que era da cidade. A intenção era vender Balneário Camboriú para Sinop, pois ele tinha muitos amigos, conhecidos por aqui. Neste momento começamos a ter um contato maior com os clientes”, narra Douglas. Mas o que antes era a intenção de apenas levar mais clientes para o litoral, logo mostrou ser uma guinada de pensamento, o que levou algum tempo mais tarde a família toda a viajar e conhecer aquela realidade fora do perfil litorâneo.
Durante essa visita do irmão Alex, eles foram “provocados”, com a oferta de um terreno para que construíssem em Sinop, o que viria a ser tempos depois o primeiro empreendimento da Haacke na cidade, o ‘Cataluña’. “Ao mesmo tempo, entendemos que Sinop era uma cidade em amplo crescimento e começaria a passar por um grande processo de verticalização. Vimos que os clientes precisariam de um produto diferenciado, que não tinha na cidade em termos de valorização imobiliária”, avalia Douglas.
Tal pensamento partia da perspectiva de que, até então, o processo de rentabilização do que era construído na cidade parecia ser bastante árduo. O processo sempre passava diretamente pela compra do terreno, construção de uma casa ou galpão e somente depois disso, quando tudo estivesse pronto, é que havia a rentabilização com o aluguel. Então, eles decidiram preencher esta lacuna, possibilitando que o produtor se ativesse à produção dos grãos: a construtora faz para ele e cumpre este processo, possibilitando rentabilidade com maior rapidez, sem se incomodar. Essa situação diferenciada motivou realmente o início dos empreendimentos, o que trouxe posteriormente outras construtoras para também investir. E sob este aspecto, a ideia sempre foi trazer um novo conceito de tecnologia construtiva, como por exemplo oferecer qualidade de vida, praticidade e alto padrão, tudo junto e como é feito na região Sul do Brasil.
Douglas lembra de uma história que explica não apenas uma, mas diversas percepções sobre Sinop, em uma época na qual a pandemia levava o temor ao mundo todo: “Na época, quando embarquei em Navegantes naquele mês de agosto de 2020, ainda com máscara, com aeroporto e avião praticamente vazios, a percepção era de medo. Mas, quando chegamos a Cuiabá, vi um movimento diferente, talvez porque fosse capital. Então alugamos um carro e quando subimos por Chapada dos Guimarães, vi o mato pegando fogo, muita fumaça. Eu contemplava, mas ao mesmo tempo ficava triste pelo que via, mas quando chegamos próximos a Campo Verde, percebi que a fumaça agora já não era de queimada, mas das máquinas trabalhando, colhendo algodão, muita poeira subindo das lavouras. Fiquei impressionado com o que via”, se recorda.Ao chegar em Primavera do Leste, ele também viu realidade semelhante: parecia que as pessoas não tinham medo da pandemia. “Alguém me falou que se a doença quisesse pegá-lo, que corresse atrás dele. Então vi que as pessoas eram diferenciadas, não tinham medo e continuavam a trabalhar, apesar das dificuldades. Dali voltamos, pegamos a BR-163, passamos por Sorriso e chegamos a Sinop, onde também observei que era local diferenciado e me senti numa cidade grande, onde as coisas aconteciam de modo diferente, pois era um local completo, não apenas no setor do agro, mas também de serviços e outras atividades”, completa o empresário.
Ali, segundo Douglas, ele se encantou. Na época da pandemia, entendeu a força do povo e ao longo daquela realidade, entendeu a força do agro, ou seja, algo pelo qual não tem como a pessoa viver sem. “Sinop nos ensinou que a vida continuava, mesmo na pandemia e que não havia como parar. Se um estado parasse, a economia mundial sentiria. O que hoje se tornou um divisor de águas, pois muitos brasileiros estão vindo morar aqui e o que antes era apenas uma cidade, agora se destaca por ser um polo imobiliário e de tecnologia de primeira. Eu nunca imaginei que teríamos esta guinada em nossa história, pois nunca tínhamos saído de Santa Catarina para construir e comercializar em outro estado. A experiência tem sido incrível”, finaliza Douglas.
Douglas comenta ainda sobre a experiência de desenvolver empreendimentos em Sinop. Ele destaca que o mercado local tem peculiaridades próprias e que os moradores têm um perfil diferenciado, voltado ao agronegócio e com grande potencial de investimento. “Sinop é uma cidade que está crescendo muito rápido e a verticalização é um caminho natural para esse crescimento. Nosso objetivo é trazer empreendimentos que agreguem valor e qualidade de vida para os moradores, com a mesma excelência que praticamos em Balneário Camboriú”, afirma.
O empreendimento Cataluña, que marcou a entrada da Haacke Empreendimentos em Sinop, foi apenas o primeiro de muitos. A construtora já tem novos projetos em andamento na cidade e a expectativa é de um crescimento contínuo. “Estamos muito animados com as oportunidades que Sinop oferece. A receptividade dos moradores e investidores tem sido fantástica e isso nos motiva a continuar investindo e trazendo inovações para a região”, comenta Douglas.
Além de Sinop, a Haacke Empreendimentos também está de olho em outras cidades em crescimento no Mato Grosso e em estados vizinhos. A empresa está atenta às tendências do mercado imobiliário e sempre em busca de novas oportunidades de expansão. “Nossa missão é levar a qualidade e a inovação dos nossos empreendimentos para outras regiões do Brasil. Queremos ser reconhecidos pela excelência em tudo o que fazemos e pelo impacto positivo que trazemos para as comunidades onde atuamos”, finaliza.
Carlos Haacke, agora mais experiente, vê com orgulho o crescimento da empresa que fundou. Para ele, o sucesso da Haacke Empreendimentos é resultado do trabalho duro, da dedicação e da união familiar. “Sempre acreditei no potencial da nossa família e na força do nosso trabalho. Ver os meus filhos continuando o legado e expandindo nossos horizontes é uma realização enorme. Tenho certeza de que estamos no caminho certo e que ainda temos muito a conquistar”, diz emocionado.
Hoje, a Haacke Empreendimentos é uma referência no mercado imobiliário catarinense e começa a se destacar também em outras regiões do Brasil. Com foco na qualidade, na inovação e no compromisso com os clientes, a empresa segue crescendo e consolidando sua posição como uma das principais construtoras do país. A história da família Haacke é um exemplo de empreendedorismo, determinação e visão de futuro, inspirando outras gerações a seguirem seus sonhos e a acreditarem no poder da união e do trabalho árduo.
Douglas conclui com uma reflexão sobre o futuro da empresa e do mercado imobiliário. “Estamos vivendo um momento de grandes transformações, tanto no Brasil quanto no mundo. Acredito que a chave para o sucesso é a capacidade de se adaptar e de inovar constantemente. Vamos continuar investindo em tecnologia, em capacitação profissional e na busca por novas oportunidades. O futuro é promissor e estamos prontos para enfrentá-lo com coragem e determinação”, finaliza.
Ao lançar o Cataluña, a Haacke anunciou também a construção do Splendido, obra que atualmente está no segundo pavimento de garagem, totalizando 25 pavimentos. O lançamento oficial ainda não ocorreu, mas cerca de 70% dos apartamentos já estão reservados. A construtora também lançou simbolicamente, com a entrega do alvará de construção, o Sky 360 (um edifício sustentável), que levou mais tempo para aprovação devido à sua complexidade, sendo solicitado ainda entre os processos do Cataluña e do Splendido.
Sobre a conversão das vendas em todos os empreendimentos já anunciados pela Construtora, Douglas Haacke avalia que houve uma questão muito peculiar, que foi entender na época em que chegou à cidade qual era o maior padrão de investimento existente. Recebeu a informação sobre o local e valor do metro quadrado praticado. “Naquele momento pensei que para ter sucesso, precisaríamos oferecer algo mais que o mercado já oferecia, com padrão e preços mais elevados. Mas como fazer isso? Convidamos representantes de 15 ou 20 imobiliárias daqui, fretamos um avião e os levamos para conhecer nossos prédios construídos em Balneário Camboriú, desde a fundação até o acabamento”, relata o empresário.
Isso porque não seria possível vender conceito, qualidade e alto padrão sem que os corretores tivessem tocado e conhecido pessoalmente. Seria como chegar a um local e anunciar que tinha um automóvel com banco de couro para vender, sem que os compradores soubessem o que eram bancos de couro. Após uma semana conhecendo todo o processo construtivo, os corretores retornaram para Sinop e, em um pequeno espaço de tempo, praticamente liquidaram as vendas.
A Haacke tem uma premissa que é trabalhar de forma diferente, vendo os corretores como pedras angulares no processo, uma vez que eles criam conexão e são o elo que trazem os clientes até o escritório. “Viemos tratar os corretores com honra e de forma diferenciada, não os colocando como concorrentes, mas como verdadeiros parceiros da construtora”, explica. A mudança na forma de construir e também de vender realmente significou uma grande conversão relacionada ao sistema imobiliário local.
Outro empreendimento, o WTC, surgiu de uma forma muito inusitada, após conhecerem o “terreno da rotatória” ou “terreno do redondo”. Eles pensaram em como construir dentro de uma rótula e conseguir matrícula. Foi aí que descobriram que tinha matrícula, viabilidade construtiva, tudo perfeito, e seria possível construir um prédio. Quando o irmão do Douglas viu aquilo, idealizou a construção de um prédio comercial redondo, diferente. O projeto foi feito e apresentado à G Pissinatti Empreendimentos, que é parceiro permutante em todos os terrenos.
A família Pissinatti gostou muito do projeto, ficaram surpresos e levaram à então prefeita Rosana Martinelli, que também gostou do que foi apresentado. Solicitaram a aprovação e repassaram ao marketing da empresa, que organizaria o evento, levando em consideração ser o primeiro prédio construído dentro de uma rotatória. Idealizaram em conjunto com uma agência paulista. Eles então cogitaram que fosse colocada uma marca, algo que integrasse todos os segmentos existentes na região, chamando realmente a atenção de diversos profissionais.
O resultado foi que, ao saírem da agência em São Paulo, se viram em frente ao World Trade Center e ‘sonharam’, ele e o irmão, de forma muito rápida, pois sentar com representantes de uma empresa norte-americana fundada pela família Rockefeller era algo que parecia distante. “Mas um dia recebi um cliente no meu escritório, o Alessandro Coelho, e mostrei os projetos que estavam sendo feitos em Mato Grosso, entre eles o da rotatória, e falei a ele que minha ideia era fazer um WTC ali. E ele me questionou o que eu queria com aquilo?”.
O amigo também disse que apresentaria o sócio dele e mostraria o projeto, sendo que dois dias depois foi chamado para uma reunião com os dois, bem como o pai e irmãos que integram a Haacke, e conheceu então Guilherme Maro de Lima, que se apresentou como conselheiro e CEO do WTC. Aquilo chegou a chocar o investidor, pois o que sonhara estava na frente dele. “Apresentei o prédio e ele me falou: o WTC não assina este prédio. Aquilo me cortou o coração, pois ficara em êxtase e, na sequência, ele me disse: porque o WTC não vai aprovar uma torre só. Se você tiver todos os terrenos para formar um Masterplan, um conceito de smart cities, assinamos com você”, conta Haacke.
Ele então retornou ao Mato Grosso e procurou a G.Pissinatti, para ver se não tinham vendido os demais terrenos de frente para a avenida, pois, se aquilo tivesse ocorrido, nada seria possível. Mas, crente em Deus e no que Ele planeja para a vida de cada pessoa, chegou à Pissinatti e recebeu a informação de que os terrenos estavam todos disponíveis para venda, mas sendo segurados para negócios. E o êxtase voltou, diante da possibilidade de lançar enfim a obra. O resultado foi a cobrança para que em uma semana montasse todo o projeto para apresentar ao Conselho do WTC, pois se não fosse apresentado na reunião anual, somente no próximo ano.
Uma apresentação em 3D foi produzida em cerca de quatro dias, mas, além disso, seria necessário explicar o porquê de fazer um investimento em Sinop, no interior do Brasil, em outros estados fora o eixo Rio - São Paulo e algumas regiões do litoral, pois era ali que os norte-americanos mais conheciam. “E Deus brotou uma grande ideia, um lapso de sabedoria, e eu pensei comigo: existe o World Trade Center em Nova York, da Bolsa de Valores, um em Dubai, que respira petróleo, outro na China, que respira logística. Então, por que não existir um na região responsável pela maior e mais importante matriz energética, que é o alimento, pois não é um prédio apenas para a cidade, mas para o Brasil”, relata.
Tudo foi feito e apresentado, sendo que o resultado posterior foi a aprovação do projeto e, como o próprio Douglas reforça, “a partir daí nossa vida se tornou um furacão”, com a marca, mas tinha o segundo processo que era mais importante ainda do que o primeiro: a aprovação da empresa perante a marca, pois uma empresa do porte da WTC não iria se aliar com qualquer outra empresa. Um processo difícil, segundo ele, pois o próprio país não tem segurança jurídica. “Mas meu pai me disse, filho, o que é para ser será. Confia. E conseguimos aprovar, assinamos o contrato, algo muito bem projetado e organizado por Deus, porque eu saí com uma ideia, apresentei um projeto, conheci a pessoa que me possibilitaria fazer tudo aquilo”, completa. E o projeto, atualmente, já nasceu como um dos maiores empreendimentos WTC ao redor do mundo.
A respeito da presença da Haacke em Sinop, Douglas diz que a única coisa é que “viemos para ficar. E o resultado disso na vida da Construtora é o de uma boa semente plantada em terra fértil, regada com suor é a certeza de bons frutos”. Algo que ele inclusive sempre comenta em suas apresentações, pois tudo o que está sendo colhido agora – e resultado do que fora plantado a 33 anos atrás.
2021
Paulo Cunha - SPL Engenharia

2021: A ODISSEIA FAMILIAR CHEGOU PARA ELEVAR OS HORIZONTES DE SINOP
O menino que cresceu seguindo o pai pelas obras de ferrovias pelo Brasil se tornou engenheiro, montou sua construtora, seguiu sua própria trajetória na construção civil e criou um legado familiar com a construção de mais de 7 mil apartamentos em 30 cidades
O ano é 2021, e o jeitinho mineiro de ser da SPL Engenharia chega a Sinop para mostrar que a odisseia familiar de Paulo Cunha e Paula Ballesteros, pai e filha, veio elevar os horizontes da construção civil na cidade.
Construir em família é algo que Paulo, fundador e presidente da SPL Engenharia, traz de berço. Ele nasceu em 1958, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e foi o primeiro dos seis filhos de Gentil Cunha e Maria do Socorro. Gentil trabalhava na construção de estradas de ferro e Maria saiu do Piauí para estudar enfermagem em terras mineiras.
Com isso, a infância de Paulo trouxe boas memórias em diferentes CEPs, já que sua família migrava pelo país seguindo o trilho das ferrovias. Eram mineiros vivendo de “trem”, como diz. À medida que a estrada de ferro avançava, os operários levantavam acampamento e montavam um novo, mais próximo da frente de trabalho.
Nesse “lar itinerante”, Paulo fazia amizade e brincava com os filhos de outros funcionários. Entre as boas recordações desse período, houve uma vez que os operários fizeram uma bicicleta com as sobras de metal e a máquina de solda para as crianças se divertirem nas horas vagas.
Quando Paulo ficou um pouco maior, Gentil comprou uma casa em Belo Horizonte e emprestou para os tios, que vieram do Piauí. Dessa forma, Paulo ficou na capital mineira e conseguiu dar sequência aos estudos, visitando os pais esporadicamente no acampamento durante o período das férias.
Com o passar do tempo, Gentil percebeu que, se continuasse nesse ritmo, acabaria não vendo os filhos crescerem e decide então estacionar o seu vagão em Belo Horizonte, no ano de 1975. A partir daí, em vez de construir trajetórias para frente, ele começou a construir sonhos em andares. Isso mesmo, foi nesse período que Gentil migrou sua trajetória profissional para a construção civil e a primeira empreita foi um prédio de 12 andares, com 24 apartamentos, na capital mineira.
Coincidentemente, esse foi também o primeiro emprego formal de Paulo, contratado para trabalhar na obra do pai. “Eu era um faz tudo na obra, meio fuçador, queria aprender e também dava muito palpite. Era um funcionário obediente, mas também me lembro de sempre buscar inovação”, recorda.
Estruturando o alicerce da carreira profissional
Desde muito jovem, Paulo tinha duas ambições bem claras como objetivos de vida: ser engenheiro e ter filhos. “Casar era um detalhe”, brinca o mineiro. E começou do jeito certo, pela formação. Em 1976, aos 18 anos, Paulo ingressou como universitário na Escola de Engenharia Civil Kennedy, em Belo Horizonte e, dois anos depois, começa a colocar em prática a sua segunda meta de formar uma família.
Foi nesta época que ele conheceu Sandra Ballesteros, uma moça vizinha de prédio que fazia parte de uma família conhecida pelos seus pais. Assim, Paulo e Sandra se aproximam e começam a namorar.
Em 1981, no penúltimo ano da faculdade, Paulo precisava fazer o seu estágio, mas não encontrava uma obra de referência para a sua carreira profissional, para que pudesse colocar em prática o que aprendeu na faculdade. Além disso, o Brasil vivia um momento de estagnação econômica pós “Milagre Econômico”, o que colocaria fim ao Governo Militar anos mais tarde.
“A única obra grande que tinha no país naquele momento era a Ferrovia dos Carajás, que passa pelo Pará e Maranhão. Eu tentei fazer estágio nela, mas acabou não acontecendo”, lembra o engenheiro.
Para cumprir com os créditos exigidos para a formação e também levantar um “caixa” para se casar com Sandra, Paulo criou uma empresa que agrupava empreiteiros menores e, assim, conseguiram tocar pequenas e médias obras, como reforma de agências bancárias. E, a partir daí, nasce a história da SPL Engenharia.
Arquitetando sonhos: assim surge a SPL Engenharia
Agora sim, com um alicerce bem fundamentado, três grandes marcos mudariam a vida de Paulo em três anos consecutivos: em 1981, quando ele formaliza a SPL Engenharia como empresa; em 1982, quando finalmente se forma em engenharia civil; e em 1983, quando, após 5 anos de namoro, Paulo e Sandra se casam e têm duas filhas, Luciana, que nasceu em 1985; e Paula, que nasceu em 1989.
E o que começa em família, continua seguindo em família: a história da SPL Engenharia inicia sua participação em licitações nas prefeituras da região de Belo Horizonte, executando obras e projetos para o Poder Público, em regime de empreita.
Nesta primeira fase da empresa, a SPL operava em conjunto com a construtora montada por Gentil, ambas executando obras majoritariamente públicas, mas também com alguns projetos da iniciativa privada, como galpões e pedreiras.
“É um orgulho ter colaborado com a sociedade por meio da nossa empresa construindo escolas, ginásios de esporte, praças e pontos de ônibus, contribuindo assim com a infraestrutura de muitas cidades”, ressalta emocionado.
Construindo novas trajetórias de negócios
Após anos atuando na construção civil junto ao Poder Público, um fato marcante é fundamental para mudar os rumos da história da SPL Engenharia. Em 1992, o patriarca Gentil se despede após ser acometido por um câncer e o seu falecimento abre um processo de transição nos negócios.
Por mais três ou quatro anos, a SPL Engenharia se mantém no traçado aberto, fazendo obras públicas, até surgir uma oportunidade em outra frente da construção civil.
Em 1996, um amigo de Paulo tinha um projeto aprovado para construção de nove apartamentos em Belo Horizonte e o convidou para executar a obra e fazer a incorporação com a SPL. A empresa então entra no segmento vertical, erguendo em seis anos, seis edifícios na capital mineira.
No ano de 2002, Paulo começa a prospectar novos mercados, reabrindo sua veia itinerante. Em seu horizonte de oportunidades, avalia as cidades de Campinas (SP), Macaé (RJ) e Rio de Janeiro (RJ), optando por expandir primeiramente para Macaé, já que o momento do setor petroleiro estava em alta.
A cidade fluminense era o epicentro econômico da época, sendo a base da Petrobrás para a exploração da Bacia de Campos, ou seja, os investimentos na produção do combustível fóssil impulsionavam o crescimento do município, criando a necessidade de novas habitações. Esse foi o pontapé inicial para a arrancada da SPL Engenharia que, na sequência, expandiu seus serviços para Campinas e Rio de Janeiro.
No entanto, em 2016, a política brasileira vivia um período delicado com a Operação Lava Jato, que afetou fortemente o setor imobiliário.
Como a Região Metropolitana de Campinas sempre teve uma grande diversificação de negócios na economia local, a SPL Engenharia direcionou seus investimentos para o interior de São Paulo e conseguiu manter o seu ritmo acelerado de crescimento.
“Eu não consigo ficar sem obra. Preciso ver a construção, pisar no canteiro, sentir o cheiro do concreto. Não consigo não ter uma obra em andamento ou ser um engenheiro de escritório”, diz Paulo, que viaja com frequência para acompanhar os empreendimentos da SPL.
De pai para filha: família que trabalha junta, cresce junta
À frente de novas oportunidades de negócios, Paulo ganha uma importante aliada no crescimento da SPL. Em 2007, Paula, sua filha caçula, ingressa no curso de Engenharia Civil no CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica), em Belo Horizonte, e passa a ser parte fundamental no legado do seu pai na construção civil.
Mas antes de entrar na SPL Engenharia, Paula fez estágio em outras empresas do segmento até que, em janeiro de 2012, após concluir a graduação, passou a integrar o quadro de colaboradores da empresa do pai. Hoje é vice-presidente da SPL e tem planos arrojados para a expansão da construtora.
“Eu gostava de matemática e a engenharia sempre foi a profissão mais valorizada entre as exatas. Aí surgiu a oportunidade de entrar na SPL, que é uma empresa em nível de excelência e sempre foi um lugar bom para trabalhar. Além disso, o meu pai tem cabeça aberta, sabe aceitar mudanças, o que me permite evoluir como profissional”, orgulha-se Paula.
A evolução não para: rumo ao Centro-Oeste
Para saciar sua sede de crescimento e com um ótimo faro para boas oportunidades, Paulo vê a necessidade de abrir uma nova região – literalmente. Depois de 39 anos atuando no Sudeste brasileiro, Paulo mira o centro do país. “Em 1996, eu cheguei a pensar no Mato Grosso antes de começar os projetos verticais em Belo Horizonte. Mato Grosso para mim é um namoro antigo, daqueles que a gente espera por uma oportunidade”, afirma.
Na prospecção realizada pela SPL Engenharia em todo o Centro-Oeste, duas cidades despontaram como boas oportunidades de expansão para o mercado imobiliário: Sorriso e Sinop. “Ao longo dos anos, a gente ouvia falar muito de Sinop. As notícias que corriam o Brasil falavam que a cidade era próspera, com grande crescimento na economia e um dos melhores lugares do país para se investir. Quando realizamos a nossa pesquisa, o resultado só confirmou esse grande potencial de Sinop”, relata Paula.
No ano de 2021, ainda sob o véu de incerteza de uma pandemia, pai e filha fazem a primeira visita ao Norte do Mato Grosso acompanhados por uma empresa de pesquisas, que orienta a SPL na abertura de novos empreendimentos.
Os números, claro, confirmaram o potencial para investimentos da Capital do Nortão. Mas ainda teve um fator extra. “Tivemos uma receptividade de pessoas que a gente nem conhecia. Pareciam velhos amigos. Profissionais de Sinop envolvidos com o setor mantendo um ótimo relacionamento com a gente, que estava chegando. Também havia uma prestatividade do Poder Público querendo fazer as coisas acontecerem. Nunca tinha visto um negócio desses. Eu costumo dizer que para fazer negócio em uma cidade tem que ter uma energia boa. E a energia de Sinop é excelente”, comenta Paulo.
Passados 15 dias da primeira visita, a SPL já tinha terrenos em vista para seus primeiros empreendimentos em Sinop. A empresa fecha a intenção de compra, definindo a cidade como seu novo foco. Ao longo da jornada da SPL, o processo natural para novos negócios era fechar um terreno em um ano. Em Sinop, com apenas três meses, o acordo foi resolvido. “As pessoas são pró-negócio”, assinala Paulo.
Uma nova história em um lugar com infinitas possibilidades
Com 92 empreendimentos entregues em mais de 30 cidades brasileiras, ultrapassando a conta de 7,2 mil apartamentos, a SPL tem um modelo de empreendimento imobiliário muito bem testado e validado.
Sendo assim, o que a empresa faz é escolher o imóvel ideal para encaixar sua fórmula e então lapidar o produto conforme o perfil do mercado imobiliário da cidade. O resultado foi certeiro em Sinop!
“A gente estudou muito os hábitos da população local, até porque o segmento vertical ainda é embrionário na cidade. Então a gente se preocupou em descobrir o que as pessoas gostariam de ter no prédio onde vão morar. Algumas das mudanças mais evidentes foram valorizar mais as áreas de convívio e de uso coletivo, criando espaços para socialização dentro da estrutura do edifício. Tem muito carinho na concepção dos empreendimentos que estamos trazendo para Sinop”, conta Paula.
O primeiro produto da SPL Engenharia no Norte de Mato Grosso traz o elemento essencial à vida e é anunciado com o mote adequado: “Um lugar, infinitas possibilidades!”.
O Acqua by SPL foi lançado em setembro de 2023 e está localizado na Avenida das Figueiras, região nobre de Sinop e próxima ao centro comercial. O empreendimento tem 448 unidades em todo complexo e, segundo Paula, as torres são projetadas para garantir a privacidade e conforto aos moradores.
Além disso, o empreendimento possui diferentes plantas, com 2 ou 3 quartos com uma suíte e varanda, além de pontos de acesso para o ar-condicionado, item indispensável em Sinop.
O carinho no projeto, descrito por Paula, poderá ser sentido pelos moradores do lado de fora dos seus apartamentos. O Acqua foi pensado para ser um condomínio com conceito de resort, um empreendimento vertical que oferece mais do que paredes de concreto empilhadas.
Começando pela água. A estrutura de uso comum do Acqua conta com uma piscina infantil, uma para adultos e uma piscina com raias, além de um spa. Possui inúmeras áreas de lazer no térreo, com um salão de festas, playground, espaço teen, brinquedoteca, salão de jogos, espaço só para receber encomendas delivery, um jardim de aromas e espaço pet.
Para os amantes de um bom churrasco, tem até um local para fazer fogo de chão. Na parte de esportes, o condomínio conta com uma academia, espaço funcional, bicicletário coberto com oficina, quadra de areia e quadra poliesportiva.
Para curtir a melhor vista da cidade, o rooftop abriga um cinema e um bar para deixar aquele encontro com os amigos ainda mais intimista. “Espaços diferenciados para usufruir bons momentos e atender o padrão de qualidade de vida que o sinopense almeja”, ressalta Paula.
Com tantos atributos, o resultado não poderia ser outro: em poucos meses, o Acqua by SPL é um sucesso de vendas, com mais de 90% do empreendimento vendido na cidade.
Para quem passa em frente às obras, se surpreende com a evolução das torres, com previsão de entrega no primeiro semestre de 2026.
Novos Ares chegam a Sinop
Enquanto o Acqua segue em ritmo acelerado, do outro lado da avenida o segundo empreendimento da SPL promete elevar novos horizontes na cidade.
Lançado em junho de 2024, o Ares Eco Club é o segundo empreendimento da SPL na Capital do Nortão e segue o mesmo sucesso de vendas do Acqua by SPL.
Segundo Paula, o Ares tem uma pegada mais ecológica e conta com a Certificação Edge, um registro que comprova a execução de projetos modernos e sustentáveis, principalmente na economia no consumo de energia e água.
Além disso, o Ares Eco Club traz mais espaços de área verde e que enfatizam a vegetação ornamental. A começar por uma casa de campo, que traz um espaço intimista e piscina privativa para aquele evento particular. Se no passado o sinopense que morava em uma casa no centro e passava os finais de semana no seu rancho em uma chácara, hoje, com o Ares, a experiência de lazer poderá ser vivenciada apenas descendo o elevador.
Mas as inovações não contemplam só os rústicos. O Ares terá um complexo de piscinas integrado, incluindo uma parte coberta, dois rooftops e um salão de festas privativo, grandes diferenciais do empreendimento.
E não para por aí. Com dois negócios já engatilhados na cidade, a SPL Engenharia já tem um novo empreendimento a vista para 2025, trazendo ainda mais inovação ao mercado imobiliário na Capital do Nortão.
“A SPL é uma empresa que preza pelos seus valores e uma das máximas que temos é o pensamento de que o apartamento que o cliente vai investir é um sonho na sua vida. Então, precisa ser muito especial”, comenta Paula.
É exatamente o que Sinop foi para a maioria das pessoas que escolheram a cidade para morar.
2021
Roberto Dorner é eleito prefeito

EMPRESÁRIO ASSUME GESTÃO
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No dia 1º de janeiro de 2021, tomaram posse o prefeito eleito Roberto Dorner e seu vice Dalton Benoni Martini
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As solenidades foram realizadas nas dependências da Câmara, sem a presença de público, em razão da pandemia da COVID 19
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Neste ano, as comemorações do aniversário de Sinop continuaram suspensas em razão da pandemia
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Em 2021, as atividades escolares em Sinop e vários atendimentos públicos em boa parte do ano, foram suspensos ou feitos à distância em razão do agravamento da pandemia
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O uso de máscara passou a ser obrigatório para toda a população durante praticamente o ano todo
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Em outubro de 2021, é inaugurado o Shoping Sinop, maior empreendimento comercial na modalidade implantado no Norte de Mato Grosso
NOVO TERMINAL RODOVIÁRIO
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Teve início em janeiro de 2021 a obra do novo terminal rodoviário de Sinop
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O prédio fica localizada na Avenida das Palmeiras, próximo à Avenida dos Jacarandás, no Jardim das Primaveras
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A obras foi dividida em duas etapas:
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na primeira, com prazo de entrega para setembro, a edificação terá em torno de 5,7 mil m² para acomodar o fluxo de ônibus e de usuários do terminal
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na segunda, construção a parte comercial com lojas de variados segmentos (alimentação, vestuários, entretenimento e outros)
PIB PER CAPITA (2010-2021)
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2021: R$ 64.607,12
FROTA VEICULAR: 142.608 veículos
Automóvel: 47.361
Caminhão: 4.571
Caminhão trator: 2.763
Caminhonete: 16.618
Camioneta: 3.174
Ciclomotor: 727
Micro-ônibus: 174
Motocicletas: 35.853
Motoneta: 21.272
Ônibus: 298
Quadriciclo: 1
Reboque: 3236
Semirreboque: 4.598
Sidecar: 4
Trator de esteira: 1
Trator de rodas: 18
Triciclo: 55
Utilitário: 1.869
Outros: 15