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2001
Cezar Luiz Biazus

ENERGIA PARA SE REINVENTAR
Um herdeiro de colonizadores deixa a terra fundada pela sua família para empreender no Norte de Mato Grosso. Desse fio desencapado surge uma das principais empresas de material elétrico de Sinop, instalada por um homem plugado com a cidade
É da mesma categoria a energia utilizada por quem chegou na primeira década para desbravar e a de quem enfrentou as solapadas da economia quando a cidade já estava consolidada? Essa não é uma competição possível porque não se trata de uma disputa individual, mas de um trabalho de equipe. Sinop é o resultado de diferentes ondas migratórias, sejam discernidas pelo tempo, perfil, impacto ou condição.
Cezar Luiz Biazus pode não ter participado dos primórdios da formação de Sinop, mas o sangue colonizador corre em suas veias. Seu avô, Benjamin Luiz Biazus, era filho de imigrantes italianos, que se estabeleceram em Flores da Cunha, no interior do Rio Grande do Sul. Anos depois, seu filho Olivo Constantino Biazus – pai de Cezar – formou-se em Contabilidade, operando um depósito de vinhos em Porto Alegre (RS).
Para contextualizar a história, é importante relembrarmos que, da metade da década de 1930 até o final dos anos 40, durante o regime do Estado Novo, o presidente da República, Getúlio Vargas, deu início à chamada “Marcha para o Oeste”, um movimento nacionalista que estimulava a migração de pessoas para ocupar o território mais a Oeste do Brasil. A meta era descentralizar a economia de um país costeiro e desenvolver as regiões Centro-Oeste e o Norte. Mas a falta de infraestrutura fez a marcha parar no Oeste do Paraná e em um pedaço do Mato Grosso do Sul.
Alfredo Pascal Ruaro, que era casado com uma prima – irmã de Benjamin –, e mais um grupo de sócios em uma colonizadora, adquiriram uma gleba no Oeste do Paraná que pertencia a Miguel Emilio Matte. O avô de Cezar foi convidado para ser o gerente nessa empreitada. Uma parte dessa gleba foi batizada de Iguaçu, onde foi fundado o município de Matelândia, uma homenagem ao seu antigo proprietário.
Era o ano de 1950. Benjamin deixou Flores da Cunha no dia 26 de maio, chegando em 11 de junho na região onde seria desenvolvida a colonização de Matelândia. “Meu avô foi um dos fundadores do novo município. Era um grupo composto por 8 pessoas, sendo 6 homens, uma mulher e uma garota ainda bem novinha”.
Nesse chão, os Biazus prosperaram. O pai de Cezar trabalhou como contador da colonizadora, foi responsável por gerenciar uma empresa de beneficiamento de café e uma de beneficiamento de grãos. Atuou como professor de matemática e sempre participou ativamente da sociedade organizada distinguindo-se como notável cidadão matelandiense em áreas educacionais, esportivas, sociais e culturais. Uma década após a migração para Matelândia, no dia 25 de abril de 1960, nasce Cezar. Ele é o quarto e mais novo filho da família, que já tinha 3 meninas.
Aos 16 anos, Cezar foi para um colégio agrícola. Estudou lá por 3 anos e tentou o vestibular para Engenharia Agrícola, em Cascavel (PR). Não passou. Então voltou para Matelândia, refez o 2º Grau, agora para ter a formação técnica em Contabilidade – sem nunca exercer de fato a profissão. “Nessa época, fui presidente da Comissão de Formatura. A turma viajou por 15 dias no Rio de Janeiro, com todas as despesas pagas, graças ao bom trabalho desenvolvido durante o período. Fizemos diversas atividades para arrecadar esse dinheiro, e ainda sobrou para a compra de duas máquinas de escrever Olivetti, doadas para a escola de datilografia do colégio”, rememora Cezar.
Do primeiro casamento nascem Camille Maraya, em 1984, e Alécio André, no final de 1986. Nesse meio tempo, Cezar se entrelaçava com a sociedade, exercitando a ligação que tinha com aquela terra fundada pelo seu avô. Ele fez parte da diretoria, chegando a ser presidente do Clube Esportivo Aymoré, um time de futebol fundado em 1955, que chegou a ser campeão da Taça Paraná no ano de 1974. Cezar também integrou o Sindicato Rural da cidade e o Matelândia Country Club, uma associação recreativa da cidade.
Seu engajamento fez com que em 1988, na volta do processo de redemocratização, o PDMB o convidasse para disputar a cargo de vereador. Ele se elege, tornando-se presidente da Câmara e depois líder do prefeito. “Entre outros importantes projetos, consegui criar um projeto histórico, que documentou e registrou toda a história de Matelândia, além de mobilizar prefeitos da região para a duplicação da BR-277, que ligava a cidade até Foz do Iguaçu. Fomos ao Ministério dos Transporte, Ministério da Justiça, Polícia Rodoviária Federal, provocamos a vinda do ministro dos Transportes, que acabou visitando a cidade e vendo de perto a situação”, conta Cezar.
As obras de duplicação da rodovia iniciaram em 1993, quando Cezar já estava fora da política – seu mandato se encerrara em 1992. Fora da Câmara, volta a se envolver com o Aymoré, e a equipe é várias vezes campeã regional. O estádio do time leva o nome do seu pai, Olivo Constantino Biazus.
De volta à iniciativa privada, Cezar é convidado a administrar a construção de um centro comercial em Foz do Iguaçu, em uma área de 8 mil metros quadrados. Entretanto, o que era para durar 18 meses, demorou 4 anos. “Foi bem na transição da moeda para o plano Real. Criou-se a URV (unidade real de valor). Antes, era mais comum os paraguaios atravessarem a fronteira para fazer compras no Brasil, mas com a supervalorização da nossa moeda, a situação se inverteu”, explica Cezar.
No meio dessa jornada, em 1993, Cezar casa-se pela segunda vez. Sua esposa, Rosiane Ribeiro Biazus, tinha dois filhos, Elton e Douglas. Em 1998, o casal gera Gabriela Ribeiro Biazus, a caçula da família.
Com o empreendimento em Foz do Iguaçu concluído, Cezar regressa para Matelândia. Em uma conversa com o então prefeito da cidade, comenta que iria para o Mato Grosso abrir uma loja de materiais elétricos em Sinop, porém, foi dissuadido pelo gestor. O líder do Executivo, que pertencia ao grupo de oposição àquele que Cezar integrou, convidou-o para ser Secretário de Administração. “Antes de tudo, eu me reuni com o meu partido (PMDB) para discutir essa proposta. Com o aval da minha agremiação política, eu assumi a Pasta, mesmo tendo integrado a oposição no passado”, revela.
Cezar é nomeado em 1998. Sua meta como secretário era aplicar um controle de gastos, reduzindo as despesas da máquina pública para fazer frente aos novos empreendimentos que a cidade precisava.
Na virada do milênio, o mandato do prefeito se encerra, assim como o cargo de Cezar na pasta de Administração. Era hora de reascender aquela luz do passado. Um dos seus cunhados tinha uma loja de materiais elétricos no Paraná. Foi dele a ideia de Cezar empreender nesse setor na cidade de Sinop. O “plus” era o outro cunhado, que em 1992 havia se tornado sócio da Maracaí Madeiras – mas nunca chegou a residir na cidade. “Já era para ter vindo a Sinop nessa época, em 1992. Os outros projetos acabaram apenas adiando”, reflete Cezar.
Por 6 meses, ele passou dentro da loja do cunhado para aprender o máximo possível sobre o comércio de materiais elétricos: como comprar, como vender e os pontos técnicos que a atividade exige. Enquanto isso, vem a Sinop para procurar um prédio para abrigar a futura loja. “Era um imóvel que estava em fase de construção, só o esqueleto, mas com obra em andamento. Ficava em uma avenida larga, com um bom canteiro central, asfalto na frente. Me encantou. Combinei com o proprietário a locação e adiantei o dinheiro para concluir o prédio, abatendo do aluguel”, lembra Cezar.
O prédio a ser acabado é o mesmo imóvel onde funcionou a Eletronop Materiais Elétricos até o ano de 2024, na centralidade da Avenida dos Tarumãs.
Em 9 de julho de 2001, Cezar se muda em definitivo para Sinop, e em 13 de agosto ele abre as portas da loja. Toda a expectativa da nova terra, do novo negócio e a ânsia de desbravar presentes no seu DNA são solapados pela realidade. No primeiro dia, a loja tinha vendido apenas R$ 18. “Nesse momento, percebi que se ficássemos na loja, esperando o cliente entrar, nós íamos morrer de fome”, exclamou Cezar.
Então o empresário pegou a camionete da firma, encheu de produtos e foi percorrer a região. Começaram a visitar comércios das cidades vizinhas e oferecer os materiais. No primeiro dia, R$ 8 mil em vendas. Depois de uma noite de descanso, outra rota e um resultado similar. O que era para ser uma loja de varejo, em um prédio recém-construído, virou um atacado sobre rodas.
Pelo menos, dessa forma a Eletronop estava vendendo. Mas vender é uma coisa, receber é outra. A maioria dos clientes pagava com cheque pré-datado, que só poderia ser descontado em alguns dias. Em pouco tempo, o estoque foi ficando tão vazio quanto o caixa. Nessa toada, a Eletronop não iria conseguir dar o giro necessário, comprando mais materiais para nutrir seu atacado itinerante. Então, Cezar decidiu economizar combustível, encurtar as viagens e rodar com a camionete, fazendo venda ativa dentro da cidade. Visitava obras e empresas, fazia vendas em volumes menores, mas recebia no ato. “Não tem nenhuma obra do Jardim Maringá que eu não tenha entrado. Visitei todas as madeireiras da cidade. E com isso conseguimos formar carteiras no atacado e também no varejo. Foi o pé na pista, sair de dentro da loja para vender que viabilizou o negócio”, avalia Cezar.
Com essa mescla, a loja da Eletronop começou a cumprir seu papel. Clientes voltavam para comprar. O negócio alcançava a solidez no ritmo do progresso da cidade. Até que vem a crise de 2004-2005. A derrocada do setor madeireiro, provocado por uma saraivada de operações ambientais, chutou os alicerces da economia local. A agropecuária, que começava ocupar a posição de eixo da economia local, também sofre um duro golpe com a desvalorização das commodities. O dinheiro “some” das ruas e os comércios de toda natureza sentem o golpe. A loja volta a dar traço, obrigando Cezar a se reinventar novamente. Nessa mesma época, a Rede Cemat (antiga concessionária de energia em Mato Grosso) passava por mudanças internas. “Houve alterações nas Normas Técnicas de instalação de padrões e de entradas de alimentação de energia. Nós, então, fomos estudar essa NT e passamos a fabricar os barramentos de cobre”, lembra.
Cezar também retomou o modelo “atacado sobre rodas”. Ciente da implantação do grande complexo industrial da Sadia em Lucas do Rio Verde, ele visualizou esse novo mercado. Muitas granjas de aves na região, especialmente em Tapurah, foram atendidas pela Eletronop nessa fase. “Nunca, em nenhum momento, pensei que fôssemos dar errado. Por mais que fosse preciso se reinventar, mudar o curso, sabia que teríamos sucesso. Inclusive, sempre tive metas ousadas de faturamento. Foi sempre uma questão de arregaçar as mangas e fazer acontecer”, revela o empresário.
A crise foi se dissolvendo, Sinop retomou seu crescimento e a loja voltou a ser o principal canal de vendas. Quando Cezar já não precisava mais pegar a estrada, perdeu um bem inestimável nela. Seu segundo filho, Alécio André, havia se mudado para o Paraná em 2011 para concluir a faculdade. Em janeiro de 2012, Cezar foi à Matelândia visitar os familiares. Durante uma viagem entre Medianeira e Matelândia, que Alécio fazia na carona com um amigo, o veículo capota na BR-277 – a mesma que Cezar tanto lutou para duplicar quando era vereador. O sinistro ceifa de forma prematura a vida do filho, aos 26 anos de idade. O desconforto toma conta do semblante espirituoso de Cezar ao comentar a tragédia.
Nesse tempo, a “lojinha” de materiais elétricos se consolidou como uma importante empresa do segmento. Hoje, a Eletronop não faz mais vendas externas, visitando obras e outros comércios. Sua marca se tornou referência na cidade, algo que é constatado pelo Mérito Lojista – o “Oscar do Varejo” –, premiação conferida pela CDL Sinop às empresas de maior destaque em cada segmento. Das 20 edições do prêmio, a Eletronop venceu 18 na categoria loja de materiais elétricos.
A nova fase da empresa foi deflagrada em 2024 com a inauguração da sede própria da Eletronop, algo que Cezar vislumbrava desde o começo. O novo prédio, construído com o propósito de abrigar a Eletronop, também fica na Avenida dos Tarumãs. São 2,7 mil metros quadrados de construção em uma ampla e moderna estrutura, que dispõe de um showroom de 343 metros quadrados. Nesse espaço estão expostos parte dos mais de 12 mil itens comercializados pela empresa. Com designe limpo e funcional, a sede própria permite que clientes vislumbrem os materiais que podem usar na sua obra. Há inclusive um espaço destinado para arquitetos e profissionais da decoração, onde é possível discutir detalhes dos projetos em desenvolvimento.
A nova loja está preparada para o momento. A sede própria tem um sistema de energia off-grid, inclusive com um ponto de recarga para veículos elétricos. Um robusto sistema de internet foi implantado com um programa especializado – ferramentas que garantem agilidade e eficiência no atendimento. Se no passado a Eletronop precisou rodar com uma camionete para atender os clientes, agora a empresa conta com um “bot” (um programa de computador que opera como um robô com inteligência artificial) para agilizar os atendimentos. “É mais uma ferramenta pensada para atender o novo perfil de clientes, mas que não diminui o serviço personalizado prestado pela nossa equipe, que tem conhecimento amplo do que oferecemos”, explica Cezar.
Em 2024, a Eletronop conta com 28 funcionários, atendendo uma clientela que chega até Santarém (PA). Cerca de 30% de tudo que a loja vende vai para obras fora de Sinop. Já as dimensões desse comércio são incomparáveis. “Sinop não cresce em progressão aritmética ou progressão geométrica. É uma outra unidade de crescimento, um lugar sem igual. Acredito que em 30 anos Sinop vai passar a casa dos 600 mil habitantes. Sinop vai surpreender até os mais otimistas. Em breve, a cidade terá uma ferrovia, diferentes modais de transporte, porto seco... Se cresceu o que cresceu sem estrutura, imagina nos próximos anos! Eu acredito que, em breve, teremos uma Bolsa de Valores em Sinop, tamanha será a importância dessa cidade no cenário econômico nacional”, projeta Cezar.
E para crescer junto, ensina o empresário, é preciso ter energia para se reinventar.
Um curto e um circuito
No Paraná, Cezar sempre esteve ligado à comunidade do qual fazia parte. Ele mudou de estado, mas continuou na mesma fase. Para além da Eletronop, o empresário se plugou à sociedade civil organizada, integrado e mobilizado, mesmo sem passar necessariamente por dentro do Poder Público.
Logo na sua chegada, em 2001, desenvolveu – e protocolou junto à Prefeitura de Sinop – um projeto que sugeria um estacionamento no canteiro central da Avenida dos Tarumãs. “Eu entendia que tinha que ter o estacionamento dos veículos, uma pista de caminhada e jardinagem, aproveitando bem aquele espaço público”, revela Cezar.
O projeto acabou em uma gaveta. Em 2008 e 2009, com Sinop bem maior, Cezar começou a reunir outros empresários a fim de reivindicar um projeto urbanístico na avenida. Ele conseguiu mobilizar 32 proprietários de empresas estabelecidas na Tarumãs, que levaram a demanda para o então prefeito Juarez Costa. Do encontro surgiu um acordo: o Poder Público faria as obras de base, com drenagem e aterro do ‘valetão’, e as empresas pagariam o pavimento. A avenida acabou sendo completamente remodelada, e hoje é um dos modelos de uso do espaço urbano, integrando estacionamento com pista de caminhada e paisagismo.
Em 2006, Cezar integrou a Aces (Associação Comercial e Empresarial de Sinop), fazendo parte da diretoria presidida por Olavo Reinehr, contribuindo com o processo de reestruturação da entidade. Em 2024, o empresário ainda integra a diretoria da Associação, hoje com mais de 500 empresários.
Cezar também integrou a diretoria da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Na comissão de construção da Catedral Católica Sagrado Coração de Jesus, ao lado de lideranças, contribuiu para desenvolver iniciativas que tinham por objetivo arrecadar fundos para a conclusão do piso, calçada e iluminação do templo religioso.
O empresário também é um dos sócios-fundadores e conselheiro de administração da Sicoob Norte MT, a primeira cooperativa de crédito genuinamente sinopense, que hoje está com mais de 30 mil associados.
Dentro do seu nicho, há 20 anos Cezar promove a Festa do Eletricista, que na última edição reuniu 300 profissionais dessa área. “Nós temos em Sinop um patrimônio cultural e intelectual muito relevante. A cidade é uma fábrica de conhecimento, e isso me leva a crer que a próxima geração dará uma nova evolução para Sinop, de uma forma ainda mais enérgica do que presenciamos até agora”, profetiza o empresário.
Esse parece ser um bom circuito.
2001
Cesa e Fátima - Grameira Sinop

DEVOLVENDO O VERDE PARA SINOP
A cidade aberta no meio da floresta foi perdendo a cor à medida que crescia. O progresso econômico e populacional foi muito. E mais ligeiros que os avanços em infraestrutura urbana. Por três décadas, Sinop foi marrom, mas não é mais. Uma das mãos que ajudou a trazer a cor de volta é de um homem de 50 anos de idade, que veio dos campos, mas, não conhecia seca
Até o ano 2000, não existia grameira em Sinop. Essa informação diz muito sobre a cidade. Toda grama plantada nessa época não manteria uma empresa aberta. Em 2001, um homem com 50 anos de idade tenta mudar essa lógica e abrir uma grameira em uma cidade da qual nunca tinha ouvido falar. Assim surge a Grameira Sinop, que em 2024 produz cerca de mais de 800 mil metros de grama por ano. De leiva em leiva, a empresa encaixa uma peça verde na paisagem urbana no Norte de Mato Grosso.
O homem que se aventurou a produzir e vender grama em Sinop é Alcir José Cesa. Ele nasceu rodeado de verde, na roça. Seus pais migraram da cidade de Caxias do Sul (RS), em busca de um lugar melhor, e se estabeleceram em um vilarejo chamado Barra do Leão, localizado no município de Campos Novos (SC) – que recebeu esse nome justamente pela vasta extensão de áreas cobertas por grama onde o gado pastava. No dia 17 de setembro de 1951, Cesa vem ao mundo. É o primeiro filho de Dorvalino e Mercedes, que ainda teriam mais 07(sete).
Na pequena propriedade rural, a família plantava milho, arroz, feijão e criavam porcos e mantinha algumas vacas de leite, que ajudavam a trazer o sal para casa. Desde menino se envolvia nos serviços da roça, percebendo em suas mãos – e principalmente em seus pais – o quão sofrido era a vida de quem precisava lavrar a terra para comer. Por isso, quando sua família o matricula na pequena escola que ficava a 3 km de distância da sua casa, Cesa sente que talvez o estudo seja uma forma de fugir do cabo da enxada.
Ele pega gosto pelos estudos. Aluno dedicado, com 10 anos de idade já era empurrado pelo professor para ensinar as tarefas aos alunos mais novos. O menino Cesa tinha certeza que havia achado seu lugar no mundo. Não tirava da cabeça a vontade de, quando crescer, ser professor.
Mas ele cresceu e o magistério não veio. Aos 18 anos, Cesa imagina que o Serviço Militar obrigatório poderia carimbar a sua passagem para fora da roça. Segue a praxe, fazendo seu registro na Junta Militar da região. Aplicaram testes de força e resistência e o condicionamento físico dado pela lida de campo pesou em seu favor. De 120 jovens, dois foram selecionados: Cesa e um primo seu. O jovem então junta seus panos e parte para o Quartel onde seria alistado, em outra cidade. Chegando lá é dispensado por excesso de contingente. “Eu queria a carreira militar. Quando recebi a dispensa, voltei para casa chorando”, conta Cesa, ainda de forma emocionada.
Como a carreira militar deu errado, Cesa precisava encontrar outro rumo. Ele conversa com seu pai e pede espaço na terra para fazer uma roça de feijão e engordar dois porcos. A pequena lavoura rende 16 sacas de feijão. Um dos porcos engordados chegou a 104 quilos e o outro a 98 quilos. Ele passa a régua na sua produção, pega o dinheiro, compra uma mala de papelão e volta para casa. Lá, recheia a mala com algumas roupas e pertences pessoais se despedem dos pais e pega a estrada para nunca mais voltar.
Depois de caminhar por 15 quilômetros, Cesa chega até uma estação de trem da ferrovia do Contestado. No dia 27 de janeiro de 1970, ele compra um bilhete e embarca na locomotiva a diesel. Foi a primeira vez que Cesa andou de trem e uma das últimas que um trem andou naquela ferrovia. Ele chega até Joaçaba (SC), onde compra uma passagem de ônibus da Reunidas até Pato Branco (PR). “Naquela época, havia uma debandada de jovens – e até mesmo de famílias – para o Paraná, em busca de formar uma nova vida. Eu não sabia o que iria fazer quando chegasse lá, mas queria ir para essa nova região”, lembra Cesa.
Em 28 de janeiro, ele entra no ônibus e, por estradas de terra, chega ao Paraná. Dorme em Pato Branco e no dia seguinte vai para Francisco Beltrão (PR). No dia 31, parte para Cascavel (PR). Lá encontra um tio, que tinha terras em Catanduvas/PR, e lhe oferece serviço na roça. O novo mundo que Cesa buscava se parecia demais com o antigo. Mas depois de um ano trabalhando com o parente, uma oportunidade surgiu. A recém-emancipada cidade de Catanduvas precisava de professor, e o prefeito da época chamou Cesa para ministrar as aulas. O sonho de menino, enfim, começava a se materializar... Pelo menos é o que parecia.
Cesa vai dar as aulas. Mas, no final do mês, nada do salário chegar. Depois de uma sequência de atrasos, enfim, o prefeito lhe entrega um cheque. Quando tenta compensá-lo no banco, descobre que não tinha fundos. Cesa fica nesse jogo por um ano e só não passou fome porque continuava morando com o tio.
Sem perspectiva, decide aceitar uma proposta de emprego como vendedor na Casa Barateira – uma espécie de armazém com artigos variados. “Nesse emprego, comecei a mudar de vida”, afirma Cesa. No mesmo ano se casa. E no ano seguinte, em 1973, nasce sua primeira filha, Ele junta algumas moedas e encomenda pelos Correios o material do curso de escritório fornecido pelo Instituto Universal Brasileiro. Estuda sozinho e se forma por correspondência. Depois de dois anos como vendedor passa a trabalhar na contabilidade do armazém. Então volta para o colégio onde faz o curso técnico de Contabilidade e tira o seu registro no CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Por 05 anos, Cesa atua nesse setor na Casa Barateira, até que os proprietários vendem tudo e decidem migrar para Paranatinga, no Mato Grosso. Cesa chega a ser convidado para ir junto, mas decide ficar.
Então, em 1977, aos 26 anos de idade, ele abre o seu escritório de contabilidade. Enfrentou varias dificuldades e decide fechar o escritório, pois dinheiro não recebia como deveria. Devolve o imóvel locado. Nesse meio tempo, em 1981, nasce sua segunda filha, mas ela vem a óbito 60 dias após o parto. Após o baque, o casal tem uma terceira filha, que nasce em 1983.
E, em 1984 começa trabalhar na Camagril Cascavel Máquinas Agrícolas S.A, aonde vai atuar como vendedor de máquinas agrícolas. Mas a vida prega surpresas e o relacionamento não deu certo. O casal decide se separar. Passou um tempo sozinho, e encontra uma nova esperança amorosa. Conhece a pessoa a qual viria a se casar novamente. Fátima Natt, uma professora do município por quem Cesa se apaixonou e com quem compartilha a sua vida até hoje.
Cesa trabalhou por dois anos como vendedores de máquinas agrícolas. E em 1985, nasce seu primeiro filho com Fátima, André Luis. O nascimento também marca um momento de transição na vida profissional. Cesa larga o emprego de vendedor para tentar ser patrão pela primeira vez. Com muita coragem, compra a Coprata, uma revenda de fertilizantes agrícolas localizada no município de Três Barras no Paraná. “Muitas vezes na minha vida eu passei por humilhações quando tentei pedir um emprego. Quando comprei essa empresa, foi por necessidade, era uma forma de sobreviver, mas mesmo assim deu uma sensação de que não passaria mais por aquele tipo de constrangimento. É algo muito doloroso, porque a pessoa que chega procurando um emprego, muitas vezes, não tem nada, nem força para aguentar uma pisada”, comenta Cesa, que coíbe até os dias de hoje qualquer tipo de constrangimento a alguém que entre na sua empresa em busca de trabalho.
A Coprata foi comprada “fiada”, com uma promessa de pagamento. Cesa constrói uma casa para a família nos fundos e começa fazer a empresa girar. No apuro, usa a força do colono e a ciência do contador para que seu negócio progredisse. Consegue pagar as contas, aumentar o movimento e alavancar as vendas. Já nessa nova fase, o casal tem o segundo filho, Alcir Fernando nascido em 1989.
Em 1993, Cesa e Fátima vendem a empresa por três vezes mais o valor que compraram. Com o dinheiro, se mudam para Cascavel (PR), onde abrem um restaurante de beira de estrada. O estabelecimento ficava na rota dos “muambeiros”, que viajavam até o Paraguai para comprar mercadorias que seriam revendidas no Brasil. Fátima era quem cozinhava e Cesa cuidava do salão. Nos picos de final de semana, o fechamento do caixa formava bolos de notas de Dólar. Com o início do Plano Real e valorização da moeda nacional frente à americana, atravessar a fronteira para comprar era algo muito rentável. E foi assim até 1996, quando o Governo Federal reduziu a cota aduaneira, encolhendo o valor das mercadorias que poderiam ser trazidas para o Brasil livres de impostos. “Em 1997 decidimos vender o restaurante. Trocamos por um Fiat Uno e um calhamaço de cheques. Trabalhar com restaurante não dava mais”, revela Cesa.
Outra vez era preciso recomeçar. Fátima consegue um emprego como vendedora na empresa do seu irmão, a Grameira Iguaçu. Cesa não queria voltar a ser empregado, mas também não havia boas oportunidades de negócio em vista. Ele então faz um acordo com o cunhado para fazer o plantio das gramas que ele vendia, em troca de uma comissão de 15%. E assim, Cesa percorria a região com uma caminhonete F-1000 carregada de leivas de grama, descarregava os tapetes, preparava o solo e fazia o plantio.
Com o passar do tempo, o casal foi aprendendo sobre o negócio. Fátima se mostrou uma excelente vendedora e Cesa pegou os trejeitos da operação. O casal discutia sobre abrir sua própria grameira, mas em Cascavel seria impossível – tanto pela consideração ao irmão de Fátima, quanto pelo mercado, que não comportaria duas empresas do mesmo setor. A situação foi corroendo Cesa aos poucos, até o dia em que houve um rompante.
No final do dia, ele pega o carro e vai até sítio (adquirido no ano de 2000), em Três Barras/PR, buscando no silêncio e na escuridão uma forma de reorganizar seus pensamentos. Em dado momento, no lugar em que ele estava preparando para construir um pequeno oratório para Nossa Senhora, Cesa dobra seus joelhos e começa a falar com Deus. “Senhor, estou em perigo. Muda eu daqui. Acha um lugar para mim, se assim for da tua vontade”, conta Cesa.
Não foi uma oração, foi uma súplica. Naquela mesma semana, Nereu, outro irmão de Fátima, que morava em Cuiabá, liga para ela. Na conversa, o irmão fala que o casal deveria sair de Cascavel, e emendou com um convite para que eles fizessem uma visita a ele na capital de Mato Grosso.
Cesa e Fátima entendem o sinal. Em agosto de 2001, viajam para Cuiabá. Percorrem algumas cidades do estado em busca de um bom lugar. Conhecem Primavera do Leste e acham que talvez naquela cidade pudessem montar uma grameira. Nereu comenta que no Norte de Mato Grosso também era um lugar que estava crescendo e cita nominalmente a cidade de Sinop. Mesmo vivendo no Oeste do Paraná boa parte da sua vida, Cesa nunca tinha ouvido falar de Sinop. Fátima retorna para Cascavel e, em setembro de 2001, Cesa vem conhecer o tal do Nortão. Ele vai a Guarantã do Norte, Novo Mundo, Terra Nova do Norte, Peixoto de Azevedo e Sinop. “Voltei para Cascavel e falei para Fátima: ‘Sinop é uma cidade que tem tudo para fazer; está começando a deslanchar’. Ela então me disse para voltar a Sinop e passar mais uns dias para conhecer de fato a cidade, e então tomamos uma decisão”, lembra Cesa.Ele volta para Sinop e anda por toda a cidade. Vê que a maior parte não está pavimentada e que quase não existia grama, seja nos canteiros públicos ou nos quintais. A cidade erguida em uma clareira na entrada da Amazônia tinha um tom marrom terra. Os poucos domicílios com grama traziam as leivas de Cuiabá. Não havia nenhuma grameira na cidade que plantasse e vendesse grama. Cesa já tinha sido fisgado.
Ele volta para Cascavel, vende o sítio em Três Barras no Paraná e compra um caminhão Mercedes 710 – joia que faz parte da frota da grameira até hoje (2024). Na carroceria coloca um fogão, um freezer, um colchão e uma mala de roupa. No dia 2 novembro de 2001, feriado de Finados, com 50 anos de idade, Cesa parte em definitivo para o Mato Grosso. Ele dorme a primeira noite em Coxim (MS), depois vai até Cuiabá, no cunhado. No domingo, 05 de novembro, às 12h30, ele chega em Sinop e para na frente ao antigo Posto Caiçara ( Em 2024/hoje fica ao lado direito do viaduto, ma não existe mais).
“Assim que parei, senti uma dor forte no braço direito. Foi o emocional que atacou. Era o vínculo que eu tinha com Cascavel se rompendo”, conta Cesa.
Na segunda-feira dia 06 de novembro pela manhã, Cesa aluga uma casa na Rua das Primaveras, nº 5867, no Jardim Primaveras, e com um endereço, na tarde do dia 6 de novembro de 2001, constitui a sua empresa: Grameira Sinop. No muro em frente ao escritório/residência, Cesa escreve com tinta o nome da empresa.
Fátima ficou no Paraná, mantendo o emprego para bancar as contas no início dessa operação. O primeiro serviço da Grameira Sinop apareceu quase dois meses depois. Foi para o irmão de um advogado. Cesa comprava a grama do cunhado, em Cuiabá, e vendia em Sinop.
No final de 2001, a Grameira conseguiu seu primeiro grande cliente. A Cargill contratou 4,7 mil metros quadrados de grama para fazer a cobertura em torno do seu armazém. Foi o start para outras contratações do tipo e para que a Grameira saísse do vermelho.
Enquanto isso, o empresário buscava por uma área para ter seu próprio plantio de grama. Ele tinha um dinheiro reservado para compra, mas os preços já estavam mais altos do que ele encontrava lá no Paraná. “Pediam R$ 50 mil o hectare”, conta Cesa, explicando que procurava por uma terra perto da cidade, com boa topografia e fácil acesso.
Demorou até março de 2002 para Cesa achar seu pedaço. Era uma área de 15 hectares, na BR-163, km 863, um pouco mais ao Norte do Camping Clube. Ele conseguiu comprar a terra por R$ 84 mil. Cesa comemorou. Parecia o último obstáculo a ser superado.
O empresário prepara o terreno e compra um caminhão de grama do cunhado para fazer as mudas. Empreita alguns trabalhadores e inicia o plantio. No dia 6 de maio de 2002, a primeira muda é plantada. O pessoal de Mato Grosso, que Cesa contratou para plantar, balançava a cabeça no serviço em tom de negação. “Eles diziam: ‘tem que pôr água... está plantando grama na poeira......’”. Cesa não tinha passado pelo período de seca e não tinha ideia de que, na região, não chove durante 05 (cinco) meses consecutivos do ano. Para o cunhado de Cesa, que fazia parte dessa sociedade, parecia algo tão obvio que ele se esqueceu de avisar.
Lá vai Cesa correr de novo. Agora, atrás de tubulações, mangueiras e uma bomba d’água. Precisou aprender como lidar com a irrigação. Depois de 03(três) meses havia plantado em 05 (cinco) hectares. Em outubro, teve que replantar 1,5 hectares, que morreu por falta de água. Mas nisso Fátima já estava por perto para ajudar. Ela deixa Cascavel e vem para Sinop em julho de 2002.
A primeira colheita de grama esmeralda da produção própria foi realizada em abril de 2003. Por ironia, não ficou em Sinop. Foi vendida para uma empresa que plantava grama em Sorriso (MT). Todo dinheiro que entrava era reinvestido na grameira. No final de 2004, a Grameira Sinop fecha os 10 hectares de grama plantada, colhendo em um ciclo de um ano e dois meses.
A esmeralda produzida em Sinop aos poucos ia devolvendo o verde para cidade, apagando o pó e melhorando a urbanidade. A Grameira também passa a fornecer leivas para toda região, especialmente para armazéns, os grandes consumidores. Ainda em 2004, Cesa compra a segunda área, somando mais 15 hectares. Em 2006, abre uma grameira em Lucas do Rio Verde, onde planta em uma área arrendada de 20 hectares.
Já em 2007, ele compra mais 22 hectares para plantar grama. Nesse mesmo período, muda a loja da Grameira do bairro para o centro, mas ainda na Rua das Primaveras. Em 2009, adquire essa casa e o lote vago ao lado e também compra uma área de 25 hectares na MT-140 para plantar grama. O lote vago vira sede própria em 2011, quando Cesa constrói o imóvel onde está a loja e o atual escritório da Grameira Sinop. Em 2020, uma nova área de 15 hectares e somada e outra área de plantio em 2022 é arrendada, com 25 hectares.
Em 2024, a Grameira Sinop produz grama em 120 hectares na cidade de Sinop e mais 100 hectares em Lucas do Rio Verde. A empresa vende por ano cerca de 800 mil metros quadrados de grama – o equivalente a mais de 58 campos de futebol espalhados pelas ruas, avenidas, praças, casas e empresas da cidade. Quando se olha uma foto aérea de Sinop da primeira década dos anos 2000, a cidade toda parece ter um tom marrom. Nas imagens mais recentes é possível ver mais cores. Cesa gosta de pensar que essa mudança tem sua participação. “Eu considero a grama uma obra de arte na cidade. Um gramado bem cuidado é algo admirável, inspira conforto e bem-estar. Tanto que, durante a pandemia, foi quando a empresa mais cresceu. As pessoas passaram a olhar mais para dentro de suas casas e buscar formas de tornar o seu lar melhor”, reflete Cesa.
Em 2024, a Grameira Sinop tem uma equipe de 39 funcionários, a maioria com bastante tempo de casa. Sendo que o primeiro funcionário registrado pela empresa, continua na grameira. Ele atua na produção da unidade de Sinop.
Cesa e Fátima continuam envolvidos com a empresa. Em 2023, Fátima teve um câncer de mama e o tratamento acabou afastando-a um pouco da Grameira, mas ainda assim costuma marcar presença. Cesa, aos 73 anos de idade, continua viçoso como a grama que produz e vende. Todos os dia habitualmente ele acorda às 5 horas da manhã, faz a oração, prepara um chimarrão e vai tratar os animais de estimação da família. Tem suas paixões pelos bichinhos, Cachorro tem alma. “São iguais a gente”, comenta o empresário. E que Jesus Cristo determinou amar sem exceção. Prefere passar mais tempo na produção, nos largos campos de grama. Quando não está esperando a esmeralda crescer, está engenhando. Cesa fez várias adaptações e até desenhou alguns dos equipamentos utilizados na grameira. “Tudo para reduzir o esforço”, diz ele, quase como se fosse o menino que queria fugir da enxada.
Seria possível dizer que faz muito tempo que Cesa saiu de Campos Novos, mas a impressão que se tem é de que ele trouxe para Sinop um novo campo consigo.
SINOP, 50 anos: nossa homenagem, especial a Colonizadora Sinop, Fundadora dessa grande oportunidade de se viver bem aqui. Cidade próspera e digna de conhecimento por todos que aqui ajudaram a construí-la.
2001
Nilson Leitão é eleito prefeito

LEITÃO PREFEITO
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No dia 1º de janeiro de 2001, tomou posse o 5º prefeito eleito de Sinop, Nilson Leitão. A cerimônia de posse dele e de sua vice, Sinéia Abreu, foi realizada nas dependências do Ginásio Olímpico José Carlos Pasa, o Pasinha
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Leitão viria a ser, quatro anos depois, o primeiro reeleito em dois mandatos consecutivos
MAIS OBRAS
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Nesse ano, é implantado o Pronto Socorro Municipal em convênio com os governos Estadual e Federal
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A Prefeitura implanta o Programa “Saúde Familiar”, voltado para a população mais carente
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É realizado o 1º Festival de Praia de Sinop, no Rio Teles Pires, na região que ficou conhecida por Praia do Cortado
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Foi realizada a 15ª Noite Cultural de Sinop, nas dependências do SESI Clube
FUNDADA A ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA SINOP
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O torcedor sinopense se habituou a sempre ter um time para torcer. O de maior sucesso é o Sinop FC, o Galo do Norte, que conquistou 3 vezes a elite do Estadual e conta inúmeras participações na primeira divisão mato-grossense. Mais recentemente, foi a vez do Sport Sinop, a Fera do Norte, que esteve entre os principais por 2 anos seguidos. Mas você se lembra de um outro time que a cidade já teve?
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A Associação Atlética Sinop era fundada em 30 de agosto de 2001 por um grupo de esportistas cansados da politicagem no futebol local. Em 27 de setembro de 2001, recebeu a certificação da CBF e da Federação Mato-grossense para disputar profissionalmente. No ano seguinte, disputou o Estadual pela primeira vez
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Em 2005, iria jogar o Mato-grossense, mas desistiu ainda na primeira rodada alegando falta de tempo para montagem de elenco. Em 2006, licenciou-se das competições
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Em 2017, o clube voltaria oficialmente para disputar a Segunda Divisão estadual. No entanto, desiste de disputar. Dois anos depois, nova tentativa, mas nova desistência. Desde então, nunca mais se falou na reativação da AA Sinop
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Acompanhe neste link do YouTube reportagem de jogo da AA Sinop em 2002, com apresentação do jornalista Luciano Vendrame