Potencial a ser explorado
Morros, cachoeiras, parques e comunidade histórica formam um cenário propício para o lazer, a contemplação e a aventura
Quem pensa que Campo Verde é apenas soja, milho e algodão, está enganado.
O município possui também uma gama de atrativos com potencial turístico, seja para contemplação, aventura ou histórico. Além disso, conta com uma bem-estruturada rede hoteleira, que oferece aos hóspedes conforto e tranquilidade.
Atrativos - No território de Campo Verde, num raio de no máximo 50 quilômetros da área urbana, há várias cachoeiras, mirantes, morros, caverna e rios de grandes belezas cênicas, alguns deles já preparados para receber o visitante, como o Circuito Águas do Cerrado, a Fazenda Morro da Cachoeira e a Fazenda Água Fria, onde está localizada a Caverna Aroe Jari, que, fica na divisa com o município de Chapada dos Guimarães, mas que pode ser acessada através de Campo Verde, da qual está distante 49 quilômetros.
Outro grande atrativo são as cachoeiras do Rio da Casca, também na divisa com Chapada dos Guimarães e distante 35 quilômetros do centro de Campo Verde. Com quedas d´água de variadas alturas, o local reúne, principalmente nos finais de semana, um grande número de visitantes.
História - No turismo histórico, o destaque é a comunidade de Capim Branco. Distante cerca de 25 quilômetros do centro, a pequena vila abriga também casas centenárias e uma réplica da Estação Telegráfica Coronel Ponce, inaugurada em 1896 e construída sob o comando do general Gomes Carneiro e do então tenente Cândido Mariano da Silva Rondon, futuro marechal e patrono das telecomunicações no Brasil.
A réplica da antiga estação telegráfica abriga um museu com um acervo formado por peças, fotografias e utensílios usados pelos primeiros moradores da região. No entorno da comunidade existem pesque e pagues, clube de lazer; os morros da rapadura e da Cruz - onde há inscrições rupestres datadas de mais de 4,5 mil anos - e várias cachoeiras que só podem ser visitadas com autorização dos proprietários. A comunidade foi rota de passagem da Coluna Prestes, na década de 1920.
Na área urbana de Campo Verde, as atrações turísticas são o Parque das Araras, a Área de Lazer Recanto do Sol, a Praça dos Três Poderes e a Praça São João Paulo II que possui um mirante no alto da torre de 40 metros de altura.
Negócios - Outro forte no turismo campo-verdense é o negócios. Devido à força do agro, o município recebe diariamente um grande número de viajantes que atuam em atividades relacionadas ao segmento, como vendedores, representantes comerciais, produtores de outros países e empresários em busca de novas opções de investimentos.
Tradição há 17 anos em Campo Verde
Localizada na região central da cidade, local é point da clientela campo-verdense
Se tem um local em Campo Verde que é unanimidade é a Cantina Sabor do Sul, um restaurante e pizzaria instalado em um amplo e confortável espaço localizado na região central da cidade que caiu no gosto da clientela pela qualidade da comida servida, seja no almoço, quando a pedida principal é o buffet com uma grande variedade de pratos e aquele saboroso churrasco durante a semana, ou no jantar, quando são servidas pizzas de vários sabores, incluindo as deliciosas pizzas doces e porções. Aos sábados, a grande vedete do buffet é a feijoada. “E um preço justo”, destaca o proprietário Thiago Barea Cezar.
Com 18 anos de história, a completar em fevereiro do próximo ano, a Cantina Sabor do Sul iniciou suas atividades em 2005, quando Vera Lúcia e Paulo Roberto Cesar assumiram a Lanchonete Corujão, na esquina da Avenida Florianópolis com a Rua João Pessoa. Mas a experiência no ramo da alimentação eles já traziam desde 2001, quando criaram o Restaurante Recantus, no início da Avenida Brasil.
Em 2010 Paulo faleceu tragicamente e o filho mais novo do casal, Thiago, assumiu o comando da casa. Por mais um ano, a Sabor do Sul continuou no mesmo endereço, até que em 2011, Thiago decidiu adquirir o ponto atual. A troca deu certo e o local continuou no gosto da clientela.
“A Cantina Sabor do Sul começou do nada”, comenta Thiago. “Meu falecido pai teve a ideia de criar a Cantina quando nós estávamos passando por uma situação difícil. Começamos devagar e foi um sucesso. Tudo começou aos poucos e foi crescendo através do meu pai, da minha mãe e eu junto com ele. Meu pai sempre foi, como diz, o pilar. Através dele que iniciou tudo e a Cantina Sabor do Sul hoje, para nós, é uma benção. Só tenho que agradecer até o momento que ele esteve conosco”, completa.
Para se comprovar o sucesso que é a Cantina Sabor do Sul, basta ver o movimento. Durante a semana é comum o espaço estar lotado no horário do almoço com famílias que aproveitam o ambiente, que conta com playground para a garotada, e se deliciam com a variedade de pratos. À noite, a cena se repete, principalmente nos finais de semana. A qualidade do serviço e da comida servida, já garantiram à Cantina Sabor do Sul, prêmios em várias pesquisas de opinião.
Thiago lembra que a pandemia do novo coronavírus prejudicou um pouco os negócios devido às medidas sanitárias adotadas, que proibiam o atendimento presencial, permitindo apenas o sistema delivery. Mas agora, segundo ele, tudo está se ajeitando e a proposta é melhorar ainda mais o ambiente. “Foram dois anos de sofrimento. O faturamento baixou entre 60 e 70%”, lembra ele. “Agora precisamos modificar algumas coisas conforme podemos, porque nós tivemos muito prejuízo na pandemia. Agora, aos poucos, estamos nos recompondo. Não foi fácil”, enfatiza. “O que queremos é criar um ambiente ainda melhor, para que o cliente possa se sentar e se sentir em casa”, diz ele.
Quanto ao segmento de restaurantes em Campo Verde, Thiago tem grande confiança. “Minha expectativa sempre foi boa no ramo da alimentação. Não é à toa que estamos desde 2005 na atividade. Época difícil todo mundo passa, mas tenho expectativas boas com o que está por vir”, diz ele.
Cantina Sabor do Sul
Endereço: Rua João Pessoa, esquina com a Avenida Curitiba, 1.148
Telefone: (66) 3419-1425
Dados do Município
Campo Verde recebeu status de município pela lei estadual nº 5314 de 4 de julho de 1988, com território desmembrado dos municípios de Cuiabá e Dom Aquino.[5][6]
As primeiras famílias a se estabelecerem na região que hoje forma o município de Campo Verde foram os Borges e os Fernandes. Vindas de Uberlândia (MG) em 1886 e lideradas por Diogo Borges e Zeca Camilo Fernandes, as famílias formaram a Fazenda Buriti dos Borges, que por muitos anos foi referência geográfica da região, e a Fazenda Deputado.
Em 1896 foi inaugurada na localidade de Capim Branco uma das primeiras estações telegráficas de Mato Grosso, construída sob o comando do major Gomes Carneiro, que tinha como seu ajudante de ordens o então alferes e futuramente marechal, Cândido Mariano da Silva Rondon. Tanto a casa construída por Diego Borges como algumas construções centenárias em Capim Branco ainda resistem ao tempo, destino diferente do que teve a estação telegráfica, destruída pela ação do tempo e do homem. Uma réplica da antiga construção foi construída para abrigar o Museu da História de Campo Verde, que tem um acervo formado por fotos antigas e utensílios utilizados pelos primeiros moradores da região. Por quase um século, a região viveu um período de estagnação, sem nenhuma atividade econômica de destaque. Apenas a agricultura e a pecuária de subsistência eram praticadas pelos moradores. A partir da segunda metade da década de 1960, esse cenário começou a mudar. Com a chegada das primeiras famílias vindas do Sul do Brasil, o cerrado inóspito e improdutivo ganhou um novo impulso com o cultivo do arroz de sequeiro.
Em 1974, o gaúcho Otávio Eckert instalou um posto de combustível no entrocamento BR-070 com a MT-140. O empreendimento foi e embrião da futura cidade. Visionário e confiante no potencial da região, Eckert criou o loteamento Campo Real. Com a expansão da atividade agrícola e o crescimento populacional, em 1988 o então distrito de Posto Paraná, como a localidade passou a ser chamada, se emancipou de Dom Aquino. Um plebiscito realizado entre os moradores mudou o nome do lugar para Campo Verde.