Boa tarde, Sexta Feira 10 de Maio de 2024

EXPANSÃO URBANA

Em constante desenvolvimento

Publicado em 16 de Janeiro de 2023 ás 18:17 , por VALMIR FARIAS

Setor experimenta ao longo dos anos um crescimento exponencial, refletindo o crescimento socioeconômico de Campo Verde

Não é de agora que Campo Verde vem experimentando um crescimento urbano acelerado. Nos últimos 20 anos, pelo menos 25 novos bairros e loteamentos foram criados na cidade, dando prova que o setor da construção civil sempre esteve aquecido. 

Nos últimos cinco anos, como mostra desse aquecimento, foram lançados quatro novos loteamentos e um condomínio horizontal fechado. Uma das regiões que mais se desenvolve urbanisticamente é a Leste, onde está localizado o Loteamento Greenville. Lançado em 2015, o empreendimento conta com 4 mil lotes e registra alta comercialização. Para o próximo ano, mais uma etapa com 2 mil lotes será lançada pela empresa Casa e Terra Empreendimento, responsável pela implantação do loteamento. “A expansão urbana em Campo Verde está favorável, tem crescido bem ultimamente e eu acredito que está num momento positivo”, diz Marcos Gentilin, parceiro no empreendimento. 

Acompanhando a expansão urbana, a construção civil também mostra que é um dos setores mais aquecidos da economia local. Entre 2017 e 2021, foram expedidos 2.191 novos alvarás de construção, regularização, unificação e ampliação de imóveis. 

Para se ter uma ideia de como está o desenvolvimento urbano e o setor imobiliário de Campo Verde, basta verificar a quantidade de alvarás expedidos entre 2017 e 2020. Em 4 anos, a expedição do documento aumentou em 110,20%. O destaque foi 2020, com 721 documentos expedidos. 2021, devido à pandemia, foi o ano com o menor número de alvarás expedidos no período: apenas 214, porém, em 2022 as emissões voltaram a crescer. Até o mês de maio haviam sido emitidos 157. “Campo Verde virou um canteiro de obras e há investimentos dos mais diversos tipos, desde baixo até alto padrão. A procura habitacional em Campo Verde é muito grande”, atesta o engenheiro civil Ítalo Mezzaroba Neto.

A Via Urbanismo, em parceria com a Trinus Soluções Financeiras e Imobiliárias, está comercializando o bairro Cidade Viva, que conta com toda infraestrutura necessária para oferecer aos moradores a qualidade de vida que eles procuram. Wellington Trevisan, gerente de projetos da Trinus, explica que a cidade foi escolhida para receber o empreendimento devido às suas características. “Campo Verde é uma cidade estratégica e está entre as melhores para se viver em Mato Grosso e tem um alto índice de desenvolvimento”, especifica ele. 

"Em quatro anos, o número de alvarás expedidos aumentou em 110,20%"

Empresário do setor de supermercado e atacado, Fernando Schroeter, em parceria com o irmão Marcos, decidiu investir no setor imobiliário, criando o Loteamento Campo Real III. Lançado em janeiro de 2020, o empreendimento conta com 92 lotes e total infraestrutura. Quanto à comercialização, Schroeter não tem do que reclamar.  “A aceitação foi excelente”, afirma.

Segundo ele, a implantação do Loteamento foi facilitada devido ao bom relacionamento que mantém com o empresário Otávio Schroeter, antigo proprietário da área e fundador de Campo Verde, e a criação do novo loteamento acabou favorecendo outro empreendimento feito pelo empresário no setor de atacado e varejo. 

“Estamos trazendo a cidade para mais perto e para uma das melhores regiões da área urbana de Campo Verde”, observa Schroeter. Segundo ele, o projeto é continuar investindo no setor imobiliário. “A ideia é expandir ainda mais”, informa.

Gestora de Projetos de Arquitetura e Engenharia e também consultora, Vera Núbia Borges Ferreira Simioni avalia que a expansão urbana de Campo Verde está “vivendo o momento maduro do processo”. “Campo Verde hoje é a bola da vez”, afirma ela. “Hoje, Campo Verde está no seu melhor momento e muita coisa bacana vem por aí”, completa. 

 “Hoje, Campo Verde está no seu melhor momento e muita coisa bacana vem por aí”, Vera Núbia Borges Ferreira Simioni 

Verticalização

A verticalização – construção de prédios com vários pavimentos –, seja com fins residenciais ou comerciais, ainda é tímida em Campo Verde. São poucos os empreendimentos imobiliários com essa característica espalhados pela cidade e os que existem são limitados a 4 pisos.

A pouca existência de construção com grandes alturas na cidade se deve a fatores como a grande oferta de terrenos, o que estimula as construções horizontais, e um impedimento legal criado pela Lei de Uso e Ocupação de Solo, que vigorou até 2019.

Quando da elaboração da Lei, não se sabe o motivo, limitou-se a construção de edifícios verticais a no máximo 4 andares em qualquer região da cidade. Esse impeditivo foi eliminado em 2020, com a mudança da Lei.

A alteração da Legislação, explicou o Secretário Municipal de Planejamento, Rubens Anunciação Júnior, ficou estabelecido que nas zonas residenciais, podem ser construídos prédios com até seis pavimentos. Nas zonas de qualificação, comércio e serviços, a altura máxima permitida é de 20 andares, enquanto nas zonas de serviço e industrial, pode-se construir prédios com até 25 pisos.

De acordo com o secretário de Planejamento, a construção de edifícios mais altos vai dinamizar a infraestrutura urbana do município. “Pode ser um ganho de ofertas de imóveis residenciais, minimizando o déficit habitacional”, observa ele. “Outra vantagem será a valorização dos espaços, da ocupação dos terrenos. Pode-se colocar uma dinâmica de centros empresariais. Tudo isso soma para o conjunto urbano”, completa. 

O Secretário adiantou que uma das propostas do município, e que está sendo avaliada, é acabar com o limite de altura dos edifícios. “Considerando a última revisão de 2020, a legislação já deu um grande passo, tirando muitas das amarras e dando mais flexibilidade”, observa ele. “A intenção é dinamizar cada vez mais e avaliar de fato o que seria o equipamento urbanístico e a correlação dele com a circunvizinhança do que propriamente um índice urbanístico como é o número de pavimentos. Queremos fazer uma avaliação muito mais dinâmica e racional e menos restritiva”, completa. 

 

“Pode ser um ganho de ofertas de imóveis residenciais, minimizando o déficit habitacional”, Rubens Anunciação Júnior

 

EXPANSÃO URBANA

Tradição e qualidad

Publicado em 19 de Janeiro de 2023 ás 15:43 , por Valmir farias

Há 25 anos em Campo Verde, empresa produz tijolos de argila de maneira ambientalmente correta, atendendo o mercado local e regional

Criada em 1997 em Campo Verde e tendo iniciado suas operações em 2002, a Cerâmica Batalha é uma empresa especializada na fabricação de tijolos de vários modelos que atendem, além do mercado local, cidades como Nova Brasilândia, Primavera do Leste e, eventualmente, Chapada dos Guimarães.

Localizada no Distrito Industrial II, em um espaço de 20 mil metros quadrados e com uma área construída de 3,5 mil metros quadrados, a Cerâmica Batalha tem uma capacidade instalada para produzir até 30 mil tijolos de 8 furos com 19 centímetros de altura, 19 de comprimento e 9 de largura por dia. Com um sistema automatizado de controle de temperatura, o que garante um produto final de maior qualidade, a empresa produz também tijolos de 6, 9 e 12 furos, lajes de forro, blocos e canaletas.

Ambientalmente correta, a Batalha utiliza como matéria-prima a argila retirada de uma jazida localizada no município de Dom Aquino e regulamentada pelos órgãos ambientais e pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DMPM). Como combustível para o aquecimento dos fornos, a empresa utiliza sabugo de milho e cavacos feitos com madeira de reflorestamento. 

Proprietário da Cerâmica Batalha, João Paulo Baldo Gaspar conta que sua família tem tradição no ramo de fabricação de tijolos a partir da argila, tendo iniciado na atividade na década de 1940, no estado de São Paulo. Depois, a família se mudou para Coxim, em Mato Grosso do Sul, e em 1997, vislumbrando o potencial de crescimento da cidade, se instalou em Campo Verde. “Desde o início da década de 1990 nós já planejávamos instalar uma indústria na cidade”, comenta o empresário.

João Paulo conta que, por um curto período, a produção foi interrompida e, em seguida, o comando da indústria foi repassado a outros proprietários, até que, em 2015, voltou ao controle da família. “Por problemas mercadológicos, ela ficou um tempo parada, voltando às atividades em 2010. Em 2012 a gente repassou a empresa para um outro grupo econômico, retornando para as nossas mãos em 2015. E desde então permanecemos com ela”, conta. 

Com 27 colaboradores e de olho em novos mercados, a Cerâmica Batalha planeja aumentar em 20% sua capacidade de produção e diversificar ainda mais sua linha de produtos. “Ao otimizar a produção, conseguimos reduzir os custos. Aumentando a escala, teremos também um produto com maior valor agregado”, observa o empresário. Com isso, segundo ele, os produtos ganham competitividade nos mercados mais distantes. “Diversificando e fazendo produtos mais nobres, dilui o frete e eu consigo ‘esticar’ a distância para entrega desta mercadoria”, explica João Paulo. 

Em relação ao futuro, o empresário é otimista. “Apesar da insegurança política que estamos vivendo momentaneamente, a perspectiva de Campo Verde é positiva. Queremos deixar essa fábrica com um potencial produtivo maior porque acreditamos que hoje ela produz mais do que a cidade absorve, mas a tendência é, mesmo com esse aumento da produção, ela não suprir a necessidade de produtos do mercado local nos próximos 4 ou 5 anos”, conclui João Paulo.

EXPANSÃO URBANA

Concretizando sonhos

Publicado em 19 de Janeiro de 2023 ás 15:46 , por Valmir Farias

Em Campo Verde há três anos, empresa atua na construção e desenvolvimento de projetos residenciais e comerciais

Criada em Cuiabá em 2017, a Dimensione Construtora iniciou suas atividades em Campo Verde há três anos, cidade ainda jovem, mas com um potencial econômico e de desenvolvimento que a faz diferente da maioria dos municípios brasileiros com o mesmo perfil, e com uma grande demanda por imóveis residenciais e comerciais.

A escolha da cidade, conforme explica o diretor Ítalo Mezzaroba Neto, se deu por fatores diversos, entre eles, a proximidade com Cuiabá, onde o profissional busca se especializar sempre, tendo, desde a sua formação acadêmica, realizado algumas pós-graduações.

Natural de Rondônia, Ítalo se mudou para Cuiabá em 2006, onde se formou em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em dezembro/2010. Seu primeiro emprego foi em uma construtora multinacional renomada na Capital, e lá adquiriu larga experiência como engenheiro residente, responsável pela coordenação e fiscalização na execução de obras. 

Entre 2011 e 2017, período em que desempenhou a função, acompanhou a construção e entrega de mais de 1,5 mil moradias. “Na faculdade, aprendemos muita teoria, a gente vê muitos números e cálculos, mas não aprendemos sobre as aplicações na prática. E na residência em obras você acaba aplicando os conceitos aprendidos na faculdade”, enfatiza o engenheiro. 

Ítalo trabalhou em Barra do Garças, Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde, atuando como coordenador de obras por outras duas grandes construtoras, até que em 2018 recebeu a proposta para integrar o quadro de servidores da Prefeitura de Campo Verde, desempenhando a função de gerente de engenharia, e fixou residência na cidade.

Aqui, constituiu família, e, em 2019, decidiu investir no seu primeiro escritório, despertando o lado empreendedor. Nascia a Dimensione Projetos e Construção. Certo de que era o momento de investir no próprio negócio, transformou em realidade o lema ‘Projetar e Construir’. “O mercado da construção civil complementa o agronegócio e o comércio e se faz necessário pois há escassez de habitações. Falta moradia acessível, de baixa e média renda”, explicou, acrescentando que este era o foco inicial da construtora: imóveis residenciais até R$ 500 mil, que, segundo ele, têm grande demanda.

“O mercado da construção civil complementa o agronegócio e o comércio da cidade”, Ítalo Mezzaroba Neto.

A iniciativa deu certo e a empresa cresceu. Hoje, são entre 60 e 100 colaboradores diretos, entre equipes de obras e administrativa – números que variam de acordo com o fluxo das obras. No total, a Dimensione já executou mais de 20 obras e desenvolveu em torno de 50 projetos residenciais e comerciais.

Para a sede da empresa, Ítalo escolheu um ponto estratégico: uma das entradas da cidade, próximo a um grande projeto imobiliário. “Isso me deu maior visibilidade também para criar imóveis de alto padrão. Hoje executamos obras residenciais e comerciais”, enfatiza. Com grande demanda por obras comerciais, o empresário criou mais um escritório no bairro Estação da Luz, que permite dar uma atenção maior aos clientes.

Em relação ao mercado imobiliário de Campo Verde, Ítalo afirma que está aquecido e que há grande procura para o desenvolvimento de novos empreendimentos. “Para se ter uma ideia, temos neste momento 12 obras em andamento e mais 9 para iniciar nos próximos dias”, revela. Confiante no desenvolvimento de Campo Verde, o empresário ampliou seus negócios, adquirindo a Top Tintas, empresa que atua no comércio de tintas e está localizada na região central da cidade.

Ítalo ressalta que a Dimensione Construtora traz como tripé os “3Cs” da engenharia: criar, construir e consolidar. “No mercado da construção civil campo-verdense, nossa prioridade é a consolidação da marca, concretizando sonhos. Uma construtora de princípios e valores únicos, com credibilidade e respeito junto a nossos clientes, fornecedores e colaboradores”, completa.

Dados do Município

Campo Verde recebeu status de município pela lei estadual nº 5314 de 4 de julho de 1988, com território desmembrado dos municípios de Cuiabá e Dom Aquino.[5][6]

As primeiras famílias a se estabelecerem na região que hoje forma o município de Campo Verde foram os Borges e os Fernandes. Vindas de Uberlândia (MG) em 1886 e lideradas por Diogo Borges e Zeca Camilo Fernandes, as famílias formaram a Fazenda Buriti dos Borges, que por muitos anos foi referência geográfica da região, e a Fazenda Deputado.

Em 1896 foi inaugurada na localidade de Capim Branco uma das primeiras estações telegráficas de Mato Grosso, construída sob o comando do major Gomes Carneiro, que tinha como seu ajudante de ordens o então alferes e futuramente marechal, Cândido Mariano da Silva Rondon. Tanto a casa construída por Diego Borges como algumas construções centenárias em Capim Branco ainda resistem ao tempo, destino diferente do que teve a estação telegráfica, destruída pela ação do tempo e do homem. Uma réplica da antiga construção foi construída para abrigar o Museu da História de Campo Verde, que tem um acervo formado por fotos antigas e utensílios utilizados pelos primeiros moradores da região. Por quase um século, a região viveu um período de estagnação, sem nenhuma atividade econômica de destaque. Apenas a agricultura e a pecuária de subsistência eram praticadas pelos moradores. A partir da segunda metade da década de 1960, esse cenário começou a mudar. Com a chegada das primeiras famílias vindas do Sul do Brasil, o cerrado inóspito e improdutivo ganhou um novo impulso com o cultivo do arroz de sequeiro.

Em 1974, o gaúcho Otávio Eckert instalou um posto de combustível no entrocamento BR-070 com a MT-140. O empreendimento foi e embrião da futura cidade. Visionário e confiante no potencial da região, Eckert criou o loteamento Campo Real. Com a expansão da atividade agrícola e o crescimento populacional, em 1988 o então distrito de Posto Paraná, como a localidade passou a ser chamada, se emancipou de Dom Aquino. Um plebiscito realizado entre os moradores mudou o nome do lugar para Campo Verde.

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