Qualidade com responsabilidade
Com uma bem montada infraestrutura e profissionais qualificados, o ensino em Campo Verde está entre os melhores de Mato Grosso
Com um trabalho sério e competente, que visa a qualidade acima de tudo, Campo Verde tem uma das melhores Educação de Mato Grosso, seja na rede municipal, estadual ou privada de ensino.
De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2021, as escolas de Rede Municipal de Ensino apresentaram os melhores indicadores de Mato Grosso nas séries finais (6° ao 9° ano), com 5.6 e o terceiro melhor nas séries iniciais (1° ao 5° ano), com 6.2.
“E também no cenário nacional, nós estamos entre os 200 municípios que têm a melhor equidade entre as escolas. Isso retrata todo o empenho com a aprendizagem, tendo em vista que o IDEB é a avaliação mais potente para retratar a condição da Educação”, ressaltou a Secretária Municipal de Educação Simoni Pereira Borges. Ela destacou também que os índices de todas as escolas da Rede Pública Municipal são bastante próximos, o que demonstra a equidade do ensino ofertado.
A Rede Municipal de Ensino é formada por 13 estabelecimentos. Na rede estadual são 7 escolas. O município conta ainda com 4 escolas particulares, 2 filantrópicas, 1 polo da Universidade Aberta do Brasil e 1 núcleo avançado do Instituto Federal de Educação, além de polos de diversas faculdades de ensino a distância e uma faculdade presencial que oferece os cursos de Direito e de Gestão do Agronegócio.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, na Rede Municipal de Ensino são atendidos 5.159 alunos enquanto que a Rede Estadual conta com uma clientela formada por 3.945 estudantes. “Nós estamos com um cenário estruturado”, enfatiza Simoni. “Nós sempre tratamos a educação com responsabilidade e temos alcançados bons resultados com o trabalho que vem sendo realizado”, completa a secretária.
Apesar de todos os investimentos feitos em infraestrutura – atualmente, quatro escolas estaduais e uma municipal estão sendo reformadas e duas escolas estaduais estão sendo reconstruídas – fazer Educação, de acordo com Simoni, ainda é um desafio. “Quando nós olhamos para o nosso planejamento, dentro do nosso contexto, nós temos aí um grande desafio que é o desafio estrutural, que é propor um atendimento de forma a contemplar todas as vagas. Nós ainda temos demanda de vagas na Educação Infantil”, reconhece ela. “Mas temos no nosso planejamento a ampliação de vagas com ampliação de escolas, construção de novas unidades”, completa.
Outro desafio, esse no campo da aprendizagem, de acordo com a secretária, é o investimento em metodologias ativas, em projetos inovadores. “Tendo em vista que a gente reconhece que as crianças, hoje, querem aprender de uma perspectiva mais inovadora”, observa.
Olho: “Temos no nosso planejamento a ampliação de vagas com ampliação de escolas, construção de novas unidades”, Simoni Pereira Borges, sec. Mun. De Educação
Entretanto, Simoni Borges ressalta que, dentro do planejamento elaborado para os dois primeiros anos da atual gestão, foram priorizados os investimentos em infraestrutura e que, para a segunda metade da gestão, as prioridades serão as metodologias inovadoras. “Esse é o nosso planejamento”, frisa.
Tânia Faiad, diretora da Faculdade Unicentral, instituição que oferta dois cursos presenciais – Direito e Gestão do Agronegócio, frisa que Campo Verde, por seu potencial econômico, é destaque regional, estadual e até mesmo nacional. E foi isso que levou ela e mais um grupo de professores e empresários a investir no setor de educação.
Ela avalia que, no contexto geral, o ensino ofertado em Campo Verde é de qualidade. “Pelo período que estou aqui, eu verifico um grande potencial educacional. Conheço um pouco da Educação Municipal, que, ao que me parece, vai muito bem, mas que está sempre correndo em fazer mais, em construir mais, em preparar mais profissionais para a educação em razão desse boom do crescimento [econômico] que acontece constantemente”, avalia ela.
ESCOLA PROGRESSO – UMA HISTÓRIA QUE ATRAVESSA GERAÇÕES
ESCOLA PROGRESSO – UMA HISTÓRIA QUE ATRAVESSA GERAÇÕES
Fundada em 1991, pelas sócias Tânia Regina Mendonça de Oliveira e Vanilde Silveira da Silva, duas professoras vindas do estado de São Paulo, a Escola Progresso comemora 30 anos em 2023. São três décadas de dedicação ao ensino. Uma parcela significativa de Campo Verde já manteve ou ainda mantém algum laço afetivo ou intelectual com a instituição, passado de geração em geração, de pais para filhos, formando cidadãos e profissionais conscientes de sua atuação na sociedade. Muitos colaboradores também atravessaram décadas junto à escola, formando uma verdadeira família.
Tanto tempo de existência justifica-se pela excelência em ensinar, tendo como filosofia a busca por ações efetivas, colocando em prática uma série de projetos educativos, que abrangem diversas áreas do conhecimento. Outro diferencial é a atenção dada aos valores morais, essenciais para a vida, como o amor e o respeito à família, a solidariedade e o relacionamento sadio entre alunos, famílias e profissionais da escola.
Atualmente, a instituição conta com mais de 100 colaboradores e atende a cerca de 600 alunos, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. A fim de proporcionar o desenvolvimento integral dos educandos, além dos conteúdos curriculares, oferece também projetos extras, fora do horário regular de aulas, como Balé, Futsal, Jazz, Judô, Vôlei, Xadrez e Teatro.
A Escola Progresso dispõe de uma equipe altamente qualificada, com Equipe Diretiva e Docente formadas por especialistas em Educação, assim como uma Equipe Multidisciplinar composta por Psicóloga e Fonoaudióloga Escolar, trabalhando de forma integrada e inclusiva, com capacidade para atender a todos os alunos em suas necessidades e especificidades.
Desde sua fundação, é conveniada ao Sistema Positivo de Ensino, oferecendo conteúdos, atividades e tecnologias educativas de alta qualidade, desenvolvidas para potencializar o aprendizado das habilidades e competências curriculares.
Ao longo dos anos, outras parcerias educacionais passaram a fazer parte da proposta pedagógica da escola, como o Programa de Educação Socioemocional Pleno, que tem como base teórica o CASEL, um Centro de Referência Internacional, sediado nos EUA, cujo objetivo é estabelecer, fomentar e difundir a educação socioemocional de alta qualidade, baseado em evidências científicas.
Desde 2020, a instituição conta também com a parceria da Árvore Livros, uma plataforma digital de leitura, gameficada, com mais de 30 mil obras literárias, proporcionando às crianças e jovens um passaporte para o mundo da imaginação.
Aliando tecnologia e educação, é oferecido, para as turmas de 4º ao 9º ano, o projeto de Cultura Maker “Nave à Vela”, que tem como missão transformar a escola em um lugar onde a criatividade e a curiosidade sejam despertadas, estimulando o aluno a colocar a mão na massa para construir protótipos e projetos, desenvolvendo a autonomia e o protagonismo durante o processo.
As fundadoras ressaltam que a escola foi criada com a intenção de oferecer ensino de qualidade e ser um local que acolhe e trabalha em conjunto com as famílias. “Nossa maior vitória, graças a Deus, é percebermos que nosso ideal de educação está sendo alcançado e realizado, ao longo dos anos, pois, as famílias de Campo Verde, cada vez mais, nos confiam seus filhos para uma boa formação”, destacam Tânia e Vanilde.
Para o próximo ano, muitas atividades comemorativas estão sendo organizadas pela equipe, afinal, trata-se de uma história de sucesso educacional, que atravessa gerações.
Dados do Município
Campo Verde recebeu status de município pela lei estadual nº 5314 de 4 de julho de 1988, com território desmembrado dos municípios de Cuiabá e Dom Aquino.[5][6]
As primeiras famílias a se estabelecerem na região que hoje forma o município de Campo Verde foram os Borges e os Fernandes. Vindas de Uberlândia (MG) em 1886 e lideradas por Diogo Borges e Zeca Camilo Fernandes, as famílias formaram a Fazenda Buriti dos Borges, que por muitos anos foi referência geográfica da região, e a Fazenda Deputado.
Em 1896 foi inaugurada na localidade de Capim Branco uma das primeiras estações telegráficas de Mato Grosso, construída sob o comando do major Gomes Carneiro, que tinha como seu ajudante de ordens o então alferes e futuramente marechal, Cândido Mariano da Silva Rondon. Tanto a casa construída por Diego Borges como algumas construções centenárias em Capim Branco ainda resistem ao tempo, destino diferente do que teve a estação telegráfica, destruída pela ação do tempo e do homem. Uma réplica da antiga construção foi construída para abrigar o Museu da História de Campo Verde, que tem um acervo formado por fotos antigas e utensílios utilizados pelos primeiros moradores da região. Por quase um século, a região viveu um período de estagnação, sem nenhuma atividade econômica de destaque. Apenas a agricultura e a pecuária de subsistência eram praticadas pelos moradores. A partir da segunda metade da década de 1960, esse cenário começou a mudar. Com a chegada das primeiras famílias vindas do Sul do Brasil, o cerrado inóspito e improdutivo ganhou um novo impulso com o cultivo do arroz de sequeiro.
Em 1974, o gaúcho Otávio Eckert instalou um posto de combustível no entrocamento BR-070 com a MT-140. O empreendimento foi e embrião da futura cidade. Visionário e confiante no potencial da região, Eckert criou o loteamento Campo Real. Com a expansão da atividade agrícola e o crescimento populacional, em 1988 o então distrito de Posto Paraná, como a localidade passou a ser chamada, se emancipou de Dom Aquino. Um plebiscito realizado entre os moradores mudou o nome do lugar para Campo Verde.