Por terra, água e ar:

O plano é expandir

Com a construção civil crescendo 30% ao ano, economia aquecida, novas empresas e indústrias chegando e uma migração populacional constante, Sinop dilata sua área urbana, rasgando com asfalto e concreto campos de plantio agora convertidos em empreendimentos imobiliários. A cidade que desde sua origem sempre cresceu de forma aguda, vive um momento ainda mais intenso na expansão urbana. Além de novos loteamentos empurrando as linhas do perímetro urbano e grandes condomínios sendo lançados simultaneamente, existem 3 Masterplan em andamento que prometem “refundar” a cidade, capazes de comportar o dobro da população atual 

Sinop nasceu planejada. Ainda na década de 70, logo após a fundação, um projeto urbano foi desenvolvido, definindo o traçado que a cidade seguiria à medida que fosse crescendo. Naquele mapa desenhado pelo engenheiro civil Roberto Brandão em 1972, revisado e ampliado pelo arquiteto Alfredo Clodoaldo de Oliveira Neto em 1979, esquadrinhou-se sobre o plano terreno uma Sinop capaz de comportar 180 mil habitantes. Esse era o plano – visionário, diga-se de passagem. Hoje, 50 anos depois, Sinop alcança a marca de 180 mil habitantes. E agora, qual é o plano?

Pelos dados oficiais do IBGE, Sinop tem 150 mil habitantes. Outros indicadores, no entanto, mostram que a cidade já alcançou a população para qual foi projetada. O departamento de tributação da prefeitura de Sinop contabilizou em março de 2022, na emissão dos IPTUs, 91.822 lotes urbanos. A concessionária de energia aponta que existem 64 mil imóveis em Sinop ligados a rede. Enquanto isso, a empresa que presta o serviço de água e esgoto, contabiliza 62 mil ligações, das quais 58 mil são domiciliares. Em uma conta conservadora de 3 pessoas por casa, já é o suficiente para “encher” Sinop.

A cidade não ficou presa ao seu projeto da década de 70. No geral, o plano urbano foi bem-sucedido, garantindo à cidade amplos espaços, com avenidas largas e rotatórias, além de uma grande área verde. O frenético crescimento econômico e populacional fez com que as linhas iniciais fossem extravasadas cedo. A cidade cresceu para todos os lados, mas não foi suficiente. 

De acordo com o Prodeurbes – departamento de engenharia e projetos da Prefeitura de Sinop –, em 2021, foram emitidos 2.874 alvarás de construção. Ou seja, 8 novos imóveis por dia. O número é 30,8% superior ao volume de construções autorizadas em 2020. Embora expressivo, esse aumento não está fora da média dos últimos anos.

Os alvarás emitidos no último ano, somados, correspondem a 570 mil m² de novas obras. Isso equivale a 57 campos de futebol apenas de área construída, sem levar em consideração o terreno onde o imóvel foi edificado. Apenas estas obras movimentaram uma cifra de R$ 1,4 bilhão.

O volume de novas construções e o aumento populacional constante de uma cidade polo regional não são os únicos fatores que tem impulsionado a expansão urbana. Sinop tem um histórico de valorização imobiliária, que faz com que muitas pessoas comprem lotes como forma de investimento para médio e longo prazo.

É o que explica Ênio Pipino Sobrinho, diretor do Grupo Sinop, empresa que fundou a cidade. “O mercado de Sinop sempre está aquecido. Pessoas estão comprando lotes, casas e apartamentos não só para morar, mas para investir. As pessoas estão vendo Sinop como uma grande oportunidade. Não há qualquer sinal de desaquecimento do mercado para os próximos 3 anos”, avaliou Pipino. “Tem muita gente de fora investindo em Sinop. A pessoa passa, compra um terreno e vai embora”, completou o diretor. 

Essa demanda interna e também externa, para ocupar ou especular, combinada com um desenvolvimento econômico em praticamente todos os setores, criam um cenário muito próspero para o mercado imobiliário. E isso pode ser medido pelos empreendimentos em curso e aqueles que ainda estão sendo projetados.

Nos últimos dois anos, o Prodeurbes registrou 22 projetos para implantação de novos loteamentos. Soma-se a lista os novos condomínios fechados, parte deles de alto padrão, sendo lançados simultaneamente por diferentes empresas, e mesmo assim com unidades esgotando em questões de horas. E esse ainda não é o limite.

A Fator MT apurou que existem 3 Masterplan sendo desenvolvidos por diferentes empreendedores para a cidade de Sinop. Os mega projetos criarão áreas urbanas capazes de suportar o dobro da população atual. São planos arrojados, com loteamentos com pista de pouso para aeronaves, condomínios náuticos, bulevar de comércios, e outras concepções que parecem ambiciosas até para os grandes centros urbanos das maiores economias do mundo.

Será que Sinop comporta todos esses projetos? A melhor forma de responder é ouvir os empreendedores que operam neste mercado.

Não é passageiro

Marcelus Nahime Astolpho é o diretor da Encore Empreendimentos Imobiliários. O termo que batiza a empresa vem do Francês e significa “novamente, mais ainda”, no sentido de continuar algo, aumentando a intensidade. Preditivo! Marcelus chegou em Sinop em 2012 para lançar um loteamento e voltar. “Vim para ficar 20 dias e estou há 10 anos”, comenta o empresário.

O Jardim Montreal, seu primeiro loteamento na cidade, foi totalmente comercializado em uma semana. Marcelus então abre a Encore em Sinop, repete a métrica e obtém novamente um bom resultado. E assim sucessivamente.

Hoje, a empresa tem 10 empreendimentos imobiliários em Sinop em 9 anos de atividade. São mais de 2,5 mil terrenos abertos na cidade. Seu último projeto foi o Villa Verde, um loteamento aberto, de perfil popular, com 717 lotes com metragens a partir de 240 m² cada. Esse projeto foi lançado em 2015. “O mercado imobiliário de Sinop está aquecido e ainda suporta crescimento. Nesse momento nossa empresa está sem produto, esperando apenas os trâmites burocráticos para deflagrar novos empreendimentos”, revela o empresário.

O mais maduro desses projetos é o Maranville, concebido pela Encore para ser um condomínio fechado funcional. A proposta é oferecer segurança e boa localização, com um custo muito inferior aos dos condomínios de alto padrão que existem na cidade. Há uma alta demanda no mercado por esse tipo de produto. “A ideia é de que a parcela dos lotes fique na casa dos R$ 1 mil e que a manutenção do condomínio seja enxuta, possibilitando uma taxa na faixa de R$ 300”, explica Marcelus.

O empresário aguarda para oficializar e lançar o Maranville desde 2018. O condomínio terá aproximadamente 500 lotes, com metragem média de 300 m². A área onde será implantado fica próximo ao shopping da cidade, a 400 metros do Jardim Dubai – outro empreendimento da Encore. Embora o produto mire a classe média, e a meta seja uma taxa de condomínio baixa, o Maranville contará com estruturas de esporte e lazer, com quadras de Beach Tennis, campo de futebol, pista de caminhada e salão de festas. 

Para Marcelus, que desde que chegou em Sinop não viu nenhum dos seus produtos “mofando” na prateleira, apesar do volume de empreendimentos imobiliários sendo lançados, o mercado ainda está quente. “Há uma quantidade grande de pessoas querendo comprar lotes para investir e ainda tem sido um bom negócio comprar um terreno para multiplicar o capital. Além disso, o mercado imobiliário gira uma engrenagem na economia local, que paga o pedreiro, o arquiteto, o vendedor da loja de material e o imposto. O dinheiro circula e volta, gerando uma nova demanda por imóveis”, comenta o empresário, cuja meta é dobrar o volume de empreendimentos implantados pela Encore nos próximos 2 anos.

O negócio é fazer

Com uma postura agressiva, a Bussolaro Empreendimentos Imobiliários ficou suas raízes em Sinop conquistando em pouco tempo uma fatia expressiva do mercado imobiliário local. O primeiro loteamento da empresa em Sinop foi no ano de 2014. Atualmente a Bussolaro Empreendimentos conta com 16 loteamentos abertos na cidade e região, comando mais de 8,7 mil terrenos. A empresa tomou corpo a implantar uma série de projetos com perfil popular, ao longo do eixo da MT-140, uma das regiões que estão em franca expansão. O maior deles foi o Residencial Canarinho, com duas etapas que somam 2 mil lotes.

Um dos mais recentes é o Jardim Toledo, um loteamento misto, com perfil residencial e comercial, localizado às margens da BR-163, após a perimetral Norte. São 380 terrenos que tiveram um valor de partida de R$ 65 mil. Segundo Rafael Bussolaro, diretor da empresa, metade dos lotes foram comercializados em 20 dias. “Nós temos uma força de venda grande, montamos um sistema que opera com 70 corretores que trabalham com nossos produtos, dando um resultado rápido. Mas para além do que fazemos, tem o fator Sinop. A cidade tem um bom histórico de mercado imobiliário, com uma economia que é gerida pelo comércio, bastante diversificada. Essa característica é boa para o mercado imobiliário. O comércio faz pequenas e médias fortunas, com o dinheiro presente em muitas mãos, circulando mais na economia”, avalia o empresário, que saiu do mercado financeiro para investir em imóveis. 

Embora Bussalaro tenha se tornado expressivo no mercado imobiliário local rapidamente com seus loteamentos de perfil popular, sua empresa não é um instrumento uma só nota. “Eu não faço distinção de empreendimento. Tendo a área a gente dimensiona o melhor uso para ela e faz o negócio acontecer”, comenta Bussolaro

Sem qualquer temor, a empresa se lançou no disputado do mercado de alto padrão. Em uma área de 99 hectares, Bussolaro lançou o Parque do Lago. O loteamento conta com 1.485 terrenos com uma metragem média de 400 m2. O empreendimento foi lançado em novembro de 2021, com 80% do empreendimento sendo comercializado rapidamente. “Foi um investimento na casa dos R$ 50 milhões, com toda a infraestrutura. Implantaremos um lago artificial, um parque de 11 hectares, com mata, pista de caminhada, quadras de esporte, toda a estrutura que as pessoas que buscam por um loteamento de alto padrão esperam ter para viver com mais qualidade”, explica o empresário.

As obras de infraestrutura iniciaram já em 2022 e serão concluídas, com a entrega do empreendimento, em agosto do próximo ano. 

Além do Parque do Lago a empresa aposta em outro empreendimento que promete elevar o nível dos condomínios fechados. Em junho desse ano o empresário lançou o Tuim – um condomínio horizontal fechado de alto padrão. Durante semanas, outdoors e publicidades pré-anunciaram o Tuim com um tom de suspense e desafio, dizendo apenas que seria um novo padrão em condomínio fechado na cidade de Sinop e que quem tivesse interesse nesse tipo de imóvel, deveria esperar. Barulho e elegância que fizeram jus ao nome do empreendimento.

Tuim é o nome popular da espécie Forpus Xanthopterygius, o menor papagaio do Brasil. O pequeno emplumado que batiza o condomínio pode ser visto com facilidade na área onde o empreendimento será instalado. O espaço de 40 hectares, às margens do Rio Curupi, fica próximo da UFMT e do Shopping da cidade. O acesso é pela Avenida da Integração, passando sobre o rio, em uma estrutura que será feita pela loteadora, com um investimento na casa dos R$ 7 milhões.

Para garantir que o Tuim seja elegante, honrando tanto a fama da ave quanto a promessa da sua publicidade, Bussalaro chamou para elaborar o projeto o consultor de luxo, Carlos Ferreirinha e a renomada arquiteta Cátia Matsubara. 

Uma dose do que esses dois profissionais idealizaram para o Tuim pôde ser vista na Iluminare, a mostra de arquitetura e decoração realizada em Sinop. A Bussolaro levou para a feira o conceito de uma “Casa no Lago”, que acabou sendo escolhida pelos participantes como o melhor ambiente da edição. O projeto foi concebido como uma moradia luxuosa, erguida às margens de um lago – algo que será possível no Tuim.

No centro do condomínio será implantado uma lagoa ornamental, que segundo Rafael, será a maior do Brasil. De frente para o lago será instalado um restaurante, espaços gourmet e uma academia, de uso coletivo. Além disso, 8 lotes ficarão às margens do lago. “O projeto do condomínio se preocupa com a funcionalidade. Na portaria, por exemplo, são 4 pistas duplas para entrada e saída dos moradores, dando vazão ao trânsito. A parte de serviços também é bastante ampla. O Tuim foi planejado para ser luxuoso e funcionar bem”, garante o empresário.

O Tuim terá 336 lotes, com 750 metros quadrados em média. Cerca de 10% das unidades foram reservadas na pré-venda. As obras de base já iniciaram e a previsão é de que o condomínio seja entregue em dezembro de 2023. “Será um condomínio de alto padrão de verdade, ideal para pessoas que querem algo mais próximo do centro de Sinop e da BR-163”, comenta Bussolaro, fazendo menção de que atualmente, todos os condomínios de luxo ficam no outro lado da cidade, próximos ao aeroporto. 

O grupo promete dar sequência nessa gangorra no mercado de luxo. Bussolaro revelou que já está elaborando um projeto para um segundo condomínio, ao lado do Tuim, mas 3 vezes maior. O nome ainda não foi definido, mas serão 1,1 mil lotes, com metragem de 480 metros quadrados, mirando um público mais amplo, que talvez não tenha sido contemplado com o Tuim. O empreendimento deve ser anunciado em 2023. “O Tuim e esse segundo condomínio que faremos ao lado serão o projeto conceito da Bussolaro Empreendimento Imobiliários, que em um futuro próximo pretendemos levar para outras cidades”, afirmou o empresário.

Enquanto isso, a empresa continuará dando vazão aos seus loteamentos mais populares. A Bussolaro já trabalha na terceira etapa do Canarinho, com 1,2 mil terrenos de 240 metros quadrados. Ainda no eixo da MT-140, a empresa pretende lançar em 2023 o Jardim Paineira, com 230 unidades, Residencial Vila Toscana 3 com 750 unidades similares ao Canarino III.

Imponência do Grande

Enquanto a Bussolaro Empreendimentos se prepara para exportar seu conceito de condomínio de luxo para outros mercados, investidores de fora fazem o caminho contrário. É o caso de Carlos Dalben, diretor da Mundial Assessoria Imobiliária, que atua no mercado imobiliário há mais de 17 anos, com sua matriz em Balneário Camboriú/SC – o mais valorizado mercado imobiliário do país, e agora também com filial em Sinop.

A Mundial Assessoria conduziu o lançamento do Condomínio Alexandria, um empreendimento horizontal, de alto luxo, que será implantado pela Leidens Incorporações, empresa do Rio Grande do Sul. “O mercado imobiliário de Sinop é único, está em alta e com grandes possibilidades de absorver projetos de alto perfil. Talvez seja um dos melhores locais do país para investir hoje”, declarou Dalben.

O Alexandria foi lançado em outubro de 2021. Em 45 dias, 100% dos lotes haviam sido reservados. São 275 lotes com metragens que variam entre 600 a 900 m2.  Cerca de 40% dos compradores são de fora de Sinop. 

Com um conceito de “condomínio exclusivo”, o empreendimento é inspirado na arquitetura grega, estilo Dórico, com construções imponentes e elegantes. O Alexandria terá 1.200 m² de salão com piscina aquecida adulto com raia de 25 metros (semiolímpica) e infantil, sauna seca e húmida, pub, salão de jogos, espaço pet, área gourmet e conveniência – além do Kalakami, uma pista de caminhada um parque infantil também no estilo grego. Para os amantes do esporte terá duas quadras de Beach Tennis, padel, campo de futebol com grama natural e duas quadras de tênis oficiais de saibro.

Em frente a um lago com 5 mil m² de lâmina d’água, serão erguidos 3 grandes salões gregos: dois salões de 600 m² e um salão com 745 m² com área de festas, cozinha industrial, academia, salão de beleza e espaço kids. Tudo temático, com contornos que receberiam a aprovação de Alexandre, o Grande. Baco, o Deus do vinho na mitologia grega, também estará representado em um espaço do vinho, com uma adega para duas mil garrafas, na qual cada integrante do condomínio poderá guardar de forma adequada e segura suas garrafas. 

O empreendimento está em fase de execução, na qual muros, ruas e pórtico já estão parcialmente prontos. Com olhos voltados ao futuro e em fase de expansão, a empresa almeja fazer novos empreendimentos em Sinop e região. 

Desfrutando o presente, planejando o futuro

Quando Edilson Macedo anunciou que construiria um condomínio horizontal fechado em Sinop, em uma estrada vicinal de terra, a 5 km de distância do asfalto, muitos acharam que era blefe ou delírio. O condomínio era o Mondrian e o ano era 2001. Edilson insistiu, fundou a JMD Urbanismo e implantou o primeiro condomínio horizontal da cidade. Desde então, a empresa se tornou referência no mercado imobiliário, com empreendimentos que deram um novo significado para o conceito de alto padrão. E com isso, se tornou um indicador do fervor do mercado imobiliário de Sinop. 

Em setembro de 2021, no auge das incertezas geradas pela pandemia, a JMD lançou o Aquarela dos Poemas, um loteamento aberto com conceito próprio, que traz muito mais estruturas de uso coletivo e de gestão dos espaços do que os bairros convencionais. Os 716 lotes foram vendidos em apenas 14 horas. “Temos uma lista de pessoas que declaram interesse em adquirir nossos produtos. No processo de comercialização do Aquarela dos Poemas, essa lista chegou a 2,7 mil pessoas”, conta Edilson.

Um segundo empreendimento será lançado nessa região para atender a demanda reprimida, no final de 2022 e início de 2023. 

Em março deste ano, a empresa inaugurou em Sinop o Alameda das Cores, um condomínio fechado, de alto padrão, com a grife e a assinatura da JMD. O empreendimento fica na extensão do Aquarela das Artes. A estrutura comum à disposição dos condôminos – marca dos empreendimentos JMD – tem 8.715 m² de área construída. São 28 edificações que oferecem 202 ambientes.

A ocupação do novo condomínio começou antes da inauguração. No dia da festa de entrega, dos 589 lotes do empreendimento, 98 já estavam em construção.

No ano de 2012, a JMD lançou o Carpe Diem, produto assinatura da empresa. O empreendimento mescla o sistema de condomínio horizontal fechado com uma estrutura de Resort, promovendo uma qualidade de vida singular. O conceito, que nasceu em Sinop, já foi exportando para outros municípios de Mato Grosso e agora começa a ganhar novos mercados.

Com o nome de “Amoa”, unidades do condomínio resort e também do loteamento Aquarela Brasil estão sendo implantadas em Rio Verde (GO), Jataí (GO), Uberlândia (MG), Uberaba (MG), Araçatuba (SP), São José do Rio Preto (SP), Bauru (SP) e Marília (SP). A expansão para outros estados não significa que o mercado de Sinop esgotou.

Desde 2001, a JMD vem semeando empreendimentos nas adjacências da Avenida Bruno Martini, e estes foram os indutores da expansão urbana no que hoje é chamado de “Eixo Aeroporto”. São 7 projetos consolidados nessa região de Sinop. É praticamente uma pequena cidade feita pela JMD. E essa urbe privada vai crescer.

Está em curso a elaboração e implantação de um Masterplan da JMD no eixo aeroporto. O projeto integrará o Aquarela das Artes à nova massa de solo urbano que será ocupada pelos empreendimentos da empresa. O Masterplan projetará a abertura de uma faixa de terra entre a Avenida Bruno Martini e o prolongamento ainda inexistente da Avenida dos Flamboyants. Edilson ainda não definiu a dimensão exata do plano, mas revelou alguns empreendimentos que estarão nele.

Começando por um novo Carpe Diem, com 500 unidades. Um novo loteamento aberto, com perfil mais comercial, voltado a atender a demanda criada nesta região, será o grande corpo desse Masterplan. Como potenciais âncoras estão dois hospitais privados que irão se estabelecer nesse espaço. O projeto deve ser concluído e apresentado entre o final de 2022 e início de 2023. “Com todos os lançamentos projetados, nos próximos 2 anos dobraremos o que a JMD fez ao longo dos últimos 20 anos”, revela Edilson, deixando claro o quão agudo é e continuará sendo o processo de expansão urbana. “Sinop cresceu o que cresceu sem logística. Agora, nós temos a expectativa real de ter”, completa o empresário, referindo-se a implantação da Ferrogrão.

E dessa vez, Edilson não está sozinho no seu entusiasmo.

Refundando Sinop

O Grupo Sinop tem uma grande e valiosa área – tanto no sentido financeiro como para ocupação urbana de Sinop. E para essa área, um plano a altura está sendo projetado. 

Um time de especialistas brasileiros e estrangeiros está desenvolvendo um Masterplan para uma área de 2,6 milhões de m² que tem como eixo central o shopping. “É um projeto que já vem sendo construído há 4 anos. Temos várias frentes de trabalho, chegando a contar com 23 pessoas simultaneamente empenhadas na elaboração desse plano, que efetivará uma nova urbanidade em Sinop”, afirma o CEO do Grupo Sinop, Enio Pipino Sobrinho.

O empresário chega a falar que o Masterplan irá “refundar” Sinop, criando uma área urbana capaz de comportar o crescimento da cidade para os próximos 20 anos. A projeção é de que 60 mil pessoas morem e trabalhem dentro dessa área quando estiver completamente ocupada.

O plano está em fase de conclusão, mas Enio deu alguns detalhes do que ele deve conter. Começando com uma área dedicada para um bulevar de edifícios, que oferecerão moradia com um ótimo fator de localização. O Masterplan também prevê áreas dedicadas ao comércio, condomínios horizontais fechados e loteamentos abertos. 

Não se estabelece uma nova centralidade em uma cidade porque um empresário quer. Nem mesmo se esse empresário for o sobrinho do fundador do município. A urbanidade tem seu próprio fluxo, o máximo que um empreendedor pode fazer é gerar pontos de atração.

E nesse caso, o Masterplan do Grupo Sinop tem uma vantagem. Além do Shopping, que está nessa área, no entorno está o campus da Universidade Federal de Mato Grosso, uma faculdade privada, o Centro de Eventos Dante de Oliveira e a sede de alguns órgãos públicos, como a Justiça Federal. Tudo a um quilômetro da BR-163. É o espaço urbano “vago” mais bem localizado da cidade. “E nós não vamos desperdiçar isso. Vamos fazer um projeto que seja capaz de atender o crescimento de Sinop, que ajude a organizar a área urbana aumentando o adensamento e se tornando um excelente ambiente para quem vai morar e trabalhar nesse local”, afirmou o CEO do Grupo Sinop.

O Masterplan deve ser apresentado e começar a ser comercializado em 2024, nos 50 anos de Sinop.

Para distância, logística é a resposta

Enquanto o Grupo Sinop aposta na localização para emplacar seu Masterplan, outros projetos se calçam na logística. Afinal, a distância pode não ser relevante quando se chega em casa voando. 

Essa é a premissa do Condomínio Premier que será implantado pela Dilceu Dal’Bosco Empreendimentos. Isso mesmo: a proposta deste é ser um condomínio “aero náutico residencial”, uma liberdade de expressão para reforçar seus acessos pelo ar e pela água, e também sua vocação com um condomínio residencial de luxo.

Em uma área de 120 hectares, localizada na MT-222, está 15 minutos distante do centro da cidade e a 900 metros do Rio Teles Pires, Dilceu pretende construir um aeroporto completo com pista de pouso pavimentada, com 1,6 km, homologada pela Anac, todos os itens de um aeroporto como sala de embarque/desembarque, itens de segurança, abastecimento, entre outros, e no entorno de tudo isso, um condomínio horizontal fechado. Serão 241 terrenos, com 2,5 mil m², espaço suficiente para que cada lote tenha seu próprio hangar. A forma com o empreendimento foi projetado permite que o morador de fato chegue voando e estacione seu avião no terreno da sua casa. Os 120 hectares citados são considerados quando se somam a extensão do condomínio com a do aeroporto.  

Para apontar a viabilidade do seu projeto, Dilceu se fia nos números da aviação. Mato Grosso tem a segunda maior frota de aviões executivos do Brasil. O estado tem o maior número de aeródromos privados do país. “Cada dia mais, o avião está se tornando uma ferramenta de negócios, fundamental no encurtamento de distâncias, ainda mais em um estado grande como Mato Grosso. O tempo é o bem mais precioso de uma pessoa. Voar é uma forma de perder menos tempo para quem precisa percorrer longas distâncias”, pontuou.

Dal’Bosco acredita que o empreendimento irá suprir a necessidade do empresário como uma eventual segunda moradia ou também a principal residência, em função do acesso facilitado, do conforto e segurança que o condomínio vai oferecer. As possibilidades são diversas. A casa no Condomínio Premier será um verdadeiro refúgio confortável, com clima agradável, qualidade de vida e muito entretenimento, que além do Rio Teles Pires, ainda terá diversos itens esportivos e sociais, como restaurante e salão de festas. O imóvel pode ser o ponto de lazer da família, o ponto de partida para uma viagem ou um patrimônio de uso de uma grande corporação.

Como suporte, estabelecimentos estratégicos serão implantados no loteamento. Dilceu já vislumbrou um posto para abastecimento de aeronaves, oficina para turboélices, alojamento para pilotos e uma escola de aviação. Outras estruturas de apoio complementarão a parte náutica, dedicada a pesca e ao lazer. Uma marina com acesso ao rio será implementada. Já na entrada do condomínio será instalado um restaurante panorâmico, que será aberto ao público. “Estudamos a possibilidade de colocar um helicóptero para pessoas que queiram alugar e fazer um passeio aéreo”, comenta. 

Para dar vida ao condomínio, Dilceu já projeta usar a estrutura do empreendimento para recepcionar pelo menos dois eventos de aviação executiva e aviação agrícola por ano.

Todo conceito do Condomínio Premier se calça na logística – da mesma forma que o Plano Maior de Dilceu: o Eixo Norte Parque Empresarial.

Masterplan nos trilhos

Uma larga área de terra remanescente do espólio da antiga Agroquímica Sinop, no entroncamento da BR-163 com a MT-423, promete ser o novo eixo de expansão urbana da cidade, concentrando indústrias, empresas e um amplo plano de loteamento.

Dilceu está dedicando 1.010 hectares dessa área em seu empreendimento, começando com a implantação do Eixo Norte Parque Empresarial – um loteamento industrial e empresarial. O projeto não se resume a fatiar essa porção de terra com asfalto e vender lotes para investidores à medida que a demanda surgir. Dilceu tem um projeto conceitual e moderno, além de um plano de ação para viabilizar o negócio como um Parque Empresarial de fato e um “trunfo” na manga. “Tratei minha área como se fosse um shopping. Primeiro buscamos implantar as empresas âncoras. Em um segundo momento começa a implantação de um loteamento industrial, com a chegada de novas empresas, e por fim as áreas residenciais, para comportar essa população que vai trabalhar nessas empresas”, explica Dilceu.

Entre esses pilares do Eixo Norte Parque Empresarial está o Posto Matupá Trevão III – um complexo capaz de abastecer simultaneamente 36 caminhões e espaço para pernoitar de 300 a 400 bitrens. A gigante indústria da Jhonrob – que está no caderno dedicado à Indústria desta edição – também está na área do Eixo Norte Parque Empresarial. A unidade da Fertilizantes Tocantins, a Terraway, a Bunge, o Grupo Dislub Equador, a Yara Fertilizantes e a Grupo Vamos/Fendt/Komatsu são alguns exemplos de grandes empresas e indústrias que já estão dentro do empreendimento. Até o SEST/SENAT (Serviço Social do Transporte), construirá sua unidade no Parque Empresarial, em uma área doada por Dilceu.

Na primeira etapa do empreendimento serão aproximadamente 500 lotes. Outros 450 estão previstos para uma segunda etapa. O Parque Empresarial é uma parte integrante de um Masterplan projetado para estabelecer um novo eixo de ocupação urbana na cidade.

A proposta desse empreendimento é ter gestão associativa com ampla infraestrutura, ruas e avenidas largas, quadras arredondadas para melhorar o deslocamento de veículos maiores e aumentar o campo de visão dos motoristas, resultando em maior segurança no trânsito. Nesse condomínio haverá segurança privada e uma equipe própria que dará manutenção constante nas vias e espaços públicos. 

A área do Eixo Norte Parque Empresarial é cortada de Leste a Oeste pela MT-423, dividindo o Parque Empresarial do masterplan, chamado de Polo Eixo Norte. Indústrias para um lado, residencial e comercial para o outro. No sentido Norte-Sul, uma avenida com 70 metros de largura atravessa o empreendimento. Outras 12 avenidas estão projetadas para garantir um bom fluxo de veículos – espelhando a fórmula que consagra a cidade de Sinop.

As avenidas surgirão com ciclovia e pista de caminhada, embora hoje não haja qualquer residente naquela região para exercitar as pernas em um fim de tarde. Da mesma forma, já estão projetados os locais onde serão implantados posto de saúde, creche e praças de convivência, inclusive com a pretensão do loteador em construir essas estruturas. “Hoje, o Polo Eixo Norte parece destacado na urbanidade de Sinop, mas não será por muito tempo. Assim que começar a implantação do loteamento residencial, que terá 6 condomínios horizontais, além de condomínios verticais, teremos uma população crescente nessa região e as estruturas de serviço público, lazer e mobilidade serão importantes”, enfatiza Dilceu. “Estamos falando de um projeto que se consolidará ao longo de 15 ou 20 anos”, completa.

O empreendedor já vislumbra a construção de um hotel de passagem e um grande centro de eventos na região, além de um lago com 8 hectares de lâmina d’água, que já existe no local e que pode ser o ponto de partida para um local público ou mesmo privado. “São muitas possibilidades para essa área de 700 hectares. O único limite é fazer algo que seja a altura de Sinop”, comentou o empresário.

O projeto de Dilceu pode parecer ambicioso demais ou até deslocado da realidade, se formos considerar que existem outros Masterplan em curso, todos com localização mais central do que o Polo Eixo Norte. Mas para o empresário, que chegou em Sinop em 1976, quando só existia nada e mato por aqui, o “boom” econômico da cidade e a expansão urbana vistos até aqui são apenas uma faísca perto do que está por vir. “Nos próximos 15 anos, Sinop terá um crescimento angular, muito mais intenso do que vimos até hoje”, prevê Dilceu.

A leitura do empresário se calça no avanço da logística. Dilceu cita o fato de que nos últimos anos a malha rodoviária de Mato Grosso vem sendo pavimentada, dando condições de produzir em novas áreas e melhorando o escoamento onde já se produz muito. “Todas essas rodovias estaduais que estão sendo pavimentadas, a efetivação da BR-163 para o Norte, criam um cenário que vai aumentar a produção agrícola de Mato Grosso e dar viabilidade econômica para áreas hoje consideradas degradadas. Será um novo ‘boom’ do agronegócio e uma parte dessa economia, praticamente todo Norte, vai convergir para Sinop”, desenha Dilceu.

Se estradas pavimentadas desencadearão esse ciclo, o que dizer de uma ferrovia? Classificada como prioridade nacional, a Ferrogrão conectará Sinop aos portos do Pará, em Miritituba. E esse é o trunfo do Polo Eixo Norte. 

Todos os projetos prévios até o momento apontam que a “pera” da ferrovia será no chamado “pé-de-galinha”, nome dado para o cruzamento entre a MT-423, a Estrada Clotilde e a Estrada Judite. “Pera” é o termo técnico que define a ponta final, ou inicial, de uma estrada de ferro, onde estão todas as estruturas de embarque e desembarque. Ou seja, caso os projetos da ANTT não sofram alterações, o ponto de partida da Ferrogrão estará a menos de 2 quilômetros do Polo Eixo Norte. “Se hoje temos uma grande usina de etanol em Sinop, com a ferrovia vão caber 5 iguais. O frete de volta vai viabilizar indústrias de fertilizantes e negócios com a Zona Franca de Manaus. Já podemos começar a tratar de discutir um Porto Seco para a cidade, porque será uma realidade. Todos esses fatores farão Sinop crescer de forma muito mais acelerada do que nós já vimos até então”, afirma Dilceu Dal’Bosco.

O empresário não é o único a antever uma onda de progresso, não apenas com discursos, mas fazendo investimentos.

No topo, avistou um Oásis

A Expand Empreendimentos Imobiliários está entre os grandes quando o assunto é mercado imobiliário vertical. A empresa foi responsável por boa parte dos edifícios que existem em Sinop e continua lançando novos projetos. Do alto dos seus espigões, a Expand enxergou longe – mais precisamente a 48 quilômetros de distância do seu último prédio, no km 885 da BR-163.

Não era uma miragem! Pelo contrário, tratava-se de uma terra bem conhecida. Há 30 anos, a família de Itamir Trombetta – fundador da Expand – tem uma área de terra com 5 mil hectares, à margem da rodovia federal, banhada pelo Rio Roquete. Para quem conhece Sinop, a propriedade fica próximo onde era a Baixada Morena, um pequeno balneário de lazer. 

Então veio a usina hidrelétrica no Rio Teles Pires e alagou a casa da Morena. O lago que represa a água que move as turbinas avançou por muitos afluentes, em função da topografia pouco acidentada da região. O pequeno Rio Roquete ganhou volume e se tornou um lago navegável, há 15 minutos de distância do Rio Teles Pires.

O que era uma ótima propriedade para agricultura e pecuária, se tornou um pequeno oásis na Amazônia. Uma terra de relevo plano, com 1,3 mil hectares de lâmina d’água à sua frente, com uma gigantesca área de preservação na outra margem do rio, com a costa caprichosamente de frente para o Oeste, pintando um pôr do sol a cada fim de tarde. Tudo isso a menos de 50 km do centro de Sinop, andando por uma rodovia federal pavimentada. A terra se tornou interessante demais para ser disfrutada apenas pela família.

Trombetta nem precisou usar a criatividade na hora de escolher o nome do futuro empreendimento que implantaria nesta área: Oásis da Amazônia. A inventividade que economizou no batismo, porém, foi despejada na modelação negócio. “Não haverá nada parecido com o Oásis da Amazônia no Mato Grosso e provavelmente no Brasil. Podem existir resorts ou pousadas, mas nenhuma que combine as belezas naturais, a riqueza ecológica, um rio com um grande lago e a facilidade de acesso que temos nessa área, tudo muito próximo de uma grande e rica cidade que é Sinop”, comentou Trombetta.

O projeto da Expand não se resume a uma atração turística – afinal, estamos falando de expansão urbana. O que o Oásis da Amazônia promete ser é um híbrido entre os condomínios horizontais de luxo e um condomínio aero náutico tudo isso na borda de um gigantesco lago.

O Oásis da Amazônia será um complexo de condomínios fechados. Serão 5 empreendimentos imobiliários no total, executados em fases e com perfis levemente diferentes. Nesta primeira etapa, conta Trombetta, que já foi lançada, o primeiro condomínio terá 432 terrenos com metragem de até 1,9 mil m². O condomínio contará com ruas asfaltadas, rede de energia e toda a infraestrutura esperada, além de um lago artificial interno. Na sequência será instalado um condomínio “village” – com lotes menores, mais distantes do lago –, que funcionará como um loteamento mais popular, ideal para construção de casas para as pessoas que vão trabalhar e dar suporte em todas as estruturas do Oásis da Amazônia e também nas futuras residências dos condôminos. “Há uma gama de serviços que serão gerados quando o empreendimento estiver operando em plenitude. As pessoas que vão oferecer esse serviço terão oportunidade de se estabelecer nesse espaço”, projeta Trombetta.

Os 5 condomínios vão oferecer o espaço para o comprador construir sua casa de final de semana ou de temporada, sua segunda moradia ou mesmo a moradia principal. Além do acesso fácil pela rodovia, será implantada no empreendimento uma pista de pouso com 1,3 mil metros de comprimento, devidamente homologada pela Anac, além de heliporto e um mirante aéreo. 

Para os que preferem singrar o lago, o empreendimento terá um Iate Club, com 25 mil m², incluindo uma marina, rampa para descer barcos e jetsky, píer e elevador. Para disfrutar o rio sem sair da terra, serão feitas 4 praias artificiais, com bangalôs praianos.

O coração do empreendimento será o Resort. Em uma área de 3 mil m², a Expand vai construir um grande complexo com piscinas, restaurante, bar, estruturas de lazer e hospedagem.  Para a gestão desse resort, a empresa busca um grande player, que tenha experiência no ramo.

Segundo Trombetta, o resort será uma referência de turismo na Amazônia, com grande apelo para pesca e para contemplação de belezas naturais. Hoje, o que existe de similar é o Malai, um hotel-resort, localizado às margens do Lago da Usina de Manso, em Chapada dos Guimarães, há mais de 500 km de distância de Sinop. “Eu e minha equipe temos viajado pelo Brasil e também para o exterior para pesquisar estruturas de resort e montar o projeto para o Oásis da Amazônia. O que vamos implantar em Sinop estará no nível dos grandes destinos turísticos internacionais do gênero”, garante o empresário.

A primeira fase do Oásis da Amazônia foi lançada em junho deste ano e será entregue em junho de 2025. A Revista Fator MT conversou com o empresário na semana antes do lançamento oficial e já haviam sido vendidos 130 lotes – cerca de 30% da primeira etapa. 

No total a Expand estima um investimento na ordem de R$ 300 milhões em todo complexo.

Expansão por terra, água e ar, voltados para o lazer, para o turismo ou para os negócios. Empreendimentos homéricos acotovelando-se, enquanto loteamentos são projetados em seus entornos, projetos para se concretizarem ao longo das próximas décadas. Esse é o atual cenário de Sinop, que faz o visionário projeto urbano de 1972 parecer pouco audacioso.