Educação que atrai
Instituições de ensino superior, públicas e privadas, com estruturas de ponta e uma ampla lista de cursos, das profissões mais elementares até as mais prestigiadas, fazem de Sinop um sólido polo de Educação. A cidade que despertou sua vocação de ensinar aprendeu o poder de atração da educação
“E neste novo mundo, esperançoso e feliz, crianças aprendem as suas primeiras letras e os jovens conquistam bancos colegiais. Como é bom alargar fronteiras de nossa Pátria!”. A frase é um trecho do poema escrito por Enio Pipino, publicado na revista “Um passo da conquista da Amazônia”, no ano de 1979. O empresário desbravador que fundou Sinop sabia que para sua cidade prosperar era preciso ter educação. Mostrar que a Gleba no meio do nada tinha escolas era uma forma de atrair as pessoas interessadas em viver o sonho da nova terra. Trunfo que Pipino fazia questão de usar. “O Seu Enio, quando recebia as pessoas na Colonizadora [em Maringá] para comprar terras, ele fazia propagandas, [...]falava muito sobre educação, sobre a escola. Para Seu Enio a escola era tudo, então ele incentivava muito as pessoas que vinham aqui, ele falava: pode ir, seu filho vai ter escola, vai estudar”, conta a professora Anízia de Paula, no artigo “O Discurso do Progresso e a Educação na História de Sinop”, produzido pelas professoras doutoras Cristinne Leus Tomé e Josiane Brolo Rohden.
Nem Enio poderia imaginar o quanto a educação alargou essa “fronteira” da Pátria. Quatro décadas se passaram e hoje a cidade de Sinop é o maior polo de educação do interior de Mato Grosso. Estudantes de diferentes lugares do país procuram o município pelos seus cursos. Famílias de cidades menores mudam os planos de vida para que os filhos tenham acesso a uma boa educação. Empresas planejam investimentos seguras da mão de obra especializada que encontrarão na cidade. A estrutura de educação instalada na cidade cobre da creche ao doutorado, no ensino público ou privado. Sinop irradia conhecimento e este farol, atrai.
Começando pelo básico. A cidade possui 84 escolas que oferecem educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Destas, 45 são municipais, 20 estaduais e uma federal – o IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso), que oferece um curso de ensino médio em tempo integral com formação técnica. Presente no município desde 2014, o IFMT inicia em 2022 a construção da sua sede própria, com mais de 2,1 mil metros quadrados e um investimento na ordem de R$ 11 milhões. Na educação pública em nível escolar, o IFMT é o mais prestigiado, ao lado da Escola Militar Tiradentes.
De gestão estadual, a Escola Sargento Claudemir França é uma das 14 escolas militares do Estado. Implantada em 2021, a Escola recebeu em 2022 sua primeira turma de alunos entre o 7º ano do ensino fundamental e o 3º ano do ensino médio. O modelo de ensino e a estrutura são o atrativo para pais e alunos do município. A escola funciona dentro da sede de uma das mais modernas instituições de ensino superior da cidade. Em desempenho, o destaque na rede pública ainda é para a Escola Estadual Cleufa Hubner, com nota de 7,1 no último Ideb (a 4ª maior de Mato Grosso).
A rede municipal conta com escolas climatizadas, prédios relativamente novos e uma ampla política de distribuição de material pedagógico que atravessa gestões. Desde 2017 os alunos da rede recebem kits escolar, com uniforme e material de apoio. A estrutura mais impressionante do município está em fase de implantação. Trata-se de uma escola em tempo integral, com 16 salas de aula e capacidade para atender 500 alunos. Com um investimento previsto de R$ 23 milhões, a Escola terá 5,9 mil metros de área construída. A ampla estrutura contempla um auditório para 208 pessoas, piscina, campo de futebol, quadra poliesportiva, laboratório de informática, laboratório de robótica, sala de empreendedorismo e biblioteca. O projeto está em fase de implantação e deve ser concluído em 2023. “Talvez o mais interessante dessa estrutura é de que ela será construída na ‘região dos Vilas’”, comentou o prefeito de Sinop, Roberto Dorner. Essa “região dos Vilas” é um eixo da cidade que concentra 7 projetos habitacionais populares, no estilo Minha Casa Minha Vida. Com isso, a melhor escola pública municipal de Sinop estará em uma das regiões mais carentes da cidade.
Ainda na educação infantil ao ensino médio, Sinop tem 18 instituições privadas. A oferta de escolas particulares mescla instituições de ensino que nasceram no município, unidades que tem instituições religiosas como mantenedoras e colégios presentes nos principais centros do país – todas com alto padrão de ensino. O exemplo mais latente é a PPE, ou simplesmente “Escola do Prina”. Agnaldo Prina é um professor que lecionou em diversas escolas públicas e privadas de Sinop até que decidiu abrir sua própria instituição de ensino. Começou como cursinho pré-vestibular, expandiu e hoje é praticamente um centro de treinamento para o vestibular. Nos últimos anos, a Escola do Prina conseguiu as maiores notas do Enem no Estado. Estudantes de toda região estão se mudando para Sinop afim de se prepararem para disputar uma vaga em uma boa universidade.
E é no ensino superior que a cidade brilha.
Cidade universitária
A estrutura do ensino superior instalada no município foi o que consolidou Sinop como um polo de educação. A cidade possui duas universidades públicas – privilégio quase que exclusivo das capitais. O município também foi o berço para duas instituições de ensino privadas, uma tão gigante que alcançou o posto de Centro Universitário. Como se não bastasse, o maior grupo de ensino superior privado do Brasil também está instalado em Sinop.
Considerando apenas os cursos de graduação, regulares e presenciais, Sinop tem 5 instituições de ensino superior, com 8 unidades distribuídas pela cidade. Juntas, estas instituições oferecem 70 cursos presenciais. Quem busca por formação acadêmica, encontrará em Sinop 44 cursos diferentes. A depender da futura profissão escolhida, é possível optar em qual faculdade prefere cursar.
Mais do que volume de cursos, a estrutura de ensino superior de Sinop agrupa carreiras cobiçadas. No campo da engenharia, por exemplo, são 8 cursos diferentes. O acadêmico que quer ser um engenheiro, tem a opção por Agrícola, Civil, da Computação, de Alimentos, de Produção, de Software, Elétrico ou Florestal. Nos disputados cursos da saúde, Sinop tem Medicina, Medicina Veterinária, Odontologia, Farmácia, Biomecina, Enfermagem, Fisioterapia e outros. Do professor ao piloto de avião é possível encontrar formação superior em Sinop.
No levantamento feito pela Revista Fator MT, com todas instituições de ensino superior presenciais de Sinop, a população acadêmica local é de 14,5 mil estudantes. Só para ter noção do volume, 85 municípios de Mato Grosso tem uma população inferior ao número que Sinop tem de estudantes universitários. E a tendência é crescer. “Não é mais preciso sair de Sinop para estudar”, declarou o diretor do campus da Unemat Sinop, Josivaldo Santos.
A Unemat foi quem “abriu o mato” desse polo de educação. A universidade se instalou no município em 1990. “Quando a Unemat chega em Sinop ela vem para formar professores, que é a primeira base de construção da educação. Nós criamos esse impacto positivo na sociedade”, comenta Santos.
O curso de Pedagogia continua ativo e é um dos com melhor avaliação (nota 4 em uma escala de 1 a 5). Nessa formação basal, somam-se os cursos de Letras, Matemática e Geografia. Nos últimos anos a Unemat foi ajustando o seu perfil de cursos, de acordo com as novas demandas. A instituição oferta ainda os cursos de Administração, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Sistemas de Informação, Engenharia civil e Engenharia Elétrica.
Em seu quadro, a Unemat conta com 189 professores, sendo a maior parte deles profissionais efetivos. “Cerca de 95% dos nossos professores são mestres e doutores”, acrescentou. Atualmente a Unemat Sinop conta com duas sedes, uma na área mais central da cidade e outra em uma região de condomínios. A direção trabalha em um projeto para construção de uma 3ª unidade, na região da MT-140, um dos eixos de expansão urbana da cidade. A proposta, explica Santos, é ampliar a quantidade de cursos ofertados e facilitar o acesso, inclusive físico, à universidade.
Como instituição, a Unemat é conhecida pelos projetos acadêmicos que nascem no banco escolar e extravasam para sociedade. Desde 2013 a universidade coordena o monitoramento dos indicadores econômicos de Sinop, medindo a inflação local, a variação do preço da cesta básica e a flutuação da confiança da classe empresarial e do público consumidor. Outro projeto que merece menção agrupa agricultores familiares em torno da produção e venda de alimentos orgânicos. Dentro do campo do agronegócio, a Unemat mantém um projeto de mapeamento da soja. Para dar sequência na formação, a instituição mantém em 2022 quatro cursos de mestrado.
Quando a Unemat se instalou em Sinop, a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), já havia dado um sinal de que também viria. Em 1989, a universidade decide ir para além da capital e inicia um processo de interiorização. Sinop foi uma das cidades nesse projeto. Através de um convênio com a prefeitura, se instalava no município o Instituto Universitário do Norte Mato-grossense. Para garantir que o projeto de uma universidade federal em Sinop vingasse, o colonizador Enio Pipino tratou de doar uma área com 604 mil metros quadrados. A doação foi oficializada em 1992. O terreno, em uma área nobre, que hoje fica há metros do shopping center da cidade, abrigaria anos depois a sede da UFMT.
A instalação do campus foi em 2006. Demorou 14 anos para a UFMT-Sinop nascer, mas nasceu grande. Os primeiros 6 cursos regulares foram Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Engenharia florestal, Enfermagem e Licenciatura em Ciências da Natureza. Logo depois vieram os prestigiados cursos de Medicina e Farmácia, Engenharia Agrícola e Ambiental.
Segundo o pró-reitor da UFMT Sinop, Fábio Lourenço, a instituição conta ainda com 5 cursos de pós-graduação e mestrado. “Nesse momento estamos aguardando a aprovação do projeto para um curso de doutorado em Ciências Agrária e Ambientais”, acrescentou o pró-reitor.
No campus estudam 3,2 mil alunos em graduação e 190 em pós-graduação. Segundo Lourenço, cerca de 70% dos alunos vem de outras cidades e se estabelecem em Sinop. Fenômeno similar é observado com os professores. Dos 250 docentes da universidade, 90% são mestres e doutores, a maioria egressa de outras regiões e agora residentes de Sinop.
A estrutura da UFMT impressiona. Hospital Veterinário que serve de sala de aula para os acadêmicos, está entre os maiores do gênero no Centro-Oeste. Blocos de Ciências Farmacêuticas e de Engenharia Agrícola estão em fase de construção. Uma fazenda experimental, que será uma escola do agronegócio, deve ser implantada ainda em 2022. Durante a pandemia, a UFMT usou sua estrutura, material e humana, para colaborar no enfrentamento do Covid-19. A universidade fabricou máscaras e álcool em gel para distribuição, realizou os exames de Covid durante um período e no final acondicionou as vacinas em um ultrafreezer adquirido pela instituição já antevendo a necessidade. Cursos disputados, professores com larga formação e estrutura refletem diretamente na qualidade da formação que a UFMT entrega. Um exemplo foi a nota máxima alcançada na avaliação do curso de Medicina Veterinária. “De forma geral, os índices de desempenho do campus Sinop são superiores a média da Universidade no restante do Estado”, revelou o pró-reitor.
O próximo passo na evolução da UFMT é deixar de ser um campus para se tornar a Universidade Federal de Sinop. O processo de emancipação está sendo conduzido e o MEC (Ministério da Educação e Cultura), já aprovou a viabilidade. “Hoje 11% de todo orçamento da UFMT vem para Sinop. Com a emancipação, a tendência é aumentar os repasses, dando condições de a instituição crescer ainda mais”, pontuou o pró-reitor.
Enquanto a universidade federal busca independência para crescer, uma instituição privada deu aula nesse quesito.
Império da educação que brotou em Sinop
O ano é 2002. Um professor faz uma parceria com a prefeitura afim de aumentar o escasso número de cursos superiores que existiam na cidade. A gestão cederia o espaço em parte de uma escola e em troca receberia algumas bolsas de estudo.
Duas décadas se passam e hoje a instituição que começou em uma sala alugada é um Centro Universitário, com duas gigantescas unidades em Sinop, ofertando 20 cursos, atendendo mais de 6,5 mil acadêmicos no município e presente em outras 6 cidades: Cuiabá, Sorriso, Primavera do Leste, Rondonópolis, Lucas do Rio Verde e Brasília.
Essa é a síntese da história da Fasipe, a Faculdade de Sinop, que agora leva o nome de Unifasipe para outros pontos do país. A elevação ocorreu no ano de 2019, quando a instituição alcançou 8 cursos de graduação reconhecidos e com conceito satisfatório na avaliação externa in loco realizada pelo Inep. Além das condições de estrutura e financeira, a Fasipe precisou instituir programa de extensão nas áreas de graduação e programa de iniciação científica orientado por doutores ou mestres para ser considerada um Centro Universitário. Gabaritou e sobrou.
Para o fundador e diretor da Unifasipe, professor Deivison Pinto, a história da instituição se funde com a da cidade. “Nós formamos a mão de obra que revolucionou a economia dessa região. Nós acreditamos em uma terra que tinha sede de crescer”, comenta o diretor.
Deivison acredita que a explosão de crescimento experimentada pela Fasipe fala mais sobre a cidade e sobre a educação do que sobre a instituição. “As pessoas que vem para cá querem evoluir e educação é a ferramenta para tal. Muitos acreditam que é o agronegócio que fez o serviço e a economia dessa região crescer. É exatamente ao contrário. Foi porque o serviço cresceu, se tornou técnico e qualificado que o agro conseguiu ter o suporte de conhecimento para evoluir. Nós estamos qualificando as pessoas e elas estão fazendo o progresso. Essa é a revolução da educação”, argumentou Deivison. “Sinop é a prova de que o conhecimento transforma”, completou.
Na Fasipe, cerca de 30% dos alunos residem em outros municípios. Pelo menos metade, 50%, vieram de outras cidades e hoje residem em Sinop. “Alunos concluem o curso e devido a interação com a sociedade ao longo da sua formação conseguem se instalar na cidade com facilidade”, afirma Deivison, enfatizando a importância dessa migração para o aumento populacional e econômico.
A metodologia de ensino da Fasipe presa por criar situações para que os alunos recebam uma bagagem prática, afinando o exercício de suas futuras profissões. Por isso, além de sala de aula, biblioteca e cantina, a Fasipe tem estruturas operacionais que complementam a instituição. Por exemplo, para o curso de nutrição e gastronomia, um restaurante de referência foi aberto. Há anos a instituição promove a Festa do Milho, em que as turmas abrem “empresas” que precisam se viabilizar durante o evento. Para os cursos da área da saúde, tem a Fasiclin uma clínica montada pela instituição que atende cerca de 2 mil pessoas por mês. Já os acadêmicos de Direito começam atuando dentro do Núcleo de Prática Jurídicas, que opera como um escritório de advocacia/defensoria pública. Para as engenharias e arquitetura, o Facea, que presta serviços para empresas de construção da cidade. “As atividades para além do currículo mostram para os acadêmicos a importância de ser empreendedor. Não estamos formando alunos, estamos formando cidadãos, que quando deixarem a universidade estarão ativos em nossa sociedade. Então é importante que eles saiam da Unifasipe sabendo o que devem fazer”, defende Deivison.
Embora já esteja gigante, a projeção da Unifasipe é continuar crescendo. A instituição já prepara a sua 3ª unidade em Sinop, na região da MT-140. Para a “casa nova” estão sendo requisitados os cursos de Agronomia e Medicina Veterinária, com previsão de início em 2023.
Fazendo Direito
A Unic Sinop foi a primeira faculdade a implementar o curso de Direito no município, no ano de 1999 e conserva a tradição na área desde então. O nome deriva da Universidade de Cuiabá, que foi adquirida pelo Grupo Kroton no ano de 2010 – sendo este o maior conglomerado de educação superior do país.
Em Sinop, a Unic possui duas unidades, uma próxima a UFMT e outra no eixo aeroporto. A instituição oferece 18 cursos presenciais, além de contar com uma plataforma com mais de 60 cursos. Segundo Aloísio Biserra, diretor do campus Sinop, cerca de 60% dos alunos no município fazem cursos presenciais. Destes, 30% vem da região.
A instituição conta com 84 professores. A estrutura tem 72 salas de aula e 31 laboratórios, além de 3 clínicas escolas: fisioterapia psicologia e odontologia. Um dos diferenciais metodológicos da Unic é o modelo acadêmico de pré aula, aula e pós aula. Nesse sistema o aluno recebe previamente o conteúdo que será trabalhado em sala, tem a discussão do assunto com professores e colegas e, após, faz um processo de mensuração do que foi estudado. “Dessa forma os alunos já vem sabendo o que vão estudar, tiram as dúvidas na sala de aula e depois avaliam sua absorção de conhecimento, consolidando o conteúdo aplicado”, explica Biserra.
Seguindo um padrão Kroton, as ementas e conteúdos baseados nas necessidades do mercado. O conteúdo é nacionalmente fundamentado e testado, complementado com as peculiaridades regionais vivenciadas pelos mestres. “Sinop é uma unidade promissora, com um dos maiores índices gerais de cursos no sistema Kroton, com um índice de 4 pontos”, revela o diretor.
Outro ponto alto da instituição é a integração entre o profissional em formação e o mercado de trabalho. A plataforma chamada Canal Conecta, tem 450 empresas de Sinop que usam o dispositivo para recrutar profissionais. “Temos uma média de 43% de efetivação dos acadêmicos que são encaminhados para as empresas através do Canal Conecta. O que a Unic faz é preparar os alunos para a realidade do mercado, com professores que são profissionais já atuantes nesse mercado”, acrescentou.
Dona de uma filosofia da ensino própria, a Fastech – Faculdade de Tecnologia de Sinop – aposta em problema, projeto e tecnologia para promover a transformação através da educação. A instituição é a mais jovem faculdade de Sinop. Nascida em solo sinopense no ano de 2019, pelas mãos de um renomado médico, a Fastech concatena vários modelos educacionais modernos para criar o seu.
É o que explica o diretor e fundador da faculdade, Jony Rattmann. Segundo ele, o modelo acadêmico é baseado no PBL (Problem-based learning), ou “aprendizado baseado em problemas”, em uma livre tradução. O “problema”, na instituição, foi convertido em “projeto”. A ideia é de que, ao invés de receber diferentes abordagens de acordo com a disciplina, o aluno consiga exercitar os diferentes campos do conhecimento a partir de um problema – ou nesse caso um projeto – central, interdisciplinar. “O mundo não é dividido em disciplinas. Na Fastech os alunos desenvolvem projetos que vão percorrer todas as disciplinas. Ele vai aprender cada matéria aplicando o conhecimento em um projeto que será material, palpável e viável”, enfatiza Jony.
A proposta é quebrar o modelo de aluno sentado em sala de aula tomando lição. Jony acredita que a educação é transformadora e plena quando gera os sentimentos de paixão, remuneração e conhecimento - quase que nessa ordem. “O projeto desperta a paixão, o interesse. A concretização do trabalho confere a remuneração e por fim, o conhecimento é estabelecido. Assim criamos amor pelo saber”, defende o diretor.
Um exemplo desse entrosamento de disciplinas é o projeto para produção de drones com palitos de sorvete, desenvolvido em parceria com o Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica). Nesse projeto os acadêmicos vão fabricar os drones, com inteligência artificial. Cálculo, resistência de material, navegabilidade e outros pontos serão estudados durante a confecção desse projeto. No final, o resultado do projeto é a prova. “Esse é o novo modelo de educação”, endossa.
Voar é um assunto caro para a Fastech. O primeiro grande curso mirado pela instituição foi o de Ciências Aeronáuticas. O símbolo da instituição é um gavião carcará. Para olhar de cima, a instituição investe em laboratórios e equipamentos de ponta. Para o curso de Ciências Aeronáuticas, por exemplo, um simulador de voo foi instalado na instituição. “Não queremos ser grandes, queremos ser relevantes”, diz Jony.
A pretensão pode ser vista na paleta de cursos. A faculdade oferece atualmente 11 graduações: Psicologia, Nutrição, Gestão do Agronegócio, Engenharia de Alimentos, Comércio Exterior, Cinema e Mídias Digitais, Ciências Aeronáuticas, Estética, Engenharia de Produção, Agronomia e Engenharia da computação. Já há previsão para abertura dos cursos de odontologia, direito, biomedicina.
A instituição também oferta 5 cursos de pós-graduação. Segundo Jony, a instituição tem 370 alunos, sendo que 80% são de Sinop.
MAPLE BEAR
Paixão pelo aprendizado
Referência mundial em educação bilíngue, a escola adota metodologia canadense para ensinar em inglês e em português
Oferecer educação básica bilíngue, de padrão internacional, com uma metodologia inovadora originada do sistema educacional do Canadá, que é referência mundial em educação. Essa é a proposta da Maple Bear, que chegou em Sinop há dois anos para revolucionar a educação regular e o ensino em dois idiomas.
Vale ressaltar que não se trata de uma escola que ensina inglês: a Maple Bear ensina EM INGLÊS e EM PORTUGUÊS. A base acadêmica visa estimular a criança intelectual, física, estética, emocional e socialmente. Os alunos aprendem em um ambiente estimulante e seguro, que encoraja a criatividade e a autonomia, desenvolvendo a autoconfiança e as competências acadêmicas.
A Maple Bear está presente em mais de 140 países, e só no Brasil são mais de 170 escolas. Uma dessas unidades está em Sinop, cujas turmas iniciaram do Infantil I ao Infantil V. Ano passado, teve início o 1º ano do Ensino Fundamental; em 2022, a escola abriu o 2º ano; em 2023, o 3º ano, e assim por diante. A meta da escola é abrir turmas até o 3º do Ensino Médio. A escola vai abrindo uma turma por ano, crescendo junto com os alunos.
METODOLOGIA CANADENSE
O principal diferencial da Maple Bear está na metodologia ativa, como conta a diretora pedagógica Naiara Zanatta Bavaresco. “O foco é a metodologia canadense. Nós aplicamos o currículo brasileiro, em acordo com as diretrizes de educação do MEC (Ministério da Educação) e BNCC (Base Nacional Comum Curricular). Mas vamos além disso, de duas maneiras: com a educação bilíngue e com a metodologia de ensino canadense”.
“Nos primeiros anos, as aulas acontecem 100% em inglês. A partir do Infantil V, inicia-se o programa em português, com uma proporção de 75% do tempo ensinado em inglês e 25% na nossa língua. Trabalhamos o inglês por imersão: é como se o seu filho estivesse indo para o Canadá. Todas as interações são em inglês, e o objetivo é que ele seja proficiente em dois idiomas: a língua materna e a língua inglesa”, explica.
ENSINANDO EM INGLÊS
Ao mesmo tempo em que desenvolve o português no seu dia a dia, na escola a criança aprende em inglês através de estímulo. Por isso, não se trata de tradução, e sim de modelagem. “A criança vai adquirindo novos significados. Aquele tempo, que os adultos levam traduzindo mentalmente, não acontece com a criança, porque ela vai adquirindo significados para as mesmas coisas em inglês”.
Funciona assim: primeiramente, a criança vem para a escola e é estimulada no inglês através da vivência diária. Depois de algum tempo, já tem maior compreensão sobre o que está acontecendo em sala; em seguida desenvolve a fala, com algumas palavras, ainda soltas, em inglês – misturadas ao português. Há ainda o período silencioso, no qual a criança absorve informações, mas não possui vocabulário suficiente para se expressar. A partir daí ocorre o desenvolvimento da fala, da leitura e da escrita.
“As nossas crianças são alfabetizadas em português e em inglês. Aprendem a ler e escrever nos dois idiomas e de forma simultânea. Na Educação Infantil, trabalhamos a interdisciplinaridade, a socialização e a comunicação. Isso é desenvolver o ser humano na sua integralidade”, aponta Naiara.
No Ensino Fundamental, consolida-se o modelo bilíngue de educação. Metade da carga horária é trabalhada 100% em inglês, e a outra metade, 100% em português. Disciplinas como ciências, matemática, artes e língua inglesa são ensinadas 100% em inglês: ler e escrever, comunicar-se, fazer contas.
“No outro bloco, temos língua portuguesa, geografia, história, música, educação física, 100% em português. Assim, a criança se desenvolve nos dois idiomas, e nós seguimos nesse modelo até o último ano do Ensino Médio”, completa a diretora pedagógica.
Para um pleno desenvolvimento da criança, a Maple Bear indica que o ingresso do aluno deve ser feito até o primeiro ano do Ensino Fundamental (até 7 anos de idade). Entretanto, quanto mais cedo, melhor para o aprendizado bilíngue.
Na Maple Bear, o aluno é o centro do processo de aprendizagem. Por isso, mais que ensinar, cabe ao professor extrair os pontos fortes de aprendizagem da criança, desenvolvendo competências, e fortalecendo as habilidades em desenvolvimento.
“Precisamos que as crianças se arrisquem. Errar para depois acertar, mas sempre tentar. A Maple Bear busca a paixão pelo aprendizado, o nosso aluno será sempre estimulado à criatividade e a ter pensamento crítico, e precisará aprender sempre”.
RANKING PISA
O Canadá é sempre destaque no PISA (Programme for International Student Assessment), um programa internacional que produz indicadores sobre a efetividade do ensino nas áreas de matemática, leitura e ciências.
Na edição de 2018 desse ranking, o país foi o 1º colocado entre os países de língua inglesa (na classificação geral, ficou apenas atrás de países asiáticos como China, Cingapura, Hong Kong e Coreia do Sul). Esse resultado é creditado a uma metodologia fundamentada na experimentação, na descoberta e no compartilhamento de informações, e que desenvolve em seus alunos a autonomia e uma verdadeira paixão pelo aprendizado.
“O Canadá é uma potência em educação. Preparamos nossos alunos para as melhores universidades e empregos no Brasil e no mundo. No Centro-Oeste, a unidade de Sinop, em apenas dois anos, já alcançou a segunda posição. Isso mostra que somos referência em excelência educacional”, conclui Naiara.
Colégio CAD
Educando para o mundo
Em um universo de currículos escolares padronizados, conteúdos roboticamente ministrados e alunos condicionados a aprender apenas o suficiente para passar em uma prova, que diferença uma escola pode fazer na vida de um futuro adulto? A primeira escola particular de Sinop parece ter encontrado a resposta mais moderna para essa pergunta: educar para o mundo.
A parceria entre família e escola é de fundamental importância para o sucesso na educação. Essa união é o cerne da filosofia de trabalho do CAD (Colégio Avançado de Desenvolvimento Educacional). Fundado em 1984 com o propósito de oferecer um ensino de melhor qualidade para as famílias de Sinop, o CAD é a primeira escola particular da cidade. “A essência de ensinar é transmitir conteúdo, mas também valores que irão preparar o aluno para a vida e para a sociedade, a fim de que a criança que hoje está em sala de aula cresça e seja uma pessoa capaz de transformar seu conhecimento em atitude”, defende a diretora do CAD, Solange Walker.
Somos uma instituição que está há 38 anos educando, formando e transformando pessoas. Os primeiros alunos formados pelo CAD agora são pais – talvez, até avós – e o retorno para o colégio vem por meio de seus filhos. Dessa mescla de gerações em torno de uma escola vem a percepção de que a aprendizagem é mais completa quando professores e pais trabalham em sintonia.
“Desde o momento que tivemos a necessidade de enviar as nossas meninas pro colégio, tínhamos a certeza de que seria no CAD.
Desde pequeno estudei nesse colégio e me sinto seguro e acolhido sabendo que as meninas estão em boas mãos, as mesmas pelas que eu passei e tive o aprendizado”. Guilherme Henrique Bertoleti Ribeiro, ex-aluno do CAD e pai das alunas Isadora Pineze Ribeiro do Nível II e Antonella Pineze Ribeiro 2º ano.
“Buscamos formas de envolver a família no processo de aprendizagem, com as atividades da escola, acompanhando de forma presente a formação do aluno, na mesma medida que estimulamos a integração do estudante com a comunidade que o cerca.” Comenta Solange.
O diferencial começa com o material pedagógico. O CAD utiliza há anos o sistema Positivo de Ensino. A clássica plataforma de educação que se atualiza de forma constante, tem apostado em uma dinâmica que promove o envolvimento da família com as atividades diárias do estudante. Nessa perspectiva, os pais conseguem acompanhar o que está sendo ensinado e contribuir com o aprendizado.
“Minhas primeiras lembranças da infância estão ligadas ao Colégio CAD. É impossível dissociar o colégio da minha família, porque ambos se tornaram uma só coisa. Tenho amigos que conheço há uma vida inteira, crescemos e evoluímos juntos dentro desse colégio.
Para mim, ser aluna no CAD é um privilégio; tenho acesso a materiais de altíssima qualidade e um ensino magnífico. Sinto-me confiante e preparada para meu futuro e para todos os desafios que venham com ele. Sinto apenas gratidão por tudo isso”. Maria Fernanda Filla aluna da 2ª série do Ensino Médio.
O sistema Positivo se adaptou às novas tecnologias. Ainda tem a “apostilona”, mas há uma gama de materiais digitais desenvolvidos para os estudantes, com vídeos e livros interativos. Uma parte dessa plataforma de ensino adotou a gamificação na educação, a qual adaptou os conteúdos com a linguagem dos games, com etapas a serem vencidas, desbloqueando novos desafios.
Se a proposta é “educar para o mundo”, o primeiro passo é ensinar aos alunos o idioma universal. O ensino bilíngue começa desde a Educação Infantil, em que a criança a partir de dois anos começa a ser alfabetizada em inglês e português. A formação continua ao longo de toda a vida escolar. No 9º ano, os alunos realizam o exame de proficiência com certificação Cambridge Assessment English. “O idioma é ensinado de forma usual, como é aplicado na prática, na conversação. Isso faz com que o aluno tenha uma base sólida para o aprofundamento no estudo da língua no futuro”, explica Solange.
Além da formação escolar tradicional, o colégio oferece atividades extras no contra turno estudantil. Algumas obrigatórias, outras facultativas, como: aulas de reforço escolar, robótica, dança, futebol, xadrez, voleibol, atividade funcional recreativa, handebol, basquete, clube de ciências e inglês.
A BNCC (Base Nacional Comum Curricular), define o conjunto de conteúdos que devem ser ensinados para cada ano escolar. A norma prevê a abordagem de temas transversais que são assuntos particularmente importantes para a sociedade. No CAD, esses temas estão inseridos no material didático e são desenvolvidos através de projetos, sempre com a filosofia de promover uma visão ampla do mundo, com lições que os alunos possam levar para a vida.
“O coração da escola é a equipe”, comenta a diretora. A instituição conta com 50 professores e mais 30 auxiliares de sala de aula. Para a escolha dos seus educadores, o colégio possui um processo rigoroso de seleção de profissionais, mantendo uma formação continuada. Todos os professores têm especialização e há um número significativo de mestres e doutores, em constante aprimoramento, para acompanhar a mudança de hábitos e comportamentos da nova geração.
“Segundo Fernando Henrique da Silva Horita, professor de filosofia do Colégio CAD e doutorando em filosofia pela Unisinos, desde o início quando começou a trabalhar nesta instituição percebeu o seu diferencial. Um ambiente de trabalho totalmente humano que respeita a individualidade de cada aluno, sendo que é consenso por todos docentes que o CAD representa gestão de qualidade, prestígio, experiência e, principalmente, preza pela dignidade da pessoa humana, transformando a vida de seus alunos e de seus colaboradores”.
O colégio atende desde a Educação Infantil até o Pré-Vestibular. São mais de 900 alunos matriculados, possuindo um número limitado de alunos por sala de aula, para que cada profissional consiga oferecer uma atenção personalizada a cada estudante.
Mas e o Enem?
Assim que o aluno ingressa na 1ª série do Ensino Médio, o estudo passa a ser em período integral. O CAD também oferece um curso pré-vestibular, mais procurado por alunos que terminaram o Ensino Médio em outras escolas. Neste nível de ensino os estudantes fazem simulados, recebem aulas focadas em redação e trabalham com materiais especialmente preparados para a prova do ENEM.
Outro suporte importante é o programa de orientação vocacional, que auxilia o estudante a decidir sua futura profissão e qual a melhor universidade para dar continuidade a sua formação. Os alunos do CAD conseguem 100% de aprovação no ENEM, conseguindo obter notas acima da média para ingressarem na faculdade. “É claro que existem cursos mais disputados e instituições de ensino mais concorridas, temos orgulho em dizer que as notas dos nossos alunos atendem essas exigências, explica Solange.
Crescendo com Sinop
O CAD cresceu junto com Sinop, ajudando a formar médicos, advogados, engenheiros, empresários, professores e muitos outros profissionais que contribuem com a cidade.
A instituição se prepara para iniciar as obras de implantação de mais uma sede em Sinop, que conta com uma área de 10 mil metros quadrados, localizada no Residencial Aquarela das Artes. A motivação, segundo a diretora, é ficar mais próximo daquele setor tão promissor em nosso município.
O projeto novo está pronto, com previsão de inauguração para 2024. Serão 8 mil metros quadrados de área construída, com instalações amplas, inteligentes e confortáveis – seguindo o que o colégio já pratica.
Com uma estrutura maior, o CAD pretende avançar no seu conceito de integração com o aluno. Na nova unidade, os anos iniciais contarão com educação em tempo integral. E a posteriori, o tempo, a proposta é expandir esse modelo para as demais séries.
O Colégio conta com políticas de liderança coerentes, sustentáveis e sensíveis às mudanças educacionais, certo de que buscamos uma educação de qualidade para nossos alunos.
Aguardem: teremos novidades em breve!
COLÉGIO ALTERNATIVO
Formação sólida desde o ensino básico
Mais do que alunos, o Colégio prepara cidadãos desde os primeiros anos de vida até o pré-vestibular
Oferecendo aprendizado contínuo, uma formação sólida, que desenvolve competências cognitivas, preparando cidadãos para o mundo, que o Colégio Alternativo se destaca há mais de duas décadas em Sinop, com identidade definida e características próprias.
Primando pelo desenvolvimento do senso crítico e emocional, nasceu da vontade de proporcionar uma educação diferente. O Colégio Alternativo tem como missão contribuir, através da educação, para formar um cidadão capaz de fazer parte da sociedade em que vive, atuando dignamente para transformá-la em uma sociedade mais justa e humana.
“Acreditamos muito nessa consolidação, fazendo o aluno conhecer e reconhecer suas emoções, desde as mais simples às mais complexas, para que ele seja autor da sua história, tenha autonomia”, explica o mantenedor e diretor do Alternativo, Nelgilney Wendell Denardi.
AVANÇO NA EDUCAÇÃO
No ano de 1999, teve início em Sinop o Curso Pré-Vestibular Alternativo. “Implantamos essa proposta, estruturamos o cursinho, nos posicionamos bem, e o know-how que tínhamos com os bons resultados do vestibular transferimos para o ensino médio e educação infantil”, lembra Denardi.
“Quando abrimos o colégio, fizemos a implantação gradativa: 3º ano, depois o 2º, depois o 1º. Logo, inauguramos uma unidade de educação infantil, seguida da fundamental, contemplando assim todos os primeiros níveis estudantis”, completa Denardi.
TECNOLOGIA: ALIADA DO ENSINO
Nota-se o orgulho que sentem alunos e colaboradores em fazer parte do Alternativo. Isso é notório quando se identifica a preocupação em inovar sem perder o rumo, sem se desfazer de bases sólidas como ética, respeito e transparência. “A tecnologia faz parte da rotina das disciplinas. Nas aulas, o computador e diversos softwares educacionais são ferramentas dinâmicas na relação ensino- aprendizado”, completa o diretor.
E é assim, se destacando nos diferentes níveis educacionais, que o Colégio Alternativo se consolida como uma forma no ensino médio e pré-vestibular, apoiado na credibilidade conquistada em tantos anos de serviços.
COLÉGIO MARISTA SANTO ANTÔNIO
O estudante como protagonista
Uso de ferramentas tecnológicas e investimento na formação docente são a base para a construção do ser humano
Uma instituição bicentenária e moderna, que atrela o ensino tradicional às novas tendências da educação, em um espaço de construção de novos conhecimentos, descobertas e aprendizados. Esse é o Colégio Marista, que preza pelo investimento na formação dos professores. Além disso, valores de educação integral e o uso de metodologias e ferramentas inovadoras são base para o desenvolvimento humano dos estudantes.
Os Maristas estão presentes há mais de 200 anos no mundo e há 120 anos no Brasil. O Colégio Marista Santo Antônio é uma nova unidade da Rede que chegou a Sinop com uma proposta disruptiva para a cidade. As salas de aula “conversam” com os outros ambientes, e as habilidades individuais são primordiais para o desenvolvimento não apenas do estudante, mas sim do ser humano.
Se no início os pais tinham dúvidas sobre a razão pela qual em algumas salas havia uma quantidade menor de mesas e cadeiras em relação ao número de estudantes, a resposta não estava relacionada a qualquer dificuldade financeira. “As salas se abrem, são espaços integradores. O projeto arquitetônico, aliado à proposta pedagógica, cria uma escola sem corredores, e esses espaços integrados, chamados de átrios, possibilitam o aprendizado. Esses espaços vão se ampliando e se transformando”, explica o diretor-geral, Irmão Claudiano Tiecher.
Todo esse movimento está concatenado com essa proposta pedagógica, que compreende o espaço como um terceiro educador, aliando-se ao professor e ao estudante. De acordo com a vice-diretora educacional, Bruna Sousa dos Santos, essa liberdade para expressão e manifestação do aluno enquanto ser ainda causa curiosidade quanto à metodologia marista.
“Muitos pais acham que, pelo fato de sermos uma instituição bicentenária, a proposta é exclusivamente tradicional, quando na verdade nós também a utilizamos como um elemento complementar às outras teorias que aplicamos no Colégio. Sabemos que não há só uma forma de aprender”, afirma Bruna.
ESTUDANTE PROTAGONISTA
Um dos principais diferenciais do Colégio Marista está na organização educacional. Além de acompanhar os conteúdos obrigatórios concomitantes nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), a metodologia de ensino explora as capacidades intelectuais da criança e do jovem, transformando o professor em um mediador do conhecimento, enquanto o estudante se torna protagonista no seu processo de aprendizagem.
“O professor traz esse rigor acadêmico, respeitando o conhecimento prévio do estudante, que vai possibilitar diferentes caminhos para a consolidação dessa aprendizagem. Na Educação Infantil, trabalhamos com campos de pesquisas. Um exemplo disso é a iniciação científica, que teve um impacto muito grande junto aos pais e aos docentes. Os projetos pedagógicos surgem do interesse dos estudantes”, comenta a vice-diretora.
“É uma aprendizagem cooperativa, continuada e contextualizada, que chamamos de ensino explícito. É feito através de metas. Explicamos a importância de determinado estudo e como iremos aplicar isso na vida toda”, emenda Irmão Claudiano.
E como esse protagonismo se concretiza? Através da PJM (Pastoral Juvenil Marista), cujos estudantes lideram outros alunos, e do Clima (Conselho de Líderes Maristas). Nesse, estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio passam por um processo eleitoral, construindo projetos e propostas, apresentando às turmas, debatendo e argumentando. “Fazemos a eleição, com cabine, urna, voto secreto. Os eleitos tomam posse e, a partir daí, oferecemos formação sobre como potencializar habilidades de liderança para esses jovens fora daqui”, completa Bruna.
INVESTINDO NO PROFESSOR
Projetores, tablets, aplicativos, chroma-key, drones, entre outros tantos recursos tecnológicos à disposição, contribuem para uma imersão mais profunda no ensino, mas o material humano para gerir tudo isso segue sendo fundamental. Por isso, o Marista Santo Antônio investe na formação continuada do seu corpo docente. Afinal, não basta ter apenas uma grande quantidade de professores, é preciso ter qualidade e constante atualização.
O início das aulas do colégio se deu em 2020, para um total de 180 estudantes. Este número saltou para 580 no ano passado e para 750 em 2022. E a perspectiva para 2023 é chegar a 1,2 mil.
“Já deixamos traçado o plano de formação inicial. Esse professor é preparado por nossas coordenações pedagógicas, Gerência Educacional e chancelado pela PUCRS [Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul], universidade da Rede Marista, com certificado de curso de extensão”, aponta Irmão Claudiano.
CHEGADA A SINOP
A história do Colégio Marista Santo Antônio começou em 20 de maio de 2019, data de lançamento da pedra fundamental, e com a chegada dos primeiros maristas de Champagnat, em 7 de outubro do mesmo ano. Quanto às obras, foram 6,7 mil m² construídos na primeira etapa, sendo o Colégio fundado em 5 de fevereiro de 2020, com o início do primeiro ano letivo.
O Colégio faz parte da Rede Marista, presente em 16 cidades do Rio Grande do Sul, sete da Região Amazônica e em Brasília, além de Sinop. Está localizado no bairro Jardim de Monet, região em franca expansão, com uma estrutura de mais de 12 mil m², que permite uma educação integral e planejada, especialmente para cada nível de ensino (da Educação Infantil ao Ensino Médio).
O Marista é movido pelo propósito de contribuir para o desenvolvimento integral de crianças e jovens, atuando em sintonia com as famílias. Nas salas de aula e demais ambientes, a preparação acadêmica se alia à formação de valores humano-cristãos, ao cuidado com a vida e o meio ambiente, ao despertar de talentos e a diferentes jeitos de aprender.
“Sinop foi escolhida como uma oportunidade de expansão da missão marista por ser um município em crescimento, sobretudo na área da educação. O Colégio foi projetado para ser a primeira unidade de ensino marista em Mato Grosso, homenageando, em seu nome, o padroeiro da cidade. A escolha reforça a identidade cristã, católica e marista”, conclui Irmão Claudiano.
UNICESUMAR
Formato híbrido: o presente e o futuro da educação
Polo EaD em Sinop oferece formato misto entre presencial e virtual, possibilitando autonomia ao estudante
Após se consolidar no ensino infanto-juvenil, o Colégio Alternativo se tornou embrião do ensino a distância em Sinop. Em 2008, o diretor Nelgilney Wendell Denardi inaugura o polo EaD da UniCesumar (Universidade Cesumar, de Maringá), oferecendo inúmeros cursos para o ensino superior para toda a região.
Mais que uma ferramenta de ensino e aprendizagem, o EaD visa desenvolver o senso de autonomia do aluno, proporcionando uma experiência de automotivação e conforto fundamentais para os dias atuais. Essa modalidade de ensino é mediada por tecnologias em que alunos e professores não precisam frequentar o mesmo ambiente para que as aulas aconteçam.
“À época, fomos pioneiros no EaD em Sinop. Era um desafio, porque havia muita crítica, ceticismo e desconhecimento em torno dessa modalidade. Com o tempo, a instituição foi ganhando porte, e nossa sede passou a ofertar mais cursos. Nossos alunos apresentam ótima performance, muitas vezes superior aos (alunos) do ensino presencial”, afirma Denardi.
ENSINO HÍBRIDO
Com uma proposta diferenciada, em que parte das aulas é feita no formato online e as práticas são realizadas no presencial, o polo Sinop da UniCesumar avançou nos últimos quatro anos para o ensino híbrido.
“O aluno vem para as práticas em laboratório, um formato de sala de aula invertida, no qual interage em atividades e dinâmicas. Nesse contexto, iniciamos com as engenharias, seguindo para a área da saúde”, completa o diretor.
Os cursos oferecidos no EaD da Unicesumar são Autorizados e Reconhecidos pelo MEC, cujo diploma tem o mesmo reconhecimento dos cursos presenciais. O processo de ensino se dá por meio de aulas gravadas e aulas ao vivo, de material didático impresso e online e materiais extras, disponibilizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do aluno.
Para completar o ensino-aprendizado, as atividades práticas – em sala de aula e laboratório – são presenciais, com data, horário e local marcados. “Acreditamos que a educação brasileira e mundial caminha para o ensino híbrido. E nessa mescla, percebe-se uma sinergia entre o presencial e o virtual”, completa.
PPE – ESCOLA DO PRINA
Método de ensino que funciona
Ótimos resultados no Enem e vestibulares são alcançados graças à consistência e à rigidez disciplinar
Preparar o aluno para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e os principais vestibulares do país é o principal objetivo da PPE – Escola do Prina. E os ótimos resultados colhidos nos últimos anos vieram graças à consistência do trabalho educacional, baseado no ensino em tempo integral, com carga horária muito superior ao mínimo exigido, plantões de estudo e aulas de reforço.
Para se ter uma ideia, em um intervalo de quatro anos, a PPE ficou em 1º lugar no estado em três deles no Ranking Folha. O resultado é tabulado pelo veículo de comunicação paulistano, a partir da base de dados bruta divulgada pelo Ministério da Educação (MEC), que determina a média dos colégios públicos e particulares no Enem.
ROTINA DE RESULTADOS
Ao todo, são nove aulas diárias (de segunda a sexta), além de quatro horas a mais com plantão de atendimento tira-dúvidas após o término das aulas (de segunda a quinta). Aos fins de semana, a PPE aplica simulados – provas similares ao Enem – para preparar ainda mais os estudantes.
Os resultados não servem apenas para condicionar o aluno. Essa rigidez disciplinar foi implantada para que o pré-vestibulando aproveite ao máximo seu tempo para estudo e as oportunidades que surgem à sua frente.
Para o professor Pedro Paulo Anacleto, diretor da PPE, o trabalho consistente mantém a escola permanentemente entre as melhores de Mato Grosso.
“Estamos fazendo um trabalho sério, buscando constantemente a excelência. E isso não se constrói do dia para a noite. O estudante que aproveita tudo o que a escola entrega, além das opções não obrigatórias, mas que estão à disposição, está completamente preparado para realizar qualquer vestibular nesse país e com o mesmo nível de excelência de unidades escolares dos grandes centros”, destaca Anacleto.
A excelência e consistência do trabalho desenvolvido rendem resultados incríveis. Destaque para estudantes aprovados no último vestibular para medicina na USP (Universidade de São Paulo), UFPR (Federal do Paraná) e UFMG (Federal de Minas Gerais) – curso esse concorridíssimo, com altas notas de corte.
Os alunos da PPE também aparecem aprovados na Estadual de Maringá (UEM), de Londrina (UEL), de São Paulo (Unesp), além dos diversos campi da UFMT e Unemat. “Essa consistência mostra que nós temos um método que funciona. Conseguimos atingir objetivos pelo trabalho”, completa.
NIVELAMENTO
Ao receber alunos de diferentes níveis de aprendizagem, a PPE intensifica as ações de melhoramento, para que todos possam acompanhar os conteúdos no mesmo grau de compreensão. Em outras palavras: quem vem com limitações do ensino fundamental para o ensino médio, ou do ensino médio para o cursinho pré-vestibular, tem à disposição amparo educacional para se desenvolver e se preparar adequadamente para diversas provas.
“Recebemos estudantes com dificuldades em matemática básica, ou problemas de interpretação de texto, entre outros. E cada vez mais os pais têm entendido essa necessidade de melhorar a condição desse aluno, para que ele possa lutar de igual para igual com quem vai disputar vaga com ele no vestibular e no Enem. Esse ensino intensivo que nós oferecemos é o que vai dar ao aluno condições reais de aprender”, aponta Pedro Anacleto.
ESTRUTURA FÍSICA
Depois de anos atendendo em um prédio compacto, a PPE hoje conta com uma nova estrutura, de primeira linha, situada no Residencial Ipanema. Foram aproximadamente sete meses de obras até a inauguração, em fevereiro deste ano.
Mesmo assim, a PPE não deixa de lado sua estratégia: salas de aula menos populosas que proporcionam ao professor a possibilidade de desenvolver uma interação mais intensa e real com o estudante.
UNIFASIPE
Saúde à população através da FASICLIN
Diversos serviços são oferecidos desde 2014; em torno de dois mil atendimentos são realizados por mês
Aprender fazendo. É assim que o UNIFASIPE (Centro Universitário Fasipe) prepara seus alunos para o mercado de trabalho. Pensando nisso, no ano de 2014 foi criada a FASICLIN, um espaço dentro da instituição que engloba clínicas dos cursos de graduação em Estética e Cosmética, Fisioterapia, Odontologia, Biomedicina, Enfermagem; Farmácia, Nutrição e Psicologia.
E essa ideia surgiu por um sonho. A coordenadora da FASICLIN, Alessandra Nazaré, juntamente com o diretor-presidente, Deivison Benedito Campos Pinto, almejavam contribuir com a saúde do sinopense.
“Lembro que o munícipio passava por um problema na saúde pública. Os estágios tinham sido suspensos, então solicitamos junto à Prefeitura e à Secretaria de Saúde que vinculassem uma UBS (Unidade Básica de Saúde) junto à universidade”, relembrou a coordenadora.
Na época, houve aprovação por parte dos vereadores da Câmara Municipal, mas não do prefeito. Porém, com a chegada de novos cursos, o que era apenas desejo, se tornou realidade. As obras começaram e o primeiro curso a iniciar os trabalhos foi Odontologia. “A FASICLIN hoje faz parte da assistência de saúde de Sinop. Tanto é que, durante o período de pandemia, mesmo que as atividades acadêmicas estivessem suspensas, a clínica não precisava parar”, explicou Alessandra.
ATENDIMENTOS
Hoje em dia, aproximadamente dois mil atendimentos são realizados por mês na clínica, que recebe pacientes não apenas de Sinop, mas de toda a região Norte do estado. Os acadêmicos, a partir do 7º semestre, colocam em prática o conteúdo que aprenderam na sala de aula. É o que explica a estudante de Fisioterapia, Ângela Peixer.
“É inovador estudar aqui. Na sala de aula não temos o contato com o paciente, e quando a gente tem esse contato é incrível! Atender o paciente e praticar o que aprende na aula é maravilhoso. Abre portas, a gente cresce enquanto profissional. Eu não conheço nenhuma faculdade que trabalhe como a UNIFASIPE”, afirmou.
Os atendimentos são para todas as idades. Leiliane Pereira tem quatro filhos, e normalmente traz três deles – com idades entre 6 e um ano de idade – para serem atendidos pelos estudantes. “O atendimento aqui é muito bom. Não vejo diferença para uma clínica particular. Com certeza, eu recomendo para as mamães”, afirmou Leiliane.
SERVIÇOS
Na Clínica de Psicologia, são oferecidos atendimentos psicológicos, em geral;
Já em BIOMEDICINA, são ofertados exames de sangue, urina e fezes;
A FISIOTERAPIA atende nas áreas de Ortopedia, Traumatologia e Reumatologia, Neurologia, Neurologia Pediátrica e Geriatria.
Em ESTÉTICA E COSMÉTICA, os acadêmicos atendem com Tratamento Facial, Corporal, Capilar, Fotodepilação, entre outros como manicure, pedicure, designes de sobrancelhas e outros.
Na clínica de NUTRIÇÃO são ofertados os seguintes serviços: elaboração a avaliação e o diagnóstico de nutrição individual, planejamento alimentar e de cardápio, e orientação de boas práticas.
Em ODONTOLOGIA as áreas são: tratamento clínico e cirúrgico básico nas diversas especialidades da Odontologia – exceção feita às áreas de Implantodontia e Harmonização Orofacial e alguns tipos de tratamento ortodônticos.
Além desses, existe também a Farmácia Escola, a qual pacientes, portando documento com foto, Cartão do SUS e receituário com data vigente, podem retirar remédios fornecidos gratuitamente pelo munícipio.
HORÁRIOS
Os atendimentos são feitos de segunda à sexta, das 8h às 11h (matutino), das 13h às 17h (vespertino), e das 17h às 22h (noturno).
AGENDAMENTOS
Os agendamentos podem ser feitos pelo número (66) 9.8434-0182 ou pessoalmente. Os documentos necessários são: RG, CPF, além do simbólico valor de R$ 10, além da avaliação. A FASICLIN fica na UNIFASIPE, unidade Florença, localizada na Av. Magda de Cássia Pissinati, nº 69.
Dados do Município
Sinop é um município brasileiro distante 479 km da capital Cuiabá, localizado no interior do estado de Mato Grosso, região Centro-Oeste. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), sua população foi estimada em 146.005, em 2020, porém, dados municipais apontam para mais de 195 mil habitantes.
O município possui a 5ª maior economia com PIB de R$ 5.626.287.120 (aproximadamente R$ 5,62 bilhões).
Localizada no eixo da BR-163, a Capital do Nortão é polo em educação (17 mil estudantes) e em saúde (possui inúmeras especialidades médicas). O estudo “Melhores Cidades para Fazer Negócios”, da revista Exame, aponta o município na 33ª posição em todo o país (2019). Sua força econômica está baseada nos setores de serviço (que movimenta R$ 3,3 bilhões), industrial (R$ 496,2 milhões) e agropecuário (R$ 265,9 milhões). A abertura de novas empresas mais que dobrou nos últimos 10 anos, sendo que de janeiro a junho (2020), 1.233 empresas registraram seu CNPJ.