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Nova Mutum

TECNOLOGIA A FAVOR DO HOMEM

Publicado em 21 de Outubro de 2019 ás 19:15

TECNOLOGIA A FAVOR DO HOMEM

Enquanto parte do planejamento visa a atração de novas empresas e indústrias, outra parte quer fisgar quem irá operacionalizar toda essa estrutura. Mas com qualidade de mão de obra, invejável a muitos grandes centros do País.

A expansão de Nova Mutum não está relacionada apenas aos novos loteamentos ou o loteamento de fazendas que foram “invadidas” pela cidade.

Conforme o novo Plano Diretor, entre as diversas outras áreas avaliadas e inseridas nesse contexto de expansão, como saúde, educação, lazer, esporte, urbanismo e economia, um assunto é o ponto central quando se fala em futuro: Nova Mutum será um polo tecnológico!

Pelo menos é o que pretende a reestruturação do Plano Diretor que previu, principalmente, o zoneamento de setores visando a criação do Distrito Industrial e do Parque Tecnológico, o primeiro previsto para entrar em operação já em 2021. O Distrito Industrial deve deixar um legado para o futuro da cidade, pois quando se abrem novos espaços para loteamentos ou empresas, é preciso pensar junto com outras estruturas, como lazer para os novos moradores, moradias, escolas, postos de saúde, comércios, restaurantes, toda uma estrutura que transformará Nova Mutum em um indutor desse desenvolvimento, isto é, não significa que o município irá sozinho absorver todo esse crescimento, mas irá induzir o crescimento de toda uma região.

Logo, a solução é transformar a cidade em um centro de excelência em treinamento e capacitação de pessoas. “Esse é nosso papel, nossa vocação. Vamos treinar aqui as pessoas que poderão ajudar outras cidades a crescer. Todo o Estado irá ganhar. E isso será possível com o Parque Tecnológico e o Distrito Industrial, que começaram a ser pensados com a reestruturação do Plano Diretor”, esclarece o secretário de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Mauro Manjabosco.

Conforme o projeto, no novo plano de expansão das áreas urbanas da cidade, 200 hectares foram destinados para o desenvolvimento tecnológico, poderíamos classificar a área dessa forma. São 150 hectares para o Parque Tecnológico e 50 para o Distrito Industrial, doados pela colonizadora Grupo Mutum que tem lotes de mil a cinco mil m². As áreas foram repassadas ao Poder Público no final de 2018 e em meados de 2019 os projetos de implantação já começaram a ser executados, com a infraestrutura sendo trabalhada. A previsão é que devam ser investidos de R$ 20 a R$ 25 milhões somente para a infra do Distrito.

O supervisor do novo Plano Diretor, o arquiteto Enio Luiz Perin, explica que a expansão urbana não caminha sozinha, mas está constantemente atrelada a um olhar de planejamento para 50 anos a frente, com uma organização espacial prevendo novos espaços ainda inexistentes. “Temos de pensar hoje em espaços para aeroporto, ferrovia, distrito industrial, indústrias de tecnologia, áreas para grandes eventos, residências, resorts. Enfim, é o desenvolvimento urbano e econômico prevendo a garantia de qualidade urbana pro futuro, a garantia institucional dos espaços urbanos, ter as áreas previstas de uso e ocupação, dando um norte a ser seguido pelos futuros governantes”, afirma

Obviamente que assim como foi reestruturado quase 15 anos após a primeira versão, todo esse planejamento pode, e deve ser novamente repensado, atualizado. O importante é que as grandes diretrizes sejam seguidas, trazendo o que o mundo está vivendo hoje, como inovação, ciência e tecnologia, permitindo que Nova Mutum, hoje em fase de migração de uma economia primária – que apenas produzia e exportava in natura – para uma economia secundária – transformando a produção, agregando valor ao produto final – possa se consolidar como um ponto referencial onde tudo vai acontecer, gerando inteligência artificial aplicada ao agronegócio, elevando sua economia a um outro patamar: como uma cidade que produz, transforma, exporta e fornece matéria-prima e mão de obra de alta performance e qualidade para o mundo.

Parque Tecnológico vai gerar pesquisa e formar pessoas

Transformar Nova Mutum em um polo tecnológico, capacitando mão de obra de qualidade para trabalhar com as novas tecnologias que a indústria do agronegócio cria todos os dias e ainda formar empreendedores, esses são os principais motivos que levaram os gestores do município a desenvolverem um projeto para a construção de um Parque Tecnológico.

As duas indústrias de etanol que estão em fase de implantação na cidade já são realidade e começaram a influenciar no planejamento do município no que diz respeito ao futuro.

Nova Mutum quer preparar sua população para receber bem o progresso!

O secretário explicou à redação da Fator MT que as indústrias de etanol vão gerar grande demanda em diversas áreas, não somente à cadeia do milho, e o município precisa estar preparado para atender tais demandas. “Vamos agregar da noite para o dia quase cinco mil pessoas diretamente, sem contar uma população flutuante de aproximadamente 120 mil pessoas dos municípios vizinhos que virão a Mutum consumir essa infraestrutura. Será necessário termos mais escolas, casas, postos de saúde... E gente qualificada para trabalhar nessas novas tecnologias. Construir mais estrutura é importante, mas ter mão de obra capacitada é indispensável”.

Por isso, o Parque Tecnológico irá agregar em pesquisa para se tornar um centro de excelência em treinamento e capacitação de pessoas. “Esse é nosso papel, nossa vocação. Entendemos que o investimento em treinamento e capacitação de pessoas é a melhor forma de atrair empresas e indústrias”, garante Mauro.

O Parque será implantado em uma área de 150 hectares, utilizados para o desenvolvimento de pesquisas, inovações tecnológicas, polo universitário e área para realização de feiras do agronegócio. Enio Perin, arquiteto que supervisionou o projeto do Parque, explica que Nova Mutum irá formar a mão de obra que indústrias de fora irão “comprar” do município. 

“Mesmo com toda a tecnologia existente, ainda o fator humano é imprescindível. Ou seja, não resolve ter um trator que anda sozinho se você não tem internet para a comunicação dele com o GPS, por exemplo. E quem leva essa internet pro campo são as pessoas. Então precisamos ter pessoas treinadas e capacitadas principalmente para essas novas tecnologias, é preciso gente preparada para operacionalizar isso tudo. Mutum quer cuidar de gente, esse é o diferencial que vai fazer com que as indústrias venham para a cidade, a médio e longo prazo, mas estamos planejando a cidade para isso”.

Intercâmbio de conhecimento

Nova Mutum é hoje uma cidade bem estruturada, organizada, com uma visão de longo prazo e que está se estruturando para ter um crescimento mais sustentável daqui a duas, três décadas. Seu grande potencial no segmento de agroindústria torna necessário o investimento em capital humano, possibilitando a criação de tecnologias adequadas à essa realidade, gerando um aumento de produtividade nesse segmento. Por isso o Parque visa implementar programas de cultura empreendedora, de formação em novas tecnologias voltadas ao agronegócio. E quanto antes começar, melhor e mais rápido o resultado virá!

Foi esse um dos motivos que levaram a Universidade do Vale do Taquari (Univates), de Lajeado (RS), a implantar um laboratório de análises físico-químicas destinado à prestação de serviço industrial, como frigoríficos, indústria de etanol e fábrica de ração. O laboratório está em fase de implantação por meio de parceria com a Prefeitura. Na prática, conforme explica Manjabosco, Nova Mutum se tornará um imã de pessoas e empresas que buscam tecnologia. “Hoje, quando uma indústria vai lançar um produto no mercado, ela tem que fazer testes para comprovar a qualidade dele. A BRF, por exemplo, leva o frango in natura para o Paraná, onde realiza as análises necessárias antes de exportar. Com a Univates aqui, esses testes poderão ser feitos em Mutum. Tudo que é produzido no Estado e até fora dele queremos trazer pra Mutum. Essa é nossa vocação, termos um centro de treinamento no Parque e absorver essa demanda tecnológica”. Cerca de R$ 17 milhões serão investidos somente para a construção do laboratório. R$ 12 milhões da Prefeitura e R$ 5 milhões da Univates, para qualificação de pessoal e aquisição de equipamentos que garantirão o aprimoramento de técnicas laboratoriais, vindo a suportar a exigência dos mercados nacional e internacional. “A Univates é uma instituição comunitária e tem no seu DNA o desenvolvimento econômico, social e cultural da comunidade em que está inserida. A nossa proposta é ajudar no desenvolvimento de Nova Mutum, atuando com nossos serviços de análises, com ensino técnico e, futuramente, um polo da Instituição para oferta de cursos", sinaliza o pró-reitor, Oto Moerschbaecher 

Para o prefeito, Adriano Pivetta, o laboratório marcará um novo ciclo de desenvolvimento agroindustrial de Mutum. “A partir deste laboratório teremos uma série de desdobramentos positivos, tenho certeza que nossa cidade será um grande polo do agronegócio brasileiro”, detalha.

Com mais de 50 anos de fundação, a Univates formou mais de 25 mil pessoas entre graduação, pós-graduação e cursos técnicos, no sentido de gerar, mediar e difundir o conhecimento técnico-científico e humanístico, considerando as especificidades e as necessidades da realidade regional, inseridas no contexto universal, com vistas à expansão contínua e equilibrada da qualidade de vida.

 

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Dados do Município

NOVA MUTUM

 

Nova Mutum é um município brasileiro no interior do estado de Mato Grosso, região Centro-Oeste.  De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população foi estimada em 46.813, em 2020 – dados municipais apontam que seja mais de 60 mil habitantes.

O município possui a 8° maior economia com PIB de R$ 2.783.980.890 (R$ 2,78 bilhões).

Grande parte da sua economia é voltada para a agricultura, sendo o segundo maior município produtor de grãos de Mato Grosso e um dos maiores do Brasil. Com uma área de 410 mil hectares de soja plantada, é o 3º maior exportador do estado e 41º do país. Mutum é a 8ª cidade do Brasil no ranking indicador econômico, quesito “comercio exterior”, e 28ª colocada no indicador social, quesito “saúde”, entre os melhores municípios do Brasil para se viver com população até 50 mil habitantes.

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