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1998
Mirtes Tolotti e Valdomiro Soster

INFORMAÇÕES E MARKETING GERANDO NEGÓCIOS
Mirtes e Valdomiro nasceram no Sul do país, mas seus caminhos se cruzaram em Nova Guarita. A professora de Língua Portuguesa e o técnico em informática entram numa sociedade para ajudar um amigo, mas assumem toda a bronca para não ver a empresa fechar de vez e transformam um serviço de informações telefônicas em uma grandiosa plataforma de negócios, a Nova Infortel
Em uma época na qual a internet era praticamente desconhecida ou muito distante da maioria das pessoas, encontrar alguém em outro bairro ou mesmo o telefone de um comércio em outra região era uma tarefa complicada. A solução nos anos 90 estava naqueles livros volumosos, de páginas amarelas, com centenas de milhares de números miúdos e enunciados de empresas. Quase como um item obrigatório, não existiam residências naquela época que não tivessem uma lista telefônica sobre uma mesa ou estante.
Em Sinop, porém, já existia um serviço mais avançado e tecnológico que facilitava demais a vida de empresários e consumidores. Bastava um simples telefonema para o 531-6868 que você seria informado das empresas que dispunham dos produtos ou serviços procurados, informações completas, número de telefone, endereço, como chegar, enfim onde encontrar o que procurava. Com tanta tecnologia à disposição hoje na palma da mão, esse serviço até pode soar simplista, mas trata-se de uma revolução para os padrões da época, em uma cidade distante dos grandes centros. Para entender o que viria a ser a Nova Infortel que conhecemos hoje, é preciso voltar no tempo.
Filha de agricultores, Mirtes Tolotti nasceu no dia 2 de dezembro de 1962, em Tenente Portela (RS). Ela era a caçula de Dorvalino e Leopoldina, que residiam no povoado de Derrubadas, pertencente ao município de Tenente Portela. O pai era um produtor rural que cresceu e se desenvolveu, resultado de muita dedicação ao trabalho e pelo investimento na agricultura mecanizada. Após receber do pai um pedacinho de terra, mecanizou a lavoura e adquiriu novas áreas. O sustento da família vinha do plantio de soja, milho e trigo.
Mirtes teve uma infância em meio à natureza e convivendo intensamente, próxima dos parentes. Nos primeiros anos escolares, o pai a levava para a escola na cabine do trator, até que a família se mudou para uma casa em frente à escola. Muito dedicada aos estudos, sempre foi ótima aluna – desde pequena, adquiriu gosto pela leitura. Quando chegou ao ensino médio, foi estudar na cidade de Tenente Portela. Ela desejava o Magistério, que era oferecido no período vespertino, mas a ‘lotação’ que se deslocava do povoado para a cidade de Tenente Portela só realizava este trajeto de no período noturno. Por isso, optou pelo curso Técnico em Contabilidade. Mas os números não lhe atraiam tanto quanto as letras. “Eu queria ser jornalista, admirava a profissão. Era o meu desejo para quando chegasse à faculdade. Era o meu sonho”.
O jornalismo perdeu uma grande profissional quando Mirtes opta pelo curso de Letras. Ao menos, a docência ganharia uma excelente professora. Ambas as áreas têm como base a língua portuguesa e a comunicação, portanto, não foi uma mudança tão grande.
Casar e ter filhos não era o objetivo inicial de Mirtes, ao contrário da maioria das meninas de sua idade. Ela queria mesmo era fazer faculdade. E a mais acessível para não morar fora de casa era a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFI), em Palmas (PR), faculdade que oferecia o método de 33%, ou seja, uma semana por mês, ela viajava 300 quilômetros para ir estudar. “Eu não me mudei para Palmas. Ia de ônibus no domingo e voltava pra casa no sábado. As aulas eram em período integral, durante cinco dias e eu dedicava o restante do mês para estudar todo o conteúdo visto ao longo daquela semana”. Mirtes concluiu Licenciatura Plena em 1985.
O Mato Grosso entraria na vida da família Tolotti anos antes, mais precisamente entre 1972 e 1973. Seu Dorvalino queria deixar um pedaço maior de terra para os filhos, e encontra no Norte do estado abundância em área a preços acessíveis. Tratava-se de áreas que viriam a ser o município de Nova Guarita, cujos proprietários eram posseiros que ocuparam a terra, mas não quiseram permanecer por lá. O irmão mais velho, Milton, vem na frente. Essa transferência dos agricultores do Sul do país foi realizada pela Coopercana (Cooperativa Agropecuária Mista de Canarana LTDA), que elaborava um projeto emergencial por meio da construção de agrovilas, formadas por chácaras e casas.
Milton se entusiasmou com as possibilidades de desenvolvimento no Nortão, e comenta com a irmã que uma escola municipal daquela localidade passava pelo processo de estadualização, precisando de gente formada para conseguir a aprovação. “Eu me coloquei à disposição e contribuí para que o Estado aprovasse essa mudança. Então, me mudei para Nova Guarita em 1986, onde fiquei por 4 anos”, relembra Mirtes. Aquela mudança, apesar de radical, fazia todo o sentido. O Rio Grande do Sul já apresentava certa saturação, absorvendo poucos profissionais da educação, além de não ofertar concursos para contratação de novos. Em Mato Grosso, além de se perceber as oportunidades de trabalho em sua área de formação, Mirtes ainda receberia um salário 10 vezes maior do que se perceberia no Sul do país.
Em Nova Guarita, Mirtes conhece Valdomiro Luiz Soster. Nascido em 23 de fevereiro de 1966, na cidade de Medianeira (PR), Miro se mudou para o Mato Grosso em julho de 1977. O primeiro destino foi Alta Floresta, onde a família foi plantar cacau, guaraná e arroz. A dificuldade estava na hora de comercializar: simplesmente não havia mercado próximo para consumir toda a produção. Cuiabá era uma alternativa, reduzindo a margem de lucro, que caía ainda mais se o destino fosse Paraná ou São Paulo. Depois de um ano de baixa, a família traça caminho semelhante ao da família Tolotti e adquire áreas de posseiros por meio do Projeto Terra Nova, vindo a se instalar em Nova Guarita. Na época, a Coopercana e o Banco do Brasil ofereciam subsídios para os pequenos produtores investirem na terra. Mas foram mais dois anos sem empolgar, até que Miro decide encarar o garimpo, onde ficou por 5 anos mais ou menos. Entretanto, a atividade causava-lhe sérios danos à saúde, e o aviso médico foi protocolar: “se você continuar na região, não dura mais do que 3 anos. A malária vai te matar”.
Miro, então, vai morar com seus tios, na região do Jabaquara, em São Paulo. Lá, um vizinho comenta que a Editora Abril precisava de funcionários para adesivar as bancas de jornal com os anúncios das revistas que sairiam na semana seguinte. Durante um ano e oito meses, Miro trabalhou na capital paulista, até que decide voltar pra casa. O destino novamente foi o garimpo, e a malária novamente o afastou da atividade. Antes que a doença o levasse de vez, segue para Cascavel (PR), onde consegue emprego no mercado que um tio havia comprado. Foram dois anos juntando dinheiro, até que Miro decide retornar para Nova Guarita. Dessa vez, empreende com a abertura de uma lanchonete e sorveteria, em 1989. “Conheci a Mirtes no casamento de um amigo”, conta Miro. “Eu estava de férias e ia visitar minha irmã (Miraci) em Goiânia, e ele também estava retornando das férias dele. Quando voltei de viagem, ele também estava de volta”, completa Mirtes.
Para se aperfeiçoar na profissão, a opção mais próxima para Mirtes eram as oficinas de minicursos oferecidas pela UNEMAT (Universidade do Estado de Mato Grosso) em Sinop. Antes da instalação do campus na cidade, os professores vinham de Cuiabá para ministrar as aulas. “Eu me apaixonei por Sinop. E olha que era difícil se apaixonar por Sinop naquela época”, conta. Na memória de Mirtes, três vias asfaltadas: a Avenida Júlio Campos, a Rua das Pitangueiras e a Rua das Nogueiras, todas esburacadas, castigadas pela chuva e pela seca. Mas a perspectiva futura animava a jovem professora. “Em Sinop, eu via uma probabilidade maior de crescer e evoluir na profissão, e foi o que aconteceu. A gente vê isso com a chegada das instituições de ensino superior. Primeiro a UNEMAT, depois a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), e em seguida as faculdades particulares. A cidade se transformou em um polo de educação. Poderia ter sido em outra cidade, mas Sinop estava predestinada e preparada pra isso”.
No final de 1990, ela já havia se decidido, e ruma para Sinop em 1991. Pesquisou quais escolas estaduais precisavam de professores e encontrou vagas abertas no antigo Oswaldo Paula, hoje o CEJA – Benedito Santana da Silva Freire. “Pedi remoção e, nos primeiros oito meses, lecionei à tarde e à noite, quando então assumi aulas também no período da manhã na CNEC, passando então a trabalhar de manhã, à tarde e à noite.
Voltando à mudança de Nova Guarita para Sinop, começa um ‘cabo de guerra’ entre Mirtes e Valdomiro para ver quem convencia o outro a se mudar. A proposta era que ela assumisse o cartório em Nova Guarita, enquanto Mirtes usava o argumento do futuro de Sinop como trunfo. Miro cedeu, casam-se em janeiro de 1993.
Em Sinop, Miro entra no ramo de transportes, trabalhando em duas empresas. Foram dois anos na Ouro e Prata, fazendo a rota Alta Floresta-Porto Alegre (RS), e mais nove na Nova Integração (atual Eucatur). Entre os costumeiros passageiros, comerciantes que iam para São Paulo às compras, de onde traziam as mercadorias para revender em suas lojas. Miro foi criando amizade com todos. Para economizar tempo e dinheiro, muitos encomendavam com ele peças como HD, memória, placa-mãe, entre outras. Aos poucos, ele foi entendendo mais sobre informática. O interesse foi tanto que Miro realizou diversos cursos voltados para montagem de computadores, de redes e manutenção de hardware. Anos mais tarde, converte o aprendizado em um novo negócio, a Viva’s Tecnologia.
Enquanto isso, Mirtes se dedicava à educação, mas o ensino público começava a apresentar sinais de desgaste. As condições de trabalho se degradavam, os salários atrasavam e as greves se tornaram uma constante. Esse ambiente não lhe fazia bem – ao contrário do colégio particular –, até que decide pedir exoneração em 1997 e permanece apenas na CNEC até dezembro de 2000.
Um investimento “errado” que deu “certo”
Conhecendo a história até aqui, fica difícil imaginar em que contexto uma professora e um multitarefas se transformariam em empresários bem-sucedidos no ramo de informação, marketing e negócios.
O ano era 1998. O casal era cliente de um cabeleireiro, que decidiu vender o salão para abrir uma empresa de ‘informações telefônicas’ e propaganda. Abreviando, surge a Infortel. Ele viu o modelo de negócios em uma revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, tendo como referência mais próxima um serviço que era ofertado em Cuiabá.
A Infortel atraía pela novidade. Era prático para o consumidor e eficiente para os empresários. Bastava uma ligação no Call Center para ser direcionado ao serviço que buscava, sem a necessidade de perder tempo vasculhando as desengonçadas listas telefônicas ou indo procurar de porta em porta.
O negócio estava em crescimento, até que o irmão do fundador, responsável pelo comercial da Infortel, sofre um acidente e passa meses internado na UTI em Cuiabá. Desestruturado financeira e administrativamente, o empresário convida Miro e Mirtes para serem sócios na Infortel e ajudar na retomada da empresa. O casal abraça a causa, mira o potencial e, mesmo sem conhecer a verdadeira realidade da empresa, digamos, por imaturidade, sem uma pesquisa de mercado e experiência nos negócios, porém com o objetivo de aumentar a renda, o casal ingressa na sociedade com um investimento de 30%.
O aporte financeiro visava a reestruturação da Infortel, mas Mirtes ainda continuaria dando aulas, enquanto Miro seguiria com as viagens. O grande problema é que a Infortel não trazia lucro, perdia clientes e estava praticamente falida. Vendo que o buraco era profundo, o casal oferece sua parte de volta ao fundador, que sugere a eles que comprem os outros 70% da empresa. “Nós assumimos a empresa em sua totalidade no final de 1999. Tivemos que refinanciar o carro pra poder ter o capital para manter a empresa e pagar credores”, lembra Mirtes. Naquele momento o arrependimento era o sentimento evidente. Graças ao bom relacionamento que Miro tinha com diversos comerciantes, que viajavam com ele para São Paulo, muitas dívidas foram renegociadas.
Assumir a Infortel era, praticamente, a única alternativa. Se não assumissem a empresa, ela fecharia as portas, e eles teriam prejuízo sobre o investimento feito inicialmente e sobre as dívidas pelas quais se tornaram responsáveis por 30% ao entrarem na sociedade. Adquirindo a totalidade do negócio, precisariam tirar dinheiro do bolso para reequilibrar as contas e aprender a trabalhar naquele ramo. A proposta era boa, moderna, mas a estrutura estava tão desorganizada que era difícil enxergar um futuro promissor”, enfatiza Mirtes.
Motivados pelo desafio de encarar a real de ter entrado numa ‘fria’ associando-se a uma empresa que estava mal das pernas, o jeito foi arregaçar as mangas e trabalhar ‘dobrado’, fazer economias e reverter o jogo. Rapidamente a credibilidade da empresa foi sendo construída e reconhecida, pois Mirtes utilizava-se das pequenas folgas da escola e ia fazer visitas às empresas para informar que a Infortel estava sob nova direção, momento em que também apresentava o modelo de trabalho e os resultados estatísticos com transparência e eficácia.
O telefone fixo era o único mecanismo ‘digital’ existente na região na época, e a Infortel já era a conexão que encurtava a distância entre empresa e consumidor. Através do método de propaganda via telefone, ao contrário do que algumas pessoas pensavam, não era uma lista telefônica. Era sim um veículo de comunicação e propaganda que indicava ao consumidor as empresas que vendiam aquele produto ou serviço de que o público precisava. “Com o passar do tempo, conquistando a simpatia tanto do público consumidor de Sinop e região bem como das empresas, constatamos que o ‘mau negócio’ do passado resultou numa grande oportunidade de crescimento no mundo dos negócios. E mais: a Infortel se transformou na razão de nossa vida. Através deste modelo de negócio construímos grandes amizades e fortalecemos o relacionamento com a classe empresarial de Sinop”.
Entusiasmados com os resultados o casal optou por investir em tecnologia e ampliar a capacidade de atendimento, tanto na aquisição de equipamentos atuais, como também na construção de um software exclusivo para oferecer mais resultados aos clientes investidores.
A informação era ofertada em uma vinheta gravada, com a propaganda da empresa anunciante, através da qual se vendiam os produtos e serviços, informa-se os telefones e o endereço das referidas empresas. “O ‘boca a boca’ também foi um excelente meio de divulgação de nosso modelo de negócio”, citou Mirtes.
Se a informação telefônica oferecida pela Infortel estava à frente no tempo das contemporâneas listas amarelas em papel, o próximo passo seria marcar presença na internet. Então, Wesley Bueno, irmão da artista plástica Mari Bueno, se oferece para criar website da Infortel. A primeira versão já vinha como Disk Infortel, que teve o acréscimo no nome no ato de registro da marca ainda em 2001. “Quando iniciamos o processo de registro de marca, já existia uma empresa com o nome Infortel, então achamos por bem incluir a palavra Disk antes de Infortel, afinal, “o serviço majoritariamente era pelo telefone”, lembra Miro.
Mesmo ampliando o leque de serviços para a internet, alterar o nome da empresa seria tarefa complicada. Sinop já conhecia a Infortel. Entretanto, era preciso mostrar que não se tratava apenas de um serviço de ‘informações telefônicas’. E muito além disso, conscientizar que o serviço oferecido passava longe de ser uma lista impressa, porque, além de fornecer informações, já realizava o marketing, já propagava as empresas e suas marcas, seus produtos, seus serviços, suas promoções. Com a website, a então Disk Infortel faz ainda mais jus à atividade ‘informações e marketing’. “Nesta época já chamavam a Disk Infortel de ‘o Google do Nortão’. Era uma ferramenta de trabalho para as empresas e um grande socorro ao consumidor”, aponta Mirtes. Ao armazenar tanta informação, o elefantinho ‘mascote’, presente na logomarca é uma referência direta à popular ‘memória de elefante’.
No início dos anos 2000, houve uma segmentação na sequência das linhas telefônicas. Números com prefixo 531 eram destinados ao comércio, e 515 para a indústria – mais adiante, os números seriam antecedidos pelo 3), e isso fez com que a Disk Infortel fosse ainda mais requisitada, dada a grande procura por atualizações. Para maximizar o atendimento à demanda, o ‘Google do Nortão’ migra do 3531 para o 3511, tecnologia digital, mantendo o sufixo 6868. Na fonética popular, meia-oito-meia-oito (ou simplesmente meia-oito), forma pela qual a Disk Infortel é conhecida até hoje.
Quando assumiram o negócio, Mirtes e Miro tinham pouca experiência comercial, mas mergulharam de cabeça e transformaram a desconfiança em algo bem-sucedido. Além da divulgação boca a boca, utilizávamos também de outdoors bastante sugestivos espalhados pela cidade com a frase: “O telefone é a porta de entrada da sua empresa; a Disk Infortel é a chave”. O pico mensal de ligações ultrapassou a casa dos 178 mil de 2008 a 2018. A partir de 2019, período em que a internet ficou mais acessível ao público em geral, as redes sociais, principalmente o WhatsApp, passaram a ser os meios de comunicação preferidos do público, e a Disk Infortel, que já vinha investindo na plataforma de negócios através do portal www.diskinfortel.com.br, com o objetivo de renovar seu formato de propaganda digital para gerar resultados aos seus clientes, partiu para a sexta versão.
Informação preocupante
O período de sufoco tinha ficado para trás, a empresa crescia e era reconhecida sem precisar fazer qualquer tipo de publicidade. Mas a informação mais preocupante que tiveram chegou em 2007. Durante o autoexame da mama, nota-se uma anormalidade no seio direito de Mirtes. Sem alarde, Miro apenas sugere para que procurassem um médico imediatamente. Após os trâmites normais desse tipo de suspeita, é constatado câncer de mama. A cirurgia e o tratamento são feitos em Goiânia, onde reside sua irmã Miraci. “Era bem superficial, próximo ao mamilo. Tirei parte da mama e fiz quimioterapia”. Os cabelos caindo não abalaram nem constrangeram Mirtes. Foi apenas um ‘percalço’ na caminhada.
E ela estava curada? Não. Em 2011, o câncer voltou exatamente no mesmo lugar. O tratamento, dessa vez, foi à base de medicação. Mais 4 anos se passaram e a doença voltou novamente. Dessa vez, mastectomia radical. A reconstrução foi feita com tecido retirado do abdômen. “O fato de não ter me sentido mutilada e por encontrarmos soluções que me devolveram a saúde me fez sentir recompensada, porque em todos os procedimentos sentia a proteção Divina sobre mim, não houve sofrimento, houve oportunidades de encontrar soluções e, após cinco anos de tratamento e acompanhamento médico, a constatação da cura: os exames atestando que estava livre do CA de mama”. No dia da gravação, Mirtes explicou que passados 17 anos desde o diagnóstico, as cirurgias, a quimioterapia, o tratamento contínuo de hormônio por cinco anos, um novo diagnóstico se apresenta: agora o CA de útero. Janeiro de 2023 veio a notícia. Novamente o susto, a cirurgia, a quimioterapia, radioterapia, braquiterapia. Todos os procedimentos são traumáticos, todos eles, porém, foram vencidos, graças à fé e à força que vem de Deus, da família, dos amigos. “Gratidão é a palavra. A Deus, à família, em especial ao Valdomiro, que esteve sempre presente em todas as situações necessárias. Gratidão aos amigos… aos de perto e aos de longe, a todos os que emanaram boas energias através de orações. Viver é bom demais e eu sou grata por mais esta oportunidade”.
Uma Nova Infortel
Em 2019, então, a Disk Infortel passa por uma repaginação e se torna Nova Infortel. O objetivo é acompanhar as tendências tecnológicas e as novidades na busca por empresas e serviços. Com a chegada do WhatsApp Business, a empresa implanta o serviço de Bot (o WhatsApp automatizado). Mas o serviço automatizado fica disponível apenas fora do horário de comercial, porque nos horários de expediente é mantido o atendimento humano, já que esta é ainda a preferência do público. Além do WhatsApp, ainda em 2019, veio a nova plataforma web, onde a Nova Infortel lança o novo portal e a primeira versão do App (ANDROID E IOS). “A marca Infortel é muito forte, seria difícil uma mudança radical. Apesar de nunca termos pensado num novo nome, essa necessária renovação balizava os novos rumos de se comunicar”, completa Miro.
Em tempos de Google e redes sociais, o maior desafio do casal é demonstrar aos mais novos – tanto consumidores quanto empresários – que a ferramenta é eficiente e traz resultados para qualquer tipo de negócio. A funcionalidade dos anúncios, associada às informações e qualidade no atendimento, resultam em negociações e fidelização de clientes para os parceiros da Nova Infortel, uma vez que toda busca pode ser considerada uma venda prévia.
Mesmo com a diversificação de plataformas de busca, a Nova Infortel garante média de 50 mil ligações recebidas por mês, por meio do serviço de Call Center, além da possibilidade direta de contato com a empresa desejada por meio do serviço de transferência de ligações. Isso tratando apenas do serviço que foi o carro-chefe inicial da empresa. No website (www.novainfortel.com.br), são 280 mil pesquisas comerciais mensalmente. No App e WhatsApp mais de cem mil acessos mensais. Ainda em 2024 sai do “forno” a sétima versão do portal www.novainfortel.com.br, uma plataforma completa, toda reformulada, modernizada e eficiente disponível aos empresários em geral, profissionais liberais e empreendedores para atrair leads, fazer clientes e concretizar grandes negócios.
Para o futuro de Sinop, Mirtes e Miro respondem quase em uníssono: “As mesmas perspectivas de crescimento que a gente pensava lá atrás; aqui é o lugar, é onde a evolução acontece”. E Mirtes completa: “A Infortel nasceu aqui, tornou-se referência no segmento de publicidade digital e vai continuar evoluindo com esta cidade maravilhosa, que ajudamos a construir e amamos”.
A Nova Infortel segue como vitrine de marcas, produtos e serviços, que nesses mais de 26 anos atua como um dos principais veículos intermediadores de negócios de todo o Mato Grosso, quiçá do Brasil.
1998
Instalação do Corpo de Bombeiros

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